Algumas questões de desenvolvimento de política e pesquisa
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Algumas questões de desenvolvimento de política e pesquisa
Manual de Finanças Multigovernamental: Algumas questões de desenvolvimento de política e pesquisa Ehtisham Ahmad and Giorgio Brosio Brasília, setembro de 2015 CENTRO STUDI SUL FEDERALISMO Motivação para volume e conversa • A economia política ou as abordagens “positivas” necessárias para a avaliação das políticas públicas: – As recomendações podem mudar algumas instituições e incentivos de vários níveis • Geralmente a literatura teórica não aborda os progressos práticos em determinados países – As regras básicas “regulamentares” centradas nos EUA não eram aplicáveis às reformas na China (reformas de 1993/94) – Levy (2008), Antón, Hernandéz e Levy (2013)— Os modelos bismarckianos talvez não sejam adequados quando há informalidade – Normalmente as interações entre as questões tributárias e de política social e instituições em diferentes níveis vêm à baila 2 Questões políticas em grandes países de vários níveis, como o Brasil • Como dar início à mudança estrutural e reduzir os custos de fazer negócios – Eliminar as distorções do VAT, um importante exercício dos vários níveis de governo, que gera ganhadores e perdedores no nível estadual, – Requer diversos instrumentos, inclusive os efeitos de imposto sobre imposto, e impostos e transferências • Necessidade de avaliações cuidadosas sobre o financiamento do desenvolvimento sustentável – Exemplos: imposto de vários níveis e política social quando houver informalidade (projeto LSE no México e na Indonésia, com insumos do BID, BM e JICA) – Projeto e financiamento de “hubs” urbanos sustentáveis (trabalho em andamento na China e no Chile, e outros casos) • Sem a devida atenção à governança local e a prestação de serviço, a infraestrutura de conectividade pode aumentar a concentração e as desigualdades 3 Some lessons from the Handbook ABORDAGENS POSITIVAS PARA AS FINANÇAS MULTIGOVERNAMENTAIS 4 O Volume: Avanços Analíticos • Abordagens Positivas e Interpretações – Lockwood (Economia política) – Breton (Teoria positiva de federalismo e descentralização política) – Salmon (concorrência horizontal) – Revelli (federalismo fiscal) – Congelton (federalismo assimétrico) – Spahn (Federalismo do contrato) 5 Principais questões de política relevantes para países e agências multilaterais • Instrumentos de Políticas e Instituições – Quem faz o quê? (Dafflon) – Governança e Instituições (Ahmad) – Atribuição das Receotas (Ambrosanio e Bordignon) – Competição fiscal (Wilson) – Below the salt: VAT (Bird) – Financiando Áreas Urbanas (Bahl e Linn) – Tributação Local e Regional (MartinézVazquez) – Economia Política dos Tributos sobre Propriedade (Ahmad, Brosio, Pöschl) – Desenho de Transferência (Boadway) – Sustentabilidade Macro (Ter-Minassian) • Desafios Emergentes – Captura e Clientelismo (Bardhan e Mookherjee) – Redução de Pobreza (Birner e von Braun) – Dividindo Recursos Naturais (Brosio) – Meio-ambiente e mudança climática (Dalmazzone) – Desastre Natural (Goodspeed) – Prevenção de Conflito (Dower e Weber) – Questões de Medidas (Blöchliger) 6 Abordagens normativas • Abordagens normativas pós-segunda guerra mundial – Bastante descritivas • Influenciadas pela experiência dos EUA – Normalmente, uma abordagem instrumento a instrumento (educação isoladamente ou impostos sobre propriedade) – Atribuição, arranjos financeiros • Ensino primário e secundário para o nível municipal, função das preferências locais • O governo central lida com o efeito transbordamento por meio de transferências vinculadas • Contudo, nada pode ser garantido – O centro pode conseguir ofertar educação conforme as preferências locais, e, – Talvez não seja capaz de persuadir os governos locais a internalizarem os “transbordamento” • Muitas das pré-condições dos EUA não se aplicam a outros lugares: as receitas próprias subnacionais e forte restrição orçamentária • Maior reconhecimento das externalidades: centralização da educação no México, Chile… enquanto outros como o Paquistão continuam com a descentralização 7 Foco nos incentivos e evolução das instituições • Foco crescente na literatura desde 2006: • Revisões dos progressos recentes na literatura e nas contribuições originais (Lockwood, Revelli, Breton, Salmon, Bardhan e Mookherjee) – Por quê e como as políticas são desenhadas e implantadas? – Importância