artigo - macro jogo cooperativo - Labrinjo

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artigo - macro jogo cooperativo - Labrinjo
V Congreso Internacional de Actividades Físicas Cooperativas.
Oleiros (Coruña): 30 de junio al 3 de julio de 2006.
Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida:
“Macro jogo cooperativo”.
MACRO JOGO COOPERATIVO
Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida
Universidade Federal do Ceará - UFC
Faculdade de Educação – FACED
Traducción al
castellano
RESUMEN:
O trabalho tem como proposta levar métodos diferentes de aprendizagens cooperativas para os
mais distintos contextos educativos, sejam eles formais ou não formais. O macro jogo
cooperativo, é uma forma criativa e dinâmica de introduzir novas possibilidades de atividades
lúdicas para nossos alunos, além de ser uma outra forma de jogar cooperativamente, de
perceber a si mesmo, de perceber o outro e perceber o mundo que o cerca. O macro jogo
cooperativo é um ótimo instrumento estratégico para favorecer várias habilidades e
competências, além de favorecer o resgate da cultura lúdica tradicional. Estes jogos têm em seu
conteúdo a influência de elementos da tradicionalidade, da universalidade, da comunicação oral
além de outros elementos do jogo tradicional. Enfim, o macro jogo cooperativo é uma
experiência humana impar, rica e complexa para TODOS.
INTRODUCCIÓN
Embora tendo conhecimento da presença de estudos e pesquisas desenvolvidos
sobre o jogo na educação desde os tempos antigos, o jogo só teve um
aprofundamento mais científico no século XIX, com os estudos realizados por
Froebel, dando assim início a trabalhos mais significativos sobre a importância
pedagógica do brinquedo e da brincadeira na educação e no desenvolvimento da
criança. O fenômeno identificado como jogo, por ser uma categoria com
propriedades amplas e por assumir significados diversos, passou a ser um
elemento estudado por pesquisadores de várias áreas do conhecimento como a
psicologia, antropologia, sociologia, lingüística, filosofia etc. Essa pluralidade de
significados contribui para dificultar ou enriquecer o jogo no seu importante
papel para o desenvolvimento humano.
Desta forma, o presente artigo pretende oferecer várias possibilidades de uma
análise interdisciplinar e se possível transdiciplinar, sendo portanto indicado
para os profissionais das diversas áreas do conhecimento humano que de
alguma forma lidam com o lúdico na perspectiva da cooperação.
Sendo assim, o trabalho tem como proposta compartilhar com os profissionais
das áreas de educação física, pedagogia, saúde, psicologia, sociologia e outras
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áreas afins a compreenção e utilização do jogo cooperativo de maneira que
oriente sua prática, oferecendo alguns referenciais teóricos e práticos,
possibilitando assim que TODOS possam aplicar o brincar1 cooperativo com
maior segurança e conhecimento. Um outro aspecto proposto neste documento
é o de fornecer instrumentos lúdicos para subsidiar a observação do ser humano
através do brincar e em especial, o macro jogo cooperativo.
Quando se trabalha com pessoas, e em especial com a população infantil, não se
pode deixar de lado o universo lúdico, sendo assim é imprescindível que todos
que atuam nesta área tenham uma noção básica de como esta se desenvolve
através do lúdico, para que possa estabelecer uma relação saudável entre sua
área de atuação e o brincar como um dos fatores que influenciam no
desenvolvimento do indivíduo como um todo.
As atividades apresentadas neste artigo são resultado de diversas experiências
desenvolvidas sobre o jogo cooperativo dentro da visão de macro jogo. Os jogos
apresentados neste trabalho são frutos de experiências realizadas nas práticas
da disciplina de Jogos Cooperativos do curso de Educação Física da
Universidade Federal do Ceará - UFC na Faculdade de Educação - FACED e de
pesquisas, oficinas abertas com a comunidade, grupos de estudos, trocas de
experiências com outras pessoas e também de estudos já realizados por outros
pesquisadores. Percebi em minha prática, que nada é melhor, do que aprender a
aprender através do lúdico ou aprender ludicamente. Sabemos que a
aprendizagem, assim como o desenvolvimento podem ser estimulados e que
esta estimulação pode ser feita de forma prazerosa, rica, criativa,
transformadora e alegre.
Este artigo nasceu com o intuito e o desejo de apresentar aos colegas e alunos de
educação física uma maneira feliz de descobrir a vida, de elevar a auto-estima,
de redescobrir o poder do brincar coletivo de forma amiga e pacífica, e
principalmente, de resgatar a ludicidade contida em cada um de forma livre,
espontânea e inteligente. Pretendo com este trabalho levar uma contribuição
despretensiosa de macro jogo cooperativo a título de sugestão e que poderia ser
utilizado como um recurso de ensino e aprendizagem de conteúdos diversos.
Os jogos apresentados neste documento, são jogos antigos e que já existiram em
vários períodos da história humana. A grande maioria se caracteriza pela sua
tradicionalidade, universalidade e pela sua grande popularidade em vários
contextos culturais.
Para mim, este artigo é uma oportunidade ímpar de compartilhar como todos
resultados colhidos depois de um longo tempo de pesquisa, e ainda, é
gratificante me sentir contribuindo ativamente na construção de um saber
lúdico criativo e coletivo. E um outro aspecto importante é de transformar jogos
tradicionais em jogos de paz, o macro jogo cooperativo pode ser um
instrumento muito útil para modificar as estruturas sociais em que vivemos,
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Significa “jugar” em espanhol, quer dizer "jogar" no sentido de brincar, participar de um jogo.
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claramente competitiva e violenta. Como dizia JUDSON e outros (1986), citado
por JARES (2004, p.7), o individuo, a família a escola são muitas vezes
microcosmos da sociedade inteira, temos que buscar atividades e soluções
criativas e não violentas nestas instituições.
