Manual Instrumentacao Industrial 7973KB Jun 11 2012 03:28:45
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Instrumentação Industrial Indicador Controlador Registador Transmissor Pressão Unidade Alarme Válvula Controlo Instrumentação Industrial LISTA DE CONTEÚDOS - Noções de instrumentação Definições Erro de instrumentos Classificação dos instrumentos Sistemas de transmissão Instrumentos de pressão Instrumentos de temperatura Instrumentos de caudal e volume Instrumentos de nível - Instrumentos Especiais Introdução pHmetro Condutivímetro Densímetro Viscosímetro Analisador de % de oxigénio Silicómetro - Controlo Automático Conceitos de controlo automático Malhas ou circuitos de controlo Controlo de equipamentos diversos Simbologia para malhas de controlo Edição: 03/11 v01 - Válvulas de controlo Introdução - Controladores Introdução - Atmosferas Explosivas Considerações Edição: 03/11 v01 3 de 186 Instrumentação Industrial INDICE Capítulo 1 – Noções de Instrumentação ................................................................................................................. 5 Capítulo 2 – Erro em Instrumentos ......................................................................................................................... 6 Capítulo 3 – Classificação de Instrumentos .......................................................................................................... 15 Capítulo 4 – Instrumentos Especiais ..................................................................................................................... 60 Capítulo 5 – Transdutores ..................................................................................................................................... 70 Capítulo 6 – Tipos de ligação eléctrica transdutores .......................................................................................... 113 Capítulo 7 – Controlo Automático ....................................................................................................................... 118 Capítulo 8 – Valvulas de Controlo ....................................................................................................................... 159 Capítulo 9 – Controladores.................................................................................................................................. 165 Capítulo 10 – Atmosferas Explosivas .................................................................................................................. 169 Anexo – Generalidades sobre erros .................................................................................................................... 177 Edição: 03/11 v01 4 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 1 – NOÇÕES DE INSTRUMENTAÇÃO 1.1 Definições A Instrumentação, é associada ao estudo teórico e prático dos instrumentos e dos seus princípios científicos, utilizados para monitorizar de forma contínua, ou discreta, o comportamento de variáveis de controlo que de alguma forma venham a interessar ao homem nas diversas áreas do conhecimento humano aplicado, ou seja, não apenas nos processos produtivos industriais. É através da instrumentação, principalmente, que um operador faz o acompanhamento do processo. 1.1 Instrumento: equipamento industrial responsável por controlar, medir, registar ou indicar as variáveis de um processo produtivo. 1.2. Controlo: verificação de uma variável para possíveis correções fazendo com que a mesma permaneça dentro de uma tolerância de trabalho pré-determinada. 1.3. Medir: determinar ou verificar a extensão de uma grandeza ou variável. 1.4. Registar: escrever ou lançar uma informação em papel (gráfico) ou em forma de arquivo eletrónico. 1.5. Indicar: apontar, mostrar, sinalizar o valor de uma variável. 1.6. Variável: são condições ou situações que ocorrem durante um processo produtivo, que podem ou não, interferir no processo ou no produto, alterando a qualidade, a produtividade ou deixando o processo inseguro. As principais variáveis são: temperatura, pressão, caudal e nível. 1.7. Processo: sequência de operações num conjunto de máquinas e/ou equipamentos necessários para a manufatura de um produto. Os instrumentos podem estar localizados em painéis na sala de controlo e/ou no campo. Os instrumentos que medem, indicam ou controlam essas variáveis no processo possuem sensibilidade e grau de aperfeiçoamento extremamente apurados requerendo, por isto, cuidados especiais de manuseio. Além disso, deve o operador ter sempre em mente que os instrumentos também representam a segurança da unidade e do pessoal e que deles dependem a qualidade e a correta especificação na elaboração dos produtos. Edição: 03/11 v01 5 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 2 – ERRO EM INSTRUMENTOS 2.1. Instrumentos analógicos Nos instrumentos analógicos (instrumentos de ponteiro), o erro geralmente é fornecido em termos de escala, ou seja, o valor de corrente que origina a deflexão total do ponteiro levando-o até o fim da escala. A sua precisão é normalmente expressa em percentagem. Por exemplo, um aparelho de medida com uma precisão de 1% indica-nos que a grandeza medida não difere de mais do que 1% do valor indicado pelo aparelho. 2.1.1. Erro de Paralaxe É resultante de um incorreto posicionamento do utilizador em relação ao instrumento, originado em função de se formar um ângulo incorreto entre a linha de visão do utilizador e uma reta perpendicular à escala de medição do aparelho. 2.1.2. Erro de Interpolação Esse erro origina-se em função do posicionamento do ponteiro em relação à escala de medida do instrumento. O leitor pode observar que o ponteiro acusa uma posição incerta entre dois valores conhecidos, a qual necessariamente não é o ponto médio destes, ficando a critério do observador, em função da proximidade, definir o valor correspondente ao traço da esquerda ou da direita. 2.3. Erro em Instrumentos Digitais Todo o indicador digital proporciona uma leitura numérica que elimina o erro do operador em termos de paralaxe e interpolação. Os valores lidos normalmente são expressos entre 3 1⁄2 e 8 1⁄2 dígitos; o 1⁄2 dígito usa-se na especificação, porque o dígito mais significativo pode, unicamente, assumir valores de 0 a 9. 2.3. Erro em Instrumentos Digitais SENSIBILIDADE Entende-se por sensibilidade de um aparelho a sua capacidade de distinguir pequenas variações da grandeza medida. Edição: 03/11 v01 6 de 186 Instrumentação Industrial CAMPO DE MEDIDA O aparelho de medida dá-nos uma indicação da sensibilidade através do campo de medida, o qual corresponde ao valor máximo que ele pode medir da grandeza. Um amperímetro com o C.M. de 200 A pode medir correntes eléctricas entre 0 a 200 A, mas este pode ser um dos possíveis campos de medida desse aparelho, bastando para isso mudar a posição do comutador, carregar em diferentes teclas ou mudar os terminais de ligação. CLASSE DE PRECISÃO Os aparelhos de medida apresentam a indicação da sua classe de precisão que é definido como o desvio máximo, em percentagem do valor do campo de medida utilizado, que se comete ao efetuar qualquer medição. Este erro é então o desvio máximo possível entre o valor medido e o valor real. O erro relativo admissível dado pelo valor absoluto possível dividido pela medida lida é mínimo na zona final da escala, uma vez que o erro máximo de medida é constante ao longo de toda a escala. Podemos inferir que: O erro relativo cresce em proporção inversa ao valor medido. Por isso, ao efetuar medições deve-se escolher a gama de medida que permita a leitura do valor a medir no terço final da escala. Instrumentos de medida industrial – 5 : 2,5 : 1,5 : 1 Instrumentos de precisão – 0,5 : 0,2 : 0,1 Exemplo: A classe de precisão de um aparelho é de 1,5 em 50 divisões. O erro absoluto em qualquer leitura será: A=0,015 x 50 = 0,75 SIMBOLOGIA UTILIZADA NOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA De acordo com as normas, os instrumentos de medida elétricos deverão ter inscrições de informação, tais como: Edição: 03/11 v01 7 de 186 Instrumentação Industrial Fabricante do instrumento Tipo de corrente que pode medir O mecanismo de medição que se encontra instalado Grandezas que pode medir Precisão do valor medido Posição de funcionamento Tensão de ensaio do instrumento EXEMPLO Exemplo de simbologia inerente aos aparelhos de medida Aparelho destinado a medição de correntes contínuas, cujo mecanismo de medição é um quadro móvel. A sua classe de precisão é de 0,2, devendo este ter um posicionamento de funcionamento horizontal. A tensão de ensaio do equipamento é de 500 V. SIMBOLOGIA REFERENTE AO TIPO DE CORRENTE SIMBOLOGIA REFERENTE À TENSÃO DE ENSAIO Edição: 03/11 v01 8 de 186 Instrumentação Industrial SIMBOLOGIA REFERENTE À POSIÇÃO SIMBOLOGIA REFERENTE À CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO Edição: 03/11 v01 9 de 186 Instrumentação Industrial SIMBOLOGIA DE ATENÇÃO, PROTECÇÃO E REGULAÇÃO Os multímetros digitais apresentam o valor da medida efetuada sob a forma digital num LCD ( display de cristais líquidos ). No entanto poderá ainda apresentar a medida de uma forma analógica através de uma barra que se incrementa ou decrementa conforme a grandeza medida. Edição: 03/11 v01 10 de 186 Instrumentação Industrial Multímetro com indicações digitais e analógicas Uma das vantagens dos multímetros digitais é a eliminação dos erros por paralaxe e interpolação verificados com frequência nos aparelhos analógicos. INCERTEZA NAS MEDIÇÕES A determinação da incerteza de medição ( majorante do erro de medição ) inerentes à qualidade de medição de um multímetro digital, é realizada da seguinte forma: Suponhamos que um determinado multímetro digital, na escala de 20V DC ( medição de tensões contínuas ), apresenta uma exactidão ( accuracy )(*) de ± ( 0.8% RDG + 1 dgt ) e tem um LCD de 3½ dígitos. Pretende determinar-se o erro relativo ( máximo ) quando se efectuam as leituras de 1.00; 2.00; 5.00, 10.00 e 19.99 V. O mostrador LCD do multímetro, se tem 3½ dígitos, significa que é constituído por 3 dígitos de 7 segmentos e 1 dígito de 2 segmentos, sendo este último ( o mais significativo ) considerado como ½ dígito: I.8.8.8 (*) Embora nos manuais dos multímetros apareça o termo exactidão (acccuracy), o termos correcto seria incerteza (uncertainty), dado que exactidão é uma medida qualitativa da qualidade do instrumento (a incerteza é uma medida quantitativa). O mostrador deste aparelho pode apresentar um valor máximo de 1999. A posição do ponto decimal depende da escala escolhida, isto é, para a escala de 20 V DC, temos: I.8.8.8 Edição: 03/11 v01 11 de 186 Instrumentação Industrial Na instrumentação digital os erros de medição podem calcular-se à custa da característica de exactidão que vem especificada nos respectivos manuais. Esta exactidão é normalmente apresentada em duas partes: Percentagem da leitura (ReaDinG) - erro relativo à medição Erro de resolução em número de unidades do dígito menos significativo (dgt) – erro absoluto independente do valor da medição Enquanto que o primeiro se aplica directamente a cada medição efectuada, o segundo necessita de ser convertido para um erro absoluto. Isso é feito tendo em conta a posição do ponto decimal e as unidades da escala que se está a utilizar. Para o caso em questão, dado um erro de resolução de ±1 dígito menos significativo ( mais à direita ) e utilizando a escala de 20 V DC, teremos um erro absoluto de 0,01 V ( em toda a escala ): Podem então apresentar-se os erros limite ( incertezas ) das diversas medições na forma de uma tabela: Incerteza para diversos valores medidos Edição: 03/11 v01 12 de 186 Instrumentação Industrial Conclui-se portanto que para minimizar o erro relativo, devem escolher-se as escalas em que as leituras mais se aproximam do valor de fim de escala ( se o aparelho não dispuser de escolha automática de alcances ). EXERCICIOS DE APLICAÇÃO – MULTÍMETRO DIGITAL 1. Num multímetro digital surge um valor de medição idêntico ao representado na figura. Além do mais é reproduzido um resumo das instruções de funcionamento. Qual será o limite máximo da tensão eficaz, de acordo com esta informação, se a margem de medição se encontrar ajustada para uma tensão contínua de 20 V ? Tabela de especificações do multímetro digital 2. Considere que o multímetro digital apresenta a seguinte tabela de especificações. Para a medição obtida na alínea 4, determine o desvio mínimo e máximo que esta poderá apresentar. Edição: 03/11 v01 13 de 186 Instrumentação Industrial 3. Num multímetro digital com a indicação 3 1/2 surge uma representação idêntica à da figura da esquerda. Para além disso é dado um resumo do que consta nas instruções de funcionamento. Que conclusão se pode tirar das indicações? Edição: 03/11 v01 14 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 3 – CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS Sob o ponto de vista do operador, os instrumentos podem classificar-se em: - Segundo a localização a) Instrumentos de painel, localizados na sala de controlo; b) Instrumentos de campo, localizados na área das unidades. - Segundo as funções a) Instrumentos de medição da variável; b) Instrumentos de controlo da variável, segundo informações obtidas pelos instrumentos de medição; c) Instrumentos de alarme, que alertam o operador sobre condições anormais das variáveis, dentro da margem de segurança que o processo e a unidade exigem. - Segundo as características a) Instrumentos indicadores, nos quais a variável é indicada por meio de um ponteiro numa escala, ou digital; b) Instrumentos registadores, nos quais a variável é registada numa carta; c) Instrumentos controladores, que mantém a variável num valor pré-determinado. Naturalmente, os instrumentos podem desempenhar, simultaneamente, uma ou mais das funções citadas. Por exemplo: pode ser simplesmente indicador; Por exemplo: pode ser simplesmente registador; Por exemplo: pode ser simplesmente controlador; Por exemplo: pode ser indicador controlador; Por exemplo: pode ser registador controlador. Edição: 03/11 v01 15 de 186 Instrumentação Industrial 3.1. Sistemas de transmissão (leitura remota) Em geral, a medição de uma variável é feita no campo e o instrumento pelo qual se acompanha o valor dessa variável está na Cabine de Controlo. Isto é possível devido ao que chamamos de transmissão. Instrumentos que incorporam dispositivos para efetuar a transmissão são chamados instrumentos transmissores. Esses dispositivos de transmissão utilizam uma fonte de energia auxiliar. Assim, conforme a natureza dessa energia auxiliar, os transmissores classificam-se em: pneumáticos, hidráulicos e elétricos. Os transmissores pneumáticos poderiam usar como fonte de energia qualquer gás seco pressurizado, no entanto, geralmente, é usado ar comprimido seco. Os transmissores hidráulicos poderiam usar qualquer líquido, sendo comum o óleo. Os transmissores elétricos usam, naturalmente, a energia elétrica. Existem elementos medidores que por natureza geram energia elétrica e não precisam de dispositivo adicional para transmissão, apenas meio para transmitir (fios condutores). Se admitirmos que uma variável quando medida varia de 0 a 100, existem convenções que relacionam esse intervalo de medição com uma faixa de transmissão. Assim, por exemplo, são comuns as faixas de 3 a 15 “psi” (libras por polegada quadrada), ou 0,2 a 1 kgf/cm2 (quilogramas por centímetro quadrado) na transmissão pneumática. Ou 4 a 20 mA (mili amperes) na transmissão elétrica analógica ou 20 mV (milivolts) na transmissão elétrica digital. 3.2. Instrumentos de pressão O conceito pressão geralmente é a força normal por unidade de área e costuma ser representado por uma série de unidades, como: psi (libras por polegada quadrada) bar, atmosfera, Pascal, etc. No Sistema Internacional de Unidades – S.I. – aprovado na XI Conferência Geral dos pesos e medidas – CGPM – em Paris, em 11/10/1960, a pressão passou a ser definida em termos de Newton por metro quadrado, também conhecida como Pascal. A pressão pode ser medida em termos absolutos ou diferenciais, desta forma é comum identificar três tipos de pressão: - Pressão absoluta; Edição: 03/11 v01 16 de 186 Instrumentação Industrial - Pressão manométrica; - Pressão diferencial. a) Pressão Absoluta A pressão absoluta é a diferença entre a pressão num ponto particular num fluido e a pressão absoluta (zero), isto é, vácuo completo. Também se diz que é a medida feita a partir do vácuo absoluto. Um exemplo típico de sensor de pressão absoluta é o conhecido barómetro porque a altura da coluna de mercúrio mede a diferença entre a pressão atmosférica local e a pressão “zero” do vácuo que existe acima da coluna de mercúrio. Se a pressão do vapor de mercúrio Pv for dada em milímetros de mercúrio (mmHg) e R for medido na mesma unidade, a pressão em A pode ser expressa por: Pv+R=PA (mmHg) b) Pressão Manométrica É a diferença medida entre uma pressão desconhecida e a atmosférica. A pressão manométrica é também conhecida como pressão relativa. c) Pressão diferencial É a diferença medida entre duas pressões desconhecidas, sendo nenhuma delas a pressão atmosférica. Edição: 03/11 v01 17 de 186 Instrumentação Industrial É de grande importância, ao exprimir um valor de pressão, determinar se ela é absoluta, relativa ou diferencial. d) Pressão Negativa ou Vácuo É quando um sistema tem pressão relativa menor que a pressão atmosférica. e) Pressão Estática É a pressão exercida por um líquido em repouso ou que esteja a fluir perpendicularmente à tomada de impulso, por unidade de área exercida. f) Pressão Dinâmica ou Cinética É a pressão exercida por um fluido em movimento. É medida fazendo a tomada do impulso de tal forma que recebe o impacto do fluido. A identificação usada para os instrumentos de pressão (manómetros) é a seguinte: Forma simples PI - Indicadores de pressão; PR - Registadores de pressão; PC - Controladores de pressão; PA - Alarmes de pressão. Formas compostas PIC - Controladores-registadores de pressão; PRC - Controladores-indicadores de pressão. Formas especiais Edição: 03/11 v01 18 de 186 É quando um sistema tem pressão relativa menor que a pressão atmosférica. e) Pressão Estática É a pressão exercida por um líquido em repouso ou que esteja fluindo perpendicularmente à tomada de impulso, por unidade de área exercida. f) Pressão Dinâmica ou Cinética É a pressão exercida por um fluido em movimento. É medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluido. Instrumentação Industrial PCV - Válvulas de controlo, auto-operadas por pressão; A identificação usada para os instrumentos de pressão (manômetros) é a seguinte: PSV - Válvulas de segurança (“pressure safety valve”). a) Forma simples PI Indicadores de pressão; PR Registradores de pressão; PC Tipos Controladores de pressão; 3.2.1 de instrumentos medidores de pressão PA Alarmes de pressão. Os utilizados pelos medidores de pressão são vários, destacando-se o de balanceamento b) princípios Formas compostas PIC de pressão; ou equilíbrioControladores-indicadores de uma pressão desconhecida contra uma pressão de valor conhecido (manómetros de PRC Controladores-registradores de pressão. coluna de mercúrio ou outro líquido); e o princípio da medição de pressão pela deformação elástica c) Formas especiais de certos elementos (molas, foles, diafragma, etc.). PCV Válvulas de controle, auto-operadas por pressão; PSV Válvulas de segurança ( pressure safety valve ). 5.1principais Tipos de tipos instrumentos medidores de pressão Os de instrumentos medidores de pressão são os que se seguem: Os princípios utilizados pelos medidores de pressão são vários, destacando-se o de balanceamento ou equilíbrio de uma pressão desconhecida contra uma pressão de valor conhecido (manômetros de coluna de mercúrio ou outro líquido); e o princípio da medição de pressão pela deformação elástica de certos elementos (molas, foles, diafragma, etc.). a)Os Indicadores tipo em “U”medidores e de coluna principais tipos detubo instrumentos de pressão são os que se seguem: Oa)tipo mais simples dos manómetros e, ao mesmo tempo, um dos mais exatos é o tubo em “U”, visto Indicadores tipo tubo em Ue de coluna O tipo mais simples dos manômetros e, ao mesmo tempo, um dos mais exatos é o tubo em U , visto nas nas figuras abaixo. figuras abaixo. Uma modificação tubo “U” é o manómetro de coluna, no qual um dos braços do tubo “U”7é Professor Luís Francisco do Casteletti substituído por uma cuba de grande diâmetro. Edição: 03/11 v01 19 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial ão do tubo Ué o manômetro de coluna, no aços do tubo Ué substituído por uma cuba de ro. Instrumentação Industrial ma modificação do tubo Ué o manômetro de coluna, no al um dos braços do tubo Ué substituído por uma cuba de ande diâmetro. b) Indicadores tipo campânulas s tipo campânulas Esses medidores equilibram a pressão a determinar contra um peso conhecido. São de grande es equilibram a pressão r contra um peso sensibilidade e utilizados para medição de tiragem de caldeiras e fornos. A figura abaixo mostra um São de grande e utilizadosdesses para medidores. iragem de caldeiras e ura abaixo mostra um ores. Indicadores tipo campânulas ses medidores equilibram a pressão determinar contra um peso nhecido. São de grande nsibilidade e utilizados para edição de tiragem de caldeiras e snos. tipo A diafragma figura abaixo mostra um comumente usados, com sses medidores. gem sobre os anteriores, is robustos, compactos e são designados draft-Gage). pelo c)diafragma Indicadores tipo diafragma Indicadores tipo lado mostra um desses o os mais comumente usados, com Em geral, a escala éos em comumente usados, com grande vantagem sobre os anteriores, por serem mais ande vantagem São sobre osmais anteriores, centímetros de coluna de r serem mais robustos, compactos e e económicos. robustos, compactos onômicos. Geralmente, sãopelo designados pelo símbolo “DG” (draft-Gage). eralmente, são designados mbolo DG(draft-Gage). A figura ao lado mostra um desses instrumentos. Em geral, a escala é em polegadas ou centímetros s tipo Bourdon figura ao lado mostra um desses de água. do tipo Bourdondeé coluna constituído, externamente, de uma caixa, uma escala e um ponteiro e, trumentos. Em geral, a escala é em de um tubo encurvado denominado tubo de Bourdon , de secção elíptica, que tende a abrirlegadas ou centímetros de coluna de da pressão do fluido que é conectado na extremidade fixa. ua. cisco Casteletti Edição: 03/11 v01 20 de 186 8 Indicadores tipo Bourdon manômetro do tipo Bourdon é constituído, externamente, de uma caixa, uma escala e um ponteiro e, Instrumentação Industrial Indicadores tipo campânulas ses medidores equilibram a pressão determinar contra um peso nhecido. São de grande nsibilidade e utilizados para edição de tiragem de caldeiras e nos. A figura abaixo mostra um sses medidores. Indicadores tipo diafragma o os mais comumente usados, com Indicadores tipo Bourdon ande vantagem d) sobre os anteriores, r serem mais robustos, compactos e O manómetro do tipo Bourdon é constituído, externamente, de uma caixa, uma escala e um ponteiro onômicos. e, internamente, de um tubo encurvado denominado tubo de “Bourdon”, de secção elíptica, que eralmente, são designados pelo Instrumentação Industrial mbolo DG(draft-Gage). tende a abrir-se sob a ação da pressão do fluido que é conectado na extremidade fixa. figura ao lado mostra um desses trumentos. Em geral, a escala é em legadas ou centímetros de coluna de ua. Indicadores tipo Bourdon manômetro do tipo Bourdon é constituído, externamente, de uma caixa, uma escala e um ponteiro e, ernamente, de um tubo encurvado denominado tubo de Bourdon , de secção elíptica, que tende a abrirsob a ação da pressão do fluido que é conectado na extremidade fixa. A extremidade fechada é ligada a um sistema de alavanca, engrenagens setor e pinhão8 que transformam o pequeno deslocamento daquela extremidade em movimento de rotação, ampliado, indicando, por meio de Aumextremidade fechada é convenientemente ligada a um sistema de alavanca, setor e pinhão ponteiro em uma escala graduada, o valor da engrenagens pressão medida, de acordo com que a distensão ou contração do tubo Bourdon. fessor Luís Francisco Casteletti transformam o pequeno deslocamento daquela extremidade em movimento de rotação, ampliado, indicando, por meio de um ponteiro numa escala convenientemente graduada, o valor da pressão medida, de acordo com a distensão ou contração do tubo Bourdon. Geralmente, o próprio fluido entra em contato com o tubo de Bourdon. Porém, quando o fluido é corrosivo, 03/11 v01no tubo de Bourdon, ou contém sólidos 21 de ou possue temperaturas elevadas, ou pode Edição: solidificar-se em186 suspensão, costuma-se proteger o manômetro por meio de um líquido de selagem. Quando o líquido é corrosivo, ou pode solidificar-se no Bourdon, como no caso do asfalto, pode-se usar, além do líquido de selagem, um sistema de diafragma para isolar o líquido de selagem do fluido, cuja A extremidade fechada é ligada a um sistema de alavanca, engrenagens setor e pinhão que transformam o Instrumentação Industrial pequeno deslocamento daquela extremidade em movimento de rotação, ampliado, indicando, por meio de um ponteiro em uma escala convenientemente graduada, o valor da pressão medida, de acordo com a distensão ou contração do tubo Bourdon. Geralmente, o próprio fluido entra em contato com o tubo de Bourdon. Porém, quando o fluido é corrosivo, ou possue temperaturas elevadas, ou pode solidificar-se no tubo de Bourdon, ou contém sólidos em suspensão, costuma-se proteger o manômetro por meio de um líquido de selagem. Geralmente, o próprio fluido em contato no com o tubocomo de Bourdon. Porém, fluido é Quando o líquido é corrosivo, ou entra pode solidificar-se Bourdon, no caso do asfalto,quando pode-seousar, além do líquido de selagem, um sistema de diafragma para isolar o líquido de selagem do fluido, cuja corrosivo, ou possui temperaturas elevadas, ou pode solidificar-se no tubo de Bourdon, ou contém pressão se quer medir. sólidos suspensão, costuma proteger-se o manómetro meio de um líquido de selagem. Nos casosem de temperaturas elevadas, é comum o uso de sifão, feitopor na própria tubulação da tomada, a fim de obrigar a que uma parte fria do tubo esteja sempre em contato com o manômetro. Quando o líquido secomo, pode os solidificar no nas Bourdon, comodenobombas caso do asfalto, pode-se Manômetros sujeitos éacorrosivo, pulsações,ou tais colocados descargas recíprocas, são geralmente danificados. usar, além do líquido de selagem, um sistema de diafragma para isolar o líquido de selagem do Para a sua proteção podem-se usar dispositivos amortecedores entre a tomada e o manômetro. fluido, cuja pressão se quer medir. Na instalação de um manômetro deve-se sempre prever a colocação de uma válvula de bloqueio e de uma válvula de dreno, a fim de permitir a remoção do instrumento para reparos, mesmo com o sistema em operação. Nos casos de temperaturas elevadas, é comum o uso de sifão, feito na própria tubulação da tomada, a fim de obrigar a que uma parte fria do tubo esteja sempre em contato com o manómetro. e)Manómetros Indicadores tipo fole sujeitos a pulsações, tais como, os colocados nas descargas de bombas recíprocas, Consiste, basicamente, em um cilindro metálico, corrugado geralmente danificados. ousão sanfonado. Quando uma pressão é aplicada no interior do fole, provoca e como ele temdispositivos que venceramortecedores a Para a sua sua distensão, proteção podem-se usar entre a tomada e o manómetro. Na flexibilidade do material e a força de oposição da mola que instalação de umfechado, manómetro deve-se sempre prever a colocação de uma válvula de bloqueio e de tende à mantê-lo o deslocamento do ponteiro ligado à haste é proporcional à pressão aplicada à parte do instrumento para reparos, mesmo com o uma válvula de dreno, a fim de permitir a remoção interna do fole. sistema em operação. 9 Professor Luís Francisco Casteletti e) Indicadores tipo “fole” Consiste, basicamente, num cilindro metálico, corrugado ou sanfonado. Quando uma pressão é aplicada no interior do fole, provoca a sua distensão, e como ele tem que vencer a flexibilidade do material e a força de oposição da mola que tende a mantê-lo fechado, o deslocamento do ponteiro ligado à haste é proporcional à pressão aplicada à parte interna do fole. Edição: 03/11 v01 22 de 186 e temperaturas elevadas, é comum o uso de sifão, feito na própria tubulação da tomada, a fim que uma parte fria do tubo esteja sempre em contato com o manômetro. sujeitos a pulsações, tais como, os colocados nas descargas de bombas recíprocas, são danificados. roteção podem-se usar dispositivos amortecedores entre a tomada e o manômetro. o de um manômetro deve-se sempre prever a colocação de uma válvula de bloqueio e de uma reno, a fim de permitir a remoção do instrumento para reparos, mesmo com o sistema em Instrumentação Industrial es tipo fole sicamente, em um cilindro metálico, corrugado o. a pressão é aplicada no interior do fole, a distensão, e como ele tem que vencer a do material e a força de oposição da mola que ntê-lo fechado, o deslocamento do ponteiro te é proporcional à pressão aplicada à parte le. rancisco Casteletti f) Transdutores de Pressão por Silício 9 Os transdutores de pressão por silício são sensores que convertem a grandeza física pressão em sinal elétrico. No seu centro existe uma célula de medição que consiste numa pastilha com um fino diafragma de silício acoplado, formando um wafer – o silício é implantado por difusão e dopado (contaminado) com arsénio, formando um semicondutor do tipo-n, no qual caminhos resistivos são formados pela implantação iónica para transferir o nível exato de força a um circuito ponte de Wheatstone de silício. Quando o transdutor é submetido a uma carga de pressão, o diafragma sofre uma deflexão, gerando variações nas resistências implantadas, de acordo com o efeito piezoresistivo. A espessura do diafragma, a área da superfície e o desenho geométrico das resistências determinam a permissibilidade da faixa de pressão. Efeitos mecânicos do suporte nas células de medição podem largamente ser evitados pelos aspectos estruturais. Devido às suas características funcionais e sensibilidade, podem ser montados em tamanhos relativamente reduzidos, o que permite a sua aplicação em áreas variadas como: - Medidores de pressão sanguínea; - Sistemas de injeção electrónica; - Sistemas de robótica; - Controlo de pressão em microbombas; - Concentradores de oxigénio e respiradores; - Controladores de nível e transmissão de fluidos. Edição: 03/11 v01 23 de 186 Instrumentação Industrial g) Registadores de pressão Os registadores permitem o registo num gráfico (papel com escalas) dos valores da variável durante um certo período de pressão e são semelhantes aos indicadores, com a diferença de serem dotados de dispositivos e de tempo. Para isso, possuem um mecanismo de relojoaria que pode ser acionado mecanicamente por “corda”, por um motor elétrico ou por acionador pneumático. Os registadores de pressão, comumente, usam como elementos medidores, espirais e hélices que nada mais são do que variações de tubos de Bourdon, os quais, pelo fato de possuírem várias voltas, proporcionam maior deslocamento para uma mesma mudança de pressão, possibilitando grandes movimentos da pena, mesmo sem mecanismos de engrenagens. As figuras abaixo mostram alguns tipos de registadores. Instrumentação Industrial As figuras abaixo mostram alguns tipos de registradores. Podem situar-se no campo ou na casa de controle, dependendo da importância da pressão no sistema e da segurança. Quando na casa de controle, o registrador, em geral, possuem como elemento medidor um sistema de folemola, que funciona como receptor pneumático do sinal transmitido do campo. Edição: 03/11 v01 24 de 186 g) Controladores de pressão Os controladores de pressão, como os demais controladores, recebem um sinal correspondente ao valor da variável medida e comparam com um valor pré-estabelecido e enviam, quando necessário um sinal de guras abaixo mostram alguns tipos de registradores. Instrumentação Industrial Podem situar-se no campo ou na cabine de controlo, dependendo da importância da pressão no sistema e da segurança. Quando na cabine de controlo, o registador, em geral, possui como elemento medidor um sistema de fole-mola, que funciona como receptor pneumático do sinal transmitido do campo. em situar-se no campo ou na casa de controle, dependendo da importância da pressão no sistema e da g) Controladores de pressão urança. ndo na casa de controle, o registrador, em geral, possuem como elemento medidor um sistema de foleOs controladores de pressão, os demais controladores, recebem um sinal correspondente ao a, que funciona como receptor pneumático do sinalcomo transmitido do campo. valor da variável medida e comparam com um valor pré-estabelecido e enviam, quando necessário ontroladores de pressão controladores de um pressão, os demais controladores, um sinal correspondente ao valor da sinal como de correção, para uma válvularecebem de controlo. ável medida e comparam com um valor pré-estabelecido e enviam, quando necessário um sinal de eção, para uma válvula de controle. omendações instrumentos de pressão podem ser mente danificados, especialmente ndo operados com valores acima do imo permitido. m sendo, se um sistema ou pamento estiver sendo testado, com res de pressão acima do normal de ação, os manômetros e demais umentos de pressão devem ser ueados. mudança dos gráficos a pena poderá ser levantada, mas não forçada em nenhuma direção. a prevenir possíveis sobrepressões, geralmente, os manômetros usados em um local tem alcance duas Recomendações es maior ao da pressão normal. Os instrumentos de pressão podem ser facilmente danificados, especialmente quando operados com strumentos de valores temperatura acima do máximo permitido. mperatura é de certa maneira, variável mais importante da indústria do petróleo. Assim sendo,ase um sistema ou equipamento estiver a ser testado, com valores de pressão acima do normal de no operação, os manómetros e demais instrumentos de do pressão devem controle é imprescindível fracionamento do petróleo, nas fases intermediárias processo e naser bloqueados. ecificação final dos produtos acabados. Também o craqueamento exige severidade nas temperaturas Na mudança dos gráficos a agulha ou jacto poderá ser levantada, mas não forçada em nenhuma roladas. direção.conceituada, como o grau de aquecimento ou resfriamento de uma substância, peratura é, geralmente, orpo e é medida por meio de instrumentos denominados termômetros. Para prevenir possíveis sobrepressões, geralmente, os manómetros usados num local tem alcance duas vezes maior ao da pressão normal. 