TRANSMISSÃO VERTICAL NA TOXOPLASMOSE UMA REVISÃO
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TRANSMISSÃO VERTICAL NA TOXOPLASMOSE UMA REVISÃO
1 SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÂNIA - S.E.C.G FACULDADE PADRÃO GOIÂNIA – UNIDADE III CURSO DE ENFERMAGEM JÉSSYCA VIEIRA DA SILVA MARIA DALVANICE DE ARAÚJO TANIA COSTA GOMES TRANSMISSÃO VERTICAL NA TOXOPLASMOSE: UMA REVISÃO NA LITERATURA Goiânia - Goiás 2015 2 SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÂNIA - S.E.C.G FACULDADE PADRÃO GOIÂNIA – UNIDADE III CURSO DE ENFERMAGEM JÉSSYCA VIEIRA DA SILVA MARIA DALVANICE DE ARAÚJO TANIA COSTA GOMES TRANSMISSÃO VERTICAL NA TOXOPLASMOSE: UMA REVISÃO NA LITERATURA Trabalho de conclusão de curso apresentado a Associação de Educação e Cultura de Goiás – AECG – Faculdade Padrão, como requisito obrigatório para obtenção do título de bacharel em enfermagem. Goiânia - Goiás 2015 3 SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÂNIA - S.E.C.G FACULDADE PADRÃO GOIÂNIA – UNIDADE III CURSO DE ENFERMAGEM JÉSSYCA VIEIRA DA SILVA MARIA DALVANICE DE ARAÚJO TANIA COSTA GOMES TRANSMISSÃO VERTICAL NA TOXOPLASMOSE: UMA REVISÃO NA LITERATURA Trabalho de conclusão de curso apresentado a Associação de Educação e Cultura de Goiás – AECG – Faculdade Padrão, como requisito obrigatório para obtenção do título de bacharel em enfermagem. Aprovado em: 02/07/2015, por: __________________________________________ Prof.ªMsc. Leidiane Maria de Souza- Orientadora __________________________________________ Prof.ªMsc. Valéria Zanon - Membro da Banca __________________________________________ Prof.ªMsc.Maria Socorro de SouzaMelo - Membro da Banca 4 DEDICATÓRIA Dedicamos o nosso trabalho de conclusão de curso a Deus, pois sem ele não seriamos o que somos hoje e aos nossos companheiros e familiares por nos dar força nos momentos ausentes. 5 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse em nossas vidas, iluminando e dando força para ultrapassar as dificuldades. As nossas amadas famílias e companheiros pelo amor, apoio, paciência, por sempre estarem conosco e por acreditar em nosso potencial, pois sem vocês não chegaríamos aqui. À nossa professora e orientadora Msc. Leidiane Maria de Souza por ter acreditado na nossa pesquisa e compartilhado conosco seus conhecimentos durante a elaboração deste trabalho nosso muito obrigado. Agradecemos ao Dr. Walmirtor Bezerra D’Alessandro que com muita paciência e dedicação nos deu o suporte técnico durante a elaboração deste trabalho. Agradecemos também aos nossos demais professores que contribuíram de forma direta e indireta na nossa formação acadêmica. 6 “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve e a vida e muito bela para ser insignificante.” Charles Chaplin 7 RESUMO Introdução: A toxoplasmose é uma doença geralmente assintomática em indivíduos imunocompetentes, porém sua transmissão vertical apresenta-se de grande relevância, pois causa graves danos ao concepto. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever através da literatura a toxoplasmose na sua forma congênita, tratamento, prevenção e intervenção da enfermagem. O conhecimento da patologia e importante para prevenção dos agravos durante a gestação e o pósparto. Justificativa: A justificativa primordial para a realização deste trabalho e demonstrar que a toxoplasmose congênita é uma das formas mais graves da doença. Metodologia: Para alcançar os objetivos propostos utilizou-se a revisão bibliográfica como método. Os artigos revisados foram consultados na base de dados do sítio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): BIREME-SciELO (ScientificEletronicLibrary On-line) e Ebah. Conclusão: a busca em diversas bases de dados teve como finalidade ampliar o leque de caminhos para o desenvolvimento da pesquisa e fundamentar o estudo em bases científicas.Perante a importância do tema estudado se percebe a necessidade do enfermeiro em todos os níveis de atenção para prevenir e tratar a transmissão vertical. Palavras-chaves: Toxoplasmose. Transmissão vertical. Enfermagem. 8 ABSTRACT Introduction: Toxoplasmosis is a disease usually asymptomatic in immunocompetent individuals, but its vertical transmission has to be of great relevance because it causes serious damage to the fetus. Objective: This study aimed to describe by toxoplasmosis literature in its congenital form, treatment, prevention. Knowledge of the disease and important for the prevention of injuries during pregnancy and postpartum. Rationale: The primary justification for this work and demonstrate that congenital toxoplasmosis is one of the most severe forms of the disease. Methodology: To achieve the proposed objectives we used the literature review as a method. The revised articles were consulted in the site database of the Virtual Health Library (BVS): BIREME, SciELO (ScientificEletronicLibrary Online) and Ebah. Conclusion: the search in various databases aimed to broaden the range of ways for the development of research and support the study bases científicas.Perante the importance of the subject studied one realizes the need for nurses at all levels of care to prevent and treat child transmission. Keywords: Toxoplasmosis. Vertical transmission. Nursing. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Ciclo de vida do Toxoplasma gondii...........................................................16 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 2. METODOLOGIA....................................................................................................13 3. TOXOPLASMOSE.................................................................................................14 3.1 Ciclo biológico / evolutivo ....................................................................................15 3.2 Transmissão do toxoplasma gondii .....................................................................16 3.3 Quadro clínico .....................................................................................................19 3.4 Como é feito o diagnóstico ..................................................................................21 3.5 Tratamento da toxoplasmose congênita..............................................................24 3.6 