MACRO JOGO COOPERATIVO
A idéia de trabalhar e escrever sobre Macro Jogo Cooperativo surgiu em 1995.
Estes tipos de jogos foram vivenciados em outros períodos da história humana.
Mas, a forma como eram jogados não tinham em sua essência a proposta de
cooperação. Nossa proposta é basicamente usar os jogos de tabuleiros antigos,
quebra-cabeças e enigmas, entre outros, de forma cooperativa. Para isso, foi
necessário mudar um pouco a estrutura do jogo e sua funcionalidade, usando
estratégias antigas para transformar em jogos criativos, atuais, dinâmicos e
cooperativos.
O jogo Solitário ou resta Um, onde jogava apenas um jogador foi transformado
para ter uma participação de 32 jogadores. Um outro jogo como exemplo, O
Problema de Lucas, de um jogador no jogo tradicional passa para 8 no macro
jogo cooperativo. O “espírito” do macro jogo está em buscar soluções de forma
coletiva, de enfrentar os desafios juntos, tendo com idéia principal alcançar as
metas coletivamente, ou todos resolvem o problema juntos ou não resolvem.
O macro jogo cooperativo busca fazer com que o homem (ou jogador) seja a
principal peça do jogo (o protagonista da ação lúdica) na realidade o homem é o
próprio jogo só que num jogo de meta coletiva comum. No primeiro contato
com a proposta percebemos manifestações humanas das mais diferentes formas
como: dúvida, insegurança, conflito, egoismo, iniciativa, liderança, solidão,
medo de errar, competição etc. Até o grupo compreender que macro jogo
cooperativo tem como proposta: alegria, solidariedade, pensamento coletivo,
estratégia coletiva, dialógo, aceitação, cooperação, resolução de conflitos etc.
Esta compreensão leva um pouco de tempo ou não, isso vai depender da
maturidade, idéias, cultura e valores dos envolvidos no jogo.
Macro jogo cooperativo pode ser desenvolvido dentro de diversas possibilidades
de aprendizagens. Mas de um modo global, a aprendizagem cooperativa faz
referência a um conjunto de métodos de organização de trabalho em que os
alunos ou jogadores participam de forma interdependente e coordenada,
realizando atividades de caráter educativo, habitualmente planejadas e proposta
pelo professor. Quando falamos em aprendizagem cooperativa estamos nos
referindo aos métodos de aprendizagem de cooperação através dos jogos
cooperativos que permitam aos participantes ou jogadores potencializar as
seguintes características:
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Satisfação dos participantes;
Autoconceito positivo;
Comunicação;
Criatividade;
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Competência motriz;
Aceitação dos companheiros;
Convivência intercultural;
Convivência interpessoal;
Convivência intrapessoal;
Conduta não sexista;
Resoluções de problemas;
Pró-atividade.
Para COLL & COLOMINA, 1990, DIAZ – AGUADO, 1996, CASTELLÓ, 1998
citado por OMEÑACA (2001) em todos os métodos de aprendizagem de
cooperação, os alunos ou jogadores trabalham para aprender e são coresponsáveis das aprendizagens de seus colegas. Na maioria dos procedimentos
de aprendizagem cooperativa reúnem várias características comuns como:
•
•
•
•
•
•
Os resultados do processo, que são conseqüência da participação de
todos e de cada um dos alunos, se atribuem ao grupo;
Manter os grupos estáveis ao longo de um período de tempo;
As contribuições individuais estão coordenadas entre si para completar a
ação grupal;
Dividir a classe em vários grupos, que com freqüência são heterogêneos
enquanto a sua composição;
Dividir as tarefas dentro do grupo, porém esta divisão não leva,
necessariamente, uma diferença de status entre os participantes, que só
mantém um elevado grau de igualdade;
Estimular os alunos a colaborar com os companheiros em um processo
de aprendizagem coletiva.
De acordo com os estudos realizados por SLAVIN (1992), existem três conceitos
comuns nos diferentes métodos de aprendizagem cooperativa:
1. Recompensas Grupais;
2. Responsabilidade Individual;
3. Igualdade de oportunidades.
No macro jogo cooperativo podemos vivenciar estes três conceitos básicos de
aprendizagens cooperativas. Começei a utilizar este método de aprendizagem
lúdica de trabalho em 1996 durante meu mestrado na Universidade de São
Paulo - USP, com participantes de diversas faixas etárias e de diferentes classes
sociais, obtendo um resultado sempre positivo na utilização dos mesmos, a
aceitação dos jogos pelo público que participava era surpreendente. As pessoas
que vivenciaram os macros jogos ficavam impressionadas como uma proposta
lúdica com jogos antigos de raciocinio e estratégia fosse tão interessante para o
brincar de forma coletiva e com meta comum.
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Sendo assim, os macros jogos cooperativos apresentados neste trabalho têm
como objetivo proporcionar aos jogadores várias experiências lúdicas diferentes
e criativas, onde o jogador é um instrumento fundamental para o
desenvolvimento do mesmo, além de ser uma atividade impar para
potencializar várias competências.
