A crise econômica capitalista aprofunda os ataques às mulheres. A

Transcrição

A crise econômica capitalista aprofunda os ataques às mulheres. A
International trade union network of solidarity and struggle
Réseau syndical international de solidarité et de luttes
Rede Sindical Internacional de solidariedade e de lutas
Red sindical internacional de solidaridad y de luchas
Rete sindicale internazionale di solidarietà e di lotta
www.laboursolidarity.org
A crise econômica
capitalista aprofunda os
ataques às mulheres. A luta
contra o machismo e a
exploração é internacional
Os planos econômicos de austeridade e de ajuste fiscal, propostos pelo Imperialismo e aplicados
por todos os governos dos diversos continentes, como a flexibilização dos direitos trabalhistas, a
precarização dos contratos de trabalho, a terceirização, a redução drástica das verbas da saúde,
educação, moradia, transporte e programas sociais e a privatização e deterioração de todos os
serviços públicos, atingem especialmente as mulheres trabalhadoras, pobres, jovens, negras,
LGBT’s, indígenas, imigrantes.
A violência contra a mulher é uma verdadeira epidemia mundial. No continente
europeu, uma a cada três mulheres já foram vítimas de violência física e sexual, na Argentina, uma
mulher é assassinada a cada 32 horas e no Brasil uma mulher é assassinada vítima de violência
machista a cada 2 horas. Há países em que não há nem dados da violência como o Paraguai. Em
países em que existem Leis de Proteção à Violência contra as mulheres, apesar delas serem
avançadas, não são aplicadas, justamente porque os governos continuam priorizando o pagamento
das dívidas públicas ao mercado financeiro e reduzem cada vez mais as verbas destinadas aos
programas de proteção. Se os dados da violência são quantificados com muita dificuldade, as
sequelas e consequências psicológicas que o aumento da violência gera entre as mulheres são
impossíveis de calcular. As mulheres perdem a confiança em si mesmas, sofrem de depressão,
ataques de pânico e ansiedade, sentimento de culpa e vergonha, além de produzir o medo de
andarem nas ruas e de ocuparem os espaços públicos.
Porém as mulheres têm reagido a todos os ataques dos governos e também à
violência. As mulheres são hoje parte da vanguarda da classe trabalhadora que se levanta em
vários países, seja nas revoluções democráticas como no Egito, seja contra os ataques aos direitos
na Europa, seja contra os estupros na Índia (que se converteu em uma luta de massa), seja como no
Brasil, quando nas grandes mobilizações de junho de 2013, as mulheres eram 50% dos
manifestantes. São as mulheres também que em todas as categorias profissionais, seja nos serviços
públicos em que são maioria, mas também na classe operária, têm estado nas greves e mobilizações
por salários e por direitos em várias partes do mundo. O exemplo recente da Argentina é
emblemático da reação das mulheres, quando uma marcha massiva reuniu 500 mil pessoas se
levantando contra os recentes casos de feminicídio que chocaram o país e o lema que unificou a
todos foi a consigna de “Ni uma a menos!”
Neste momento, em que a maioria dos movimentos feministas, mesmo os considerados de
esquerda são cooptados pelo reformismo, e que o discurso predominante é de que as revoluções
não são mais necessárias, afinal a vida das mulheres pode melhorar no capitalismo, é fundamental
que escancaremos a realidade cada vez pior das mulheres pobres e trabalhadoras, assim como
unificarmos todas as lutas das mulheres como parte da luta geral da classe trabalhadora pela sua
emancipação.
Neste sentido, devemos combater o machismo também dentro do movimento sindical. O
sindicalismo se inscreve dentro de uma perspectiva feminista atuando a favor da igualdade entre
homens e mulheres. Porém constatamos que estamos longe do nosso objetivo: devemos incorporar
as reivindicações pela igualdade no trabalho e no lugar que as mulheres ocupam em nossas
organizações sindicais no e movimento sociais, pois o machismo divide a nossa classe e impede que
as mulheres, que são metade da classe trabalhadora possam participar efetivamente da luta pela
emancipação do conjunto da classe trabalhadora. Assim como, a unidade das mulheres e homens
da nossa classe é imprescindível para sermos vitoriosos contra o machismo, pois a emancipação das
mulheres não é só um objetivo e uma exigência de justiça social, pois também se enfrenta com os
marcos de dominação e de exploração fundamentalmente capitalista e a escala de toda sociedade. É
uma luta onde todas e todos vamos ganhar. A opressão especifica sobre as mulheres se
articula com outros sistemas de opressão como o racismo, a xenofobia, a LGBTfobia e todas as
opressões utilizadas pelo capitalismo para aumentar a exploração sobre o conjunto de todos os
oprimidos.