11 ssor Luís Francisco Casteletti 3.3. Instrumentos de temperatura A temperatura é de certa maneira, a variável mais importante da indústria do petróleo. O seu controlo Edição: 03/11 v01 25 de 186 Instrumentação Industrial é imprescindível no fracionamento do petróleo, nas fases intermediárias do processo e na especificação final dos produtos acabados. Também há outras aplicações que exigem severidade nas temperaturas controladas. Temperatura é, geralmente, conceituada, como o grau de aquecimento ou arrefecimento de uma substância, ou corpo e é medida por meio de instrumentos denominados termómetros. Calor é a energia em trânsito que é transferida por meio da fronteira de um sistema termodinâmico em virtude de uma diferença de temperatura. 3.3.1. Formas de Transferência da Energia Térmica A energia térmica é transferida de um sistema a outro de três formas possíveis. - Condução: a condução é um processo pelo qual o calor flui de uma região de alta temperatura para outra de temperatura mais baixa, dentro de um sólido, líquido ou gasoso, ou entre meios diferentes em contato físico direto. Exemplo: um garfo aquecido numa panela com água quente. - Radiação: é um processo pelo qual o calor flui de um corpo de alta temperatura para um de baixa, quando estão separados no espaço, ainda que exista vácuo. Exemplo: aquecimento solar. - Convecção: é um processo de transporte de energia pela ação combinada da condução de calor, armazenamento de energia e movimento da mistura. A convecção é mais importante como mecanismo de transferência de energia (calor) entre uma superfície sólida e um líquido ou gás. Exemplo: o calor de um andar de um edifício em chamas transferido para o andar supeior. 3.3.2. Termometria Termometria significa “Medição de temperatura”. Eventualmente o termo pirometria é também aplicado com o mesmo significado, porém baseando-se na etimologia das palavras, podemos definir: - Pirometria: medição de altas temperaturas, na faixa em que os efeitos de radiação térmica passam a manifestar-se. - Criometria: medição de baixas temperaturas, ou seja, aquelas próximas ao zero absoluto de temperatura. - Termometria: termo mais abrangente que incluiria tanto a pirometria, como a criometria que seriam casos particulares de medição. Edição: 03/11 v01 26 de 186 Instrumentação Industrial 3.3.3. Escalas de temperatura - Fahrenheit: 32ºF para a temperatura de congelamento da água e 212ºF para a temperatura de ebulição da água. Possui 180 divisões entre esses dois pontos. - Celsius: 0ºC para a temperatura de congelamento da água e 100ºC para a temperatura de ebulição da água. Possui 100 divisões entre esses dois pontos. - Kelvin: 273K para a temperatura de congelamento da água e 373K para a temperatura de ebulição da água. Possui 100 divisões entre esses dois pontos. É chamada de escala absoluta. 3.3.4. A identificação usual para os instrumentos de temperatura é a seguinte: a) Formas simples TI Indicador de temperatura (transmitido à cabine de controlo); ThI Indicador de temperatura local; TR Registador de temperatura; TC Controlador de temperatura; TA Alarme (cego) de temperatura. b) Formas compostas TIC Indicador-controlador de temperatura; TRC Registador-controlador de temperatura. c) Formas especiais TW - Poços de termómetros; TE - Elemento de medição de temperatura; TCV - Válvulas de controlo, auto-operadas por temperatura; TSV - Válvulas de segurança (“temperatura safety valve”) para controlo de temperatura. Edição: 03/11 v01 27 de 186 Instrumentação Industrial 3.3.5. Tipos de instrumentos medidores de temperatura Sob o ponto de vista industrial, os termómetros podem ser classificados nos seguintes principais tipos, de acordo com os seus princípios de funcionamento: - Termómetros de dilatação - termómetro de mercúrio; - termómetros bimetálicos; - termómetro de pressão. - Sistemas termoelétricos - termopares; - termómetros de resistência. Instrumentação Industrial - Sistemas termoelétricos termopares; - Pirómetros óticos - Instrumentos indicadores, registadores e controladores para pares termômetros de resistência. Pirômetros óticos termoelétricos - Instrumentos indicadores, registradores e controladores para pares termoelétricos a) Termômetros de dilatação Termômetro de mercúrio a) Termómetros de dilatação Termómetro de mercúrio O termómetro de mercúrio é o mais O termômetro de mercúrio é o mais simples dos indicadores de temperatura. simples dos indicadores de temperatura. Consiste de um tubo capilar de vidro, tendo, numa das extremidades, um bulbo cheio de mercúrio que, quando aquecido, se dilata, indo atingir uma certa altura no tubo capilar e seu valor sendo lido na escala termométrica. As escalas termométricas, mais comuns, são graduadas em graus Celsius (ºC) e em graus Fahrenheit (ºF), Consiste uma correspondência tubo capilar de entre vidro,essas tendo, numa dasé extremidades, um bulbo cheio de mercúrio sendodeque duas escalas dada pelas relações: ºC = 5 (ºF - 32) 9 9 Edição: 03/11 v01 28 de 186 Instrumentação Industrial que, quando aquecido, se dilata, indo atingir uma certa altura no tubo capilar e o seu valor é lido na escala termométrica. As escalas termométricas, mais comuns, são graduadas em graus Celsius (ºC) e em graus As escalas termométricas, mais comuns, são graduadas em graus Celsius ( Fahrenheit (ºF), sendo que a correspondência entre essas duas escalas é dada pelas relações: sendo que a correspondência entre essas duas escalas é dada pelas relaçõe ºC = 5 (ºF - 32) 9 ºF = 9 ºC + 32 5 Os termômetros de mercúrio não são usados muito freqüentemente na Os termómetros de mercúrio não sãofragilidade, usados muito frequentemente na que indústria, face a suae grande em especial nos casos em ocorrem grandes bruscas variaç fragilidade, em especial nos casos em que ocorrem grandes e bruscas variações de temperatura. b) Termómetros bimetálicos b) Termômetros bimetálicos Se aquecermos uma barra metálica, constituída de dois metais de coefic soldados entre si longitudinalmente, esta barra se deformará, alongando-se d Como existe uma correlação entre a deformação da barra e a temperatura a Se aquecermos uma barra metálica, constituída metais coeficientes de dilatação bimetálicos podemdeserdois usados como de termômetros indicadores. diferentes, soldados entre si longitudinalmente, esta barra vai deformar, alongando-se desigualmente em duas partes. O termômetro bimetálico É um instrumento resistente e preciso que substitui com vantagem o termôm local de temperatura. Como existe uma correlação entre a deformação da barra e a temperatura a que é submetida, os Professor Luís Francisco Casteletti elementos bimetálicos podem ser usados como termómetros indicadores. O termómetro bimetálico É um instrumento resistente e preciso que substitui com vantagem o termómetro de mercúrio, na indicação local de temperatura. Em geral, a barra bimetálica é enrolada em forma de hélice, com uma das extremidades presa ao bulbo do termómetro e a outra ligada a um ponteiro. Quando varia a temperatura do meio em que está imerso o termómetro, a hélice bimetálica expande-se ou contrai-se e sua ponta livre indicará, através do ponteiro, numa escala previamente graduada, a temperatura medida. Geralmente, emprega-se o “INVAR”, como metal de pequena expansão e o latão ou ligas de níquel, como metal de grande expansão. O termómetro bimetálico pode ser empregado para medir temperaturas desde -40ºC (-104ºF) até +427ºC (+800ºF), com um erro de ± 1%. Edição: 03/11 v01 29 de 186 Instrumentação Industrial Visando a proteção mecânica do termómetro bimetálico e facilidade de manutenção, costuma-se instalar o mesmo em poço termométrico. A figura abaixo mostra um termómetro bimetálico. c) Termómetros de pressão Os termómetros tipo pressão utilizam, para medição da temperatura, a expansão térmica dos fluidos, uma vez que existe uma correlação entre a temperatura e a pressão exercida pelo fluido em sistema fechado. Portanto, um termómetro de pressão, nada mais é do que um instrumento que mede a pressão interna num sistema fechado, conforme mostrado na figura abaixo. A grande vantagem destes termómetros de pressão em relação aos bimetálicos é que nos de pressão existe a possibilidade de leituras remotas. Conforme a natureza do fluido contido no sistema fechado, os termómetros de pressão classificamse em: I) Termómetros de pressão de líquido; II) Termómetros de pressão de gás; III) Termómetros de pressão de vapor. Edição: 03/11 v01 30 de 186 Instrumentação Industrial I) Termómetros de pressão de líquido Constam de um bulbo cheio de líquido ligado a uma espiral ou a um tubo de Bourdon por meio de um tubo capilar. Ao aumentar a temperatura, o líquido expande-se e causa a deformação do elemento medidor de temperatura. Os líquidos mais usados para enchimento do sistema são: mercúrio (devido à grande diferença entre os pontos de congelamento e de ebulição), álcool etílico, tolueno, etc. Os termómetros de pressão de líquido são utilizados na faixa de temperaturas entre -40ºC (-104ºF) e +538ºC (1.000ºF) e apresentam uma variação de ± 0,5%. Estes termómetros estão sujeitos a erros devido à influência da temperatura ambiente, tanto no capilar, como no sistema espiral ou Bourdon. Entretanto, esses erros são corrigidos pela introdução de compensadores do tipo bimetálico que podem compensar somente a espiral ou Bourdon (mostrado na figura abaixo) ou, então, usando-se um outro conjunto capilar-espiral (ou Bourdon) de compensação, etc. II) Termómetros de pressão de gás Quando o fluído de enchimento do sistema for um gás, teremos um termómetro de pressão de gás, usando na faixa de -130ºC (-200ºF) a 427ºC (800ºF). Geralmente são gases inertes, como por exemplo, o nitrogénio. Prestam-se muito bem para medidas de baixas temperaturas. Qualquer vazamento de gás trará, como consequência, a inutilização do conjunto bulbo-capilar-espiral. III) Termómetros de pressão de vapor Quando o elemento de pressão for atuado pelo vapor que enche parcialmente o sistema de medição, teremos um termómetro de pressão de vapor. A superfície livre do líquido deverá estar sempre no bulbo, vaporizando-se ou condensando-se, conforme a temperatura medida aumente ou diminua. A escala, naturalmente, depende do líquido do bulbo, porém são aplicáveis a valores desde -50ºC (122ºF) até +300ºC (572ºF). Edição: 03/11 v01 31 de 186 Instrumentação Industrial ros de pressão de gás do de enchimento do sistema for um gás, teremos um termômetro de pressão de gás, usando 30ºC (-200ºF) a 427ºC (800ºF). ão gases inertes, como por exemplo, o nitrogênio. Prestam-se muito bem para medidas de Instrumentação Industrial aturas. amento de gás trará, como conseqüência, a inutilização do conjunto bulbo-capilar-espiral. ros de pressão de vapor Instrumentação Industrial emento de pressão for atuado pelo vapor que lmente o sistema de medição, teremos um e pressão de vapor. vre do líquido deveráde estar ômetros de pressão gássempre no bulbo, eo ou condensando-se, conforme a temperatura fluído de enchimento do sistema for um gás, teremos um termômetro de pressão de gás, usando nte ou diminua. de -130ºC (-200ºF) a 427ºC (800ºF). ente são gases inertes, como por exemplo, o nitrogênio. Prestam-se muito bem para medidas de uralmente, depende do líquido do bulbo, porém emperaturas. s a valores (122ºF) até +300ºC a inutilização do conjunto bulbo-capilar-espiral. er vazamentodesde de gás-50ºC trará, como conseqüência, mômetros de pressão de vapor o elemento de 3.3.6. pressão for atuado pelo vapor que Sistemas termoelétricos sparcialmente termoelétricos o sistema de medição, teremos um es etro de pressão de vapor. a) Termopares efície funcionamento desses termômetros é a formação livre do líquido deverá estar sempre no bulbo,de uma força eletromotriz (f.e.m.), que se uito formado pela junção de dois ando-se ou condensando-se, conforme a temperatura O princípio de funcionamento desses termómetros é a formação de uma força eletromotriz (f.e.m.), ntes, quando essas junções estão a aumente ou diminua. diferentes, conforme a figura que se gera no circuito formado pela junção de dois metais diferentes, quando essas junções estão a a, naturalmente, depende do líquido do bulbo, porém temperaturas cáveis a valores desde -50ºCdiferentes, (122ºF) atéconforme +300ºC a figura abaixo. ada é tanto mais intensa quanto iferença de temperatura (T1 - T2), A f.e.m. gerada é tanto mais intensa quanto maior for a diferença de temperatura (T1 - T2), servindo, anto, como medida de T1 se T2 for portanto, como medida de T1 se T2 for mantida constante. ante. es mais usados, industrialmente Os termopares mais usados, industrialmente falando, são formados pelos pares: ferro e constantan; temas termoelétricos formados pelos pares: ferro e opares cromel e alumel; cobre e constantan. omel e alumel; cobre e constantan. pio de funcionamento desses termômetros é a formação de uma força eletromotriz (f.e.m.), que se o circuito formado pela junção de dois diferentes, quando essas junções estão a turas diferentes, conforme a figura um meio prático de medir temperatura, pois, além de ser possível instalá-lo em qualquer lugar, a f.e.m. ser medida a grandes distâncias sem perda de precisão. . gerada é tanto mais intensa quanto um termopar para um determinado serviço, deve ser feita considerando todas as possíveis or a diferença de temperatura (T1 - T2), rmas exigidas pelo processo. o, portanto, como medida de T1 se T2 for constante. nterligam o par termoelétrico ao instrumento medidor são denominados fios de extensãoou ensação . mopares mais usados, industrialmente são formados pelos pares: ferro e es em geral, tem seus fios isolados por isoladores de cerâmica e terminam num bloco de tan; cromel e alumel; cobre e constantan. e os fios de extensãosão conectados. O termopar é um meio prático de medir temperatura, pois, além de ser possível instalá-lo em guir relaciona os tipos de termopares e a faixa de temperatura usual, com as vantagens e par é um meio prático de medir pois, além de possível instalá-lo distâncias em qualquersem lugar, qualquer lugar,temperatura, pode, ainda, a f.e.m. serser medida a grandes perda de precisão. nda, a f.e.m. ser medida a grandes distâncias sem perda de precisão. ncisco Casteletti A escolha de um termopar para um determinado serviço, deve ser 15 feita considerando todas as ha de um termopar para um determinado serviço, deve ser feita considerando todas as possíveis s e normas exigidas pelo processo. possíveis variáveis e normas exigidas pelo processo. que interligam oOs par fios termoelétrico ao instrumento são denominados fios demedidor extensão ou denominados “fios de que interligam o par medidor termoelétrico ao instrumento são compensação . Edição: 03/11 mopares em geral, tem seus fios isolados por isoladores de cerâmica e v01 terminam num bloco de o, onde os fios de extensãosão conectados. 32 de 186 Instrumentação Industrial extensão” ou “fios de compensação”. Os termopares em geral, tem seus fios isolados por isoladores de cerâmica e terminam num bloco de conexão, onde os “fios de extensão” são ligados. A tabela a seguir relaciona os tipos de termopares e a faixa de temperatura usual, com as vantagens e restrições. Edição: 03/11 v01 33 de 186 Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 34 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Para facilitar a identificação do tipo de fio e da polaridade dos condutores, cada norma convencionou asPara cores dos aisolamentos. A tabela indica a dos codificação de cada coresnorma utilizada, segundoasas facilitar identificação do tipo de a fioseguir e da polaridade condutores, convencionou cores das isolações.e Aalemã. tabela a seguir indica a codificação de cores utilizada, segundo as normas americana normas americana e alemã. TEMOPAR TIPO - EXTENSÃO OU COMPENSAÇÃO TIPO MATERIAL DOS CONDUTORES POSITIVO NEGATIVO COLORAÇÃO DA ISOLAÇÃO NORMA AMERICANA ANSI MC 96.1 - 1982 CAPA POSIT NEGA EXTE NORMA ALEMÃ DIN 43710 - 4 CAPA POSI NEGA EXTE CAPA EXTE POSI NEGA IEC 584 3 T TX Cobre Constantan Azul Azul Vermel Marrom Verme Marrom Marrom Marrom Branca J JX Fero Constantan Preta Branca Vermel Azul Vermel Azul Preto Preto Branca E EX Chromel Constantan Roxa Roxa Vermel - - - Violeta Violeta Branca K KX Chromel Alumel Amarel Amarel Vermel Verde Vermel Verde Verde Verde Branca K WX* Ferro Cupronel Branca Verde Vermel Verde Vermel Verde - - - S, R SX Cobre Cu/Ni Verde Preta Vermel Branca Vermel Branca Laranja Laranja Branca B BX Cobre Cobre Cinza Cinza Vermel - - - - - - N NX Nicrosil Nisil Laranja Laranja Vermel - - - Rosa Rosa Branca Fios e cabos tipo WX, para termopar tipo K, foram excluídos da Norma ANSI MC 96.1. e cabos tipo WX, termopar tipoS.A. K, foram excluídos da Norma ANSI MC – 96.1 -Fios Fonte: Catálogo Geralpara Pirometria ECIL - Termômetros de b)b)Termómetros de resistência resistência Seu princípio de funcionamento baseia-se na variação da resistência elétrica dos metais com a temperatura. materiais usados são a platina ou o níquel. OGeralmente, seu princípio de funcionamento baseia-se na variação da resistência elétrica dos metais com a temperatura. Geralmente, materiais usados são a platina ou o níquel. Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 35 de 186 17 - - Fios e cabos tipo WX, para termopar tipo K, foram excluídos da Norma ANSI MC 96.1. Fonte: Catálogo Geral Pirometria ECIL S.A. ) Termômetros Instrumentação de resistência Industrial eu princípio de funcionamento baseia-se na variação da resistência elétrica dos metais com a temperatura. Geralmente, materiais usados são a platina ou o níquel. 17 rofessor Luís Francisco Casteletti 3.3.7. Pirómetros óticos Os corpos aquecidos emitem radiações perceptíveis ao olho humano quando as temperaturas são bastante elevadas. Comparando-se a cor da radiação emitida com a de um padrão, consegue-se determinar a temperatura do corpo. Os pirómetros óticos são usados em fornos deInstrumentação siderurgia,Industrial principalmente. s emitem radiações perceptíveis ao olho humano quando astante elevadas. da radiação emitida com a de um padrão, consegue-se ura do corpo. ão usados em fornos de siderurgia, principalmente. icadores para termopares or de temperatura é um instrumento múltiplo, isto é, muitos termopares chegam a um então chegam a um dispositivo digital que permite selecionar o par desejado. Edição: 03/11 v01 de temperaturas, geralmente, é usado para verificação de temperaturas de dores e controladores, bem como para dar ao operador leitura instantânea da s pontos da unidade de processamento. 36 de 186 Instrumentação 6.7. Pirômetros óticos Instrumentação Industrial Os corpos aquecidos emitem radiações perceptíveis ao olho humano quando as temperaturas são bastante elevadas. Comparando-se a corpara da radiação emitida com a de um padrão, consegue-se 3.3.8. Instrumentos indicadores termopares determinar a temperatura do corpo. Geralmente, o indicador de temperatura é um instrumento múltiplo, isto é, muitos termopares chegam Os pirômetros óticos são usados em fornos de siderurgia, principalmente. a um conjunto de contactos ou então chegam a um dispositivo digital que permite selecionar o par desejado. O indicador múltiplo de temperaturas, geralmente, é usado para verificação de temperaturas de 6.8. Instrumentos indicadores para termopares Geralmente, o indicador de temperatura é um instrumento múltiplo, isto é, muitos termopares chegam instrumentos registadores e controladores, bem como para dar ao operador leitura instantânea da conjunto de chaves ou então chegam a um dispositivo digital que permite selecionar o par desejado. temperatura em muitos pontos da unidade de processamento. O indicador múltiplo de temperaturas, geralmente, é usado para verificação de temperatu registradores e controladores, bemcom como para dar ao operador leitura instantân A figura abaixo instrumentos mostra um indicador múltiplo de temperatura, contactos. temperatura em muitos pontos da unidade de processamento. A figura abaixo mostra um indicador múltiplo de temperatura, com chaves. Assim, para se fazer a leitura de uma temperatura qualquer, basta acionar a chave correspond Assim, para severificar fazer aaposição leitura do devalor uma qualquer, acionar a contacto (botão) da temperatura escala em relação ao traçobasta de referência. correspondente e verificar a posição do valor da escala em relação ao traço de referência. Professor Luís Francisco Casteletti 3.3.9. Instrumentos registadores para termopares Edição: 03/11 v01 37 de 186 Instrumentação Industrial Os instrumentos registadores podem registrar uma ou mais temperaturas. Geralmente, são escolhidas as temperaturas mais importantes da unidade. O registo pode ser feito por meio de um gráfico, ou então, por meio de impressão de um símbolo no gráfico. 3.3.10. Instrumentos controladores para termopares Os instrumentos controladores de temperatura podem estar instalados no campo, geralmente TIC’s, ou então, na sala de controlo em geral, TRC’s. 3.3.11. Transdutores Instrumentação Industrial entos registradores para termopares No sistema de transmissão elétrico, geralmente, se o instrumento receptor do painel da cabine de ntos registradores podem registrar uma ou mais temperaturas. Geralmente, são escolhidas as controlo é eletrónico e o elemento de medição é um termopar, há necessidade de dispositivo que mais importantes da unidade. converta os milivolts gerados para uma faixa de corrente de 4 a 20 mA. ode ser feito por meio de uma pena em um gráfico, ou então, por meio de impressão de um ráfico. 3.4. Instrumentos de caudal e volume mentos controladores para termopares ntos controladores de temperatura podem estar instalados no campo, geralmente TIC s, ou a de controle emIntrodução geral, TRC s.e simbologia A importância da variável caudal-quantidade do fluido escoado através de tubulações e utores equipamentos, na unidade de tempo pode ser avaliada pelas suas aplicações industriais: e transmissão elétrico, geralmente, se o instrumento receptor do painel da casa de controle é o elemento de medição é um termopar, há necessidade de dispositivo que converta os milivolts a) Controla processo nas quantidades totais ou parciais que se acham em transformação no uma faixa de corrente de 4 a 20 omA. processo, em período de tempo; b) Permite o “balanço” de material de um sistema ou da unidade toda. tos de vazão e volume e simbologia ia da variável vazão-quantidade do fluido avés de tubulações e equipamentos, na tempo pode ser avaliada pelas suas dustriais: o processo nas quantidades totais ou parciais acham em transformação no processo, em de tempo; o balançode material de um sistema ou da oda. a da variável vazão-quantidade de fluido escoado, pode ser pesada pelo seguinte: um controle do balanço da unidade, desde caudal-quantidade que existam medidores volumétricos na pode carga ser da pesada pelo seguinte: A importância da variável de fluido escoado, e nos seus diversos produtos derivados finais; a contabilização mais exata na venda (ou transferência) dos produtos. tos de vazão e volume utilizam a seguinte identificação: simples dicador de vazão ( flow indicator ); gistrador de vazão ( flow recorder ); ntrolador de vazão ( flow controler ); Edição: 03/11 v01 38 de 186 Instrumentação Industrial a) Permite um controlo do balanço da unidade, desde que existam medidores volumétricos na carga da unidade e nos seus diversos produtos derivados finais; b) Permite a contabilização mais exata na venda (ou transferência) dos produtos. Os instrumentos de caudal e volume utilizam a seguinte identificação: a) Formas simples FI Indicador de caudal (“flow indicator”); FR Registador de caudal (“flow recorder”); FC Controlador de caudal (“flow controlor”); FQ Integrador ou totalizador volumétrico (T = totalizer). b) Formas compostas FIC Indicador e controlador de caudal; FRC Registador e controlador de caudal. c) Formas especiais FE - Elemento primário de caudal (“flow element”); FG - Visores de caudal (“flow-glass”); FCV - Válvula auto-operada por caudal. 3.4.1. Tipos de medidores de caudal e volume Segundo o seu princípio de funcionamento, os medidores de caudal e volume são classificados nos seguintes tipos principais: a) Tipo pressão diferencial variável b) Tipo área variável c) Tipo de deslocamento positivo Edição: 03/11 v01 39 de 186 Instrumentação Industrial b) Medidores de caudal tipo pressão diferencial variável Quando introduzimos uma restrição numa tubulação através da qual escoa um fluido, ocorre como consequência, uma perda ou queda de pressão. Esta perda de pressão é tanto maior quanto maior for a caudal do fluido que estiver escoando pela tubulação. A perda de pressão introduzida não é a mesma para todos os fluidos, dependendo da viscosidade, temperatura e densidade do fluido em questão. É evidente que também depende do tamanho de restrição e do diâmetro da tubulação em que esta se situa. Conclui-se, portanto, que a partir da medida da perda ou queda de pressão através de uma restrição colocada numa tubulação já podemos determinar a caudal. Na primeira figura abaixo, temos representado uma restrição na tubulação e na segunda figura, um gráfico representativo de como a pressão varia na região em torno da restrição (orifício). A queda da pressão introduzida é: P1 - P2 = ∆ P. Nota-se pelo gráfico, que esta diferença varia conforme as posições das tomadas de pressões P1 e P2. Para medir o caudal por diferença das pressões usam-se instalações que se compõem: a) De um elemento primário: dispositivo de restrição que produz a diferença (queda) das pressões; b) De um elemento secundário: dispositivo que mede a diferença de pressões produzida pela restrição; c) De um elemento terciário, que é usado para indicar, registar e/ou controlar a caudal. Os elementos primários mais usados são; Edição: 03/11 v01 40 de 186 Instrumentação Industrial - Placa de orifício; - Bocal de caudal; - Tubo Venturi; - Tubo Pitot. O tubo Pitot é um dispositivo que serve para medir a velocidade do fluido num ponto qualquer na secção de escoamento. Consta, em geral, de dois tubos justapostos, que são inseridos na tubulação, um deles colocado de Instrum modo a medir a pressão estática existente e mais a pressão cinética devido à velocidade do fluido: Consta, em geral, de dois tubos justapostos, que são inseridos na tubulação, um deles coloca P1 = Pe + Pv ; o outromedir medea apenas pressão estática: P2 =aPe . pressão aestática existente e mais pressão cinética devido à velocidade do fluido: P outro mede apenas a pressão estática: P2 = Pe . A diferença das duas tomadas dá a medição da velocidade do fluido: P1 -P2 =Pe +Pv -Pe =Pv A diferença das duas tomadas dá a medição da velocidade do fluido: P1ideia - P2 =de Peum + Pvtubo - Pe Pitot. = Pv A figura abaixo dá uma A figura abaixo dá uma idéia de um tubo Pitot. O tubo Venturi é O recomendado medição para de medição caudal de devazão fluidode que grandes tubo Venturi épara recomendado fluidocontenha que contenham grandes q sólidos em suspensão e para fluidos altamente viscosos. quantidades de sólidos em suspensão e para fluidos altamente viscosos. O bocal de vazão é de uso semelhante ao tubo Venturi porém sendo um elemento mais econ O bocal de caudal é de uso semelhante ao tubo Venturi porém sendo um elemento mais económico. A placa de orifício é, geralmente, o elemento primário mais simples na fabricação, na instala custo. A placa de orifício é, geralmente, o elemento primário mais simples na fabrico, na instalação e de Consiste de uma placa metálica com um orifício centrico ou excêntrico, de diâmetro menor que o da tubulação onde se acha instalada, de secção circular elíptica, segmental, etc., com suas Consiste de uma placa metálica com um orifício centrico ou excêntrico, de diâmetro menor que o da bordas vivas (ortogonais) ou boleadas. A figura tubulação onde se acha instalada, de secção ao lado mostra uma placa decircular orifício. elíptica, segmental, etc., com extremidades baixo custo. vivas (ortogonais) ou boleadas. A figura ao lado mostra uma placa de orifício. Às vezes, a placa é provida de um pequeno furo adicional para a passagem de gases ou de co v01adicional deve ficar na parte inferior da tubulação, 41 de 186 de f Quando um fluido é umEdição: gás, 03/11 o furo escoar os gases que se condensam e no caso do fluido ser líquido, o orifício deve ficar na pa tubulação, a fim de dar passagem à parte vaporizada, porventura existente, e assim não maior na vazão medida. O tubo Venturi é recomendado para medição de vazão de fluido que contenham grandes quantidades de sólidos em suspensão e para fluidos altamente viscosos. O bocal de vazão é de uso semelhante ao tubo Venturi porém sendo um elemento mais econômico. Instrumentação Industrial A placa de orifício é, geralmente, o elemento primário mais simples na fabricação, na instalação e de baixo custo. Consiste de uma placa metálica com um orifício centrico ou excêntrico, de diâmetro menor que o da tubulação onde se acha instalada, de secção circular elíptica, segmental, etc., com suas bordas vivas (ortogonais) ou boleadas. A figura ao lado mostra uma placa de orifício. Às vezes, a placa é provida de um pequeno furo adicional para a passagem de gases ou de condensado. Àsfluido vezes, a gás, placa é provida um ficar pequeno furo adicional para a de passagem de gases ou de Quando um é um o furo adicionaldedeve na parte inferior da tubulação, forma a deixar escoar os gases que se condensam e no caso do fluido ser líquido, o orifício deve ficar na parte superior da condensado. Quando um fluido é um gás, o furo adicional deve ficar na parte inferior da tubulação, tubulação, a fim de dar passagem à parte vaporizada, porventura existente, e assim não adicionar erro maior na vazão medida. de forma a deixar escoar os gases que se condensam e no caso do fluido ser líquido, o orifício deve na parte superior da tubulação, fim deedar parte vaporizada, porventura A placa deficar orifício é inserida na tubulação entre aflanges as passagem tomadas deà pressão são a montante e a existente, jusante da emesma. alta pressão e de baixa pressão. assim São não denominadas, adicionar errorespectivamente, maior no caudaldemedido. A diferencial de pressão, ou seja, as duas tomadas de pressão são ligadas a um medidor diferencial de A placa secundário), de orifício écomo inserida na tubulação flanges e as tomadas de pressão são a montante e a pressão (elemento mostrado na figuraentre a seguir. jusante da mesma. São denominadas, respectivamente, de alta pressão e de baixa pressão. A diferencial de pressão, ou seja, as duas tomadas de pressão são ligadas a um medidor diferencial de pressão (elemento secundário), como mostrado na figura a seguir. 