Ex-presidente da Galp vai fixar salários dos gestores da CGD

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Ex-presidente da Galp vai fixar salários dos gestores da CGD
Revista de Imprensa
01-09-2016
1. Magazine Imobiliário, 01-09-2016, "Personalidades do Ano" vem clima festivo
1
2. Negócios, 01-09-2016, Liberdade económica
12
3. Negócios, 01-09-2016, Modelo económico está a falhar
13
4. Público, 01-09-2016, Ex-presidente da Galp vai fixar salários dos gestores da CGD
16
5. Económico Online, 31-08-2016, Ferreira de Oliveira vai fixar salário dos
administradores da CGD
17
6. Jornal de Letras, Artes e Ideias, 31-08-2016, Ser , um problema filosófico-poético?
20
7. Negócios Online, 31-08-2016, Ex-presidente da Galp vai decidir remunerações da
CGD
22
8. Público Online, 31-08-2016, Ex-presidente da Galp vai fixar salários dos gestores da
CGD
24
9. Sábado Online, 31-08-2016, Ex-presidente da Galp vai decidir remunerações da
Caixa Geral de Depósitos
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10. Correio da Manhã - Correio da Manhã Norte, 27-08-2016, Investimento milionário
em centro de excelência
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3° Aniversário
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Ao assinalar o seu terceiro aniversário, a magazine Imobiliário volta a organi-
To mark its third anniversary, magazine Imobiliário is once again organising
zar o Prémio 'Personalidades do Ano', nas áreas que cobre jornalisticamente,
the 'Personalities of the Year' award for the areas that are covered journalisti-
ou seja, no Imobiliário, na Construção, no Ambiente e no Turismo, além da dis-
cally: i.e. Real Estofe, Construction, Environment and Tourism as well as the
tinção de mérito. Com a colaboração e os conselhos de especialistas, home-
merit award. With the collaboration and advice of specialists, we pay tribute
nageamos pessoas que se distinguiram pelo seu prestígio e profissionalismo.
to people who stand out for their prestige and professionalisn
Para o efeito tem lugar, num hotel de Lisboa, uma cerimónia para a qual foram
As a result there will be o ceremony at o Lisbon hotel to which scores of pro-
convidadas dezenas de profissionais. Será, também, um momento festivo, por
fessionais will be invited, 11 will also provide a moment of celebration to com-
coincidir com três anos da nossa revista.
memorate our magazine's third anniversary.
Elas páginas que se seguem publicamos artigos sobre os cinco premiados. Fi-
In the pages that follow we've published articles about the Eive award win-
guras diferentes, com percursos distintos, todos com grande valor humano e
ners. Different personalities with different career paths but who are extreme-
profissional.
ly distinguished both on a human and professional levei.
Este evento só é possível devido ao patrocínio de várias entidades e empre-
This event has only been made possible thanks to the various entities and
sas das quais se destacam a Aguirre newman, a Renascimóvel, a Sotherbys's
companies who have sponsored it including Rguirre liewman, Renascimóvel,
Portugal, a Vulcano, a Bosch e a Roca, a par da hospitalidade da Hoti Hotéis.
Sotherby's Portugal, Vulcano, Bosch and Roca as well as the hospitality of
Conta ainda com o apoio, institucional, das principais associações nacionais
hotel group Hoti Hotéis. It also enjoys the institucional report of the main na-
destas áreas.
tional associations covering these areas.
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PATROCIFIFIDORES
PATROCIFIRDORES IFISTMJCIOnAIS
APOIOS
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iodo
mio Per on lidode 1 • •i iário 2016
Real Estate Pertonality Award 21616
Rui Coelho
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Rui Ramos Pinto Coelho tem como mérito promover a internacionalização do imobiliário português, além de dominar a arte de bem captar investimento estrangeiro e nesta intenção há que
louvar o seu contributo para o crescimento da
participação de Lisboa nas Feiras internacionais.
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, com especialização em Marketing, pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), frequentou
posteriormente, também na UCP, os Programas
Executivos de Empreendedorismo e Gestão da
Inovação e de Desenvolvimento Pessoal e Profissional.
Assumiu o cargo de subdirector-geral do Turismo entre 2002 e 2004; e Foi também director da
Expo-Adrenalina (EXPO'98) e Project Manager na
flavo Design. Como empreendedor implementou
os projectos Best oF Portugal e OR - Objectos Actuais.
Hoje é Director Executivo da Invest Lisboa, agência de promoção económica de Lisboa responsável pela promoção internacional, apoio a investidores, empresas e empreendedores e promoção
de projectos de dinamização da economia. Cargo
que ocupa desde a Fundação desta entidade, em
2009.
nesse âmbito coordenou stands de Lisboa em
14 Feiras internacionais (incluindo as principais
Feiras internacionais de investimento imobiliário
- MIPIM e EXPO REAL), Foi orador em mais de 60
eventos no exterior, apoiou mais de 2.000 projectos de investidores, empresas e empreendedores,
e promoveu a criação da Incubadora de Empresas
Startup Lisboa (da qual Faz parte da direcção), o
Reutilização do Convento do Desterro (em parceria com a ESTAMO, CML e Main Side) e o Leilão
de Arrendamento Low-Cost (em parceria com a
EPUL), entre outros projectos.
Integrou ainda, em 2015, um grupo de peritos
internacionais do ULI - Urban Land Institute que
desenvolveu o projecto de consultoria para as cidades alemãs de Frankfurt e Offenbach.
Rui Ramos Pinto Coelho gets this oward for promoting the internationolisation of Portuguese
real estale as well os For mastering the art of
attracting foreign investment and it is For these
that we pay tribute to his contribution to the
growing participation of Lisbon at international
fairs.
With a degree in Business Rdministration with
a Marketing speciolisation from Lisbon's Universidade Católico Portuguesa (UCP), he loter took
Executive Entrepreneurial Programmes, Innovation Management and Personal and Professional Development courses also at UCP.
He took up the post of Deputy General Director
of Tourism between 2002 and 2004; and was
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also director of Expo-Adrenalina (EXPO'98) and
Project Manager at novo Design. As a entrepreneur he implemented the projects Best of Portugal and OR - Objectos Actuais.
Today he is the CEO of Invest Lisboa, Lisbon's
economic promotion ogency responsible For
promoting the city internationally and helping
investors and companies develop and promote
their projects thus boosting the city's economy.
It's a post he has occupied since this agency
was set up in 2009.
As part of this he has coordinated the Lisbon
stands at 14 international fairs (including the
main international real estale investment fairs
- MIPIM and EXPO REAL, has been a speaker
at more than 60 events overseas, supported
more than 2,000 investor projects, companies
and entrepreneurs and hos promoted the creation of the start-up incubator Startup Lisboa (For
which he is on the board), the reíurbishment,
rennovation and adaptation of the Convento
do Desterro (a former public hospital now being turned into housing) (in partnership with
ESTAMO, CML (Lisbon Council) and Main Side)
and the Low-Cosi Rental Fluction (in portnership with EPUL - Lisbon Public Urbanisation
Company), among other projects.
He also joined a group of international experts
from the ULI - Urban Lond Institute in 2015
which developed a consultancy project for the
German cities of Frankfurt and Offenbach.
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Prémio Personalidade Construção 2016
Construction Personality Flwacid
2016
<>C
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Carlos Alberto Modas Ramos é um nome incontornável da Engenharia portuguesa, cujo contributo
técnico e científico conferiu a este sector elevado
prestígio nacional e internacional.
nasceu em Pinhel, em 22 de janeiro de 1945,
tendo-se Formado em Engenheira Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em
1969.
Ro serviço do Laboratório nacional de Engenharia Civil (LnEc) Foi sempre crescendo profissionalmente e a muito pulsar Foi sendo reconhecido
pelos seus pares e alcançando novos patamares.
De reputado investigador, entre outros cargos que
conquistou pelo caminho, chegou à presidência
desta entidade.
Com sabedoria e experiência, Foi de Forma natural
que abraçou a educação e a Formação, tendo sido
docente no nRTO/RSI (Fldvonced Study Institute),
docente convidado em cursos de mestrado em
Portugal e em cursos de especialização rio CEDEX,
em Espanha, e ainda docente no IST/Técnico.
Do seu currículo Faz parte também a autoria e
co-autoria de diversos relatórios, notas técnicas,
pareceres, artigos técnico-científicos publicados
em revistas, congressos, simpósios e conferências
nacionais e internacionais, de cinco memórias técnicas e diversos livros.
fia actividade de consultoria adquiriu igualmente
elevado estatuto, destacando-se a participação e
orientação em diversos estudos e projectos de vários obras, quer em Portugal quer no estrangeiro.
mais recentemente atingiu o ponto máximo da
profissão ao ser eleito Bastonário da Ordem dos
Engenheiros de Portugal (2010-2016) e Conselheiro do Conselho Económico e Social Europeu
(2015-2020).
Carlos Alberto Modas Ramos is on essential
nome in the world of Portuguese engineering,
whose technical and scientific contribution has
given this sector a high degree of national and
internacional prestige.
Born in Pinhel, on 22 January, 1945, he got
degree in Civil Engineering from the Engineering
Faculty at the University of Porto, in 1969.
He worked For the flational Civil Engineering
Laboratory (LnEc) in which he grew professionolly and has for many years been recognised by
his peers For setting new standards. A renown
researcher, from the many posts he Filled along
the way he became president of LnEc.
With wisdom and experience, he naturally embraced education and training having been a fellow at FIRTO/RSI (Advanced Study Institute), a
guest fellow in masters courses in Portugal and
on specialised courses ot CEDEX - Centro de Estudios y Experimentación de Obras Públicos (a
Civil Engineering Research Agency), in Spain,
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and also a fellow at IST/Técnico (Lisbon Higher
Technical Institute).
On his curriculum too is his authorship and coauthorship of various reports, technical briefs,
expert reports and technical-scientific articles
published in magazines, congresses, symposia
and national and internacional conFerences,
various books and other technicol aids.
