Tiago Felipe Ferneda

Transcrição

Tiago Felipe Ferneda
Faculdade Educacional de Matelândia
Curso de Administração
TIAGO FELIPE FERNEDA
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
CRIADOS EM SISTEMA CONVENCIONAL E DARK HOUSE: estudo
realizado em um aviário de frango de corte localizado na cidade de
Matelândia no oeste do Paraná.
Matelândia - PR
2014
TIAGO FELIPE FERNEDA
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
CRIADOS EM SISTEMA CONVENCIONAL E DARK HOUSE: estudo
realizado em um aviário de frango de corte localizado na cidade de
Matelândia no oeste do Paraná.
Trabalho de conclusão de curso apresentado
como requisito parcial para obtenção do titulo
de Bacharel em Administração da Faculdade
Educacional de Matelândia -FAMA –PR.
Orientadora: Profª. Margarete F. Marcon, Ms.
Matelândia – PR
2014
Dedico esse trabalho a minha família,
amigos e professores que contribuíram
para a realização deste.
AGRADECIMENTO
Primeiramente agradeço a Deus, o autor da vida, pela saúde e
privilégio de vivenciar uma nova experiência e o cumprimento de mais uma
fase em minha vida.
A minha mãe Lorizete Maria Ferneda e ao meu tio Adelton Atilio
Ferneda e a Sr(a). Gema Oro, que sempre acreditaram em mim, pela
educação, cuidados, ensinamentos, princípios e valores que me foram
passados que serão carregados comigo por toda a vida. São meus ídolos.
A minha professora e orientadora Margarete F. Marcon que me
acompanhou neste trabalho, pela paciência e grande contribuição para a
realização do mesmo, que nunca mediu esforços para tal, meus sinceros e
elevados votos de gratidão, estima e consideração, pois me ensinou que o
conhecimento não nos pode ser tirado e a ser perseverantes sempre onde
estiver, que não são as dificuldades que impedirão o sucesso. Sou muito grato
a você minha mestre. Exemplo de líder, obrigado pela paciência, compreensão
e conselhos.
Aos meus colegas de faculdade que se tornaram grandes amigos:
Andresa Feldkircher, Ary Patrick de Lima, Débora da Silva, Geise Kelly Goulart,
Gilmara Salete Fiorentim, Gésica Rodrigues, Jairo Aguilar Pistore, Letícia
Gonçalves Ulbrich, Monica Aparecida Carré, Marcio Borba Nunes Junior,
Oliveira de Oliveira Junior, Rodrigo Alves de Oliveira, Rodrigo Civiero D’
Agostini, Suzana Lindner, Silvia Regina Nicaretta Backes, que nossa amizade
continue pelo resto de nossas vidas.
Ao corpo docente do curso de Administração da Faculdade
educacional de Matelândia, FAMA, que ministraram as aulas do curso durante
o período de minha formação. Obrigado pelo conhecimento técnico repassado,
as amizades e os ensinamentos de forma geral.
A todos que de alguma forma contribuíram com minha formação,
meu sincero muito obrigado. Tenham certeza de que quem ajuda um dia
também será ajudado.
"Não sabendo que era impossível,
ele foi lá e fez".
(Jean Cocteau)
RESUMO
FERNEDA, Tiago Felipe. Avaliação do desempenho de produção de frangos de
corte criados em sistema convencional e dark house: estudo realizado em um
aviário de frango de corte localizada na cidade de Matelândia, no oeste do
Paraná. 2014. 73f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Administração) –
Faculdade Educacional de Matelândia – Fama, Matelândia, 2014.
O mercado de carne avícola está cada vez mais competitivo, tanto no que se
refere à produção, qualidade ou na velocidade em que a produção acontece e
esta cada vez mais exigente no que diz respeito ao bem estar animal. Com
este pensamento este trabalho foi desenvolvido na busca de apresentar as
vantagens do sistema de criação de frangos de corte Dark House em relação
ao sistema convencional, e apresentar os resultados financeiros do sistema de
criação de frangos de corte Dark House em relação ao sistema convencional.
O estudo é de grande importância por propor reflexão sobre o gerenciamento
dos recursos financeiros disponíveis, auxiliando na tomada de decisão do
proprietário. A pesquisa seguiu a metodologia bibliográfica, e documental,
participativa, dedutiva, descritiva, de campo, aplicada, exploratória, quantitativa
e estudo de caso, que foi idealizada por meio de análise de conteúdo. Foi
possível verificar que o sistema Dark House possui as vantagens de controlar
tanto a luminosidade quanto a ventilação dos aviários, de obter uma melhora
significativa na conversão ajustada e apresentar uma redução na incidência de
calo de pata, proporcionando assim um maior índice de lucratividade para o
produtor. O Paraná é o estado que mais investe nesse sistema de criação,
consequentemente possui os resultados que o tornam o maior produtor de
carne de frango do Brasil, nesse sentido nos faz acreditar que as vantagens e
benefícios desse sistema são de extrema importância para o mercado
consumidor.
Palavras-chave: Dark House. Convencional. Vantagens.
ABSTRACT
Ferneda , Tiago Felipe. Evaluation of broiler production performance raised in
the conventional system and dark house : study in a broiler poultry located in
Matelândia in western Paraná . 2014. 73f . Work Completion of course
(Bachelor of Business Administration) - Faculty of Educational Matelândia Fame, Matelândia , 2014 .
The poultry meat market is increasingly competitive, both in terms of production,
the quality or the speed at which the production takes place and is increasingly
demanding with regard to animal welfare. With this thought this work was
developed in the quest to expose the benefits of the creation of Dark House
broiler system over the conventional system, and present the financial results
for the creation of Dark House broilers compared to the conventional system
system. The study is of great importance for proposing reflection on the
management of the resources available, assisting in decision- owner decision.
The research followed the literature methodology, and documentary,
participatory, deductive, descriptive, field, applied, exploratory, quantitative and
case study, which was designed using content analysis. We found that the Dark
House system has the advantages of both control the brightness as the
ventilation of poultry, to get a significant improvement in the adjusted
conversion and display a reduction in the incidence of foot callus, providing a
higher profitability index for producer. Paraná is the state that invests most in
this farming system, therefore has the results that make the largest chicken
producer in Brazil, in this sense makes us believe that the advantages and
benefits of this system are extremely important to the consumer market .
Keywords: Dark House . Conventional . Advantages .
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Sistema Dark House........................................................................................... 36
Figura 2 - Sistema Convencional........................................................................................ 38
Figura 3- Sede da Propriedade........................................................................................... 49
Figura 4 - Layout da Empresa............................................................................................. 51
Figura 5 - Organograma da Empresa ................................................................................ 52
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Metodologia da Pesquisa............................................................................42
LISTA DE GRÁFICOS
Grafico 1 - Conversão ajustada .......................................................................................... 56
Grafico 2 - Calo de Pata................................................................................................57
Grafico 3 - Ganho de Peso Diário (GPD)........................................................................... 58
Grafico 4 - Remuneração Extra Pela Estrutura Conforme Check List ............................ 59
Grafico 5 – Remuneração Extra Conforme Seguimento Padrão de Normas ................. 60
Grafico 6 - R$/ Ave Abatida................................................................................................. 61
Grafico 7 - Condenação Parcial do SIF ............................................................................. 62
Grafico 8 - Comparativo de Resultado Anual .................................................................... 63
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UBA - União Brasileira de Avicultura
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
ABF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos
WSPA - World Society for the Protection of Animals
CISA - Comitê Interamericano de Sanidade Avícola
ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal
GPD - Ganho de Peso Diário
SIF- Sistema Inspeção Federal
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1. TEMA ............................................................................................................................. 16
1. 2. PERGUNTA DE PESQUISA ...................................................................................... 17
1.3. HIPÓTES DE PESQUISA ............................................................................................ 17
1.4. OBJETIVOS .................................................................................................................. 17
1.4.1. Objetivo Geral.................................................................................................. 17
1.4.2. Objetivos Específicos ..................................................................................... 18
1.5. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 18
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 19
2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 20
2.1. ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................ 20
2.2. PRODUÇÃO INTEGRADA DE AVES DE CORTE .................................................... 22
2.3. AVICULTURA INDUSTRIAL BRASILEIRA ................................................................ 24
2.4. CENÁRIO PARA A CARNE DE FRANGO BRASILEIRA ......................................... 25
2.5. DESAFIOS DA AMBIÊNCIA SOBRE OS SISTEMAS DE AVES NO BRASIL ........ 26
2.6. CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE: SISTEMA DE PRODUÇÃO ....................... 27
2.6.1. Sistema de Integração .................................................................................... 28
2.6.2. Sistema Cooperativo ...................................................................................... 29
2.6.3. Sistema Independente .................................................................................... 30
2.7. PROTOCOLO DE BEM-ESTAR PARA FRANGOS .................................................. 31
2.8. PARÂMETROS DE CONFORTO AMBIENTAL ......................................................... 33
2.9. SISTEMA DE CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE EM SISTEMA DARK
HOUSE ................................................................................................................................. 34
2.10. SISTEMA DE CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE CONVENCIONAL ............. 36
2.11. DARK HOUSE: MANEJO X DESEMPENHO FRENTE AO SISTEMA
TRADICIONAL ..................................................................................................................... 38
3. MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA................................................................. 40
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .............................................................................. 41
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................................ 45
3.3. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................................ 46
3.4. COLETA DE DADOS ................................................................................................... 46
3.5. DELIMITAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................. 47
4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO ................................................ 48
4.1. DADOS DA EMPRESA ................................................................................................ 48
4.2. HISTÓRICO DA EMPRESA ........................................................................................ 49
4.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................. 50
4.5. PRODUTOS E SERVIÇOS.......................................................................................... 52
4.5.1. Instalações da Propriedade ............................................................................ 53
4.5.2. Equipamentos da Propriedade....................................................................... 53
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ....................................................... 55
5.1. PRINCIPAIS VANTAGENS DO SISTEMA DE CRIAÇÃO DARK HOUSE QUANDO
CONFRONTADO COM OS MESMOS QUESITOS DO SISTEMA CONVENCIONAL.. 55
5.2. COMPARATIVO DE RESULTADOS FINANCEIROS DO SISTEMA DE CRIAÇÃO
DE FRANGOS DE CORTE DARK HOUSE EM RELAÇÃO AO SISTEMA
CONVENCIONAL ................................................................................................................ 62
6. PROPOSTAS DE MELHORIAS ............................................................................ 64
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 65
7.1. CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS ................................................................................... 66
7.2. CONTRIBUIÇÕES GERENCIAIS ............................................................................... 66
7.3. LIMITAÇÕES DA PESQUISA...................................................................................... 66
7.4. SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS ............................................................... 67
REFERENCIAS .......................................................................................................... 68
15
1. INTRODUÇÃO
A preocupação do homem em produzir alimentos existe desde a
época que ele ainda era nômade acentuando-se na atualidade, visto que o
crescimento da população do mundo ocorre de forma desproporcional à área
cultivada.
Ao longo dos últimos anos, as duas linhas de um gráfico imaginário
entre aumento da área cultivada versus aumento da produção agrícola vêm se
distanciando. É um fator positivo do ponto de vista agronômico, pois o setor
está cada vez mais eficiente. A competitividade entre os principais países
produtores faz com que se invista pesado em tecnologias nos sistemas de
criação e no aperfeiçoamento genético de plantas e animais, além do avanço
constante nos setores de pesquisa e desenvolvimento.
A humanidade precisa de alimentos saudáveis, com qualidade e
baixo custo. Isto só pode ser obtido com a produção intensiva e controle de
todos os fatores que influenciam na eficiência do processo. Basicamente o
desafio está no setor primário, nas mais variadas atividades. É neste ponto que
geralmente estão as maiores oportunidades de ganhos, como exemplo, a
melhoria de índices zootécnicos.
O consumidor de carne de frango em âmbito mundial está cada vez
mais exigente em qualidade de carne e vem apresentando cada vez mais um
maior interesse em saber como é feito o processo de criação dos frangos e
exigem com isso alguns métodos de criação que proporcionem a ave o bem
estar animal. Esse bem estar animal entre fatores competitivos, podem ser
alcançados através da implantação do sistema Dark House nos aviários de
criação das aves.