21 Professor Luís Francisco Casteletti Outro medidor de pressão diferencial é o tipo “foles com enchimento líquido”. Outro medidor de pressão diferencial é o tipode foles com enchimento de líquido . Consta, essencialmente, de Consta, dois foles, cheios de líquidos, que confere proteção essencialmente, de dois ofoles, cheios de líquidos,deosobrecarga que conferee proteç possibilita amortecimento ajustável entre os dois foles. possibilita amortecimento ajustável entre os dois foles. Quando há uma diferença de pressão, os dois foles procuram uma posição de eq Quando há uma diferença de pressão,mecanicamente os dois foles aprocuram uma provido posiçãodedeponteiro equilíbrio, posição transmitida um dispositivo ou pena, em uma vazão. esta transmitida mecanicamente a um dispositivo provido de ponteiro ou pena, numa escala A figura abaixo mostra esquematicamente tal medidor. Edição: 03/11 v01 42 de 186 Outro medidor de pressão diferencial é o tipo foles com enchimento de líquido . Instrumentação Industrial apropriada de caudal. Consta, essencialmente, de dois foles, cheios de líquidos, o que confere prote possibilita amortecimento ajustável entre os dois foles. Quando há uma diferença de pressão, os dois foles procuram uma posição de e transmitida mecanicamente a um dispositivo provido de ponteiro ou pena, em uma vazão. A figura abaixo mostra esquematicamente tal medidor. A figura abaixo mostra esquematicamente tal medidor. O tipo mais freqüente de medidor de vazão por pressão diferencial é o chamado con um medidor tipo seco , cujo princípio é o de equilíbrio de forças. O tipo mais frequente de medidor de caudal por pressão diferencial o aplicadas chamadono “conversor de As pressões produzidas no elemento primário ésão elemento detector (m diferencial. pressão”. É um medidor tipo “seco”, cujo princípio é o de equilíbrio de forças. Por meios mecânicos e pneumáticos ou eletro-magnéticos a força é equilibrada de (pressão pneumática ou corrente elétrica) é proporcional à pressão diferencial medida As pressões produzidas no elemento primário são aplicadas no elemento detector (medidor) no A vazão, nesses emedidores tipo diferencial de pressão variável, com a pr conversor diferencial. Por meios mecânicos pneumáticos ou eletromagnéticos a forçarelaciona-se é equilibrada de tal modo que a saída (pressão pneumática ou corrente elétrica) é proporcional à pressão diferencial medida. Professor Luís Francisco Casteletti O caudal, nesses medidores tipo diferencial de pressão variável, relaciona-se com a pressão diferencial. c) Medidores de caudal tipo “área variável” Este tipo é também conhecido pelo nome de “rotâmetro”. Consta de um tubo cônico, contendo no seu interior um flutuador. A posição do flutuador vai depender da diferença entre o peso próprio e a força de empuxo causada pelo caudal, que passa pela coroa circular compreendida entre o diâmetro interno do tubo e o diâmetro do flutuador. Sendo o peso do flutuador constante, a altura atingida dependerá, portanto, da caudal através do medidor. Edição: 03/11 v01 43 de 186 Instrumentação Industrial c) Medidores de vazão tipo área variável Este tipo é também conhecido pelo nome de rotâmetro . Consta de um tubo cônico, contendo no seu interior um flutuador. A posição diferença entre o peso próprio e a força de empuxo causada pela vazão, compreendida entre o diâmetro interno do tubo e o diâmetro do flutuador. Sendo o peso do flutuador constante, a altura atingida dependerá, portanto, d A figura ao lado mostra um rotâmetro. Uma das vantagens deste medidor é que a esca A figura ao lado mostra um rotâmetro. das vantagens medidor é que a escala do mesmo d) Uma Medidores de volumedeste tipo deslocamento é linear. Estes instrumentos medem o volume escoado e tem uma precisão mui medição com efeito comercial ou contábil, principalmente, porque através d mecânico-elétricos podem fazer a integração do volume escoado. d) Medidores de volume tipo “deslocamento” 6.2. Instrumentos receptores e controladores de vazão Tanto os receptores como os controladores para a variável vazão, são simila Estes instrumentos medem o volume escoado e numa precisão muito boa, sendo indicados para variáveis. medição com efeito comercial ou contábil, principalmente, porque através de dispositivos mecânicos Eles podem ser: pneumáticos ou eletrônicos (elétricos). e/ou mecânico-elétricos podem fazer a integração do volume escoado. a) Medidores de vazão tipo Eletromagnético O princípio de funcionamento do Medidor 3.4.2. Instrumentos receptores e controladores de caudal Eletromagnético de Vazão é baseado na Lei de FARADAY, segundo a qual um objeto condutor Tanto os receptores como os controladores variável caudal, são similares que se para movea em um campo magnético, gera aos usados para as uma força eletromotriz. demais variáveis. Eles podem ser: pneumáticos ou electrónicos (elétricos). a) Medidores de caudal tipo Eletromagnético A relação entre o campo magnético, movimento do fluido e fem (força eletromotriz) induzida, pode O princípio de funcionamento do facilmente Medidor Eletromagnético de Caudal é baseado na Lei de ser determinada através da regra da mão direita. No medidor Eletromagnético, o FARADAY, segundo a qual um objeto condutor que se move num campo gera uma força condutor é o fluido que passa através magnético, do tubo detetor. Desta forma, a direção do campo magnético, a e a fem estão eposicionadas uma em A relação entre o campo magnético,vazão movimento do fluido fem (força eletromotriz) induzida, pode relação a outra de um ângulo de 90º. eletromotriz. facilmente ser determinada através da regra da mão direita. No medidor Eletromagnético, o condutor é o fluido que passa através do tubo detetor. Professor Luís Francisco Casteletti Desta forma, a direção do campo magnético, o caudal e a fem estão posicionadas uma em relação a outra de um ângulo de 90º. Edição: 03/11 v01 44 de 186 nstrumentos medem o volume escoado e tem uma precisão muito boa, sendo indicados para o com efeito comercial ou contábil, principalmente, porque através de dispositivos mecânicos e/ou o com efeito comercial ou contábil, principalmente, porque através de dispositivos mecânicos e/ou co-elétricos podem fazer a integração do volume escoado. co-elétricos podem fazer a integração do volume escoado. trumentos receptores e controladores de vazão trumentos receptores e controladores de vazão s receptores como os controladores para a variável vazão, são similares aos usados para as demais s receptores como os controladores para a variável vazão, são similares aos usados para as demais s. Instrumentação Industrial s. dem ser: pneumáticos ou eletrônicos (elétricos). dem ser: pneumáticos ou eletrônicos (elétricos). dores de vazão tipo Eletromagnético dores de vazão tipo Eletromagnético cípio de funcionamento do Medidor cípio de funcionamento do Medidor agnético de Vazão é baseado na Lei de agnético de Vazão é baseado na Lei de AY, segundo a qual um objeto condutor AY, segundo a qual um objeto condutor move em um campo magnético, gera move em um campo magnético, gera ça eletromotriz. ça eletromotriz. ão entre o campo magnético, movimento o campo magnético, movimento oãoe entre fem (força eletromotriz) induzida, pode o e fem (força eletromotriz) induzida, pode nte ser determinada através da regra da nte ser determinada através da regra reita. No medidor Eletromagnético, da o ireita. No medidor Eletromagnético, r é o fluido que passa através do tuboo r é o fluido que passa através do tubo orma, a direção do campo magnético, a a direção campo magnético, eorma, a fem estão do posicionadas uma ema ea outra a fem estão posicionadas uma em de um ângulo de 90º. a outra de um ângulo de 90º. 23 23 Luís Francisco Casteletti Luís Francisco Casteletti 3.5. Instrumentos de nível Medir a variável nível em processos industriais é quantificar referências por meio de monitorização contínuo ou discreto com o objetivo de avaliar e controlar volumes de estocagens em tanques ou recipientes de armazenamento. São chamados de monitorização de nível contínuo quando fornecem uma saída proporcional ao nível que se deseja medir, e discretos quando se tem no máximo uma indicação de uma faixa de presença do material armazenado. 3.5.1. Identificação do instrumentos de nível a) Formas simples LG - Visores de nível (“Level glass”); LI - Indicadores de nível; LC - Controladores de nível; LA- Alarmes de nível. Edição: 03/11 v01 45 de 186 Instrumentação Industrial 8. Instrumentos de nível Introdução Instrumentação Industrial Medir a variável nível em processos industriais é quantificar referências por meio de monitoramento contínuo ou discreto com o objetivo de avaliar e controlar volumes de estocagens em tanques ou recipientes de armazenamento. São chamados de monitoramento de nível contínuo quando fornecem uma saída b)proporcional Formasao compostas nível que se deseja medir, e discretos quando tem-se no máximo uma indicação de uma faixa de presença do material armazenado. LIC Indicadores-controladores de níveis; 8.1. Identificação do instrumentos de nível a) Formas simples LRC Registadores-controladores. c) LG LI LC LA Visores de nível ( Level glass ); Indicadores de nível; Controladores de nível; Alarmes de nível. Formas especiais b) Formas compostas LCV LIC Válvulas auto-operadas. Indicadores-controladores de níveis; LRC Registradores-controladores. c) Formas especiais Válvulas auto-operadas. 3.5.2.LCV Classificação As medidas de nível são aplicadas ao controlo de substâncias líquidas ou sólidas. Temos abaixo 8.2. Classificação uma tabela que agrupa alguns dos variados delíquidas medição de nível bastante As medidas de nível são aplicadas ao controle de sistemas substâncias ou sólidas. Temos abaixoconhecidos uma tabela e que agrupa alguns dos variados sistemas de medição de nível bastante conhecidos e aplicados aplicados industrialmente. industrialmente. Medida direta Medição aplicada Líquidos Sólidos Por Visor de Nível X X Por Bóias e Flutuadores X Por Contatos de Eletrodos X Por Sensor de Contato X Por Unidade de Grade X Medida indireta Medição aplicada Líquidos Sólidos Por Capacitância X X Por Empuxo X Por Pressão Hidrostática X Por Célula d/p CELL X Por Caixa de Diafragma X Por Tubo em U X Por Borbulhamento X Por Radioatividade X X Por Ulta-som X X Por Vibração X X Por Pesagem X X 24 Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 46 de 186 Instrumentação Industrial Observações: a) Medida Direta: é toda a medida cujo mecanismo ou elemento de medição tem contato direto com a substância a ser medida, podendo ser de monitorização contínua ou discreta. b) Medida Indireta: é obtida por meio de grandezas físicas como pressão, empuxo, propriedades elétricas, radiação, ultra-som, etc. 3.5.3. Medição Direta a) Medição por visor de nível Instrumentação Industrial Consistem numa janela de vidro de alta resistência a impacto, elevadas temperaturas e pressão Instrumentação Industrial a tomada de medida cujo mecanismo ou elemento de medição tem contato direto (560ºC e monitoramento 220 atm quando revestidas de protetores de mica e tubo metálico), bem como ação de er medida, podendo ser de contínuo ou discreto. obtida por meioácidos. de grandezas físicas como pressão, empuxo, propriedades oda tomada ra-som, etc. de medida cujo mecanismo ou elemento de medição tem contato direto ser medida, podendo ser de monitoramento contínuo ou discreto. é obtida por meio de grandezas físicas como pressão, empuxo, propriedades ultra-som, etc. nível ela de vidro de alta resistência a impacto, elevadas (560ºC e 220 atm quando revestidas de protetores de e nível em como ação de ácidos. anela de vidro de alta resistência a impacto, elevadas o (560ºC e 220 atm quando revestidas de protetores de bem como ação de ácidos. Todo o visor de nível deve ter uma válvula de bloqueio em cada tomada e uma válvula de dreno. ter uma válvula de bloqueio em cada tomada e uma e ter uma válvula de bloqueio em cada tomada e uma e nível por bóia baseia-se na mudança de altura de um flutuador colocado na eu movimento pode transmitir uma informação contínua que possibilita o a efetiva, em unidades de comprimento ocupado pelo fluido dentro do bóia baseia-se na mudança de altura demáximos um flutuador colocado m,de ounível umapor informação discreta, controlando limites e mínimos porna Seu movimento pode transmitir uma informação contínua que possibilita o étricos, servindo nesse caso como uma chave de nível Edição: (chave03/11 bóia) v01 que efetiva, ematinge unidades comprimento ocupadoquando pelo fluido oura fluido quando seu de limite máximo e libera-o atingedentro o níveldo ém, ou uma informação discreta, controlando limites máximos e mínimos por elétricos, servindo nesse caso como uma chave de nível (chave bóia) que do fluido quando atinge seu limite máximo e libera-o quando atinge o nível 47 de 186 Instrumentação Industrial Todo visor de nível deve ter uma válvula de bloqueio em cada tomada e uma válvula de dreno. b) Medição por Bóia O sistema de controlo de nível por bóia baseia-se na mudança de altura de um flutuador colocado na superfície do líquido. Seu movimento pode transmitir uma informação contínua que possibilita o conhecimento da altura efetiva, empor unidades de comprimento ocupado pelo fluido dentro do b) Medição Bóia O sistema de controle de nível por bóia baseia-se na mudança de altura de um flut recipiente que o contém, ou uma informação discreta, controlando limites máximos e mínimos por superfície do líquido. Seu movimento pode transmitir uma informação contínua conhecimento da altura efetiva, emcontacto unidades comprimento ocupado meios mecânicos ou elétricos, servindo nesse caso como uma de de nível (contacto bóia) que pelo recipiente que o contém, ou uma informação discreta, controlando limites máxim bloqueia a admissão do fluido quando atingeouo elétricos, seu limite servindo máximo enesse liberta-o atingechave o nível meios mecânicos casoquando como uma de nível mínimo. bloqueia a admissão do fluido quando atinge seu limite máximo e libera-o qua mínimo. Geralmente a escala é chamada “invertida”, pois o nível vazio fica no topo da escala e o nível cheio Professor Luís Francisco Casteletti na base da escala. - Como variante desses sistemas (para tanques com produtos voláteis) existem medidores em que a corrente ou cabo metálico é substituído por uma fita perfurada a distâncias rigorosamente exatas e que deslocam uma roda dentada; o contra-peso é substituído por uma mola tensora. O conjunto, então, pode ficar encerrado em caixa estanque e a medição é automática. Estes medidores de nível podem ser convertidos em transmissores com o acréscimo de um conjunto com componentes elétricos que possibilitam a emissão de impulsos elétricos correspondentes ao nível (sistema “telepulse”). Este sistema permite também a transmissão da temperatura dos tanques, desde que sejam isolados os elementos de medição adequadamente. A leitura poderá ser feita, portanto, remotamente numa sala de controlo. - Os tanques, geralmente, tem uma “escotilha de medição”, com a finalidade de serem feitas pelos operadores, medições locais (manuais), com o auxílio da chamada “fita de medição”. Consta de uma fita de aço com um prumo de latão na extremidade. Se o produto é escuro e deixa Edição: 03/11 v01 48 de 186 Estes medidores de nível podem ser convertidos em transmissores com o acréscimo de um con componentes elétricos que possibilitam a emissão de impulsos elétricos correspondentes ao níve telepulse ). Este sistema permite também a transmissão da temperatura dos tanques, desde que sejam is elementos de medição adequadamente. Instrumentação Industrial A leitura poderá ser feita, portanto, remotamente em uma sala de controle. - Os tanques, geralmente, tem uma escotilha de medição , com a finalidade de serem fei marca na fita, a medição é feita simplesmente pela imersão fita de operadores, medições locais (manuais), com oda auxílio da medição. chamada trena de medição . Consta de umaexiste trena mais de açode com prumo de latão na extremidade. Se o produto é claro ou então umum produto, não miscíveis, de densidades diferentes, a Se o produto é escuro e deixa marca na trena, a medição é feita simplesmente pela imersão da fita deverá ser usada com “pastas identificadoras”, que permitem o “corte” ou “alteração de cor” ou medição. pelo produto claro ou por um dos produtos no nível interfacial entre os dois produtos. Se o produto é claro ou então existe mais de um produto, não miscíveis, de densidades diferente deverá ser usada com pastas identificadoras , que permitem o corteou alteração de corou pe claro ou por um dos produtos no nível interfacial entre os dois produtos. c) Medição por contatos de eletrodos c) Medição por contatos de eletrodos Este tipo de éprocedimento é particularmente medição de fluidos condutivos ( Este tipo de procedimento particularmente aplicável à aplicável mediçãoà de nível de denível fluidos condutivos igual ou maior que 50µS), não corrosivos e livres de partículas em suspensão. (condução igual ou maior que 50μS), não corrosivos e livres de partículas em suspensão. A sonda de medição é formada por dois eletrodos cilíndricos, ou apenas um quando a p A sonda de medição é formada por doisOeletrodos quando parede reservatório for metálica. sistema écilíndricos, alimentado ou comapenas tensão um alternada de abaixo valordo(~10V), evitar a polarização dos eletrodos. reservatório for metálica. O sistema é alimentado com tensão alternada de baixo valor (~10V), a fim Pode dos ser utilizado para medições contínuas ou discretas. Em medições contínuas a sonda é de evitar a polarização eletrodos. verticalmente do topo para dentro do reservatório, sendo tão profunda tal qual o nível que se desej Pode ser utilizado para medições contínuas ou discretas. Em medições contínuas a sonda é A corrente elétrica circulante é proporcional à parcela do eletrodo imersa no fluido. montada verticalmente do topo para dentro do reservatório, sendo tão profunda tal qual o nível que se deseja medir. A corrente elétricaProfessor circulante é proporcional à parcela do eletrodo imersa no fluido. Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 49 de 186 Instrumentação Industrial Instrumenta d) Medição por Sensor de Contato O sistema de barreira de ar é aplicado basicamente para controle de nível mín d) Medição por Sensor de Contato como chave de nível. Trata-se de um circuito eletropneumático, dotado d alimentado por uma pressão P emite por meio desse sensor em direção ao f determinada pressão (0,1controlo a 0,15 bar). Esse mínimo sensor éenormalmente O sistema de barreira de ar é aplicado basicamente para de nível máximo, oualojado seja, em u age como contacto de nível. Trata-se de um circuito eletropneumático, dotado de um sensor que, ao Medição porPSensor de Contato ser alimentado pord)uma pressão emite por meio desse sensor em direção ao fluido, um fluxo de ar O sistema de barreira de ar é aplicado basicamente para controle de nível mínimo e máximo, ou a uma determinada pressão a 0,15 bar). Esse normalmente alojado de como chave (0,1 de nível. Trata-se de umsensor circuitoé eletropneumático, dotadonum de tubo um sensor qu imersão. alimentado por uma pressão P emite por meio desse sensor em direção ao fluido, um fluxo de determinada pressão (0,1 a 0,15 bar). Esse sensor é normalmente alojado em um tubo de imersão Quando o sensor está inativo, o ar de alimentação escapa pelo tubo de imersão nível da extremidade inferior do tubo de imersão, fechando-o, aparece na saíd pressão é proporcional à altura do fluido, até o valor da pressão de alime subsistirá enquanto o fluido mantiver a abertura fechada. O detector pneumático de nível é muito vantajoso quando os líquidos são mu eletrônicos de detecção freqüentemente reagem à ação da espuma, enquanto emissores só se produz quando é alcançado o nível do líquido com Quando o sensor está inativo,pneumáticos o ar de alimentação escapa pelo tubo de imersão. Assim que o fluid nível da extremidade inferior do tubo de imersão, fechando-o, aparece na saída A do sensor um pressão é proporcional à altura fluido, até o valor da pressão de alimentação. Edição: do 03/11 v01 50 de A 186pressão subsistirá enquanto o fluido mantiver a abertura fechada. Professor Luís Francisco Casteletti O detector pneumático de nível é muito vantajoso quando os líquidos são muito espumosos. Os eletrônicos de detecção freqüentemente reagem à ação da espuma, enquanto a mudança de pre Instrumentação Industrial Quando o sensor está inativo, o ar de alimentação escapa pelo tubo de imersão. Assim que o fluido atinge o nível da extremidade inferior do tubo de imersão, fechando-o, aparece na saída A do sensor um sinal, cuja pressão é proporcional à altura do fluido, até o valor da pressão de alimentação. A pressão do sinal subsistirá enquanto o fluido mantiver a abertura fechada. O detector pneumático de nível é muito vantajoso quando os líquidos são muito espumosos. Os sistemas electrónicos de detecção frequentemente reagem à ação da espuma, enquanto a mudança de pressão nos emissores pneumáticos só se produz quando é alcançado o nível do líquido com a sua densidade total. e) Medição por Unidade de Grade É um mecanismo de medição por transmissão de momento de torção. Consiste em anéis metálicos, ligados por hastes, formando um dispositivo cilíndrico vertical. As forças são transmitidas por intermédio de um tubo torque a um relé pneumático para transmissão a um instrumento de leitura ou controlador. Este mecanismo pode ser utilizado somente em medição de nível de sólidos. Edição: 03/11 v01 51 de 186 Instrumentação Industrial 3.5.4) Medição Indireta a) Medição por Capacitância A medição de nível por capacitância é um sistema de medição com larga aplicação. Com esse sistema é possível efetuar a medição contínua do nível de líquidos e sólidos, tendo o seu princípio de funcionamento baseado no funcionamento de um capacitor cilíndrico. O sensor capacitivo pode ser montado na forma de uma sonda que é montada na parte superior de um reservatório, voltada para dentro e imersa no fluido que ali esteja estocado, ou ainda uma simples haste cilíndrica metálica de raio α, sendo que o cilindro externo será o próprio tanque metálico de estocagem. À medida que o nível do tanque for aumentando, o valor da capacitância aumenta progressivamente à medida que o dielétrico ar é substituído pelo dielétrico líquido a medir. b) Medição por Empuxo O sistema de medição por flutuadores segue o “Princípio de Archimedes”: “Todo corpo mergulhado num fluido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo para cima”. Neste sistema, um elemento (flutuador) com densidade maior que o líquido cujo nível se deseja medir é suspenso por uma mola, um dinamómetro ou uma barra de torção. À medida que o nível do líquido aumenta, o peso aparente do flutuador diminui, fazendo atuar o Edição: 03/11 v01 52 de 186 Instrumentação Industrial mecanismo de indicação ou de transmissão. Entretanto, para o uso adequado desse medidor, a densidade do líquido deve ser conhecida e constante. Denomina-se empuxo a força exercida pelo fluido do corpo nele submerso ou flutuante. Instrumentação Industrial mpuxo edição por flutuadores segue o Princípio de ulhado em um fluido sofre a ação de uma força baixo para cima . elemento (flutuador) com densidade maior que o se deseja medir é suspenso por uma mola, um ma barra de torção. nível do líquido aumenta, o peso aparente do azendo atuar o mecanismo de indicação ou de tanto, para o uso adequado desse medidor, a o deve ser conhecida e constante. uxo a força exercida pelo fluido do corpo nele nte. élula d/p CELL ctor é uma célula tipo diferencial de pressão que mede a pressão exercida por um c) do Medição por Célula d/p CELL ara tal um transmissor de células de pressão diferencial. Esse transmissor irá transmitir mático, quer um sinal eletrônico a um indicador distante. O instrumento detector é uma célula do tipo diferencial de pressão que mede a pressão exercida por ica exerce uma força contra um diafragma de tal açoum da transmissor câmara de pressão (H), sendo este diferencial. Esse transmissor irá um líquido, utilizando para de células de pressão a pressão atmosférica da câmara de pressão inferior (L). Qualquer desequilíbrio é transmitir quer um sinal quer sinal electrónico a um indicador distante. smissor que contém um amplificador que pneumático, enviará um sinal emum proporção direta ao nível A pressão hidrostática exerce uma força contra um diafragma de aço da câmara de pressão (H), é apropriado a tanques abertos ou mesmo fechados, porém com respiradouros, tampas sendo este equilibrado contra a pressão atmosférica da câmara de pressão inferior (L). Qualquer tanques não pressurizados. desequilíbrio é detectado pelo transmissor que contém um amplificador que enviará um sinal em proporção direta ao nível no tanque. Este procedimento é apropriado a tanques abertos ou mesmo fechados, porém com respiradouros, tampas contendo ventanas, tanques não pressurizados. Edição: 03/11 v01 53 de 186 quer um sinal pneumático, quer um sinal eletrônico a um indicador distante. A pressão hidrostática exerce uma força contra um diafragma de aço da câmara de pressão (H), sendo este equilibrado contra a pressão atmosférica da câmara de pressão inferior (L). Qualquer desequilíbrio é detectado pelo transmissor que contém um amplificador que enviará um sinal em proporção direta ao nível no tanque. Instrumentação Industrial Este procedimento é apropriado a tanques abertos ou mesmo fechados, porém com respiradouros, tampas contendo ventanas, tanques não pressurizados. 29 Professor Luís Francisco Casteletti d) Medição por Caixa de Diafragma A medição por caixa de diafragma é composta por uma simples caixa de diafragma imersa até o fundo do tanque, tendo na sua extremidade um capilar que se estende até a parte externa do tanque, sendo conectado a um manómetro de pressão. Instrumentação Industrial o por Caixa de Diafragma por caixa de diafragma é composta por uma simples caixa de diafragma imersa até o fundo do do em sua extremidade um capilar que se a parte externa do tanque, sendo conectado metro de pressão. e diafragma fechada a pressão hidrostática do rma a membrana flexível de neopreme para caixa, comprimindo o líquido em seu interior er o próprio ar ou glicerina. Assim, a pressão manômetro será proporcional à profundidade aixa se encontra. Na caixa de diafragma fechada a pressão hidrostática do líquido deforma a membrana flexível de o por Tubo em U neoprene para dentro da caixa, comprimindo o líquido no seu interior que pode ser o próprio ar ou onsiste em um simples tubo em U contendo mercúrio, instalado no fundo de um reservatório não o ou aberto, e considerando que o reservatório venha sempre a conter o mesmo tipo de líquido, 03/11 54 de 186 izer que será sempre o mesmo peso específico. Em vez daEdição: escala dev01pressão, pode ser o tubo uma escala que permita a leitura do nível do líquido diretamente neste. Instrumentação Industrial glicerina. Assim, a pressão indicada no manómetro será proporcional à profundidade em que a caixa se encontra. e) Medição por Tubo em U O sistema consiste num simples tubo em U contendo mercúrio, instalado no fundo de um reservatório não pressurizado ou aberto, e considerando que o reservatório venha sempre a conter o mesmo tipo de líquido, isto quer dizer que será sempre o mesmo peso específico. Em vez da escala de pressão, pode ser registada no tubo uma escala que permita a leitura do nível do líquido diretamente neste. f) Medição de Nível por Borbulhamento A medição de nível por borbulhamento é também uma outra variante da medição por pressão hidrostática. Neste sistema é importante que o peso específico do líquido permaneça sempre constante. O sistema é alimentado com um fornecimento de ar ou gás com uma pressão aproximadamente 20% maior que a máxima pressão hidrostática exercida pelo líquido. O fornecimento de alimentação é continuamente introduzido na parte superior de um tubo mergulhado e sai em borbulhas pela sua extremidade inferior. O caudal de fornecimento é ajustado por uma válvula de agulha até que se observe a formação de bolhas em pequenas quantidades, havendo então, um borbulhamento sensível no líquido em medição. No outro braço da tubulação é instalado um manómetro que indicará o valor da pressão devido ao peso da coluna líquida. Com o uso de um manómetro, o nível pode ser obtido por uma equação. Edição: 03/11 v01 55 de 186 O sistema é alimentado com um suprimento de ar ou gás com uma pressão aproximadamente 20% maior que a máxima pressão hidrostática exercida pelo líquido. O suprimento de alimentação é continuamente introduzido na parte superior de um tubo mergulhado e sai em borbulhas pela sua extremidade inferior. A vazão de suprimento é ajustada por uma válvula de agulha até que se observe a formação de bolhas em pequenas quantidades, Instrumentação Industrialhavendo então, um borbulhamento sensível no líquido em medição. No outro braço da tubulação é instalado um manômetro que indicará o valor da pressão devido ao peso da coluna líquida. Com o uso de um manômetro, o nível pode ser obtido por uma equação. 