Os macros jogos podem ser utilizados em diversos espaços físicos (abertos ou
fechados), podendo haver a participação de um jogador, dois ou de vários
jogadores, tanto no papel de participante quanto no de orientador prestando
ajuda aos colegas, sendo possível sua utilização em diversos ambientes tais
como: na comunidade, na escola, no clube de lazer, no trabalho (na empresa)
etc. Os macros jogos cooperativos sugeridos neste trabalho exigem dos
participantes envolvidos habilidades como:
•
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•
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•
•
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•
Raciocínio
Consciência grupal
Cooperação
Tomada de decisão
Sensibilidade
Criatividade
Equilíbrio mental
Perseverança
Humildade
Simbolismo
Estratégia
Antecipação de um resultado
Comunicação
Negociações
Noções Espaciais
Limites
Tempo
Motivação
Autocontrole
Auto-estima
É importante salientar que não sou contra a competição, meu questionamento é
na forma como a competição é compartilhada dentro das aulas de educação
física e na vida das pessoas, com isso devemos fazer sempre uma pergunta para
nós mesmos: cooperar ou competir? Neste caso, para responder estas
indagações devemos nos perguntar sempre:
•
•
•
•
•
Qual a medida certa para cooperar ou competir?
Qual o momento adequado para cooperar ou competir?
Com quem cooperar ou competir?
De que forma cooperar ou competir?
Até quando, cooperar ou competir?
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Existem dois tipos de cooperação:
1) É a cooperação pelo próprio interesse;
2) É a cooperação pelo interesse do todo.
Existem também dois estilos de jogos:
O Jogo Competitivo - onde os participantes jogam uns contra os outros, seja
no jogo individual ou coletivo, onde o resultado final é: o ganhar ou o perder.
O Jogo Cooperativo - onde os participantes jogam uns com os outros, seja no
jogo individual ou coletivo, onde o resultado final é: todos ganham ou todos
perdem.
De acordo com OMEÑACA, Raúl, PUYUELO, Ernesto & RUIZ, Jesús Vicente
(2001) o jogo pode atuar de diversas formas dentro da pessoa envolvida, mas
existem fatores que os determinam como mostra a figura 1.
Figura 1
Cabe a cada educador escolher a melhor opção para o desenvolvimento da
criança. Para JOHNSON (1981) existem múltiplas opções lúdicas mas cada uma
delas têm uma estrutura diferente de metas como apresentamos no quadro 1.
PARLÉBAS (1988) afirma que nestas estruturas de metas que se apresentam
nos jogos paradoxais, existem famílias, jogos que podem fazer parte de várias
estruturas diferentes (ou várias famílias diferentes).
Neste contexto, cabe distinguir duas modalidades de aprendizagem colaborativa
(ALCOVER, 1998) em função dos níveis de comunicação, da troca de idéia e na
divisão de trabalho:
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•
•
Colaboração em Paralelo: os participantes compartilham recursos
materiais, permitindo assim uma aproximação criando a possibilidade na
troca de informações relacionadas com a atividade.
Colaboração Associativa: os participantes mantêm uma relação de
comunicação mais intensa, com isso cada participante passa a exercer um
certo controle sobre as ações do outro trocando com ele suas próprias
percepções dentro de uma situação de aprendizagem.
Quadro 1
JOGOS INDIVIDUAIS JOGOS
DE
COMPETIÇÃO
Neste jogo não existe Os jogos incluídos nesta
relação nos fins que são categoria propiciam uma
estabelecidos por uma relação inversa entre os
pessoa com o resto dos objetivos individuais. De
componentes do grupo, forma que uma pessoa ou
deste modo não se um grupo de pessoas só
estabelece nenhum tipo podem alcançar seus
de interação no jogo. Não objetivos à custa de outro
se da uma relação direta ou de outros. Existe, pois,
entre o êxito e o fracasso uma relação inversa entre
conseguido
pelas a oscilação êxito/fracasso
distintas
pessoas
ao próprio com relação ao
responder os objetivos outro.
Dentro
desta
que orientam a atividade estrutura se integram
tanto
os
jogos
de
lúdica.
oposição como os de
cooperação.
JOGOS
DE
COOPERAÇÃO
Neste tipo de atividades
lúdicas
existe
uma
relação direta entre os
objetivos
e
as
possibilidades de êxito
das distintas pessoas, de
tal modo que cada um só
alcança a meta do jogo se
esta é também alcançada
pelo
resto
dos
participantes.
Para VELÁZQUEZ (2003) as situações paradoxais existentes nos jogos podem
ser compreendidas da seguinte forma, existem ocasiões nos jogos que não
respondem as estruturas internas das atividades, condutas competitivas em
jogos cooperativos e condutas cooperativas em jogos competitivos. Neste
sentido temos que observar e analisar dois elementos importantes nos jogos;
1. A estrutura: corresponde o que a atividade é em si mesma e sua
regulamentação;
2. A situação: se refere ao contexto em que desenvolve a atividade, e externo
a ela como jogadores, experiências prévias dos mesmos, espaço,
materiais utilizados, tempo etc.
Segundo ele, a mesma atividade pode gerar situações de jogos distintos
dependendo, por exemplo, dos jogadores ou do estado de ânimo dos jogadores
num determinado momento. O mesmo autor apresenta também alguns tipos de
atividades paradoxais onde em uma situação prática não coincide com sua
estrutura interna. Ele apresenta uma taxionomia para as atividades paradoxais
(ver quadro 2).
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Quadro 2
TIPOS DE JOGOS PARADOXIAIS DESCRIÇÃO
Atividades
competitivas
sem Incluiremos aqui todas as formas de
competição
atividades
com
estruturas
competitivas, onde estão presentes
todos os elementos da competição,
porém ela pode não existir ou ficar
diluída ou amenizada na própria
atividade.
Atividades competitivas modificadas
São atividades com ganhadores e
perdedores, porém são introduzidas
regras que permitam favorecer aqueles
jogadores que vão perdendo em um
determinado momento do jogo ou para
promover a participação de pessoas
com maiores problemas, pessoas que
por algum motivo não conseguem
atingir as metas proposta pelo jogo.
Atividades
competitivas
de São atividades onde a competição
possibilidade remota
existe porém as possibilidades de que
algum dos participantes consiga a
vitória são praticamente nulas.
