deltas - Oceanografia

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deltas - Oceanografia
DELTAS
Deltas são formados pela acumulação de
sedimentos alóctonos à frente de
desembocaduras fluviais, promovendo a
progradação da linha de costa.
A acumulação sedimentar ocorre tanto acima
como abaixo do nível do mar, sendo mais rápida
do que a remoção pelos processos costeiros de
transporte de sedimentos.
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CONTROLE TECTÔNICO
91,5 % dos deltas estão localizados em margens passivas ou à
retaguarda de arcos de ilhas, devido:
i)
ii)
iii)
maior tamanho das bacias de drenagem
maior extensão da plataforma
menor energia de ondas.....
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CONDICIONANTES NA FORMAÇÃO DE
DELTAS
Característica da
bacia de drenagem
Descarga fluvial
sólida e líquida
• Clima
• Subsidência
• Topografia
Taxa de
mudança
REGIME
DELTAICO
MORFOLOGIA
DELTAICA
Ondas e marés
Característica da
bacia de acumulação
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Eliot 1986
UNIDADES
MORFOLÓGICAS
DO DELTA
Modelo deposicional para deltas com predomínio de carga detrítica fina
Planície deltaica – um ou mais canais
dependendo do gradiente da plataforma e
capacidade de transporte das correntes.
Diferenças morfológicas entre a parte superior
(mais fluvial) e inferior (mais estuarina) da
planície.
LEVEES
OU
OMBREIRAS
LAGOS
PLANÍCIE DE
INUNDAÇÃO
DEPÓSITOS DE
ARROMBAMENTO
DE CANAIS
LAGO
DEPÓSITO DE
ARROMBAMENTO
LEVEES
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CANAIS
DISTRIBUTÁRIOS
PLANICIE DE
INUNDAÇÃO
CANAL
DISTRIBUTÁRIO
UNIDADES
MORFOLÓGICAS
DO DELTA
Modelo deposicional para deltas com predomínio de carga detrítica fina
Frente deltaica – local de intensa deposição
onde a morfologia deltaica é realmente
estabelecida. Sedimentos grossos
depositados em barras à frente dos canais
distributários, cuja morfologia depende da:
1- energia do fluxo
2 - diferenças de densidade entre a água
fluvial e a marinha
3 - declividade da plataforma
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UNIDADES
MORFOLÓGICAS
DO DELTA
Prodelta – região com
predomínio de
sedimentação fina (siltes e
argilas) e localizado além
do nível de base das ondas.
É característicamente
plana e mais
horizontalizada, porém
sucestível a movimentos de
massa.
NEM TODOS OS DELTAS
APRESENTAM
PRODELTA.
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Modelo deposicional para deltas com predomínio de carga detrítica fina
Lykousis et al. ?
Tremor
de 1894
Lobos 1-3 de mais velho para
mais novo
Gardner et al. 2001 USGS
Movimentos de massa no pro-delta do Mississipi
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PROCESSOS DEPOSICIONAIS NA FRENTE
DELTAICA
OS PROCESSOS IRÃO VARIAR DEPENDENDO DAS DIFERENÇAS DE DENSIDADE
ENTRE AS ÁGUAS FLUVIAL E MARINHA (ESTUARINA).
Condição Homopicnal – não há diferença de
densidade próximo à saída do rio, e o sedimento é
rapidamente depositado. Barras sedimentares
próximas ao rio são formadas se a bacia receptora for
rasa, bifurcando o canal distributário. Se profunda, uma
barra menos proeminente será formada mais distante.
= bacia profunda
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HOMOPYCNAL
= bacia rasa
PROCESSOS DEPOSICIONAIS NA FRENTE
DELTAICA
Condição Hypopicnal – água fluvial menos densa
que a da bacia. Se a bacia for profunda a água flui
sobre a água da bacia, depositando a carga lamosa
gradualmente. Levees são formados e alongados para
dentro da bacia.
HYPOPYCNAL
1000
1005
1025
Se a bacia for rasa, barras sedimentares podem ser formadas.
Bacia profunda estilo Mississippi
Espuma e acúmulo de resíduos
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1010
PROCESSOS DEPOSICIONAIS NA FRENTE
DELTAICA
Condição Hyperpicnal – água do rio é mais densa
HYPERPYCNAL
e flui por baixo da água da bacia. Fenômeno
normalmene episódico associado com cheias fluviais.
1045
Huang He River (Wrigth et al 1986)
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Fluxos hypo e hyperpicnais podem ocorrer
concomitantemente. Abaixo um esquema
mostrando um evento de cheia com fluxo
hyperpycnal, cujo depósito
é posteriormente retrabalhado pelas ondas.
Ao lado situação observada na plataforma
continental (N da California) durante evento
de cheia do rio Eel, com formação de fluxo
hyperpycnal regulado pela condição de vento.
De cima para baixo: vento de norte (favorece
ressurgência costeira), vento de sul (favorece
subsidência costeira) e ventos de sul com
atividade de ondas e resuspensão do fundo.