30 g) Medição de Casteletti Nível por Radiação Professor Luís Francisco A medição de nível por radiação de líquidos e sólidos armazenados em tanques ou reservatórios por meio de radiação é um processo caro e não muito difundido principalmente porque só deve ser utilizado em situações em que for completamente impossível a aplicação de algum outro sistema de menor risco e, portanto, que necessite menor grau de proteção. A faixa do espectro radioativo normalmente utilizado é o de raios gama que possuem energia bastante elevada e consequentemente um grande poder de penetração. A unidade básica de medida da intensidade radioativa é o CURIE, em homenagem a Marie Curie que, em 1898, descobriu que certos elementos emitiam energia naturalmente e denominou essas emissões de raios gama. Os sensores utilizados para medição de nível por radiação, são constituídos por um reservatório; num dos seus lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um conjunto de células de medição (receptor). Edição: 03/11 v01 56 de 186 portanto, que necessite menor grau de proteção. Medição Radiação A faixa do espectro radioativo normalmenteg)utilizado é ode deNível raiospor gama que possuem energia bastante A medição de nívelApor radiação de de líquidos e sólidos armazenados em tanques ou elevada e consequentemente um grande poder de penetração. unidade básica medida da intensidade de radiação é umem processo caro e nãoque muito difundido principalmente porque só radioativa é o CURIE, em homenagem a Marie Curie que, 1898, descobriu certos elementos situações em que for completamente impossível a aplicação de algum outro sist emitiam energia naturalmente e denominou essas emissões de raios gama. portanto, que necessite menor grau de proteção. Instrumentação Industrial Os sensores utilizados para medição de nível por radiação, são constituídos por um reservatório; num dos A gama faixa do espectro radioativo normalmente utilizado é o de raios gama que pos seus lados está localizada uma fonte de raios (emissor) e do lado oposto um conjunto de células elevada e consequentemente um grande poder de penetração. A unidade básica de medição (receptor). radioativa é o CURIE, em homenagem a Marie Curie que, em 1898, descobriu emitiam energia naturalmente e denominou essas emissões de raios gama. Os sensores utilizados para medição de nível por radiação, são constituídos por um seus lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um medição (receptor). A quantidade de radiação recebida pelo detector é uma função absorção dos raios gama pelo fluido. A quantidade de radiação recebida pelo detector é uma função absorção dos raios gama pelo fluido. h) Medição de Nível por Ultra-som O ultra-som é uma onda sonora de altíssima freqüência que não pode ser percebida pelo ouvido humano cuja faixa audível varia de de 20 Nível Hz a 20 Sua velocidade é uma função do módulo volumétrico de h) Medição porKHz. Ultra-som quantidade radiação recebida pelo detector é uma função absorção dos raios g elasticidade (ou modulo de compressão) e daAdensidade dode meio no qual se propaga. O ultra-som é uma onda sonora de altíssima freqüência que não pode ser percebida pelo ouvido Na medição de nível sua aplicação se dá pela medição do tempo em que ela é emitida e recebida, quando a h) propaga-se Medição por devido Ultra-som humano varia de 20 Hzdeaté aNível 20 KHz. A suaà velocidade uma função partir da emissão porcuja umafaixa fonteaudível de ulta-som refletir colisão coméum meio de do módulo O ultra-som é uma onda sonora de altíssima freqüência que não pode ser percebi densidade diferente do qual está se propagando. volumétrico de elasticidade (oucuja modulo compressão) daHz densidade doSua meiovelocidade no qual seé propaga. faixa de audível varia de e20 a 20 KHz. uma função do elasticidade (ou modulo de compressão) e da densidade do meio no qual se propag Na medição de nível a sua aplicação dá-se pela medição do tempo em que ela é emitida e recebida, Na medição de nível sua aplicação se dá pela medição do tempo em que ela é emiti partir da emissão por uma fonte de ulta-som propaga-se até refletir devido à co densidade qual está se propagando. um meio de densidade diferente do qual diferente se está adopropagar. quando a partir da emissão por uma fonte de ultra-som propaga-se até refletir devido à colisão com 31 Professor Luís Francisco Casteletti Alguns aparelhos trabalham com a diferença de frequência, ou seja, os batimentos. Toda a onda, ao Professor Luís Francisco Casteletti ser refletida, quando retorna a origem, estará a retornar com uma leve variação da frequência. Da superposição das ondas emitidas às refletidas originam-se modulações de batimentos oscilantes, Edição: 03/11 v01 57 de 186 Instrumentação Industrial que serão proporcionais às variações no tempo dos deslocamentos das duas ondas. Esses batimentos são processados e analisados, permitindo assim o conhecimento do nível h da substância armazenada no tanque, não sofrendo assim a influência da temperatura. i) Medição de Nível por Pesagem É um meio relativamente simples de medir o nível de líquidos ou sólidos armazenados em tanques e recipientes. Basicamente utiliza-se uma célula de carga convenientemente instalada (tanque montado sobre plataforma de pesagem) e ocupado pela substância armazenada. Edição: 03/11 v01 58 de 186 proporcionais às variações no tempo dos deslocamentos das duas ondas. Esses batimentos são processados e analisados, permitindo assim o conhecimento do nível h da substância armazenada no tanque, não sofrendo assim a influência da temperatura. i) Medição de Nível por Pesagem É um meio relativamente simples de medir o nível de líquidos ou sólidos armazenados em tanques e Instrumentação Industrial recipientes. Basicamente se utiliza uma célula de carga convenientemente instalada (tanque montado sobre plataforma de pesagem) e ocupado pela substância armazenada. 32 Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 59 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 4 – INSTRUMENTOS ESPECIAIS A ocorrência da necessidade de um controlo rigoroso constante da qualidade final (ou intermediária) de um processo industrial é cada vez mais acentuada. O controlo de qualidade é exercido nestes processos, em grande parte, por análises químicas ou físicas e existe uma quantidade variada de instrumentos especiais para executá-las. Existem os mais variados tipos de instrumentos especiais, dependendo do que se pretende medir e, entre os de mesma finalidade, diversos princípios de funcionamento: • pH metro; • Condutivímetro; • Densímetro; • Viscosímetro; • Analisador de percentagem de oxigénio; • Silicómetro. 4.1 PH metro 4.1.1. Forma de identificação pH1 Indicador de pH; pHR Registador de pH; pHIC Controlador-indicador de pH; pHRC Controlador-registador de pH. 4.1.2. Variável pH Potencial hidrogeniónico. Edição: 03/11 v01 60 de 186 Instrumentação Industrial 4.1.3. Unidade de medida Valor pH É o co-logarítimo ou concentração de iões hidrogênio H+ de uma solução; indica o grau de alcalinidade, neutralidade ou acidez da solução. 4.1.4. Princípio de funcionamento Detector (elemento primário) O dispositivo de detecção de pH consiste de dois eletrodos, um de medição (eletrodo de vidro) imerso na solução testada e outro de referência imerso numa solução de concentração hidrogeniónica constante e conhecida. Estes eletrodos estão separados por uma membrana, à qual permite a passagem da corrente eletroquímica. A diferença de potencial entre os dois eletrodos indica o valor pH da solução testada, d.d.p. esta que varia linearmente com o valor pH. Estes eletrodos estão numa câmara de fluxo, cuja finalidade é mantê-los constantemente imersos na solução testada. Normalmente é incluído um terceiro eletrodo (resistência) na câmara de fluxo, cuja finalidade é compensação da variação de temperatura. A figura abaixo dá uma visão em corte dos eletrodos supracitados. Edição: 03/11 v01 61 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação I 10.5. Receptor O sinal emitido pelo conjunto de eletrodos é muito débil para movimentação de qualquer disposit 4.1.5. Receptor indicação, registro ou controle. sistema utilizado detecção deste débil sinal, para de modo a amplificá-lode sem deformações, é conhecido O sinal emitidoOpelo conjunto depara eletrodos é muito movimentação qualquer dispositivo sistema de balanço contínuo. de indicação, registo ou controlo. O sistema de balanço contínuo baseia-se no princípio de potenciômetro, onde se efetua a comparaç O sistema utilizado para detecção deste sinal, de modo a amplificá-lo sem deformações, é conhecido tensões sem fluxo de corrente. como sistema de balanço contínuo. O potenciômetro pode ser definido como um dispositivo para medida de d.d.p. ou de f.e.m. de desconhecido, pela comparação desta f.e.m. desconhecida, com uma f.e.m. conhecida, fornecida po O sistema depilha balanço baseia-se no princípio potenciómetro, se efetua éasimples padrãocontínuo ou outra fonte de potencial padrão. Odecircuito fundamental onde do potenciômetro figura abaixo), consiste de uma resistência variável ( slide wire ) AB com um contacto-central C q comparação de tensões sem fluxo de corrente. move livremente ao longo desta resistência. A bateria (Bat) supre um pequeno potencial constante ao do slide wire . A f.e.m. desconhecida (no nosso caso a d.d.p. entre os eletrodos de vidro e referên O potenciómetro pode ser definido como um dispositivo para medida de d.d.p. ou de f.e.m. de valor ligada a um amplificador em série com o contato C, de modo que forme um potencial oposto ao da ba desconhecido, pela comparação desta f.e.m. desconhecida, com uma f.e.m. conhecida, fornecida por Se este pequeno potencial constante na parte AC do slide wirefor diferente da f.e.m. desconh uma pilha padrão ouum outra de potencial O do circuito fundamental do potenciómetro é haverá fluxofonte de corrente entre ospadrão. terminais amplificador e consequentemente uma amplificaç corrente de modo a acionar o servomotor M, que movimenta o contacto C no sentido de igualar o simples (vide figura abaixo), consiste de uma resistência variável (“slide wire”) AB com um contactopotenciais, anulando a corrente de alimentação do amplificador, estabilizando-o no ponto de corrente central C que se move livremente ao longo desta resistência. A bateria (Bat) supre um pequeno Uma escala locada ao longo do slide wiree um ponteiro acoplado no contacto C nos indicará o va potencial constante longo do “slide wire”. A f.e.m. desconhecida (no nosso caso a d.d.p. entre os leitura ao efetuada. eletrodos de vidro e referência) é ligada a um amplificador em série com o contato C, de modo que forme um potencial oposto ao da bateria. Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 62 de 186 Instrumentação Industrial Se este pequeno potencial constante na parte AC do “slide wire” for diferente da f.e.m. desconhecida, haverá um fluxo de corrente entre os terminais do amplificador e consequentemente uma amplificação de corrente de modo a acionar o servomotor M, que movimenta o contacto C no sentido de igualar os dois potenciais, anulando a corrente de alimentação do amplificador, estabilizando-o no ponto de corrente nula. Uma escala alocada ao longo do “slide wire” e um ponteiro acoplado no contacto C vai nos indicar o valor da leitura efetuada. 4.2. Condutivimetro 4.2.1. Forma de identificação CI - Indicador de condutividade; CR - Registador de condutividade; CIC - Controlador indicador de condutividade; CRC - Controlador registador de condutividade. 4.2.2. Variável Condutividade elétrica. 4.2.3. Unidade de medida Micro Mho por centímetro ou us/cm micro siemens por centímetro. Edição: 03/11 v01 63 de 186 Instrumentação Industrial 4.2.4. Princípio de funcionamento • Detector (elemento primário) A célula de medição de condutividade é composta de dois eletrodos cilíndricos concêntricos que medem a resistência elétrica da solução em que está imersa. Como a condutividade é relacionada com a resistência, visto que C = K/R, onde C = condutividade elétrica (em υ/cm) R = resistência elétrica (em Ω ) e K = constante da célula; a leitura pode ser feita diretamente em condutividade. Para efetuar a compensação da variação de temperatura da solução testada é acoplado à célula, um termistor (resistência de coeficiente negativo). A figura a seguir mostra o desenho típico de uma célula de condutividade. 4.3. Densímetro 4.3.1. Forma de identificação Sgl - Indicador de densidade; SgR - Registador de densidade; SglC - Controlador indicador de densidade; SgRC - Controlador registador de densidade. Edição: 03/11 v01 64 de 186 Instrumentação Industrial 4.3.2. Variável Densidade relativa (specific gravity) de um líquido e o peso de um determinado volume deste fluído comparado com o peso do mesmo volume de água, ambos medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura (usualmente à pressão atmosférica é a 20ºC). 4.3.3. Unidade de medida A densidade relativa, por ser resultado de uma comparação, é adimensional. Para produtos de petróleo, é dotado, para simplificação de expressão, a unidade oAPI (graus API American Petroleum Institut). A correspondência entre a unidade oAPI e a densidade relativa é dada na tabela abaixo, notando-se que a escala API corre em sentido inverso da densidade relativa. 4.3.4. Princípio de Funcionamento • Detector (elemento primário) Método de pesagem com volume fixo. O detentor compõe-se de uma esfera de volume fixo conhecido, através da qual o líquido flui continuamente. O líquido então é pesado por um mecanismo de balanço de forças com ou num sistema de transmissão. Edição: 03/11 v01 65 de 186 Instrumentação Industrial 4.3.5. Receptor Como o sistema de transmissão é o usual (seja pneumático ou electrónico) o receptor (controlo do registo) é do mesmo tipo dos já citados anteriormente para as variáveis básicas (caudal, pressão, nível, temperatura). 4.4. Viscosímetro 4.4.1. Forma de identificação VI Indicador de viscosidade; VR Registador de viscosidade; VIC Controlador indicador de viscosidade; VRC Controlador registador da viscosidade. 4.4.2. Variável Viscosidade cinémática. 4.4.3. Unidade de medida Stokes = 10-4 m2/s. No nosso caso específico: CS. Edição: 03/11 v01 66 de 186 Instrumentação Industrial 4.4.4. Princípio de funcionamento O líquido analisado é bombeado, a um caudal, constante através de um tubo de fricção. A queda de pressão através deste tubo é medido em termos de viscosidade por um sistema normal de medição de pressão diferencial. 4.5. Analisador % de oxigénio 4.5.1. Forma de identificação O2I Indicador % de O2 ; O2R Registador % de O2 ; O2RC Controlador registador % de O2 ; O2IC Controlador indicador % de O2 . 4.5.2. Variável Analisa a concentração de oxigénio em gases, no nosso caso, nos gases de combustão das caldeiras para verificar a sua eficiência. 4.5.3. Unidade de medida % de O2 (por volume). Edição: 03/11 v01 67 de 186 Instrumentação Industrial 4.5.4. Princípio de funcionamento • Detector tipo susceptibilidade-magnética-campo magnético não uniforme: O oxigénio destaca-se entre os gases pelo seu comportamento paramagnético, isto é, a sua atração por um campo magnético. Um pequeno corpo de prova, imerso num campo magnético não uniforme tende a ser expelido se o O2 estiver presente. Este deslocamento aumenta com o aumento da concentração de O2 e pode ser medido pela reflexão de raios luminosos. Vemos na figura abaixo o esquema representativo de funcionamento. O corpo de prova C, contrabalanceado pelo seu corpo de prova C1 estão imersos num campo magnético não uniforme, I através do qual flui o gás analisado, recebe uma carga da placa P num potencial DC fixo, tendendo a trazê-lo à posição zero. Vemos na figura abaixo o esquema representativo de funcionamento. O corp contrabalanceado pelo seu corpo de prova C1 estão imersos em um campo magnét através do qual flue o gás analisado, recebe uma carga da placa P que tem um potencial a trazê-lo à posição zero. Como dito, a presença do oxigênio no gás analisado tende a expelir o corpo de prova, Como dito, a presença domodifica oxigénioa no gás analisado tende a expelir corpo prova, expulsão esta a inte posição do espelho R (locado no oeixo dede sustenção C-C variando luminosos nasno fotocélulas variação alimenta sistema de balanço c 1 e F2. EstaC-C que modifica a posição do espelhorefletidos R (locado eixo de Fsustenção variando a intensidade de diretamente a % do O2. raios luminosos refletidos nas fotocélulas F1 e F2. Esta variação alimenta sistema de balanço contínuo que indica diretamente a % do O2. 4.6. Silicómetro 15. Silicômetro 15.1. Forma de identificação Sil Indicador de sílica; SiR Registrador de sílica; SiIC Controlador indicador de sílica; SiRC Controlador registrador de sílica. 15.2. Variável 4.6.1. Forma de identificação Analisa concentração de SiO2 em líquidos; no nosso caso, na água desmineralizada (p/alimentação das caldeiras), a fim de Edição: 03/11 v01 proteger o equipamento. 15.3. Unidade de medida Mg/l (miligramas por litro). 68 de 186 Instrumentação Industrial s na figura abaixo o esquema representativo de funcionamento. O corpo de prova C, balanceado pelo seu corpo de prova C1 estão imersos em um campo magnético não uniforme, s do qual flue o gás analisado, recebe uma carga da placa P que tem um potencial DC fixo, tendendo Instrumentação Industrial ê-lo à posição zero. Sil - Indicador de sílica; SiR - Registador de sílica; SiIC - Controlador indicador de sílica; SiRC - Controlador registador de sílica. 4.6.2. Variável Analisa a concentração de SiO2 em líquidos; no nosso caso, na água desmineralizada (p/alimentação das caldeiras), a fim de proteger o equipamento. 4.6.3. Unidade de medida dito, a presença do oxigênio no gás analisado tende a expelir o corpo de prova, expulsão esta que ca a posição do espelho R (locado no eixo de sustenção C-C variando a intensidade de raios Mg/l (miligramas por litro). sos refletidos nas fotocélulas F1 e F 2. Esta variação alimenta sistema de balanço contínuo que indica mente a % do O2. 4.6.4. Princípio de funcionamento icômetro Forma de identificação Na água a ser analisada são adicionados reagentes H2SO4 a 50% e (NH4)6 Mo7 O24 4H2O a 10%; Indicador de sílica; depois bem mesclado o fluido final passa por uma câmara transparente onde sua coloração é R Registrador de de sílica; C Controlador indicador de sílica; comparada com a de um fluido padrão por meio de células fotoelétricas. RC Controlador registrador de sílica. Variável alisa concentração de SiO2 em líquidos; nosso caso, na água desmineralizada alimentação das caldeiras), a fim de oteger o equipamento. Unidade de medida g/l (miligramas por litro). Princípio de funcionamento gua a ser analisada são adicionados ntes H2SO4 a 50% e (NH4)6 Mo7 O24 a 10%; depois de bem mesclado o fluido assa por uma câmara transparente onde oloração é comparada com a de um padrão por meio de células fotoelétricas. 38 r Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 69 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 5 – TRANSDUTORES - TRANSDUTOR RESISTIVO DE POSIÇÃO Sensor Potenciométrico O princípio de funcionamento de um sensor resistivo de posição é de que a variável física sob medida provoque uma variação da resistência eléctrica do transdutor, quando se pretende, por exemplo, determinar a posição de um objecto ou de quanto este se deslocou. Neste caso o transdutor consiste numa resistência variável do tipo potenciómetro em que o cursor da variação da resistência se encontra ligado ao objecto a ser monitorado. Assim, aplicando-se uma tensão aos terminais fixos da resistência e monitorando-se a variação de tensão entre o terminal variável e o de referência da resistência, a tensão de saída é proporcional à variação de resistência, de acordo com a expressão indicada abaixo. Vários tipos de potenciómetros Edição: 03/11 v01 70 de 186 Instrumentação Industrial Os circuitos onde se inserem os potenciómetros de medida de posição devem ser projectados para que a corrente através do cursor (slide-wire) seja a mais pequena possível, a fim de aumentar o tempo de vida do potenciómetro. Os materiais constituintes dos potenciómetros são muito variados. Há potenciómetros constituídos por um fio metálico bobinado sobre um núcleo isolante, outros constituídos à base de película de carvão, mas têm o inconveniente de terem uma classe de precisão baixa e pouca estabilidade, sendo a sua duração muito curta quando o número de movimentos do cursor é elevado. Actualmente os potenciómetros de medida de posição têm a resistência constituída por um filme metálico depositado sobre um substrato isolante. A resolução é muito elevada e a duração também é elevada. Os potenciómetros angulares podem também ser utilizados para a medida da posição linear, desde que se lhe associe uma ligação mecânica, por exemplo uma roda dentada ligada ao veio que move o cursor, actuada por uma cremalheira. Esta ligação mecânica é susceptível de introduzir folga, o que pode degradar o desempenho da medida. O curso máximo de um potenciómetro de medida angular, tal como o esquematizado na Fig., é inferior a 360º. No entanto há potenciómetros em que a resistência em vez de ter a forma circular se encontra sob a forma de uma hélice. Estes potenciómetros podem ter um curso de várias voltas, sendo muito correntes os potenciómetros de 10 voltas. Neste caso a gama de medida é de 3600º. Têm a vantagem de serem baratos, serem simples, precisos e estáveis. Em contrapartida apresentam a desvantagem de oferecer resistência ao movimento e terem inércia mecânica, o que limita a frequência de resposta. - TRANSDUTOR RESISTIVO DE PRESSÃO (EXTENSÓMETRO) No estudo dos corpos sólidos é corrente assumir que as suas partículas constituintes se encontram rigidamente ligadas, constituindo um todo indeformável. Tal, no entanto, não corresponde à realidade: mesmo os corpos sólidos conhecidos pela sua grande rigidez se deformam quando sujeitos à acção de forças externas. Há dois tipos fundamentais de deformações: - Deformação plástica - o corpo não regressa à forma inicial quando se retira a força Edição: 03/11 v01 71 de 186 Instrumentação Industrial - Deformação elástica - o corpo volta à forma original após a retirada da força Considere-se um corpo homogéneo, elástico, apoiado numa superfície rígida (situação ideal), como se mostra na figura em baixo. De acordo com a 3ª lei de Newton haverá uma força de reacção da superfície de apoio sobre o sólido, de valor igual a –F. Considere-se que o corpo tem comprimento l e secção S. A experiência revela que o corpo se deforma, neste caso concreto diminui de comprimento, de uma quantidade Δl, chamada deformação axial (ou longitudinal). Define-se factor de alongamento à expressão: Deformação de um corpo à compressão Para medir deformações de materiais, pode-se utilizar dispositivos com características piezoresistivas (alteração de resistência de um condutor eléctrico sob carga mecânica), tal como os extensómetros. O seu princípio de funcionamento tem como base a variação da resistência eléctrica de um condutor que é submetido a uma deformação. Variação do comprimento de um condutor com a deformação do material Estes sensores baseiam-se no princípio em que resistência eléctrica de um condutor é proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua secção transversal, onde ρ é resistividade eléctrica do material. Edição: 03/11 v01 72 de 186 Instrumentação Industrial À razão entre a variação da resistência e do comprimento, costuma-se designar por sensibilidade do material do extensómetro. Aspecto de alguns extensómetros Uma das formas de efectuar a medição do valor da resistência de um extensómetro consiste na utilização de uma ponte de Wheatstone. O extensómetro é colocado num dos ramos da ponte, como se mostra na figura. A tensão de desequilíbrio da ponte é dada por: Circuito de detecção da variação da resistência de um extensómetro Edição: 03/11 v01 73 de 186 Instrumentação Industrial Exercício: Se R2=R3=R4=100 Ω e R1 passar de 100 Ω para 125 Ω, qual o valor de u 0, quando Us=24VDC? Uo (125 100) (100 100) 24 1,333 V (125 100) (100 100) A sensibilidade do sistema de medida com a ponte de Wheatstone aumenta para o dobro se for utilizado mais do que um extensómetro, desde que convenientemente colocados. Assim, por exemplo, para medir a deformação de um paralelipípedo metálico (usado como célula de medida de balanças) podem ser colocados dois extensómetros em faces opostas e ligados aos braços opostos da ponte. Aumento da sensibilidade do circuito para o dobro em ponte de Wheatstone Acontece porém que as resistências dos extensómetros são também função da temperatura. Para atenuar esta dependência utilizam-se extensómetros de compensação. Para o caso da célula de medida da Figura poder-se-iam utilizar ao todo quatro extensómetros, dois no sentido da deformação e os outros dois de compensação, colocados nas outras faces (ou até nas mesmas), mas em sentido perpendicular à deformação. Extensómetro com resistências de compensação Edição: 03/11 v01 74 de 186 Instrumentação Industrial Nesta montagem o efeito da variação da temperatura é cancelado. Os extensómetros que se encontram colocados à tracção ou à compressão são designados por extensómetros activos. Os que se encontram colocados perpendicularmente à direcção da deformação, servindo apenas para compensação de temperatura, dizem-se extensómetros passivos. Note-se que neste tipo de célula de medida os extensómetros passivos só o são parcialmente. A sensibilidade de uma ponte de Wheatstone que utilize extensómetros é proporcional à tensão de alimentação, como se indica nas expressões. Por este motivo, e também para se estar acima do nível de ruído, a tensão de alimentação deve ser alta. No entanto o seu valor não deve ser tal que conduza a exceder a potência máxima que o extensómetro pode dissipar. Devido às variações de resistência dos extensómetros serem muito pequenas, é preciso tomar cuidado com as ligações, quer estas sejam de aperto quer sejam soldadas. Também a resistência dos cabos de ligação poderá afectar a calibração de um extensómetro. - TRANSDUTOR INDUTIVO Os sensores ou transdutores indutivos associam a variação de uma grandeza não eléctrica a uma alteração da indutância ou coeficiente de auto-indução de uma bobina (L). A indutância de uma bobina depende, entre outros factores, da permeabilidade magnética, da forma e dimensões físicas do núcleo. A variação da indutância é uma consequência da variação do fluxo magnético total gerado pela corrente eléctrica na bobina, seja devido à variação da posição do núcleo no interior da bobine, seja devido à variação da distância entre aquela e um objecto externo constituído por uma material de elevada permeabilidade magnética. Edição: 03/11 v01 75 de 186 Instrumentação Industrial A utilização de um transdutor indutivo é uma forma simples de efectuar medições de pequenas distâncias, da ordem de alguns milímetros. Um exemplo deste tipo de transdutor obtém-se com uma bobina com núcleo ferromagnético, em forma de U. As linhas do campo magnético produzido pela bobine saem por um dos pólos do núcleo de ferro, atravessam o ar (entreferro) e fecham-se pelo disco ferromagnético, quando este se aproxima dos pólos do núcleo. Quando isto acontece, o coeficiente de auto-indução da bobine (L) aumenta, devido à menor relutância do circuito magnético. A relação entre a distância d que se pretende medir e a relutância magnética não é linear, pelo que a auto-indução não é medida directamente; normalmente a bobina é incluída num circuito oscilador electrónico, associado a um condensador de capacidade C, sendo depois medida a frequência de oscilação do circuito. De acordo com o gráfico que se apresenta a seguir é possível determinar distância que o objecto se encontra do núcleo através da frequência de oscilação. Comportamento do campo electromagnético com a aproximação do disco metálico Comportamento do campo electromagnético e da frequência do circuito oscilador com a aproximação do disco Edição: 03/11 v01 76 de 186 Instrumentação Industrial Os sensores de proximidade indutivos detectam, sem contacto, objectos metálicos ferrosos, embora também existam modelos que detectam objectos metálicos não ferrosos. Este tipo de sensores pode ser encontrado em várias aplicações, tais como: - Detecção da posição de peças de máquinas (cames, batentes, etc.) - Contagem de objectos metálicos - Detectores de velocidade, em situações em que se verifique um abrandamento da velocidade devido a um problema de sobrecarga de transporte. A figura ilustra um exemplo de controlo de velocidade através de um sensor indutivo, que detecta a passagem da peça metálica que está fisicamente ligada com o eixo do parafuso de descarga. Se a correia que transfere o movimento do motor para o parafuso de descarga se partir ou se o parafuso encravar, o sensor deixar de receber impulsos, dá uma saída que pode ser ligada a um alarme ou sistema de aviso de avaria. Exemplos de aplicação dos sensores indutivos O alcance nominal deste tipo de sensores varia entre 1 e 60 mm no máximo, o que obriga a que os objectos a detectar tenham que passar muito próximo do sensor, caso contrário arrisca-se a que o sensor não detecte o objecto. Edição: 03/11 v01 77 de 186 Instrumentação Industrial Uma vez que não existe contacto físico com o objecto, não existe desgaste. Em geral, os sensores indutivos são bastante utilizados na indústria, especialmente em locais expostos e poeirentos, onde a acumulação de poeiras poderia por em causa o bom funcionamento de outro tipo de sensores. Os sensores indutivos podem ter várias formas e dimensões, de modo a facilitar a sua utilização em diferentes situações: Exemplos de sensores indutivos e suas formas Em alguns casos, temos que ter atenção quanto à montagem dos detectores em suportes metálicos, pois alguns modelos não podem ser colocados em suportes metálicos sem que se sigam algumas precauções. Assim, temos: Edição: 03/11 v01 78 de 186 Instrumentação Industrial Aparelhos não mergulháveis no metal É necessário assegurar uma zona livre lateral entre a extremidade do sensor e o suporte. Normalmente este tipo de sensor obtém um alcance superior aos sensores mergulháveis. Aparelhos mergulháveis no metal Neste caso não é necessário assegurar uma zona livre, lateral, entre o sensor e o suporte. - TAQUÍMETRO Existem outros tipos de sensores indutivos que permitem determinar a variação de posição e a velocidade angular de um equipamento. É o caso do taquímetro (ou tacómetro), que é um transdutor indutivo que converte directamente a velocidade ou aceleração num sinal eléctrico, através do princípio básico do gerador eléctrico, em que o rotor é acoplado directamente ao objecto que se pretende medir a sua velocidade. Deste modo são induzidas tensões nos enrolamentos do taquímetro que apresentam uma relação directa com a velocidade (Ex.: 10mV por rpm). Os taquímetros podem ser geradores de corrente contínua ou de corrente alternada. Este tipo de sensor é muito utilizado para determinar a velocidade de tapetes transportadores e motores eléctricos. Taquímetro em que o rotor é um íman permanente Edição: 03/11 v01 79 de 186 Instrumentação Industrial - LVDT (LINEAR VARIABLE DIFFERENCIAL TRANSFORMER – TRANSFORMADOR DIFERENCIAL VARIÁVEL LINEAR) O transformador diferencial linear, LVDT, é um dispositivo electromecânico que produz um sinal eléctrico proporcional ao deslocamento da parte móvel – núcleo magnético. É composto por três enrolamentos cilíndricos, um primário (excitado normalmente por uma corrente a.c., normalmente na região dos 1 até 10KHz a 0,5 até 10V) e dois secundários espaçados de forma simétrica relativamente ao primário e estão ligados entre si, em série e em oposição. O núcleo magnético cilíndrico no interior dos enrolamentos encaminha o fluxo magnético através destes. Quando o núcleo se encontra na posição central (posição zero) relativamente aos enrolamentos secundários, as amplitudes das tensões induzidas em cada um dos enrolamentos secundários são iguais, possuindo polaridades com sinais opostos, resultando assim num sinal de saída nulo. Us – tensão primário U1 – tensão 1º secundário U2 – tensão 2º secundário U 0 = U 2 – U1 = 0 Formas de onda no LVDT Edição: 03/11 v01 80 de 186 Instrumentação Industrial Constituição de um LVDT Quando se verifica um deslocamento no núcleo, a saída de um LVDT tem uma forma sinusoidal (corrente a.c.) e por isso, não tem polaridade. A magnitude da saída aumenta independentemente da direcção do movimento, a partir da posição zero estabelecida de início, e dentro da zona de funcionamento, delimitada pelo rectângulo central a verde, é praticamente uma recta. A fase (ou polaridade) do sinal de saída tem que ser considerada, para determinação do sentido do movimento. Edição: 03/11 v01 81 de 186 Instrumentação Industrial Forma de onda na saída de um LVDT e zona linear O núcleo move-se sem contacto mecânico, não havendo pois problemas de atrito ou de histerese. Não tem o problema de poder ser danificado por ultrapassar o fim de curso. É um dispositivo simples, robusto e estável. Os LVDT são utilizados normalmente para detectar movimentos lineares. Para medir ângulos, utilizase os RVDT. - RVDT (ROTATIVE VARIABLE DIFFERENCIAL TRANSFORMER – TRANSFORMADOR DIFERENCIAL VARIÁVEL ROTATIVO) O princípio de funcionamento dos RVDT é similar aos dos LVDT, excepto que agora o movimento linear é transformado num movimento angular rotacional igual ou superior a 360º. Baseado neste princípio, temos os chamados Synchro ou Selsyn, que não é mais do que um dispositivo similar a um rotor polifásico de um motor a.c. Neste caso, o rotor é livre de rodar de 360º e em que existe um único enrolamento ligado à fonte de excitação. Por outro lado, o estator é composto por 3 enrolamentos dispostos na forma de Y. As tensões induzidas nos braços do estator pelo rotor não se encontram desfasadas de 120º, como acontece num motor trifásico com o estator com ligação em estrela. Edição: 03/11 v01 82 de 186 Instrumentação Industrial Com o rotor excitado pelo sinal