O Dark House é um sistema moderno usado em muitos países que
se compete à utilização mínima da iluminação controlada em um aviário. Com
o Dark House as aves são submetidas à intensidade luminosa e foto período
controlados, bem como a ventilação, velocidade e umidade relativa do ar. Este
controle da ventilação é chamado de pressão negativa no qual o ar entra pela
lateral do aviário por meio de placas evaporativas onde e feito o resfriamento
16
do mesmo, sendo assim puxado para fora novamente através de exautores
localizados no fundo do aviário, proporcionando uma temperatura muito
confortável as aves.
Essa combinação de luminosidade e ventilação controlada faz com
que as aves fiquem mais tranquilas gastando assim menos energia para o seu
desenvolvimento.
O objetivo deste presente trabalho é desenvolver uma revisão
bibliográfica, que proporcione aos criadores de frango de corte o interesse em
conhecer e implantar o sistema Dark House, em função das perspectivas de
consumo e a exigências do mercado mundial. Para que assim possam
conseguir melhores resultados de produção e de qualidade da carne, também
exercendo atividade que se enquadra nos conceitos de bem estar animal que
está em foco na atualidade e contribuindo para que o Brasil seja um pais de
estaque na produção e qualidade da avicultura mundial.
1.1. TEMA
O mercado da avicultura está cada vez mais competitivo, tanto no
que tange a produção, qualidade ou na velocidade em que essa produção
ocorre e se tornando cada vez mais exigente no que diz respeito ao bem estar
animal.
O sistema de criação de frango de corte Dark House é um sistema
moderno que ao contrário do que os produtores pensam tem custo menor do
que o modelo convencional, além de diversas vantagens para a cadeia
produtiva.
O sistema Dark House controla tanto a luminosidade quanto a
ventilação dos aviários proporcionando maior densidade de aves por metros
quadrados (m²) aproveitando melhor o espaço físico do galpão, gerando maior
conforto e diminuindo o estresse das aves, atendendo assim, as exigências do
mercado consumidor com relação ao bem estar animal.
O Estado do Paraná é o maior investidor nesse sistema de criação e
possui os resultados que o torna o maior produtor de carne de frango do Brasil,
17
isso nos faz pensar que as vantagens desse sistema são de extrema
relevância para o mercado consumidor.
1. 2. PERGUNTA DE PESQUISA
O sistema Dark House apresenta-se vantajoso na produtividade se
comparado com o sistema convencional de criação de frangos de corte?
1.3. HIPÓTESES DE PESQUISA
Analisando as informações e perspectivas, podemos dizer que a
empresa tem grandes possibilidades de obter lucro e crescimento para os
próximos anos, já que o mercado de consumo de carne de aves apresenta
grande expansão e uma boa expectativa de crescimento para as próximas
décadas. A produção de frango vem crescendo no Brasil, passando de 1.617
mil toneladas em 1986 para 2.356 mil toneladas em 1990, 5.977 mil toneladas
em 2000, 9.297 mil toneladas em 2005, com uma previsão de 9.895 mil para
2006 (UBA, 2006). Neste sentido a hipótese de pesquisa é:
O sistema Dark House é vantajoso se comparado com o sistema
convencional de criação de frangos de corte?
1.4 . OBJETIVOS
A seguir apresentam-se o objetivo geral e os específicos.
1.4.1. Objetivo Geral
Apresentar as vantagens do sistema de criação de frangos de corte
Dark House em relação ao sistema convencional.
18
1.4.2. Objetivos Específicos
a)
Identificar as principais vantagens do sistema de criação de frango de
corte Dark House, em comparação ao sistema convencional;
b)
Apresentar os resultados financeiros do sistema de criação de frangos
de corte Dark House em relação ao sistema convencional.
1.5.
JUSTIFICATIVA
Com a globalização, e a grande procura de carne de aves no
mercado com mais qualidade e com custos mais baixos, e necessário que este
segmento de mercado esteja se modernizando para que possa disponibilizar
produtos de qualidade no mercado.
Com o passar dos anos, percebemos um grande progresso na
tecnologia para a criação das aves, como por exemplo: a automação do
processo de alimentação das aves, o controle do clima interno dos barracões
para que a ambiência seja a melhor possível para o desenvolvimento das
mesmas. Dessa fazendo com que tenham um ganho de peso maior com o
consumo de ração mínimo possivel.
Estamos vivendo um novo cenário no ramo da avicultura, os
barracões devem ser tratados como uma empresa e os avicultores devem ser
tratados como grandes empresários e grandes administradores, visando sua
lucratividade, controlando seus custos, gerenciando, planejando as atividades.
Lima e Albano (2002), frisam que para analisar e intervir em uma organização
se faz necessário englobar todos os componentes organizacionais e ter uma
atenção especial aos chamados sintomas culturais.
Pelo fato de ser filho de avicultores, a escolha deste tema tem
grande importância na elaboração do estudo, pois há envolvimento pessoal e
ao mesmo tempo e uma oportunidade de observar se os investimentos
realizados trarão maior rentabilidade à propriedade.
Atualmente acadêmico do curso de administração percebe-se que é
o momento certo de aplicar o que foi aprendizado do curso no decorrer dos
19
anos, colocando em prática os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de
aula, podendo assim, identificar o melhor gerenciamento na propriedade para
ajudar a família.
É de grande importância o estudo na propriedade, pois pode propor
grandes informações sobre o gerenciamento dos recursos financeiros
disponíveis, podendo assim ajudar na tomada de decisão do proprietário,
auxiliando ainda na identificação das dificuldades e propondo melhorias para
resolvê-las.
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho está organizado em seis capítulos, sendo que o
primeiro apresenta a introdução ao tema de estudo, definido o tema do
presente trabalho e a pergunta de pesquisa, suas hipóteses juntamente com os
objetivos delimitando o objetivo geral e específicos, bem como a justificativa do
estudo e, por fim a estrutura do trabalho pelo autor.
No segundo capítulo se insere a revisão de literatura, buscando dar
ênfase ao assunto escolhido.
No terceiro capítulo evidenciam-se os aspectos metodológicos
utilizados, definindo a classificação da pesquisa, universo amostral e sujeitos
da pesquisa, bem como a coleta de dados, análise e interpretação dos dados.
No quarto capítulo se dedicou a caracterização da propriedade em
estudo.
No quinto capítulo encontra-se a aplicação do estudo, no qual foram
coletados e analisados os dados da pesquisa aplicada.
No sexto capítulo, são apresentadas algumas propostas de
melhorias para a empresa.
Para
encerrar,
registram-se
no
sétimo
capítulo
algumas
considerações finais e a conclusão do estudo, as referências e, por fim, os
apêndices que apresentam o cronograma das atividades desenvolvidas.
20
2. REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo será apresentada a fundamentação sobre a base teórica
do trabalho acadêmico que se idealizou contemplando os conceitos sobre a
Evolução da Avicultura no Brasil como princípio, bem como novas práticas de
criação para que esse trabalho se torne cada vez mais sofisticado e traga
rentabilidade aos avicultores da região Oeste do Paraná.
2.1. ADMINISTRAÇÃO
Maximiano (2007) define administração como uma arte muito antiga,
e que vêm evoluindo desde o principio em que os fundadores das primeiras
organizações tiveram que lidar com os problemas para definir objetivos,
planejar atividades, organizar recursos, dirigir pessoas e controlar resultados.
São problemas eternos, que os indivíduos e organizações sempre enfrentarão,
motivando continuamente o surgimento de ideias e técnicas para administrar
todos os tipos de empreendimento.
Segundo Maximiano (2007), com o avanço da atividade industrial e
com o crescimento das organizações, a administração tornou-se um corpo
organizado de conhecimentos e teorias. Assumindo a necessidade de
profissionalizar a formação de gerentes e administradores, para assim tornar as
empresas eficientes e eficazes de acordo com o seu ramo de atividade,
fazendo da administração um estudo sistemático que produz um corpo de
conhecimentos organizados.
De
acordo
com
Chiavenato
(2004),
a
origem
da
palavra
administração vem do latim ad (direção, tendência para), e minister
(subordinação ou obediência) e significa aquele que presta um serviço a outro,
com o passar do tempo à palavra administração sofreu uma severa
transformação em seu significado original.
O autor ainda enfatiza que o dever da administração passou a ser de
interpretar os objetivos propostos pela organização, e convertê-los em ações
organizacionais por meio de planejamento, organização, direção e controle de
21
todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da
organização, a fim de alcançar os objetivos da forma mais adequada à situação
e garantir a competitividade em um mundo de negócios altamente
concorrencial e complexo.
Segundo Lacombe e Heilborn (2006, p. 48), administração é: “um
conjunto de princípios e normas que tem por objetivos planejar, organizar,
dirigir, coordenar e controlar os esforços de um grupo de indivíduos que se
associam para atingir um resultado comum”.
Os autores ainda enfatizam que a administração mostra que é
preciso planejar, organizar, dirigir e controlar sistematicamente todas as ações
administrativas para conseguir alcançar todos os objetivos empresariais, todo
esse processo é desenvolvido pela administração.
Maximiano (2007 p. 34), afirma que “a administração é um processo
dinâmico de tomar decisões e realizar ações que compreende cinco processos
principais interligados: planejamento, organização, liderança, execução e
controle”.
Planejamento. O processo de planejamento é a ferramenta
para administrar as relações com o futuro. As decisões que
procuram de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão
colocadas em praticas no futuro, são decisões de
planejamento.
Organizações. É o processo de dispor os recursos em uma
estrutura que facilite a realização dos objetivos. O processo de
organizar consiste no ordenamento dos recursos ou na divisão
de um conjunto de recursos em partes coordenadas, segundo
algum critério ou principio de classificação.
Liderança. (e outro processo de administração de pessoas).
Liderança é o processo de trabalhar com pessoas para
possibilitar a realização de objetivos. Liderança é um processo
complexo, que compreende diversas atividades de
administração de pessoas, como coordenação, direção,
motivação comunicação e participação no trabalho em grupo.
Execução. O processo de execução consiste em realizar
atividades planejadas, por meios da aplicação de energia física
e intelectual.
Controle. O processo de controle procura assegurar a
realização de objetivos.
Controlar é a função que consiste em comparar as atividades
realizadas com as atividades realizadas com as atividades
22
planejadas, para possibilitar a realização
(MAXIMIANO, 2007, p. 34).
dos objetivos
Neste sentido Maximiano (2007), salienta que a administração é
considerada uma arte tanto no sentido de profissão ou de ação humana onde
toda e qualquer arte depende de habilidades. O mesmo autor afirma também
que os administradores necessitam de competências que incluem as mais
diversas habilidades técnicas e gerenciais, essas habilidades podem ser
obtidas e aperfeiçoadas por meio de experiências e estudo. Ressalta ainda que
existem pessoas que revelam competências excepcionais e estudo.
Para
o
autor
citado
acima
existem pessoas que
revelam
competências excelentes como administradores nos mais diversos tipos de
organizações e empreendimento humano.
De acordo com Lacombe e Heilborn (2006), administração se faz
principalmente
com o
bom senso,
muito
trabalho,
esforço
e muita
responsabilidade. Os autores citados afirmam também que cada caso é um
caso, não existe uma metodologia a ser seguida e nesse ponto a teoria da
contingência é perfeita. O conhecimento dos princípios básicos se tornam
imprescindíveis ao administrador e cada abordagem ou teoria agrega novos
pontos de vista e novas formas de lidar com as situações encontradas no dia a
dia dos administradores dentro das organizações.
2.2. PRODUÇÃO INTEGRADA DE AVES DE CORTE
Avisite (2014), enfatiza que o sistema de produção integrada, ou
integração, foi adaptado no Brasil há mais de 60 anos. É um sistema vitorioso
no cenário nacional, quando comparado com outros setores da agropecuária,
pois gera renda no campo com certa estabilidade e continuidade. Trata-se de
uma parceria, onde produtores e agroindústria se juntam com bens e serviços
para produzirem (animais e ou vegetais), destinados ao comércio e ou à
indústria, cada um colaborando com o que têm de melhor.
