Aula de 31/10/2000
Transcrição
Aula de 31/10/2000
Aula Teórica de 31 – 10 – 2000 Estruturas Hiperestáticas Comportamento de uma barra de aço à tracção. Aço macio e aço duro. Comportamento de uma estrutura hiperestática (grau 1) até à ruína. Análise elasto-plástica. Determinação de esforços residuais após a descarga da estrutura. Professor Luis Juvandes FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 1/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2000/2001 COMPORTAMENTO ELASTO - PLÁSTICO 1 – UMA BARRA DE AÇO u F A y N B O y Fe 360 Fe 430 Fe 510 • AÇO F u • Material DÚCTIL presença de patamar de cedência • Em TERMOS DE CÁLCULO - diagrama + TRACÇÃO A y B OAB - Carregamento (tracção) BC - Descarga O D´ C´ C D + OA' B' - Carregamento (compressão) B´ A´ - y B' C' - Descarga COMPRESSÃO Comportamento: EM CARGA TROÇO OA - Regime elástico (R.E) [ σ ≤ σy ] • PONTO “A” válido Lei Hooke ∴ ∆ = N EA - Início da plastificação da secção • σ = σy = N máx ⇒ A N máx = σ y A tensão de cedência do material Professor Luís Juvandes Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 2/7 EM CARGA (cont.) RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 TROÇO AB Ano lectivo 2000/2001 - Regime plástico (R.P.) Nmáx = σy x A Nmáx σ = const. = σy • Fim do carregamento A barra sofre deformação a tensão constante, isto é, a barra está em cedência sem poder absorver mais esforço (PLASTIFICOU) ___________ /// __________________ /// __________________ /// ___________________ /// ____________ Comportamento: DOMÍNIO OA - Material sempre em Regime Elástico (R.E.) • A Na descarga as deformações são eliminadas totalmente porque o material nunca plastificou σ= 0 ε= 0 EM DESCARGA O y DOMÍNIO AB A carga σ = σy ε = εy desc. σ=0 ε= 0 - Após o ponto “A” o material entrou em Regime Plástico (R.P.) B B’ B’’ • Uma vez em patamar de cedência, a descarga faz-se paralelamente ao troço OA do regime elástico Descarga é feita sempre em R. Elástico C O • εr = deformação residual (irreversível) após descarga a partir do ponto B (B’ ou B’’) r Professor Luís Juvandes Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 3/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 2 – ESTRUTURA FORMADA POR VÁRIAS BARRAS Ano lectivo 2000/2001 (1vez hip.) Ex: 3m A = const = 10 cm2 3m E = const = 206 GPa A 4m B N1 C N2 N1 = N3 = f (P) = 0.2514 P N3 N2 = f (P) = 0.6983 P (+ esforçada) D Est. hiperestática P 0 < P < P1 • Todas as barras estão em R.E., isto é 1 P = P1 Est. Isostática Regime Elástico (R.E.) , 2 , < • barra BD → 2 = máx = y N2 = Nmáx = P1 < P < P2 y 1.ª Barra plastifica → a mais esforçada y x A Regime Elasto-Plástico (R.E.P.) • 1 barra plastificada e as restantes em R.Elástico 2 = y 1 , 3 < y Ruína da estrutura → todas as barras estão plastificadas (R.P.) Est. hipoestática RUÍNA 3 1 Professor Luís Juvandes = 2 = DESENHAR CURVA DE COMPORTAMENTO 3 = y P = f (δ δ) Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 4/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2000/2001 EXEMPLO: Resolver o Exemplo-2 da aula de 26/10/2000 1 – Regime Elástico [φ ≤ P < P1 ] Dados: Fe 360 ⇒ σy = 235 MPa A B C N2 N1 Estrutura Hiperestática Eq. Equilibrio Eq. Comp. deformação N3 D P N1 = N 3 = 0.2514 P N 2 = 0.6983 P 2 – Plastificação da 1.