Atividades
cooperativas
sem São
atividades
de
estruturas
cooperação
cooperativas onde podem aparecer
situações
de
oposição
e
de
desenvolvimento individual.
Atividades de estrutura compartilhada São atividades que estruturalmente
podem ser, ao mesmo tempo,
competitivas e cooperativas.
FONTE: VELÁZQUEZ (2003).
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
MACRO JOGO COOPERATIVO
PARA
AVALIAR
O
Podemos com as informações obtidas através da análise do jogo espontâneo ou
do jogo orientado definir critérios tais como:
•
•
•
•
•
•
•
A duração do envolvimento do jogador em um determinado jogo;
As competências dos jogadores envolvidos;
O grau de iniciativa, criatividade, autonomia e criticidade que o jogo
proporciona ao participante;
A verbalização e linguagem que acompanham o jogo;
O grau de interesse, motivação, satisfação, tensão aparente durante o
jogo (emoções, afetividade etc.);
Construção do conhecimento (raciocínio, argumentação etc.);
Evidências de comportamento social (cooperação, colaboração, conflito,
competição, integração etc.).
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A aplicação do macro jogo cooperativo em diferentes situações educacionais,
organizacionais, sociais ou terapêuticas é um meio para estimular, analisar e
avaliar aprendizagens específicas, competências e potencialidades dos jogadores
envolvidos.
Quando registramos as ações lúdicas desenvolvidas pelos participantes dentro
de um jogo espontâneo a partir de: observação, registro, análise e tratamento,
podemos criar para cada ação lúdica um BANCO DE DADOS sobre o mesmo,
subsidiando de forma mais eficiente e científica os resultados das ações.
É possível também fazer o mapeamento de cada jogador na sua trajetória lúdica
durante sua vivência dentro de um jogo cooperativo, buscando dessa forma
entender e compreender melhor suas ações e fazer intervenções e diagnósticos
mais seguros ajudando o indivíduo ou o coletivo. As informações obtidas pelo
jogar espontâneo permitem diagnosticar:
•
•
•
•
Idéias, valores interessantes e necessidades do coletivo ou do indivíduo;
Estágio de desenvolvimento;
Comportamento dos envolvidos os diferentes ambientes lúdicos;
Conflitos, problemas etc.
Com isso podemos definir, a partir de uma escolha criteriosa, as ações lúdicas
cooperativas mais adequadas para cada pessoa envolvida, respeitando assim o
princípio básico de individualidade de cada ser humano.
Já no jogar dirigido pode-se propor desafios a partir da escolha de jogos,
brinquedos ou brincadeiras cooperativas determinadas por um adulto ou
responsável.
Estes jogos orientados podem ser feitos com propósitos claros de promover o
acesso a aprendizagens de conhecimentos específicos como: matemáticos,
lingüísticos, científicos, históricos, motrizes, estéticos, morais etc. E um outro
propósito é de ajudar no desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, físicomotor, lingüístico e na construção da moralidade (nos valores).
MACRO JOGOS COOPERATIVOS: SUGESTÕES
Sugestões de espaços onde podem ser utilizados estes jogos:
•
•
•
•
•
•
•
Sala de aula;
No pátio da escola;
Na piscina (usar equipamentos apropriados para flutuar);
Quadra esportiva;
Em casa;
Na natureza;
Parques infantis;
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•
•
•
Em clubes;
Em brinquedotecas;
Outros locais que julguem adequados e seguros.
O número de pessoas envolvidas:
•
Pequenos, Médios e Grandes grupos.
Nossa sugestão é que estes jogos sejam utilizados com:
•
•
Crianças (começar do mais simples para o mais complexo, ter o cuidado
de iniciar o jogo no plano concreto e somente depois passar para o
macro);
Jovens, adultos e idosos.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO
DOS JOGOS
JOGO 1: SOLITÁRIO OU RESTA UM:
Somente fita gomada ou giz para demarcar o espaço de jogo. Bambolês podem
ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
JOGO 2: CILADA:
Coletes coloridos (três da mesma cor para os soldados e um de outra cor para o
general).
JOGO 3: TCHUKA-RUMA:
Somente fita gomada ou giz para demarcar o espaço de jogo. Bambolês podem
ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
JOGO 4: PROBLEMA DE LUCAS:
Coletes coloridos (quatro de uma cor e quatro de outra cor). Uma outra opção é
distribuir 4 meninas de um lado e 4 meninos do outro lado. Bambolês podem
ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
JOGO 5: QUADRADO MÁGICO:
Coletes da mesma cor com número impresso em cada um. Outra opção é pintar
o número no jogador, uma outra, é desenhar número em uma folha de papel e
fixar no peito ou na costa de cada jogador. Bambolês podem ser ótimos recursos
para demarcação de espaço.
JOGO 6: SUPER QUADRADO MÁGICO:
Ver quadrado mágico. Bambolês podem ser ótimos recursos para demarcação
de espaço.
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JOGO 7: TRIÂNGULO MÁGICO:
Somente fita gomada ou giz para demarcar o espaço de jogo. Bambolês podem
ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
JOGO 8: SEGREDO DO TRIÂNGULO:
Somente fita gomada ou giz para demarcar o espaço de jogo.
JOGO 9: ENIGMAS DAS CORES:
São necessários 16 coletes coloridos onde, 4 de cor A, 3 de cor B, 3 de cor C, 3 de
cor D e 3 de cor E. Será preciso fita gomada ou giz para demarcar o espaço de
jogo. Bambolês podem ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
JOGO 10: ENIGMAS DOS ANIMAIS:
Bambolês (25 unidades) podem ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
A fita gomada ou giz pode demarcar também o espaço de jogo. Os jogadores
podem utilizar coletes coloridos (3 com azul e 5 com vermelho).