Complicações......................................................................................................28 3.7 Prevenção ...........................................................................................................29 3.8 Intervenções de enfermagem..............................................................................31 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................32 REFERÊNCIAS.........................................................................................................33 11 1. INTRODUÇÃO Segundo Neves (2000) a toxoplasmose é uma zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que leva a uma infecção parasitária muito frequente em várias espécies de animais: mamíferos (principalmente carneiro, cabra e porco) e aves.O gato e outros felídeos são os hospedeiros definitivos ou completos e o homem e os outros animais são os hospedeiros intermediários ou incompletos. No Brasil doenças infecciosas durante a gravidez são relativamente frequentes isto inclui a toxoplasmose congênita,que afeta principalmente populações menos favorecidas.Esta situação gera desafios a saúde pública no planejamento de estratégias de triagem de modo prático e abrangente dificultando assim o manejo clínico das gestantes (BARBARESCO, et al.,2014). Sua forma congênita se da através da passagem do protozoário pela barreira trans-placentária atingindo o concepto levando a complicações neurológicas, oculares, auditivas e morte fetal (FIGUEIRÓ-FILHO, et al.,2005). A primeira infecção pelo Toxoplasma gondii durante a gestação pode causar abortamento, crescimento intra-uterino retardado, prematuridade, acometimento neurológico e oftálmico. Ocorrendo a infecção o risco de transmissão vertical é de 40%, esse risco é menor no primeiro trimestre e maior no terceiro (REMINGTON 2006). Para Frenckel (2002) 70 a 100% dos adultos são considerados infectados no mundo, a prevalência de IGG na população brasileira e de 54% no Centro-Oeste a 75% no Norte. De acordo com Freij e Sever (1991) taxa de transmissão ao feto durante a primo infecção é variável de 25, 54 e 65% no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. É notória a atuação do enfermeiro no pré-natal para prevenir a transmissão vertical da toxoplasmose, já que ela se encontra tão presente na população. O inicio precoce do pré-natal e a promoção de hábitos alimentares e higiênicos para gestante são de extrema importância (RODRIGUES 2011). Podemos perceber que a agilidade dos programas voltados para a gestante é fundamental, a fragmentação da assistência e o não seguimento do protocolo dificultam o reconhecimento do risco gestacional e a inicialização do monitoramento pela equipe de saúde que acompanha a gestante diminuindo o risco de transmissão vertical (CASTILHO-PELLOSO 2005). 12 Diante desses problemas indicados, é levantada a questão norteadora do estudo: O conhecimento acerca da toxoplasmose na gestação faz-se importante para a redução dos agravos durante o período gestacional e pós-parto. Enfim, a justificativa primordial para a realização deste trabalho é demonstrar que a toxoplasmose congênita é uma das formas mais graves da doença, as sequelas variam de acordo com o período da gestação sabendo-se que em 40% a 50% dos fetos infectados acabam morrendo, levando assim ao um grave problema de saúde publico (PHILLIPS, 1998). O presente estudo teve como objetivo descrever através da literatura a transmissão vertical pelo toxoplasma gondii: conceito, etiologia, transmissão, manifestações clínicas, tratamento, prevenção e intervenções de enfermagem. 13 2. METODOLOGIA O presente estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica para seleção dos artigos utilizou-se duas importantes bases de dados do sítio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): BIREME-SciELO (ScientificEletronicLibrary Online) e Ebah. A busca em diversas bases de dados teve como finalidade ampliar o leque de caminhos para o desenvolvimento da pesquisa e fundamentar o estudo em bases científicas. O levantamento dos artigos foi feito entre os meses de janeiro e abril de 2015. Os critérios de inclusão estabelecidos para a realização desta revisão foram: artigos com restrição de idioma disponíveis eletronicamente que abordem o tema proposto, contemplando a identificação dos autores, bem como, revista e ano de publicação; livros, dissertações de mestrado e graduação, e para refinar os resultados a abrangência temporal dos estudos definida no período de dez anos, salvo algumas referências que forem consideradas importantes por possuírem informações relevantes para a construção do estudo em questão. Para a elaboração deste estudo primeiramente foi feito uma pesquisa de artigos que contemplassem os descritores selecionados, logo após a seleção dos artigos foi feito uma leitura informativa para obter um apanhado geral sobre o assunto selecionado assim os que suprem as necessidades para a execução do estudo e começou a estruturação do trabalho. 14 3. TOXOPLASMOSE O Toxoplasma gondii foi encontrado no ano de 1908 na Tunísia por Nicolle e Manceaux em roedores e no Brasil por Splendor em coelhos. Após sua descoberta só foi objeto de pesquisa a partir da década de 60 devido sua grande incidência (NEVES 2000). De acordo com o Ministério da Saúde (2010) a toxoplasmose é uma antropozoonose de distribuição universal que tem como agente etiológico o T. gondii, um parasito intracelular obrigatório, seu período de incubação varia de 10 a 23 dias quando sua fonte for à ingestão de carne e 5 a 20 dias pela ingestão de oocistos. Tendo vários tipos de manifestações linfadenitetoxoplasmática, toxoplasmose como: Toxoplasmose ocular, febril toxoplasmose aguda, neonatal, toxoplasmose nos imonodeprimido e durante a gravidez podendo nesse caso a infecção ser assintomática para mãe mostrando a importância da realização de testes sorológicos durante o pré-natal. Na criança são apresentados quatro tipos de quadros clínicos catalogados de acordo com a sintomatologia e o momento da confirmação da doença neonatal. Apesar do gato ser o hospedeiro definitivo, não se tem provas da relação da infecção humana com o fato de se ter gatos de estimação. Os oocistos geralmente não são encontrados nos pêlo dos gatos, pois são eliminados através das fezes no solo (RORMAN et al,2006). No ano de 2010 o Ministério da Saúde incluiu a toxoplasmose aguda gestacional e congênita na lista de Notificação compulsória em Unidades Sentinelas (LNCS), isso permitira a monitorização dos casos e a implantação de novos programas em nível nacional (LOPES-MORIet al.,2011). Na rotina dos serviços de atenção primaria de Goiás estão inclusos que durante a primeira consulta do pré-natal é coletada uma amostra de sangue e preenchido um cartão de identificação, esse material vai ser analisado no laboratório do instituto de Diagnóstico e Prevenção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e então traçado o diagnostico de anticorpos da mãe (SARTORIet al., 2011). 