Manejo.da.Dermatite.Atopica.2012.CBAP.SP
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Manejo.da.Dermatite.Atopica.2012.CBAP.SP
Alergia Cutânea Manejo da Dermatite Atópica Dra. Adriana Vidal Schmidt Especialista em Alergia e Imunologia Mestre em Alergia Pediátrica pelo HC - UFPR Médica do Serviço de Alergia do HUC - PUC/PR Presidente do Departamento Científico de Alergia da Sociedade Paranaense de Pediatria Dermatite Atópica Prurido em crianças Não existe antes dos 3 meses de idade Sem lesões de pele Causa externa ( fatores irritativos, ambiente) Doenças sistêmicas (colestase, uremia crônica, linfoma, drogas, psicopatias) Com lesões de pele Prurido generalizado Prurido localizado Rdangoisse C, Goossens C. Rev Med Brux, 1994 Jul-Aug;15(4):161-5 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Prurido t.co m Patologias cutâneas mais comuns na infância mid Generalizado ww w. a dri ana sch Escabiose Dermatite atópica Urticária Urticária papular Localizado Dermatite de contato Pediculose Menos frequentes: tineas, larva migrans cutânea, prurigo nodular, dermatite factícia (escoriações neuróticas), líquen crônico simples Rev Med Brux 1994 Jul-Aug;15(4):161-5. w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m ? w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Ciclo “itch- scratch” o d i r u r P is Ma es õ les do a r Pio urido pr de o ã Les pele Lib ores iad cos d me uími q w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Explicando o Ciclo “itch- scratch” www.aaaai.org 2012 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica Conceitos importantes É a doença cutânea crônica mais comum nas crianças (17%) Barreira cutânea/ gens da diferenciação epidérmica e resposta imunológica tem um papel crucial Colonização e infecção por microrganismos podem ser devidos a respostas imunes deficientes O tratamento da maioria dos pacientes inclui evitar irritantes e alérgenos comprovados, hidratação para manter uma epiderme saudável, e o uso de anti-inflamatórios tópicos, como corticoides (CTC), ou Inibidores das calcineurinas (ICN) ACAAAI 2011 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Papel da barreira cutânea Função de barreira epidérmica reduzida, aumento de enzimas proteolíticas e nível reduzido de ceramidas Uso de sabonetes aumentam o pH e a atividade das proteases endógenas, levando a quebra da barreira Agravada por proteases exógenas dos ácaros e S. aureus Mudanças na epiderme levam a maior absorção de alérgenos na pele e colonização bacteriana Mutações nos genes da filagrina (envolvida na formação da barreira epidérmica) w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Somente em caucasianos Associada a maior risco de asma Pode facilitar a sensibilização e predispor a alergias respiratórias ACAAAI 2011 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Fisiopatologia da DA Leung DYM. J Allergy Clin Immunol. 2000;105:861 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica Dermatite Atópica Anormalidades Imunológicas Allergy Clin Immunol 2006; 118 Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Características clínicas Determinantes MENORES Determinantes MAIORES Prurido Face e sup. extensoras (crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de alergias Xerose Infecções cutâneas Dermatite de pés e mãos Ictiose, hiperlinearidade, ceratose pilar Ptiríase alba Eczema de mamilos Dermografismo branco Catarata subcapsular anterior IgE elevada Testes alérgicos positivos Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Determinantes MAIORES na DA w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m ww w. a d r ia n a s c h mi d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Prurido Face e sup. extensoras (crianças) Liquenificação flexural crônica (adultos) Dermatite crônica ou recorrente História pessoal ou familiar de atopia w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Ictiose Xerose Hiperlinearidade palmoplantar Infecções cutâneas Determinantes MENORES na DA Ceratose pilar Dermografismo branco Ptiríase alba Xerose Eczema de mamilos Dermatite pés e mãos .a d r ia n a s c h m id w w w . a d r i a n a s c hw wmw i d t . c o m t .c o m Testes cutâneos positivos, IgE elevada w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m r t o r a ç e m o c e d n o r o P a t a n e m ? o t w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a dr ia n as c h m id t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica M E S R P ! E w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m T A R A w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a dr ia n as c h m id t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m H R ID w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Etapas do tratamento w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Hidratação – reparo da barreira cutânea Controle de agravantes desencadeantes Controle da inflamação e infecção Alívio sintomático Prevenção de recorrências ( tratamento pro ativo) w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Medidas gerais w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Uso regular de emolientes e hidratantes Identificação e afastamento dos fatores desencadeantes específicos e inespecíficos Não específicos: roupas oculsivas, sintéticos e lã, sabonetes, água quente Usar syndets (pH 5,5- 6,0) menos agressão ao manto hidrolipídico Específicos: alérgenos (alimentos/inalantes) Tratamento medicamentoso de acordo com a gravidade da doença (escalonado) w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Tratamento escalonado da DA Consenso Practall Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível PRACTALL Consensous group- J Allergy Clin Immunol 2006;118:152-69 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica Quando usar os corticóides tópicos (CTC) w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Tratamento de primeira escolha Em todas as gravidades Reduzem atividade inflamatória e colonização por S Aureus A potência não tem a ver com a halogenação da molécula, mas sim a capacidade de vasoconstrição “ blanching potency” Dexametasona: halogenado e de baixa potência Face, intertriginosas e lactentes: baixa/média potência Tempo de uso: 3 semanas (alta) a 3 meses (baixa) Longos períodos: uso intermitente Dermatol Clin 25 (2007) 605–612 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Corticóides tópicos Potência Áreas sensíveis Por períodos curtos e sobre áreas pequenas. Possbilidade de atrofia local Não indicado na face, áreas intertriginosas e sob oclusão Processos inflamatórios mais graves (Ex dipropionato de betametasona) Uso mais prolongado em áreas de pele espessada por dermatite crônica. Não indicado para uso crônico Pode ser usado na face, áreas intertriginosas e sempre por períodos curtos Processos inflamatórios de intensidade moderada (Ex: furoato de mometasona) Pode em tratamentos de manutenção, em casos mais graves e por períodos não muito prolongados Pode ser aplicado na face e em áreas intertriginosas, por períodos limitados Dermatoses eczematosas crônicas- ALTA Processos inflamatórios muito intensos, lesões crônicas e espessas (Ex: propionato de clobetasol) MÉDIA Duração tratamento BAIXA MUITO ALTA Indicações Processos mais brandos (Ex: acetato de hidrocortisona) Ideal para uso crônico, tratamentos prolongados e manutenção Pode ser usado de forma segura, áreas intertriginosas, c/ ou s/ oclusão,lactentes w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Corticóides tópicos - classificação Classificação Americana de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Corticóides tópicos Classificação Européia I (menos potentes) a IV (muito potentes) A potência não tem a ver com a halogenação da molécula, mas sim a capacidade de vasoconstrição “ blanching potency” Dexametasona: halogenado e de baixa potência Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Corticóides tópicos - classificação Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Grupo 1 - SUPERPOTENTES Propionato de Clobetasol (Therapsor) 0,05% creme 25g pomada 15g Dipropionato de Betametasona (Diprosone) 0,05% 30g (assoc. com Neomicina: Diprogenta, com Cetoconazol: Trok) Grupo 2 – ALTA POTÊNCIA Furoato de mometasona(Elocon) 0,1% pomada 20g Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% pomada 30 ou 60g Desoximetasona (Esperson) 0,25% creme/pomada 20g Grupo 3 - POTÊNCIA MÉDIA Propionato de Fluticasona (Flutivate) 0,005% pomada 15g Halcinonida (Halog 0,1) 0,1% creme 30 ou 60g Valerato de Betametasona 0,1% ( asssoc: Verutex B, Quadriderm) w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Boguniewicz M, Leung D: Middleton's Allergy: Principles and Practice, 7th ed w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Corticóides tópicos - classificação Grupo 4 – potência MÉDIA A BAIXA Furoato de mometasona (Elocon) 0,1% creme 20g Acetonido de Triamcinolona 0,1% (Omcilon A em orabase ou associação neomicina: Mud) Grupo 5 a 6 – BAIXA POTÊNCIA Desonida 0,05% (Desonol ) creme 30g w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Exemplos de 1 (mais potentes) a 7 (menos potentes) Grupo 7 – MENOS POTENTES Hidrocortisona (Stiefcortil, Therasona) 1% 3creme 0g ww w. m ch as an ri ad w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m m co t. id Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Quando usar os inibidores das calcineurinas w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Tratamentos LONGOS na face, região perioral, genitais, região inguinal e axilas Não há aumento do risco de linfoma ou fotocarcinogênese (mesmo uso por mais de 6 anos) Tacrolimus potente como monoterapia em adultos e crianças, pode ser manipulado Pimecrolimus foi estudado em crianças de 2 a 11 anos, boa eficácia e segurança Ambos são aprovados nos Estados Unidos e Europa para crianças acima dos 2 anos Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Quando usar os inibidores das calcineurinas (ICN) Tratamentos LONGOS na face, região perioral, genitais, região inguinal e axilas Não há aumento do risco de linfoma ou fotocarcinogênese (mesmo uso por mais de 6 anos) Tacrolimus 0,03 ou 0,1% (Protopic®) potente como monoterapia em adultos e crianças (pode ser manipulado) Pimecrolimus 1% (Elidel®) foi estudado em crianças de 2 a 11 anos, boa eficácia e segurança Ambos são aprovados nos Estados Unidos e Europa para crianças acima dos 2 anos Lewis-Jones S, Mugglestone MA; Guideline Development Group: Management of atopic eczema in children aged up to 12 years: BMJ 335:1263–1264, 2007. w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Quando usar os inibidores das calcineurinas - cont w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Pimecrolimus a 1% (Elidel®) para DA leve a moderada creme bisnaga 15g Tacrolimus pomada a 0,1% e 0,03% (Protopic® ) para DA moderada a grave, pomada 10g Aprovados para uso de longo prazo em pacientes > 2 anos de idade Nos pacientes pouco responsivos aos corticoides tópicos, esteroidofobia ou dermatite de face ou pescoço Sem risco de atrofia Ardência no momento da aplicação Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed., 2011 Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite atópica Controle das infecções bacterianas Reconhecer que a pele do atópico pode estar infectada Pacientes com doença mais grave tem níveis mais altos de S. Aureus no domicílio Familiares: foco de recolonização Colonização é fator de risco para infecção Nariz: maior reservatório de S Aureus Mupirocina intranasal 2x ao dia por 5 dias pode erradicar o S Aureus e melhorar o eczema CTC tópicos e inibidores IC reduzem a colonização por S Aureus O reparo da barreira epidérmica e tratamento anti-inflamatório são fundamentais w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Boguniewicz, M, Schmid-Grendelmeier, P and Leung,D J Allergy Clin Immunol 118:40-3, 2006 Leung D and Ledford K, J Allergy Clin Immunol 125:4-13, 2010 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica t.co m Dermatite atópica ww w. a dri ana sch mid Quando usar os anti-histamínicos Histamina é um dos muitos mediadores do prurido na DA Benefícios mínimos, efeito sedativo No prurido que piora a noite (sedantes) Novos anti-histamínicos – efeito variável Úteis nos pacientes com urticária ou atopias concomitantes Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed., 2011 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Quando usar corticoides sistêmicos Raramente indicados na manutenção Melhora dramática porém “flare ups” após a suspensão Cursos curtos nas exacerbações agudas Redução gradativa de dose e intensificar as medicas gerais e o uso de corticoides tópicos para evitar o rebote w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed., 2011 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Quando orientar Ciclosporinas? w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Nas DA graves ou difusas não responsivas ao tratamento convencional Inibem as