De acordo com dados da Avisite (2014), se tratando de aves e
suínos, a agroindústria normalmente colabora com os animais, ração,
23
medicamentos, vitaminas, o transporte dos animais e insumos e a assistência
técnica necessária para que à produção ocorra da melhor forma possível
gerando lucro e satisfação para ambas às partes; enquanto que o produtor,
geralmente participa com as instalações, equipamentos, água e energia
elétrica, bem como se responsabiliza pelo manejo dos animais até que os
mesmos atinjam a idade de abate.
A avicultura brasileira para Richetti e Santos (2000), está fortemente
baseada no sistema de produção integrada, no qual as atividades do produtor
são regidas por contratos firmados com a indústria, no entanto, as empresas
determinam as relações contratuais que regulam os sistemas integrados.
Ainda segundo os autores supracitados o sistema integrado sob
contratos surgiu paralelamente à grande modernização da avicultura como
processo de mudanças nas estratégias organizacionais, propagando-se
rapidamente.
Sobre a adoção dessa nova tecnologia verticalizada na avicultura
afirmam Richetti e Santos (2000), que requer condições especiais para a
produção, exigindo altos investimentos em infra-estrutura, o que a torna inviável
aos pequenos produtores rurais, que geralmente são descapitalizados.
Neste sentido, os autores Richetti e Santos (2000), informam que
resta então a alternativa de se tornarem parceiros a uma indústria
processadora por meio de um sistema mandatário denominado de integração
vertical, que e a organização de etapas tecnologicamente separáveis de um
processo produtivo por uma mesma firma, a integração vertical busca a
redução dos custos de transação, desde que se consigam estabelecer
estruturas de governança que sejam úteis para adaptar a indústria ao tipo de
contratação feita com o produtor rural.
Richetti e Santos (2000), salientam ainda que uma empresa
verticalmente integrada tem uma completa flexibilidade e autonomia de tomar
as decisões sobre o investimento, o emprego, a produção e a distribuição de
todos os estágios que possuir.
24
2.3. AVICULTURA INDUSTRIAL BRASILEIRA
No início dos anos de 1970 e a primeira década do século XXI de
acordo com Belusso e Hespanhol (2010), ocorreram várias alterações na
estrutura produtiva de frangos de corte no que diz respeito à genética e a
nutrição animal, a automatização das atividades e a elevação da escala. Neste
sentido se consolidou uma forma peculiar de inserção da agricultura no
comércio internacional no que se refere à composição da produção,
crescimento das atividades ligadas à exportação e aumento do grau de
processamento industrial dos produtos.
A produção de frangos de corte se estabeleceu como um segmento
moderno nos anos 1970, ressaltam Belusso e Hespanhol (2010), que graças a
política agrícola de crédito subsidiado e a instalação de frigoríficos, além das
articulações entre grupos nacionais e empresas estrangeiras, no complexo
industrial avícola, um exemplo de diferenciação na ampliação do mercado e a
atuação das empresas de abate de frango no mercado internacional. De
acordo com o relato setorial da avicultura BNDES (2005), a avicultura industrial
se desenvolveu a partir da segunda guerra mundial, com a necessidade
destinar oferta de carne vermelha para os soldados em combate, sendo preciso
aumentar a produção de carnes alternativas e de pequenos animais que
estivessem prontas para consumo, em um curto espaço de tempo.
A avicultura industrial brasileira de acordo com Tavares e Ribeiro
(2007), se estabeleceu a partir de alguns aspectos fundamentais: a utilização
de linhagens melhoradas geneticamente, produzindo aves de melhor
qualidade, com melhor conversão alimentar e reduzido período de criação até o
abate. Os incentivos fiscais e créditos a juros baixos, o que provocou a
modernização do setor através de investimentos em tecnologia e pesquisa.
Levando ao aumento da produção e da produtividade, instalação de
grandes indústrias de alimentos as quais trouxeram investimentos em
pesquisas, com criação e adoção de novas tecnologias de produção,
industrialização do produto e reformulação do modelo de produção das aves,
através da integração vertical.
25
Tavares e Ribeiro (2007), salientam também que a avicultura
industrial se caracterizou, em um primeiro estágio, pela importação de
linhagens híbridas americanas, mais resistentes e produtivas. Mais tarde,
devido aos investimentos nacionais, o setor se estruturou com base na
melhoria genética das aves, no desenvolvimento de vacinas contra doenças,
na introdução de novas tecnologias, no uso de instalações mais apropriadas e
de uma alimentação racional.
Formaram-se associações avícolas e cooperativas segundo Tavares
e Ribeiro (2007), assim como parcerias entre produtor e agroindústria, através
de contratos de integração, obtendo-se saltos importantes na produção, o que
tornou este segmento um dos mais dinâmicos e competitivos do país.
2.4. CENÁRIO PARA A CARNE DE FRANGO BRASILEIRA
As estatísticas consolidadas do setor em 2012 de acordo com Turra
(2013), mostraram que a produção de carne de frango, principal produto
avícola, foi de 12,645 milhões de toneladas, o que representa um declínio de
3,17% em relação ao ano de 2011, mesmo assim o Brasil se manteve na
posição de maior exportador mundial e de terceiro maior produtor de carne de
frango, somente atrás dos Estados Unidos e da China. A redução na produção
foi reflexo da disparada dos preços do milho e da soja, que representam os
principais custos do setor. Destaca-se ainda que em 2012 a avicultura
brasileira sofreu a maior crise de sua história, as consequências só não foram
de maior porque estamos falando de um setor muito sólido.
Nery et al. (2007), enfatiza que em 2005 que a produção de carne de
aves no Brasil foi de 9,348 milhões de toneladas aumento de mais de 10% em
relação ao ano de 2004. Nesse sentido o autor ressalta que já em 2005 as
exportações de carne de frango brasileiras aumentaram consideravelmente
cerca de 12,20% comparado com o ano de 2004, atingindo um patamar de
2.761 milhões de toneladas de carne, em 2006 a produção de frangos de corte
no Brasil não aumentou no mesmo ritmo dos dois últimos anos, o mercado
internacional não favoreceu as exportações.
26
De acordo com Mendes (2014), o aumento das exportações de
carne de frango para China e Venezuela fez com que as indústrias brasileiras
ficassem mais otimistas com o desempenho das vendas externas em 2014,
Durante a divulgação do balanço do segmento no primeiro semestre, a
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), elevou a estimativa de
crescimento das exportações de carne de frango, em volume, para algo em
torno de 3% e 4% no acumulado de 2014.
2.5.
DA AMBIÊNCIA SOBRE OS SISTEMAS DE AVES NO BRASIL
Há pelo menos 20 anos a avicultura de corte de acordo com Abreu e
Abreu (2011), vem se aperfeiçoando e investindo constantemente em
inovações tecnológicas para melhor produtividade e bem estar animal, dessa
forma, permite novos conceitos em sistemas de criação de frangos de corte. Na
decisão de implantação desses sistemas, existe a procura incansável por maior
eficiência e eficácia na produção, que possui como pilares a viabilidade
econômica e técnica, com ênfase nos aspectos produtivos, sanitários e bemestar das aves.
Abreu e Abreu (2011), salientam ainda que com a forma e a grande
velocidade com que essas novas tecnologias são implementadas, seja por
demandas de mercado ou por problemas de mão de obra, faz com que a área
de pesquisa tenha que adaptar-se e trabalhar mais na avaliação e correção de
fatores do que no estudo das condições e viabilidade de implementação.
O
conhecimento
das
adaptações
fisiológicas
dos
animais
relacionados ao ambiente térmico nos permite a tomada de decisões, medidas
ou alteração de manejo das aves, da nutrição, instalações e equipamentos,
priorizando a maximização da atividade (BRIDI, 2006).
27
O ambiente pode ser definido como a soma dos impactos
circundantes biológicos e físicos e constitui-se em um dos
responsáveis pelo sucesso ou fracasso da produção animal.
A ambiência e a definição de conforto baseada no contexto
ambiental, quando se analisa as características de meio
ambiente em função da zona de conforto térmico da espécie,
associado a características fisiológicas que atuam na regulação
da temperatura interna do animal (BRIDI, 2006, p.1).
No que se refere o controle do ambiente para Bridi (2006), pode ser
feito por Sistemas Naturais e Artificiais. Os sistemas de controle naturais são
aqueles que utilizam o manejo, densidade características das instalações como
aberturas laterais (cortinas), tipo de telhado, recobrimento de áreas
circunvizinhas e sombreamento.
Bridi (2006), aponta também no que se refere aos métodos
artificiais ditos mecanizados, dentre eles estão o uso de aspersores de água,
ventiladores, refrigeração da água de beber, isolamento térmico de canos,
caixas d’água entre outras. A maximização do condicionamento natural pode
ser obtida pela redução da insolação nas superfícies externas, eliminação da
incidência solar direta nos aviários, controle da velocidade do vento.
2.6. CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE: SISTEMA DE PRODUÇÃO
A avicultura se solidificou no Brasil afirma Lazia (2012), graças a
fatores como o clima favorável, a expansão de cultivares como a da soja e do
milho e a boa aceitação do consumidor ao produto tanto no mercado interno
quanto externo, nesse âmbito, as exportações desempenham um papel de
suma importância no futuro da avicultura no país, uma vez que o Oriente Médio
consome cerca de 10% da produção de carcaça produzida no país.
Dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
(2003), demonstram que a produção de frangos de corte deve seguir os
princípios de biosseguridade entre os quais a prática de alojamento “todos
dentro todos fora”, onde as instalações são ocupadas por aves do mesmo lote
no momento em que o alojamento acontece e será desocupada totalmente no
momento em que as aves serão abatidas, essa prática permite a higienização
28
das instalações bem como o respectivo vazio que deve antecipar a entrada do
lote seguinte.
No Brasil são adotados três tipos de sistema de criação de frangos
afirma Lazia (2012), cada um com suas peculiaridades e características, são
eles: sistema de integração, sistema cooperativo e sistema independente.
2.6.1. Sistema de Integração
A produção integrada para Reis (2010), iniciou-se na Europa em
meados dos anos 90, surgiu em decorrência da necessidade de oferecer a
sociedade alimentos de qualidade e saudáveis, que estivessem sido
produzidos no campo, proporcionando assim, mais empregos no campo para a
população de baixa renda, e consequentemente minimizando a saída das
pessoas do campo rumo aos grandes centros.
Reis (2010), afirma que seu objetivo inicial era aperfeiçoar o manejo
integrado de pragas, com o intuito de reduzir a utilização de agrotóxicos nas
fruteiras, uma vez que a Europa era grande produtora de frutas. Na pratica o
sistema de integração e baseado em sua própria definição, que é, refletir a
gestão ambiental das atividades agrárias de forma que seja sustentável,
estabelecendo normas que assegurem uma utilização segura dos recursos
naturais, diminuindo o uso de agrotóxicos e insumos na exploração, sendo
baseada nas normas vigentes na ISO 14001.
No Brasil o sistema de produção integrada, ou integração de acordo
com os dados da Avisite (2013), vigora há mais de 60 anos. Caracteriza-se por
ser uma parceria, onde produtores e agroindústria se unem com bens e
serviços para produzirem mais e melhor (animais e ou vegetais), destinados ao
comércio ou à indústria, cada um colaborando com o que possui de melhor.
De acordo com Avisite (2013), considera-se um sistema vitorioso no
cenário nacional, pois gera renda no campo com certa estabilidade e
continuidade e, com isso, minimiza o êxodo rural, além de se mostrar,
competitivo no cenário internacional, especialmente pela qualidade do produto
fornecido na mesa dos consumidores. Embora não possua um padrão a
29
produção integrada no Brasil é amparada por princípios absolutamente
consolidados. A maioria das empresas trabalham com os mesmos modelos em
que produtores e agroindústrias somam bens e esforços para a obtenção do
mesmo objetivo.
Uma empresa ao se inserir em uma determinada região segundo
Neves (2007), necessita de forma competitiva comprar de fornecedores e
vender aos seus clientes, a forma com que a empresa deverá estruturar estes
relacionamentos com estes agentes será primordial no seu desenvolvimento
futuro.
