aumento em lábios (queiloplastia ou plástica em

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aumento em lábios (queiloplastia ou plástica em
CRM/MG-25684
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
AUMENTO EM LÁBIOS
(QUEILOPLASTIA OU PLÁSTICA EM LÁBIOS)
O aumento em lábios é um dos procedimentos mais procurados hoje em dia. Na
década de 60, Brigitte Bardot serviu como ícone de beleza e estética labial; não é atoa
que esta cirurgia popularizou-se como “bardolinização” ou, siplesmente, cirurgia de
aumento em lábios.
Muitos métodos cirúrgicos e não cirúrgicos estão disponíveis no momento. Dentre os
métodos não cirúrgicos, destaca-se o preenchimento com ácido hialurônico. No
entanto, a procura por resultados permanentes leva a descoberta de novas técnicas e
métodos cirúrgicos.
Normalmente são jovens a procura de lábios mais sensuais ou mulheres maduras,
cujos lábios apresentam redução do volume, provocados pela atrofia dos tecidos e
envelhecimento cutâneo.
A queiloplastia é uma técnica cirúrgica em lábios capaz de acrescentar volume,
modificar a forma, redefinir contornos, camuflar cicatrizes, etc.
INDICAÇÃO
A sua indicação decorre de alterações estéticas (correção de volume, correção do
desequilíbrio entre o lábio superior e a base do nariz, etc.) e ou alterações não
estéticas (congênitas, adquiridas, etc.).
Muitas vezes o defeito pode aparecer logo ao nascimento, como ocorre na
deformidade congênita conhecida como Fissura labial ou Fissura lábio-palatal. O
tratamento nestes casos deve ser instituido no princípio, logo nos primeiros 3 meses
de idade.
Outras vezes o defeito é reparado na idade adulta, quando as sequelas já se tornaram
“cristalizadas” e, por isso, mais difíceis de serem corrigidas.
No aumento de lábios propriamente dito, a queixa se apresenta quando ocorre a
percepção da perda de volume, projeção e/ou contorno.
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
Na primeira consulta serão questionados todos os dados sobre a sua saúde como
doenças prévias e ou em tratamentos, uso de medicamentos, tabagismo, alergias
medicamentosas, alimentares, cirurgias prévias, etc. Também uma avaliação clínicocardiológica (risco cirúrgico) será recomendada.
Independente do tipo de procedimento, alguns parâmetros devem ser obedecidos
como o lábio superior ligeiramante mais projetado e mais fino que o lábio inferior. O
exame físico é capaz de identificar o melhor equilíbrio na relação entre eles e a
harmonia destes no contexto da face.É essencial, por outro lado, considerar em todo
momento, que os lábios têm uma forma natural a qual é necessário preservar, e assim
evitar as aberrações divulgadas na imprensa leiga.
RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS
Basicamente as mesmas de qualquer cirurgia. Não usar, por 10 dias antes,
medicamentos à base de AAS (Melhoral, Aspirina, Doril, Coristina, Superist,
Sonrisal, Sal de Frutas, Buferin, etc.), Ginko Biloba, corticóides de uso prolongado,
medicamentos para emagrecer, anti depressivos, anti concepcionais orais, entre
outros. Abstinência do fumo por 30 dias antes da operação; não usar cremes faciais a
partir da véspera da cirurgia. O jejum será de acordo com a recomendação médica (10
horas antes da cirurgia). Comunicar ao médico qualquer anormalidade ou uso recente
de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares e alguma outra
recomendação que venha a ser pertinente. Guardar em casa objetos pessoais como
jóias e bijuterias.
Acordar de jejum no dia procedimento, tomar banho completo e chegar ao Hospital 1
hora antes da cirurgia com acompanhante levando consigo todos os exames, risco
cirúrgico, Termo de Autorização para cirurgia e Declaração de Recebimento dos
termos.
COMO É REALIZADA A CIRURGIA
A cirurgia é realizada em hospital tendo sua alta prevista para o mesmo dia.
A anestesia é preferencialmente local com sedação, podendo também ser
geral a critério do anestesista e das particularidades de cada caso.
Em ambas as circunstâncias haverá controle perfeito por um anestesista e toda a
monitorização necessária (pressão arterial, pulso, eletrocardiograma e índice de
oxigenação do sangue).
Para aumento nos lábios, estão disponíveis os seguintes procedimentos cirúrgicos:
• Plásticas (técnicas cirúrgicas de projeção da mucosa e músculo orbicular
labial)
• Enxertos (gordura, tecidos faciais – SMAS, fáscia temporal, etc.)
