Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos

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Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
Programa Anual de Treinamento
Rio de Janeiro
2010
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 – Centro – 20021 – 120 – Rio de Janeiro, RJ - Brasil
Programa Anual de Treinamento – PAT/2010
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
Coordenação de Treinamento e
Aperfeiçoamento - ENCE/CTA
Sandra Furtado de Oliveira – Coordenadora
Adilson Ribeiro da Silva – gerente EAD
Luciene Ribeiro Galart – Gerente de Treinamento
Impressão
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
– CDDI
Capa
Coordenação de Marketing – CDDI/COMAR
Rita de Cássia Macedo Villas Boas – Gerente do CDHP
Pesquisa e elaboração do material didático
Coordenação de cursos
Claudio João Barreto dos Santos DGC/CCAR)
Bruno Taranto Malhieors
Luís Antônio Xavier (DGC/CCAR)
Luiz Felipe D’Alberto Louzada
Márcia de Almeida Mathias (DGC/CCAR)
Silvana Teresa T. Britto Ramos
Rafael Balbi Reis (DGC/CCAR)
Teresinha Milanez Pinheiro
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Índice – Sessão 1
Capítulo 1: Introdução
4
1.1 Sistema de Informação Geográfica (SIG)
4
1.2 SIGxCAD
5
1.3 Open Source / Software livre
6
Capitulo 2: Quantum GIS (QGIS)
7
2.1 Sobre o QGIS
7
2.2 Baixando o QGIS
7
Capitulo 3: Iniciando o QGIS
8
3.1 Configurações do Projeto
8
3.2 Opções do Projeto
10
Capitulo 4: Camada Vetorial
12
4.1 Abrindo uma camada vetorial.
12
4.2 Ligando, desligando e removendo a camada vetorial
13
4.3 Tabela de Atributo
15
4.4 Propriedades da camada vetorial
17
4.4.1 Simbologia
18
4.4.2 Rótulos
21
Capitulo 5: Camada Raster
24
5.1 Abrindo uma camada raster.
24
5.2 Propriedades da camada raster
25
5.2.1 Simbologia
25
5.2.2 Transparência
26
5.2.3 Pirâmides
28
Capitulo 6: Edição
29
6.1 Digitalizando um novo arquivo vetorial
29
6.2 Abrindo a edição
30
6.3 Selecionando, movendo e excluindo na edição vetorial
31
Capitulo 7: Trabalhando com GPS no QGIS
35
7.1 GPS BABEL
35
7.2 GPS Trackmaker
38
7.2.1 Baixando waypoints
40
7.2.2 Baixando trilhas
41
7.2.3 Salvando em GPX
42
Capitulo 8: ADGV e EDGV na escala 1:250.000
47
Referência Bibliográfica
60
3
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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
A cartografia vem passando por uma série de transformações nos últimos anos. A
principal mudança ocorrida foi a inserção de novas tecnologias na produção de mapas, com o
advento da cartografia digital. Surgem ferramentas importantes como o Sensoriamento
Remoto, o GPS, o Geoprocessamento, o Modelo Digital de Elevação (MDE), entre outras que
passam a ser conhecidas como geotecnologias. Estas tecnologias vêm influenciando de
maneira crescente diversas áreas de estudo, principalmente as referentes à análise de recursos
naturais,
monitoramento
costeiro,
cartografia,
transporte,
comunicação,
energia
e
planejamento urbano e regional. Com o potencial crescente pela redução de custos,
ampliação de bases e conhecimentos específicos e a estrutura de armazenamento de dados
1. 1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)
As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de
Informação Geográfica (SIG), permitem a realização de análises complexas, ao integrar dados
de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados, possibilitando ainda, a
geração de documentos gráficos, cartográficos e/ou temáticos. Estes sistemas possuem a
particularidade de armazenar e tratar a informação geográfica, ou seja, que se encontra
posicionada no espaço geográfico através de coordenadas referenciadas a um sistema
cartográfico conhecido.