Nesse sistema afirma Lazia (2012), que o integrador é o único
responsável pelas decisões operacionais; o integrado executa os trabalhos
segundo o acordo estabelecido entre ambos e aceita todas as orientações
técnicas repassadas pelo integrador. Por meio deste sistema, o integrador
garante uma renda mínima para o integrado, de acordo com o desempenho da
criação.
O sistema de integração é regido por contratos, para Paulert (2011),
não há legislação para este tipo de parceria. Em 1998 foi proposto um Projeto
de Lei (PL) nº 4378, para regulamentar esta parceria. A partir do ano de 20032005 verificou que inúmeros produtores não conseguiam liquidar seus
financiamentos, o assunto foi retomado e mais projetos de lei foram
apresentados no governo, sendo eles PL n° 4444/2004, 3979/2008 e
8023/2010. Ainda, no ano de 2010 foi estabelecido que uma comissão avaliase estes Projetos de Leis, o que gerou diferentes opiniões a respeito da
necessidade de regulamentação para o sistema de integração na avicultura.
Paulert
(2011),
afirma
que
tais
regras
não
se
aplicariam
necessariamente a avicultura, mas para o sistema de integração de todo o
país, desde integrados de biocombustíveis, passando pelo fumo, leite, frutas e
carnes.
2.6.2. Sistema Cooperativo
Cooperativas são definidas pela lei nº 5.764/71 afirma Sousa (2009),
como sociedades de pessoas, constituídas para prestar serviços aos
30
associados, que em contra partida se obrigam a contribuir com bens ou
serviços para a execução de uma atividade econômica, de proveito de ambas
as partes.
Sousa (2009), salienta que as cooperativas surgem principalmente,
como reação a uma situação econômica desfavorável ou a um trabalhador que,
insatisfeito com a realidade dentro das indústrias, resolve se juntar a outros
indivíduos para que juntos juntem o capital e os meios de produção
necessários para prestar serviços diretamente ao consumidor, além da
prestação de serviços.
Neste sentido Lazia (2012), afirma que o produtor participa da
organização e das decisões, correndo todos os riscos de uma eventual falha
das operações. Inúmeras vezes, a cooperativa produz pintainhos e rações, que
são utilizados dentro do próprio sistema. Os insumos são repassados aos
cooperados (produtores) pelo custo de produção, as despesas administrativas,
técnicas e operacionais, junto aos insumos, são agregadas ao custo de
produção e divididas proporcionalmente entre o total de frangos produzidos
pelo cooperado.
2.6.3. Sistema Independente
No sistema independente para Lazia (2012), não existe a presença
de uma empresa maior como detentora dos meios de produção, como no caso
do sistema de integração, o avicultor é responsável por todo o processo de
produção do frango, já que toda e qualquer decisão é de cunho pessoal, sendo
assim, os riscos envolvidos nas operações são de inteira responsabilidade do
produtor, consequentemente o mesmo passar a arcar com os possíveis lucros
e prejuízos que seu empreendimento passara a ter a partir do referido
momento.
Lazia (2012), afirma ainda que por essa e outras razões, esse
sistema é considerado muito ariscado, pois o avicultor tem de pensar e decidir
sozinho sobre as questões que envolvem a produção, como por exemplo,
adquirir e de quem adquirir os pintos e os alimentos, pesquisar sobre a
31
qualidade dos produtos, conhecer os riscos sanitários, além de ser responsável
pela comercialização dos frangos.
2.7. PROTOCOLO DE BEM-ESTAR PARA FRANGOS
O Protocolo de Bem-estar Animal na Produção de Frangos de Corte
afirma a UBA (2008), que foi elaborado para que seja usado como um
documento norteador para as empresas avícolas do Brasil, Para sua
elaboração foram consultados protocolos similares de outros países e
documento preparado pelo CISA (Comitê Interamericano de Sanidade Avícola)
da OIE. Também levou muito em consideração a legislação brasileira existente
até então, ou seja, a Instrução normativa nº3 de 17 de janeiro de 2000 da
DSA/MAPA que trata do Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização
para o Abate Humanitário.
UBA (2008), ainda ressalta que a versão final do documento teve a
participação de representantes do Ministério da agricultura, pecuária e
abastecimento, das empresas associadas da UBA e ABEF, associações
estaduais de avicultura, universidades, Embrapa, associações de proteção aos
animais e principalmente da WSPA (World Society for the Protection of
Animals).
Para a UBA (2008), o documento poderá ainda sofrer alterações
futuras, a fim de corrigir eventuais distorções que forem visualizadas a partir de
sua implementação pelas empresas produtoras e exportadoras.
O conceito de bem-estar animal segundo Mendes (2011), pode
enfatiza de maneira geral, os itens que agregam valor para a qualidade de vida
dos animais, dando maior ênfase aos que constituem as "cinco liberdades"
enumeradas abaixo. Entre tanto, a adoção de medidas que envolvem o bemestar animal deve ser embasada em conhecimentos científicos e adicionar o
planejamento e capacitação das pessoas envolvidas.
As cinco liberdades devem ser seguidas e servir de embasamento
para a elaboração do programa de bem-estar das aves. Segundo esses
princípios, as aves devem ser e permanecer:
32

Livres de medo e angustia: Todos que administrem ou
manejem as aves necessitam ter conhecimentos básicos do
comportamento animal no intuito de evitar estresse,
particularmente quando estão sendo transferidos, carregados
ou descarregados.

Livres de dor, sofrimento e doenças. Os animais devem
ser protegidos de injúrias e elementos que possam causar dor
ou que atentem contra a saúde. O ambiente a que são
submetidas as aves deve ser manejado para promover boa
saúde e estas devem receber atenção técnica rápida quando
for necessário. Os padrões requerem que todas as granjas
tenham um Plano de Saúde Veterinário

Livres de fome e sede. A dieta deve ser satisfatória,
apropriada e segura. A competitividade durante a alimentação
deverá ser minimizada pela oferta de espaço suficiente para os
animais comerem e beberem. Os animais devem ter contínuo
acesso à água potável e limpa.

Livres de desconforto. O ambiente deve ser projetado
considerando as necessidades das aves, de forma que forneça
proteção aos animais, bem como prevenção de incômodos
físicos e térmicos.

Livres para expressar seu comportamento normal. Por
meio da oferta de espaço suficiente, instalações e
equipamentos apropriados (UBA, 2008, p. 12).
No sistema Brasileiro de criação de frangos atualmente segundo
Rosa, Civardi, Schlindwein e Garcia (2013), considera-se como prática de bemestar animal a implantação de medidas que visam minimizar o estresse dos
animais, da apanha aves, até o abate. As más condições ambientais
enfrentadas pela criação de aves, particularmente no estágio de abate, podem
levar a perdas por mortalidade, afetar a carcaça e a qualidade da carne,
resultando em elevação do custo de produção para a indústria, porém o bemestar animal vai muito além do manejo e do pré abate. Há também muitos
aspectos estão relacionados a condições termodinâmicas e físicas das
instalações de criação das aves, assim colocando em destaque também a
qualificação e o bem estar dos produtores.
33
2.8. PARÂMETROS DE CONFORTO AMBIENTAL
Dentro do contexto da avicultura moderna Schutz (2011), afirma que
diversas pesquisas realizadas evidenciam que o ambiente de criação e visto
como um dos principais fatores que afetam o desenvolvimento e o crescimento
animal a temperatura ambiente é considerada o fator físico que exerce maior
efeito sobre as aves, a automação e modernização das instalações e
equipamentos da cadeia produtiva de frangos de corte ainda não são garantia
que os animais possam expressar suas melhores características produtivas,
uma vez que as linhagens de frangos de corte modernas são caracterizadas
pelo acelerado desenvolvimento corporal, dessa forma faz-se necessário um
eficaz controle do ambiente das instalações.
Para Schutz (2011), um dos parâmetros utilizados para obter uma
base da condição ideal de conforto térmico das aves refere-se variáveis
fisiológicas, bem como as suas alterações são um indicativo de tentativas de
manutenção da homeotermia1, assim se observa se o animal esta em
condições de estresse ou desequilíbrio térmico. Variáveis como temperatura
cloacal e frequência respiratória podem ser utilizadas para avaliação da
condição fisiológica dos animais.
Para Nascimento (2010), as alterações desses dois parâmetros
estão ligadas diretamente com as alterações encontradas nas condições
ambientais na qual as aves estão inseridas, sob condição de conforto as aves
se encontram estáveis, sendo que a frequência respiratória se encontra
estável, o mesmo se aplica a temperatura cloacal, cuja variação da
temperatura indica que as trocas de calor superficiais na pele não esta sendo
mais suficiente para a manutenção da homeotermia.
Para que a homeotermia seja mantida Bianchi (2013), afirma que
pelas aves parâmetros são usados para que se determine o conforto térmico
do frango, incluem a temperatura de bulbo seco e umidade relativa do ar, que
são muitas vezes usadas para descrever as condições ambientais, mas que
1
Homeotermia: Propriedade que um corpo tem de manter a sua temperatura constante
34
não são suficientes para determinação do objetivo do conforto animal, faz-se
necessário ainda a utilização de exaustores que aumentam a circulação de ar
dentro dos aviários, e a evaporação na entrada de ar feita através de (cooling
pads), que fazem com que a sensação térmica do ambiente diminua dando
maior conforta as aves.
2.9. SISTEMA DE CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE EM SISTEMA DARK
HOUSE
Nowicki e Butzge (2013), afirmam que com o decorrer do tempo
passou a existir uma tendência de produção de frangos de corte no sistema
Dark house, neste sistema, as aves são criadas com a intensidade de
luminosidade controlada, o que possibilita mantê-las mais calmas e aumentar a
densidade no número de criação das mesmas, e como consequência melhorias
nos resultados de desempenho da produção.
O sistema Dark House reforça Gallo (2009), que já vem sendo
utilizado há muitos anos em galpões de matrizes, já em outros países a
tecnologia vem sendo usada há vários anos para aves de corte.
Neste sistema segundo Gallo (2009), os lotes são criados com
luminosidade controlada, fazendo assim com que se permita uma maior
densidade de aves alojadas por metro quadrado do galpão, o sistema permite
que as aves permaneçam mais calmas, evitando assim dermatoses e
permitindo uma menor conversão alimentar e melhor GPD, (ganho de peso
diário), o que traz um melhor resultado zootécnico e maior retorno financeiro à
empresa e produtores.
Sousa, Fantin e Carneiro (2008), salientam que estas mudanças são
decorrentes em virtude em que as pesquisas genéticas avançam, cada vez
mais em busca de uma ave com maior ganho de peso, em decorrência disso
as dificuldades de manejo aumentam a cada ano que passa, além disso, a
sazonalidade, a diversidade climática, o potencial produtivo dos frangos e a
ambiência avícola são fatores que fazem com que o setor vá buscar
alternativas viáveis no âmbito de melhorar o desempenho produtivo.
35
Gallo (2009), caracteriza o sistema Dark House como um ambiente
que é totalmente isolado das condições ambientais externas que sejam
desfavoráveis às aves, a entrada de ar se da uma extremidade do aviário,
passando por um sistema de resfriamento através de processo evaporativo e
na exaustão controlada do ar que e feita através de exaustores posicionados
nas extremidades opostas às entradas.
O autor supracitado ainda salienta que o sistema é refletido em
todos os parâmetros produtivos e econômicos da criação das aves: no ganho
de peso diário, na mortalidade, na qualidade de carcaça, no custo da criação,
etc. No entanto verifica-se que, é na conversão alimentar que pode ser
observado o efeito mais significativo.
A maioria dos benefícios enfatiza Patrício (2012), estão inteiramente
relacionada com o menor gasto energético para a manutenção das aves
criadas no sistema Dark House, isso permite que o uso dessa energia seja
revertido para o crescimento e ganho de peso da mesma.
Algumas características do sistema Dark House que o difere do
sistema convencional segundo Gallo (2009), são: sistema de iluminação sendo
a primeira característica a ser tratada. Neste sistema deverão ser utilizadas
lâmpadas incandescentes 60 watts, pois as mesmas permitem que seja
regulada a intensidade da luz, através de um controlador (dimmer), sendo que
devem estar dispostas a cada 5 metros de largura e 6 metros de comprimento
do aviário, ou, uma lâmpada a cada 30m².