das instituições e dos incentivos • Concorrência Multifacetada/yardstick competition – Assegura resultados eficientes? • Facções, “captura” ou “clientelismo” (Bardhan e Mookherjee) • Eco de antigos debates (por exemplo, estudos federalistas) • Extensão à realidade dos países de mercado emergente dos tempos modernos • “Sonegação” ou informalidade dos dias de hoje (trabalho analítico e empírico no México, como antecedente das reformas de 2013 – extensões da abordagem de Levy, mas o trabalho continua) • Arranjos assimétricos (Congleton) e contratos (Spahn) atualizações desde 2006 – Precisa de apoio PFM mais avançado – reconhecimento e monitoramento das responsabilidades e dos resultados (Ahmad) 8 O que há de diferente nas abordagens de economia política? O caso chinês • • Tanto a escolha do instrumento quanto a implementação gradual das medidas podem variar das prescrições padrões Perspectiva normativa (com centro nos EUA) recomendada por algumas IFI no período de 1990-2003: – Teria focado em “desembaraçar” as alocações de gasto e depois decidir sobre o financiamento – Mas os chineses decidiram fixar as bases de receita para criar uma capacidade central de realizar macro política e redistribuição e, assim, assegurar o crescimento • Exemplos da abordagem de “economia política” – Implementação gradual orientada por uma necessidade de consolidar as reformas estruturais (desde 1980) – Provisões para “parar a perda” para obter adesão das províncias às reformas tributárias centrais – Compartilhamento das receitas de VAT junto com o “sistema de equalização de transferência” para dar incentivos para as províncias ricas e pobres – Mais controverso: “foco” em “centros urbanos no litoral” por causa do tempo limitado de conectividade • • • A desigualdade não era um problema à época e houve uma redução em massa da pobreza As reformas chinesas de 1994/2004 foram realizadas antes dos desenvolvimentos teóricos na década passada A reforma tributária necessária agora para gerar a mudança estrutural futura (Ahmad, Rydge e Stern, 2013 Fórum de Desenvolvimento da China) 9 Migração para os “centros urbanos do litoral” 10 Re-equilíbrio ou “centros urbanos sustentáveis” 11 Suportes às finanças públicas • Concessão do status de província às grandes áreas metropolitanas – Coordenação de função da grande área (mais difícil em Santiago ou Mumbai, onde os municípios estão na terceira camada) – Financiamento de infraestrutura (principalmente cotas da receita, mas também impostos – CIT e imposto sobre negócios) – Mas tornaram-se muito grandes - Pearl River Delta (50 milhões – maior do que Tóquio - Yokohama) • As cidades menores (terceira camada) precisavam de desenvolvimento sustentável – O grande problema é a falha do imposto sobre propriedade (para saber mais sobre o assunto, veja o capítulo de Ahmad, Brosio, Pöschl) – Necessário apoiar o acesso ao crédito para serviços e infraestrutura locais – Precisa ser combinado a um “marco de equalização” (capítulos de Boadway e Ahmad) 12 Alinhamento crítico de incentivos com instituições • O que funciona? – No geral, a combinação de instrumentos bem desenhados relevantes para o contexto – Questão de incentivos (empresas, domicílios, modelagem de interações entre governos em diferentes níveis) • Tanto as instituições quanto as políticas podem variar conforme o contexto – Novas áreas de pesquisa: informalidade e sonegação com “interesses velados” – “Progressão da administração” em casos onde as eleições talvez não gerem a “disciplina” adequada – Interações em classes de instrumentos (imposto sobre imposto) e entre instrumentos (impostos e transferências, ou impostos e política social) críticas em praticamente qualquer contexto – Maior ênfase no “número de camadas” para obter a prestação de contas • Implicações importantes para os doadores bilaterais e Agências Internacionais – Coordenação da política tributária, administração, PFM no contexto de crescimento sustentável – Precisam ser reunidos de forma mais significativa em contextos específicos, principalmente diante da “sonegação e informalidade” ou “captação e clientelismo”, assim como de “centros urbanos sustentáveis” – Questões semelhantes na China, Chile, Índia, Paquistão e México 13 IMPOSTOS, TRANSFERÊNCIAS, INSTITUIÇÕES E MACROESTABILIDADE 14 Alocações de gasto que podem não funcionar em muitos países • Subsidiariedade ou abordagens normativas (Dafflon, Salmon) – O ensino primário