15 3.1 Ciclo biológico / evolutivo Os homens são os hospedeiros intermediários em sua fase assexuada ingerem água contaminada, carne crua ou mal cozida, leite, verduras com oocistos maduros contendo esporozoítas. Após, transição pelo epitélio intestinal, ocorre uma intensa multiplicação intracelular ocupando vários tipos de células do organismo, onde se proliferam assexuadamente por um processo chamado endodiogenia, dando origem a novos taquizoítos (fase proliferativa) rompendo a célula parasita, liberando novos taquizoítos que atacam novas células(DUBEY 1996). Essa propagação do parasita no organismo se dá em decorrência de taquizoítos livres no sangue ou na linfa circulante, onde poderão apresentar muitos sintomas, cujo agravamento, dependerá do número de formas infectantes. Fase proliferativa caracteriza-se a fase aguda da doença. Neste momento, poderá ocorrer a morte do hospedeiro, o que poderá acontecer em pessoas imuno comprometidas ou em fetos, ou até mesmo interromper pelo surgimento da resposta imune específica. Com o surgimento da imunidade os parasitos extracelulares desaparecem da linfa, do sangue e dos órgãos viscerais, ocorrendo uma redução de parasitismo. Alguns destes parasitos evoluem para forma de cisto (fase cística), caracteriza-se a fase crônica (CINERMMAN 1999). O gato e outros felinos podem ser infectados ao ingerir cistos teciduais presentes na carne de animais, ou ingestão de oocistos. Os parasitas penetram nas células epiteliais onde ocorre a multiplicação de forma assexuada ou coccidiana originando os merozoítos. Ocorrendo o rompimento das células os merozoítos são liberados podendo invadir assim outras células. Posteriormente, eles se diferenciam em gametófitos (microgametas e macrogametas) dando origem a sua reprodução sexuada (NEVES, et al., 2005) Segundo o autor supracitado (2005) após a maturação, os microgametas masculinos fecundam macrogametas femininos. Após a fecundação, uma célula ovo ou zigoto evoluirá dentro do epitélio, dando origem aos oocistos, em alguns dias a célula epitelial sofrerá rompimento, liberando o oocisto ainda imaturo. Esta forma alcançara o meio exterior com as fezes que irá formar esporos (Figura 1). 16 Figura 1- Ciclo de vida do Toxoplasma gondii. Fonte: SIMPÓSIO TERAPÉUTICO - Disponível em http://www.dpd.cdc.gov.dpdx 3.2 Transmissão do toxoplasma gondii Na cidade de Santa Isabel do Ivaí (PR) ocorreu o primeiro surto de toxoplasmose do Brasil, onde a fonte de transmissão foi a água contaminada, acometendo sete gestantes dentre esses sete casos um apresentou aborto espontâneo, e seis tiveram transmissão vertical um deles veio a óbito em virtude de anomalias congênitas graves (DIAS, et al., 2005). De acordo com a Secretária de Vigilância Sanitária (2007) também ocorreu um surto de toxoplasmose na cidade de Anápolis-GO em janeiro de 2006, onde se notificaram 168 casos de toxoplasmose, neste mesmo ano fevereiro de 2006 foram confirmados 11 casos em Goiânia-GO onde se concluiu através das investigações 17 que a via de transmissão ocasionada nas duas cidades foram a ingestão de quibe cru fornecido para as duas cidades por um açougue localizado na cidade de Goiânia. Entre a 10ª e 26ª semanas de gestação o risco de infecção e grande, pois nesse período a placenta se encontra grande para infectar ao mesmo tempo em que o concepto e imaturo podendo ocasionar danos importantes (MARTIN, 2004). A infecção pelo T. gondii apresenta uma das zoonoses mais difundidas no mundo. O protozoário ocorre naturalmente em animais herbívoros, onívoros, mamíferos e alguns pássaros. No homem o contágio ocorre através de água e alimentos contaminados com oocistos, transfusão de sangue, transplante de órgãos e por via transplacentária (NEVES, et al.,2005). De acordo com Costa (2007) os primeiros escritores que relataram a infecção congênita no homem foram Wolf e Cowen nos Estados unidos, eles descreveram a existência de lesões causadas pelo T. gondii no sistema nervoso central de uma criança que veio a óbito com menos de um mês de vida. A doença ocorre geralmente na fase crônica sendo que o imuno comprometimento pode levar a estágios mais graves da Toxoplasmose, sua transmissão congênita é particularmente grave e geralmente fatal. De um modo geral as infecções transplacentária apresentam alto grau de morbi mortalidade acarretando assim sequelas irreversíveis ao concepto (AMATO, 1994). Conforme Santana (2003) o risco de contaminação da gestante esta ligado a fatores como: prevalência de toxoplasmose na comunidade, gestantes não imunizadas por infecção prévia, à exposição a um determinado foco infeccioso. Foi demonstrado em estudos que mulheres com o hábito de comer carne crua durante o cozimento ou mal passada tem um risco maior de se contaminar, esse risco aumenta muito com o consumo de salames, carnes defumadas, salsicha crua, e leite não pasteurizado (COOK, 2000). O estado imunitário materno, as características do agente, a defesa placentária e a idade gestacional no período da aquisição da infecção materna determinarão se o feto será acometido e as consequências sobre o concepto acometido (KASPER, et al.,2002). A transmissão vertical geralmente acontece na fase aguda da toxoplasmose através da via transplacentária sua gravidade vai depender do período gestacional, virulência da cepa do parasita e capacidade da resposta imune da mãe (KASPER 2002). 