In the consulting area he has gained a high levei
oF prestige, it being worth pointing out his coordination and participation in various studies and
projects For various civil engineering/construction projects both in Portugal and overseas.
More recently he reached the summit of his proFession by being elected President oF the Portuguese Engineers Association (2010-2016) and
Rdvisor to the European Economic and Social
Council (2015-2020).
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Prémio Personalidade Am lifite
Environment Personalitytard 2016
iluno Coelho
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Daniel Muno de Melo Coelho é um homem da natureza que tem promovido o regresso às origens
no que mais de genuíno possui, a preservação do
meio ambiente de Forma integrada e sustentada e
ainda o prática inteligente, sensibilizada e divertida de Fazer turismo ao ar livre.
Possui o Curso Superior de Turismo do ISLFI, em
Gaia, e em 1993, à sua Formação turística juntou-se o apelo da natureza, tornando-se sócio Fundador da empresa Montes d'Aventura, onde vem
a desempenhar Funções de consultor técnico na
área de actividades outdoor. Rindo assim, desde
esse ano até 1998, prossegue com as Funções comerciais e de recuperação de crédito no BESLEFIsinG, Sociedade de Locação Financeira S.R.
É precisamente em 1998 que se torna gerente da
Incentivos Outdoor, passando a ser responsável
pelo execução dos programas de actividades outdoor desta empresa, bem como do sua gestão comercial. Cargo que ocupa até ao ano 2000, altura
em que assume a coordenação da empresa Montes d'Aventura - Coelho & Império Lda., da área de
comércio de artigos montanhismo, passando a ser
gestor de três lojas na zona norte do País.
Em 2005 passa a gerir o projecto turismo náutico
da empresa Incentivos Outdoor no rio Tejo e entre 2006 e 2009 gere o parque temático 'Campo
Aventura' em Vila Velha do Ródão e Gerês.
Pelo meio, em 2007, é ainda gestor do Restaurante Vale Mourão na aldeia da Foz do Cobrão associada ao projecto turístico Aldeias do Xisto; gestor
do projecto turístico GeoCircuitos, circuitos turísticos no Geopark naturtejo da empresa Incentivos
Outdoor; e coordenador pela empresa Incentivos
Outdoor do projecto turístico de exploração da
linha da Beira Baixa em parceira com a CP - Caminhos de Ferro Portugueses.
Entre 2008 e 2009, coordena os projectos: 'Turismo de natureza' a implementar em Marvão pela
empresa Incentivos Outdoor; 'GeoTrekking', passeios pedestres no Geopark naturtejo da empresa
Incentivos Outdoor; e 'Geotrekking' construção,
implementação e manutenção de percursos pedestres.
E a partir de 2010 assume o cargo de gestor do
Complexo Turístico Portas de Ródão, unidade de
alojamento e restauração de eventos.
Daniel nuno de Melo Coelho is a man of fature
who has promoted a back to origins approach of
which more genuine there cannot be - the preservation of the environment in a sustained and
integrated way and also on intelligent, aware
and fun way of doing open-air tourism.
With a qualification in Tourism from Porto's ISLF1
- Higher Institute of Languages and Administration, Gaia) in 1993, he combined his tourism training with his love of fature, becoming a Founding
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partner of the company Montes d'Aventura,
where he has been a technical consultant in the
outdoor activities area. Furthermore, from that
time until 1998, he fulfilled commercial activities including credit recovery For BESLERSInG,
Sociedade de Locação Financeira S.R.
And it was in 1998 that he became manager
oF Incentivos Outdoor, being responsible For
running a programme of outdoor activities
For this company, as well as its commercial
management.R post he held until 2000, when
he took over the coordination of the company
Montes d'Aventura - Coelho 6- Império Lda., focusing on selling mountaineering/rock climbing
equipment, and then managing three shops in
the north of Portugal.
In 2005 he managed a marine tourism project
For the company Incentivos Outdoor on the
River Tagus and between 2006 and 2009 managed the theme park 'Campo Rventura' in Vila
Velha do Ródão e Gerês.
In between, in 2007, he was also manager of
the Restaurante Vale Mourão in the village of
Foz do Cabrão, ossocioted with the tourism project Aldeias do Xisto (Shale Villages); and manager oF the tourism project GeoCircuitos, tourism trails in Geopark naturtejo For the company
Incentivos Outdoor; and coordinator for Incentivos Outdoor on the tourism project For running
the Beira Baixa historic/scenic railway line with
CP - Caminho de Ferro Portuguesas (The Portuguese Railway Compony - CP)
Between 2008 and 2009 he coordinated the
following projects: 'Turismo de natureza' (nature Tourism) in ITlarvõo set up by Incentivos
Outdoor; 'GeoTrekking', country walks in Geopark naturetejo (Incentivos Outdoor); and 'Geotrekking' construction, implementation and
maintenance of pedestrion country footpaths.
Rnd from 2010 he has been the manager of the
Complexo Túrístico Portas de Ródão - a Tourism
complex including accommodation, restaurants
and hosting events.
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Prémio Personalida
Tourism Personality Award
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Grande figura do turismo português Luís Veiga
dedicou a sua vida a defender este sector, a exigir qualidade a todos os níveis desta indústria, a
tecer críticas quando as tinha de fazer e a congratular quando as medidas e projectos eram bons. É,
pois, um dos expoentes máximos da hotelaria e do
turismo do nosso País.
nasceu a 2 de Março de 1955. Casado e pai de
dois filhos, tem, actualmente, um pé em Lisboa e
outro na Covilhã, cidade nortenha que lhe conferiu
o título de 'Cidadão Honorário'.
A sua formação académica passou por estabelecimentos de ensino de prestígio tendo adquirido
o Curso de Administração e Gestão, pela Universidade de Lausanne (1975-77), e licenciatura em
Gestão de Empresas, pelo ISCTE (1981).
fia década de 80 integrou um dos maiores projectos turísticos do Algarve, o Vale do Lobo. Posteriormente, durante quatro anos, foi consultor de
Empresas BDO Binder. Fez parte da administração
executiva da norgarante - Sociedade de Garantia
Mútua.
Actualmente é administrador executivo da flatura
IMB HOTELS e Grupo IMB.
A vida associativa é um dos grandes pilares do
seu percurso, tendo-se destacado, desde logo, na
presidência da RERCAB - Associação Empresarial
do Distrito de Castelo Branco. Mas foi na qualidade de presidente do Conselho Geral da RHP
- Associação da Hotelaria de Portugal, cargo que
exerceu até Abril de 2016, que mais se percebeu
a sua paixão pelo turismo e pela hotelaria e mais
garra mostrou nas 'lutas' do sector. Actualmente é
membro do Conselho Geral desta associação (desde Maio 2016).
fio momento, assume a vice-presidência da FIRPT
Centro - Agência Regional de Promoção Turística
do Centro de Portugal, entidade que tem vindo a
mostrar-se muito dinâmica e a colocar a Região
Centro nas 'bocas do mundo'; e a vice-presidência
da ATP - Associação das Termas de Portugal, entidade que mais recentemente tem conseguido
modernizar e tornar mais activo o termalismo e
o turismo de saúde e bem-estar em Portugal e
além-fronteiras.
R grand Figure in Portuguese tourism, Luís Veiga
had dedicated his life to promoting this sector,
demanding quality ot ali leveis from this industry, making harsh criticisms when necessory
and congratulating when mensures and projects
were good one. Rnd then he is one of the leading lights in the hotel and tourism industry in
Portugal.
Born on 2 March, 1955. Married with two children, he currently has one foot in Lisbon and
the other in the northern town of Covilhã which
has conferred on him the honour of 'Honorary
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Citizen'.
His academic troining in included pretigious
educational establishments having got a
qualiFication in Business Administration and
Management from the University of Lausanne
(1975-77), and a degree in Business Management from the Lisbon School of Economics and
Management (ISCTE (1981).
In the 80s he worked on one of the biggest tourism projects in the Algarve, Vale do Lobo. Loter
on, for four years, he was a consultont for Empresas BDO Binder. He sat on the board of the
property development bosed mutual credit Fund
florgarante - Sociedade de Garantia Mútua.
He is currently the CEO of flatura IMB HOTELS
and the Grupo IMB.
His work in associations has been one of the
cornerstones of his career, particularly his
term as President of flERCRB - Castelo Branco
District Business Association. But it was in his
copacity os President of the General Board For
the Portuguese Hotel Association - RHP (Associação da Hotelaria de Portugal), a post which
he occupied until Rpril 2016, that one understands his passion for tourism and the hotel sector and in which his hands-on record shows his
'battles' for the sector. Currently he has been on
the board of the RHP since may 2016.
At the moment he is the Vice President of the
RRPT Centro - Agência Regional de Promoção
Turística do Centro de Portugal (The Centre of
Portugal Regional Agency For Tourism Promotion), a body which hos worked tirelessly to put
the Central Region on 'the lips of the world'; and
he is Vice-President oF the Portuguese Association of Hot Spas (RTP - Associação das Termas
de Portugal) and more recently hos succeeded
in modernizing and promoting natural spas and
wellness in Portugal and abroad.
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Premiados
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Prémio Personalidade Mérito 2016
Merit Personality Award 2016
Arnaldo Grossman
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É uma das mais antigos personalidades da área da
mediação imobiliária em Portugal, tendo passado
também pela promoção. Arnaldo Grossman é histórico e 'revolucionário' na maneira de comercializar o imobiliário no País, tendo a Consultan sido
líder de mercado durante muitos anos e atingindo
vendas e valores nunca untes vistos neste segmento.
Afirma-se brasileiro e português, tendo nascido
na cidade do Rio de janeiro há 70 anos. Fundou a
Consultan em 1974 e a Consulton portuguesa em
1989, altura em que se mudou com a sua mulher e
os seus três filhos para Portugal.
Formado em Direito pela Universidade do Estado
de Guanabara (actual UERJ), começou por trabalhar na empresa Veplan-Residência localizada no
cidade carioca que considera ser a sua grande escola do imobiliário.