A segunda característica refere-se ao sistema de ventilação em túnel
(pressão negativa). Gallo (2009), assegura que os exautores deverão estar
dispostos na extremidade oposta à entrada de ar do galpão, restringindo assim
a área afetada pela entrada de luz, as entradas de ar também devem ser
posicionadas nas laterais do galpão e necessariamente as mesmas serem do
mesmo tamanho. Devem ser ainda compostas de painel evaporativo, com a
finalidade de baixar a temperatura do ar na entrada, e a vedação do galpão e
essencial para que o sistema em túnel funcione e que o aquecimento ou o
resfriamento seja eficiente e sem perdas.
A terceira característica refere-se ao manejo de carregamento das
aves. Gallo (2009), afirma que a grande vantagem do sistema Dark House é
36
proporcionar um carregamento ou apanha das aves com maior eficiência e
menores danos as aves, por proporcionar total controle da luminosidade dentro
do galpão, sendo possível assim que as aves sejam carregadas praticamente
no escuro, não causando amontoamento, arranhões e mortalidade.
E a quarta característica Gallo (2009), ressalta que é o manejo de
pesagem das aves. Salienta ainda que a pesagem pode ser realizada com
aves muito mais calmas sem agitação das mesmas sem causar arranhões e
dermatose.
Figura 1 - Sistema Dark House
Fonte – Aveworld (2013)
2.10. SISTEMA DE CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE CONVENCIONAL
Sandi (2010), assegura que o sistema convencional é caracterizado
por possuir características como, por exemplo: Possuir comedouros tubulares
onde o fornecimento de ração para os mesmos e necessários à mão de obra,
bebedouro pendular o que não permite uma boa distribuição de água em
igualdade para todas as aves do aviário, o sistema convencional também não é
dotado de forração sendo que a mesma contribui para uma maior eficiência na
obtenção da temperatura desejada no interior do barracão.
37
No que se refere ao condicionamento térmico e natural Sandi (2010),
afirma que o sistema convencional de criação de frangos de corte não conta
com um sistema tecnológico de controle artificial da temperatura interior, o
controle da temperatura é feita através do manejo das cortinas externas dos
aviários e também através de ventiladores dispostos no interior dos mesmos,
essa ventilação é chamada de ventilação positiva, pois os ventiladores estão
inseridos dentro do barracão e voltados para as aves, ao inverso da ventilação
negativa ou ventilação por pressão encontrada em aviários Dark House.
As cortinas dos aviários de criação de frangos de corte em sistema
convencional, são cortinas de ráfia amarelas ou brancas, as mesmas não
inibem a passagem de luz para o interior dos buracões, isso faz com que as
aves fiquem mais agitadas e consequentemente perdem seu potencial genético
na obtenção de ganho de peso. Com a agitação as aves se amontoam e assim
provocam dermatoses umas nas outras prejudicando a qualidade da carcaça.
O sistema convencional requer maior mão de obra por parte do
avicultor, o mesmo precisa estar sempre atento à necessidade das aves por
um ambiente mais propicio e adequado para seu melhor desempenho
zootécnico, as mesmas sofrem influência direta da temperatura e do ambiente
externo. Qual quer evento que venha ocorrer na parte externa do aviário uma
vez que, o controle da mesma é realizada através do manejo das cortinas pelo
avicultor.
Como o sistema de fornecimento de ração para as aves é efetuado
atrás de comedouros pendulares, nesse sistema o avicultor precisa estar
diretamente ligado a distribuição de ração para os mesmos, o que requer
tempo, pois esse trabalho e moroso e necessita ser realizado com muito
cuidado para que não haja amontoamento das mesmas, pois isso poderá
acarretar consequentemente na mortalidade por estresse e calor. O
amontoamento e o estresse causam também aranhões nas mesmas, pois
umas pisam sobre as outras, o que futuramente acarretará perda de qualidade
na carcaça.
38
Figura 2 - Sistema Convencional
Fonte – Unisoma (2012)
2.11. DARK HOUSE: MANEJO X DESEMPENHO FRENTE AO SISTEMA
TRADICIONAL
Para Salah (2014), o manejo realizado de maneira correta
determinará se a genética das aves e a nutrição disponibilizada a elas,
demonstrará todo seu potencial.
A tecnologia Dark House que há muito tempo vem sendo explorada
em outros países da Europa. Gallo (2009), afirma que tanto em granjas de
matrizes como na própria criação de frangos de corte, vem sendo aos poucos
implantada no Brasil e quebrando paradigmas que envolvem o sistema e seus
benefícios, mesmo assim poucas empresas brasileiras adotaram o sistema e
trabalham com aviários que se utilizam da tecnologia Dark House para a
criação de frangos. Tecnologia esta que proporciona uma condução de lotes
com luminosidade controlada pelo produtor, permitindo um alojamento maior no
número de aves maior por metros quadrados (m²) de galpão, mantendo as
aves mais calmas, evitando assim qualquer tipo de dermatoses.
Gallo (2009), ressalta ainda que as aves conduzidas em um
ambiente controlado do início ao final do lote proporciona uma menor
conversão alimentar e melhor ganho de peso diário, trazendo com tudo isso um
39
melhor resultado zootécnico e maior retorno financeiro à empresa e
produtores.
De acordo com Seorp, Gereo e Cemar (2012), no sistema Dark
House contrário ao sistema convencional de criação de frangos de corte, todos
os parâmetros relevantes ao crescimento desenvolvimento dos animais, como
a temperatura, umidade, ventilação, alimentação, são totalmente controlados
eletronicamente por painéis de comando, permitindo que se estabeleça um
ambiente interno com as condições ideais para o desenvolvimento das aves.
As vantagens do sistema Dark House perante ao sistema
convencional segundo (SEORP, GEREO, CEMAR, 2012, p. 4), são:
Maior densidade no número de aves por metro quadrado
enquanto que o modelo de produção convencional pode-se
produzir eficientemente até 12 aves/m², no modelo Dark House
o produtor consegue acondicionar até 15 aves/m².
Menor conversão alimentar, redução de 50 a 90 gramas no
consumo de ração por kg de frango produzido.
Redução do ciclo produtivo para 42 dias, de 3 a 5 dias menor.
Redução da mortalidade de 1 a 2%.
Maior segurança em termos de matéria que estão envolvidas
questões sanitárias, devido à redução do contato direto com as
aves.
Neste sentido Seorp, Gereo e Cemar (2012), afirmam que todos
estes
fatores
proporcionam
uma
maior
competitividade
à
empresa,
principalmente quando se é considerando o significativo impacto que uma
menor conversão alimentar pode representar neste setor, haja vista que o
custo da ração corresponde a cerca de 70% do custo do frango vivo.
40
3. MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA
Esse capítulo tem a finalidade de definir a metodologia da pesquisa,
classificá-la, conceituar a população e amostra, definir o instrumento de coleta
de dados e apresentar os procedimentos de coleta de dados.
Para a realização deste trabalho utilizou-se o método científico o
qual Soares (2003), entende que é um conjunto de processo ordenado que
através dele se torna possível chegar ao conhecimento de algo. Sendo assim,
o método cientifico é uma forma da metodologia de chegar à natureza de um
determinado problema, podendo estudá-lo ou explicá-lo.
Andrade (2010), denomina pesquisa como uma série de fatores e
procedimentos sistemáticos embasados em raciocínio lógico, que tem por
objetivo maior encontrar prováveis soluções para os problemas propostos,
perante a aplicação de métodos científicos, toda e qualquer pesquisa de uma
ou de outra forma apontam seu caráter racional predominante.
Gil (2010), afirma que a pesquisa é solicitada quando não se dispõe
de informações necessárias para sanar o problema, ou a informação que se
encontra em disponibilidade está em estado de desordem e não pode ser
adequadamente relacionada ao problema corrente.
A pesquisa para Gil (2010), se desenvolve mediante o estudo dos
conhecimentos disponíveis, é o uso cuidadoso dos métodos e técnicas de
investigação científica, a pesquisa se desenvolve ao longo de um processo
cíclico e moroso, que envolve diversas fases desde a adequada formulação do
problema até a satisfatória apresentação dos resultados obtidos através da
mesma.
Já no que tange o método científico Soares (2003), enfatiza que é
um conjunto de processos, que mediante os mesmos se torna viável a
possibilidade de se chegar ao conhecimento de uma determinada pesquisa. O
autor ainda salienta que o método não é algo inventado ou escolhido por
acaso, mas sim o método depende do determinado objetivo de pesquisa, do
problema corrente ao qual é proposto resolver o objetivo de pesquisa.
41
Lakatos e Marconi (2006), definem método como sendo um conjunto
das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia,
permitem alcançar o objetivo, sendo conhecimentos válidos e verdadeiros,
traçando assim o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas
decisões do cientista.
Richardson (1999), define método como um procedimento regular,
explicito e passível de ser repetido para se chegar a um objetivo, seja material
ou apenas conceitual.
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Lakatos e Marconi (2006, p. 105), “A especificação da metodologia
da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois respondem, a um só
tempo, às questões como?, com quê?, onde?, quanto?”.
Ao se iniciar qualquer trabalho de cunho científico Soares (2003),
afirma que, faz-se necessário ter conhecimento de dois conceitos que são
fundamentais na pesquisa, são eles: pesquisa e problema de pesquisa.
Santos e Filho (2011), definem pesquisa como a busca do saber, a
busca pelo conhecimento e da verdade.
A pesquisa para Lakatos e Marconi (2006), é considerada um
procedimento formal com métodos e pensamentos reflexivos que necessita de
um tratamento científico e se constitui no decorrer do caminho para se chegar à
realidade ou até se conhecer verdades parciais.
De acordo com Soares (2003), problema de pesquisa é a questão na
qual a pergunta de pesquisa está especificada, onde a mesma pretende dar
uma resposta mais próxima da verdade possível.
A metodologia utilizada na execução do trabalho, demonstra a
classificação da pesquisa, está apresentada no quadro 1.
42
Quadro 1 - Metodologia da Pesquisa
Critério
Denominação
Suporte de registro
Bibliográfica e Documental
Relação com os sujeitos
Participante
Método de abordagem
Dedutiva
Método de procedimento
Descritivo
Espacial
Análise de conteúdo.
Relação com a sociedade
Aplicada
Abrangência e profundidade
Estudo exploratório e estudo de caso
Tratamento de dados
Quantitativa
Fonte: Adaptada MARCON (2014).
No que se refere a suporte de registro a pesquisa é bibliográfica e
documental.
Primeiramente, realizou-se a pesquisa qualitativa bibliográfica,
revisando-se a literatura, o que permite identificar as principais vantagens do
sistema de criação de frangos de corte Dark House, em comparação ao
sistema convencional. Nesse sentido Lakatos e Marconi (2006), a pesquisa
bibliográfica ou de fontes secundárias, engloba toda a bibliografia que se
tornou pública em relação ao tema o qual será estudado pelo pesquisador, isso
engloba publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas
Científicas.
No segundo momento, a pesquisa foi realizada com base em
consulta
acerca
de
documentos disponibilizados pelo
proprietário
da
propriedade em estudo. Nesse sentido, é caracterizada também por uma
pesquisa documental. Lakatos e Marconi (2006), sustentam que a pesquisa
documental provém das fontes primárias, ou seja, “são aquelas de primeira
mão, provenientes dos próprios órgãos que realizaram as observações”
(LAKATOS; MARCONI, 2006, p. 43). Podem ser encontrados em arquivos
43
públicos ou particulares, assim como em fontes compiladas por órgãos oficiais
e particulares.
Segundo Mann (1970, p. 96), a observação participante é uma
“tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado, tornando-se
observador um membro do grupo de modo a vivenciar o que eles vivenciem e
trabalham dentro do sistema de referencias deles”. Neste trabalho utilizou-se a
pesquisa participante, pois o próprio pesquisador faz parte do universo
pesquisado.