Geyer et al 2000
Bhattacharya
and MacEachern 2009
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PROCESSO DE
CRIAÇÃO E
ABANDONDO DE
UM CANAL
DISTRIBUTÁRIO
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MODELO MORFOESTRATIGRAFICO
DE UMA FRENTE
DELTAICA
ESCALA VERTICAL APROX. 20 m
Modelo conceitual (Flocks et al. 2006 JSR) do desenvolvimento recente (< 5000 anos) de um
trecho do delta do Mississippi: 1) progradação initial da frente deltaica, (Unit A) e canais
distributários (c1 e c2); (2) manutenção da progradação (3) progradação avança além da
área do mapa, ocorrendo o desenvolvimento de uma bacia interdistributária (Units D1–D3) e
depósitos de extravazamento (Unit E). Ocorre ainda a redução do fluxo nos canais
distributários e início do abandono desta frente deltaica (depositos lamosos na calha dos
canais); (4) Após abandono e subsidência ocorre o ravinamento pelas ondas e deposição de
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sedimentos
marinhos (Unit F). Ilhas barreiras migram sobre a área de investigação.
D
E
L
T
A
C
O
N
S
T
R
U
T
I
V
O
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D
O
M
I
S
S
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S
S
I
P
I
D
E
S
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R
U
T
I
V
O
FASES CONSTRUTIVAS E DESTRUTIVAS
A transgresão marinha causa erosão generalizada da planície deltaica, os vales
fluviais são convertidos em estuários e o delta fluvial é empurrado para a cabeceira
do estuário.
Períodos de mar alto convertem o estuário novamente a um sistema deltaico com
uma fase construtiva. No entanto, processos de avulsão com alternância de lobos e
troca de canais ativos causa processos construtivos e destrutivos intermitentes, com
progradação da área ativa do delta e erosão da área inativa.
Alternacia de lobos
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Alternacia de canais
Fases Construtivas e Destrutivas em regiões
dominadas por onda e marés
Woodroffe, 2002
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Fases Construtivas e Destrutivas em regiões
dominadas por onda e marés
Area dominada por ondas:
subsidindo (acima) e estavel
(abaixo)
Area dominada por maré
Destrutivo
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Construtivo
SUBSIDÊNCIA EM ZONAS DE ELEVADA
SEDIMENTAÇÃO – Rio Mississippi
Tendências de comportamento
do nível do mar
ISOLINHAS EM PÉS
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A alternância de lobos
tem ocorrido com
frequência de 1500
anos, sendo que
desde 1950 the river o
rio tem tendido a
tomar o rumo da baía
de Atchafalaya –
USACE tem impedido
isto de ocorrer com
estruturas de
engenharia.
Subsidencia e pouco
aporte sedimentar
causam perda da
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deltaica
DELTA DO GANGES-BRAMAPUTRA
(MEGHNA)
Excesso de sedimentos acarretou na
existência de um delta progradacional
durante a última trangressão
ativo
abandonado
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CLASSIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA
A morfologia do delta é condicionada inicialmente à importância relativa do
transporte de sedimento pelas ondas, marés e descarga fluvial. Como
processo coadjuvante (por ser mais lento) adiciona-se ainda o comportamento
do nível do mar - TODOS ESTES PROCESSOS ALTERAM-SE COM O
TEMPO
Delta dominado por
processos fluviais
Nilo – forma deltaica
clássica
Delta dominado
por ondas
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Delta dominado
por marés
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Imagem do delta do rio Ebro, um delta dominado por processo fluvial reformado pelas
ondas especialmente após a cosntrução de barragens e redução da vazão sólida. O
mapa (b) mostra o processo evolutivo do delta no Holoceno. A subida do nivel relativo
do mar resultou no
estaqueamento de
diversos lobos
deltaicos. Seções
em preto indicam
agradação (lama
marinha e turfa) e
facies coloridas
indicam progradação
(facies arenosas na
frente deltaica e
lama pro-deltaica)
Amblas et al (2004)
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Deltas com granulação grossa
classificados como:
- Deltas em leque – com
textura mais grossa (seixos a
matacões), ocorrem quando um
leque subaéreo desemboca
diretamente na zona costeira,
com o talude submerso
alcançando declividades de até
45º. Progradação e agradação
é normalmente submersa.
- Deltas Anastomosados –
composto por material
ligeiramente mais fino, sendo o
delta alimentado por canais
anastomosados que cruzam
uma curta planicie costeira. O
gradiente da plataforma não é
tão alto, e a morfologia deltaica
(com plainicie deltaica, frente
deltaica e prodelta) é similar
aos deltas de granulação
arenosa e lamosa de costas
passivas
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DELTAS DE MARGEM ATIVA
DELTAS DE MARGEM ATIVA
Ocorre inversão na sucessão textural, com aumento do calibre dos
sedimentos em direção ao topo
H.J.A. Berendsen
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DELTAS DE CABECEIRA DE ESTUARIOS - rio Tubarão,
Santa Catarina (Daniel Rodriguez – IGUSP – 2011)
Depositos
deltaicos
Planicie costeira
holocênica
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Bloco-diagrama ilustrativo das
associações de fácies de canal ativo
(AT), canal abandonado (AB), finos de
intercanais (FI) e bacia lagunar (BL).
Modelo evolutivo para o
delta do rio Tubarão em
cinco etapas durante o
Holoceno (de cima para
baixo e da esquerda para
direita). A evolução
concomitante dos demais
sistemas deposicionais
quaternários do entorno e
episódios de ocupação
sambaquieira (Daniel Rodriguez –
IGUSP - 2011)
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Delta fluvial do rio Guaíba – cabeceira da Lagoa
dos Patos
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Artigos no FTP
• Dominguez etal. 1983. Papel da deria litoranea na construcao dos deltas brasileiros. Revista
Brasileira de Geocências
• Dominguez. 1990. Deltas dominados por ondas – critica aos modelos existentes. Revista
Brasileira de Geocências
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