BARÃO COMISSÁRIA DE CAFÉ LTDA
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BARÃO COMISSÁRIA DE CAFÉ LTDA Alameda Otávio Marques de Paiva, 220 – Bairro Santa Luiza CEP 37062-670 Varginha-MG Telefax: (35) 3214-7725 Celular: (35) 8855-0050 / 8879-0040 www.baraocomissariadecafe.com.br Obs.: As informações aqui contidas são referentes ao dia útil anterior à data de envio. CLIMA (Varginha/MG) BOLSA / DÓLAR Parcialmente encoberto (hoje) Temperatura Precipitações NY (May 13) LND (May 13) Dólar Max.:29º Min.: 19º 13 mm +1,55 (135,25) +24 (2.030) 1,9690 COMPRADOR VENDEDOR SACAS PREÇO QUALIDADE CAFÉ ITAÚ COCATREL 3900 283,00 ret. Safra 12/13 – Duro/Rd/Rio SANTA ROSA MINASUL 644 245,70 ret. Safra 12/13 – Escolha 91% ap. NOTÍCIAS: Café consolida semana negativa com nova retração na ICE Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com novas quedas, consolidando o quadro negativo da semana, iniciado pelas perdas da segunda-feira e pela falta de força dos vendedores em reverter o quadro. O dia foi caracterizado pela continuidade das rolagens de posição, principalmente entre maio e julho, sendo que a primeira posição passa a ser notificada a partir de 22 de abril. Na segunda metade do dia, os vendedores, acompanhando o mau humor dos mercados externos, se mostraram mais agudos e liquidaram mais efetivamente, principalmente nas posições mais a futuro. O spread entre maio e julho se alargou em 45 pontos somente na sessão desta sexta-feira. Tecnicamente, o mercado deu mais uma demonstração da força dos bears (baixistas), que conseguiram reverter o patamar que era verificado ao final da semana passada e conseguiram fechar o dia levando o maio a se posicionar próximo do importante suporte de 135,00 centavos. A tendência baixista volta a se mostrar mais efetiva, tanto no curto como no longo prazo. No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 155 pontos, com 135,25 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 137,80 centavos e a mínima de 134,90 centavos, com o julho tendo desvalorização de 200 pontos, com 137,15 centavos por libra, com a máxima em 139,80 centavos e a mínima em 136,65 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o maio teve alta de 24 dólares, com 2.030 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 21 dólares, no nível de 2.069 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ações técnicas e também por liquidações de players focados nos mercados externos. As bolsas de valores tiveram um dia de quedas ligeiras, no entanto, os segmentos de risco foram pressionados. Várias commodities apresentaram baixas consideráveis. Além da queda de 1,2% do café, o petróleo recuou 2,77% no dia, com o ouro despencando 4,76%. No entanto, outros softs tiveram um pregão positivo, com destaque para o cacau, que marcou a máxima de três meses na bolsa nova-iorquina. "Apesar de termos uma nova retração, ampliando ainda mais o quadro de perda da semana, ainda conseguimos manter o maio dentro de um padrão que era esperado, entre 135,00 e 140,00 centavos. Chegamos a romper esse suporte básico ao longo do dia, mas, rapidamente, algumas recompras permitiram a 'correção'. Na próxima semana, deveremos ter a continuidade do jogo, com a predominância das ações de rolagem e até um alargamento ainda maior do spread de maio para julho", disse um trader. O grupo JAB concordou em comprar a empresa D.E. Mestre Blenders por € 7,5 bilhões (US$ 9,8 bilhões), criando um império global de bebidas quentes que tem como meta ampliar participação frente aos líderes Nestlé e Modelez . Os dois lados, que anunciaram há duas semanas que eles estavam em discussões para tal negócio. A JAB já detinha uma participação de 15,05% no D.E. Mestre Blenders. As exportações brasileiras no mês de abril, até o dia 11, totalizaram 504.181 sacas de café, contra 740.075 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 275 sacas, indo para 2.755.621 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 56.615 lotes, com as opções tendo 3.390 calls e 7.051 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 137,80, 138,00, 138,50, 139,00, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 140,90-141,00, 141,35, 141,50, 141,65, 142,00, 142,50 e 143,00 com o suporte em 134,90, 134,70, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50, 