Considerando as definições de Lakatos e Marconi (2006), e
Richardson (1999), do problema elencado à pesquisa, optou pelo raciocínio
dedutivo, partindo de dados gerais os quais permitem a dedução de fatos
particulares. Isso se confirma por intermédio da afirmação de Lakatos e
Marconi (2006, p.106), já que “a pesquisa dedutiva é um processo que,
partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a ocorrência dos
fenômenos particulares”. Para Laville e Dione (1999), o raciocínio dedutivo
permite ampliar conhecimentos a fatos a serem verificados.
Neste sentido Soares (2003), salienta que argumentação dedutiva
pretende assegurar a verdade da conclusão, pois apresentar premissas
verdadeiras e por toda a informação já estar, pelo menos implicitamente, nas
premissas. Os fenômenos não podem ser explicados sem uma teoria geral ou
no mínimo um modelo teórico quando se parte de informes verdadeiros.
Este trabalho optou pelo raciocínio dedutivo, devido ao estudo fazer
da realidade da própria empresa, muitas apresentam este mesmo problema por
medo de mudança para um sistema ainda pouco conhecido na região Oeste do
Paraná, logo a empresa deve se adaptar as realidades do mercado.
O método de procedimento a pesquisa é descritiva, Gil (2010),
afirma que a pesquisa descritiva como o próprio nome diz, descreve
característica de determinada população ou fenômeno ou descreve relações
entre variáveis, dentre as pesquisas descritivas salientam-se aquelas que têm
em suas premissas estudar as características de um determinado grupo. No
estudo realizado a pesquisa descritiva auxilia para descrever a propriedade em
estudo e suas principais características.
44
Segundo Olabuenaga e Ispizúa (1989), a análise de conteúdo é uma
técnica para ler e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos, que
analisados adequadamente nos abrem as portas ao conhecimento de aspectos
e fenômenos da vida social, de outro modo inacessível.
Quanto à natureza, conforme Gil (2010), a investigação se classifica
como sendo uma pesquisa aplicada, já que tem a intenção de consolidar
conhecimentos sistemáticos e aplicados para a solução de uma problemática
específica, envolvendo direcionamentos concretos para a realidade da
propriedade rural em estudo. Neste sentido, a pesquisa se torna aplicada por
ter intenção de gerar mudanças.
Com relação à abrangência e profundidade Andrade (2010), afirma
que a pesquisa exploratória busca apenas facilitar a denominação de um tema
de trabalho e definir os objetivos, formular as hipóteses de uma pesquisa ou
descobrir um novo enfoque para o presente trabalho que o pesquisador tem em
mente.
Dando mais ênfase no que se refere ao critério de abrangência e
profundidade, Gil (2010), explica que pesquisa exploratória consiste no passo
inicial de qualquer investigação, contribuindo assim com a aquisição de
embasamento para realizar posteriores pesquisas, pela experiência e auxílio
que traz.
Gil (2010), ainda enfatiza que um dos propósitos da pesquisa
exploratória é proporcionar maior familiaridade do pesquisador com o
problema, com vista em torná-lo mais explícito.
Conforme Lakatos e Marconi (2003), a fase exploratória é a
investigação de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou
de um problema, com a tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a
familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para
realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar
conceitos.
No critério tratamento de dados a pesquisa é quantitativa. De acordo
com Soares (2003), como o próprio nome indica à abordagem esta diretamente
ligada à quantificação dos dados obtidos durante a pesquisa realizada, para o
emprego dessa abordagem faz-se necessário a utilização de recursos e
45
técnicas de estatística, onde os mesmos podem variar em termos de
complexidade os quais podem ser simples ou complexos.
Oliveira (1999), enfatiza que o método de abordagem quantitativa
que representa quantificar opiniões, dados, nas normas de coleta de
informações, os quais são utilizado também no desenvolvimento das pesquisas
descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis,
assim como na investigação da relação de casualidade entre os fenômenos:
causa e efeito.
Esse método de abordagem é centrado na objetividade, procurando
demonstrar os benefícios tanto financeiros quanto de produção, trazidos a
empresa com a adoção do sistema Dak House, o que justifica a escolha dessa
abordagem para a Análise dos resultados obtidos nessa pesquisa.
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA
Lakatos e Marconi (2007), define amostra como sendo uma parcela
convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do
universo. Considerando o estudo de caso a população e a amostra neste
trabalho foi à mesma, uma propriedade (granja) rural que se utilizam do
sistema Dark House para a criação de frangos de corte, localizada na cidade
de Matelândia no Oeste do Paraná.
No presente estudo a população é composta por granjas que estão
situadas em toda a região Oeste do Paraná que se utilizam do sistema Dark
House para a criação de frangos de corte, representadas por uma granja
situada em Matelândia – PR.
46
3.3. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
A coleta de dados segundo Lakatos e Marconi (2010, p. 149), “é a
fase que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas
selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”.
No presente estudo para responder os objetivos da pesquisa se fez
necessário a realização de um confronto de dados, que foi realizado por meio
da amostragem de dois, borderôs do antigo sistema que era utilizado pela
empresa chamado popularmente de sistema convencional de criação de
frangos de corte em contra partida a análise do borderô do sistema atual que
está sendo utilizado pela empresa. Esse sistema é conhecido como Dark
House e o comparativo foi realizado com o borderô do ultimo lote criado em
sistema convencional pela empresa com o primeiro lote criado em sistema
Dark House. Neste sentido, a técnica empregada foi à análise de conteúdo
conforme aos apontamentos de James e Burke (2006).
3.4. COLETA DE DADOS
Segundo Lakatos e Marconi (2007), a coleta de dados é a etapa da
pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das
técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta de dados previstos.
No presente estudo para responder os objetivos da pesquisa se fez
necessária a execução de coleta de dados, essa coleta foi efetuada por meio
da análise de conteúdo dos dois borderôs um do ultimo lote de retirado quando
a empresa se utilizava do sistema convencional (13/12/12), e o outro do
primeiro lote retirado Após a implantação do sistema Dark house (21/08/14).
Foram analisados os dados e resultados em comum dos dois lotes
mencionados.
47
3.5. DELIMITAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ESTUDO
Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 164), “nem sempre há
necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem
estabelecer limites”.
Assim a delimitação do estudo em questão refere-se a uma granja
de criação de frangos de corte localizada na cidade de Matelândia, Oeste do
Paraná.
Lakatos e Marconi (2007), apresentam três níveis de limites, os
quais são quanto ao objeto, consiste na escolha de maior ou menor número de
variáveis que intervêm no fenômeno a ser estudado; ao campo de
investigação, que abrange dois aspectos: limite no tempo e limite no espaço; e
ao nível de investigação, que engloba três estágios: exploratórios, de
investigação e de comprovação de hipóteses.
Neste sentindo as limitações do presente estudo foi à falta de
bibliografia disponível e a falta de exemplos de outras granjas que utilizam o
mesmo sistema de criação de frango de corte, para conseguir chegar a uma
conclusão mais próxima da realidade possível e melhor aprofundamento no
presente estudo.
48
4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO
Este capítulo tem por objetivo apresentar a propriedade de criação
de frangos de corte em estudo, compreender seu processo de produção, expor
suas diretrizes, o que produz e a descrição da atividade realizada na mesma
bem como sua estrutura organizacional.
4.1. DADOS DA EMPRESA
São dados de identidade da empresa em estudo.
Propriedade avícola do Sr. Adelton Atilio Ferneda e Sr(a). Lorizete Maria
Ferneda.
Número do contrato: 10937347
Endereço: Linha Rio Guarani-S/N
Cidade: Matelândia
Estado: Paraná
CEP: 85887-000
Ramo de atividade: Criação de frangos de corte
Telefone: 99611509
E-mail: [email protected]
49
Figura 3 - Sede da Propriedade
Fonte – Dados da pesquisa
4.2. HISTÓRICO DA EMPRESA
A empresa existe desde 1978, mas as pessoas que administram a
mesma atualmente começaram a trabalhar nela somente em 1988. No início
Adelton Atilio Ferneda veio a Matelândia em busca de emprego, onde
encontrou a Sr. Gema Oro, que lhe ofereceu um emprego em seu sítio, o
mesmo aceitou a proposta e desde então passou a trabalhar em sua
propriedade. Um ano mais tarde percebendo que o trabalho havia aumentado
para somente uma pessoa, então o Sr. Adelton convidou sua Irma Lorizete
Maria Ferneda (que também não possuía emprego) para lhe ajudar nos
trabalhos granja. Na época sua irmã tinha um filho ainda pequeno, chamado
Tiago Felipe Ferneda, o qual mais tarde também viria a ajudar nos cuidados
com a granja.
50
A família possuía um vínculo empregatício com a Sra. Gema Oro, a
remuneração era realizada através de uma porcentagem obtidas nas
rentabilidades de cada lote.
Como o passar do tempo a Sra. Gema Oro criou um vínculo familiar
com a família do Sr. Adelton e percebendo que os aviários já não lhe faziam
mais falta , acabou oferecendo-s para o Sr. Adelson e sua família, para que os
mesmos continuassem no ramo. Mas com a condição de que toda e qualquer
melhoria que necessitasse nos barracões seria por parte da família Ferneda.
Com o decorrer do tempo a empresa integradora na qual a família
do Sr. Adelton era integrada exigiu que fossem realizadas melhorias nos
aviários para que os mesmos continuassem a receber pintainhos da empresa,
essas melhorias foram realizadas no ano de 2013/2014, desde então a família
Ferneda é detentora de todas as responsabilidades que envolvem a produção
nos aviários.
4.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A estrutura organizacional da propriedade avícola em estudo é muita
simples, porém garante que as funções sejam realizadas de forma que
satisfaça as necessidades de todos os envolvidos no processo produtivo
ocorrido no ambiente.
51
4.4.1 Layout
Figura 1 - Layout da Empresa
Fonte: Dados da Pesquisa
4.4.2. Organograma da Empresa
A organização funcional da propriedade avícola é muito importante
por demonstrar como funciona a junção das tarefas e atividades que são
realizadas na mesma. De acordo com a figura abaixo, por se tratar de uma
propriedade familiar, apenas a família é responsável pelas atividades que
52
acontecem na mesma. Dessa forma, as decisões não são centralizadas
somente ao proprietário, assim toda a família é envolvida nas decisões a serem
tomadas em prol da propriedade e a execução das tarefas ocorre da mesma
forma.
Figura 2 - Organograma da Empresa
Fonte: Dados da Pesquisa
4.4.3. Quadro de Funcionários
Como já demonstrado no organograma acima, na propriedade
trabalham apenas membros da família, não contratando assim outras pessoas
extras. Nos dias em que há mais serviço Os membros da família fazem uma
divisão de tarefas, de modo que, a irmã fica responsável pelo serviço
doméstico e tio/sobrinho trabalham nas demais atividades da propriedade.
4.5. PRODUTOS E SERVIÇOS
A propriedade em estudo possui uma área construída com cerca de
3.000 m2 do total de área construída e 2.400 m2 é a área em que se localiza a
construção dos dois aviários, o restante da área construída se refere a outras
construções e benfeitorias que veem agregar valor à propriedade. Como já foi
53
supracitado anteriormente a propriedade tem como principal atividade a criação
de frangos de corte, a mesma é uma empresa prestadora de serviços, pois é
integrada a uma empresa da região que fornece todo e qualquer insumo para a
criação dos pintainhos, a mesma recebe os pintainhos com a finalidade de
engorda.
4.5.1. Instalações da Propriedade
As instalações da propriedade se dividem da seguinte forma: Dois
galpões (aviários), cada um deles possui cerca de 1.200 m2 de área construída,
cada um possui a capacidade de acomodar cerca de 22.000, frangos, isso se o
lote for de frangos griller. No caso frangos abatidos com cerca de 30 dias de
vida, ou 16 mil se os mesmos forem abatidos com cerca de 40 dias de vida,
conta também ainda com um escritório, esse é utilizado para a desinfecção de
possíveis pessoas que adentrarão ao pátio onde se encontrão os barracões, é
utilizado também o escritório para se realizar as anotações pertinentes ao lote
de frango que esta sendo criado, é utilizado ainda, como área de banho pelos
funcionários da empresa integradora no final do lote quando os frangos são
carregados com o propósito de abastecer a empresa integradora.
