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 Responda rápido: Você tem certeza de que a ração dada ao seu pet é a mais adequada para ele? Calma, não se preocupe. Se você for como a maioria das pessoas, estará indecisa. E, sabe, a culpa não é sua! Há tantas rações, de tantos tipos, sabores, para tantas especialidades, que é mesmo difícil saber qual a melhor ou mais indicada para seu pet. Nesse guia eu vou te mostrar de maneira muito simples quais são elas e como você deve avaliar os diferentes tipos que existem. E, acredite, existem muitas! Muito tempo atrás... Para começar é importante dizer que até alguns anos atrás os animais eram alimentados somente com sobras de alimentos humanos, ou mesmo alimentos preparados em casa especificamente para eles mas com ingredientes 100% humanos. E isso perdurou por décadas, até que surgiram as rações criadas unicamente para servir de alimento aos animais. A revolução Isso trouxe uma revolução para a criação de animais domésticos, uma vez que ninguém mais precisava se preocupar em produzir as refeições de seus pets. Tudo estava pronto para consumo, com ingredientes selecionados para uma base alimentar saudável. Na teoria, dentro de cada saco de ração você encontraria tudo o que seu animal precisava em termos de nutrientes. Na teoria. Mas, como acontece em qualquer segmento, surgiram os bons e maus produtos. E na esteira do consumo, o mercado foi se aprimorando e se tornando cada vez mais específico, como você vai ver daqui a pouco. A contra corrente... Um adendo: há hoje defensores da chamada “alimentação natural”. São pessoas que desejam fazer, elas próprias, a alimentação de seus animais. Eu não tenho, mas se tivesse tiraria o meu chapéu para elas. Não é um trabalho simples, nem prático. Requer muito empenho, amor e dedicação. E uma boa dose de conhecimento sobre ingredientes inadequados para pets. Eu acredito que quem se dispõe a fazer a comida de seus animais deve estudar muito, para não acabar tendo o efeito inverso do esperado: ao invés de alimentar bem, acabar por provocar distúrbios e doenças no animal, oriundos da ingestão de ingredientes inadequados. O mito... Há um grupo, inclusive, que defende a tese (que eu rejeito) de que os animais eram mais saudáveis e viviam mais quando comiam apenas comida humana. Alegam que todo pet morria de “velhice”. Bem, eu não concordo com isso. Na verdade, no meu ponto de vista, o que acontecia é que as formas de se diagnosticar doenças eram menos precisas do que hoje, e sendo assim, não se podia atribuir uma morte a algo muito claro. Para muitos donos o animal morria de “velhice” mesmo tendo vivido apenas 9, 10, 12 anos. Claro que a causa da morte era outra, mas não tínhamos equipamento e exames para fazer esse diagnóstico mais preciso. Rações balanceadas... Bom, mas voltemos a falar sobre rações… A boa alimentação de seu pet só é possível se ele ingerir os nutrientes certos. Sem uma boa alimentação, não há como seu pet ter um pêlo bonito, sedoso. Muito menos ser disposto, ter energia. E foi pensando em construir um alimento que pudesse atender a todas as necessidades do pet que surgiram as rações balanceadas. Nelas, você vai encontrar proteína, gordura, vitaminas e uma porção de outras coisas, na quantidade certa para a vida saudável de seu pet. Uma coisa a observar é que especificamente para cães cuja pelagem é uma característica principal (como o Shih Tzu) a correta escolha da ração é um dos motivos principais para a beleza e saúde tanto do animal quanto de sua pelagem. Como se classificam as rações... De maneira geral as rações são classificadas pelo porte e idade do pet (filhote de porte médio, por exemplo). Mas existem rações mais específicas, destinadas por exemplo a raças (como o Shih Tzu), a condições de saúde (como diabetes e cardiopatia), a preferência de seus donos (como a vegetariana), ou a dos “consumidores” (que podem escolher entre fígado, galinha ou carne de vaca). Standart, premium e super premium Outra coisa que pode classificar as rações é o teor nutritivo que elas apresentam. As melhores linhas se denominam “Premium”, ou “Super Premium”. Rações com menor teor nutritivo podem ser chamadas de “entrada” ou “Standart” . Interessante que enquanto as melhores rações recebem em sua embalagem a identificação (Premium) as rações mais “simples” não se identificam. Assim, você não vai ver o rótulo “de entrada” ou “standart” em nenhuma embalagem. Como identificar? Mas, então, como identificar essas rações “mais pobres”? Simples, se não houver a identificação de premium, ela é simples. Há no entanto, uma correlação simples de entender: quanto maior o teor nutritivo, mais cara a ração. E o inverso, quanto mais “fraca” a ração, mais barata ela será. Comida enlatada é boa? Assim como tem gente que gosta de verde e pessoas que gostam de amarelo, as opiniões a esse respeito são muitas. O que vou destacar abaixo é a minha. Isso não significa necessariamente que é uma verdade absoluta. Cada caso é um caso e você precisa avaliar se dar comida enlatada ao seu cachorro – no caso específico de vocês – é algo benéfico ou não. Embora a grande maioria dos cães adore a comida enlatada, eu acho mais recomendável oferecer ao pet a ração seca. E listo abaixo 3 motivos que eu considero para essa declaração: 1. Em primeiríssimo lugar pelo efeito natural de raspagem e limpeza dos dentes do animal, que as rações secas possuem e que contribuem para a redução da formação de tártaro. E a boa saúde bucal do seu cão é algo no qual você deveria prestar muita atenção! 