131,00, 130,50, 13,10-130,00, INDÚSTRIA COMPRA “LIFFE” E ORIGEM VENDE “ICE” A ata da reunião do FED (Banco Central Americano) divulgada na quarta-feira dia 10 revelou que o comitê está preparado para diminuir a compra de títulos neste ano caso o mercado de trabalho continue melhorando. Verdade que os dados de desemprego nos EUA só saíram depois da última reunião, mas coincidência ou não o ouro parou de subir, e nos dois pregões seguintes tomou um tombo grande perdendo na semana 4.52%. A confiança do consumidor americano e os números de vendas no varejo do Estados Unidos em Março caíram mais do que se imaginava, sendo que o último dado está no pior nível em nove meses. Mesmo assim o índice do S&P 500 conseguiu finalmente fazer nova alta, muito provavelmente ajudado pela notícia da semana anterior do Banco Central Japonês. Os mercados acionários não parecem se preocupar com as ameaças Norte Coreanas, e nem com a redução da nota de risco dos papéis Chineses. Por outro lado os índices de commodities escorregaram, principalmente o SPGSCI que está nas mínimas de julho de 2012. O café em Nova Iorque não conseguiu, mais uma vez, ficar durante muito tempo acima de US$ 140 centavos, e fechou com perdas de US$ 6.48 por saca e US$ 7.21 por saca nos contratos de maio e julho respectivamente. Londres, entretanto, reagiu bem e ganhou US$ 1.14 por saca em cinco dias, mesmo depois de testar US$ 1980 por tonelada. O enfraquecimento do contrato “C” pode ter tido influência com o tom menos alarmante do relatório da OIC no que tange as perdas de produção da América Central em função da ferrugem. O órgão divulgou estudo que estima uma safra menor em 2.26 milhões de sacas para a região, contestado por alguns que dizem que os preços internacionais abaixo do custo de produção refletirão um trato pior do parque cafeeiro, que certamente agravará o problema. Embora a situação seja triste para os produtores centro americanos, olhando para quadro fundamental global os participantes trabalham com um superávit do arábica dada a produção maior de Brasil, assim como outros países produtores de robusta devem ter safras grandes, leia-se Indonésia e Vietnã. Os estoques mundiais também estão em patamares maiores do que de um ano atrás, salvo os certificados da LIFFE que tem tido uma maior demanda com a firmeza dos diferenciais vietnamitas (que reflete a postura dos produtores em manter suas ofertas firmes ainda incertos se as chuvas normalizarão). Para registro os estoques no Japão em fevereiro estavam em 2.21 milhões de sacas, enquanto na Europa estavam em 10.22 milhões de sacas. Há um ano os números eram de 2.23 milhões e 9.43 milhões de sacas. A Starbucks diminuiu em 10% o preço do café torrado e moído, juntando-se a outras duas torrefadoras americanas que já tinham reduzido preço este ano. Curioso que as capsulas de café premium do maior torrador do mundo aumentaram, mesmo com a queda forte do terminal no últimos 12 meses e dos diferenciais estarem em sua maioria perto das médias históricas. No noticiário chamou atenção a compra da Douwe Egberts Master Blenders, cuja marca talvez mais conhecida seja Sara Lee, por um grupo de produtos de varejo (JAB, donos da Reckitt) que já tem duas torrefadoras americanas. A marca, que já foi forte nos Estados Unidos e hoje tem mais força na Europa e é líder no Brasil, tem um produto que na Espanha incomodou a Nespresso, e pode aumentar a competição não só nos cafés “mainstream”, mais principalmente no seguimento de especiais – afinal se há espaço para aumento de preço do café mais glamoroso no ramo... A volatilidade da arbitragem é o que de mais interessante tem ocorrido ultimamente, já que o “C” está chato de se seguir, e em minha opinião com pouca atratividade de se operar. A operação robusta no Brasil, que dizem ter gerado prejuízo aos cofres públicos em mais de R$ 200 milhões de reais, e a firmeza dos diferenciais vietnamitas fazem do “flat-price” (LIFFE) a cobertura menos dolorosa (por ora) para a indústria. Já a demanda retraída ao arábica deixam poucas alternativas para as origens, que em qualquer subida de Nova Iorque (ICE) acabam batendo no mercado. Uma ótima semana e muito bons negócios a todos. Rodrigo Costa* *Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
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