• Implantes (Implantes cirúrgicos: PTFE – politetrafluoroethileno)
A cirurgia tem a duração de duas horas devendo-se adicionar a este tempo o
preparo e a recuperação pós-anestésica.
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO
1) Controle da dor
O pós-operatório do aumento em lábios tem um quadro de dor leve e, na maioria das
vezes, controlada com analgésicos fracos (Dipirona).
2) Postura:
Na postura deitada de barriga para cima (decúbito dorsal), deve-se apoiar com três
travesseiros a região posterior das costas, deixando a cabeceira elevada a 30 graus.
3) Inchaço:
O inchaço geralmente é grande nos primeiros 3 dias. Tem a tendência de aumentar
gradativamente chegando ao máximo com 72 horas de pós-operatório. Deve-se evitar
ambientes muito aquecidos ou sem ventilação. Banhos na temperatura morna. O uso
da máscara ocular de gelo é mandatória nas primeiras 48-72 horas, o que diminui
muito a ocorrência deste efeito. O inchaço diminui completamente somente depois de
seis meses. Após três meses, algum edema ainda permanece.
4) Curativos:
Habitualemente não utilizamos curativos nos lábios. Uma limpeza externa com água e
sabão, na maiorira das vezes é suficiente. Na presença de cicatrizes na mucosa labial,
recomenda-se a utilização de antissépticos bucais, durante uma semana.
5) Retornos e retirada de Pontos:
Os retornos para a retirada de pontos e avaliação pós-operatória são feitos de acordo
com a evolução pós cirúrgica. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e
devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados. Numa
evolução normal os pontos são retirados com uma semana de cirurgia.
6) Massagem local:
Revomenda-se não executar qualquer massagem local sob risco de absorção
precoce dos enxertos de gordura ou extrusão (expulsão) dos implantes.
Outras orientações:
-Não trabalhar em áreas expostas a poeira ou pó sob risco de contaminação e
infecção;
-Não coçar e nem esfregar a área operada, principalmente se as mãos não estiverem
limpas;
-Exposição ao sol com o filtro solar FPS 30 (mínimo) somente após 30 dias, quando
as manchas roxas (equimoses) já estejam claras.
-O beijo estará liberada após uma semana de cirurgia;
-Uso de batom somente após a primeira semana de cirurgia;
AVALIAÇÃO A LONGO PRAZO
No caso de enxerto de gordura em lábios, a absorção pode ser total ou, no
mínimo 60%. Isto se deve ao fato de que os lábios são altamente vascularizados e
a movimentação normal produzem absorção do enxerto. Na cirurgia de implante
de PTFE, o resultado é definitivo. O enxerto de tecidos autólogos (fáscia, SMAS)
podem produzir endurecimento com o passar do tempo; isto é resultado da
fibrose interna.
INTERCORRÊNCIAS
As intercorrências podem interferir no resultado final em maior ou menor grau
independente da técnica cirúrgica e da condução do tratamento das mesmas pelo
cirurgião.
Intercorrências comuns no pós-operatório: inchaço labial excessivo, pequeno
sangramento pelas incisões (cortes), equimoses ou manchas roxas superficiais,
secreção amarelada espessa, entre outras.
Intercorrências raras possíveis no pós-operatório: hematoma, infecção, alterações
cicatriciais (escurecimento, clareamento, alargamento), fibrose (cicatrzi interna dura),
extrusão (expulsão do implante), entre outros.
IMPORTANTE:
A absorção de gordura em lábios é inevitável e frequentemente exige procedimentos
adicionais de enxertia. O implante de PTFE pode produzir pequenas assimetrias,
dependendo das alterações previamente identificadas.
Retoques ocasionais representam prudência para não retirar demais e depois ter
que corrigir em circunstâncias adversas.
Resultados definitivos somente devem ser considerados após 18 meses da
cirurgia. As cirurgias de retoques, quando necessárias, serão aconselhadas pelo
cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos
e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno,
podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam
incapacidade técnica mas sim uma revisão cirúrgica para se alcançar resultados
ainda melhores.
Os custos destes possíveis retoques serão cobrados somente em relação às
despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados honorários da equipe
cirúrgica desde que estes retoques sejam realizados no período sugerido pelo
cirurgião.
Para fins de honorários, será considerado retoque, todo procedimento seguinte à
primeira cirurgia, num período subseqüente de 12 meses. Após este período,
qualquer intervenção cirúrgica será considerada como um novo procedimento,
independente do primeiro, mesmo que nas mesmas áreas.

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