18 Para Mitsuka-Breganó (2010) para que a toxoplasmose congênita possa ocorrer a infecção primaria deve se apresentar durante a gestação, sendo assim a multiplicação dos taquizoítos pode ser acompanhada da infecção da placenta levando a possibilidade de transmissão vertical. No feto o parasita se aloja em células do sistema fagocítico-mononuclear originando-se as estruturas intermediárias denominadas pseudocistos se espalhando por toda via linfática ou sanguínea e se disseminando. Já para Remington (2005) os taquizoítos chegam à placenta durante a para sistemia materna se multiplicam e atingem a circulação fetal, todo esse processo dura entre 4 a 16 semanas. A primo infecção durante a gravidez pode ocasionar aborto, sequelas neurológicas e oculares no recém ( SABIN, 1942). A transmissão congênita também pode ocorrer na fase crônica pelo rompimento de cistos no endométrio devido à distensão mecânica liberando bradizoítos no líquido amniótico e contaminando o feto (COSTA, 2007). Para Kasper (2002) gestantes soropositivas para toxoplasmose antes da gravidez na maioria não transmite a infecção para o feto, devido esta ocorrer na fase aguda da doença. Sendo assim a transmissão mãe-feto em quase todos os casos só acontece uma vez, com exceção de pacientes imuno comprometidos que pode levar há uma reativação da infecção crônica. A ocorrência de toxoplasmose tem sido um ponto em comum a uma possível redução da resposta celular durante a gestação, o que pode interferir no controle dos parasitas, e o curso clínico da infecção materna aumentando o risco de transmissão vertical decorrente da reativação de infecção crônica em gestantes imuno competentes constitui um caso raro (SPALDING, 2003). Na fase pós-natal pode acontecer a contaminação através da lactação em mães agudamente comprometidas, pois o colostro ou leite materno pode conter taquizoítos, por isso deve ser avaliada com senso (CINERMMAN, et al .,1999). Segundo Amato (2008), mães com toxoplasmose ativa durante a gestação infectam cerca de 40% das crianças, pois para atingir a circulação fetal os parasitos devem encontrar anomalias ou lesões placentárias mesmo mínimas. De acordo com Mussi-Pinhata E Yamamoto (1999) os aspectos gerais da epidemiologia de infecções congênitas e perinatais são variáveis em diferentes populações dependeram dos vários elementos que interferem na saúde materna 19 como nível socioeconômico e as condições de habitação e saneamento onde facilitarão a disseminação da toxoplasmose. 3.3 Quadro clínico Em seres humanos a toxoplasmose em 80 a 90 % dos casos e assintomático em indivíduos com sistema imunológico íntegro (PETERSSON, et al.,2000). A patologia pode atingir de formas diversas o feto, na maioria das vezes quando se manifesta atinge suas formas mais graves, clinicamente apenas 15 a 20 % dos neonatos com toxoplasmose congênita tem indicio da doença ao nascimento, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente poderão desenvolver infecções oculares durante a infância e adolescência, e ate mesmo sequelas neurológicas (DINIZ, 2006). O paciente na maioria das vezes não reconhece nenhum sintoma da infecção aguda, porem pode seguir com mialgia, fadiga, mal estar, febre e linfadenopatia cervical única ou múltipla indolor e com consistência variável (BONAMETT etal.,1997). Na gestante os sintomas podem ser temporários e inespecíficos manifestando-se em apenas 10% dos casos se restringindo a linfadenopatia e fadiga (REMINGTON, et al.,1995) De acordo com Amendoeira (2001) este quadro se torna mais ameaçador com a evolução de encefalite, exantema, confusão mental, miocardite, pericardite, poliomiosite tais sintomas tem resposta direta em indivíduos imuno competentes. Vale ressaltar que sua forma congênita resulta em prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia (MS 2008). Quando a infecção acontece durante o 1º trimestre de 10 a 20 % dos embriões serão afetados levando ao aborto ou lesões irreversíveis. Quando esta acontece no 2º trimestre cerca de 30 a 50 % dos fetos são afetados já se a gestante for acometida no 3º trimestre de 60 a 80% dos fetos são afetados (MITSUKABREGANÓ, et al.,2010). De acordo com a virulência da cepa e capacidade imune da pessoa a toxoplasmose pode apresentar casos oligoassintomáticos ou levar a morte isto também vai depender da localização do toxoplasma (AMENDOEIRA, 2001). 20 Camargo (1995) descreve que as manifestações mais comuns são retinocoroidite elesões neurológicas em casos acentuados o recém-nascido pode apresentar variações do volume craniano. Galván-Ramírez (2001) afirma que na toxoplasmose congênita as crianças que sobrevivem quase sempre se tornam retardadas mentalmente. Para Gilbert e Freeman (2008) a toxoplasmose ocular congênita é mais severa e frequente no Brasil que na Europa. Os aspectos clínicos de exposição da toxoplasmose na criança são quatro, na qual são classificadas conforme a sintomatologia e constatação da doença (sintomática nos primeiros meses de vida, doença neonatal, sequela reconhecida tardiamente (ate na fase da adolescência), e a infecção sub-clínica ( DINIZ 1991). Na forma sintomática nos primeiros meses de vida e observada através das manifestações neurológicas e oculares. A retinocoroidite revela-se após meses de vida, podendo curar-se com ou sem tratamento provocando cicatrizes (Retinocoroidite residual) (ALFORD, et al.,1974). Nesta fase pode ser observada a microftalmia onde se estabelece uma das modificações oculares mais graves, que acomete em torno de 20% das crianças com lesões oftálmicas (COUVREUR, et a,l 1984). De 80 a 90 % dos casos da doença neonatal demonstram manifestações clínicas generalizadas viscerais e neurológicas.Cerca de 20% dos recém-nascidos infectados, a retinocoroidite tem como único sinal clínico onde pode vir acompanhada de outras variações oculares: iridocidite, catarata, glaucoma, estrabismo, nistagmo, deslocamento de retina ( FIGUEIRÓ-FILHO, et al.,2015). O quadro de toxoplasmose congênita varia compreendendo desde uma criança totalmente assintomática ao nascimento levando a apresentar sinais e sintomas e até mesmo ser causa de aborto. A forma mais influente desta doença é a coriorretinite que causa a perda da visão uni ou bilateral (KONEMAN, etal., 2001). As lesões neurológicas, calcificações cerebrais, microftalmia e hidrocefalia apresentam assiduidade variante nos indivíduos acometidos (BOYER, et al.,2005). No entanto a maiorias das sequelas não são prognosticadas, alguns autores relatam para a utilidade de assistência contínua nos casos de diagnóstico por infecção congênita,realizados através de exames clínicos e laboratoriais no enfoque do tratamento e especialmente para reduzir as sequelas (SÁFADI, etal., 2003). 