ª barra [P = P1 ] ⇒ barra BD porque N2 > N1 N máx = σ y × A = 235 × 10 3 × 10 × 10 −4 = 235kN N 2 = 0.6983P = N m áx → P1 = 336.531kN N 1 δ D (P = P1 ) = δ D = ∆l BD = 2 = 4.563 × 10 −3 m EA P1 = 336.531 kN δ1D = 4.563 × 10 −3 m 3 – Regime Elasto-Plástico [P1 ≤ P < P2 ] Dados: Fe 360 ⇒ σy = 235 MPa A B C N 2 = N máx = 235 kN N3 N1 D P Professor Luís Juvandes Estrutura Isostáctica Σ Fx = 0 Σ Fy = 0 N1 = N 3 = P − 235 2senα Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 5/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2000/2001 4 – Ruína da estrutura [P = P2 ] A B C Nmáx Nmáx N 1 = N 2 = N 3 = N máx = 235kN ΣFy = 0 ⇔ 2 × N máx × senα + N máx = P Nmáx P2 = N máx [1 + 2senα ] = 235[1 + 2senα ] D P = P2 CD AD D CD δ D (P = P2 ) = δ 2D = AD 2 D ∆ CD senα 2 P2 = 517 kN ; δ D = 12.67 × 10 −4 m ( ) 5 – Diagrama de comportamento da estrutura - P = f ( D) P (kN) 600 P2 517 500 RUÍNA 400 P1 200 De sc arg a Ca rg a 336.5 300 100 O 1 res 2 3 4 5 4.56 6 7 8 7.41 9 10 11 14 D -4 (x 10 m) desc. res. carg. Professor Luís Juvandes 12 13 12.67 = carg. - desc. = 7.41 - 5.42 = 1.99 x 10-4m Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 6/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2000/2001 [P ⇒ 0 kN] 6 – Descarga da estrutura • Admitindo: 1.ª Fase - Carga até P = 400 kN 2.ª Fase - Descarga P = 400 kN 0 kN Cálculo do Deslocamento residual do nó “D” (irreversível) - Carga 1.ª Fase ⇒ P = 400 kN Regime Elasto-plástico ↑ porque P1 < 400 < P2 P − 235 = 137.5 kN 2 × senα CARGA N 2car. = N máx. = 235 kN (Plastificado) N1 δ D car. = = 7.416 × 10 − 3 m ( ) EA sen 2α N1car. = N 3 = - Descarga ⇒ sempre em 2.ª Fase • Regime Elástico É válido as expressões de 1 – Regime Elástico N1 = N 3 = 0.2514 P = 100.56 kN N 2 des. = 0.6983 P = 279.32 kN DESCARGA P1 400 des = ⇒ δ D = 5.42 × 10 − 4 m ( ) δ D1 δ D des des. des. P = 400kN → Deslocamento Residual Professor Luís Juvandes res car des −4 → δ D = δ D − δD = 1.996 × 10 m ( ) Aula 31/10/2000 FEUP - ENGENHARIA CIVIL Folha 7/7 RESISTÊNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2000/2001 Cálculo dos Esforços residuais nas barras barra BD → plastificou barras AD, CD → R. Elástico • Após P = 400 kN • Barra BD → • finais ≠ 0 quando P = 0 Como o nó “D” não regressa à posição inicial ⇒ N i • Como o comportamento da estrutura inclui: ⇒ Responsável pela deformação residual do nó “D” 1.ª Fase + 2.ª Fase PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO DOS EFEITOS (P.S.E.) N i finais = N i c arg a − N i desc arg a N 1 = N 3 = N 1 − N 1 = 137.5 − 100.56 = +36.94kN N 2 = N 2 car. − N 2 des. = 235 − 279.32 = −44.32kN car. Desc arg a Professor Luís Juvandes des. Aula 31/10/2000