Conta ainda com uma construção que serve como depósito de
matéria prima para o próximo lote que será alojado na propriedade, como por
exemplo: maravalha e lenha.
4.5.2. Equipamentos da Propriedade
Como a propriedade é constituída de dois barracões cada um deles
possui um sistema de abastecimento de ração automático com dois silos de 16
mil Kg de capacidade de armazenamento para ração, cada um é três linhas de
comedouros, um sistema de distribuição de água para as aves que estão
dispostas dentro do aviário. Esse sistema é composto por uma caixa de água
com capacidade esse armazenagem de 10 mil litros e quatro linhas de niple de
54
100 metros cada uma, que fazem a distribuição de água dentro dos aviários, é
um sistema de ventilação negativa, formado por seis (6), exaustores, onde os
mesmos são voltados para fora do aviário puxando o ar de uma extremidade
fazendo com que esse ar passe por toda a extensão dos barracões até ser
eliminado na outra extremidade, levando consigo as impurezas que se
encontravam no interior dos aviários.
Também possui um sistema de cooling pad chamado de placa
evaporativa, que é utilizado para que o ar seja umidificado e resfriado no
momento em que entra no aviário, também é utilizado um sistema de
nebulização que asperge água quando o sistema de ventilação e evaporação
não conseguem manter a temperatura desejada dentro dos aviários.
Por fim um aquecedor que é abastecido a lenha que tanto no verão como no
inverno pode ser utilizado para fazer a climatização do aviário,Pois no
momento em que os pintainhos chegam para serem alojados a temperatura
ambiente desejada gira em torno dos 32 ° Celsius.
55
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Esse capítulo tem a finalidade de analisar e interpretar os dados
coletados que serviram de base para o desenvolvimento do presente estudo
por meio da análise de dados realizada nos dois borderôs, foram então
levantados os resultados que serão apresentados a seguir.
A pesquisa foi de suma importância para obtenção e levantamento
de informações a respeito dos dados que interferem diretamente na obtenção
das principais vantagens do sistema de criação Dark House, quando
confrontado com os mesmos quesitos do sistema convencional.
5.1 PRINCIPAIS VANTAGENS DO SISTEMA DE CRIAÇÃO DARK HOUSE,
QUANDO CONFRONTADO COM OS MESMOS QUESITOS DO SISTEMA
CONVENCIONAL
Na sequência estão descritas as informações encontradas nos dois
borderôs em estudo que, mediante a teoria estudada, levam a identificar as
principais vantagens no sistema de criação Dark House, quando confrontado
com os mesmos quesitos do sistema convencional.
Conforme analisado o gráfico 1, demonstra a comparação da
conversão ajustada, que seria o ajuste do peso do pintinho em relação a idade
da matriz.
56
Gráfico 1 - Conversão ajustada
Fonte: Dados da pesquisa
Conforme demonstra o Gráfico 1, por meio da coleta dos dados
nota-se que, no que refere-se a conversão ajustada é vantajoso o sistema
Dark House. Os números obtidos no sistema de criação Dark House obteve-se
um ganho de peso acima do esperado pela empresa integradora, cerca de 75
gramas, uma vez que quanto menor for o peso do pintinho alojado maior o grau
de dificuldade do integrado de conseguir reverter a conversão alimentar do
mesmo em carne, esse número positivo se deve aos vários benefícios que o
sistema Dark House proporciona a produção. Já no sistema convencional se
observa que a conversão foi muito a baixo do esperado uma media de -51
gramas, isso se deve pelo fato do sistema ser limitado em vários fatores que
envolvem a produção, somando-se os resultados obtidos entre os sistemas se
acumula um resultado agregado de media de 126 gramas positivos.
57
Gráfico 2 - Calo de Pata
Fonte: Dados da pesquisa
Conforme amostragem do gráfico 2, os dois sistemas apresentaram
um índice de calo de pata, verifica-se que no sistema Dark House a empresa
integradora tinha uma tolerância de incidência de 42% e a porcentagem
apresentada pelo sistema foi de 33%, sendo assim não houve desconto, no
pagamento, pois o mesmo superou as expectativas esperadas.
Por outro lado o sistema convencional que tinha uma tolerância de
incidência de 27% apresentou uma incidência de calo de pata de 57%
ultrapassando a expectativa da empresa, nesse sentido observa-se que
ocorreu um desconto considerável de R$ 254,62 que e descontado diretamente
na fonte. De acordo com dados da literatura pode ser identificado também
como uma vantagem significativa para o sistema Dark House.
58
Gráfico 3 - Ganho de Peso Diário
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com dados obtidos o desempenho no índice de ganho de
peso diário, o sistema Dark House apresenta um número de ganho de peso
diário de 68 gramas enquanto o sistema convencional apresentou um valor de
46 gramas, resta salientar que o cálculo do (GPD) é realizado por meio do peso
final da ave entregue a empresa, e dividido o peso final pela idade da ave
então se obtêm o GPD. Neste sentido, observa-se que o sistema Dark House é
mais vantajoso no diz respeito a ganho de peso.
59
Gráfico 4 - Remuneração Extra Pela Estrutura Conforme Check List
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico acima apresenta uma remuneração extra que a empresa
integradora dispõe aos integrados, essa remuneração é paga conforme
avaliação da estrutura dos barracões, bem como toda a estrutura que os
mesmos apresentam, cada item avaliado possui um valor.
Conforme analisado é possível observar que o sistema Dark House
proporcionou uma remuneração extra de R$ 312,75 enquanto o sistema
convencional ao proporcionou nem um tipo de lucro extra ao avicultor. Essa
remuneração extra pode ser caracterizada também como uma vantagem do
sistema Dark House.
60
Gráfico 5 – Remuneração Extra Conforme Segmento Padrão de Normas
Fonte: Dados da pesquisa.
A remuneração extra conforme segmento padrão de normas é paga
conforme avaliação realizada pelo técnico que presta assistência na
propriedade, os quesitos avaliados são normas e métodos que a empresa
integradora preconiza para a produção das aves. Neste momento identifica
como vantagem conforme dados apresentados a seguir.
Pode ser observado que no sistema Dark House, que os métodos e
técnicas são realizadas de acordo com o esperado, nesse âmbito foi efetuada
uma remuneração extra ao integrado pela empresa integradora de R$ 312,75
enquanto o sistema convencional não atendia todas as expectativas por ser de
certa forma limitado, não gerou nenhum tipo de remuneração extra ao produtor.
61
Gráfico 6 - R$/ Ave Abatida
Fonte: Dados da pesquisa
No que se refere ao valor pago por ave abatida é mais rentável para
o sistema Dark House. Segundo dados levantados na pesquisa pode-se
observar que o valor pago por ave abatida foi maior nas aves que foram
criadas no sistema Dark House, em media de R$ 0,68, enquanto as aves que
teriam sido criadas no sistema convencional tiveram um valor menor, uma
media de R$ 0,18.
62
Gráfico 7 - Condenação Parcial do SIF
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 7 representa dados que comprovam uma vantagem do
sistema CONVENCIONAL no quesito condenação de aves pelo Sistema de
Inspeção Federal (SIF) , essa condenação é realizada através de uma análise
realizada no momento do abate, são verificadas anomalias encontradas nas
aves como por exemplo: arranhaduras e celulites. É possível observar que
foram avaliadas 556 aves no sistema Dark House e o índice de condenação foi
de 4,259%, já no sistema convencional foram avaliadas 826 aves e o índice de
condenação foi de 4,078%.
5.2 COMPARATIVO DE RESULTADOS FINANCEIROS DO SISTEMA DE
CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE DARK HOUSE EM RELAÇÃO AO
SISTEMA CONVENCIONAL
Na sequência estão descritas as informações encontradas nos dois
borderôs em estudo que, mediante a teoria estudada, levam ao comparativo de
resultados financeiros do sistema de criação de frangos de corte Dark House
em relação ao sistema convencional.
63
Gráfico 8 - Comparativo de Resultado Anual
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico acima representa uma simulação entre o sistema Dark
House e o sistema convencional de criação de aves e corte essa simulação
apresenta os números que já foram obtidos nos dois sistemas. Com os
números obtidos foi realizado um confronto de dados e feita uma projeção para
um período de 365 dias (um ano), na obtenção de possíveis resultados a
serem atingidos nos dois sistemas.
Na quantidade de lotes a serem realizados no período de 365 dias
(um ano), verificou-se que no sistema Dark House seria possível a realização
de uma quantia de 7 lotes enquanto no sistema convencional seria possível
realizar um total de 8 lotes. Já no que se refere ao resultado dos mesmos se
tratando de remuneração o sistema convencional apresenta um resultado muito
abaixo do sistema Dark House, se observa assim que o sistema convencional
gerou uma remuneração de R$ 3.651,64 enquanto o sistema Dark House
apresenta uma remuneração de R$ 8.382,44.
Realizando uma somatória do valor agregado aos 7 lotes que seriam
efetuados no período do sistema Dark House, obteve-se um valor total de R$
57.208,48 enquanto que nos 8 lotes que seriam realizados no mesmo período
pelo sistema convencional teriam o valor agregado de R$ 31.038,94 a
diferença da somatória dos dois sistemas teria uma diferença de R$ 26.169,54.
64
6. PROPOSTAS DE MELHORIAS
Com base nas observações e análises efetuadas percebe-se que
alguns pontos ainda podem ser melhorados ou ainda agregados para a
obtenção de melhores resultados financeiros, bem como a redução de mão de
obra necessária para que a produção aconteça com maior qualidade.
A seguir são estabelecidas algumas propostas de melhorias e
oportunidades para a aplicação futura.
Sugestão: Substituição das lâmpadas incandescentes que são
utilizadas por lâmpadas de LED.
Sugestão: Adaptação de um gerador de energia elétrica para suprir
eventuais faltas de energia.
Sugestão: Adaptação de forno de pré aquecimento para a obtenção
de uma melhor temperatura no ambiente para os pintainhos.
Sugestão: Composteira com processo automático de degradação
das carcaças das aves.
65
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o período de estudo, foi possível concluir que a comparação
entre o sistema convencional e o sistema Dark House de criação de frangos de
corte e de que o sistema Dark House apresenta resultados superiores quando
confrontados com os mesmos itens apresentados no sistema convencional,
exceto a condenação em frigorífico pelo SIF (Sistema de Inspeção Federal).
Os
entendimentos
a
seguir
apresentados
contemplam
o
cumprimento da pergunta de pesquisa e dos objetivos específicos propostos.
No sentido de responder o primeiro objetivo específico da pesquisa que
foi de identificar as principais vantagens do sistema de criação Dark House, em
comparação ao sistema convencional; melhoria na conversão ajustada,
redução na incidência de calo de pata e um aumento de ganho de peso diário
(GPD).
No sentido de responder o segundo objetivo específico da pesquisa,
apresentar os resultados financeiros do sistema de criação de frangos de corte
Dark House em relação ao sistema convencional; aumento significativo no
retorno financeiro no período de 365 dias (um ano), remuneração extra pela
estrutura conforme check list, remuneração extra conforme segmento padrão
de normas e aumento no valor pago por ave abatida.
Vale ressaltar que o Sistema Dark House se apresenta viável não
somente para a integradora, mas também para o integrado, pois o sistema
permite maior número de aves alojadas e melhores índices de desempenho,
consequentemente a remuneração do produtor aumenta fazendo com que os
investimentos realizados para a aplicação dessa tecnologia na propriedade
seja revertida em curto prazo.
Se tratando de sistema convencional de criação de frangos de corte,
o mesmo não apresenta vantagens quando confrontado com o sistema Dark
House, pois é tecnicamente inferior e possui inúmeras limitações não
apresentando índices zootécnicos satisfatórios, pois é o clima que define o
ambiente dentro dos barracões, o produtor não possui nenhum controle sobre
qualquer variação que possa vir a acontecer no clima, estando assim, exposto
66
a temperaturas inadequadas para o conforto e bem estar das aves. Esse
sistema é ultrapassado se comparado com a tecnologia presente no sistema
Dark House onde o produtor tem total domínio de temperatura umidade e
luminosidade dentro dos barracões, pois é ele quem define os parâmetros.