21 3.4 Como é feito o diagnóstico O pré-natal de qualidade é de sublime importância para definir a sorologia logo no início apontando assim as pacientes susceptíveis para orientá-las quanto as medidas preventivas (OLIVEIRA 2000). Através do diagnóstico precoce e o começo imediato do tratamento da gestante se reduz o risco de transmissão vertical e sequelas, aprimorando também o cuidado com o neonato a fim de melhorar o prognóstico (MARGONATO, et al.,2008). Se o diagnóstico for tardio o risco de infecção fetal é grande mesmo com o tratamento antiparasitário (FOULON, 1999). Quando acontece a contaminação recente da mãe é feita a amniocentese para diagnostico fetal (DI MÁRIO, et a.,2009). Após o diagnóstico de infecção ser traçado na gestação deve se ter um cuidado especial para definir se ouve infecção do feto (SZPEITER, 2000). Vemos assim a importância da triagem materna para constatar a toxoplasmose, implementando então medidas profiláticas e terapêuticas precocemente diminuindo a transmissão e danos ao desenvolvimento fetal. É notória a importância de iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre e se a sorologia for negativa deve se refazer o teste no segundo trimestre e no terceiro trimestre de gravidez (MORI-LOPES, 2000). Em Goiás e no Mato Grosso do Sul na primeira consulta é realizado um teste durante a triagem sorológica, as mulheres inicialmente negativas não são monitoradas durante a gestação(GIFFONI, 2007) São evidentes as vantagens da triagem pré-natal no início da gestação dentre elas estão a educação sobre as medidas preventivas para mães soronegativas, identificação das gestantes em fase aguda e tratamento efetivo, cuidados adequados com o feto e o recém-nato, acompanhamento das mães soronegativas atentando a possível soro conversão, apontar gestantes na fase crônica e que representam risco de infecção para o feto (MITSUKA-BREGANÓ 2009). A toxoplasmose e habitualmente diagnosticada com embasamento de anticorpos. Os níveis de anticorpos IgG e IgM em infecções agudas ocorre em uma a duas semanas, a existência de níveis altos de anticorpos IgG específicos mostra 22 que a infecção já ocorreu, porém não diferencia infecção atual de uma infecção contraída a muito tempo. A comprovação da toxoplasmose é aprovada no diagnostico laboratorial onde e realizado testes imunológicos que indicaram o anticorpo circulante, a detenção da classe do anticorpo que corresponde com cada fase da doença, o isolamento do parasito (LOPES, et al.,2007). Para a realização do diagnostico da toxoplasmose e necessário uma associação entre sintomas clínicos com a presença de alteração de títulos de IgG (elevação ou redução) num espaço de duas a três semanas (DUBEY, 2004). Anticorpos da classe IgG no recém nascido podem ser anticorpos maternos que ficam na circulação no decorrer do primeiro ano de vida da criança não infectada (MONTOYA 2004). Tendo a possibilidade de toxoplasmose o recém-nascido deve se realizar um exame físico completo englobando um exame neurológico minucioso, os exames de ultrassonografia, trasfontanela, oftalmológico também podem ser usados na investigação (CALVÃO, 2002). A detecção precoce da toxoplasmose durante o pré-natal possibilita maiores chances de evitar e reduzir as sequelas (MARGONATO, et al.,2008). O diagnóstico da toxoplasmose ocorre através das manifestações clinicas e pesquisa sorológica,detecção do parasito em tecidos ou fluidos corporais a partir de biopsia e necropsia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). As técnicas laboratoriais permite avaliar a presença elevada de anticorpo IgM,nas primeiras semanas da toxoplasmose aguda consequentemente tem uma diminuição do titulo sérico desse anticorpo ao mesmo tempo o aparecimento de anticorpos específicos do tipo IgG que e o único presente na toxoplasmose crônica e permanece por toda a vida (AMATO, 1994). Os testes sorológicos são a forma rotineiramente mais usada, os testes tem embasamento em titulação de anticorpos IgM e IgG para toxoplasmose. A forma imuno enzimática (ELISA) é a mais usada em laboratórios, os demais métodos usados são a aglutinação direta, aglutinação indireta, e a imuno fluorescência (BEAZLEY, 1998). Quando provém de uma primo infecção os anticorpos IgM aparecem no sangue rapidamente em poucos dias aumentando seus níveis durante dois meses e sumindo no decorrer dos meses posteriores num período que pode prorrogar ate aos 18 meses (WILSON, 1980). 23 Em uma primeira consulta ou ate mesmo pré concepção o profissional de saúde poderá deparar-se com quatro situações: Primeira situação: IgG negativo/ IgM negativo Isto significa que a mulher não esta protegida. Na ausência de anticorpos IgM e IgG onde a mesma deverá ser esclarecida das medidas profiláticas a seguir. A gestante deverá ser também esclarecida dos prováveis sintomas como linfadenopatia cervical, febre e exantema, que poderá acometê-la durante a gravidez. Na toxoplasmose perante uma mulher não protegida é necessário monitorização sorológica no período da gravidez (WILSON, 1980). Segunda situação IgG positivo/ IgM negativo Isto indica infecção crônica e o risco de toxoplasmose congênita é mínimo. Em decorrência da presença de IgG e na ausência de IgM. É considerado que a existência de IgG demonstra imunidade; porém há três casos de toxoplasmose congênita descritos em gestantes que mesmo exibindo IgG positivo/ IgM negativo contraíram nova infecção aguda (GAVINET, et al.,1997). Terceira situação IgG negativo/ IgM positivo Pode significar a presença de infecção aguda, pois aparecem anticorpos IgM e ausentam anticorpos IgG. Se a mulher estiver grávida é recomendado o tratamento e repetir a sorologia passadas três semanas o resultado poderá diferenciar para IgG positivo /IgM positivo confirmando assim trata-se de uma primo-infecção recente (WILSON, 1990). Quarta situação A existência simultânea de IgG e IgM evidencia a presença de infecções antigas com IgM residuais. A técnica laboratorial atual que auxilia no diagnóstico destas situações é a determinação da avidez dos anticorpos IgG (ELOY 2000) 24 O principio do teste de avidez de anticorpos