JOGO 11: SEGREDO DA RAINHA:
Bambolês (64 unidades) podem ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
A fita gomada ou giz pode demarcar também o espaço de jogo.
JOGO 12: PENTAGRAMA OU PENTÁGONO:
Bambolês (10 unidades) podem ser ótimos recursos para demarcação de espaço.
A fita gomada ou giz pode demarcar também o espaço de jogo.
Vários jogos antigos ou tradicionais podem ser transformados em macro jogo, e
que estes jogos podem ter uma estrutura completamente cooperativa ou
parcialmente cooperativa, estes jogos parcialmente cooperativos os
classificamos como jogos de aproximação sucessiva aos jogos completamente
cooperativos.
O brincar à moda antiga é uma alternativa diferente de viver o
presente, pensar no futuro e resgatar as tradições lúdicas do
passado. Quando começamos a estudar sobre a cultura lúdica,
começamos a entender a magia e a alquimia contida nela: suas
possibilidades de transformação, de adaptabilidade, de educação,
de socialização e suas possibilidades cognitivas. Os jogos, as
brincadeiras e os brinquedos são resultados das mais diferentes
experiências culturais humanas e nos mais diferentes contextos
históricos. (ALMEIDA, M.T.P, 2004)
Acredito que é necessário ter uma preparação antecipada dos jogadores para
entender a verdadeira essência dos jogos cooperativos. Temos que considerar
que vivemos em uma estrutura social, onde existe uma grande predominância
de condutas competitivas no cotidiano das pessoas. Por isso, é importante que
as pessoas envolvidas em jogos cooperativos, aprendam que para incorporar
uma conduta cooperativa de vida às vezes é necessário passar por estruturas de
jogos competitivos.
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ATIVIDADES
EXEMPLOS
COM
MACRO
JOGO
COOPERATIVO:
JOGO 1: O SOLITÁRIO OU RESTA UM
Alguns estudiosos da história dos jogos afirmam que o solitário, também
chamado de resta um, foi criado no século XVII por um preso da Bastilha, uma
fortaleza do absolutismo real destruído pelo povo de Paris em 14 de julho de
1789. Atualmente este jogo de quebra-cabeça combinatório goza de grande
popularidade em muitos países como um jogo de inteligência. O jogo consiste
em colocar 32 pessoaS em cada um dos espaços do tabuleiro (ver figura 1),
exceto o espaço central (na casa 17), onde começa o jogo inicialmente vazio (ver
figura 1).
Um jogador de cada vez desloca-se para espaço seguinte que esteja vazio, como
no jogo de damas. O movimento de cada jogador só pode ser feito no sentido
horizontal ou vertical, nunca pode ser na diagonal. A meta coletiva do grupo é
conseguir que um último jogador fique no centro do tabuleiro que inicialmente
começou vazio. Cada mudança de jogador para um determinado espaço do
tabuleiro deve ser antes discutida em grupo. Quando isso acontece a estratégia
coletiva pode ser positiva. Caso a meta não seja alcançada todos os 32 jogadores
que estão no jogo perdem. Os números marcados nos espaços do tabuleiro
servem para orientar a equipe, que pode anotar suas estratégias para tentar
descobrir a solução do problema. Quando um jogador sai do tabuleiro ele deve
orientar (AJUDAR) os outros colegas que ficaram no tabuleiro. O jogador que
sai terá um olhar de fora para dentro, podendo com isso ser um peça importante
para o decobrir o segredo do jogo.
NOTA IMPORTANTE: A partir da idéia original do jogo outros desafios foram sendo
criados, no caso, novas formas de jogar o solitário serão apresentadas nos exemplos a seguir:
estufa, seta, diamante grande, pirâmide, cruz latina e cruz grega. Estas novas formas de jogar
seguirão os mesmos objetivos do jogo básico. A única diferença é que a casa 17 do tabuleiro que
fica no centro, pode começar vazia (estufa e diamante grande) ou cheia (seta, pirâmide, cruz
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latina e cruz grega). Você pode criar novos e interessantes desafios, boa sorte. Não esqueça, este
jogo pode ser jogado sozinho mas também pode ser jogado de forma coletiva como desafio
grupal. Caso este jogo seja aplicado em crianças pequenas, aconselho usar o mais fácil para o
mais complexo. Por exemplo começe com a cruz latina, depois a cruz grega até chegar no jogo da
figura 1. Desta forma o método de aprendizagem é melhor assimilado.
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JOGO 2: CILADA/ JOGO DO GENERAL E SOLDADOS/ GATOS E
RATO
Jogo tradicional francês de estratégia. Em 1870 o Exército Prussiano invadiu a
França, entre um combate e outro, os soldados franceses se divertiam com este
jogo, que desde então tem conquistado grande popularidade em diversos países
latino-americanos como um jogo de tabuleiro. Este jogo pode ser chamado de
gatos e rato, raposa e cachorros entre outros nomes.
Como se joga:
1. Participam 4 jogadores ou mais (como equipes de orientação estratégica),
um dos jogadores de cor preta que representa o GENERAL, e os outros
jogadores de cor branca que representam os três SOLDADOS inimigos.
Para começar o jogo distribuem-se os jogadores no tabuleiro (como
indica a figura 1).
2. O GENERAL começa o jogo.
3. Cada jogador move-se em sua vez até um ponto próximo vazio na
horizontal ou diagonal, não podendo saltar sobre um outro jogador ou
ocupar um mesmo espaço.
4. O GENERAL pode movimentar-se para frente e para trás, seja na
diagonal ou na horizontal, enfim em qualquer direção.
5. O SOLDADO só pode movimentar-se para frente (na horizontal ou
diagonal).