O seu primeiro grande lançamento em Portugal
Foi o Parque Europa, actualmente denominado de
Rita de Lisboa, em que comercializou cerca de 600
unidades num tempo recorde e antes de se iniciar
a fase de construção. mas o projecto que marcou
em profundida a empresa foi a EXPO'98 com o
lançamento dos duos torres emblemáticas: São
Gabriel e São Rafael (grupos Sonae e Ferrovial)
que, além de ter sido um grande êxito de vendas,
contribuiu para a mudança de mentalidade da juventude em Portugal.
A ele se deve o lançamento do primeiro apart-hotel e o primeiro loft em Lisboa, tendo participado
ainda no conceito e desenvolvimento do projecto
da Casa da Guia (Cascais).
É presidente do maccabi Country Club, pertencente à comunidade judaica de Lisboa, desde a suo
fundação há 12 anos.
Apreciador de ténis, confessa que também adora
Futebol e revela-se um fevroso adepto do Sport
Lisboa e Benfica.
One of the longest-serving personalities in the
estale agency business in Portugal, having
also worked in promotion. Arnaldo Grossman is
historic and 'revolutionary' in the way in which
he marketed and commercialised real estate in
Portugal, his company Consultan having been
market leader For many years, achieving soles
and values never before seen in the segment.
He sees himself as both Brazilian and Portuguese and was born in Rio de Janeiro 70 years
ago. He Founded Consultan in 1974 and its Portuguese affiliate in 1989, when he moved with
his wife and three children to Portugal.
With a law degree from Guanabara State University (Universidade do Estado de Guanabara
(UERJ), he began working for the company Veplan-Residência in Rio which he considers to be
the best baptism of Fire he could have had in the
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world of real estate.
His big break in Portugal was Parque Europa,
currently called Alta de Lisboa, in which he commercialised around 600 units in record time
and before construction work had even begun.
But the project which really proved the signature for the company was the world exhibition
EXPO'98 with the launch of two emblematic
towers: São Gabriel and São Rafael (Sonae and
Ferrovial groups) which, which apart From being
a big success in terms of soles, contributed towards changing the mentality of young people
in Portugal.
The launch of the first oport-hotel and first loft
in Lisbon is down to him, having also been involved in the concept and development oF Lhe
Cosa da Guia project (Cascais)
He is President of the maccabi Country Club, is a
member of the Lisbon Jewish Community since
its foundation 12 years ago.
A tennis fan, he admits to also enjoying football
and is an ardent fan of Sport Lisboa and Benfica.
A12
ID: 65897287
01-09-2016
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País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
LIBERDADE ECONÓMICA
Democracia e Mercado
JOÃO BORGES
DE ASSUNÇÃO
Professor
Universidade Católica Portuguesa
[email protected]
Seongloon Cho/Reuters
A
tensão entre democracia e mercado
é um dos temas do nosso tempo. E
surge em múltiplas e variadas formas. Como por exemplo na discussão sobre as restrições que os mercados de dívida impõem às intenções
políticas dos governos. Mas em termos mais gerais sobre a disciplina
que os critérios de racionalidade financeira ou económica impõem aos
governos das democracias.
• Nesta perspetiva, por exemplo, as
condições da comissão europeia à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), nomeadamente a obrigação de que uma parte da capitalização
se faça com recursos privados é acima
de tudo um critério de racionalidade
financeira. Segundo o espírito das regras emvigor naUnião Europeia, o Estado português só pode colocar recursos adicionais na CGD se conseguir
convencer investidores privados a colocar lá recursos financeiros adicionais
em condições semelhantes. Esta linha
de argumentação tem elementos paradoxais, já que parte da razão que porque os Estados europeus têm sido obrigados a intervir no sistema financeiro
com injeção de recursos financeiros
adicionais é porque não há disponibilidade para o fazer.
O nosso é um tempo, portanto,
em que os Estados estão obrigados,
por razões de transparência, a justificar devidamente as suas decisões.
Nomeadamente nas decisões mais
significativas. A tensão entre Estados
soberanos e mercados financeiros é
parcialmente explicada porque os soberanos, mesmo quando são democratas, não estavam historicamente
habituados a justificar a razões das
suas decisões.
' Alguns levam a lógica da racionalidade tão longe que colocam em causa a própria ideia de democracia. Os
exemplos das limitações de capacidade de decisão das democracias têm
sido invulgarmente evidente este
ano. Falando apenas de exemplos externos, para evitar polemizar.
Desde que as
instituições
continuem a
funcionar, porém,
a tensão é apenas
aparente.
Há um certo consenso entre as
elites de que a saída do Reino Unido
da UE é uma má decisão. Ou que Espanha não precisa de novas eleições
mas sim de um governo de bloco central para lidar com os seus problemas
económicos. Ou ainda que o atual
candidato do Partido Republicano às
eleições presidenciais americanas seria, se fosse eleito, um risco para a segurança e economia mundiais. Estes
são exemplos de temas de política internacional em que a racionalidade,
que também se manifesta nos mercados em geral, e também nos financeiros, parece colidir com os resultados dos processos democráticos.
Desde que as instituições continuem a funcionar, porém, a tensão é
apenas aparente. Afinal o RU pode
sempre mudar de decisão, e tornar a
pedir para entrar na UE, isto se vier
a sair. Mais tarde ou mais cedo haverá um Governo em Espanha, desde
que a unidade do estado espanhol se
mantenha. E em 2020 haverá novas
eleições nos EUA onde os eleitores
poderão mudar de opinião outra vez,
desde que o sistema de segurança
mundial se mantenha intacto em traços gerais.
E os eleitores, ao contrário dos Estados, não são obrigados a justificar
perante terceiros porque votam como
votam. Podem por isso cometer erros,
involuntariamente ou não, e desde
que o sistema democrático se mantenha vivo poderão sempre mudar de
opinião em oportunidades posteriores. A insatisfação dos mercados com
as decisões de alguns eleitores e governos democráticos é uma ineficiência
a pagar pelas vantagens da liberdade
individual que a democracia representa Mas é preferível que as decisões dos
governos sejam tomadas de forma racional e transparente tendo em conta
a opinião dos mercados. •
Coluna mensal à quinta-feira
Este artigo está em conformidade
com o novo Acordo ortográfico
A13
ID: 65897284
01-09-2016
Tiragem: 14037
Pág: 10
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 30,66 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 3
Miguel Baltazar
A economia não está a avançar como Mário Centeno contava. O consumo, que era a força motriz do modelo económico do Governo do PS, mostra sinais de fraqueza.
CRESCIMENTO
Procura interna: aposta
do Governo está a desiludir
Há três anos que a procura interna não crescia a um ritmo tão lento corno aquele que foi
observado no segundo trimestre deste ano. Consumo das famílias desacelerou e
investimento afundou. Ainda assim, crescimento do PIB foi revisto em alta para 0,9%.
NUNO AGUIAR
[email protected]
Governo de António Costa partiu
para esta legislatura
com um objectivo
diferente daquele
que era assumido por Passos Coelho: estimular a procura interna consumo mais investimento- através da devolução de rendimentos às
famílias. Porvários motivos, essa estratégia está a desiludir. A procura
interna cresceu apenas 0,6% entre
Abril eJunho faceao mesmo período de 2015.0 valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2013.
O investimento das empresas
voltou a cair e o consumo das famílias avança a um ritmo cada vez mais
lento. As notícias não são boas para
a procura interna, que deveria estar
no centro daaceleraçãoeconómica.
No segundo trimestre, o PIB português cresceu 0,9%. Aprocura externa líquida - exportações subtraídas
de importações - até deu uma aju-
da, com uni contributo positivo de
0,2 pontos percentuais para esse
crescimento. Mas a procura internadeu um contributo de apenas 0,6
pontos, também um mínimo de
quase três anos, segundo o I NE.
Por trás deste resultado débil
está o consumo privado mais frágil desde 2013 (1,7%). A compra de
bens duradouros, como automóveis, teve um aumento mais modesto, passando de 12,7% para
8,2%. entre o primeiro e o segundo trimestre. Além disso, a maior
categoria cio consumo privado,
serviços e bens correntes não ali-
mentares, avançou apenas 1%
(1,8% nos três meses anteriores).
O investimento é menos relevante, mas traz notícias ainda piores. Os dados do INE revelam uma
contracção de 3,1% da formação
bruta decapitai fixo, que no trimestre anterior já tinha caído 1,7%.
Também neste caso, desde 2013 que
não se observava uni recuo destes.
O equipamento de transporte, que
nos últimos três anos registou quase sempre variações de dois dígitos,
cresceu só 4,9%, enquanto a construção- rubrica mais importante do
investimento - caiu mais (de-3,9%
para -4,9%). As outras máquinas e
equipamento também recuaram
mais (de -2,6% para -4,2%).0 investimento em propriedade intelectual
foio único adar uma ajuda, mas ainda está em terreno negativo (de 3,9% para -0,7%).
"0 destaque continua a ir para o
investimento, sobretudo em capital
fixo, que contraiu pelo segundo trimestre consecutivo, sendo de assinalara quebra do investimento em
maquinaria e equipamento para
além da construção", refere Paula
Carvalho, economista-chefe do BPI.
Já Filipe Garcia, do IMF, considera
ID: 65897284
Défice até Junho
nos 3,1%
O défice orçamental nos primeiros seis meses deste ano
deverá ter-se fixado em 3,15%
do produto interno bruto
(PIB), segundo mostram os dados do Instituto Nacional de
Estatística (INE) e da Unidade
Técnica de Apoio Orçamental
(UTAO). O valor definitivo apenas será conhecido dentro de
alguns dias, quando o INE divulgar o saldo das Administrações Públicas. Contudo, como
o Negócios já tinha noticiado
no início de Agosto, a UTAO,
unidade técnica que dá apoio
aos deputados, publica o valor
do défice já calculado em contabilidade nacional. Em Junho,
estava em 2.880 milhões de
euros. Se utilizarmos os valores de PIB publicados ontem
pelo INE concluímos que esse
montante é equivalente a
3,15% do PIB. Recorde-se que
o objectivo do Governo é 2,2%
e Bruxelas exige pelo menos
2,5%.