contraídos aumentará com o decorrer do tempo. Com o resultado pode-se concluir a presença de uma grande avidez, podendo ser uma infecção antiga, mais ou menos quatro meses. Todavia se o resultado apontar uma fraca serologia do IgG se trata de uma infecção recente. Nos dois casos é indicado sorologia após três semanas (ROSSI, 1998). É recomendado que os testes sejam feitos no mesmo laboratório no decorrer de toda gestação (DIREÇÃO GERAL DA SAÚDE, 2000). Demais testes diagnósticos Amniocentese e PCR (reação em cadeia da polimerase) para toxoplasmose - Exame concedido à gestante como método de diagnóstico adicional para o diagnóstico da toxoplasmose congênita, com informações do risco de aborto de 1%. É efetuado a partir da 18º semana de gestação.O processo cirúrgico é realizado no IFF (Instituto Fernandes Figueira), no entanto a PCR é praticada em laboratório externo com o custo custeado pela paciente.O resultado da PCR é definido como positivo ou negativo (HOHLFELD, et al.,1994.) O autor supracitado (1994) cita que, o diagnóstico Histopatológico da placenta nas gestantes deve ser feito através de exames cujos partos foram realizados no IFF. Também pode ser feita a fundoscopia que é um exame óptico efetuado no período neonatal para diagnosticar lesões compatíveis com coriorretinite toxoplásmica. Para Virkola, et al.,(1997) a ultrassonografia transfontan ela é um exame feito para identificar lesões do sistema nervoso central no período neonatal.Tomografia de crânio no qual é executado apenas quando se releva alterações sugestivas de acometimento do sistema nervoso central do feto. A ultrassonografia fetal determina particularmente alterações do sistema nervoso central sugestivas de toxoplasmose congênita na qual é realizada pelo serviço de medicina fetal. 3.5 Tratamento da toxoplasmose congênita A espiramicina evita a transmissão da mãe para o feto, é usada de imediato em gestantes com suspeita de infecção por T. gondii adquira durante a gestação. Os 25 benefícios do tratamento na gestação são duvidosos, mais alguns estudos mostram a redução da transmissão vertical e também a diminuição da gravidade das sequelas no neonato (SYCROT, 2007). O tratamento da toxoplasmose congênita tem como objetivo reduzir a incidência e a gravidade da infecção fetal. A gestante é tratada com espiramicina nas primeiras 21 semanas, até o fim da gestação se o feto não estiver infectado,no segundo caso sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico com infecção fetal suspeita ou confirmada até o final da gravidez (MONTOYA e ROSSO, 2005) O tratamento maternal pode evitar a doença congênita, é realizado o uso de espiramicina para o tratamento de grávidas com infecção aguda na qual o feto não foi infectado.Ainda que os estudos no qual avaliem os resultados do tratamento da toxoplasmose congênita tem um tempo extenso e até o momento não estão concluídos, o tratamento da gestante com a espiramicina coincide em monitorizar a infecção placentária reduzindo as taxas de transmissão em 60% (AMENDOEIRA, 2001). Segundo FIGUEIRÓ-FILHO (2005) a sulfadiazina e pirimetamina são uma combinação na qual é indicada para gestantes de faixa superior a 16-21 semanas na confirmação ,ou na provável infecção fetal. Tratamento da toxoplasmose congênita na criança Pode apresentar tanto manifestações no nascimento como na infância ou ate vários anos mais tarde. Isso mostra que os lactantes devem ser monitorados por testes sorológicos e clinicamente durante um ano (SYCROCOT, 2007). O IgM não atravessa a placenta, sendo achado nos testes do recém-nascido indica infecção congênita. Neste caso deve ser submetido à avaliação clinica, teste sorológico, exames neurológicos, neuro imagens, avaliação oftálmica completa e hemograma (REMINGTON, et al.,2006). Para Couvreur (1984) o tratamento da criança com toxoplasmose congênita independente do quadro sendo sintomático ou assintomático deve ser feito de maneira precoce e estender-se ate um ano de idade, na intenção de diminuir as consequências oculares, auditivas, e visuais melhorando o prognóstico. O esquema mais propagado no tratamento da toxoplasmose congênita e o esquema de 26 Couvreur que consiste no emprego revezado de espiramicina com sulfadiazina e pirimetamina no período de um ano, conforme o estado clínico. O autor supracitado (1984)observou menor índice de reincidência de lesões oculares e estabilizaçãoda infecção em 40% dos casos graves. 1. Toxoplasmose congênita sintomática :Pirimetamina (1mg/kg/dia )e sulfadiazina (85mg/kg/dia)nos primeiros seis meses de vida, após, ciclos de 30 dias alternados de Pirimetamina + sulfadiazina e espiramicina (1000mg/kg/dia) até um ano. Suplementação de acido folínico5 mg a cada três dias. 2. Toxoplasmose congênita sintomática com eminência de processo inflamatório(coriorretinite> 1g/dl em crianças < um mês): Esquema A associado a prednisona 1,5 mg/kg/dia, até a imobilidade do processo inflamatório. 3. Toxoplasmose congênita assintomática:Pirimetamina + sulfadiazina no espaço de seis Semanas e após espiramicina por seis semanas intercaladas com quatro semanas de pirimetamina + sulfadiazina até um ano. 4. Recém-nascido assintomático com resultado sorológico impedido, cuja mãe teve infecção comprovada durante a gravidez: Sulfadiazina + pirimetamina no espaço de um mês e reavaliação clínica e sorológica para esclarecer o seguimento ou suspensão do tratamento. 5. Recém-nascido assintomático de mãe com sorologia convincente de infecção atual porém sem dados para definir se a infecção ocorreu durante a gestação: Espiramicina durante um mês e reavaliação próxima, como citado no item D. A toxoplasmose congênita deve ter um tratamento especifico em todos os recém-nascidos seja na forma sintomática ou subclínica, tendo na subclínica o objetivo de prevenir o aparecimento de possíveis sequelas futuras(DINIZ 1996). A terapêutica específica indicada é benéfica contra a forma de taquizoítos nenhuma outra medicação mostrou-se efetiva na erradicação da forma encistada doparasita,especialmente os cistos existentes nos olhos e sistema nervoso central (REMINGTON, 2001). Segundo DINIZ (1996) as drogas utilizadas no tratamento da toxoplasmose congênita no recém-nascido são:Pirimetamina (Doraprim); sulfadiazina;ácidofolínico. 