normalmente é responsabilidade dos níveis locais – Mas demanda prestação de contas local, inclusive receitas adequadas de fonte própria – Yardstick competition – As externalidades complicam os problemas • Geralmente as pré-condições não são atendidas nos países de mercado emergente – Boas intenções e maus resultados (descentralização da educação na Nigéria, México e Chile) • Interface da política e administração tributária com a política de gasto é importante mas geralmente não é feita – Não há prestação de contas sem fontes próprias de receita na margem (Ambrosiano e Bordignon) As interações são críticas pro causa dos incentivos e instituições 15 Princípios de subsidiariedade modificados 16 Economia política de quem faz o quê? • Dafflon apresenta uma boa categorização de responsabilidades • Ahmad: Porém as categorias funcionais e econômicas estão envolvidas, segundo o GFSM2001/2014, inclusive o reconhecimento integral das responsabilidades • A FAD poderia fazer muito mais, inclusive outras IFI, contanto quase que exclusivamente com a área de expertise do FMI – É importante se concentrar em informações consistentes juntamente com a clareza de gastos – Não faz sentido devolver a educação às camadas mais baixas se elas não tiverem fontes próprias de receitas ou padrões de relatório • A onda atual de centralização da educação na América Latina depois de duas décadas tentando copiar o modelo dos EUA 17 Importância do projeto tributário de vários níveis governamentais • Ambrosanio e Bordignon: atualização do documento crítico o Manual de 2006: – Importância de “receitas de fonte própria” em cada nível de responsabilidade, vínculo com crédito e responsabilidades – Mas os incentivos podem ser neutralizados por transferências mal planejadas • Wilson: foco na concorrência tributária vertical – Papel do governo central para lidar com as ineficiências na concorrência tributária horizontal – As transferências se tornam importantes para garantir a eficiência e a igualdade espacial • Martinéz-Vazquez: tipologia de alocações tributárias em vários níveis governamentais e limitações de administração 18 Política e administração tributária • Ahmad: (sobre Governança e Instituições) – Não é necessário replicar complexas administrações tributárias em níveis inferiores para accountability: a definição de alíquotas é essencial – Proximidade com contribuintes (cadastro ou valorização – registros fundiários) poderia incentivar o “rent seeking”) • Trabalhar com registros e cadastro eletrônicos de propriedade em nível nacional ou regional, possivelmente com imagem de satélite, uma contribuição muito importante para aumentar o número de países – A correspondência local entre a definição de alíquota e geração de benefícios (inclusive acesso a crédito) é essencial • (extensões em nível regional e impostos sobre propriedade local) 19 Questões tributárias especiais: • Bird: Os países devem separar as bases de VAT? – A co-ocupação pode funcionar, com dificuldade (Canadá) – Melhor não complicar o VAT – Problemas com as alocações da Commonwealth britânica: Sul da Ásia, Canadá, Austrália • Solução limpa na Austrália, envolvendo o compromisso político da economia com as transferências de equalização • Significantes reformas em discussão na Índia • Ahmad, Brosio, Pöschl: Foco na renovação do vínculo entre os impostos locais e benefícios para o desenvolvimento urbano sustentável – Por que os impostos sobre propriedade local têm um desempenho ruim nos países em desenvolvimento? – Muito visível e com instituições precárias e geralmente distorcendo as transferências centrais, então não há incentivo para contribuir – J.S.Mill/Marshall – o vínculo entre benefícios locais (serviços) e financiamento também trata do financiamento dos investimentos locais com a capitalização do imposto. 