01-09-2016
PROCURA
INTERNA LENTA
Pág: 11
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,70 x 29,78 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 3
RAIO-X
Variação homóloga da procura interna
A tendência de desaceleração
da procura interna existe desde o segundo trimestre de 2015.
Segundo trimestre apresenta
valor mais baixo desde 2013.
Que sectores
estão a ajudar
mais o PIB
A este ritmo,
Governo admite que
PIB só cresce 1,2%
4
Veja em baixo qual está a ser
o comportamento dos diferentes ramos de actividade no
segundo trimestre.
AGRICULTURA
O valor acrescentado bruto
CRESCIMENTO
ESTAGNADO
Variação homóloga do PIB
Depois de uma recessão profunda, a economia portuguesa
reagiu de forma robusta, mas
depois desacelerou e está agora nos 0,9%
que "o modelo de crescimento baseado na ideia de tentativa de promoção do consumo privado está a
mostrar as suas limitações".
Crescimento mais alto
A informação mais citada dos
dados do INE foi a revisão em alta
do crescimento do PIB nosegundo trimestre, de 0,8% para 0,9%
(homólogo) e de 0,2% para 0,3%
(em cadeia). Uma boa notícia,
mas que mantém o crescimento
em metade da meta definida no
Orçamento do Estado (1,8%).
Esta revisão também não fez
os economistas contactados pelo
Negócios mudarem as suas previsões para a totalidade do ano.
"Estes dados são consistentes
com o cenário central, do Necep,
para o crescimento real do PIB
em 2016" de 0,9%, esclareceu o
núcleo de estudos da Católica. O
Montepio está ligeiramente
mais optimista: "mantemos previsão de 1%, depois de a termos
revisto em baixa em 0,2 pontos
aquando da estimativa inicial do
PIB", refere José Miguel Moreira, que espera uma aceleração na
segunda metade do ano. •
Tiragem: 14037
(VAB) da agricultura mantém
um crescimento robusto no segundo trimestre (5,5%), mas a
um ritmo um pouco inferior
aos trimestres anteriores (acima de 6%). O VAB traduz a produção das empresas subtraída
do consumo intermédio.
INDÚSTRIA E
CONSTRUÇÃO
É um dos sectores com pior
comportamento, com uma contracção de 1,6%. Está a desacelerar desde o terceiro trimestre do ano passado. A construção também afundou mais
(3,7%), depois de um 2015 positivo.
COMÉRCIO, HOTÉIS
E RESTAURAÇÃO
1. Trim. 11
2. Trim. 16
Fonte: INE
INVESTIMENTO
AFUNDA
Variação homóloga do investimento
(FBCF) e do consumo privado
O gráfico mostra a queda a pique do investimento, enquanto
o consumo das famílias também desacelera.
11 siem FBCF
oill» Consumo
1,7%
-3,1%'
É um sector muito abrangente
e, por isso mesmo, apresenta o
VAB mais elevado entre os sete
analisados pelo INE. Cresceu
2,7%. Menos do que no trimestre anterior, mas próximo de
valores anteriores. O turismo
deve estar a ajudar.
TRANSPORTE
E ARMAZENAGEM
Neste ramo de actividade estão
também as actividade de informação e comunicação. Apresenta a contracção mais forte
(3,8%), o que representa um
agravamento da situação do
trimestre anterior. Sector está
em contracção desde 2012.
BANCA E SEGUROS
Outro sector com uma variação
homóloga negativa do VAB. Os
dados do INE apontam para
uma quebra de 2,3%, depois de
já se ter registado uma varia-
-11
1. Trim. 11
20 Trim. 16
Fonte: INE
ção negativa de 1,8% nos três
meses anteriores.
PSD diz que estratégia do Governo estagna
economia. PS assume PIB "bastante
aquém" do esperado mas acredita num
bom desempenho no terceiro trimestre.
O ministro da Economia admitiu esta quarta-feira que a economia pode crescer este ano à
volta de 1,2%, abaixo dos 1,8%
previstos no Orçamento do Estado. Os números divulgados
esta quarta-feirapelo Instituto
Nacional de Estatística (INE)
mostraram que afinal a economia acelerou ligeiramente entre o primeiro e segundo trimestre, mas não há motivos
para festa.
"Saliento que um crescimento de0,2% era consistente
com um crescimento a 0,9% a
nível anuaL Um crescimento de
0,3% [registado no segundo trimestre, tal cofio revelou ontem o INE] já nos coloca num
•crescimento anual, se este crescimento em cadeia se mantiver,
próximo de 1,2%", disse Manuel Caldeira Cabral, em Maputo, num comentário aos no,vos dados do INE, citado pela
Lusa.
O ministrovalorizavaassim
o facto de a ligeira aceleração
entre o primeiro e o segundo
trimestre colocar Portugal a
66
O máximo de que
este Governo
pode ser acusado
é de ainda não
ter conseguido
retirar
a economia
da estagnação
deixada pelo
anterior Governo.
JOÃO GALAMBA
Porta-voz do PS
crescer mais do que antes,
quando os dados apontavam
para uma estagnação. No entanto, se Portugal crescer 1,2%
ficará a 0,6 décimas do previsto no Orçamento.
Já antes o Governo tinha
admitido que a economia crescesse abaixo (1,4%), mas desdramatizou o impacto que esse
resultado pior pode terno défice.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro fez o mesmo,
ao garantir que o défice ficará
"confortavelmente" abaixo da
meta da Comissão Europeia,
que aponta para um défice de
2,5% do PIB.
João Galamba, porta-voz
do PS, assumiu que o crescimento ficou "bastante aquém"
do esperado, mas rejeitou as
acusações de estagnação da
economia feitas pelo PSD e
elencou sinais de que o terceiro trimestre seja melhor. "Este
é o melhor trimestre desde° segundo trimestre de 2015 e o
crescimento deste trimestre foi
de cercado triplo do [registado
no] terceiro trimestre de 2015
quando se iniciou a estagnação
da economia", disse Galamba.
Antes, avice-presidente do
PSD, Maria Luís Albuquerque,
repetiu o que o partido tem defendido: "este modelo [de crescimento] está a conduzira economiaa uma situação de estagnação". "Os dados que hoje são
públicos confirmam o falhanço
do modelo económico que está
a ser posto em prática Portugal", disse Maria Luís, exemplificando que "o consumo privado, que era o suposto motor do
crescimento, está em desaceleração" e que "o elemento mais
preocupante é a confirmação
da evolução muito negativa do
investimento". Ema«)
ID: 65897284
01-09-2016
Tiragem: 14037
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 8,18 x 20,29 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 3 de 3
Modelo
económico
está
a falhar
Procura interna regista o crescimento mais baixo desde 2013.
ECONOMIA 10
ffi
A16
ID: 65896917
01-09-2016
Tiragem: 33293
Pág: 18
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,61 x 30,12 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Ex-presidente
da Galp vai fixar
salários dos gestores
da CGD
Banca
Raquel Almeida Correia
e Luís Villalobos
Nova equipa conta com expresidente do Tribunal de
Contas e com Mota Pinto,
que chegou a ser apontado
como chairman do BES
O ex-presidente da Galp Manuel
Ferreira de Oliveira vai presidir à
comissão que fixa as remunerações
dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), anunciou ontem o
banco público, no comunicado em
que António Domingues assumiu a
liderança da instituição.
Além de Ferreira de Oliveira, que
contará ainda com Francisco Veloso
(director da Católica Lisbon School
of Business and Economics) e Patrícia Viana (docente na Faculdade de
Economia da Universidade do Porto)
na comissão, a nova estrutura inclui
ainda o ex-presidente do Tribunal de
Contas, antigo ministro das Finanças do PS e actual administrador da
Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira
Martins, como presidente do conselho fiscal. Neste conselho terão
também assento António Borges de
Assunção, antigo consultor de Cavaco Silva e professor da Católica, e
Luís Branco.
A mesa da assembleia geral será
liderada por Paulo Mota Pinto, antigo deputado do PSD que, em 2014,
foi apontado como presidente do
conselho de administração do BES
antes da criação do Novo Banco. Como vice-presidente terá Elsa Roncon
dos Santos, responsável máxima da
Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, e o secretário será José Soares.
No comunicado, é oficializada a
presidência executiva de António
Domingues. O modelo actual não
contempla a figura de presidente
não executivo, modelo que será
reavaliado dentro de seis meses. O
gestor de 59 anos que veio do BPI
terá como vice-presidente, mas não
executivo, Rui Vilar, que liderou a
CGD na década de 90. Haverá seis
vogais executivos: Emídio Pinheiro,
Henrique de Noronha e Menezes,
João Paulo Tudela Martins, Paulo
Rodrigues da Silva, Pedro Leitão e
Tiago Oliveira Marques. Como não
executivos foram nomeados Angel
Corcóstegui Guraya, Herbert Walter
e Pedro Norton de Matos.
Os salários dos gestores da CGD foram um dos temas polémicos deste
ano, já que o Governo optou por dar
uma excepção ao banco público. Em
vez de estarem obrigados a optar entre o salário actual ou a média dos
últimos três anos, como acontecia
até então, deixou de haver qualquer
tecto nas suas remunerações. É à comissão que passará a ser liderada por
Ferreira de Oliveira que competirá
fixar e controlar os salários pagos à
administração da CGD, em articulação com o accionista, representado
pelo Ministério das Finanças.
No comunicado, a CGD faz referência ao plano de recapitalização de
5,16 mil milhões aprovado por Bruxelas, garantindo que irá “melhorar o
desempenho global” para “assegurar
a sua sustentabilidade a longo prazo e a criação de valor accionista”.
É feita referência aos 2,7 mil milhões
de aumento de capital por parte do
Estado, explicando que o valor final
está dependente de uma auditoria,
a encomendar por Domingues, que
avaliará “a carteira de activos de crédito, valores mobiliários e carteira de
imóveis da CGD”.