vias dependentes de calcineurinas, resultando em níveis reduzidos de citocinas proinflmatórias, tais como IL-12 e IF gama Múltiplos estudos demonstraram sua efetividade no tratamento de adultos e crianças com DA Relapso após tratamento- retorna com menor gravidade Terapias de curto ou longo prazo Doses: 2- 5 mg/ Kg Usar a menor dose efetiva Monitorar PA e função renal PRACTALL Consensous group- J Allergy Clin Immunol 2006;118:152-69 2011 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Quando orientar Fototerapia? w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Luz natural é benéfica desde que seja evitado sudorese excessiva e queimadura solar Modalidades? UVA, UVB, e PUVA Quando há falha terapêutica Necessário tratamento de manutenção Efeitos adversos no curto prazo: eritema, dor, prurido e pigmentação Efeitos adversos no longo prazo: predisposição a malignidade cutânea e foto envelhecimento Acima dos 12 anos e adultos Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed., 2011 PRACTALL Consensous group- J Allergy Clin Immunol 2006;118:152-69 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica - controvérsias Ainda sem comprovação científica estabelecida Interfernon gama Omalizumab Imunoterapia Probióticos Medicina oriental chinesa Mofetil micofenolato (imunossupresor) Metrotexate (anti-metabólico) Azatioprina (anti-inflamatório e anti-proliferativo) Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed., 2011 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica – cuidados adicionais “Wet wraps” bandagens úmidas Definição Bandagens úmidas sobre emolientes e/ou CTC tópicos e envoltas em bandagens secas em áreas de eritema e eczema exudativo Na dermatite atópica E em outras formas de eritrodermia (doenças inflamatórias cutâneas) como dermatite seborreica, psoríase, penfigo, etc... ACAAAI 2011; Dermnetnz.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Wet wraps” bandagens úmidas Como funcionam? Refrescantes – evaporação da água das bandagens Hidratantes – efeito hidratante prolongado Aumentam a absorção dos CTC nas camadas superficiais e profundas da pele onde está presente a inflamação Protegem a pele w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Wet wraps” bandagens úmidas Benefícios Redução do prurido e escarificações Redução do eritema e inflamação Reidratação da pele Melhora no processo de cicatrização da pele Reduz o uso de corticoides (melhora o controle da doença) Melhora do sono ACAAAI 2011 Dermnetnz.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Wet wraps” bandagens úmidas Como aplicar Imersão em água por 20 minutos Aplicação imediata de hidratantes e/ou CTC sobre a área lesada Bandagens macias embebidas em água morna são aplicadas Faixas secas são aplicadas por cima das bandagens úmidas para proteger as roupas (podem ser faixas tubulares, meias ou pijamas) Posteriormente, as bandagens secas podem ser removidas e água aplicada em spray na camada interna para mantê-la úmida, enfaixando novamente com bandagens secas, mínimo 2h, pode ser deixado por toda a noite ACAAAI 2011 Dermnetnz.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Wet wraps” bandagens úmidas Efeitos colaterais Seguras Pouca evidência de que aumentem efeitos colaterais dos corticoides aplicados sem os wet wraps Efeitos colaterais menores dos CTC: ardência e irritação local Por períodos prolongados: infecção bacteriana e queda nos níveis de cortisol (1 estudo) ACAAAI 2011 Dermnetnz.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Roupas especiais compressas úmidas http://www.theallergyshop.com.au/categories/Clothing-For-Eczema w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Bleach Baths” imersão em alvejante Por que, quando e como utilizar Combate as bactérias – S aureus metilcilina resistentes (MRSA), reduz prurido, rashes e desconforto 90% dos pacientes com eczema são colonizados (população: 25%) Indicado para pacientes com eczema moderado a grave ¼ a ½ copo (118ml) de alvejante – hipoclorito de Na a 6% para uma banheira cheia (151 litros) de água – imersão das áreas afetadas por 5 a 10 minutos 1 - 2x por semana, menos a cabeça Enxague e seque suavemente e aplicando hidratante em seguida Associar mupirocina intranasal (Bactroban) 5 dias/mês w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Imersão