27 A pirimetamina, é uma droga antimalárica, com vida média plasmática no recém-nascido aproximadamente 60 horas e é substituta da fenilpirimida. A pirimetamina junto asulfadiazina interage em sinergia contra o T.gondii com o funcionamento oito vezes maior do que usados sozinhos. Outras sulfas como: sulfapirazina, sulfametazona e a sulfamerazina também podem ser usadas, sendo tão efetivas quanto à sulfadiazina. A pirimetamina inibe a Diihidrofolato Redutase na qual tem grande importância na síntese do ácido fólico ocasionalmente da medula óssea. A neutropenia (reversível) compõe a ação tóxica mais considerável (REMINGTON, 2001). Os procedimentos padrão não mudaram muito desde 1990, com ênfase em modificar o metabolismo de nucleotídeos do parasita. No tratamento é necessário pirimetamina e sulfadiazina, medicações que bloqueiam sua composição e redução do grau de acido fólico nos taquizoítos (VAZ, et al.,2011). A espiramicina e designada a um método terapêutico na infecção aguda,diante de tais acontecimentos combaterem o contágio materno fetal e diminuir a incidência de infecção transplacentária em ate 60%.No entanto a dimensão dos casos mais críticos não são alterados em recém-nascido(FEBRASGO, 2011). A pirimetamina coíbe a enzima diidrofolato redutase impedindo a transformação do acido diidrofólico em acido tetraidrofólico, determinando na diminuição do efeito de ácidos nucleicos e proteínas protozoárias. Na toxoplasmose transplacentária e usada em quantidades elevadas, causando toxicidade ao concepto.Orienta-se o consumo juntamente com acido folínico. A espiramicina ultrapassa a membrana e se junta de maneira que não pode ser revertida a subunidade ribossômica 50S, vetando assim sua transformação (GILBERT 2003). O tratamento medicamentoso aplicado funcionam apenas nas formas taquizoítos, não chegando na forma de bradizoítos presentes em cistos teciduais o que proporciona a regudização da patologia apos os métodos terapêuticos (MARTINS-DUARTE et al.,2011). Os medicamentos consumidos por longos períodos, consequentemente provocam ações danosa sao que se espera,como supressão da medula óssea, deficiência de elementos celulares no sangue causado pela pirimetamina (MARTINS-DUARTE, etal., 2010).A redução do numero de leucócitos no sangue e diminuição no numero de plaquetas, e febre (JIANG, et al.,2008) problemas renais hepáticos e nefro-toxicidades(VAZ, etal., 2011). 28 A combinação de Sulfadiazina e pirimetamina não é recomendada no primeiro trimestre de gestação, por causa de sua capacidade de trazer anomalias ao feto,principalmente a pirimetamina(BRASIL, 2010). Frequentemente e indicado o uso de acido fólico para minimizar o risco da supressão da medula óssea (BRASIL, 2011). O tratamento do recém-nascido que contraiu a toxoplasmose congênita, apresentando sintomas ou não devem ser de inicio precoce, com duração mínima de um ano, podendo assim diminuir os agravos auditivos e problemas na visão minimizando possíveis sequelas. O consumo intercalado de espiramicina com sulfadiazina e pirimetamina por um ano é o mais utilizado (MS 2010). Com o uso de sulfadiazina e pirimetamina por um ano proporciona a diminuição de sequelas causadas pela toxoplasmose (MCAULEY, et al.,1994). 3.6 Complicações Coutinho(2005) salienta que as complicações da toxoplasmose congênita no recém-nascido são severas nas quais podemos citar: Hidrocefalia ou microcefalia, retardamento mental,calcificações intracranianas, meningo encefalite necrosante (caso gravíssimo), meningo encefalite bacteriana,pneumonia intersticial, infecção bacteriana secundária, broncopneumonia, desnutrição ,hepatitedifusa, endocardite,pericardite, catarata, glaucoma retinocoroidite. Quando o recém-nascido contrai a infecção,ela dura por toda sua vida, em conceptos e lactentes imunodeprimidos tanto no contagio inicial ou crônico assiduamente provocam sinais e sintomas no sistema nervoso central (KLIEGMAN etal., 2009) A toxoplasmose congênita tem sido denominada de maneira fundamental na demanda de agravos a saúde materna e fetal (DJURKOVIC, 2010). A infecção não tratada na toxoplasmose congênita leva a sequelas irreversíveis.Em lactentes que não apresentam sintomas durante o parto, estima-se que 85% vão adquirir sinais de retinocoroidite nos seus primeiros dez anos,e 50% apresentam problemas neurológicos, as consequências são ainda mais graves em lactentes que apresentem sinais e sintomas ao nascimento com comprometimento da visão, incapacidade intelectual,deficiência auditiva.e ao longo de sua vida mais 29 de 70% dos recém-nascidos vão adquirir lesões oftalmologias .Um dos objetivos de um pré-natal bem sucedido e eliminar ao máximo os agravos que possam por em risco a saúde da mãe e do concepto durante a gravidez e pós parto (BRASIL, 2014). Segundo Carvalheiro, etal., (2005) a toxoplasmose congênita pode apresentar complicações como lesões em órgãos como coração,cérebro,baço e fígado,retardo mental,surdez, paralisia cerebral e cegueira. 3.7 Prevenção Existem diversas prevenções para atoxoplasmose congênita. Os pacientes imuno deficientes e as gestantes soronegativas são os dois habitantes nos quais a precaução da infecção pelo T. gondii é mais significante. Diversas técnicas para a prevenção da toxoplasmose congênita estão sendo apresentados (REMINGTON, et al., 2006). Na prevenção da toxoplasmose é fundamental reduzir a apresentação das gestantes vulneráveis,e durante o pré-natal deve ser efetuado o seguimento sorológico. É necessário evitar o consumo de carne crua e mal passada,particularmente de carneiro e porco,e o vínculo com terra e animais notoriamente vetores da doença exclusivamente o gato (DINIZ, 1991). Segundo Behrman (2002) a educação da gestante sobre as formas de prevenção da toxoplasmose reduz o risco de infecção. As palestras e folhetos são de estrema importância para educar a gestante que se motiva em proteger o bebê, o conhecimento dos fatores de risco leva a uma modificação de comportamentos de risco (ELSHEIKHA, 2008). A Prevenção pode ser feita utilizando os seguintes métodos: orientar as gestantes vulneráveis sobre as medidas preventivas, tratar as que estão na fase aguda, os fetos e os recém-nascidos devem ser tratados mesmo sendo assintomáticos (REIS, et al.,2006). A prevenção primaria é a melhor forma de diminuir a infecção da mulher, ela abrange