Sobre a conversão das obrigações
convertíveis de capital contingente
(os CoCos), no montante de 900 milhões, clarifica-se que os 60 milhões
adicionais que têm sido incluídos
na equação dizem respeito a “juros
corridos”, que a CGD teria de pagar
ao Estado até ao final deste ano. É
referida, por fim, a transmissão de
acções da Parcaixa, no valor de 500
milhões, que farão do banco o único
Guilherme
d’Oliveira
Martins,
administrador
da Gulbenkian,
vai presidir ao
conselho fiscal
accionista desta holding cujo controlo dividia, até aqui, com a Parpública. Falta nestas contas a emissão de
dívida subordinada, num montante
de 1000 milhões de euros.
Por parte do Governo, o primeiroministro, António Costa, deixou ontem uma mensagem à nova equipa:
desejou-lhes um “bom trabalho” e
exprimiu o desejo de que os gestores
“retribuam devidamente o investimento que o accionista, que são todos os contribuintes portugueses,
fazem na CGD”. Sobre o orçamento rectificativo ligado à injecção de
capital, afirmou, citado pela Lusa,
que ainda não é certo se tal ocorrerá
ainda este ano e que não conta com
problemas quando for necessária a
aprovação no Parlamento, onde conta com o apoio do PCP e do BE.
A17
Ferreira de Oliveira vai fixar salário dos administradores da CGD
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
31-08-2016
Meio:
Económico Online
Autores:
Maria Teixeira Alves
URL:
http://economico.sapo.pt/noticias/ferreira-de-oliveira-vai-fixar-salario-dosadministradores-da-cgd_256382.html
Ontem 21:21Maria Teixeira Alves
Governo recupera membros da Comissão de Avaliação que vai ser extinta. Já Guilherme de
Oliveira Martins vai fiscalizar a actividade da administração.
O ex-presidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, vai presidir à comissão que fixa as
remunerações dos gestores da Caixa Geral de Depósitos.
O banco anunciou a deliberação do accionista único em que António Domingues assume
oficialmente a liderança da instituição.
Além de Manuel Ferreira de Oliveira, a Comissão de Remunerações contará ainda com
Francisco Veloso (director da Católica Lisbon School of Business and Economics) e Patrícia
Lopes Viana (professora na Faculdade de Economia da Universidade do Porto). Isto é, os
mesmo dois membros que até integravam com Luís Laginha de Sousa a Comissão de
Avaliação da CGD que vai ser extinta, e que serviu para fazer um parecer sobre a
administração de António Domingues, e que começou por ter Fernando Teixeira dos Santos,
Vasco d'Orey e Miguel Pina e Cunha.
A Mesa da assembleia Geral é presidida por Paulo Mota Pinto (ex-deputado do PSD), terá
como Vice-Presidente Elsa Roncon Santos (foi responsável máxima da Direcção-Geral do
Tesouro e Finanças e foi escolhida por Maria Luís Albuquerque para integrar órgão que
assessora o governo na concessão ou cancelamento do estatuto de utilidade pública às
fundações) e como secretário José Lourenço Soares (ex-BPN quando este banco estava na
CGD).
O Conselho fiscal é presidido pelo ex-presidente do Tribunal de Contas e actual administrador
da Gulbenkian, Guilherme d'Oliveira Martins. Neste conselho terão também assento António
Borges de Assunção, antigo consultor de Cavaco Silva e professor da Católica, Luís Branco e
Manuel Coelho de Sousa como suplente.
O governo parece ter destinado os lugares nas comissões especializadas para fazer o habitual
trade-off político. Membros ligados aos dois maiores partidos estão nessas comissões.
Recorde-se que o BCE aprovou a estrutura de governação da instituição proposta pelo
Governo. Nomeadamente um Conselho de Administração alargado, em que os administradores
não executivos terão funções de controlo da Comissão Executiva através de Comissões
Especializadas; um Conselho Fiscal, que será o órgão de fiscalização da CGD e que terá
assento, por inerência, na Comissão de Auditoria e Controlo Interno.
O gestor de 59 anos que veio do BPI terá como vice-presidente, mas não executivo, Rui Vilar,
que foi presidente da CGD, e os já conhecidos Angel Corcóstegui; Herbert Walter e Pedro
Norton.
Com António Domingues há seis vogais executivos: Emídio Pinheiro, Henrique de Noronha e
Menezes, João Paulo Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro Leitão e Tiago Oliveira
Marques.
Os salários dos gestores da CGD foram um dos temas polémicos deste ano, já que o Governo
mudou os estatutos e retirou a CGD dos limites dos tectos salariais para os gestores de
empresas do Estado. Em vez de estarem obrigados a optar entre o salário actual ou a média
dos últimos três anos, como acontecia até então, deixou de haver qualquer tecto nas suas
remunerações.
No comunicado, a CGD faz referência ao plano de recapitalização de 5,16 mil milhões
aprovado por Bruxelas, garantindo que irá "melhorar o desempenho global" para "assegurar a
sua sustentabilidade a longo prazo e a criação de valor accionista".
É feita referência aos 2,7 mil milhões de aumento de capital por parte do Estado, explicando
que, como já tinha sido anunciado, o valor final está dependente de uma auditoria a contratar
pela nova gestão de António Domingues. E especifica que esse trabalho irá avaliar "a carteira
de activos de crédito, valores mobiliários e carteira de imóveis da CGD".
O ex-presidente da Galp Manuel Ferreira de Oliveira vai presidir à comissão que fixa as
remunerações dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), anunciou o banco público
nesta quarta-feira, no comunicado em que António Domingues assume oficialmente a
liderança da instituição.
Além de Ferreira de Oliveira, que contará ainda com Francisco Veloso (director da Católica
Lisbon School of Business and Economics) e Patrícia Viana (docente na Faculdade de Economia
da Universidade do Porto) na comissão, a nova estrutura inclui ainda o ex-presidente do
Tribunal de Contas e administrador da Gulbenkian, Guilherme d'Oliveira Martins, como
presidente do conselho fiscal. Neste conselho terão também assento António Borges de
Assunção, antigo consultor de Cavaco Silva e professor da Católica, e Luís Branco. Manuel
Coelho de Sousa será suplente.
A mesa da assembleia geral será liderada por Paulo Mota Pinto, antigo deputado do PSD que,
em 2014, chegou a ser apontado como presidente do conselho de administração do BES antes
da criação do Novo Banco. Como vice-presidente terá Elsa Roncon dos Santos, responsável
máxima da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, envolvida em 2013 numa polémica por
causa dos contratos swap das empresas públicas, e o secretário será José Lourenço Soares.
No comunicado, é oficializada a presidência executiva de António Domingues, embora não haja
qualquer referência à acumulação desse cargo com a presidência do conselho de
administração - a solução que o BCE aceitou testar por seis meses.
Os salários dos gestores da CGD foram um dos temas polémicos deste ano, já que o Governo
optou por dar uma excepção ao banco público das regras previstas para os gestores de
empresas do Estado. Em vez de estarem obrigados a optar entre o salário actual ou a média
dos últimos três anos, como acontecia até então, deixou de haver qualquer tecto nas suas
remunerações.
É à comissão que passará a ser liderada por Ferreira de Oliveira que competirá fixar e
controlar os salários pagos à administração da CGD, em articulação com o accionista,
representado pelo Ministério das Finanças.
No âmbito da revisão global do modelo de governo da Caixa Geral de Depósitos, foi aprovado
alterar a política de selecção e avaliação de adequação dos membros dos órgãos de
administração e fiscalização e dos titulares de funções essenciais, nos termos do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
No comunicado, a CGD faz referência ao plano de recapitalização de 5,16 mil milhões
aprovado por Bruxelas, garantindo que irá "melhorar o desempenho global" para "assegurar a
sua sustentabilidade a longo prazo e a criação de valor accionista".
No comunicado é exposto o plano industrial o qual contempla um plano de negócios a ser
implementado no mandato 2016-2019 e que inclui um aumento do
capital social desta sociedade a ser integralmente subscrito e realizado pelo Estado. Nesse
âmbito faz referência aos 2,7 mil milhões de aumento de capital por parte do Estado,
explicando que, como já tinha sido anunciado, o valor final está dependente de uma auditoria
a contratar pela nova gestão de António Domingues. E especifica que esse trabalho irá avaliar
"a carteira de activos de crédito, valores mobiliários e carteira de imóveis da CGD".
"O objectivo das medidas incluídas no plano industrial é o de melhorar o desempenho global
da Caixa Geral de Depósitos de forma a assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo e a
criação de valor accionista.
O Secretário de Estado do Tesouro e Finança admitiu recentemente que a administração da
Caixa seja reforçada com administradores não executivos.
Actualiza com dados sobre as comissões especializadas
A20
ID: 65882738
31-08-2016
Tiragem: 10500
Pág: 30
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Quinzenal
Área: 25,40 x 30,00 cm²
Âmbito: Lazer
Corte: 1 de 2
‘Ser’, um problema
filosófico-poético?
Neste texto, o nosso colunista ocupa-se, como logo começa por salientar, da relação entre o problema
do ser e a criação artística, que "tem estado várias vezes presente ao longo da história da filosofia". Por
razões que, depois de lê-lo, o leitor bem entenderá, julgamos mais interessante publicá-lo aqui a abrir
as "Ideias" do que na sua "Crónica de Poesia". Sublinhe-se que além de poeta e ensaísta distinguido
com alguns dos principais prémios portugueses nesses domínios, o autor é licenciado e foi docente
em Ciências Histórico-Filosóficas, integrando o Conselho Científico e sendo investigador do Centro
de Estudos do Pensamento Português da Universidade Católica. E por motivo semelhante, também
a coluna de Guilherme d'Oliveira Martins "A Paixão das Ideias", aparece nesta edição nas "Artes",
juntamente com outras matérias sobre o pintor José Escada
a
Fernando Guimarães
A relação entre o problema do ser e
a criação artística tem estado várias
vezes presente ao longo da história
da filosofia. Em última análise, ela
é uma relação de conhecimento em
que se intenta chegar àquela realidade última que se tem designado
por "ser".