Hidrata o extrato córneo Compressas úmidas podem ser usadas nas áreas expostas durante o banho para permitir hidratação Hidratação facial – distrair a criança (videogame) Banhos de imersão 5-15 min em água morna 2x por semana, mais vezes nas crises Aplicar o hidratante IMEDIATAMENTE após o banho para prevenir a evaporação da agua do extrato córneo (“selar” com hidratante para prevenir TWL) Banho: hidrata, remove alérgenos da pele e reduz colonização (S aureus) ACAAAI 2011 Dermnetnz.com Reitamo S, Luger T, Steinhoff M. Textbook of Atopic Dermatitis, 1th ed, 2008 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Imersão – como fazer sem banheira? Hidratando o extrato córneo ACAAAI 2011 Dermnetnz.com w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica “Bleach Baths” Concentração final 0,005 31 crianças de 6 meses a 17 anos com DA Banhos de imersão 5-10 min 2x por semana Após 3 meses: melhora em 67% das áreas submergidas no grupo alvejante Melhora 15% submersão em água apenas Pacientes com DA crônica – redução do uso de antibióticos Não há risco de desenvolvimento de resistência da bactéria ao alvejante, extremamente seguro ACAAAI 2011 Huang JT, Abrams M, Tlougan B, et al. Pediatrics 2009;123(5): e808–14. w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Pós Banhos de alvejante, hidratação e Tacrolimus w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Pós Banhos de alvejante, hidratação e Tacrolimus w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica O que há de novo Tratamento convencional da DA evoluiu muito nas últimas décadas Melhor entendimento das funções de barreira e mecanismos da doença Melhores medicamentos tópicos Reconstrução da barreira cutânea e prevenção das infecções bacterianas Tratamento proativo – melhora na qualidade de vida Prevenção (hidratação desde o nascimento) - a barreira cutânea no desenvolvimento de DA e possivelmente alergia alimentar e asma Novos cremes reparadores de barreira Simpson EL - J Am Acad Dermatol -2010; 63(4): 587-93 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Tratamento proativo X reativo Tratamento convencional: CTC tópico usado nas exacerbações apenas Tratamento proativo: 2x por semana CTC tópico ou ICN após a melhora nas regiões previamente afetadas e emolientes mesmo nas regiões sãs Estudos: CTC por 4 meses, Tacrolimus por 1 ano A pele do paciente com DA tem defeito de barreira mesmo estando aparentemente sã aa de cadeia longa são essenciais e estão reduzidos na pele lesada (75%) e na não lesada (60%) Defeito de barreira persistente e reação eczematosa subclínica = Hidratar sempre! Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 30(3): 351-68, 2010 Leung D and Ledford K, J Allergy Clin Immunol 125:4-13, 2010 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Vantagens do tratamento proativo Reduz o número de exacerbações w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Aumenta período assintomático Melhora o estado da pele Resultados alcançados com menor quantidade de emolientes/dia São custo-efetivos Foram demonstrados com tacrolimus, propionato de fluticasona e aceponato de metilprednisolona (1 estudo) Wollenberg A - Immunol Allergy Clin North Am 2010; 30(3): 351-68 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Dermatite atópica Educação do paciente e cuidadores Ensinar o paciente e família a como conviver com a DA Orientar pais e cuidadores Enfatizar o conhecimento da doença e do tratamento Melhorar a percepção da doença e controle emocional Modificação comportamental – medidas anti prurido A melhora no controle da doença irá restaurar a dinâmica familiar Paciente e família cooperando com o tratamento Reduz o “ doctor shopping” Melhora a parceria médico – paciente –família Reduz o custo do tratamento PRACTALL Consensous group- J Allergy Clin Immunol 2006;118:152-69 w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Departamento Científico de Alergia Sociedade Brasileira de Pediatria Muito obrigada! Esta apresentação estará disponível para download no site w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m Dermatite Atópica Departamento Científico de Alergia Da Sociedade Paranaense de Pediatria Convida Evento pontuado pelo CNA, Informações e inscrições no site w w w. s p p . o r g . b r w w w. a d r i a n a s c h m i d t . c o m