a.c., a tensão aos terminais de cada enrolamento do estator será em módulo, proporcional à posição angular do rotor. Constituição de um RVDT - RESOLVER Algo semelhante ao RVDT, temos o “resolver”, que é um dispositivo destinado a medir a posição angular de máquinas rotativas, baseado numa ligação magnética entre uma bobina móvel e duas bobinas fixas, ortogonais. Também é usado para medir a velocidade angular e velocidade de rotação de máquinas. Este transdutor, essencialmente analógico, foi desenvolvido há mais de 50 anos para aplicações militares, tendo sido aproveitado pelas indústrias que exigem robustez e fiabilidade, tendo entretanto sido sujeito a diversas melhorias. O resolver tem o aspecto de um pequeno motor eléctrico mas basicamente é um transformador que dispõe de um primário, no rotor, e dois secundários, no estator. Os enrolamentos secundários estão colocados ortogonalmente. A tensão induzida pelo primário nos secundários tem uma amplitude sinusoidal que é função da posição do rotor, estando desfasadas de 90º, pelo que uma das saídas tem o nome de saída seno e a outra de saída co-seno. Nos dispositivos antigos a corrente eléctrica fornecida ao primário tinha que passar através de um colector constituído por dois anéis e escovas. A fim de eliminar este inconveniente, esta transferência de energia do exterior para o primário hoje faz-se através de um transformador rotativo. Na figura em baixo, faz-se uma representação esquemática dos enrolamentos de um resolver deste tipo. Edição: 03/11 v01 83 de 186 Instrumentação Industrial Constituição de um resolver Repare-se que a tensão de alimentação, também chamada tensão de referência, devido à aplicação que este dispositivo tem em controlo, é necessariamente uma tensão alternada sinusoidal no tempo. Na figura apenas estão indicadas as amplitudes destas tensões, e são as amplitudes que variam sinusoidalmente em função da posição angular. O enrolamento primário está mecanicamente ligado ao veio do resolver. Existe normalmente gravada uma marca a indicar quando é que o veio se encontra na posição θ=0. Quando tal acontece tem-se, atendendo às saídas indicadas na figura, Us=0 e Uc=Ur. O resolver é um sensor de posição absoluto. A sua saída depende da posição do veio, independentemente de quaisquer valores anteriores. Mesmo que falte a energia eléctrica de alimentação (Ur), o dispositivo recomeça a indicar correctamente após o regresso da energia. Actualmente estes dispositivos contêm no seu invólucro um microprocessador que permite dispor de uma saída digital pronta para ligação em rede. O resolver pode também ser utilizado para medir velocidades de rotação de máquinas. Nesta aplicação obtêm-se dois sinais sinusoidais em quadratura cuja frequência é proporcional à velocidade de rotação da máquina. A existência de dois sinais em quadratura permite determinar qual o sentido de rotação. Muitas vezes o veio do resolver está ligado, por meio de uma roda dentada a uma correia dentada que está acoplada ao objecto do qual se pretende determinar a posição linear. É uma outra aplicação vulgar deste dispositivo. Edição: 03/11 v01 84 de 186 Instrumentação Industrial - TRANSDUTOR CAPACITIVO Baseiam o seu princípio de funcionamento na variação da capacidade entre duas placas em função da variação da separação entre elas ou da variação do dieléctrico que as separa. Um condensador é constituído por duas superfícies condutoras de electricidade, designadas por armaduras, separadas por um material isolante, o dieléctrico. O parâmetro que caracteriza o condensador é a sua capacidade. Esta indica a maior ou menor possibilidade que o condensador tem de armazenar cargas eléctricas, e consequentemente energia eléctrica. Para compreendermos melhor o funcionamento do condensador, considere-se o modelo de condensador plano. Designando por S a área em presença das armaduras e por d a sua distância, e se d for muito menor que as dimensões das armaduras, a capacidade C deste condensador é dada por: C – Capacidade do condensador ε – Permeabilidade do dieléctrico S – área comum das placas d – distância entre placas Condensador plano A constante de proporcionalidade ε, característica do dieléctrico, é a permeabilidade eléctrica do dieléctrico. A permeabilidade eléctrica do vácuo designa-se por ε0 (ε0 = 8,854 pF/m). Para os restantes materiais isolantes ε está normalmente compreendido entre 1 e 10 vezes o valor de ε0. O sensor capacitivo possui um condensador que é formado por eléctrodos (armaduras), na parte frontal do aparelho. Edição: 03/11 v01 85 de 186 Instrumentação Industrial Assim que um objecto, de qualquer tipo, se encontra em frente da face sensível do detector, dá-se uma variação da capacidade do condensador, que é sentida por um circuito oscilador, que por sua vez, provoca a comutação do sinal de saída. Princípio de detecção do sensor capacitivo, imagens destes detectores e exemplos de aplicação Edição: 03/11 v01 86 de 186 Instrumentação Industrial De igual forma que o sensor indutivo, também este sensor não necessita que haja contacto físico com o objecto, permitindo grande número de detecções sem desgastes, possuindo uma duração de vida que é independente do número de manobras. Com este sensor é possível detectar objectos de qualquer natureza, condutores ou não condutores, tais como: metais, minerais, madeira, plástico, vidro, cartão, couro, cerâmica, fluídos, etc. O condensador pode ser utilizado como transdutor de posição, através da variação de um dos seguintes parâmetros: Condensador de área variável – consiste em manter uma armadura fixa e fazer deslizar a outra armadura paralelamente à que está fixa, variando apenas a área comum entre as armaduras, para que a distância entre elas se mantenha constante. Condensador de distância variável – neste caso, a área das armaduras é mantida constante, variando-se apenas a distância entre armaduras. Condensador de dieléctrico variável – a capacidade do condensador é feita variar pela maior ou menor introdução do dieléctrico entre as armaduras. Também no caso dos sensores capacitivos, podemos ter modelos mergulháveis, que normalmente são utilizados para a detecção de materiais isolantes (madeira, plástico, cartão, vidro, etc.). Este tipo de sensor é especialmente recomendado quando: Edição: 03/11 v01 87 de 186 Instrumentação Industrial - As distâncias de detecção são relativamente pequenas. - É necessário detectar um material não condutor através de uma superfície também não condutora (vidro através de uma embalagem de cartão). O caso dos sensores não mergulháveis são mais recomendados para: - A detecção a grande distância de um material condutor, ou através de um material isolante. - A detecção dum material não condutor colocado à frente duma peça metálica ligada à massa. As distâncias de funcionamento são função da constante dieléctrica (r) do material a detectar. Quanto maior for r, mais facilmente será o material detectado. O alcance de trabalho depende da natureza do objecto a detectar: St = Sn x Fc St – Alcance de trabalho Sn – Alcance nominal Fc – Factor de correcção do material a detectar Valores da constante dieléctrica de vários materiais Como exemplo, imaginemos que temos um detector com um St = 10 mm e pretendemos detectar um material de borracha (Fc = 0,3). Assim, o alcance de trabalho do sensor é St=10x0,3=3 mm, o que significa que o sensor só detecta objectos de borracha se estes estiverem uma distância igual ou inferior a 3 mm Edição: 03/11 v01 88 de 186 Instrumentação Industrial - TRANSDUTOR PIEZOELÉCTRICO O efeito piezoeléctrico foi descoberto em 1880 pelos irmãos Curie em França e consiste na transformação de tensão mecânica (pressão) num sinal eléctrico (ou vice-versa). Este tipo de sensores baseia-se no efeito apresentado por alguns cristais que variam a sua frequência de ressonância natural em função da força aplicada. A frequência natural (f0) é função do número do harmónico (n), das dimensões do cristal (l), da densidade do cristal (d) e da rigidez fo n c 2l d efectiva do cristal (c): Quando o cristal é carregado, isto é, quando lhe é aplicada uma n f F K fo 2 l força externa a variação de frequência (Δf) é dada pela expressão seguinte, onde F é a força aplicada e K é uma constante: Certos materiais cristalinos, como o quartzo e o titanato de bário, quando submetidos a uma força F entre as suas faces, ficam polarizados, ou seja, verifica-se uma acumulação de cargas à sua superfície. Se as superfícies forem revestidas por eléctrodos, é possível efectuar a sua medição, sendo a relação dada por: Q – Carga eléctrica nos eléctrodos S – Sensibilidade por unidade de área A – Área do eléctrodo que cobre uma das faces Edição: 03/11 v01 89 de 186 p – Pressão aplicada sobre as faces do cristal Instrumentação Industrial Uo – Tensão de saída do cristal Q S A p q – Carga eléctrica nos eléctrodos C – Capacidade do cristal, entre Uo q C eléctrodos Princípio de funcionamento do sensor piezoeléctrico A maior parte dos transdutores piezoeléctricos utilizam como material o quartzo. A carga gerada tem um valor muito baixo, necessitando assim de um circuito amplificador e de um condicionamento do sinal. São utilizados para medir grandes variações de pressões, ou seja, para medições dinâmicas. Possuem alta estabilidade térmica e podem medir pressões desde 1 mbar até 10 kbar. O factor de qualidade (Q) representa a medida da eficiência da oscilação. Os valores deste parâmetro para osciladores de quartzo é cerca de 3 a 4 ordens de grandeza superior aos osciladores à base de componentes eléctricos passivos. - TRANSDUTORES DE EFEITO DE HALL O efeito de Hall é o resultado da acção de um campo magnético sobre cargas eléctricas em movimento no interior de um condutor. Considere-se um condutor, por simplicidade de exposição, de secção rectangular, colocado num campo magnético, como indicado na figura. O condutor é percorrido por uma corrente eléctrica, imposta do exterior. Uma vez que as cargas se encontram em movimento num campo magnético, ficam sujeitas à força magnética FB: Por estarem sujeitas à força FB indicada na figura, as cargas irão deslocar-se para a parte superior do condutor; a concentração de cargas positivas na face superior (e negativas na inferior), origina um Edição: 03/11 v01 90 de 186 Instrumentação Industrial campo eléctrico EH, com a direcção do eixo dos zz, de sentido contrário a FB. A este campo eléctrico corresponderá uma diferença de potencial VH entre as faces superior e inferior do condutor (VH=EH.d). Principio de funcionamento do sensor de efeito de Hall No equilíbrio será qvB = qE, pelo que fica, VH=vBd. Mas v=I/nqA, pelo que se pode escrever, representando por e a espessura do condutor: A constante RH designa-se por coeficiente de Hall e que depende do material condutor. Este dispositivo utiliza-se em instrumentação de medida para detectar a posição de peças e para medição de posições angulares: mudando a posição relativa do campo magnético em relação a v de acordo com a grandeza a medir, varia a força magnética, e consequentemente varia VH. - TRANSDUTORES RESISTIVOS DE TEMPERATURA Edição: 03/11 v01 91 de 186 Instrumentação Industrial Os transdutores de temperatura são dispositivos que permitem ler temperaturas desde a criogenia (temperaturas muito baixas, próximas do zero absoluto) à fusão, incluindo a fusão nuclear. A forma de selecção do tipo de transdutor mais conveniente para cada aplicação é também condicionada pelo tipo de ambiente onde este irá ser aplicado. Em termos gerais existem 3 grandes tipos de transdutores de temperatura: resistivos, termopares e termístores. DETECTORES DE TEMPERATURA RESISTIVOS Os detectores de temperatura resistivos (RTD) são normalmente feitos de fio ou chapa fina gravada de Pt, Ni ou outros materiais cuja resistência varia com a temperatura, de forma coerente. Neste caso, a resistência do metal aumenta com a temperatura. A relação entre a resistência e a elevação de temperatura é dada por: R – Resistência do condutor R0 – Resistência do condutor a 20ºC – Coeficiente de temperatura da resistência t – Diferença entre a temperatura local e a temperatura ambiente que se considera a 20 ºC A incerteza de medida com estes detectores é da ordem dos ±0,1 ºC. Este tipo de detectores existem na forma encapsulada ou não encapsulada, função do meio onde estes são utilizados. As vantagens destes detectores são: - Saídas estáveis por longos períodos de tempo - Fácil de serem recalibrados - Elevada precisão sobre uma faixa estreita de temperaturas Como desvantagens temos: - Faixa de precisão de leituras de temperatura menor (entre os -200ºC e os 700ºC), quando comparados com os termopares Edição: 03/11 v01 92 de 186 Instrumentação Industrial - Custo inicial mais elevado que os termopares; - Menos robustos que os termopares, quando sujeitos ao choque e vibrações mecânicas. Os tipos de RTD mais usados na indústria são as Pt100 ou Ni100, que são resistências à base de platina ou níquel, com um valor de 100 °C a 0 °C. Em termos de processo de medida, o detector funciona como o braço de uma ponte de Wheatstone. Neste tipo de sensores, os cabos de ligação podem contribuir para o erro da medida, especialmente se os cabos são demasiado compridos. O erro introduzido pelos cabos de ligação pode ser minimizado com recurso a cabos de compensação ou pela utilização de um transmissor montado próximo do RTD. Os RTD mais baratos e de menos precisão são feitos de fio de cobre ou níquel (comportamento não linear da sua resistividade em função da temperatura, em faixas largas de temperatura). Vários tipos de RTD TERMOPARES O termopar é outro tipo de sensor utilizado para medir temperaturas. Consiste na união de dois metais de materiais diferentes, que produzem uma diferença de potencial na extremidade oposta à união, que é proporcional à temperatura aplicada à união. A tensão eléctrica não é produzida na junção dos condutores, mas sim ao longo dos condutores que o constituem. O gradiente de electrões existente nos condutores provocado pela exposição ao gradiente de temperatura origina a diferença de potencial eléctrico característico dos termopares (é um sensor activo). Edição: 03/11 v01 93 de 186 Instrumentação Industrial Constituição do termopar Coeficiente de Seebeck Um condutor com uma extremidade à temperatura T1 e a outra à temperatura T2, apresenta uma tensão V. Essa tensão resulta do produto V = S(T2-T1) entre o coeficiente de Seebeck (S – expresso em μV/ºC) e a diferença de temperaturas. Num termopar, designa-se por junção fria ou de referência à junção que é mantida a uma temperatura relativamente constante ou a que corresponde um potencial fictício de referência. Por junção quente, entende-se a junção no ponto de medida. Uma das condições importantes a ter em conta pelo utilizador é a identificação do tipo de termopar que está a utilizar. Para isso existem tabelas com os diferentes tipos de materiais que se podem utilizar em termopares e um código de cores que identificam os seus terminais. Termopares C Edição: 03/11 v01 Características Genéricas 94 de 186 Instrumentação Industrial Cromel/Alumel NiCr/NiAl Atmosferas oxidantes e inertes. -200 a 1270 Limitações em vácuo e em atmosferas Tipo K redutoras. Ferro/Constantan Atmosferas redutoras, inertes e em vácuo. Fe/CuNi 0 a 750 Limitações em atmosferas oxidantes a elevadas temperaturas. Tipo J Cromel/Constantan Atmosferas oxidantes ou inertes. NiCr/CuNi - 200 a 900 Limitações em atmosferas redutoras. Tipo E Cobre/Constantan Cu/CuNi Atmosferas húmidas. - 200 a 350 Limitações em atmosferas oxidantes. Tipo T Platina 10% Ródio/Platina Atmosferas oxidantes ou inertes Pt10%Rh/Pt 0 a 1450 Sensível a contaminações Tipo S Platina 13% Ródio/Platina Atmosferas oxidantes ou inertes Pt13%Rh/Pt 0 a 1450 Sensível a contaminações Tipo R Platina 30% Ródio/Platina 6% Ródio Atmosferas oxidantes ou inertes 0 a 1820 Tipo B Sensível a contaminações Muito utilizado na industria Vidro. Código de cores para termopares normalizados (de acordo com os padrões nos EUA) Edição: 03/11 v01 95 de 186 Instrumentação Industrial Cor do fio de Cor do fio de isolamento positivo isolamento negativo B Cinzento Vermelho E Roxo Vermelho J Branco Vermelho K Amarelo Vermelho R/S Preto Vermelho T Azul Vermelho Tipo de Termopar O processo de selecção do termopar mais adequado a uma dada aplicação deve ter em conta: - Faixa de temperaturas a usar; - Resistência química do termopar ao meio ambiente onde vai ser usado; - Resistência à abrasão e às vibrações; - Diâmetro e forma de apresentação do termopar (encapsulado ou não encapsulado); No processo de selecção de um termopar deve-se também ter em conta que a junção pode ser blindada e poderá estar numa das 3 configurações possíveis: à massa, flutuante ou exposta. Junção à massa Junção flutuante Junção exposta Junção à massa - os fios do termopar estão fisicamente ligados à parte interior da ponta de prova/blindagem. Tal faz com que exista uma boa transferência de calor do exterior para a junção através das paredes da ponta de prova/blindagem. Este tipo de junção é recomendada para medições de temperatura estacionárias ou em que existam gases corrosivos ou elevadas temperaturas ou pressões. Edição: 03/11 v01 96 de 186 Instrumentação Industrial Junção flutuante - a junção não se encontra ligada às paredes da ponta de prova ou blindagem. Embora possua tempos de resposta baixos, a vantagem que oferece é do seu isolamento eléctrico. Junção exposta - esta encontra-se em contacto directo com o ambiente cuja temperatura se pretende determinar. Este tipo de configuração está associada a sistemas com os melhores tempos de resposta mas está limitada a meios não corrosivos e não pressurizados. TERMÍSTORES Os termístores são transdutores de temperatura feitos à base de óxidos metálicos semicondutores que possuem coeficientes de temperatura positivos (PTC) ou negativos (NTC) da resistência. Os termístores PTC variam a sua resistência proporcionalmente com a temperatura, e são normalmente utilizadas em sistemas em que se pretenda uma elevada variação da resistência a uma dada corrente ou temperatura. Os termístores PTC são muito utilizados para medição de temperaturas entre 60ºC e 180ºC e têm como principais aplicações: Protecção de enrolamentos em motores eléctricos e transformadores; Fusível de estado sólido para protecção contra níveis de correntes excessivas, que variam dos mA aos vários amperes e níveis de tensão continua que podem ir até cerca de 600 V (protecção de fontes de alimentação); Sensores de níveis de líquidos (ex.: controlo do líquido de arrefecimento de motores de automóveis) No caso dos termístores NTC, a sua a resistência diminui com o aumento de temperatura. Estes sensores térmicos são normalmente muito estáveis, suportam elevadíssimas temperaturas, sendo por isso usados para controlar a temperatura de reactores nucleares. Além disso, estes dispositivos têm também como vantagem, o facto de possuírem resistências elevadas e portando minimizarem a contribuição da resistência de contactos, o seu baixo custo e a possibilidade de poderem ser utilizados em formas miniaturizadas. Edição: 03/11 v01 97 de 186 Instrumentação Industrial Diferentes tipos de cápsulas e geometrias, e o tamanho reduzido, permitem adaptar facilmente os termístores a várias aplicações. Curva características dos RTD, termopares e termístores Utilizando alguns componentes básicos facilmente se poderá realizar um circuito que dá uma saída em tensão em função da temperatura do local, utilizando como elemento sensor de temperatura um termístor. - ENCODERS Dá-se o nome de “encoder” a um dispositivo destinado a medir o número de rotações ou a velocidade angular de máquinas por meio de um disco perfurado ou segmentado. ENCODER TACOMÉTRICO Este tipo de enconder possui um disco com ranhuras, com apenas um canal, onde apenas é possível determinar a velocidade do deslocamento, e um sistema emissor/receptor de luz, que vai permitir a detecção das ranhuras existentes no disco. Edição: 03/11 v01 98 de 186 Instrumentação Industrial Sensores Ópticos utilizados nos Encoders: Podem-se empregar foto-díodos ou foto-transístor e uma fonte luminosa, tal como uma lâmpada, LED ou laser. Há dois tipos básicos de sensores: - Sensor de reflexão - Interrupção de luz No sensor de reflexão um feixe luminoso atinge um disco com um furo ou marca de cor contrastante, que gira. O sensor recebe o feixe reflectido, mas na passagem do furo a reflexão é interrompida (ou no caso de marca de cor clara a reflexão é maior), onde é gerado um pulso pelo sensor. O sensor de interrupção de luz usa também um disco com furo, onde a fonte de luz e o sensor ficam em lados opostos. Na passagem pelo furo, o feixe atinge o sensor, gerando um pulso. Exemplo de um optoacoplador A frequência destes pulsos é igual à velocidade em rps nos dois tipos. As vantagens destes sensores são o menor tamanho e custo, a maior durabilidade e a leitura à distância. No exemplo que se mostra na figura, o sensor fotoeléctrico, possui na mesma cápsula, um díodo emissor de luz e um fototransístor. Neste caso não é possível determinar o sentido do deslocamento, porque os pulsos criados são iguais quando se está a rodar num sentido ou no outro. Edição: 03/11 v01 99 de 186 Instrumentação Industrial resolução 360º N º pulsos por volta Encoder Tacométrico e tipo de sinal de saída Também existem encoders tacométricos lineares que são utilizados para a medição de velocidade ou posição de um determinado equipamento que possui um movimento linear ao longo de um determinado eixo (ex.: o equipamento móvel que transporta o tinteiro numa impressora possui uma fita com encoder que determina a posição do tinteiro consoante o número de pulsos gerados). Exemplo encoder tacométrico linear ENCODERS INCREMENTAIS Este tipo de encoder fornece informações sobre o movimento executado e a direcção da rotação do motor. Os encoders incrementais geram um certo número de impulsos por rotação. O número de cada impulso é a medida da distância movida (angular ou linear), ou seja: Edição: 03/11 v01 100 de 186 Instrumentação Industrial - Contando os pulsos e conhecendo o ângulo inicial, obtém-se por cálculo a posição. - O sentido de rotação é determinado fornecendo um segundo sinal desfasado aproximadamente de 90º, em avanço ou atrasado em função da direcção. Um disco codificado é montado no eixo. O disco é dividido em segmentos separados que são alternadamente opacos ou transparentes. São colocados dois detectores fotoeléctricos desfasados um do outro de modo que seja possível determinar o sentido de rotação. Posição inicial 1 ciclo Aspecto do disco do encoder e disposição dos sensores Os encoders incrementais podem possuir ainda um outro detector para detectar a posição inicial que é dada através de uma marca ou ranhura no disco, que quando é detectada, faz um reset ao sistema de contagem de pulsos. Edição: 03/11 v01 101 de 186 Instrumentação Industrial ENCODERS ABSOLUTOS Os encoders absolutos fornecem informações mais rigorosas que os encoders incrementais. Possuem a capacidade de informar a posição física de um elemento, assim que ele é activado, sem a necessidade de fixação da posição inicial. Isto é possível porque o encoder transmite para o controlador um sinal diferente para cada posição do eixo, uma vez que utilizam discos com vários anéis concêntricos e cada anel tem um determinado número de divisões, que é diferente em cada anel. Aspecto do disco de um encoder absoluto O disco é dividido em 2n sectores com n bits a serem detectados por n fototransístores alinhados radialmente, permitindo definir 2n ângulos distintos. Edição: 03/11 v01 102 de 186 Instrumentação Industrial Aspecto físico de um encoder absoluto TRANSDUTOR FOTOELÉCTRICO FOTORESISTÊNCIA O transdutor fotocondutivo é uma resistência feita de material do tipo semicondutor cujo valor é dependente da intensidade luminosa que sobre ele incide. Isto é, quanto maior for a intensidade do feixe luminoso incidente, menor será o seu valor da resistência. Os seus valores variam de várias ordens de grandeza, apresentando normalmente uma resistência elevada no escuro (quase circuito aberto) a uma baixa resistência, sob condições de forte iluminação (quase curto circuito). O tipo de semicondutor a utilizar é função do comprimento de onda da luz a utilizar. Para utilizações da luz visível ou do infravermelho próximo, utiliza-se o silício cristalino ou amorfo. Nestes casos, para baixos níveis de iluminação, existe uma relação linear entre a resistência e o nível de iluminação da intensidade luminosa utilizada. Quando se utilizam intensidades luminosas muito elevadas, a relação deixa de ser linear. Este tipo de dispositivos é utilizado como sensor óptico, nomeadamente em sistemas de abertura e fecho de circuitos, Edição: 03/11 v01 103 de 186 Instrumentação Industrial por interrupção de um feixe de luz, tal como acontece com a abertura e fecho de muitas portas, de forma automática. Aspecto físico das fotoresistências DETECTORES FOTOELÉCTRICOS Um detector fotoeléctrico é composto por um emissor de luz (díodo electroluminescente) associado a um receptor sensível à quantidade de luz recebida (fototransístor), que trata o sinal luminoso e converte-o em corrente eléctrica, e posteriormente compara essa corrente com um valor de referência e caso exista diferença, comuta a sua saída. A luz emitida pelo emissor pode ser visível (luz vermelha, verde, laser vermelho) ou invisível (raios infravermelhos e raios ultravioletas). O princípio de funcionamento deste tipo de sensores baseia-se na emissão de um feixe luminoso (pelo emissor) para um aparelho receptor e detector do tipo de radiação que é emitida. Enquanto houver recepção do feixe luminoso no receptor, a saída deste sensor mantêm-se inalterada. Assim que algum objecto interrompe a passagem do feixe luminoso para o receptor, este altera a sua saída, indicado que houve a detecção do objecto que se encontra entre o emissor e o receptor. Edição: 03/11 v01 104 de 186 Instrumentação Industrial Para insensibilizar o sensor fotoeléctrico à luz ambiente, o feixe luminoso é modulado de maneira a obter uma emissão luminosa por impulsos, e assim, só o sinal modulado é detectado pelo receptor, não sendo influenciado por outros tipos de radiação. Contudo, neste tipo de sensores não é obrigatoriamente necessário que o emissor esteja fisicamente separado do receptor, existindo situações em que o emissor e o receptor se encontram na mesma cápsula, embora o receptor só recebe essa radiação quando existir um objecto reflector em frente do emissor, em que o objecto reflector pode ser tipo um “espelho” ou o próprio objecto a detectar, caso este possua cores e propriedades reflectoras da luz apropriadas. Eis alguns exemplos de sistemas de detecção através de sensores fotoeléctricos: Edição: 03/11 v01 105 de 186 Instrumentação Industrial Aplicações e ligações típicas de sensores fotoeléctricos Os sensores fotoeléctricos são escolhidos em função da distância que se pretende detectar o objecto e do sistema de detecção que melhor se adapta ao local: Edição: 03/11 v01 106 de 186 Instrumentação Industrial SISTEMA DE BARRAGEM VANTAGENS: - Grande alcance (várias dezenas mt) - Detecção muito precisa - Detecção independente da cor do objecto - Bom comportamento em ambientes difíceis (poeiras, etc.) INCONVENIENTES: - 2 equipamentos para ligar - O objecto a detectar deve ser opaco - Alinhamento preciso e delicado, visto o detector emitir raios infravermelhos (invisíveis). SISTEMA DE REFLEX POLARIZADO VANTAGENS: - Alcance médio (até 15 mt) - Detecção precisa - Detecção independente da cor do Objecto. - Apenas 1 equipamento a ligar - Emissão por luz vermelha visível INCONVENIENTES: - Alinhamento preciso a realizar - O objecto a detectar deve ser opaco (sem peças metálicas que possam ser reflectoras) e maior que o reflector. Edição: 03/11 v01 107 de 186 Instrumentação Industrial SISTEMA DE PROXIMIDADE VANTAGENS: - Apenas 1 equipamento a ligar INCONVENIENTES: - Alcance reduzido - Sensibilidade às diferenças de cor do objecto ou do plano de fundo. - Alinhamento difícil do objecto, visto que a luz emitida é infravermelha. SISTEMAS ESPECÍFICOS – FIBRAS ÓPTICAS A fibra comporta-se como um condutor de luz. Os raios luminosos entram num determinado ângulo e são transmitidos até ao ponto pretendido com um mínimo de perdas. O sistema através de fibra óptica permite a detecção de objectos muito pequenos (da ordem dos mm), aliado a uma detecção extremamente precisas. As fibras podem ser: Fibras de plástico – o núcleo da fibra é em plástico flexível, normalmente constituído por apenas uma fibra com diâmetro entre 0,25 e 1 mm. Têm a vantagem de poderem ser cortadas no comprimento pretendido. Edição: 03/11 v01 108 de 186 Instrumentação Industrial Fibras de vidro – o núcleo da fibra é em sílica. É constituída por uma série de fibras unitárias com diâmetro igual a cerca de 50m. Possuem a característica de se poderem utilizar em locais com temperaturas elevadas (até 250ºC) e pode-se utilizar mangas metálicas para protecção contra choques e esmagamentos. SENSOR ULTRA-SÓNICO E DE MICRO-ONDAS O transdutor de ultra-som é constituído por um emissor que emite um sinal de alta frequência (entre os 30 e 50 kHz, inaudível ao homem) através de um cristal piezoeléctrico, e um detector de ultrasom. O cristal piezoeléctrico ao vibrar envia o sinal sonoro em direcção ao objecto. Parte desse sinal sonoro ao incidir num objecto é reflectido (eco do som emitido), e reenviado para o detector de ultrasom, que mede o tempo de propagação entre os impulsos emitidos e reflectidos correspondentes e calcula a distância do objecto ao sensor, através da seguinte expressão: D – Distância entre o sensor e o objecto v = velocidade do som (340 m/s no ar) t = intervalo de tempo entre a transmissão e a recepção Princípio de funcionamento do sensor ultra-sónico Edição: 03/11 v01 109 de 186 Instrumentação Industrial Cada impulso é constituído por um sinal sinusoidal com uma determinada duração, contendo um determinado número de ciclos A principal utilização destes transdutores é a medição de distâncias ou detecção de objectos, onde têm bastante aplicação na micro-robótica, na detecção de nível de líquidos e sólidos em reservatórios e sistemas de intrusão. No caso dos sensores de micro-ondas, a única diferença é que em vez de ultra-sons utilizam-se ondas electromagnéticas, na gama das micro-ondas. Tipo de sensores ultrasónicos de proximidade Influências externas no funcionamento dos detectores ultrassónicos Edição: 03/11 v01 110 de 186 Instrumentação Industrial Princípio de funcionamento do detector ultrassónico Estrutura interna de um sensor de proximidade [ ultrasónico ] Edição: 03/11 v01 111 de 186 Instrumentação Industrial Aplicações industriais dos sensores de proximidade ultrasónicos Edição: 03/11 v01 112 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 6 – TIPOS DE LIGAÇÃO ELÉCTRICA TRANSDUTORES TIPOS DE LIGAÇÕES E CONFIGURAÇÕES ELÉCTRICAS DOS SENSORES SENSORES COM ALIMENTAÇÃO A CORRENTE CONTÍNUA: SENSOR COM SAÍDA A TRANSÍSTOR NPN São sensores que possuem no estágio de saída um transístor que tem função de ligar/desligar o terminal negativo da fonte. SENSOR COM SAÍDA A TRANSÍSTOR PNP São sensores que possuem no estágio de saída um transístor que tem função de ligar/desligar o terminal positivo da fonte. Edição: 03/11 v01 113 de 186 Instrumentação Industrial SENSOR COM ALIMENTAÇÃO/SINAL A 2 FIOS: São sensores que vão ligados em série com a carga, da mesma forma que um fim de curso mecânico. A alimentação do circuito interno é obtida através de uma pequena corrente que circula pela carga, gerando uma pequena tensão residual incapaz de accionar a maioria das cargas ligadas na saída. SENSOR COM SAÍDA ANALÓGICA: Alguns sensores alimentados a 24VDC possuem uma saída analógica que permite dar um sinal contínuo em função da variável a ser medida. Edição: 03/11 v01 114 de 186 Instrumentação Industrial SENSORES COM ALIMENTAÇÃO A CORRENTE ALTERNADA: SENSORES CORRENTE ALTERNADA A 3 OU A 4/5 FIOS: Nos casos em que a corrente de fuga do sensor a 2 fios causam o accionamento da carga, pode-se utilizar o sensor a 3 ou a 4 fios que possuem 2 fios exclusivos para alimentação. Edição: 03/11 v01 115 de 186 Instrumentação Industrial SENSORES A 2 FIOS COM ALIMENTAÇÃO A CORRENTE CONTÍNUA E/OU ALTERNADA: São sensores a 2 fios com uma alimentação que funcionam de 20 a 250V tanto em corrente contínua como em corrente alternada e são opções de aplicações, para estratégia de estoque e altas tensões CC. SENSOR TIPO NAMUR Semelhante aos sensores convencionais, os sensores Namur diferenciam-se apenas por não possuírem no estágio de saída um transístor para ligar/desligar a carga. NAMUR é uma norma que regulamenta este tipo de sensores, especialmente para indústria química. Este tipo de sensor foi especialmente projectado para trabalhar em sistemas intrinsecamente seguros, ou seja, para operarem em ambientes onde são exigidos equipamentos à Edição: 03/11 v01 116 de 186 Instrumentação Industrial prova de explosão. O seu sinal de saída deve ser interpretado por um amplificador adequado, uma vez que apresentam correntes de consumo máximas de alguns mA quando em funcionamento. Os equipamentos de segurança intrínseca são construídos de tal modo que os seus circuitos eléctricos não são capazes de gerar faíscas ou produzir aquecimento suficiente para deflagrar atmosferas explosivas. SENSOR COM BARREIRA DE PROTECÇÃO Exemplo de Barreira de Protecção A barreira de protecção consiste num circuito limitador de corrente e também por um limitador de tensão. Nestas condições a energia que se dissipa no elemento sensor, é insuficiente para originar uma elevação de temperatura que conduza à ignição dos produtos inflamáveis. O tipo de barreira depende do tipo da instrumentação de medida ou do sensor utilizado. As barreiras de protecção deverão ser sempre instaladas dentro de um armário de protecção, em ambiente livre de humidade e de poeiras. Este armário deverá ser colocado em zona segura, mas o mais perto possível da zona de risco. Edição: 03/11 v01 117 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 7 – CONTROLO AUTOMÁTICO Introdução Nos processos industriais antigos ou de pequeno porte as variáveis eram controladas pelo elemento humano; o controlo manual. Atualmente, devido a complexidade dos processos, seja por questões de segurança ou de economia, o elemento humano foi substituído por instrumentos capazes de executar essas tarefas: são os controladores automáticos. A mão de obra pode ser extremamente reduzida, uma vez que restaram poucas operações manuais e a fiscalização ou supervisão geral da instrumentação é de fácil execução. Como vantagens de controlo automático sobre o elemento humano, temos: • Redução de custos através da diminuição de mão de obra; • Garantia de uniformidade de produtos acabados; • Garantia maior de segurança pessoal e do equipamento. 