Ora essa relação entre o pensamento e o ser tem as suas raízes na
filosofia da Grécia antiga; entre um
e outro há um denominador comum
que é a linguagem da própria razão,
o logos. Um historiador da filosofia
ao referir-se aos sofistas gregos,
Jean Brun, chamou a atenção para o
facto de eles deixarem de considerar
que entre o pensamento ou logos e
o ser houvesse tal relação. Os sofistas estavam mais interessados em
que o discurso se tornasse atraente
e convincente, alcançando, assim,
em qualquer discussão ou pleito o
êxito pela palavra. Isto contribuiu
para que se desenvolvesse a retórica
e, por arrasto, a poética. No século
IV A. C. aparecerão dois tratados de
Aristóteles que foram intitulados
justamente Retórica e Poética.
O objetivo de Aristóteles não era
alcançar pelo discurso a sedução ou
o êxito, como no caso dos sofistas,
mas o de conhecer os poderes da
linguagem quando ela se encaminha para um ethos que se relacionava com o que é verdadeiro ou com o
que é possível. É através desse ethos
que se sustenta um exercício de
uma razão que se torna elocutiva,
que é linguagem. Ora a linguagem,
como os gregos sabiam muito bem,
Hölderlin e Novalis ‘A poesia é o autêntico real absoluto’
pode dizer tanto a verdade como o
mito. A relação entre o ser, o logos
e o mito precisava de ser repensada,
porque à palavra estava destinado
exprimir um conhecimento em que
convergissem entre si o pensamento
e a imaginação.
O pensamento sempre pôde
conduzir aos sofismas ou aos paralogismos, a imaginação ao que é
apenas fantasioso, a linguagem aos
“conceitos engenhosos” a que se
referia a retórica barroca. Muitos
destes caminhos resultavam de
desvios, de sendas enganosas que
se afastam de um conhecimento
em que se desse plenamente e sem
equívocos a tal convergência entre
imaginação e pensamento. Ora,
como veremos, ela acabará por se
realizar através de uma expressão
simbólica...
Nos nossos dias, Heidegger de-
pois de ter escrito Ser e Tempo, onde
faz uma abordagem do problema
ontológico, passou a orientar a sua
reflexão para uma abordagem filosófica da poesia e, em consonância
com as vozes dos três grandes poetas de língua alemã Hölderlin, Rilke
e Georg Trakl, chegou à conclusão
de que seria através da linguagem
da poesia, do seu dito, que se abria
o conhecimento para uma verdade
que era a do ser. A poesia – ou mais
genericamente a arte, pois se dá até
a circunstância de no seu livro saído
posteriormente Holzweg ser considerado o caso de um pintor, Van
Gogh – tinha um alcance ou uma
dimensão ontológica. Se considerarmos a evolução do pensamento
de Heidegger, encontraríamos um
dos seus momentos seminais na
publicação em 1936 do seu ensaio
Hölderlin e a essência da poesia, o
“
O pensamento sempre
pôde conduzir aos
sofismas ou aos
paralogismos, a
imaginação ao que
é apenas fantasioso,
a linguagem aos
“conceitos engenhosos”
a que se referia a
retórica barroca
qual tem por limiar algumas citações do poeta, onde se destacaria a
seguinte: “O mais perigoso de todos
os bens, a linguagem, foi dada ao
homem para que ele testemunhe
aquilo que é”.
Hölderlin é um dos grandes
poetas ligados ao Romantismo
alemão. Ora por essa altura um
filósofo desenvolve uma teoria em
que de uma maneira bem explícita considera que o ser é através
da arte que se revela. Trata-se de
Schelling, dando-se até o caso de
ele ter convivido com Hölderlin. É
sabido que os pós-kantianos, em
que, ao lado de Fichte e Hegel, se
situa Schelling, confrontavam-se
com um problema herdado de Kant;
ele consistia em conseguir conhecer
a realidade em si mesma, no seu
ser, pois o conhecimento transcendental kantiano condicionava o que
se conhecia à sensibilidade e ao entendimento de quem conhecia. Isto
tornava possível o conhecimento
científico – por exemplo, aquele
a que Newton chegou com a sua
teoria da atração universal –, mas
essa ciência reportava-se ao sujeito,
tinha um valor que era relativo.
Os pós-kantianos vão tentar ultrapassar esta situação, visando um
conhecimento que fosse absoluto.
Fichte, um deles, vai encontrá-lo
na dualidade existente entre o eu
e o não-eu, o que o leva a concluir
que “o eu é tudo”; Hegel, por sua
vez, recorre ao Sistema, à Ideia,
que tudo eram também. A partir de
posições como estas traçava-se para
o conhecimento um suporte teórico
que era o do idealismo.
O idealismo hegeliano assenta
num edifício sistemático, dialeticamente sustentado, que chega,
atravessando vários momentos ou
etapas que vão da subjetividade à
objetividade e ao absoluto, a um conhecimento onde tudo se apreendia
e compreendia como se a filosofia
se constituísse como uma suprema
ciência. Schelling vai situar-se entre Fichte e Hegel; irá procurar um
conhecimento que se pretende absoluto não propriamente em função
do eu, nem de um saber que fosse o
da ciência. O espaço em que se vai
mover – num dado momento da
evolução do seu pensamento que,
como é sabido, há de passar por
várias fases – será o da arte. Admite
que pela arte se alcançava o saber
absoluto, uma ideia que os poetas
da geração romântica iam acalentando. Assim, seriam rasgadas ou
abertas as cortinas que ocultavam a
autêntica realidade, o próprio ser: o
belo era a verdade.
A.W. Schelegel ou Novalis seguem este caminho; considerando
o caso particular da poesia, é deste
último a consagrada afirmação de
que “a poesia é o autêntico real
absoluto: quanto mais poético, mais
verdadeiro”. Para os românticos,
sobretudo no caso do Romantismo
alemão, o absoluto era, afinal, o
“universal oceano da poesia”…
Schelling admite mesmo que na
criação artística conjugar-se-iam
as instâncias inconscientes e a
realização consciente, a representação do que pertence à natureza
e a libertação do que é subjetivo, a
visão em que a imitação será depois
ID: 65882738
31-08-2016
Tiragem: 10500
Pág: 31
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Quinzenal
Área: 25,40 x 30,00 cm²
Âmbito: Lazer
Corte: 2 de 2
Fichte, Hegel, Schelling e Heidegger ‘A linguagem, foi dada ao homem para que ele testemunhe aquilo que é’
superada e a imaginação que vota
ao abandono esse ideal imitativo que, vindo do pensamento
aristotélico, chegará ao Classicismo
setecentista com sequelas no século
seguinte. Passar-se-á a valorizar
na nova estética informada pelo romantismo a inspiração, a atividade
artística expansivamente criativa, a
originalidade do génio.
A beleza exprime ou sinaliza a
verdade. Pela “escada da Beleza”,
como referira Platão – cujo pensamento influenciou Schelling --,
ascende-se à verdade e ao ser. Para
o filósofo alemão, a criação artística
encontra a sua causa imediata em
Deus, considerado como sendo
a beleza suprema aquela a que o
génio ascende, tal como acontece,
de certo modo, com o místico. É
assim, dir-nos-á, que “a noite do
Absoluto se transforma mediante o
conhecimento em dia”. A essa luz, a
divindade converter-se-á também
simbolicamente na presença dos
deuses – aqueles que Hölderlin nos
seus poemas há de cantar – e que,
como Schelling diz, “são para a arte
o que as Ideias são para o filósofo”.
A arte encontra-se com a mitologia que é, também, uma teoria
dos símbolos. É nesta passagem de
Deus para os deuses que a expressão
artística se torna simbólica.
A expressão simbólica mereceu especial atenção por parte de
Goethe que, ao lado de Novalis, é
uma das referências do Romantismo
alemão. Ele vai considerar a relação
entre o universal e o particular tal
como se processa ou inscreve na
escrita poética. De que maneira
pode ocorrer esse relacionamento?
Através do símbolo. No símbolo
dá-se a passagem do particular para
o geral. Daí a oposição que Goethe
estabelece entre símbolo e alegoria.
Na alegoria, o seu sentido literal
reporta-se a outro texto que existe
virtualmente e que é aquele a que
está reservado o verdadeiro sentido;
corresponde, pois, a uma substituição. No símbolo o que ocorre é uma
síntese, uma inclusão. Se do particular chegamos ao geral, o particular
está também incluído no geral ou no
universal, dado que, caso contrário, este não seria universal. Há
uma concentração de sentidos; um
sentido é substituído por múltiplos
sentidos. É da plurissignificação ou
polissemia que se trata.
Agora já não se evoca, como
acontecia em Schelling, o poeta,
o “obscuro conceito” de génio, a
criação. Passamos desse ato criativo
para o que foi criado, para o escrito
ou, como dizia Heidegger, para
o dito. Importa no entanto ter
presente que aquilo que é dito ou,
melhor, expresso passa também por
formas de expressão. Essas formas
de expressão são as figuras, as
quais, derivando de uma terminologia que vem da retórica, representam um modo de relacionar
entre si significados (falamos atrás
em polissemia) ou formas de significado. Essa realidade figural ou
processo de configuração, que tanto
se evidencia no caso da poesia, dá-se em toda a expressão literária, na
pintura, na escultura, na composição musical, e ganha corpo através
da sua manifestação simbólica.
E o ser? Se o ser é uma noção
fugitiva na área da ciência, o que se
torna óbvio, também o é em poesia.
Mas é-o, em ambos os casos, de
uma maneira diferente. Na ciência
foi posto de lado, mas num poema,
as palavras podem conduzir a um
envolvimento filosófico, a uma
visão de natureza ontológica –
estando ou não presente a palavra
ser –, como aconteceu no barroco
inglês com a chamada “poesia
metafísica”. E esta designação seria
igualmente válida, em certos casos,
para poetas contemporâneos como
Rilke, Paul Valéry, Antero, Pessoa,
Jorge Guillen, Roberto Juarroz ou
tantos outros.