Por isso lutamos:
 Abaixo a terceirização, a precarização e a flexibilização! Nenhum direito a menos!
 Nenhum pagamento da dívida pública! Investimentos de recursos públicos para a aplicação das
leis de proteção à violência contra as mulheres!
 Que as leis de proteção abarquem todo tipo de violência contra as mulheres, incluindo a
violência familiar.
 Salário igual para trabalho igual! As desigualdades salariais também se expressam com relação
aos setores produtivos e de serviços com maior composição feminina. Lutemos por igualdade
salarial!
 Por guarderias públicas e de qualidade para os filhos e as filhas das trabalhadoras e dos
trabalhadores ! Por restaurantes e lavanderias públicas!
 Pela luta contra o racismo, a LGBTfobia e a xenofobia! Os mesmos direitos para as mulheres
imigrantes!
 Contra o tráfico e a exploração sexual, em especial das mulheres negras!
 Pela legalisação do aborto em todos os países! Pela educação; por contraceptivos para prevenir e
por um aborto legal e seguro para não morrer !
 Pela organização de secretarías das mulheres nos sindicatos!
 Por campanhas salariais com reivindicações específicas das demandas das mulheres!
 Pela garantia e condições de participação das mulheres nas atividades sindicais!
 Por campanhas educativas contra o machismo realizadas pelos sindicatos e os movimentos de
luta contra as opressões!
 Contra a violência exercida contra as mulheres pelo fato de disporem livremente de seu corpo!
Pela legalização do aborto, pela igualdade entre as mulheres e homens desenvolvamos e
reforcemos um sindicalismo decididamente feminista!
Les organisations membres du Réseau syndical international de solidarité et de lutte
Organisations syndicales nationales interprofessionnelles
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Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) - Brésil.
Confederación General del Trabajo (CGT) - Etat espagnol.
Union syndicale Solidaires (Solidaires) - France.
Confédération Générale du Travail du Burkina (CGT-B) - Burkina.
Confederation of Indonesia People's Movement (KPRI) - Indonésie.
Confederación Intersindical (Intersindical) - Etat espagnol.
Syndicat National Autonome des Personnels de l'Administration Publique (SNAPAP) - Algérie.
Batay Ouvriye - Haïti.
Unione Sindacale Italiana (USI) - Italie.
Confédération Nationale des Travailleurs - Solidarité Ouvrière (CNT SO) - France.
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Sindicato de Comisiones de Base (CO.BAS) - Etat espagnol.
Organisation Générale Indépendante des Travailleurs et Travailleuses d'Haïti (OGTHI) - Haïti.
Sindacato Intercategoriale Cobas (SI COBAS) - Italie.
Confédération Nationale du Travail (CNT-f) - France.
Intersindical Alternativa de Catalunya (IAC) - Catalogne.
Union Générale des Travailleurs Sahraouis (UGTSARIO) - Sahara occidental.
Ezker Sindikalaren Konbergentzia (ESK) - Pays basque.
Confédération Nationale de Travailleurs du Sénégal Forces du Changement (CNTS/FC) - Sénégal.
Independent Trade Unions for Egyptian Federation (EFITU) - Egypte.
Sindicato Autorganizzato Lavorator COBAS (SIAL-COBAS) - Italie.
General Federation of Independent Unions (GFIU) – Palestine.
Confederación de la Clase Trabajadora (CCT) – Paraguay.
Red Solidaria de Trabajadores – Perou
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National Union of Rail, Maritime and Transport Workers (RMT/TUC) - Grande-Bretagne.
Centrale Nationale des Employés – Confédération Syndicale Chrétienne (CNE/CSC) - Belgique.
Sindicato Nacional de Trabajadores del Sistema Agroalimentario (SINALTRAINAL/CUT) - Colombie.