7.1 CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
A pesquisa possibilitou para o pesquisador o conhecimento
aprofundado sobre o sistema Dark House, suas vantagens em relação ao
sistema convencional, nas realidades existentes em outras regiões do Brasil
por meio das contribuições teóricas.
Devido à escassez de estudos voltados a definir e comparar o
sistema Dark House e o sistema Convencional entende-se a importância para a
academia e pesquisadores em geral a reflexão aqui apresentada.
7.2 CONTRIBUIÇÕES GERENCIAIS
Com a averiguação foi possível repassar para o proprietário
informações pertinentes que tendem emanar ações de melhorias.
7.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

A pesquisa, assim como qualquer outra, apresenta limitações que
devem ser esclarecidas como:
Escassez de obras sobre o tema em estudo.
67
7.4 SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS
Diante das necessidades, com base nas contribuições deste
trabalho e nos objetivos propostos à pesquisa, urgem que sejam elencadas
novas proposições para projetos futuros que visem a consolidar o tema. Com
base no sistema Dark House sugere-se o aprofundamento e amplitude,
realizado um estudo sobre analisar as mudanças estruturais ocorridas nas
relações entre a integradora e os integrados.
Todavia, por meio deste trabalho, o pesquisador não teve pretensão
de esgotar o assunto, deixando aberto o caminho para que outros
pesquisadores se sintam provocados pela curiosidade científica, a partir das
considerações desta pesquisa e desenvolvam estudos que conduzam o
aperfeiçoamento dos métodos propostos por este trabalho.
68
REFERÊNCIAS
ABREU, Valéria Maria Nascimento; ABREU, Paulo Giovanni. Os desafios da
ambiência sobre os sistemas de aves no Brasil. Disponível em: >
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42704/1/os-desafios-daambiencia-sobre-os-sistemas.pdf. Acesso em: 16 set. de 2014.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a metodologia do trabalho
cientifico. 10. ed. São Paulo: Atlas S.A. 2010.
AVISITE. Como funciona, legalmente, o sistema de integração no
Brasil?.Disponivel
em:>
http://www.avisite.com.br/noticias/index.php?codnoticia=14498. Acesso em:17
set. de 2014.
AVISITE. A copa Do mundo não deixou saudade. Disponivel em:>
http://www.avisite.com.br/economia/. Acesso em:> 16 de setembro de 2014.
AVISITE. Como funciona, legalmente, o sistema de integração no Brasil.
Disponível em:http://www.avisite.com.br/noticias/index.php?codnoticia=14498
acesso em: 15 set. de 2014.
BNDS. Banco nacional de desenvolvimento econômico e social. Relato
setorial avicultura. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br>. Acesso em:15
set. de 2014.
BELUSSO, Diane; HESPANHOL, Antonio Nivaldo. Evolucao da avicultura
industrial Brasileira e seus efeitos teritoriais. Disponivel em:>
http://eduem.uem.br/ojs/index.php/Percurso/article/view/9855/5801.
Acesso
em:> 15 de set. de 2014.
BIANCHI, Marcus V.A. Conforto térmico de frangos de corte. Disponível
em:> http://www.aviculturaindustrial.com.br/noticia/conforto-termico-de-frangosde-corte-por-marcus-v-a-bianchi/20130625092325_J_823. Acesso em:19 set.
de 2014.
BRIDI, Ana Maria.Instalações e Ambiência em Produção Animal.Disponível
em:>
http://www.uel.br/pessoal/ambridi/Bioclimatologia_arquivos/InstalacoeseAmbien
ciaemProducaoAnimal.pdf. Acesso em:16 set. de 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da Administração. 7. Ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
69
EMBRAPA. Sistemas de produção de frango de corte. Disponível em:>
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/ProducaodeFra
ngodeCorte/#topo. Acesso em:17 set. de 2014.
FONSECA, Jairo Simon. MARTINS, Gilberto de Andrade. Curso de
estatística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
GALLO, Bernardo. Dark House: Manejo x desempenho frente ao sistema
tradicional. Disponível em:> http://pt.engormix.com/MAavicultura/administracao/artigos/dark-house-manejo-desempenho-t147/124p0.htm. Acesso em: 30 de set. de 2014.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas S.A, 2010.
JAMES, K. E.; BURKE, L. A. Powerfull or pointless? faculty versus student
perceptions of PowerPoint use in business education. Business
communication quarterly. v. 69, n. 4, p.374-396, dez. 2006.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da
metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
________________. Metodologia do trabalho cientifico. 6 ed. 7 reimpressão.
São Paulo: Atlas S.A, 2006.
_________________. Fundamentos da metodologia científica. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
__________________.Fundamentos de metodologia cientifica. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
LAVILLE, C.; DIONE, J. A construção do saber: manual de metodologia da
pesquisa em ciências humanas. São Paulo: Artmed, 1999.
LACOMBE,Francisco Jose Masset; HEIBOM, Gilberto Luiz Jose.
Administracao princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva. 2006.
MARCON, Margarete de Fátima. Um olhar sobre a relação entre plano de
desenvolvimento institucional - PDI e índice geral de cursos - IGC: um
estudo em universidades públicas do estado do Paraná. 2014. 182f.
Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em
Administração da Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2014.
LAZIA, Beatriz. Sistemas de produção empregados na avicultura.
Disponível em:> http://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/sistemas-deproducao-empregados-na-avicultura/. Acesso em: 17 set. de 2014.
70
MAXIMIANO,Antonio Cesar Amaru. Introdução a Administração. 6. Ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
MENDES, Luiz Henrique. Cenário otimista para embarque de frango neste
ano. Disponível em:>
http://brazilianpharmasolutions.com.br/?post_type=noticias&p=1277. Acesso
em: 14 out. de 2014.
MENDES, Ariel Antonio. Protocolo de Bem-Estar para Aves Poedeiras.
Disponível em:> http://pt.engormix.com/MAavicultura/administracao/artigos/protocolo-bem-estar-aves-t561/124-p0.htm.
Acesso em: 18 set. de 2014.
NASCIMENTO, Sheila Tavares. Determinação de calor em frangos de corte
por
meio
das
temperaturas
corporais.
Disponível
em:>
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved
=0CDcQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.teses.usp.br%2Fteses%2Fdisponivei
s%2F11%2F11131%2Ftde-29112010091752%2Fpublico%2FSheilla_Nascimento.pdf&ei=LDccVI2ZLoyPNo7PgrAE&
usg=AFQjCNFBP3qzFeS3SUBrOJGtMtwGGko1nw. Acesso em: 19 set. de
2014.
NERY, Lidson Ramos Et al. Valores de energia metabolizável de alimentos
determinados
com
frangos
de
corte.
Disponível
em:>
http://www.scielo.br/pdf/rbz/v36n5/18.pdf. Acesso em: 16 set. de 2014.
NEVES, Marcos Fava. Agronegócios e desenvolvimento sustentável. 1 ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2011.
OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. 1. ed. São Paulo:
Printed, 1999.
PATRCIO, Inaldo Sales. Aviários dark-house. Disponivel em:>
http:www.mflip.com.br/pub/ediagro//index.jsp?edicao=1369. Acesso em:1 out.
de 2014.
PAULERT, Flavio Oscar. Sistemas de integração avícola. Disponível em:>
http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads//2012/06/SISTEMA-DEINTEGRACAO-AVICOLA.pdf. Acesso em: 17 set. de 2014.
NOWICKI, Rodrigo; BUTZGE, Everton. Desempenho de frangos de corte
criados em aviários convencionais e escuros. Disponível em:>
http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/desempenhofrangos-corte-criados-t1696/124-p0.htm. Acesso em: 29 set. de 2014.
71
REIS, Luis Felipe Sousa Dias. Agronegócios: Qualidade na gestão. 1. ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social, métodos e técnicas. 3. ed. 7
reimpresao. São Paulo: Atlas, 2007.
______________. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
RICHETTI, Alceu; SANTOS, Antonio Carlos. O Sistema integrado de
produção de frango de corte em Minas Gerais: uma analise sob a ótica da
ECT.
Disponivel
em:>
http://revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/282/280. acesso em: 15 set.
de 2014.
ROSA, Carolina Obregao, et al. Bem-estar animal na produção de aves e
suínos:
uma
analise
teórica.
Disponível
em:>
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2013b/CIENCIAS%20AGRARIAS/BEM%2
0ESTAR%20ANIMAL.pdf. Acesso em:18 set. de 2014.
SALAH,Iesser. Xv simpósio Brasil sul de avicultura. Disponível em:>
http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_n8l51x4q.pdf#p
age=43. Acesso em: 2 out. de 2014.
SANDI,Ari Jarbas. Embrapa: o custo de produção do frango em julho.
Disponível em:>
http://www.avisite.com.br/forum/index.php?forum=33&pagina=32. Acesso em: 1
out. de 2014.
SANTOS, João Almeida ; FILHO Domingos Parra. Metodologia cientifica. 2.
ed. São Paulo: Cangage Learning, 2011.
SCHUTZ, Elisa dos Santos. Variabilidade do ambiente térmico em galpão
para frangos de corte e sua influencia nas respostas fisiológicas e
comportamento
das
aves.
Disponível
em:>
http://ppgca.evz.ufg.br/up/67/o/Dissertacao2011_Elisa_Schutz.pdf?1349274198
Acesso em: 19 set. de 2014.
SEORP, GEREO, CEMAR. Cadeia produtiva da avicultura em Rolandia.
N:23.
Ano:5.
Junho
de
2012.
Disponível
em:>
http://siteantigo.bancoamazonia.com.br/bancoamazonia2/includes%5Cinstitucio
nal%5Carquivos%5Cbiblioteca%5Ccontextoamazonico%5Ccontexto_amazonic
o_23.pdf. Acesso em: 2 out. de 2014.
72
SOARES, Edvaldo. Metodologia cientifica: lógica epistemologia e normas.
São Paulo: Atlas, 2003.
SOUSA, Anderson Paulo; CARNERO,Jorge Enrique; FANTIN, Lucas Enrique.
Sistema dark house:Uma luz na escuridão. Disponível em:>HTTP//ifcaquari.edu.br/1mct/2008/agrárias/VIIMCT_CienciasAgrarias_Sistema%20Dark
%20House.pdf. Acesso em:30 set. de 2014.
SOUSA, Letícia Pulcides. Cooperativismo: conceitos e desafios à implantação
da
economia
solidária.
Disponível
em:>
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved
=0CDwQFjAE&url=http%3A%2F%2Fwww.fae.edu%2Fgaleria%2FgetImage%2
F1%2F732687471628267.pdf&ei=FtsZVOKiDsaQgwSz3oGICw&usg=AFQjCN
GCrE-Rr3gJkgmim1qfwqRx3-9_aQ.Acesso em: 17 set. de 2014.
TAVARES,Luciano de Paulo; RIBEIRO, Karem Cristina de Sousa.
Desenvolvimento da avicultura de corte Brasileira e perspectivas frente a
influenza
aviaria.
Disponível
em:>
http://200.131.250.22/revistadae/index.php/ora/article/view/150/146 . Acesso
em: 15 set. de 2014.
TOLEDO, Geraldo Luciano. OVALLE, Ivo Izidora. Estática básica. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1985.
TURRA, Francisco. O cenário de 2012 e as perspectivas de 2013. Disponível
em:> http://blogs.ruralbr.com.br/franciscoturra/2013/02/07/o-cenario-de-2012-eas-perspectivas-de-2013/. Acesso em:16 set. de 2014.
UBA, União Brasileira de Avicultura. Protocolo de Bem-Estar para Frangos e
Perus.
Disponível
em:>http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Bemestaranimal/Proto
colo%20de%20Bem-Estar%20Frangos%20e%20Perus.pdf. Acesso em>18 set.
de 2014.
73
ANEXO A - CRONOGRAMA DE ATIVIDADE
ATIVIDADE
Escolha do tema
Delimitação do tema,
problema e objetivos.
Elaboração do Projeto de
Pesquisa.
Levantamento bibliográfico
e estudos teóricos.
Analise e interpretação dos
dados
Apresentação da redação
ao professor orientador
Defesa do TCC
FONTE: DADOS DA PESQUISA
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ

Documentos relacionados