6. Quando os três SOLDADOS se posicionam em pontos não permitindo
que o GENERAL se mova, os SOLDADOS ganham o jogo. Porém, se o
GENERAL conseguir ultrapassar o bloqueio dos SOLDADOS ele é o
ganhador.
7. Este jogo é um jogo semi-cooperativo (existe uma oposiçao).
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JOGO 3: TCHUKA-RUMA
Esse “solitaire” ou paciência deriva de antigos jogos praticados na Sibéria e na
Índia tem parentesco com a família de jogos dos mancalas da África. Aliás, ele
pode ser praticado sobre um tabuleiro de mancala, bem como numa embalagem
de ovos ou mesmo cavando-se buracos num chão de terra ou de areia, como na
figura 1 abaixo. A última cavidade à direita chama-se ruma. Se você jogar sobre
o chão, faça essa casa maior que as outras. O Tchuka-ruma é um jogo individual
de raciocínio, mas na perspectiva do macro jogo cooperativo ele passa ser
jogado com 8 jogadores passando a ser um jogo coletivo e cooperativo com meta
comum, o importante é que os jogadores de forma conjunta descubram o
segredo do jogo.
Como se joga:
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Para começar o jogo devemos construir um tabuleiro como apresentamos
na figura 1 ou Figura 2. Alinhar 5 círculos consecutivos e colocar 2
jogadores em cada um dos círculos. O último circulo é o RUMA, que
começa sempre vazio;
O grupo escolhe qual a casa que iniciará o jogo, depois disso, cada
jogador da casa escolhida se movimentará para as casas posteriores, só
poderá ficar em cada casa posterior somente um jogador (ver exemplo da
figura 3 e 4). A direção de movimento dos jogadores sempre será da
esquerda para direita;
Se os jogadores que estão se movimentando e o último jogador acabar
justo no RUMA ele fica lá até o término do jogo, o grupo terá que
escolher uma nova casa para recomeçar a distribuição;
Caso sobre jogadores depois de ter um jogador se posicionado no RUMA,
o grupo continua se distribuindo da esquerda para a direita.
O grupo quando escolher o círculo onde irá distribuir os colegas deve
projetar mentalmente a jogada que irá fazer, porque se o último jogador
for colocado em um círculo vazio (ou casa vazia) o grupo perderá o jogo,
voltando à posição inicial da figura 1.
Se, ao contrário, na distribuição dos jogadores o último acabar em um
círculo com outros jogadores, o grupo distribui todos os jogadores deste
círculo (casa) e continua a movimentação.
A partida só termina quando todos os jogadores estiverem reunidos no
RUMA.
Não esqueça pode acontecer uma dessas situações durante o jogo:
a)
b)
c)
a última peça distribuída cai na ruma. Nesse caso, escolha outro buraco
e continue o jogo;
a última peça cai num buraco ocupado por outra peça. Continue o jogo a
partir desse buraco, distribuindo todas as peças que nele estiverem;
a última peça cai num buraco vazio. Você perdeu o jogo.
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Quando isso ocorrer, volte as peças à posição inicial e tente novamente. Só há
uma resposta para essa paciência, em dez jogadas.
Se quiser complicar, monte uma TCHUKA com oito buracos e quatro jogadores
em cada um. Para essa configuração há nove resoluções diferentes.
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JOGO 4: PROBLEMA DE LUCAS
Um dos grandes desafios dos notáveis matemáticos tem sido criar engenhosos
quebra-cabeças que tem servido de recreação inteligente a muitas gerações de
jovens e adultos. Este quebra-cabeça combinatório deve seu nome ao
matemático Francês Edouard Lucas, criador do jogo e de outros jogos similares,
que tem alcançado popularidade em muitos países. É um jogo individual de
combinações. O jogo tem uma base de madeira com nove orifícios para encaixe
dos oito pinos. Quatro pinos ficam nos quatro primeiros orifícios (1,2,3,4), o
orifício (5) do centro começa o jogo sempre vazio e os outros quatro orifícios
(6,7,8,9) com os restantes dos pinos. (Figura 1). No macro jogo cooperativo os
pinos serão substituídos por 8 jogadores que tentaram junto descobrir o
problema de Lucas. O tabuleiro pode ser desenhado em qualquer solo (usando
giz, tinta, tapetinhos de EVA, fita gomada etc.).
1. Quatro jogadores (coletes
brancos) ficam de um lado
e
os
outros
quatro
jogadores (coletes pretos)
ficam no lado oposto do
tabuleiro. (ver Figura 1)
2. O objetivo do quebracabeça
é
passar
os
jogadores
de
coletes
pretos para o lugar dos
jogadores
de
coletes
brancos e os jogadores de
coletes brancos para o
lugar dos jogadores de
coletes pretos.
3. Move-se um jogador de
cada vez de um espaço
para um outro espaço
vazio em direção ao
extremo
ocupado
inicialmente
pela
cor
contrária, depois de se mover o jogador não poderá retornar. O jogador
caso tenha a necessidade pode saltar sobre qualquer outro jogador de
qualquer cor e cair no espaço vazio seguinte.
4. Se em uma jogada os jogadores da mesma cor ficarem lado a lado
significa dizer que o jogo não tem como continuar (ficou bloqueado),
neste caso o jogador volta com os pinos para a posição inicial e começa o
jogo novamente. Por isso é importante pensar no movimento antes de
executá-lo.
5. O jogo termina quando os jogadores de cada cor se posicionarem
ocupando o lugar contrário de origem dos mesmos.
6. Nota Importante: os coletes podem ser de qualquer cor. O importante é
ser duas cores diferentes.