Leia-se este poema de Juarroz:
"El ser empieza entre mis manos de
hombre./ El ser,/ todas las manos,/
cualquier palabra que se diga en el
mundo,/ el trabajo de tu muerte,/
Dios, que no trabaja.// Pero el no
ser tambiém empieza entre mis manos de hombre.// El no ser,/ todas
las manos,/ la palabra que se dice
afuera del mondo,/ las vacaciones
de tu muerte,/ la fatiga de Dios,/ la
madre que nunca tendrá hijo,/ mi
no morir ayer.// Pero mis manos de
hombre donde empiezan?"
Desenha-se neste poema uma
grande metáfora: a do ser (que é
vida, movimento para os outros ou
doação, palavra, morte, Deus) e a
do seu contrário que é o não-ser
(e que retoma o que o ser é num
registo negativo). Talvez nos ocorra,
“
Da poesia à filosofia
e desta àquela pode
estabelecer-se o
mesmo ‘caminho da
verdade’. Neste caso é
o que vai ou ascende
do particular para o
geral, da palavra para
a multiplicidade de
sentidos
Schelling admite que
pela arte se alcançava
o saber absoluto, uma
ideia que os poetas da
geração romântica iam
acalentando. Assim,
seriam rasgadas ou
abertas as cortinas que
ocultavam a autêntica
realidade, o próprio ser:
o belo era a verdade
ao considerarmos esta oposição ou
esta diferença que também é semelhança, o poema de um dos pensadores da antiga Grécia, Parménides,
onde ele nos fala do “caminho da
verdade” que há de conduzir à noção ou, melhor, ao pensamento de
ser: “Necessariamente deve ser dito
que o ser é, porque é Ser. Quanto
ao Não-Ser ele nada é”. O poema,
aqui, logo se converte em teoria ao
estabelecer uma axiomática; como
ocorre num axioma, Parménides
infere dele consequências que ao
longo do poema são explicitadas: o
ser é uno, semelhante à curvatura
de uma esfera, não provém do não-ser, etc. Mas, prosseguindo, ele
socorre-se da mitologia -- que tão
louvada foi por Schelling --, dizendo: “Antes de todos os deuses criou
Eros”. Ou, mudando de registo,
considera que o ser olha constantemente “os raios brilhantes do sol”,
como se, neste momento, passasse
da teoria para a poesia!
Considerando o poema de
Juarroz e o de Parménides, podemos talvez medir melhor a distância
que vai de um poema que não é só
filosofia a uma filosofia que não é só
poema. O que quer isto dizer? Um
poema, não sendo obviamente uma
construção teórica, pode ter uma
referencialidade que é a do pensamento, da reflexão, sempre que em
relação a eles, como diria Antero
de Quental, “a poesia das cousas
se insinua”. Da poesia à filosofia e
desta àquela pode estabelecer-se
o mesmo “caminho da verdade”.
Neste caso é o que vai ou ascende do
particular para o geral, da palavra
para a multiplicidade de sentidos.
A noção de ser, a qual vinda dos
pensadores gregos pré-socráticos
corresponde à realidade última das
coisas, atinge um momento em que
se torna contraditória em si mesma;
é quando, já no século XIX, Hegel
na Ciência da Lógica considera que
no ser a falta de qualquer determinação faz com que ele acabe por se
identificar com o nada. Ao con-
trário de Parménides, para Hegel
o ser puro e o puro nada – assim
os designa – são a mesma coisa,
o que faz com que a sua verdade
consista num ato de pensar sempre
que este vai de um para o outro. É
o devir, o ponto de partida mesmo
para um método, a dialética que se
torna no caminho que conduzirá
a um conhecimento total equivalente à realidade última das coisas
– não o ar, a água, o fogo, etc., dos
pré-socráticos – mas, sim, ao pleno
saber ou Sistema. O Sistema é, pois,
o pensamento considerado na sua
totalidade, isto é, o conhecimento
absoluto…
Neste caso, o pensamento e,
como ocorre nos pré-socráticos, a
realidade ficam circunscritos à sua
essencialidade. Mas a esta perspetiva essencialista pode contrapor-se,
como acontecerá no século seguinte
àquele em que viveu Hegel, uma
outra perspetiva que, genericamente, poderíamos considerar como
existencialista. O pensamento é
incarnado, refere-se à existência
humana, é nosso. Como se dá a
posse por nós do conhecimento?
Será mediante os múltiplos sentidos
da linguagem, não só naquela em
que as palavras são os mediadores
como acontece na poesia, mas,
por extensão, em todas as formas
de simbolização. É esta convergência de sentidos que vai ocorrer
na criação artística, de modo que
se passa da área do lógico ou do
ontológico para a do simbólico. É aí
que, em arte, o conhecimento se há
de realizar.
Criam-se referências ou disposições verticais (ou paradigmáticas)
de sentido, que já se não orientam
diretamente para as coisas reais ou
indiretamente para conceitos que,
como o de ser, se configuram abstratamente. Será, então, o momento
em que encontraremos uma espécie
de verticalidade que se assemelha à de uma árvore, com as suas
múltiplas raízes, múltiplos ramos,
múltiplas folhas. J
A22
Ex-presidente da Galp vai decidir remunerações da CGD
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
31-08-2016
Meio:
Negócios Online
URL:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/ex_presiden
te_da_galp_vai_decidir_remuneracoes_da_caixa_geral_de_depositos.html
Ferreira de Oliveira é o presidente da comissão de remunerações da Caixa Geral de Depósitos
para o período em que António Domingues será o CEO do banco.
O ex-presidente da Galp Manuel Ferreira de Oliveira vai decidir as remunerações pagas aos
órgãos sociais da Caixa Geral de Depósitos. Esta é uma das decisões tomadas pelo accionista
único, o Estado, esta quarta-feira, 31 de Agosto.
A comissão de remunerações para o quadriénio 2016-2019 será presidida por Ferreira de
Oliveira, ajudado por Francisco Veloso, director da faculdade de economia da Universidade
Católica, e Patrícia Couto Viana, pró-reitora da faculdade de economia da Unidade do Porto,
indica o banco público na sequência de deliberações tomadas pelo accionista em comunicado à
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na mesma reunião em que tomou esta decisão, o Estado também aprovou a nova "política de
remunerações dos membros de órgãos de administração e fiscalização". No comunicado, esta
política não é divulgada.
Foi esta quarta-feira, 31 de Agosto, que o Estado oficializou a nomeação do novo conselho de
administração, que é liderado por António Domingues, vindo do BPI. Para que a entrada em
funções da nova administração fosse possível, foi necessário retirar a Caixa Geral de Depósitos
dos limites impostos pelo estatuto do gestor público, que limitava as remunerações dos
administradores e que esteve em vigor durante o mandato da anterior gestão, encabeçada por
José de Matos.
Além das novidades em termos de remunerações, o accionista único - representado pelo
ministro das Finanças - alterou "a política de selecção e avaliação de adequação dos membros
dos órgãos de administração e fiscalização e dos titulares de funções essenciais, nos termos
do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras".
António Domingues vai ser o presidente executivo do conselho de administração, sendo que o
Banco Central Europeu quer que seja indicado pelo Governo um presidente não executivo do
conselho - o supervisor único não quis a acumulação. Para já, Rui Vilar, que já esteve à frente
da Caixa, é o vice-presidente não executivo.
São seis os vogais executivos da administração aprovados (Emídio Pinheiro, Henrique Noronha
e Menezes, João Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro Leitão e Tiago Oliveira
Marques) e três não executivos (Angel Guraya, Herbert Walter e Pedro Norton de Matos).
Guilherme de Oliveira Martins foi eleito para presidir ao conselho fiscal ao lado de António
Borges de Assunção e Luís Baptista Branco. Para a mesa da assembleia-geral, o Estado
escolheu Paulo Mota Pinto, ex-deputado do PSD que esteve para presidir ao conselho de
administração do BES em 2014.
2,7 mil milhões ainda serão avaliados
O Estado também aprovou hoje o plano industrial da CGD, que parte do acordado entre o
Estado e a Comissão Europeia, que "contempla um plano de negócios a ser implementado no
mandato 2016-2019 e que inclui um aumento do capital social desta sociedade a ser
integralmente subscrito e realizado pelo Estado".
Este aumento de capital é feito com a injecção de 2,7 mil milhões de euros em numerário
(valor que só será certo após uma "avaliação independente à carteira de activos de crédito,
valores mobiliários e carteira de imóveis da Caixa Geral de Depósitos"), com a conversão dos
CoCos, de 960 milhões, com a transferência da Parcaixa, que gera 500 milhões de euros. Ao
todo, o valor ascende a 5.160 milhões.
"O objectivo das medidas incluídas no plano industrial é o de melhorar o desempenho global
da Caixa Geral de Depósitos, S.A., de forma a assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo
e a criação de valor accionista", justifica ainda o comunicado.
Receba por mail - Banca
Sobre a banca nacional e internacional.
Às terças, às 10h45
|| 31 Agosto 2016, 20:29
A24
Ex-presidente da Galp vai fixar salários dos gestores da CGD
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
31-08-2016
Meio:
Público Online
URL:
https://www.publico.pt/economia/noticia/expresidente-da-galp-vai-fixar-salariosdos-gestores-da-cgd-1742868
Em Actualização:
Por Raquel Almeida Correia e Luís Villalobos
31/08/2016 - 21:04
Além de Ferreira de Oliveira, nova equipa conta com ex-presidente do Tribunal de Contas no
conselho fiscal e com Paulo Mota Pinto, que chegou a ser apontado como chairman do BES, na
mesa da assembleia geral.
Ferreira de Oliveira vai presidir à comissão de remunerações AFP PHOTO/ NICOLAS ASFOURI
O ex-presidente da Galp Manuel Ferreira de Oliveira vai presidir à comissão que fixa as
remunerações dos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), anunciou o banco público
nesta quarta-feira, no comunicado em que António Domingues assume oficialmente a
liderança da instituição.