5.1. Conceito de controlo automático Entende-se por controlo automático um conjunto de operações que consistem em: • Medir uma variável; • Comparar esta medida com um valor desejado; • Corrigir o desvio observado. A figura abaixo mostra, sob a forma de notação de blocos, o conceito de controlo automático. Edição: 03/11 v01 118 de 186 Instrumentação Industrial Os componentes principais do controlo automático são: o processo e o controlador automático. O processo ou sistema controlado compreende uma operação ou uma série de operações realizadas no, ou pelo equipamento, no qual uma variável é controlada. O controlador automático é um instrumento que recebe o valor da variável medida e atua para corrigir ou limitar o desvio dessa variável em relação a um ponto de controlo (valor constante préestabelecido para a variável) ou então limitar o desvio da variável em relação a uma lei préestabelecida (valor variável da própria variável). O controlador atua sobre o elemento final de controlo. O elemento final de controlo é o dispositivo que varia diretamente o valor da variável manipulada. Variável controlada é a quantidade ou condição que é medida e controlada. Variável manipulada é a quantidade ou condição que é variada pelo elemento final de controlo, de modo a efetuar o valor da variável controlada. Meio controlado é a energia ou material do processo no qual a variável é medida e controlada. Agenda de controlo é a energia ou material do processo, do qual a variável manipulada é uma condição ou característica. A figura abaixo mostra exemplo prático do emprego desses termos. Edição: 03/11 v01 119 de 186 Variável manipulada é a quantidade ou condição é variadaoupelo elemento de controle, de Variável controlada é aque quantidade condição quefinal é medida e control efetuar o valor da variável controlada. Variável manipulada é a quantidade ou condição que é variada pelo ele Meio controlado é a energia ou material no qual a variável é medida e controlada. efetuar o valor do da processo variável controlada. Agenda de controle é a energia ou material édoa processo, qual a do variável manipulada con Meio controlado energia oudo material processo no qual éa uma variável característica. Instrumentação Industrial Agenda de controle é a energia ou material do processo, do qual a vari A figura abaixo mostra exemplo prático do emprego desses termos. característica. A figura abaixo mostra exemplo prático do emprego desses termos. 7.1. Malhas ou circuitos deoucontrolo 17. Malhas circuitos de controle Uma malha ou circuito de ou controlo representação em blocosemnablocos próxima figura) figura) consiste do do p Uma malha circuito(vide de 17. controle (vide na próxima consiste Malhas ourepresentação circuitos de controle do elemento de medição (com ou sem transmissão) do controlador, do elemento final de contr processo, do elemento de medição (com ou sem transmissão) do controlador, do elemento final de controlador. Se o controlador está na chamada posição manual , dizemos que a malha é aberta Uma malha ou circuito de controle (vide representação em blocos na pr controladorSe naoposição automática malha é fechada (com controlo e do controlador. controlador naa chamada “posição manual”, dizemos quedoa malha do está elemento de medição (com ourealimentação). sem transmissão) controlador, d controlador. Se o controlador está na chamada posição manual , dize é aberta. Com o controlador na posição “automática” a malha é fechada (com realimentação). controlador na posição automáticaa malha é fechada (com realimentaç Sistemas de controle De acordo com a natureza da energia usada pelo controlador, os sistemas de controle pod pneumáticos, hidráulicos, elétricos e eletrônicos. Sistemas de controlo Sistemas de controle De acordo com a natureza da energia usada pelo controlador, os Os controladores pneumáticos usam ar comprimido, limpo e seco. pneumáticos, hidráulicos, os elétricos e eletrônicos. De acordo com a natureza da energia usada pelo controlador, sistemas de controlo podem ser: Os controladores hidráulicos usam líquidos, principalmente, óleo. pneumáticos, hidráulicos, elétricos e electrónicos. Os controladores pneumáticos usam ar comprimido, limpo e seco. controladores elétricos e eletrônicos utilizam energia elétrica, sendo que ausam natureza Os controladoresOs pneumáticos usam ar comprimido, limpo e seco.a Os controladores hidráulicos Os controladores hidráulicos usam líquidos, principalmente, óleo. componentes é que define se os mesmos pertencem a um grupo ou ao outro. líquidos, principalmente, óleo. Professor Luís Francisco Casteletti Os controladores elétricos e eletrônicos utilizam a energia elétrica, componentes é que define se os mesmos pertencem a um grupo ou ao o Os controladores elétricos e electrónicos utilizam a energia elétrica, sendo que a natureza de seus Luís Francisco componentes é que define se os mesmosProfessor pertencem a um Casteletti grupo ou ao outro. Modos de controlo O controlador de um sistema de controlo pode efetuar a sua ação de correção de modos diversos. Se o elemento final de controlo (em geral válvula de controlo) tem somente duas posições, o controlo Edição: 03/11 v01 120 de 186 Instrumentação Industrial Instru Modos de controle denomina-se de “duasOposições”, oude“on-off”. a válvula controlo uma posição controlador“abre-fecha” de um sistema controleSe pode efetuar ade sua ação detem correção de modos diver determinada para cada o controlo chamado “proporcional”. Secontrole) a válvula tem a sua posição Sedesvio, o elemento final deé controle (em geral válvula de tem somente duas posições, denomina de duas abre-fecha ou . reajustada (processo com “variação de posições carga”) a, fim de manter aon-off variável no valor desejado, temos controlo de reajuste automático ou de integral (“reset”). Se aposição válvula determinada de controlo para tem acada intensidade Se a válvula controle tem uma desvio, odecontrol proporcional variação aumentada em função da. velocidade do desvio, temos o controlo derivativo ou antecipatório Seduas a válvula tem sua reajustada variação de carga ) a fim de mante (“rate”). O controlo de posições é posição satisfatório para (processo processoscom que permitem as oscilações valor desejado, temos controle de reajuste automático ou integral ( reset ). decorrentes. É usado para processos simples, não críticos. Se a válvula de controle tem a intensidade de variação aumentada em função da velocida O controlo proporcional é aconselhável para processos contínuos mais temos o controle derivativo ou antecipatório ( rate ). complexos e delicados. O torna-se controle de duas posições para processos que permitem as oscilações d Neste modo de controlo necessário expor éa satisfatório noção de “faixa proporcional”. usado para processos simples, não críticos. Suponhamos o caso de um indicador-controlador de uma variável qualquer, escala de zero a 100%. O controle proporcional é aconselhável para processos contínuos mais complexos e delicados O ponto de ajuste escolhido foi 50%. Neste modo de controle torna-se necessário expor a noção de faixa proporcional . Observamos o ponteiro em relação ao índice; à medida que o ponteiro se afasta do índice para um Suponhamos o caso de um indicador-controlador de uma variável qualquer, escala de ze dos lados, a válvula vai abrindo ou fechando, isto é, desloca-se para uma das posições extremas. ponto de ajuste escolhido seja 50%. O afastamento do ponteiro para outro lado doem índice faráaoa índice; válvulaàalcançar a outra posição Observamos o ponteiro relação medida que o ponteiro seextrema. afasta do índice lados, a válvula vai abrindo-se ou fechando-se, isto é, deslocando-se para uma de suas posiç Suponhamos que tais fatos aconteceram quando o ponteiro atingiu 20% e 80%, respectivamente afastamento do ponteiro para outro lado do índice fará a válvula alcançar a outra posição ex conforme mostrado naOfigura abaixo. Suponhamos que tais fatos aconteceram quando o ponteiro atingiu 20% e 80%, respectivam mostrado na figura abaixo. Onde: PA = Ponto de controle; VM = Variável medida; Onde: PA = Ponto dedcontrolo; = Desvio (PA - VM). VM =Variável medida;Dizemos, que a faixa proporcional de controlador está ajustada em 60%. d = Desvio (PA - VM). Ou seja: F . P . = 80 - 20 x 100 = 60% 100 - 0 Portanto, faixa proporcional pode ser definida como a relação entre o deslocamento do pont do instrumentode(que corresponde movimento da válvula) e a escala total do instrumen Dizemos, que a faixa proporcional controlador estáaoajustada emtotal 60%. O controle integral tem sua aplicação em sistemas sujeitos a variações de carga . Essa linguagem da instrumentação, significa quaisquer influências sobre a variável controlada d processual. Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 121 de 186 Onde: PA = Ponto de controle; VM = Variável medida; d = Desvio (PA - VM). Instrumentação Industrial Dizemos, que a faixa proporcional de controlador está ajustada em 60%. Ou seja: F . P . = 80 - 20 x 100 = 60% 100 - 0 Portanto, faixa proporcional pode ser definida como a relação entre o deslocamento do ponteiro na escala Portanto, faixa (que proporcional pode ser definida como a relação entre o deslocamento do ponteiro na do instrumento corresponde ao movimento total da válvula) e a escala total do instrumento. escala do instrumento (que corresponde ao movimento total da válvula) e a escala total do O controle integral tem sua aplicação em sistemas sujeitos a variações de carga . Essa expressão em linguagem da instrumentação, significa quaisquer influências sobre a variável controlada de um sistema instrumento. processual. O controlo integral tem a sua aplicação em sistemas sujeitos a “variações de carga”. Essa expressão 41 Professor Luís Francisco Casteletti em linguagem da instrumentação, significa quaisquer influências sobre a variável controlada de um sistema processual. Assim por exemplo: suponhamos um forno, onde é controlada a temperatura de óleo na saída através da atuação do controlador sobre uma válvula de controlo colocada na linha de alimentação do combustível para os maçaricos. Poderíamos citar como “variações de carga” possíveis: a) Variação da temperatura ambiente; b) Variação da pressão do combustível; c) Variação do poder calorífico do combustível; d) Variação na espessura das paredes dos tubos onde passa o óleo. Este modo de controlo somente cessa a sua correção quando a variável controlada e o ponto de ajuste estão no mesmo valor. Geralmente, o controlo integral é usado juntamente com o controlo proporcional. O controlo derivativo tem a sua aplicação em processos onde é necessária uma correção rápida em função da velocidade do desvio da variável em relação ao ponto de controlo. É empregado da seguinte forma: a) Controlo proporcional + controlo integral + controlo derivativo; b) Controlo proporcional + controlo derivativo. Edição: 03/11 v01 122 de 186 Instrumentação Industrial 7.1.1. Controlo em cascata Certos processos tem um comportamento específico e mais crítico e daí o sistema pode ser, por exemplo, de controlo “em cascata”. Neste controlo temos o controlador da variável primária e o controlador da variável secundária. O controlador primário atua no ponto de ajuste (ponto de controlo variável) do controlador secundário. O controlador secundário atua sobre a válvula de controlo (elemento final de controlo). O controlo em cascata permite, geralmente, o seguinte: a) Controlo automático dos controladores primário e secundário (cascata propriamente dita); b) Controlo manual do controlador primário e automático do controlador secundário; c) Controlo manual do controlador secundário. Os controlos em cascata mais comuns são: • Controlos de temperatura e de caudal; • Controlos de nível e de caudal. 5.2.2. Controlo de uma razão Em sistemas de controlo onde há necessidade de se manter o valor de uma variável guardando uma razão com uma outra variável do sistema, temos o “controlo de razão”. Assim, suponhamos que se deseja misturar dois produtos líquidos, guardando sempre uma razão ou Edição: 03/11 v01 123 de 186 Instrumentação Industrial relação de vazões. Um caudal é considerado principal e o outro secundário. Naturalmente, os sinais de medição dos dois caudais vão ao controlador e este em função do “ajuste de razão” envia um sinal de correção para uma válvula de controlo colocada na linha do caudal secundário. 7.2. Controlo “Override” Este tipo de controlo é geralmente, necessário para controlar um processo com um único elemento final de controlo, a partir das duas ou mais variáveis que são interdependentes e que não devem Instrum ultrapassar certos limites de segurança máxima ou mínima. Um exemplo deste tipo de controlo vem Este tipo de controle é geralmente, necessário para controlar um processo com um único elem ilustrado na figura abaixo. controle, a partir das duas ou mais variáveis que são interdependentes e que não devem ultra limites de segurança máxima ou mínima. Um exemplo deste tipo de controle vem ilustrado na figura abaixo. O objetivo desse sistema de controle é evitar a perda da pressão de sucção na eventualid O objetivo desse sistema de controlo é evitar a perdaseja da pressão demanda da pressão de descarga elevada. de sucção na eventualidade de que a demanda da pressão de descarga seja elevada. O controlador de sucção do compressor; o controlador de descarga recebe um sinal que c pressão de descarga do compressor. O controlador de sucção do compressor; o controlador de descarga recebe um sinal que corresponde Osdo sinais de saída dos dois controladores são aplicados à estação override . à pressão de descarga compressor. Normalmente, a pressão de descarga controla a válvula de pressão de descarga do compress Os sinais de saída dos dois controladores são aplicados à estação “override”. Normalmente, a Se a pressão de sucção do compressor cai abaixo do ponto de controle estabelecido para o c pressão de descarga sucção controla, este a válvula deopressão descarga do compressor. assume controle de do sistema, através da estação override . Se a pressão de sucção do compressor cai abaixo do ponto de controlo estabelecido para o 17.3. Controle de caldeiras 03/11 v01tem, em geral, sistemas de controle típicos, 124 detradicionai 186 Tal título se deve a queEdição: as caldeiras dos principais sistemas. a) Controle de água de alimentação das caldeiras Instrumentação Industrial “controlador da sucção”, este assume o controlo do sistema, através da estação “override”. 7.3. Controlo de caldeiras Tal título deve-se a que as caldeiras tem, em geral, sistemas de controlo típicos, tradicionais. Trataremos dos principais sistemas. a) Controlo de água de alimentação das caldeiras A finalidade deste controlo é manter o nível no tubo da caldeira, no nível médio. Em caldeiras de maior porte e de altas pressões não é comum adotar-se um controlo de nível, no sentido simples de um controlador normal. O sistema de controlo de nível basicamente aplicado é chamado de “3 elementos”. A figura abaixo mostra tal sistema de controlo. Instrumentação Industrial Em linhas gerais, tal controle consiste na comparação de vazão de demanda de vapor com a vazão de Ementrada linhas gerais, tal para controlo consiste na de caudal de demanda de vapor com o caudal de água alimentação da comparação caldeira, sendo tal resultado reajustado automaticamente, se necessário, nível do alimentação próprio tubulão. de entrada de pelo água para da caldeira, sendo tal resultado reajustado automaticamente, se necessário, nível dode próprio b) Controlepelo da pressão vapor tubo. Esse controle é feito pelo controle da combustão da caldeira. Edição: v01 Engloba um controle de combustível (gás e/ou óleo03/11 combustível) e um controle de ar. A figura abaixo mostra um esquema simples de controle de combustível. 125 de 186 Instrumentação Industrial Em linhas gerais, tal controle consiste na comparação de vazão de demanda de vapor b) Controlo da pressão de vapor entrada de água para alimentação da caldeira, sendo tal resultado reajustado auto necessário, pelo nível do próprio tubulão. Esse controlo é feito pelo controlo da combustão da caldeira. Engloba um controlo de combustível b) Controle da pressão de vapor (gás e/ou óleo combustível) um controlo de ar. A figura abaixo mostra um esquema simples de Esseecontrole é feito pelo controle da combustão da caldeira. controlo de combustível. Engloba um controle de combustível (gás e/ou óleo combustível) e um controle de ar. A figura abaixo mostra um esquema simples de controle de combustível. Pode-se queimar apenas óleo ou então apenas gás ou ainda por meio de dispositivos a óleo e gás, ao mesmo tempo. Pode-se queimar apenasProfessor óleo Luís ou Francisco então apenas Casteletti gás ou ainda por meio de dispositivos auxiliares queimar óleo e gás, ao mesmo tempo. A figura abaixo exemplifica um sistema de controlo do ar para combustão. Edição: 03/11 v01 126 de 186 Instrumentação Industrial A figura abaixo exemplifica um sistema de controle do ar para combustão. Pode-se usar ou a vazão de óleo ou a vazão de vapor (proporcional à vazão de óle elemento cuja razão com a vazão de ar deve ser proporcionada. o Pode-se usar ou o caudal deAinda óleo como ou o caudal de vapor (proporcional caudal de óleo consumido) 3 elemento (reajustador) pode-seao usar a pressão de vapor da caldeira ne como o elemento cuja razão com o caudal de ar deve ser proporcionado. Ainda como 3º elemento (reajustador) pode-se usar a pressão de vapor da caldeira nesse sistema. A tiragem dos gases pela chaminé é controlada, geralmente, pela pressão de tiragem atuando sobre um abafador colocado na saída dos gases para chaminé. A figura mostra tal sistema de controlo. A tiragem dos gases pela chaminé é controlada, geralmente, pela pressão de tiragem atuando sobre um abafador colocado na saída dos gases para chaminé. A figura ao lado mostra tal sistema de controle. A variação da perda de carga no abafador faz com que haja tiragem pré-estabelecida. Geralmente, quando se usa óleo combustível para a combustão em caldeiras e forn pelos maçaricos sem que haja uma atomização do óleo com vapor. Existem vários esquemas de controle, porém, mostraremos na figura abaixo, um dos m Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 127 de 186 Pode-se usar ou a vazão de óleo ou a vazão de vapor (proporcional à vazão de óleo consumida) como o elemento cuja razão com a vazão de ar deve ser proporcionada. Instrumentação Industrial Ainda como 3o elemento (reajustador) pode-se usar a pressão de vapor da caldeira nesse sistema. A tiragem dos gases pela chaminé é controlada, geralmente, pela pressão de tiragem atuando sobre um abafador colocado na saída dos gases para chaminé. A figura ao lado mostra tal sistema de controle. A variação da perda de carga no abafador faz com que haja tiragem pré-estabelecida. A variação da perda de carga no abafador faz com que haja tiragem pré-estabelecida. Geralmente, Geralmente, quando se usa óleo combustível para a combustão em caldeiras e fornos, ele não é injetado pelos quando maçaricos haja uma atomização óleo com vapor. sesem usaque óleo combustível para adocombustão em caldeiras e fornos, ele não é injetado pelos Existem vários esquemas de controle, porém, mostraremos na figura abaixo, um dos mais usuais. maçaricos sem que haja uma atomização do óleo com vapor. Existem vários esquemas de controlo, porém, mostraremos na figura abaixo, um dos mais usuais. Professor Luís Francisco Casteletti 45 Instrumentaçã A vazão do vapor, é controlada por uma relação ou razão de pressões entre o óleo e o vapor. c) Controle de temperatura do vapor superaquecido O caudal do vapor, é controlado porcaldeiras uma relação ou razão deligeiramente pressões entre o óleodee controlar o vapor. temperatura d Cada fabricante de tem um sistema diferente superaquecido, nós basicamente mostraremos 3 exemplos que representam os elementos ge envolvidos. O esquema da figura abaixo mostra que o controle da temperatura é feito em um desuperaqueced atuação de uma válvula de controle de injeção da água de resfriamento. Edição: 03/11 v01 128 de 186 Instrumentação Industrial c) Controlo de temperatura do vapor superaquecido A vazão do vapor, é controlada por uma relação ou razão de pressões entre o óleo e o vapor. Cada fabricante de caldeiras tem um sistema ligeiramente diferente de controlar temperatura do c) Controle de temperatura do vapor superaquecido vapor superaquecido, basicamente mostraremos 3 exemplos que representam os elementos Cada fabricante de caldeiras tem um sistema ligeiramente diferente de controlar temperatura do v geralmente envolvidos. superaquecido, nós basicamente mostraremos 3 exemplos que representam os elementos geralm envolvidos. O esquema da figura abaixo mostra que o controlo da temperatura é feito num “desuperaquecedor” O esquema da figura abaixo mostra que o controle da temperatura é feito em um desuperaquecedor atuação de uma válvula de controle de injeção da água de resfriamento. pela atuação de uma válvula de controlo de injeção da água de arrefecimento. A figura abaixo mostra um controle de temperatura de vapor superaquecido, que usa desuperaquecedor, localizado entre as secções primária e secundária do superaquecedor. A figura abaixo mostra um controlo de temperatura de vapor superaquecido, que usa um desuperaquecedor, localizado entre as secções primária e secundária do superaquecedor. Os elementos de controlo são: I) A temperatura final do vapor; II) Carga da caldeira; III) Temperatura de saída do desuperaquecedor. Os elementos de controle são: I) A temperatura final do vapor; II) Carga da caldeira; A carga da caldeira estabelece aproximadamente o caudal da água de injeção e efeito de variação III) Temperatura de saída do desuperaquecedor. A carga da caldeira estabelece aproximadamente a vazão da água de injeção e efeito de variação das características da água de fornecimento e minimizado pela temperatura de saída do características da água de suprimento e minimizado pela temperatura de saída do desuperaquecedor. desuperaquecedor. Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 129 de 186 Instrumentação Industrial A figura abaixo mostra um controle de temperatura de vapor superaquecido, que us desuperaquecedor, localizado entre as secções primária e secundária do superaquecedor. Os elementos de controle são: I) A temperatura final do vapor; II) Carga da caldeira; Outro sistema III) do controlo usa de a “distribuição de gás”. Temperatura saída do desuperaquecedor. A carga da caldeira estabelece aproximadamente a vazão da água de injeção e efeito de variaçã Os elementos características de controlo são: da água de suprimento e minimizado pela temperatura de saída do desuperaquecedor. I) Professor Luísde Francisco Casteletti Temperatura final controlo; II) Carga de caldeira. O controlo de carga de caldeira serve para ajustar a distribuição de gás entre o superaquecedor e economizador (aquecimento da água de alimentação) ou aquecedor do ar para combustão. Citaremos mais uma variante desse sistema que é o controlo de caudal de água de alimentação através do condensador do superaquecedor, usando o caudal de ar como índice. A medição de água para o condensador serve como 2º elemento e a temperatura final do vapor faz os reajustes desnecessários. 7.4. Controlo de equipamentos diversos a) Controlo de caudal de bombas e compressores O controlo de caudal das bombas ou compressores do tipo de deslocamento direto é função direta da velocidade dos mesmos, portanto, o sistema da figura abaixo, onde a válvula de controlo varia o caudal de vapor para a turbina é uma possibilidade de controlo. Se o acionador é um motor elétrico, o sistema pode ser controlado por uma válvula contornando parte do fluído, retornando-o à sucção da bomba ou compressor. Edição: 03/11 v01 130 de 186 s ou compressores do tipo direta da velocidade dos da figura abaixo, onde a de vapor para a turbina é Instrumentação Industrial o sistema pode serdecontrolado por uma válvula contornando parte do 18. Controle equipamentos diversos ba ou compressor. a) Controle de vazão de bombas e compressores O controle de vazão das bombas ou compressores do tipo de deslocamento direto é função direta da velocidade dos mesmos, portanto, o sistema da figura abaixo, onde a válvula de controle varia a vazão de vapor para a turbina é uma possibilidade de controle. ntrífugos, a vazão varia em mesmo para uma rotação pode ser feito diretamente descarga, como é visto na Se o acionador é um motor elétrico, o sistema pode ser controlado por uma válvula contornando parte do fluído, retornando-o à sucção da bomba ou compressor. Para as bombas e compressores centrífugos, o caudal varia em função de sua pressão de descarga, mesmo para uma rotação constante, logo o controlo de caudal pode ser feito diretamente numa válvula colocada na linha de descarga, como é visto na figura abaixo. Para as bombas e compressores centrífugos, a vazão varia em 47 função de sua pressão de descarga, mesmo para uma rotação constante, logo o controle de vazão pode ser feito diretamente em uma válvula colocada na linha de descarga, como é visto na figura abaixo. Instrumentação Industrial b) Controle de temperatura e na saída de fornos Um sistema de controle para a temperatura de saída de um produto que passa por um forno, depende da Professor Luís Franciscoconstância Casteletti do poder calorífico do combustível, da pressão constante de suprimento, etc.47 Um exemplo desse controle é mostrado na figura abaixo. b) Controlo de temperatura na saída de fornos Um sistema de controlo para a temperatura de saída de um produto que passa por um forno, depende da constância do poder calorífico do combustível, da pressão constante de fornecimento, etc. Um exemplo desse controlo é mostrado na figura abaixo. c) Controle de colunas de destilação Esse controle abrange uma série de sistemas como sejam, controle de carga, controle do produto de topo, controle das retiradas laterais, controle do produto de fundo, etc. Cada um desses sistemas tem uma variável típica mais conveniente sob o ponto de vista do próprio processamento e nos fluxogramas das Unidades podem ser vistos tais sistemas de controle. Edição: 03/11 v01 19. Simbologia para malhas de controle 131 de 186 b) Controle de temperatura e na saída de fornos Um sistema de controle para a temperatura de saída de um produto que passa por um forno, dep Instrumentação Industrial constância do poder calorífico do combustível, da pressão constante de suprimento, etc. Um exemplo desse controle é mostrado na figura abaixo. c) c) Controle de colunas de destilação Esse controle abrange uma série de sistemas como sejam, controle de carga, controle do produto controle das retiradas laterais, controle do produto de fundo, etc. Controlo de colunas de destilação Cada um desses sistemas tem uma variável típica mais conveniente sob o ponto de vista do Esse controlo abrange uma série defluxogramas sistemas como sejam, controlo de vistos carga,tais controlo dode produto de processamento e nos das Unidades podem ser sistemas controle. topo, controlo das retiradas laterais, controlo do produto de fundo, etc. Cada um desses sistemas tem uma variável típica mais conveniente sob o ponto de vista do próprio 19. Simbologia para malhas de controle processamento 19.1. e nosIntrodução fluxogramas das Unidades podem ser vistos tais sistemas de controlo. A simbologia de instrumentação analógica e digital, compartilhada e integral, distribuída e centrali baseia nas seguintes normas americanas (geralmente traduzidas para o português) : 1. ISA S5.1, Instrumentation Symbols and Identification, 1984 ISA S5.3, Graphic Symbols for Distributed Control/Shared Display Instrumentation, Logic and Com 7.5. Simbologia2.para malhas de controlo Systems, 1983 19.2. Aplicações Os símbolos de instrumentação são encontrados principalmente em: .5.1. Introdução1. fluxogramas de processo e de engenharia, 2. desenhos de detalhamento de instrumentação instalação, diagramas de ligação, plantas de loca A simbologia de instrumentação analógica e digital, compartilhada e integral, distribuída e diagramas lógicos de controle, listagem de instrumentos, 3. painéis sinópticos e semigráficos na sala de(geralmente controle, centralizada baseia-se nas seguintes normas americanas traduzidas para o português) : 4. diagramas de telas de vídeo de estações de controle. 1. ISA S5.1, Instrumentation Symbols and Identification, 1984 19.3. Roteiro da identificação 19.3.1. Geral 2. ISA S5.3, Graphic Symbols ou forfunção Distributed Control/Shared Display Instrumentation, Logic and Cada instrumento a ser identificada é designado por um conjunto alfanumérico ou número Computer Systems, 1983 Professor Luís Francisco Casteletti 7.5.2. Aplicações Os símbolos de instrumentação são encontrados principalmente em: 1. fluxogramas de processo e de engenharia, 2. desenhos de detalhamento de instrumentação instalação, diagramas de ligação, plantas de localização, diagramas lógicos de controlo, listagem de instrumentos, Edição: 03/11 v01 132 de 186 Instrumentação Industrial 3. painéis sinópticos e semigráficos na sala de controlo, 4. diagramas de telas de vídeo de estações de controlo. 7.5.3. Roteiro da identificação 7.5.3.1. Geral Cada instrumento ou função a ser identificada é designado por um conjunto alfanumérico ou número de tag. A parte de identificação da malha correspondente ao número é comum a todos os instrumentos da mesma malha. O tag pode ainda ter sufixo para completar a identificação. 