os conhecimentos sobre as formas de infecção e como evitá-las. A gestante deve evitar a ingestão de carne mal cozida, lavar bem as mãos ao ter contato com carne crua, beber água filtrada e leite pasteurizado, não consumir alimentos 30 expostos a insetos, lavar bem frutas e legumes, evitar contato com gatos, essas informações devem ser passadas durante o pré-natal ( COOK, et al.,2002). Segundo o autor já citado a cima, a prevenção secundaria se da pela identificação de gestantes agudamente infectadas onde se inicia a investigação para afirmar se ouve a transmissão vertical e iniciar o tratamento reduzindo as sequelas. Na prevenção terciária se inicia o tratamento do recém-nascido prevenindo o agravamento das sequelas (FOULON, et al.,2000). Para Neto et al., (2004) a profilaxia da toxoplasmose congênita ou de suas consequências no período gestacional é disponível por meio de quatro etapas podendo ser usadas individuais ou combinadas: 1- Detectando as mulheres sensíveis ao contagio e diminuir o risco de propagação no decorrer de sua gestação (prevenção primaria). 2- Diagnosticar o mais cedo possível a toxoplasmose na gestação diminuindo ou eliminando a transmissão placentária do Toxoplasma gondii, através do tratamento na gestação (prevenção secundaria). 3- Sendo identificada a contaminação materna, fechar o diagnostico de contágio ao feto e começar imediatamente o tratamento ao feto. 4- Detectar, analisar e tratar os neonatos com toxoplasmose congênita, mesmo os que não apresentam sintomas,eliminando o risco de sequelas futuras (considerados por alguns as duas ultimas etapas por "prevenção terciária"). No entanto a prevenção da toxoplasmose congênita pode ser feita antes, no decorrer da gestação e após o parto. Perspectivas futuras seria uma vacina efetiva contra a infecção pelo Toxoplasma gondii em humanos. Hoje têm sido disponibilizadas somente cepas do parasita atenuado para o uso em ovelhas na Europa e na Nova Zelândia (BUXTON e INNES, 1995). Os estudos evidenciam vacinas que possam levar um retorno humoral.As vacinas podem englobar face de antígenos purificados, cepas de parasitas vivos atenua dose o uso de DNA com 80 plasmídeos codificados por condições incentivadoras de colônia (ISMAEL AB, et al., 2003). 31 3.8 Intervenções de enfermagem A orientação verbal ou escrita de ações preventivas as gestantes vulneráveis que realizem o seu pré-natal na rede pública de saúde, como também a triagem rotineira nesta população permitiria apontar e minimizar os casos de infecção aguda em gestantes. Portanto assim reduziria os casos de infecção congênita e a manifestação de sequelas no futuro, pela associação precoce do tratamento em crianças congenitamente tratadas (SILVA e OKAZAKI, 2012). Segundo Rodrigues; Silva e Fernandes (2006) ao enfermeiro requer o papel de educador com um potencial de observar a mulher como um ser humano e reavaliar o seu modo de atuar e superar expectativas. Ambos conseguiram favorecer a saúde, com estímulo ao auto cuidado, redução das incertezas e desenvolvimento de atividades que transfiram segurança. As instruções passadas,as mulheres a respeito das profilaxias contra o contagio do Toxoplasma gondii no decorrer da gestação possibilita diminuir o risco de contaminação (SILVA e OKAZAKI 2012). Para Camargo (2007) a contaminação transplacentária tem grandes chances de ser eliminada se a gestante tiver em tratamento precoce e as consequências mais graves da toxoplasmose congênita poderão ser diminuídas se a contaminação fetal for diagnosticada e as intervenções essenciais para o tratamento forem feitas precocemente. Segundo Silva e Okazaki (2012) realizou uma pesquisa onde concluiu que o enfermeiro tem a necessidade de levar melhores informações para a gestante da importância do pré-natal bem feito, uma vez que por meio dele pode-se prevenir varias patologias entre elas a toxoplasmose. Os enfermeiros devem apresentar conhecimento técnico e cientifico e levar informações claras para as grávidas no prénatal esses conhecimentos oferecidos pelo enfermeiro são de grande contribuição na promoção a saúde, essas ações devem sempre ser passadas de forma a atingir o grau de compreensão da população, as condições culturais e o nível de instrução. De acordo com Araújo e Okazaki (2007) as orientações durante a consulta pré-natal devem conter informações dos exames a serem realizados, com explicações sobre cada um, comunicação das possíveis doenças existentes das suas consequências para seu bebê, assistência no pré-natal bem elaborada, exames e orientações previnem grandes consequências a gestante e ao feto. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos que no decorrer da pesquisa que o conhecimento sobre a toxoplasmose pelos profissionais de saúde de forma profunda contribui na prevenção da transmissão vertical e dos agravos em fetos já infectados. Através da triagem pré-natal se identifica o estado sorológico das mulheres podendo estar na fase aguda, crônica ou não possuir imunidade prévia, o presente estudo contribuirá de forma informativa para que os enfermeiros conheçam essas fases e saibam como intervir em cada uma delas e para expandir o campo de conhecimento para futuros trabalhos científicos dos graduandos na área da saúde. A enfermagem se destaca como principal agente na educação das gestantes infectadas ou suscetíveis a toxoplasmose, sendo o enfermeiro o profissional mais próximo das mães, este deve estar sempre se reciclando para aprofundar e aperfeiçoar seu conhecimento cientifico de modo a prestar uma assistência qualificada e humanizada. São amplas as pesquisas e trabalhos que abordam o protozoário em gestantes e isto nos possibilitou alcançar nossos objetivos de forma completa, na profilaxia até os dias de hoje se da por medidas educativas sobre hábitos alimentares,higiênicos e com felinos em especial o gato em mulheres na idade fértil. 33 REFERÊNCIAS ALFORT CA, STAGNOS S,REYNOLDS DW. CongenitalToxo-plasmosis: clinical, laboratory and therapeutic considerations,With special reference to sub-clinical disease.Bull NY Acad Med 1974;50:160-81. AMATO NETO V. BARONE AA. Toxoplasmose. IN:Marcondes E.Pediatria básica.8ª Ed. São Paulo:Sarvier;1994.p 1055-92. AMATO NETO,V. et Janeiro:Elsevier,2008. al. 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