Além de Ferreira de Oliveira, que contará ainda com Francisco Veloso (director da Católica
Lisbon School of Business and Economics) e Patrícia Viana (docente na Faculdade de Economia
da Universidade do Porto) na comissão, a nova estrutura inclui ainda o ex-presidente do
Tribunal de Contas e administrador da Gulbenkian, Guilherme d'Oliveira Martins, como
presidente do conselho fiscal. Neste conselho terão também assento António Borges de
Assunção, antigo consultor de Cavaco Silva e professor da Católica, e Luís Branco. Manuel
Coelho de Sousa será suplente.
A mesa da assembleia geral será liderada por Paulo Mota Pinto, antigo deputado do PSD que,
em 2014, chegou a ser apontado como presidente do conselho de administração do BES antes
da entrada em funções da gestão de Vítor Bento no Novo Banco. Como vice-presidente terá
Elsa Roncon dos Santos, responsável máxima da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças,
envolvida em 2013 numa polémica por causa dos contratos swap das empresas públicas, e o
secretário será José Lourenço Soares.
No comunicado, é oficializada a presidência executiva de António Domingues, embora não haja
qualquer referência à acumulação desse cargo com a presidência do conselho de
administração - a solução que o BCE aceitou testar por seis meses.
O gestor de 59 anos que veio do BPI terá como vice-presidente, mas não executivo, Rui Vilar,
que foi presidente da CGD na década de 90. Haverá seis vogais executivos: Emídio Pinheiro,
Henrique de Noronha e Menezes, João Paulo Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro
Leitão e Tiago Oliveira Marques. Como não executivos foram nomeados Angel Corcóstegui
Guraya, Herbert Walter e Pedro Norton de Matos.
Os salários dos gestores da CGD foram um dos temas polémicos deste ano, já que o Governo
optou por dar uma excepção ao banco público das regras previstas para os gestores de
empresas do Estado. Em vez de estarem obrigados a optar entre o salário actual ou a média
dos últimos três anos, como acontecia até então, deixou de haver qualquer tecto nas suas
remunerações.
É à comissão que passará a ser liderada por Ferreira de Oliveira que competirá fixar e
controlar os salários pagos à administração da CGD, em articulação com o accionista,
representado pelo Ministério das Finanças.
No comunicado, a CGD faz referência ao plano de recapitalização de 5,16 mil milhões
aprovado por Bruxelas, garantindo que irá "melhorar o desempenho global" para "assegurar a
sua sustentabilidade a longo prazo e a criação de valor accionista".
É feita referência aos 2,7 mil milhões de aumento de capital por parte do Estado, explicando
que, como já tinha sido anunciado, o valor final está dependente de uma auditoria a contratar
pela nova gestão de António Domingues. E especifica que esse trabalho irá avaliar "a carteira
de activos de crédito, valores mobiliários e carteira de imóveis da CGD".
Sobre a conversão das obrigações convertíveis de capital contingente (os chamados CoCos),
no montante de 900 milhões, a instituição clarifica que os 60 milhões adicionais que têm sido
incluídos na equação dizem respeito a "juros corridos", que a CGD teria de pagar ao Estado
até ao final deste ano.
É referida, por fim, a transmissão de acções da Parcaixa, no valor de 500 milhões, que farão
do banco o único accionista desta holding cujo controlo dividia, até aqui, com a Parpública. "A
CGD passará a deter a totalidade do capital social desta sociedade gestora de participações
sociais", confirma-se no documento.
Falta nestas contas a emissão de dívida subordinada, num montante de 1000 milhões de
euros, a realizar em duas tranches e principalmente junto de investidores institucionais.
31/08/2016 - 21:04
A26
Ex-presidente da Galp vai decidir remunerações da Caixa Geral de Depósitos
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
31-08-2016
Meio:
Sábado Online
URL:
http://www.sabado.pt/ultima_hora/detalhe/ex_presidente_da_galp_vai_decidir_re
muneracoes_da_caixa_geral_de_depositos.html
Ferreira de Oliveira é o presidente da comissão de remunerações da Caixa Geral de Depósitos
para o período em que António Domingues será o CEO do banco. 31-08-2016 . Negócios Por
Diogo Cavaleiro - Jornal de Negócios O ex-presidente da Galp Manuel Ferreira de Oliveira vai
decidir as remunerações pagas aos órgãos sociais da Caixa Geral de Depósitos. Esta é uma
das decisões tomadas pelo accionista único, o Estado, esta quarta-feira, 31 de Agosto. A
comissão de remunerações para o quadriénio 2016-2019 será presidida por Ferreira de
Oliveira, ajudado por Francisco Veloso, director da faculdade de economia da Universidade
Católica, e Patrícia Couto Viana, pró-reitora da faculdade de economia da Unidade do Porto,
indica o banco público na sequência de deliberações tomadas pelo accionista em comunicado à
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na mesma reunião em que tomou esta
decisão, o Estado também aprovou a nova "política de remunerações dos membros de órgãos
de administração e fiscalização". No comunicado, esta política não é divulgada. Foi esta
quarta-feira, 31 de Agosto, que o Estado oficializou a nomeação do novo conselho de
administração, que é liderado por António Domingues, vindo do BPI. Para que a entrada em
funções da nova administração fosse possível, foi necessário retirar a Caixa Geral de Depósitos
dos limites impostos pelo estatuto do gestor público, que limitava as remunerações dos
administradores e que esteve em vigor durante o mandato da anterior gestão, encabeçada por
José de Matos. Além das novidades em termos de remunerações, o accionista único representado pelo ministro das Finanças - alterou "a política de selecção e avaliação de
adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e dos titulares de funções
essenciais, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras".
António Domingues vai ser o presidente executivo do conselho de administração, sendo que o
Banco Central Europeu quer que seja indicado pelo Governo um presidente não executivo do
conselho - o supervisor único não quis a acumulação. Para já, Rui Vilar, que já esteve à frente
da Caixa, é o vice-presidente não executivo. São seis os vogais executivos da administração
aprovados (Emídio Pinheiro, Henrique Noronha e Menezes, João Tudela Martins, Paulo
Rodrigues da Silva, Pedro Leitão e Tiago Oliveira Marques) e três não executivos (Angel
Guraya, Herbert Walter e Pedro Norton de Matos). Guilherme de Oliveira Martins foi eleito para
presidir ao conselho fiscal ao lado de António Borges de Assunção e Luís Baptista Branco. Para
a mesa da assembleia-geral, o Estado escolheu Paulo Mota Pinto, ex-deputado do PSD que
esteve para presidir ao conselho de administração do BES em 2014.2,7 mil milhões ainda
serão avaliados O Estado também aprovou hoje o plano industrial da CGD, que parte do
acordado entre o Estado e a Comissão Europeia, que "contempla um plano de negócios a ser
implementado no mandato 2016-2019 e que inclui um aumento do capital social desta
sociedade a ser integralmente subscrito e realizado pelo Estado". Este aumento de capital é
feito com a injecção de 2,7 mil milhões de euros em numerário (valor que só será certo após
uma "avaliação independente à carteira de activos de crédito, valores mobiliários e carteira de
imóveis da Caixa Geral de Depósitos"), com a conversão dos CoCos, de 960 milhões, com a
transferência da Parcaixa, que gera 500 milhões de euros. Ao todo, o valor ascende a 5.160
milhões. "O objectivo das medidas incluídas no plano industrial é o de melhorar o desempenho
global da Caixa Geral de Depósitos, S.A., de forma a assegurar a sua sustentabilidade a longo
prazo e a criação de valor accionista", justifica ainda o comunicado.
31-08-2016 . Negócios
A27
Correio da Manhã Norte
ID: 65885012
27-08-2016
Tiragem: 141289
Pág: 22
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 21,28 x 21,02 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
PORTO. PARCERIA COM UNIVERSIDADE
Investimento milionário
em centro de excelência
BIOTECNOLOGIA O Firma norte-americana e parceiros preveem gastar 50 milhões em cinco anos
EMPREGO O Está planeada a contratação de mais de 100 investigadores, recrutados a nível local
SÉRGIO PEREIRA CARDOSO
ma pareeria entre a em
presa norte amerieana
Amyris catiniversidade
Católica (UCP) vai permitir im
plantar na cidade do Porto um
centro de excelência a nível europeu no caMpo da biotecnologia, que ficará sediado precisa mente na Escola Superior de
Biotecnologia da Católica.
Segundo informou a Câmara
do Porto, que recebeu a Amyris
e uma comitiva da UCP, está em
causa um investimento de, pelo
OBJETIVO É DESENVOLVER
CONHECIMENTO DE PONTA
PARA VÁRIAS INDÚSTRIAS
menos e durante cinco anos, 50
milhões de ouros, dos quais um
milhão, de imediato, pela firma
norte - americana, e dez mi
lhões no prazo de 1£3 a 24 meses,
ainda através da Amyris, mas
igualmente com recurso a ou
tros parceiros.
John Melo, CEO da Amyris, e
Isabel Capeloa Gil, vice - reitora
da Universidade Católica, estiveram, na quinta - feira, com
Rui Moreira, presidente da Cã-
Rul Moreira recebeu na Cãmara os representantes da empresa Amyris e da Universidade Católica Portuguesa
mara do Porto, e com a respon
sável pelo gabinete de atração
de investimento municipal (Invest Porto), Ana Lehmann.
"Trata-sede criar valor a partir de vários bioprodutos, utilizados para criar novos produtos
renováveis", começou por explicar John Melo, apontando
como mercados tão distintos
como, por exemplo, cosmética
ou combustíveis dos aviões.
O empresário acrescentou que
a plataforma que será instalada
no Porto vai permitir "desenvolver conhecimento de ponta
e transferi-lo para o setor industrial, produzindo compos-
tos através de processos de bio logiasintética, explorando o seu
potencial face às necessidades
da indústria". Além disso, está
prevista a contratação de mais
de uma centena de investiga
dores ao longo desses mesmos
cinco anos, recrutados "essencialmente a nível local". •

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