2. Segundo, a ração seca é mais pobre em gordura e mais rica em carboidrato – isso é excelente para animais que têm tendência a engordar, ou que necessitam perder peso. 3. Em terceiro lugar a comida úmida é muito mais cara do que a seca. E boa parte dela é apenas… água! Vejam, não sou contra a adoção da comida enlatada – mas ela deve ser dada em pequenas quantidades, em ocasiões específicas e nunca como a principal fonte de alimentação do cão. Como trocar a ração Se você acostumar seu pet a comer comida enlatada, úmida, ou restos da sua própria refeição humana, será bastante difícil fazer com que ele se acostume a comer a ração seca. Um outro caso comum é você querer trocar a ração atual por uma outra. A grande maioria dos pets rejeita essa troca se feita sem alguns procedimentos simples mas eficazes, descritos abaixo. A minha dica é que você passe a administrar a comida da seguinte forma: Troca de ração úmida para ração seca misture à ração seca uma ou duas colheres da enlatada. Sirva e deixe­o comer. Seu cachorro não vai comer tudo. Possivelmente apenas a parte úmida. Por causa disso, retire a tigela de ração e só volte a alimentá­lo horas depois. Como estará com mais fome, é provável que passe a comer com mais vontade a parte seca oferecida. Após alguns dias retire a ração úmida e só ofereça a seca. Sim, o método parece cruel, talvez deixe seu amiguinho com fome um ou dois dias, mas ele acabará entendendo que deve comer a ração seca. Na medida em que ele se adaptar, você deve retirar completamento do cardápio dele a comida enlatada, só servindo a ração seca. Troca de ração seca por oura igualmente seca Misture 80% da ração antiga com 20% da nova nos primeiros 2 ou 3 dias dias. Após isso, misture 50% da antiga com 50% da nova e dê ao animal por 2 ou 3 dias. Em seguida, misture 20% de ração antiga com 80% da nova e novamente alimente o pet por 2 ou 3 dias. Fazendo isso, ao final de cerca de 1 semana você já terá condições de retirar a ração antiga e só oferecer a ração nova. O que “dizem” as fezes? As fezes do pet falam muito sobre a ração dada para ele! Vou te contar uma coisa que pouca gente sabe: quanto menor o volume de fezes, melhor é a qualidade da ração que seu pet está comendo! Sabia disso? Isso é simples de entender: as melhores rações têm uma digestibilidade maior, e com o pet fazendo um maior aproveitamento de seus nutrientes, sobra muito pouco para as fezes. Isso acontece porque no processo digestivo, a maior parte da matéria que ele ingere acabe sendo digerida e seus nutrientes absorvidos pelo organismo. Por isso sobra pouco para as fezes. O efeito contrário é visto em rações mais baratas: com pouca digestibilidade, e baixa absorção de seus nutrientes, o animal, além de não ficar tão bem alimentado e nutrido, passa a ter um “bolo fecal” de maior volume. Quando dar a comida? Essa é uma dúvida de muitos donos: deve­se dar comida uma ou duas vezes ao dia, ou deixar que o animal coma à vontade, o dia inteiro? Veja, os cães, assim como os seres humanos, quando deixados à vontade tendem a comer mais do que o necessário, o que pode gerar um quadro de obesidade. E obesidade, seja em seres humanos, ou em animais, não é algo bom, não é mesmo? Portando, o ideal é você administrar a quantidade certa de comida. Se possível, divida essa quantidade em 2 porções e dê ao seu cachorro em 2 etapas. Uma por volta da nora do almoço e outra por volta da hora do jantar. Certifique­se no entanto que a quantidade sacia o animal e preenche suas necessidades diárias. Caso contrário ele poderá ficar desnutrido. Não é bom dar muita comida, mas também não deve ser imposta uma dieta restritiva que deixe o animal faminto. Nada também de abusar de guloseimas e bifinhos. Caso você tenha dificuldade em estabelecer o tamanho das porções, procure ajuda com o veterinário que ele lhe indicará quanto isso deve ser e também qual o tipo apropriado ao seu animal. E a ração dos gatos? Você já flagrou seu cão comendo a ração do gato? Ou as fezes dos bichanos? Pareceu estranho? Calma, isso tem explicação! Muita gente estranha o fato dos cães adorarem comer ração de gato. Ora, se eles gostam tanto assim, por que a ração é para os gatos, e não para os cachorros? O motivo disso acontecer está na constituição da ração. A ração dos gatos têm mais proteína do que a ração dos cães – sendo por isso muito atrativa aos cães.Lembre­se de que o olfato dos cães é muito apurado, por isso ele “percebe” a composição da ração com mais proteína. E é por isso que se deixarmos ele vai comer a ração do felino. No entanto, perceba: ração de gato é para gatos, de cachorro para cachorros. A composição de uma e de outra é diferente e deve ser restritiva ao animal para quem ela é fabricada. Deve­se aquecer a ração? Nós humanos, especialmente em dias frios, gostamos de comer coisas quentinhas. Mas será que isso é bom para nossos pets? A resposta é: não! Algumas pessoas dão uma pequena aquecida na ração ou no alimento, pois ficam com dó de dar algo na temperatura ambiente para seu cão. Até aí, tudo bem. Eu não recomendo, mas não há perigo nisso. O problema é quando se dá ao cachorro uma comida realmente quente – similar a que nós, humanos comemos. Seja essa comida restos da alimentação humana, ou ração aquecida, isso irá fazer mal ao pet. Nem todo mun​
do sabe, mas comida quente pode provocar diarreia em cachorro! E o inverso também não é aconselhável: dar ao cão comidas geladas também não lhe fará bem. Nesse caso o que ele vai ter são dores de estômago. Posso colocar água (ou leite)? Eu também não recomendo deixar a ração mais “molinha” com a inclusão de água ou leite nela. Lembra que eu disse que a ração seca ajuda a limpar os dentes, evitando tártaro? Pois bem, esse benefício será perdido se você criar uma “papinha” com a ração seca.