20 Pré-condições para regras fiscais subnacionais • As responsabilidades pelo gasto, tributos próprios, transferências e geração de informação / PFM vêm juntas – As interações são críticas • Capítulo de Ter-Minassian – Importância das regras fiscais em nível subnacional – Mas também pré-condições para acesso ao crédito • Especialmente receitas de fonte própria e • Informação integral sobre a construção de responsabilidades (suportes PFM) • Importância crítica em países de vários níveis (China, Indonésia) e países federativos (México e Emirados Árabes) • Também é relevante para as Uniões Monetárias (Ahmad, Bordignon e Brosio, no prelo, Crisis in the EU and Multilevel Finance) 21 Governança e instituições • Ahmad: A informação padronizada é crítica para – Yardstick competition, e – também modelos administrativos (“confucianos”) (próximo volume) – Elemento chave nas estruturas de “incentivo” • Porém as estruturas fiscais organizacionais podem parecer e funcionar de formas diferentes em diversos países (baseando-se na caracterização de instituições usada pelo Norte) – Do lado da receita: a integração da informação e administração ao invés da administração segmentada pode ser necessária para a sonegação (México 2013) – Do lado do gasto: desincentivos para reconhecimento das obrigações • PPPs - —empurrando com a barriga, inclusive na UE? • A falta de TSA facilita “barganhas”, “clientelismo” e as “regras do jogo” • A importância de acompanhar continuamente as operações em todos os níveis – Marco GFSM2014 do FMI - a ser enfatizada, inclusive pela FAD: Implicações dos COAs e GFMIS de vários níveis • As IFIs têm um papel importante a desempenhar para ajudar a elaborar os marcos adequados de instituições e governança 22 QUESTÕES “GEOGRAFISCAIS”, CENTROS URBANOS E CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL 23 Questões “Geografiscais” • Revelli: As (questões de) interação espacial estão cada vez mais no primeiro plano da literatura. – Tanto a concorrência vertical e horizontal quanto os efeitos de demonstração, complementaridades e derrames. – Traz um desafio para os econometristas. • Área interessante para novas pesquisas vinculadas à agenda de desenvolvimento sustentável: – Solicitações de criação de “novos hubs sustentáveis” – Trabalho empírico sobre “convergência”, por exemplo, na China (próximo volume), Reino Unido e Chile (pesquisa em andamento) 24 Centros metropolitanos e urbanos • Bahl e Linn: – Principais questões na gestão eficiente de grandes áreas metropolitanas – Questões de vários níveis: arranjos organizacionais, responsabilidades e financiamento são críticos • Mas há limites na expansão das “mega cidades” – Custos de congestionamento e poluição, e – Armadilhas da renda média • Vínculos com a agenda “geografiscal” acima para os centros urbanos sustentáveis e geração de emprego – Sem investimento privado a menos que os diferenciais de custo sejam considerados e os serviços públicos sejam prestados com eficiência – Mais do que apenas investimentos físicos • Mai do que a construção de castelos vazios no deserto, ou conectividade entre o nada e o lugar nenhum • A governança e as instituições de vários níveis, assim como os instrumentos fiscais (particularmente impostos próprios e acesso ao crédito) são críticos – Todos os componentes essenciais juntos 25 Principais questões de pesquisa e política urbana e fiscal • Como são criados os centros urbanos sustentáveis? – População e mercados – Estruturas de governança e acompanhamento de desigualdade – Incentivos para operações do setor privado • Financiamento essencial para requisitos de infraestrutura – Como devem ser financiados? – Efeitos sobre produtores e consumidores – Papel principal das receitas de fonte própria e dos sistemas de equalização – Acesso a crédito e relatório padrão das responsabilidades e riscos (PFM) – no envelope geral macro-fiscal sustentável • Agenda de pesquisa e política na Ásia (China, Índia) assim como na América Latina (por exemplo, Chile) 26 REDUÇÃO DA POBREZA 27 Captação, clientelismo e redução sustentada da pobreza • Bardhan e Mookherjee: acrescentam o conceito crítico de “clientelismo” à ideia de “captação” do Manual de 2006 – Também pode ser perfeitamente voltado aos pobres – por exemplo, com transferências condicionais de dinheiro, – Mas pode ser mais pela “compra de votos” do que pelas necessidades de desenvolvimento em longo prazo • Por exemplo, BISP (o CCT paquistanês financiado pelo BM e DFID, com apoio do FMI) • A descentralização tem impacto positivo na prestação de serviços públicos para os pobres? – Como enfatizado em Junaid Ahmad, Devarajan, Khemani e Shah (Manual de 2006) com base no RDH sobre Prestação de Serviços – Fortalecendo a capacidade dos pobres de demandar melhores serviços? e – Melhora incentivos e a capacidade das agências públicas de prestrar esses serviços? 