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JOGO 5: QUADRADO MÁGICO
É um antigo quebra-cabeça numérico. Segundo uma lenda chinesa, há quase
4000 mil anos, durante a Dinastia Tsin, apareceu em uma aldeia do rio Huanho uma tartaruga que mostrava em sua carcaça um desenho de pontos (ver
figura 1). Cada parte de desenho era representada por um número de pontos de
1 a 9 distribuídos nas costas da tartaruga, e o mais interessante é que ao somar
estes pontos no sentido horizontal, vertical e diagonal sempre o seu resultado
total dava 15.
Esta regularidade matemática causou espanto e admiração dando ao jogo o
título de QUADRADO MÁGICO. O jogo foi usado como talismã, como objeto de
investigações científicas e também foi utilizado como um jogo matemático
recreativo (jogo educativo). Os quadrados mágicos se propagaram na Índia, nos
países Árabes e Europa, onde o seu reconhecimento público foi representado
pelo pintor alemão Alberto Durero em sua gravura Melancolia em 1514.
Também conhecido no Feng Shui2 como O Quadrado Mágico de Lo Shu é o
posicionamento dos nove segmentos em um quadrado e a numeração conforme
o diagrama cria o Lo Shu. Essa é uma parte importante do antigo Feng Shui e
uma base para o “Caminho dos Nove Palácios”. O número 15 é considerado um
número de muita sorte pelos chineses porque representa o Yin e Yang, bem
como o Chi na caligrafia chinesa. O Lo Shu também traz as horas do dia, os
animais da astrologia chinesa e as oito direções cardeais.
Como se joga:
Existe uma forma de jogar em que usa 45 jogadores. Os 45 jogadores tentarão se
distribuir no quadrado da figura 2 onde as quantidades em cada quadradinho
somadas o resultado seja 15 nas linhas diagonais, horizontais e verticais.
2
Leonardo Boff define Feng Shui como uma filosofia ecológica chinesa que procura construir, o
mais adequadamente possível, um ambiente de moradia ou trabalho humano considerando o
equilíbrio de todas as energias que atuam naquele espaço. 1999, p.195.
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Existe também uma outra forma de jogar o quadrado mágico. Faça um
quadrado mágico (ver figura 3) de três por três usando 9 jogadores
representados pelos números de 1 a 9 no tabuleiro quadrado somente uma vez
(sem repeti-los) de modo que cada grupo de três jogadores situados no sentido
horizontal, vertical e diagonal somados dê o resultado 15.
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JOGO 6: SUPER QUADRADO MÁGICO
Este jogo do super quadrado mágico é uma variação do jogo do quadrado
mágico com um grau de complexidade maior por existir uma maior quantidade
de pessoas participando, com isso o desafio será mais emocionante.
Como se joga:
Você vai tentar distribuir os 16 jogadores representando os números de 1 ao 16
(ver figura 1) no quadrado da figura 2 de tal forma que a soma dos números na
horizontal, na vertical e na diagonal dê 34.
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JOGO 7: TRIÂNGULO MÁGICO
Colocar nove jogadores distribuídos no triângulo mágico (figura 1)
representando os números de 1 a 9, sem os repetir, em cada um dos círculos que
compõem o triângulo na figura abaixo de forma que a soma correspondente a
cada um dos lados seja 17, depois 20 e depois tente para que seja 23.
Figura 1:
Modelo de triângulo
JOGO 8: O SEGREDO DO TRIÂNGULO
Inverter a posição ou direção do triângulo, mexendo como o menor número de
jogadores. Primeiro façam com o triângulo com de base 3 composto por 6
jogadores (ver figura 1) e depois façam com o triângulo de base 4 composto por
10 jogadores (ver figura 2). Os jogadores podem se organizar no espaço em
forma de triângulo ou se preferir demarcar o solo com giz, fita gomada etc.
Figura 2
Figura 1
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JOGO 9: O ENIGMA DAS CORES
Distribuir no quadrado 4x4 abaixo 16 jogadores coloridos onde quatro deles são
azuis, três verdes, três amarelos, três róseos e três vermelhos. Colocando-os de
tal forma no tabuleiro do enigma das cores que nunca dois jogadores da mesma
cor possam encontrar-se nas verticais, nas horizontais ou nas diagonais.
JOGO 10: SEGREDO DAS 8 RAINHAS
O jogo tem como objetivo distribuir 8 jogadores (representando as rainhas) em
um tabuleiro 8 x 8 (ver figura 1) de tal forma que elas nunca possam ficar nas
mesmas linhas. Os jogadores deverão se posicionar no tabuleiro onde não
possam encontrar-se nas verticais, nas horizontais ou nas diagonais.
Figura 1
Tabuleiro das 8 rainhas
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JOGO 11: ENIGMA DOS ANIMAIS
O enigma dos animais é um desafio criativo e inteligente. Oito jogadores com
coletes coloridos devem se distribuir em um tabuleiro 5 x 5 (figura 1) onde cinco
representarão os gatos e três os ratos, os gatos e os ratos não podem se
encontrar nas linhas verticais, diagonais e horizontais.
Figura 1
Modelo esquemático do tabuleiro e alguns exemplos de
posicionamentos errados dos jogadores
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JOGO 12: PENTAGRAMA OU PENTÁGONO
A estrela de 5 pontas, o PENTAGRAMA ou PENTÁGONO, é símbolo místico
muito antigo. Representa as substancias formadoras do mundo, segundo a
alquimia: terra, ar, água e fogo, mais o quinto elemento, o espírito.
Somente com o advento do Cristianismo, é que o pentagrama passou a ser visto
como símbolo maléfico.
No jogo, a idéia é começar com o tabuleiro (figura 1) vazio. Este tem 10 casas,
uma em cada ponta da estrela e as demais nas intersecções das linhas que
formam a estrela. Conta-se três casas, em linha reta, em qualquer sentido de
direção, iniciando-se em qualquer casa e coloca-se uma peça na terceira casa.