7.5.3.2. Número de tag típico TIC 103 - Identificação do instrumento ou tag do instrumento T 103 - Identificação da malha (malha de temperatura, número 103) TIC - Identificação funcional Controlador Indicador de temperatura T - Primeira letra (variável da malha) IC - Letras subsequentes (função do instrumento na malha) O número da malha do instrumento pode incluir o código da informação da área . Por exemplo, o TIC 500- 103, TIC 500-104, aos dois controladores indicadores de temperatura, ambos da área 500 e os números sequenciais são 103 e 104. 7.5.3.3. Identificação funcional A identificação funcional do instrumento ou seu equivalente funcional consiste de letras da Tab. 1 e inclui uma primeira letra, que é a variável do processo medida ou de inicialização. A primeira letra pode ter um modificador opcional. Por exemplo, PT é o transmissor de pressão e PDT é o transmissor de pressão diferencial. A identificação funcional do instrumento é feita de acordo com a sua função e não da sua construção. Assim, um transmissor de pressão diferencial para medir nível tem o tag LT (transmissor de nível) e não o de PDT, transmissor de pressão diferencial. Embora o transmissor seja construído e realmente meça pressão diferencial, o seu tag depende da Edição: 03/11 v01 133 de 186 Instrumentação Industrial sua aplicação e por isso pode ser LT, quando mede nível ou FT, quando mede caudal. Outro exemplo, um contacto atuado por pressão ligado à saída de um transmissor pneumático de nível tem tag LS, contacto de nível e não PS, contacto de pressão. O tag também não depende da variável manipulada, mas sempre da variável inicializada ou medida. Assim, uma válvula que manipula o caudal de saída de um tanque para controlar nível, tem tag de LV ou LCV e não de FV ou FCV. A segunda letra tipicamente é a função do instrumento. FT é o tag de um transmissor (T) de caudal (F). Também a segunda letra pode ter um ou mais modificadores. FIA é o tag de um indicador de caudal, com alarme. Alarme é o modificador da função indicação. Também pode se detalhar o tipo de alarme, p. ex., FIAL é o tag de um indicador de caudal com alarme de baixa sonorização. O tag pode ter modificador da variável (primeira letra) e da função (segunda letra). Por exemplo, PDIAL é um indicador de pressão diferencial (modificador de pressão) com alarme (modificador do indicador) de baixa sonorização (modificador do alarme). Quando o tag possuir várias letras, pode-se dividi-lo em dois. O instrumento é simbolizado por dois balões juntos e o tag pode ser, por exemplo, TIC-3 para o controlador indicador de temperatura e TSH-3 para o contacto manual associado ao controlador. Todas as letras de identificação de instrumentos são maiúsculas. Por isso, deve-se evitar usar FrC para controlador de relação de vazões e usar FFC, controlador de fração de caudais. As funções de computação (+. -, x, , _), seleção (<, >), lógica e conversão (i/p, p/i) deve ter os símbolos ao lado do balão, para esclarecer a função executada. 7.5.3.4. Identificação da malha A identificação da malha geralmente é feita por um número, colocado no final da identificação funcional do instrumento associado a uma variável de processo. A numeração pode ser série ou paralela. Numeração paralela começa de 0 ou para cada variável, TIC-100, FIC-100, LIC-100 e AI-100. Numeração série usa uma única sequência de números, de modo que se tem TIC-100, FIC-101, LIC102 e AI-103. A numeração pode começar de 1 ou qualquer outro número conveniente, como 101, 1001, 1201. Edição: 03/11 v01 134 de 186 Instrumentação Industrial Quando a malha tem mais um instrumento com a mesma função, geralmente a função de condicionamento, deve-se usar apêndice ou sufixo ao número. Por exemplo, se a mesma malha de caudal tem um extrator de raiz quadrada e um transdutor corrente para pneumático, o primeiro pode ser FY-101-A e o segundo FY-101-B. Quando se tem um registador multiponto, com n pontos, é comum numerar as malhas como TE-18- 1, TE-18-2, TE-18-3 até TE-18-n. Quando um registador tem agulhas dedicadas para caudal, pressão, temperatura, o seu tag pode ser FR-2, PR-5 e TR-13. Se ele regista três temperaturas diferentes, o seu tag pode ser TR-7/8/9. Acessórios de instrumentos, como medidores de purga, regulador de pressão, pote de selagem e poço de temperatura, que às vezes nem é mostrado explicitamente no diagrama, precisam ser identificados e ter um tag, de acordo com a sua função e deve ter o mesmo número da malha onde é utilizado. Esta identificação não implica que o acessório deva ser representado no diagrama. Também pode usar o mesmo tag da malha e colocando a palavra da sua função, como SELO, POÇO, FLANGE, PURGA. Há acessórios que possuem letra correspondente, como W para poço termal. Pode haver diferenças de detalhes de identificação. Por exemplo, para a malha Símbolos e Identificação 301 de controlo de temperatura, pode-se ter a seguinte identificação: TE-301 sensor de temperatura TT – 301 transmissor de temperatura TIC-301 controlador de temperatura TCV-301 válvula controladora (ou de controlo) de temperatura Porém, há quem prefira e use: TIC-301-E sensor de temperatura TIC – 301-T transmissor de temperatura TIC-301-C controlador de temperatura TIC-301-V válvula controladora (ou de controlo) de temperature Também é possível encontrar em diagramas o tag de TIC ou TC para o controlador de temperatura. Como praticamente todo o controlador é também indicador, é comum simplificar e usar TC. Alguns Edição: 03/11 v01 135 de 186 Instrumentação Industrial projetistas usam pequenas diferenças de tag para distinguir válvulas auto-controladas (reguladoras) de válvulas convencionais que recebem o sinal do controlador. Assim, a válvula auto-controlada de temperatura tem tag de TCV e a válvula convencional de TV. 7.6. Simbologia de Instrumentos A normalização dos símbolos e identificações dos instrumentos de medição e controlo do processo, que inclui símbolos e códigos alfa numéricos, torna possível e mais eficiente a comunicação do pessoal envolvido nas diferentes áreas de uma planta de manutenção, operação, projeto e processo. Mesmo os não especialistas em instrumentação devem saber a identificação dos instrumentos. 7.6.1. Parâmetros do Símbolo A simbologia correta da instrumentação deve conter os seguintes parâmetros: 1. identificação das linhas de interligação dos instrumentos, p. ex.., electrónica física , electrónica por configuração, pneumática. 2. determinação do local de instalação dos instrumentos, acessível ou não acessível ao operador de processo. 3. filosofia da instrumentação, quanto ao instrumento ser dedicado a cada malha ou compartilhado por um conjunto de malhas de processo 4. identificação (tag) do instrumento, envolvendo a variável do processo, a função do instrumento e o numero da malha do processo. 5. outras informações adicionais. 7.6.2. Alimentação dos instrumentos A maioria absoluta dos instrumentos de medição e de controlo requer alguma fonte de alimentação, que lhe forneça algum tipo de energia para o seu funcionamento. Os tipos mais comuns de alimentação são a elétrica e a pneumática, porém há muitas outras disponíveis. As seguintes nomenclaturas são sugeridas para denotar os tipos de alimentação. Opcionalmente, elas podem indicar também tipos de purga: Edição: 03/11 v01 136 de 186 Instrumentação Industrial AS Fornecimento de ar (Air supply), ES Fornecimento elétrico (Electric supply), GS Fornecimento de gás (Gas supply), HS Fornecimento hidráulico, NS Fornecimento de Nitrogénio SS Fornecimento de Vapor (Steam supply) WS Fornecimento de água (Water supply) O nível de alimentação pode ser adicionado à linha de alimentação do instrumento. Por exemplo, AS 100 kPa (alimentação pneumática de 100 kPa) ES 24 V cc (alimentação de 24 V cc para instrumento elétrico). 7.7. Simbologia Eléctrica e Electrónica Segue-se uma pequena exposição de alguns dos símbolos eléctricos e electrónicos mais comuns nos esquemas do quotidiano. Edição: 03/11 v01 137 de 186 Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 138 de 186 Instrumentação Industrial 7.8. Exemplos dos símbolos usados Edição: 03/11 v01 139 de 186 Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 140 de 186 Instrumentação Industrial LT Sensor de Nível LC Controlador de Nível TT Sensor de Temperatura TC Controlador de Temperatura FT Sensor de Vazão FC Controlador de Vazão PT Sensor de Pressão PC Controlador de Pressão AT Sensor de Composição AC Controlador deComposição Edição: 03/11 v01 141 de 186 Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 142 de 186 Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 143 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 144 de 186 52 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 145 de 186 53 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 146 de 186 54 Instrumentação Industrial Professor Luís Francisco Casteletti Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 147 de 186 56 Instrumentação Industrial Notas para a Tabela das Letras de Identificação 1. Uma letra de escolha do utilizador tem o objetivo de cobrir significado não listado que é necessário numa determinada aplicação. Se usada, a letra pode ter um significado como de primeira letra ou de letras subsequentes. O significado precisa ser definido uma única vez numa legenda. Por exemplo, a letra N pode ser definida como módulo de elasticidade como uma primeira letra ou como osciloscópio como letra subsequente. 2. A letra X não classificada tem o objetivo de cobrir significado não listado que será usado somente uma vez ou usado num significado limitado. Se usada, a letra pode ter qualquer número de significados como primeira letra ou como letra subsequente. O significado da letra X deve ser definido do lado de fora do círculo do diagrama. Por exemplo, XR pode ser registador de consistência e XX pode ser um osciloscópio de consistência. 3. A forma gramatical do significado das letras subsequentes pode ser modificado livremente. Por exemplo, I pode significar indicador, ou indicação; T pode significar transmissão ou transmissor. 4. Qualquer primeira letra combinada com as letras modificadoras D (diferencial), F (relação), M (momentâneo), K (tempo de alteração) e Q (integração ou totalização) representa uma variável nova e separada e a combinação é tratada como uma entidade de primeira letra. Assim, os instrumentos TDI e TI indicam duas variáveis diferentes: diferença de temperatura e temperatura. As letras modificadoras são usadas quando aplicável. 5. A letra A (análise) cobre todas as análises não descritas como uma escolha do utilizador. O tipo de análise deve ser especificado fora do circulo de identificação. Por exemplo, análise de pH, análise de O2. Análise é variável de processo e não função de instrumento, como muitos pensam principalmente por causa do uso inadequado do termo analisador. 6. O uso de U como primeira letra para multivariável em lugar de uma combinação de outras primeiras letras é opcional. É recomendável usar as primeiras letras especificas em lugar da letra U, que deve ser usada apenas quando o número de letras for muito grande. Por exemplo, é preferível Edição: 03/11 v01 148 de 186 Instrumentação Industrial usar PR/TR para indicar um registador de pressão e temperatura em vez de UR. Porém, quando se tem um registador multiponto, com 24 pontos e muitas variáveis diferentes, deve-se usar UR. 7. O uso dos termos modificadores alto (H), baixo (L), médio (M) e varredura (J) é opcional. 8. O termo segurança aplica-se a elementos primários e finais de proteção de emergência. Assim, uma válvula auto-atuada que evita a operação de um sistema de fluido a atingir valores elevados, aliviando o fluido do sistema tem um tag PCV (válvula controladora de pressão). Porém, o tag desta válvula deve ser PSV (válvula de segurança de pressão) se ela protege o sistema contra condições de emergência, ou seja, condições que são perigosas para o pessoal ou o equipamento e que são raras de aparecer. A designação PSV aplica-se a todas as válvulas de proteção contra condições de alta pressão de emergência, independentemente da sua construção, modo de operação, local de montagem, categoria de segurança, válvula de alívio ou de segurança. Um disco de ruptura tem o tag PSE (elemento de segurança de pressão). 9. A função passiva G aplica-se a instrumentos ou equipamentos que fornecem uma indicação não calibrada, como um visor de vidro ou monitor de televisão. Costuma-se aplicar TG para termómetro e PG para manómetro, o que não é previsto por esta norma. 10. A indicação normalmente aplica-se a displays analógicos ou digitais de uma medição instantânea. No caso de uma estação manual, a indicação pode ser usada para o dial ou indicador do ajuste. 11. Uma lâmpada piloto que é parte de uma malha de instrumento deve ser designada por uma primeira letra seguida pela letra subsequente L. Por exemplo, uma lâmpada piloto que indica o tempo expirado deve ter o tag KQL (lâmpada de totalização de tempo). A lâmpada para indicar o funcionamento de um motor tem o tag EL (lâmpada de tensão), pois a tensão é a variável medida conveniente para indicar a operação do motor ou YL (lâmpada de evento) assumindo que o estado de operação está a ser monitorizado. Não se deve usar a letra genérica X, como XL. 12. O uso da letra U para multifunção, vem vez da combinação de outras letras funcionais é opcional. Edição: 03/11 v01 149 de 186 Instrumentação Industrial Este designador não específico deve ser usado raramente. 13. Um dispositivo que liga, desliga ou transfere um ou mais circuitos pode ser um contacto, um relé, um controlador liga-desliga ou uma válvula de controlo, dependendo da aplicação. Se o equipamento manipula um caudal de fluido do processo e não é uma válvula manual de bloqueio liga-desliga, ela é projetada como válvula de controlo. É incorreto usar o tag CV para qualquer coisa que não seja uma válvula de controlo auto-atuada. Para todas as aplicações que não tenham caudal de fluido de processo, o equipamento é projetado como: a) Contacto, se for atuada manualmente. b) Contacto ou controlador liga-desliga, se for automático e for o primeiro dispositivo na malha. O termo contacto é geralmente usado se o dispositivo é aplicado para alarme, lâmpada piloto, seleção, intertravamento ou segurança. O termo controlador é usado se o dispositivo é aplicado para o controlo de operação normal. c) Relé, se for automático e não for o primeiro dispositivo na malha, mas atuado por um contacto ou por um controlador liga-desliga. 14. As funções associadas com o uso de letras subsequentes Y devem ser definidas do lado de fora do circulo de identificação. Por exemplo, FY pode ser o extrator de raiz quadrada na malha de caudal; TY pode ser o conversor corrente para pneumático numa malha de controlo de temperatura. Quando a função é evidente como para uma válvula solenóide ou um conversor de corrente para pneumático ou pneumático para corrente a definição pode não ser obrigatória. 15. Os termos modificadores alto, baixo, médio ou intermediário correspondem aos valores da variável medida e não aos valores do sinal. Por exemplo, um alarme de nível alto proveniente de um transmissor de nível com ação inversa deve ser LAH, mesmo que fisicamente o alarme seja atuado quando o sinal atinge um valor mínimo crítico. 16. Os termos alto e baixo quando aplicados a posições de válvulas e outros dispositivos de abrir e fechar são assim definidos: a) alto significa que a válvula está totalmente aberta b) baixo significa que a válvula está totalmente fechada Edição: 03/11 v01 150 de 186 Instrumentação Industrial 17. O termo registador aplica-se a qualquer forma de armazenar permanentemente a informação que permita a sua recuperação por qualquer modo. 18. Elemento sensor, transdutor, transmissor e conversor são dispositivos com funções diferentes, conforme a ISA S37.1. 19. A primeira letra V, vibração ou análise mecânica, destina-se a executar as tarefas em monitorização de máquinas que a letra A executa numa análise mais geral. Exceto para vibração, é esperado que a variável de interesse seja definida fora das letras de tag. 20. A primeira letra Y destina-se ao uso quando as respostas de controlo ou monitorização são acionadas por evento e não acionadas pelo tempo. A letra Y, nesta posição, pode também significar presença ou estado. 21. A letra modificadora K, em combinação com uma primeira letra como L, T ou W, significa uma variação de taxa de tempo da quantidade medida ou de inicialização. A variável WKIC, por exemplo, pode representar um controlador de taxa de perda de peso. 22. A letra K como modificador é uma opção do utilizador para designar uma estação de controlo, enquanto a letra C seguinte é usada para descrever controlador automático ou manual. Edição: 03/11 v01 151 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Representação detalhada de uma malha de controle de pressão (a) e a equivalente, simplificada (b). 59 Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 152 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Indus Símbolo de modo simplificado Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 153 de 186 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Diagrama funcional detalhado típico de uma malha de controle. Professor Luís Francisco Casteletti Edição: 03/11 v01 154 de 186 61 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Figura 1.2.5 Instrumentação para um sistema de distilação Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 155 de 186 62 Instrumentação Industrial Instrumentação Industrial Figura 1.2.6 Instrumentação para um sistema de reação. A figura mostra a descrição simbólica completa de um processo de destilação. Edição: 03/11 v01 Professor Luís Francisco Casteletti 156 de 186 63 Instrumentação Industrial O caudal de alimentação é medido (FE-3, FT-3) e registado (FR-3), mas não controlado. A taxa de entrada de calor é proporcional à taxa de alimentação vezes um ganho de relé (FY-3B), que ajusta o ponto de ajuste do controlador de caudal do óleo quente (FRC-1). O produto da torre é condensado, com a temperatura do condensado controlada mantendo-se constante a pressão da coluna (PRC-11). A saída do produto tem caudal controlado (FRC-4). O ponto de ajuste do controlador é ajustado por um relé divisor (UY-6), cujas entradas são o caudal de alimentação, como modificado pelo relé função (FY-3A) e a saída do controlador de análise dos produtos leves (ARC-5). O controlador recebe a análise do produto do seu transmissor, que também transmite o sinal para um contacto de análise dupla (alta/baixa), que por sua vez, atua em alarmes correspondentes. O nível do acumulador é mantido constante (LIC-7) através da manipulação do caudal de refluxo (LV7), que é uma válvula com falha aberta (FO). Um contacto de nível separado atua um alarme de nível do acumulador em alto e baixo (LSH/L 9). Há uma indicação de nível local através do visor (LG 10). São medidas temperaturas em vários pontos do processo e os valores são registados (6 pontos – TJR 8-1 a 8-6) e indicados (3 pontos TJI 9-1 a 9-3). Alguns dos pontos de registo possuem contactos de acionamento de temperatura baixa e alta (por exemplo, TJSH 8-2, TAH 8-2 e TJSL 9-5 e TAL 8-5), com respectivos alarmes. A figura ilustra o sistema de controlo para um reator químico. O reagente A é alimentado com caudal controlado (FC-1). Os caudais de A e B são controlados com razão constante, através do relé de ganho (FY- 1), ajustando o ponto de ajuste do controlador de caudal B (FIC-2). O nível do reator é mantido constante (LIC-3) modulando a saída dos produtos pesados (LC-3). Se o nível é alto, ele automaticamente fecha as válvulas de alimentação dos reagentes (FV-1 e FV-2) através de válvulas solenóides (UY-7A e UY-7B) e atua um alarme de nível alto (LSH-3 e LAH-3). Um alarme separado é atuado por nível baixo do reator (LSL-3 e LAL3). A reação é exotérmica e a temperatura é controlada (T4) modulando a pressão do refrigerante na extremidade do reator. Isto é feito pelo controlador de temperatura do reator ajustando o ponto de ajuste do controlador de pressão da extremidade (PRC5), que controla a pressão do vapor gerado pela transferência de calor para a água de refrigeração. A temperatura do reator, se alta, atua um alarme. Se a temperatura fica muito alta, ela fecha as válvulas de alimentação A (FV-1) e B (FV-2) e a de pressão (PV-5), enquanto abre a alimentação de água e as válvulas de retorno através de válvulas piloto solenóides de intertravamento (UY-7A, B, C, D). Estas válvulas de alta temperatura podem também ser atuadas por um contacto manual (HS-6). Um nível constante do refrigerante é mantido na extremidade modulando a alimentação de água e o Edição: 03/11 v01 157 de 186 Instrumentação Industrial nível baixo atua um alarme (LSL-11 e LAL-11). A pressão do reator é controlado modulando a ventilação dos não-condensáveis formados na reação enquanto um disco de ruptura protege o reator contra altas pressões perigosas (PSE-10). Edição: 03/11 v01 158 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 8 – VALVULAS DE CONTROLO Introdução O elemento final de controlo é um mecanismo que atua no processo comandado pelo sinal emitido pelo instrumento controlador, com a finalidade de corrigir ou reduzir ao mínimo o desvio acusado no valor da variável controlada. Na maioria dos casos, esse elemento final de controlo é uma “válvula de diafragma” ou “válvula automática de regulação”, geralmente conhecida por “válvula de controlo”. Quer nos sistemas pneumáticos, quer nos sistemas electrónicos de controlo, a válvula de controlo (pneumática) é usada. Isso deve-se ao fato de que ela pode controlar caudais com muita precisão, de modo contínuo. 8.1. Descrição e princípio de funcionamento Uma válvula de controlo, de um modo geral, é constituída de dois conjuntos: a) Parte motora ou atuador; b) Corpo. Conforme a figura, o atuador consta de uma câmara metálica contendo um diafragma flexível, de uma mola alcance ajustável, de uma haste de acionamento presa ao diafragma de um indicador de posição de abertura da válvula. Edição: 03/11 v01 159 de 186 ca) é usada. Isso se deve ao fato de que ela pode controlar vazões com muita precisão, de modo crição e princípio de funcionamento ula de controle, de um modo geral, é constituída de dois conjuntos: motora ou atuador; Instrumentação Industrial . a figura ao lado, o atuador consta de uma etálica contendo um diafragma flexível, de a alcance ajustável, de uma haste de nto presa ao diafragma de um indicador de e abertura da válvula. a parte colocada na tubulação para variar o controle. nte possui uma ou duas restrições à do produto, chamadas sedes ou assentos . dois obturadores (plugues e tampões) numa das extremidades da haste operam u sedes da válvula. amento da válvula de controle é o seguinte: e ar modulado enviado pelo controlador o diafragma, vencendo a contra-pressão exercida pela mola, até atingir uma condição de O corpo é a parte tubulação para variar o agente álvula tem seu curso variando desdecolocada a posiçãona aberta até a posição fechada quandode o controlo. plugtoca xternamente, o indicador preso à haste indica a posição da válvula na escala presa ao atuador. Internamente possui uma ou duas restrições à passagem do produto, chamadas sedes ou assentos o das válvulas de controle da válvula. s de controle podem ter duas diferentes ações: Um ou dois obturadores (plugs e tampões) colocados numa das extremidades da haste operam na e; ha. s Francisco Casteletti sede ou sedes da válvula. O funcionamento da válvula de controlo é o seguinte: o sinal de 65 ar modulado enviado pelo controlador pressiona o diafragma, vencendo a contra-pressão exercida pela mola, até atingir uma condição de equilíbrio. Assim, a válvula tem o seu curso variando desde a posição aberta até a posição fechada quando o plug toca a sede. Externamente, o indicador preso à haste indica a posição da válvula na escala presa ao atuador. 8.2. Ação das válvulas de controlo As válvulas de controlo podem ter duas diferentes ações: a) Ar abre; b) Ar fecha. Edição: 03/11 v01 160 de 186 Instrumentação Industrial Uma das razões importantes dessas ações é o fator segurança quando a válvula está colocada num determinado sistema processual. Explicando: Consideramos a falta de ar (por exemplo, falha no fornecimento) como uma condição possível e em tal caso a posição tomada automaticamente pela válvula de controlo deverá ser escolhida de modo que seja a mais segura para o processamento ou equipamento. Essas ações dependem, em resumo, da disposição relativa entre sede, plug e atuação pneumática por cima ou por baixo do diafragma. Muitas válvulas podem ter a sua ação invertida apenas trocando-se de posição a sede e o plug. Dessa necessidade das ações da válvula decorreu a existência das ações do instrumento controlador, as quais são as seguintes: a) Ação direta; b) Ação inversa. Define-se como sendo de “ação direta” um controlador cujo sinal de saída (correção) aumenta ou diminui quando o sinal de entrada (variável medida), aumenta ou diminui, respectivamente. Um controlador tem “ação inversa” quando o sinal de saída aumenta ou diminui quando a variável medida diminui ou aumenta, respectivamente. 8.3. Tipos de válvulas de controlo As válvulas de controlo têm várias classificações quanto ao tipo. Vejamos algumas. I) Válvulas de sede simples e de sede dupla A de sede simples tem a vantagem de maior vedação à passagem do fluxo na posição fechada, em pressões relativamente pequenas. Como desvantagem apresenta a possibilidade de não fechar completamente quando o fluido do processo tem altas pressões. A válvula de dupla sede na qual a pressão do produto do processo, praticamente, atua em sentidos Edição: 03/11 v01 161 de 186 As válvulas de controle têm várias classificações quanto ao tipo. Vejamos algumas. I) Válvulas de sede simples e de sede dupla A de sede simples tem a vantagem de maior vedação à passagem do fluxo na posição fechada pressões relativamente pequenas. Instrumentação Industrial Como desvantagem apresenta a possibilidade de não fechar completamente quando o fluido do pro tem altas pressões. opostos sobreAaválvula haste, de não temsede dificuldades atingir a posição fechada. praticamente, atua em sentidos op dupla na qual apara pressão do produto do processo, sobre a haste, não tem dificuldades para atingir a posição fechada. A desvantagem deste tipo aparece apenas em caso de diferença na sincronização de fechamento desvantagem deste tipo aparece apenas em caso de diferença na sincronização de fecham (passagem porA uma das sedes). (passagem por uma das sedes). As figuras abaixo mostram esses tipos de válvulas de controlo. As figuras abaixo mostram esses tipos de válvulas de controle. Válvula de controle Válvula de controle com 2 plugues Professor Luís Francisco Casteletti II) Válvulas quanto às curvas características Definimos a “curva característica” de uma válvula como sendo a relação entre o caudal que ela deixa passar e a abertura da mesma. A mais simples de todas é chamada tipo “abertura rápida” (on-off). Estas válvulas são adequadas para sistemas de controlo de duas posições e sistemas de controlo de nível de um processo de grande capacitância. A válvula de característica “igual percentagem” é uma das mais usadas no controlo automático dos processos. O seu nome deriva do fato de que para iguais incrementos na abertura, a válvula deixa passar iguais incrementos de caudal. A justificativa da grande aplicação deste tipo de válvula deve-se ao fato de que o processo é sensivelmente afetado por uma mesma variação de caudal em relação a caudal inicial, quer isto se verifique com a válvula no início ou no fim do seu curso. Esta válvula é adequada para: Edição: 03/11 v01 162 de 186 Instrumentação Industrial a) Controlador proporcional com F.P., larga; b) Processos de pequena capacitância; c) Processos, onde a carga é muito variável; d) Controlo de caudal, de temperatura e de nível, em geral; e) Controlo de razão de caudais. Como desvantagens apenas por ser de confecção cara e não ser adequada para fluidos sujos, pois o acúmulo de resíduos altera sensivelmente a sua característica. Válvula agulha É usada para regular caudais pequenos ou de alta pressão. Válvula de característica linear Nestas válvulas o caudal praticamente varia proporcional com a abertura da mesma. São adequadas para controladores proporcionais com ganho 1 indo até 4 (F.P.= 25%), ou para processos com capacitância média onde as condições de operação não variam muito. Válvulas “Saunders” e borboleta Têm aplicações específicas, bem como as válvulas de 3 vias. 8.4. Posicionadores Certos sistemas de controlo exigem das válvulas um comportamento mais crítico e daí o emprego de posicionadores. Posicionadores são dispositivos capazes de receber o sinal de saída do controlador e enviar para a cabeça da válvula um sinal equivalente ou diferente, porém guardando alguma relação com o mesmo. O seu emprego justifica-se: a) Para vencer o atrito na haste da válvula, por exemplo quando a gaxeta é apertada para evitar Edição: 03/11 v01 163 de 186 Instrumentação Industrial vazamento; b) Para diminuir o atraso de resposta do atuador de grande capacidade ou distante do controlador; c) Para inverter a ação do controlador; d) Para alterar a faixa do sinal do controlador. Os posicionadores em geral, consistem de um fole que recebeu o sinal do controlador, uma alavanca que transmite a posição da haste ao fole e um sistema de relé piloto com conjunto bico-palheta. Instrumentação Industrial Edição: 03/11 v01 164 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 9 – CONTROLADORES 9.1. Controladores Programáveis Para atender à demanda da indústria, vários fabricantes desenvolveram no início dos anos 70 o Controlador Lógico Programável (CLP) ou Programmable Logic Controller (PLC), em inglês. O CLP é um computador adaptado para o ambiente industrial com uma linguagem de programação simplificada. Os primeiros CLPs foram desenvolvidos inicialmente para a substituição dos sistemas de controlo baseados em relés. Desde então, os CLPs desenvolveram e são os controladores mais utilizados em sistemas de controlo em todos os tipos de plantas industriais, do controlo de máquinas até ao controlo de uma linha completa de manufatura de grandes processos industriais. Independentemente do fabricante e do tipo de CLP, a maioria dos CLPs possui três partes principais: CPU, memória e a unidade de Entrada e Saída (E/S), todas ligando através de um barramento de comunicação. A CPU coordena todas as tarefas do CLP e executa o programa de controlo armazenado na memória. Os estados reais do processo são monitorizados e amostrados pela unidade de E/S. Além das instruções lógicas, o CLP atual também possuí uma grande capacidade aritmética. Portanto, muitos fabricantes estão a adotar o termo Controlador Programável (CP) ao invés de CLP. A programação de CLPs é feita através de um computador externo, o qual é chamado de estação de engenharia. O programa compilado é carregado na CPU e depois armazenado na memória utilizando-se uma porta série ou uma rede local (LAN). A maioria dos CLPs permitem a monitorização dos estados do processo no modo on-line utilizandose a estação de engenharia, enquanto o programa está a ser executado. Edição: 03/11 v01 165 de 186 memória. Os estados reais do processo são monitorados e amostrados pela unidade de E/S. Além das instruções lógicas, o CLP atual também possuí uma grande capacidade aritimética. Portanto, muitos fabricantes estão adotando o termo Controlador Programável (CP) ao invés de CLP. A programação de CLPs é feita através de um computador externo, o qual é chamado de estação de engenharia. O programa compilado é carregado na CPU e depois armazenado na memória utilizando-se uma porta serial ou uma rede local (LAN). Instrumentação Industrial A maioria dos CLPs permitem a monitoração dos estados do processo no modo on-line utilizando-se a estação de engenharia, enquanto o programa está sendo executado. 