Fédération Générale des Postes, Telecom et Centres d’appel - Union Générale Tunisienne du Travail (FGPTT/UGTT) - Tunisie.
Trade Union in Ethnodata - Trade Union of Empoyees in the Outsourcing Companies in the financial sector - Grèce.
Syndicat national des travailleurs des services de la santé humaine (SYNTRASEH) - Bénin
Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC-SN) – Brésil.
Organizzazione Sindicati Autonomi e di Base Ferrovie (ORSA Ferrovie) - Italie.
Sindicato Único de Trabajadores del Grupo Ripley S.A - Pérou
Union Nationale des Normaliens d’Haïti (UNNOH) - Haïti.
Confederazione Unitaria di Base Scuola Università Ricerca (CUB SUR) - Italie.
Confederazione Unitaria di Base Immigrazione (CUB Immigrazione) - Italie.
Coordinamento Autorganizzato Trasporti (CAT) - Italie.
Confederazione Unitaria di Base Credito e Assicurazioni (CUB SALLCA) - Italie.
Syndicat des travailleurs du rail - Union Nationale des Travailleurs du Mali (SYTRAIL/UNTM) – Mali.
Gıda Sanayii İşçileri Sendikası - Devrimci İşçi Sendikaları Konfederasyonu (GIDA-IŞ/DISK) - Turquie.
Syndicat National des Travailleurs du Petit Train Bleu/SA (SNTPTB) - Sénégal.
Asociación Nacional de Funcionarios Administrativos de la Caja de Seguro Social (ANFACSS) - Panama.
Conseil des Lycées d’Algérie (CLA) – Algérie.
Confederazione Unitaria di Base Trasporti (CUB Trasporti) - Italie.
Syndicat de l'Enseignement Supérieur Solidaire (SESS) – Algérie.
Palestinian Postal Service Workers Union (PPSWU) – Palestine.
Union Syndicale Etudiante (USE) – Belgique.
Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC) – Portugal.
Sindicato Unitario de Trabajadores Petroleros (Sinutapetrolgas) – Venezuela.
Alianza de Trabajadores de la Salud y Empleados Publicos – Mexique.
Canadian Union of Postal Workers / Syndicat des travailleurs et travailleuses des postes (CUPW-STTP) – Canada.
Organisations syndicales nationales professionnelles
Organisations syndicales locales
Trades Union Congress, Liverpool (TUC Liverpool) - Angleterre.
Sindacato Territoriale Autorganizzato, Brescia (ORMA Brescia) - Italie.
Fédération syndicale SUD Service public, canton de Vaud (SUD Vaud) - Suisse
Sindicato Unitario de Catalunya (SU Metro) - Catalogne.
Türkiye DERİ-İŞ Sendikasi, Tuzla et Izmir (DERİ-İŞ Tuzla et Izmir) - Turquie.
L’autre syndicat, canton de Vaud (L’autre syndicat) - Suisse
Centrale Générale des Services Publics FGTB, Ville de Bruxelles (CGSP/FGTB Bruxelles) - Belgique
Arbeitskreis Internationalismus IG Metall, Berlin (IG Metall Berlin) – Allemagne
Sindicato de Trabajadores de Celima - Pérou
Sindicato Unificado de Trabajadores de la Educación de Buenos Aires, Bahia Blanca -(SUTEBA/CTA de los trabajadores
Bahia Blanca) – Argentine
 Sindicato del Petróleo y Gas Privado del Chubut/CGT – Argentine.
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Organisations syndicales internationales
 Industrial Workers of the World - International Solidarity Commission (IWW)
Courants, tendances ou réseaux syndicaux
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Transnationals Information Exchange Germany (TIE Germany) - Allemagne.
Emancipation tendance intersyndicale (Emancipation) - France.
Globalization Monitor (Gmo) - Hong Kong.
Courant Syndicaliste Révolutionnaire (CSR) - France.
No Austerity - Coordinamento delle lotte - Italie.
Solidarité Socialiste avec les Travailleurs en Iran (SSTI) - France.
Basis Initiative Solidarität (BASO) - Allemagne.
LabourNet Germany - Allemagne.
Resistenza Operaia - operai Fiat-Irisbus - Italie.

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