28 Redução da pobreza no contexto de vários níveis • O que compõe a redução sustentável da pobreza? – Investimentos ou transferências em longo prazo? – O que acontece para que os incentivos funcionem? • Birner e von Braun: pesquisa da literatura, inclusive evidências empíricas, sobre – O papel da prestação de serviço local • Mas a evidência nos CCT é mista: – Pode haver alternativas mais compatíveis de incentivo – por exemplo, substituição por Oportunidades no México em 2014 • O contexto da política continua crítico – e o caso para qualquer medida deve ser avaliado com cuidado em seu contexto institucional / de vários níveis 29 MUDANÇA CLIMÁTICA E GESTÃO DE DESASTRES NATURAIS 30 Questões de vários níveis relacionadas à mudança climática • Área para pesquisa proveitosa: – Aspectos espaciais já discutidos (centros sustentáveis) – Política tributária e transferências: para o imposto nacional sobre carbono: (para evitar nivelamento por baixo - Ahmad e Stern, 2011) • Dalmazzone: analisa casos de desafios ambientais locais: – Externalidades e uniformidade de padrões e metas demandam diretrizes centrais e até mesmo supranacionais – Mas a ação local sobre poluentes e congestionamento pode ser crítica – Incentivos consideráveis para a sonegação • O equilíbrio necessário entre as ações locais, estados, centrais e supranacionais 31 Prevenção de desastre e ajudam – com foco renovado com o Nepal e Haiti • Goodspeed: – Concentra-se em incentivos consistentes em diferentes níveis de prevenção • Códigos de construção local; assistência à saúde e instalações de coordenação, estradas afluentes e redes • O papel do cosseguro para influenciar os incentivos locais e privados para adotar medidas preventivas – O caso da coordenação em vários níveis • • • • Alerta precoce (furacões e tsunamis) Lidar com eventos catastróficos Agrupamento de riscos e Reconstrução – e coordenação de ajuda 32 Keeping countries together A BATALHA POR RECURSOS NATURAIS E EVITAR CONFLITOS 33 Compartilhamento de Receita e Transparência • As pessoas em regiões ricas em recursos geralmente enxergam mais danos ambientais do que benefícios – Pode levar a tendências de secessão e conflito • Brosio analisa o caso e a tipologia das opções – Captação pelas elites corruptas centrais e locais (Nigéria: relatório da Comissão Ribadu) – SWFs como solução parcial – toda a cadeia de valor deve ser vista como justa (muito mais necessidade de PFM do que anteriormente) • Gestão apropriada do setor, com a devida alocação de impostos e quotas / transferências de receita – A economia política pode resultar em um compartilhamento assimétrico, geralmente vinculado à compensação pelo dano – Veja, por exemplo, Acheh na Indonésia – Mas as transferências de equalização também são importantes • Então, a confluência de impostos, quotas de receita, transferências e critérios de governança... alimentam a agenda de prevenção de crise 34 Evitar ou lidar com conflitos étnicos ou regionais • Dower e Weber: conflitos de modelo por causa de diferenças étnicas, e o papel das “transferências” para reduzir os incentivos à separação – A efetividade de transferências depende também da “distância” entre o centro e as regiões – Aumenta, até certo ponto, alguma diversidade étnica, mas depois diminui • Implica que as políticas fiscais têm limites para mitigar os conflitos, quando usadas isoladamente. • Ahmad, Brosio et al, Iraq non-paper 2007: Problems exacerbated if there is a natural resource in the minority regions – Base de análises para o documento do FMI-BM chamado “IMF-WB nonpaper for Iraq in 2007” – infelizmente ignorado pelas duas agências, mas que ainda apresenta um caminho para a solução – Também um elemento central do acordo de Diálogo Nacional do Iêmen • Mas os arranjos constitucionais intermediados pela ONU não foram implantados com a rapidez necessária • Ainda serve de base para qualquer arranjo político no Iêmen! 35 Conclusões • Uma grande lição é a importância de instrumentos e políticas que sejam normalmente tratadas isoladamente pelos doadores e pelas IFIs internacionais • Há uma agenda de pesquisa e política significante, onde seria muito desejável haver colaboração tanto no método quanto nos casos específicos de países • Mais trabalhos de casos específicos em andamento: – Volume sobre a Crisis in Europe and Multilevel Finance (editores Ahmad, Bordignon e Brosio) no prelo; – Volume específico sobre a China- em preparação; – Agenda da política tributária – social na informalidade (com foco no projeto LSE-IADB-JICA no México é Indonésia; com apoio do Banco Mundial para a parte do trabalho no México) está perto de ser concluída. 36