21.2. Unidade de Entradas e Saídas 9.2.Uma Unidade de Entradas e Saídas característica importante do CO é que este é projetado para trabalhar no ambiente industrial. Muitos controladores têm uma unidade de E/S modularizada, para conexão direta com sinais dos transdutores e atuadores. Uma característica importante do CO é que este é projetado para trabalhar no ambiente industrial. Muitos controladores têm de uma de E/S os modularizada, para conexão direta com sinais dos O propósito da unidade E/Sunidade é de converter sinais de processo para baixos níveis utilizados pelo controlador,e atuadores. além de filtrar os transientes elétricos provenientes dos equipamentos de processo. transdutores Anormalmente, isto é feiro através do uso de isoladores óticos, os quais utilizam foto-diodo e fottransistor encapsulados em um acoplador ótico. O propósito da unidade de E/S é de converter os sinais de processo para baixos níveis utilizados pelo controlador, além de filtrar os transientes elétricos provenientes dos equipamentos de processo. Anormalmente, isto é feito através do uso de isoladores óticos, os quais utilizam foto-diodo 69 e Professor Luís Francisco Casteletti fototransistor encapsulados num acoplador ótico. Uma vez que existem diferentes níveis de sinais num processo industrial, muitas unidades de E/S permitem trocar diferentes módulos de E/S. Assim, uma unidade de E/S pode ser ajustada às características dos níveis de sinais específicos da planta industrial. Os módulos de E/S mais utilizados são os de entrada e saída digitais, com níveis de sinais que vão desde 24V e 48V em corrente contínua, até 127V e 220V em corrente alternada. Cada vez mais, os CPs possuem a funcionalidade de processamento aritmético. Tais sistemas permitem o uso de E/S analógicos. Muitos transdutores representam a grandeza física através de um sinal de 4 a 20mA, sendo utilizado 4mA como valor mínimo para permitir a detecção de cabo partido. Atualmente a maioria dos CPs dispõem de módulos especiais para funcionalidades específicas. Dentre os módulos disponíveis podemos citar os módulos de contagem rápida, controladores de movimento, interfaces de comunicação, co-processadores, etc. Edição: 03/11 v01 166 de 186 127V e 220V em corrente alternada. Cada vez mais, os CPs possuem a funcionalidade de processamento aritimético. Tais sistemas permitem o uso de E/S analógicos. Muitos transdutores representam a grandeza física através de um sinal de 4 a 20mA, sendo utilizado 4mA como valor mínimo para permitir a detecção de cabo partido. Atualmente a maioria dos CPs dispõem de módulos especiais para funcionalidades específicas. Dentre os Instrumentação Industrial módulos disponíveis podemos citar os módulos de contagem rápida, controladores de movimento, interfaces de comunicação, co-processadores, etc. 20.3. Ferramentas de Programação baseadas em Computadores 9.3. Ferramentas de Programação baseadas em Computadores Os primeiros CPs eram programados través de terminais dedicados para este propósito e para os sistemas de um fabricante específico. Atualmente todos os CPs são programados através de computadores pessoais Os primeiros eramum programados através dedeterminais dedicados para completo este propósito de mercado (PCs), que CPs executam software ou ferramenta programação. Um sistema com o e para os PC e o software de programação é chamado de estação de engenharia. sistemas de um fabricante específico. Atualmente todos os CPs são programados através de Muitos softwares de programação CPsmercado contêm diversas integradas, quais simplificam o computadores pessoaisdede (PCs), aplicações que executam um assoftware ou ferramenta de desenvolvimento de programas para o sistema de controle. programação. Um sistema completo com o PC e o software de programação é chamado de estação O editor é utilizado para definição das variáveis e para escrita de instruções do programa de controle. de engenharia. Muitos editores permitem a verificação de sintaxe e ajudam o programador a evitar erros. A edição de programas é feita normalmente no modo off line, o que significa que a estação de engenharia está fora de softwares de com programação de CPs contêm diversas aplicações integradas, as quais linha, ouMuitos seja, sem comunicação o controlador. simplificam o desenvolvimento de programas para o sistema de controlo. O compilador traduz o programa de controle para o código de máquinas e faz o carregamento deste código para execução no CP. O editor é utilizado para definição das variáveis e para escrita de instruções do programa de controlo. Muitos software de programação uma funcionalidade muito útil, a qual compila e simula a A edição Muitos editores permitempossuem a verificação de sintaxe e ajudam o programador a evitar erros. execução do programa de controle sem ser necessário o carregamento deste no controlador. Os estados de das programas normalmente no modo que significa que a estação de engenharia está simulados entradasé efeita saídas são visualizados no offline, próprioosoftware de programação. A simulação possibilita o teste do programa de controle através com da alteração dos sinais de entrada e visualização do fora de linha, ou seja, sem comunicação o controlador. processamento da lógica e atuação das saídas do programa. O compilador traduz o programa de controlo para o código de máquinas e faz o carregamento deste 70 Professor Luís Francisco Casteletti código para execução no CP. Muitos software de programação possuem uma funcionalidade muito útil, a qual compila e simula a execução do programa de controlo sem ser necessário o carregamento deste no controlador. Os estados simulados das entradas e saídas são visualizados no próprio software de programação. A simulação possibilita o teste do programa de controlo através da alteração dos sinais de entrada e visualização do processamento da lógica e atuação das saídas do programa. Edição: 03/11 v01 167 de 186 Instrumentação Industrial Alguns softwares de programação podem ser utilizados no modo online, para monitorização dos estados do processo no computador, enquanto o programa de controlo é executado pelo CP. Instrumentação Industrial Com o crescente aumento do desempenho das estações de engenharia baseadas em PCs e dos Alguns softwares de programação podem ser utilizados no modo on-line, para monitoração dos estados do próprios controladores, muitosenquanto fabricantes oferecem softwares de programação onde, além do processo na tela do computador, o programa de controle é executado pelo CP. Diagrama Ladder e da Lista de Instruções, é também possível a programação utilizando-se os Com o crescente aumento do desempenho das estações de engenharia baseadas em PCs e dos próprios métodos de Texto Estruturado, Gráfico Sequencial Funções e onde, Blocos Funcionais. controladores, muitos fabricantes oferecem softwares dede programação além do Diagrama Ladder e da Lista de Instruções, é também possível a programação utilizando-se os métodos de Texto Estruturado, Gráfico Seqüencial de Funções e Blocos Funcionais. Edição: 03/11 v01 168 de 186 Instrumentação Industrial CAPÍTULO 10 – ATMOSFERAS EXPLOSIVAS São muitas as actividades industriais em que existem atmosferas explosivas devido à natureza combustível das substâncias que processam ou armazenam. As instalações e equipamentos eléctricos e não eléctricos podem gerar possíveis focos de ignição, por chispas, arco eléctrico ou temperaturas superficiais elevadas, que podem provocar a materialização do risco de incêndio ou explosão existente neste tipo de actividades. Felizmente, as explosões e os acidentes provocados por incêndios não são as causas mais frequentes de acidentes no trabalho, embora tenham consequências profundas e dramáticas em termos de perda de vidas humanas e de custos económicos. É neste contexto que o Parlamento Europeu e o Conselho adoptaram a Directiva ATEX1999/92/CE2 (Transposta para o direito nacinal pelo Decreto-Lei n.o 236/2003 de 30 de Setembro), com a finalidade de diminuir a incidência de explosões e incêndios no trabalho. Em todo o caso, qualquer estudo sobre os custos reais dos acidentes, constam as implicações económicas, em que fica demonstrado como a melhoria da gestão do risco (saúde e segurança) pode aumentar consideravelmente o lucro das empresas. Este último constitui um argumento indiscutível, sobretudo no que diz respeito a situações de eventual risco de explosão. Assim sendo e, de modo a melhor gerir os riscos de explosão, é obrigatório o empregador classificar as áreas onde se possam formar atmosferas explosivas em função da frequência e da duração das mesmas, constituindo essa classificação um critério de selecção dos equipamentos e dos sistemas que assegurnum nível de protecção adequado. A aplicação desta directiva terá efeito de acordo com o seguinte calendário: - Setembro de 2003 para todos os locais de trabalho onde se possam formar atmosferas explosivas, cujo funcionamento se inicie após esta data - Setembro de 2006 para todos os locais de trabalho onde se possam formar atmosferas explosivas, que se encontrem em funcionamento antes de Setembro de 2003. 10.1. Classificação de áreas com ATmosferas EXplosivas Podem ocorrer riscos de explosão em todas as empresas onde sejam utilizadas substâncias inflamáveis. Entre estas contam-se diversas matérias-primas, produtos intermédios, produtos finais e Edição: 03/11 v01 169 de 186 Instrumentação Industrial resíduos do processo de trabalho quotidiano, como exemplificado na figura. Em termos legais definiu-se atmosfera explosiva como uma mistura com o ar, em condições atmosféricas, de subs- tâncias inflamáveis, sob a forma de gases, vapores, névoas ou poeiras, na qual, após a ignição, a combustão se propague a toda a mistura não queimada. As áreas com este tipo de atmosferas são classificadas, em zonas, em função da natureza das substâncias tratadas, assim têm-se aquelas em que se manipulam gases, vapores ou névoas inflamáveis e aquelas em que se manipulam poeiras combustíveis. São, ainda, classificadas em função da frequência e da duração da presença de atmosferas explosivas. A envergadura das medidas a tomar, resulta da classificação que a seguir se apresenta. Exemplos de formação de atmosferas explosivas Zona 0 Área onde existe permanentemente, durante longos períodos de tempo, ou frequentemente, uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa. Zona 1 Área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a formação ºCasional de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa. Zona 2 Área onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a formação de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, Edição: 03/11 v01 170 de 186 Instrumentação Industrial vapor ou névoa, ou onde, caso se verifique, essa formação seja de curta duração. Atmosfera explosiva gasosa Zona 20 Área onde está presente no ar permanentemente, durante longos períodos, ou frequentemente, uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível. Zona 21 Área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a formação ºCasional no ar de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível. Zona 22 Área onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a formação no ar de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível ou onde, caso se verifique, essa formação seja de curta duração. Na classificação, em zonas, deve-se atender a que: 1. As camadas, os depósitos ou as concentrações de poeiras combustíveis devem ser consideradas como qualquer outra fonte susceptível de produzir atmosferas explosivas. 2. Por condições normais de funcionamento entende-se a situação em que as instalações são utilizadas de acordo com os parâmetros que presidiram à respectiva concepção. Edição: 03/11 v01 171 de 186 Instrumentação Industrial Atmosfera explosiva devido a poeiras 10.2. Avaliação dos riscos de explosão A classificação de áreas com atmosferas explosivas é, principalmente, um processo de avaliação de riscos. Nesta perspectiva, cabe ao empregador proceder à avaliação dos riscos de explosão e, sempre que possível, tomar medidas no sentido de prevenir a formação de atmosferas explosivas. Neste processo de avaliação deve sempre ter em conta, a probabilidade de ocorrência e a duração da presença de atmosferas explosivas perigosas, a probabilidade da presença de fontes de ignição e de estas se tornarem activas e causadoras de risco, as instalações, as substâncias utilizadas, os processos e as suas eventuais interacções, bem como a dimensão das consequências previsíveis. A avaliação deve ser realizada para cada processo de trabalho ou de produção, bem como para cada estado de funcionamento de uma instalação, e sempre que essas condições se alterarem. Na avaliação de instalações novas ou já existentes importa tomar em conta, em especial, os seguintes estados de funcionamento: - Condições de funcionamento normais, incluindo trabalhos de manutenção, arranque/paragem, mau funcionamento e falhas previsíveis, - Uma má utilização razoavelmente previsível. Os riscos de explosão devem ser avaliados globalmente. São elementos importantes: - Os equipamentos de trabalho utilizados, as características de construção, as substâncias utilizadas, as condições de trabalho e especificidades dos processos, as possíveis interacções entre estes elementos, bem como as interacções com o ambiente de trabalho. Na avaliação dos riscos de explosão devem igualmente ser tomados em conta os locais que estejam Edição: 03/11 v01 172 de 186 Instrumentação Industrial ou possam estar ligados às áreas perigosas através de aberturas. No caso da atmosfera explosiva conter vários tipos de gases, vapores, névoas ou poeiras inflamáveis, este factor deve ser devidamente considerado na avaliação dos riscos de explosão. Valores para probalidade e frequência Além disso, deve avaliar-se o risco de o equipamento de detecção ser afectado por uma das fases (p. ex. "envenenamento" dos catalisadores por névoas). Conforme se pôde ver anteriormente, os critérios que permitem a classificação de áreas estão revestidos de uma subjectividade (frequente, ºCasional, etc.) que pode impedir/dificultar a análise das situações. Assim sendo e, de modo a solucionar esta questão são definidos valores (tabela 1) de frequência e probabilidade de ocorrência para zonas com atmosferas explosivas resultantes da formação de uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa. 10.2. Métodos Para avaliar os processos de trabalho ou as instalações técnicas, no que respeita aos respectivos riscos de explosão, devem utilizar-se métodos baseados numa abordagem sistemática da verificação da segurança dessas instalações e processos. Deverão ser tomadas em conta as fontes de perigo existentes susceptíveis de dar origem à formação de atmosferas explosivas perigosas, bem como a possível presença simultânea de fontes de ignição efectivas. Na prática, é geralmente suficiente determinar e avaliar sistematicamente o risco de explosão mediante uma sequência de perguntas específicas. O procedimento, que a seguir se apresenta na figura, é simples e baseado em parâmetros de avaliação característicos. 10.3. Manual de protecção contra explosões 10.3.1. Requisitos da Directiva 1999/92/CE Dando cumprimento às obrigações que lhe incumbem nos termos do artigo 4.º da Directiva 1999/92/CE, o empregador deve assegurar que seja elaborado e mantido actualizado um documento Edição: 03/11 v01 173 de 186 Instrumentação Industrial sobre a protecção contra explosões. Esse documento deve, no mínimo, especificar: - Que os riscos de explosão foram determinados e avaliados; - Que serão tomadas medidas adequadas para atingir os objectivos da directiva; - As áreas que foram classificadas em zonas, as áreas a que se aplicam os requisitos mínimos constantes do anexo II da Directiva; - Que os locais de trabalho e os equipamentos, incluindo os sistemas de alarme, são concebidos, utilizados e mantidos de forma segura, que, nos termos da Directiva 89/655/CEE do Conselho; - Foram tomadas medidas para que a utilização dos equipamentos de trabalho seja segura. Edição: 03/11 v01 174 de 186 Instrumentação Industrial Procedimento para avaliação de risco de explosão Este documento é dinâmico, pelo que deve ser actualizado sempre que se justifique nomeadamente sempre que se efectuem modificações, ampliações ou transformações importantes no local de trabalho, nos equipamentos, ou na organização do trabalho. 10.3.2. Modelo de estrutura de um manual de protecção contra explosões O manual de protecção contra explosões poderá ser estrururado de modo a incluír os seguinte o Edição: 03/11 v01 175 de 186 Instrumentação Industrial itens: - Descrição do local de trabalho e das áreas de trabalho - Descrição das etapas dos processos e/ou actividades - Descrição das substâncias utilizadas e dos parâmetros de segurança - Resultados da avaliação de riscos - Medidas de protecção contra explosões adoptadas - Medidas técnicas - Medidas organizacionais Implementação das medidas de protecção - Coordenação das medidas de protecção contra explosões - Anexo do documento relativo à protecção contra explosões 10.4. Conclusões Numerosas são as actividades em que há risco de formação de atmosferas explosivas, como são os casos da indústria química, produção de energia eléctrica, tratamento de águas residuais, empresas de distribuição de gás, indústria de transformação de madeiras e cortiça, indústria farmacêutica, refinarias, indústria alimentar (incluindo alimentação animal), etc. Neste contexto e, para dar cumprimento a requisitos legais, o empregador é obrigado a classificar as áreas com atmosferas explosivas, dentro dos prazos estipulados. No entanto, esta medida não é suficiente, é necessário, que uma vez identificadas e classificadas áreas perigosas, sejam implementadas medidas de prevenção. Essas medidas serão de carácter técnico (inertização, supressores de explosão, descargas de explosão, construção resistente, etc.) e/ou de caracter organizativo (formação do trabalhadores, instruções e autorizações de trabalho, manutenção, sinalização das áreas, coordenação dos trabalhos de diferentes empresas, etc.) A evidência do cumprimento dos requisitos legais, é a existência do manual de protecção contra explosões, nos termos da legislação aplicável, devidamente actualizado. Mas, esta evidência terá de passar, também, pela demonstração de boas práticas no desenrolar das diferentes actividades da empresa, traduzidas pela inexistência ou existência reduzida de acidentes devidos a explosões. Edição: 03/11 v01 176 de 186 Instrumentação Industrial ANEXO – GENERALIDADES SOBRE ERROS ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E ARREDONDAMENTOS Cada aparelho de medida possui a sua própria precisão ou sensibilidade. Define-se sensibilidade (ou natureza) de um aparelho de medida como o menor valor da divisão da escala que se pode medir exactamente com ele. Esse valor é calculado por: dA n Onde: A - é o máximo valor que pode ser lido na escala n - é o número total de divisões da escala Régua A sensibilidade (d) da régua da Figura é de 1 cm. Os algarismos significativos são aqueles a que é possível atribuir um significado físico concreto. Não faz sentido escrevermos uma medida feita com a régua da Figura, um valor 3,20 cm, já que o nosso instrumento de medida só tem precisão até uma casa decimal, deveríamos então escrever tal medida assim: 3,2 cm. Neste caso o número de algarismos significativos são 2, o algarismo correcto ( 3 ), sobre o qual temos certeza e o dois ( 2 ) que é o algarismo duvidoso. Analisemos o seguinte exemplo: O objecto medido na Figura a cinzento, poderia ser avaliado como tendo um comprimento de 3,2 cm, ou seria 3,1 cm? Edição: 03/11 v01 177 de 186 Instrumentação Industrial Poderemos refutar o segundo algarismo, mas em relação ao primeiro nada poderemos inferir. O número 3 é o algarismo correcto e o 2, na primeira avaliação é o algarismo duvidoso. O número de algarismos significativos é o número de algarismos correctos mais o algarismo duvidoso efectuado por estimativa, no caso do exemplo anterior temos 2 algarismos significativos. Outros exemplos: 4,25 kg tem 3 algarismos significativos. 4,5326 s tem 5 algarismos significativos. 4,08 x 102 m tem 3 algarismos significativos. OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS ADIÇÃO E SUBTRACÇÃO O resultado do cálculo deve ser apresentado com o número de casas decimais correspondentes à da parcela que tem menor número. Exemplo 1: Considere as seguintes parcelas: 5,8; 8,42 e 20,06 e que desejamos encontrar a soma. Como a primeira parcela é a que tem menor número de casas decimais, o resultado final terá uma casa decimal. 5,8 + 8,42 + 20,06 = 34,28 = 34,3 REGRAS DE ARREDONDAMENTO Só se pode suprimir um algarismo quando o número apresentar casas decimais. Se o algarismo a suprimir é inferior a cinco, despreza-se esse número. Se o algarismo a suprimir é maior do que cinco, adiciona-se uma unidade ao algarismo anterior. Se o algarismo a suprimir é igual a cinco: - adiciona-se uma unidade ao algarismo anterior se este for ímpar. - o algarismo anterior permanece inalterável se for par. Edição: 03/11 v01 178 de 186 Instrumentação Industrial Exemplo 2: Suponha as seguintes parcelas: 3,354 e 1,2 e que desejamos subtrair essas parcelas. Como a segunda parcela é a que tem menor número de casas decimais, o resultado final terá uma casa decimal. 3,354 + 1,2 = 2,15 = 2,2 MULTIPLICAÇÕES E DIVISÕES O resultado do cálculo deve ser apresentado com o número de algarismos significativos do factor que tem menor número de algarismos significativos. Exemplo 1: Considere as seguintes parcelas: 1,8 e 0,02 e que desejamos encontrar o produto. Como a primeira parcela é a que tem menor número de casas decimais, o resultado final terá uma casa decimal. 1,8 . 0,02 = 0,036 = 0,04 1,8 - 2 algarismos significativos 0,02 - 1 algarismo significativo Como 0,02 é o factor que tem menor número de algarismos significativos, o resultado final terá o mesmo número de algarismos significativos que este. Exemplo 2: Pretende-se determinar o volume de um bloco de madeira ( em cm3 )o qual apresenta as seguintes medidas: Volume = a . b . c Determinação do volume do bloco de madeira O volume deverá ter apenas 2 algarismos significativos, já que a largura é a medida menos precisa. Edição: 03/11 v01 179 de 186 Instrumentação Industrial Volume = 12,1 . 6,3 . 0,84 = 64 cm3 Deve-se observar que números que não são resultado de medidas podem ter precisão ilimitada, e podem ser expressos em qualquer grau de precisão requerida pela natureza do problema. Por exemplo, se uma área foi medida e se encontra 3,76m2, o dobro desta área seria 2 x 3,76m2 = 7,52m2 Neste caso 2 é uma quantidade exacta (não é resultado de uma medição), logo o resultado deverá ter três algarismos significativos (o mesmo da área medida). MÉTODOS DE MEDIDA Medir o valor de uma grandeza consiste em comparar esse valor com um valor de referência – valor padrão. O aparelho de medida far-nos-á essa comparação com tanta ou menor precisão quanto maior ou menor for a sua qualidade, respectivamente. Veremos no decurso da disciplina o conceito de classe de precisão de um aparelho, o qual se refere com a qualidade do aparelho e, portanto, com o erro por ele cometido durante a leitura. Existe sempre um erro na medição de uma grandeza, o qual deve ser tido em conta aquando dos ensaios efectuados. ERROS NAS MEDIÇÕES DEFINIÇÕES Erro absoluto - - É a diferença entre o valor real N e o valor obtido N’: = N – N’ Erro relativo - - É o quociente entre o erro absoluto e o valor real: N Edição: 03/11 v01 180 de 186 Instrumentação Industrial De salientar que, normalmente, o erro absoluto não é conhecido, uma vez que se assim fosse saberse-ia imediatamente qual o valor real de N, o que não acontece. O que geralmente é conhecido é um limite (superior ou inferior) deste valor denominado pela matemática por majorante e minorante, respectivamente. O mesmo sucede com o erro relativo. Para efeito de cálculos, trabalhamos com as grandezas e como se fossem os respectivos majorantes e minorantes. Desta forma podemos inferir que o valor real N está situado entre dois limites e não que ele apresenta um valor definido. O erro absoluto é geralmente uma grandeza com pouco interesse nos cálculos que serão efectuados. Com efeito, este erro quando isolado do contexto nada informa sobre a magnitude de N ou N’. Visto que o valor real N não é, normalmente, conhecido se não nos for indicado um valor mais aproximado, substituímos pelo valor N’ no cálculo do erro relativo, sem perda de significado, assim: N N' Exemplo: Durante um ensaio medimos uma tensão U’=153,5 V. Admite-se, como majorante e minorante respectivos do erro absoluto, os valores 2,3 V. Indicar os limites máximo e mínimo, entre os quais se encontrará o valor real da tensão e determinar o erro da medição. Umax = U’ + 2,3 = 153,5 + 2,3 = 155,8 V Umin = U’ – 2,3 = 153,5 – 2,3 = 151,2 V U ' 2,3153,5 0,015 1,5 % O valor da real da tensão está situado no intervalo [155,8 V ; 151,2 V ], sendo o erro de 1,5 %. Para determinar o erro relativo, utilizou-se o valor N’ ou neste caso concreto U’. Foi considerado também o majorante e o minorante aproximadamente igual ao módulo do erro absoluto. Conforme se pode verificar o erro relativo tem um significador importante, uma vez que indica que o erro na leitura é de cerca de 1,5 % relativamente ao valor real ou ao valor lido . Edição: 03/11 v01 181 de 186 Instrumentação Industrial EXERCICIOS DE APLICAÇÃO – ERROS NAS MEDIÇÕES 1. Um amperímetro possui uma margem de medição de 0 a 5 A. O erro do aparelho é de 1,5 % da deflexão completa. O ponteiro do aparelho indica uma medição de corrente de 3,6 A. Entre que valores podem oscilar a corrente medida? PROPAGAÇÃO DO ERRO RELATIVO Analisaremos agora a propagação do erro relativo quando se efectuam as 4 operações elementares: soma, subtracção, multiplicação e divisão. SOMA Suponhamos que foram efectuadas as leituras de dois voltímetros, com os seguintes valores: U1 = 200 V 2,5% e U2 = 100 V 1%.Qual será o erro relativo resultante da soma destas duas grandezas? U1 = 200 V 2,5% ( 200 5 ) V US1 = 205 V Ui1 = 195 V U2 = 100 V 1% ( 100 1 ) V US2 = 101 V Ui2 = 99 V Soma das leituras: UT = U1 U2 = 200 100 = 300 V Limite superior: US = Us1 Us2 = 205 101 = 306 V Limite inferior: Ui = Ui1 Ui2 = 195 99 = 294 V Erro absoluto U : ( 300 306 = 6 V) V (300 294 = 6V) 6V Erro relativo: U ' 6 300 0,02 2 % Edição: 03/11 v01 182 de 186 Instrumentação Industrial Conclui-se que o erro relativo da soma se situa entre os erros relativos de cada uma das parcelas (1% 2% 2,5%). No exemplo apresentado o erro nunca ultrapassaria os 2%. DIFERENÇA Suponhamos que os valores obtidos foram, neste caso, os seguintes: U1 = 200 V 2,5% e U2 = 150 V 1%. Calcule o erro relativo da diferença entre estas duas grandes grandezas. Vamos considerar, no calculo dos limites superior e inferior, as situações mais desfavoráveis, que correspondem aos limites mais elevados. U1 = 200 V 2,5% ( 200 5 ) V US1 = 205 V Ui1 = 195 V U2 = 100 V 1% ( 150 1,5 ) V US2 = 151,5 V Ui2 = 148,5 V Diferença das leituras: UT = U1 - U2 = 200 - 150= 50 V Limite superior: US = Us1 - Us2 = 205 151,5 = 53,5 V Limite inferior: Ui = Ui1 - Ui2 = 195 148,5 = 46,5 V Erro absoluto U : ( 50 - 46,5 = 3,5 V ) 3,5 V Erro relativo: U' 3,5 50 0,07 7 % Conclui-se que o erro relativo da diferença pode atingir valores bastantes elevados, desvirtuando completamente os resultados dos cálculos. O caso presente, = 7% ultrapassa largamente qualquer dos erros parcelares. Por este motivo deve evitar-se a todo o custo, utilizar a operação diferença, quando se trabalha com valores não exactos (caso de valores obtidos experimentalmente). Supondo, por exemplo, que a diferença entre U1 e U2 era de cerca de 3,5 V então o erro relativo obtido aproximava-se muito de 100%. Em conclusão deve-se, sempre que possível, evitar ensaios eu nos obriguem a cálculos com diferença de valores. Vimos já que a soma de grandezas é preferível à diferença; veremos de seguida que o produto e o quociente também o são. Edição: 03/11 v01 183 de 186 Instrumentação Industrial PRODUTO Suponhamos que durante um ensaio foram efectuadas as leituras de um voltímetro e de um amperímetro, com os valores seguintes: U= 15 V 1% (150,15) V Us = 15,15 V Ui = 14,85 V I = 3 A 2,5% (3 0,075 ) A Is = 3,075 A Ii = 2,925 A Produto das leituras: P = U . I = 15 . 3= 45 W Limite superior: PS = US . IS = 15,15 . 3,075= 46,586 W Limite inferior: Pi = Ui . Ii = 14,85 . 2,925= 43,436 W Erro absoluto P : ( 45 - 43,436 = 1,564 V ) 1,564 V Erro relativo: P' 1,564 45 0,035 3,5 % Conclui-se que o erro do produto é igual à soma dos erros das parcelas. portanto, sabemos à partida que quanto maior for a precisão de medida ( dada pela classe de precisão dos aparelhos ) de cada uma das grandezas, tanto menor será o erro final cometido ao multiplicar duas leituras. Se, por exemplo, pretendermos medir a potência P num circuito, podemos fazê-lo directamente com um wattímetro ou indirectamente com um voltímetro e um amperímetro. Se medirmos uma potência de 45 W com um wattímetro de classe de precisão 2,5 a leitura obtida terá um erro relativo de 2,5%; se obtivermos o valor da potência indirectamente com um voltímetro de 2,5% e com um amperímetro de 2,5%, ao multiplicarmos os dois valores teremos um erro total de 5% para o valor da potência assim obtida. Por esse motivo, concluímos que é mais vantajoso a leitura directa pois so existirá um erro à medição indirecta onde existe a “sobreposição” de dois ou mais erros. Além disso, a medição indirecta ainda poderá vir afectada de erros ocasionais de cálculo. Edição: 03/11 v01 184 de 186 Instrumentação Industrial DIVISÃO Suponhamos as medidas do ponto anterior. Calculemos agora o erro relativo da sua divisão. U= 15 V 1% (150,15) V Us = 15,15 V Ui = 14,85 V I = 3 A 2,5% (3 0,075) A Is = 3,075 A Ii = 2,925 A Divisão das leituras: R = U / I = 15 / 3 = 5 Limite superior: RS = US / IS = 15,15 / 3,075 = 4,926 Limite inferior: Pi = Ui / Ii = 14,85 . 2,925 = 5,076 Erro absoluto R : ( 5 – 4,926 = 0,074 V ) 0,074 V Erro relativo: R' 0,074 5 0,015 1,5 % Um pouco à semelhança do ponto anterior (embora de operação inversa) o erro do quociente é igual à diferença dos erros das parcelas. Como referência final será importante realçar que: As conclusões tiradas para as operações elementares de grandezas tanto se aplicam aos erros dos próprios aparelhos de medida como aos erros cometidos em cálculos de quaisquer valores aproximados. Na verdade, se nos forem indicados dois valores A=2,348637 e B=2,274321 e, por razões de simplificação no cálculo, resolvermos truncá-los respectivamente para A`= 2,35 e B`= 2,27 estamos a cometer erros absolutos de aproximação, respectivamente: A – A`= 2,348637 – 2,35 = - 0,001363 B – B`= 2,274321 – 2,27 = + 0,004321 Edição: 03/11 v01 185 de 186 Instrumentação Industrial A que correspondem erros relativos de: A 0,001363 2,348637 0,058 % B 0,004321 2,274321 0,19 % Ao realizarmos operações matemáticas com os dois valores truncados A` e B`, o erro relativo total obtido resulta da aplicação das regras mencionadas anteriormente. Nas aproximações efectuadas, quanto maior for o número de operações realizadas maior será o erro relativo final do cálculo. O uso de máquinas de calcular, utilizando vários algarismos significativos nas suas operações, reduz evidentemente o erro final habitualmente cometido em cálculos manuais. Nos cálculos laboratoriais em que os números têm geralmente casas decimais, o resultado de cada operação não deve ter mais algarismos significativos do que o número com menos algarismos significativos, uma vez que, esses algarismos a mais não têm significado. EXERCICIOS DE APLICAÇÃO – PROPAGAÇÃO DO ERRO RELATIVO 1. Uma resistência de carvão apresenta um valor de 1000 com uma tolerância de 5 %. Determine o valor máximo e mínimo admissível para este componente. Considere que esta resistência é inserida num circuito composto unicamente por uma fonte de tensão ideal com o valor de 1 V. Determine o intervalo de valores possíveis para a corrente eléctrica nesse circuito. Edição: 03/11 v01 186 de 186