Durante o jogo, a segunda casa pode estar ocupada, mas deve iniciar a contagem
sempre em uma casa vazia. O objetivo do jogo é preencher 9 casas com nove
jogadores.
Figura 1
Modelo do Pentagrama ou Pentágono
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FOTOS DE ARQUIVO DO PROFESSOR MARCOS
TEODORICO DE ATIVIDADES COM MACRO JOGO
COOPERATIVO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DO AUTOR
Para mim o macro jogo cooperativo é uma forma criativa e diferente de
vivenciar os jogos cooperativos. Minha proposta tem como eixo central
apresentar o jogo tradicional de forma cooperativa em oposição a sua estrutura
competitiva, um outro aspecto é saber que tudo é possível quando acreditamos
em nossas convicções e principalmente acreditamos no poder dos jogos como
um potencializador das virtudes humanas, apesar de sabermos que os jogos têm
os seus pecados quando mal utilizados por determinadas pessoas.
O macro jogo pode ser uma estratégia e um método de trabalho lúdico adequado
para professores, pais, estudiosos e outros preocupados na construção de um
mundo melhor.
Quando apresentei esta proposta pela primeira vez achei que seria impossível
dar certo, hoje depois de 8 anos, sei que o macro jogo cooperativo não é mais
uma proposta, hoje para mim ele é uma realidade, um sonho realizado.
Hoje tento compartilhar o macro jogo com os meus alunos do curso de
Educação Física da Universidade Federal do Ceará – UFC na disciplina Jogos
Cooperativos, na comunidade com os projetos de extensão e com todos que
tenham interesse em saber do poder transformador do macro jogo como um
método de aprendizagem cooperativa.
Quando for utilizar estes jogos sempre procurem apresentar o jogo como ele é
originalmente no seu passado, falar de sua história, de sua importância em
vários períodos da sociedade humana, e somente depois faça um desafio para os
participantes se eles podem fazer transformações (re-criar) nestes jogos de
estruturas competitivas sejam individuais ou coletivas em jogos de estruturas
cooperativas.
Pode acontecer em um primeiro momento que os envolvidos não consigam
perceber a possibilidade de mudança. Caso seja necessário, podemos fazer
intervenções para induzir sutilmente a re-criação do jogo. Um outro aspecto
pode acontecer! Os jogadores podem não conseguir sair do plano de relação
sujeito-objeto (do uso do material concreto).
Vários jogos, brincadeiras e brinquedos com o tempo foram incorporando novas
influências culturais e históricas. Percebi que os jogos antigos estão muitos
presentes na sociedade atual nas mais diferentes facetas. Atualmente o jogo
ainda continua sendo uma forma de controle e de alienação da sociedade. É
importante colocar que o jogo, a brincadeira e o brinquedo na mão de pessoas
despreparadas e egocêntricas, emergenciais e etnocêntricas pode ser um
instrumento de manobra e de “mutilação” humana, mas, o brincar na mão de
pessoas preparadas, responsáveis e comprometidas socialmente e politicamente
correta, pode ser um instrumento de libertação, autonomia e desenvolvimento
humano.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO: SOLUÇÕES DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
O solitário ou resta um:
Resta um básico: (29-17), (22-24), (17-29), (32-24), (31-23), (24-22), (26-24),
(33-25), (24-26), (21-23), (16-28), (14-16), (9-23), (28-16), (7-9), (27-25), (1830), (20-18), (11-25), (30-18), (13-11), (10-12), (3-11), (18-6), (1-3), (3-11), (1210), (5-17), (17-15), (4-16) e (15-17). Um total de 31 movimentos.
Estufa: (10-12), (3-11), (18-6), (1-3), (3-11), (12-10), (5-17), (17-15), (4-16) e (1517). Um total de 10 movimentos.
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Oleiros (Coruña): 30 de junio al 3 de julio de 2006.
Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida:
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Seta: (33-25), (31-33), (28-30), (24-26), (33-25), (26-24), (9-1), (1-3), (11-9),
(3-11), (24-10), (15-17), (8-10), (17-5), (12-10) e (5-17). Um total de 16
movimentos.
Diamante (grande): (25-33), (33-32), (23-25), (31-23), (22-24), (29-17), (2624), (11-25), (20-18), (25-11), (9-23), (14-16), (23-9), (9-1), (1-3), (11-9), (3-11),
(12-10), (9-14), (24-10), (11-9), (8-10) e (5-17) Um total de 23 movimentos.
Pirâmide: (16-28), (21-23), (28-16), (16-4), (4-6), (18-30), (27-25), (30-18),
(11-9), (24-10), (9-11 ), (19-17), (6-18), (18-16) e (15-17). Um total de 16
movimentos.
Cruz grega: (24-32), (10-24), (19-17), (32-24), (15-17), (24-10) e (5-17). Um
total de 7 movimentos.
Cruz latina: (10-12), (24-10), (9-1 1 ), (12-10) e (5-17). Um total de 5
movimentos.
A cilada:
Exemplo de uma partida onde o OFICIAL poderá sair da cilada e ganhar o jogo.
Oficial: Jogada 1. (7-4); Jogada 3. (4-5); Jogada 5. (5-8); Jogada 7. (8-7) e
Jogada 9. (7-6)
Soldados: Jogada 2. (3-6); Jogada 4. (1-4); Jogada 6. (2-5) e Jogada 8. (6-9)
31
V Congreso Internacional de Actividades Físicas Cooperativas.
Oleiros (Coruña): 30 de junio al 3 de julio de 2006.
Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida:
“Macro jogo cooperativo”.
Para contactar con el autor: [email protected]
ÍNDICE DE
TALLERES
32

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