A necessidade de se armazenar não só a geometria dos elementos geográficos, mas
também seus atributos não-gráficos (características gerais), é plenamente atendida pelas
estruturas de armazenamento disponíveis nestes sistemas. Os bancos de dados geográficos
criados para este fim possuem desta forma, funções de armazenamento e de recuperação da
informação espacial, seja através da efetuação de consultas do banco para o mapa, como do
mapa para o banco.
Para que a base gerada possa de fato atender às necessidades levantadas, é
extremamente importante Construir modelo de organização das informações a serem
incorporadas ao SIG de modo a permitir uma ótima correspondência entre os objetos
geográficos coletados e os atributos relevantes para entendimento do espaço geográfico.
Neste processo, parte-se do levantamento cuidadoso das entidades e relacionamentos mais
importantes do mundo real, a serem modeladas nos universos conceitual, de representação e
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de implementação, considerando sempre as especificidades de cada sistema e usuário final. O
mercado está repleto de opções variadas, que devem ser consideradas ponderadamente, diante
das necessidades reais e projetadas de cada usuário.
1.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS & CADD
Na cartografia, os primeiros sistemas automatizados, que permitiam o tratamento de
dados espaciais, se limitavam à reprodução de mapas. Era o surgimento dos sistemas CADD
(Projeto e Desenho Assistido por Computador), que revolucionaram o processo de produção
de projetos gráficos muito utilizados nas áreas de Engenharia e Arquitetura.
O conceito de SIG, desenvolvido originalmente nos anos 60, surgiu como algo muito
mais abrangente do que se conhecia até então. A proposta era a de não se limitar à
automatização das funções de desenho, como nos CADD, mas permitir sobreposições,
combinações e análises topológicas de diversos tipos de dados sobre uma área; associando
ainda, atributos gráficos e não-gráficos de recursos cartográficos.
Não há dúvidas de que um sistema de automação de mapeamentos facilita a
manipulação de elementos da representação cartográfica, e por conta disto, otimiza a análise
espacial empreendida pelo intérprete do mapa, mas isto não faz dele, em absoluto, um SIG.
Complicando ainda mais, o desenvolvimento dos SIG ao longo destas décadas, passou
por vários estágios de evolução, conforme a ciência computacional também foi evoluindo, e
oferecendo maiores facilidades para a implementação de sistemas mais complexos. Acontece
que estas mudanças ocorrem muito mais rapidamente que a aceitação e compreensão da
comunidade de usuários, a nível científico, empresarial ou governamental.
Desta forma, quando conceituamos o termo SIG, em toda a sua plenitude, considerando
suas atuais potencialidades, nos deparamos com sérios problemas de caracterização dos
sistemas em uso. Isto é, em muitos casos, já não é tão clara a distinção entre SIG e CADD,
que por sua vez, também vem sofrendo evoluções.
Mas, o que distingue e caracteriza os SIGs? Esta pergunta deve ser respondida à luz do
fato de que as informações são de natureza geográfica e que nos fundamentos da ciência
geográfica, deve-se buscar o sentido de um SIG como uma poderosa ferramenta da análise
espacial. O espaço, questão tão cara à ciência geográfica, encerra o elemento que faz dos
SIGs sistemas particulares de informação.
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As análises espaciais e espaço-temporais, capazes de depreender e explicar os
mecanismos que definem a interação espacial do binômio sociedade-natureza, a partir da
integração de diversos dados, geográficos e alfanuméricos, das mais variadas origens,
qualificam os SIGs. A visão holística dos problemas, a possibilidade de promover avaliações
e diagnósticos, simulações e previsões, em suma, a condução dos processos de tomada de
decisão que implicam nas alterações do espaço geográfico faz dos SIGs poderosos e
multiperspectivos sistemas de informações.
1.3 OPEN SOURCE OU SOFTWARE LIVRE
O mercado está repleto de opções variadas de softwares e produtos, que devem ser
consideradas ponderadamente, diante das necessidades reais e projetadas de cada usuário. O
custo de um produto SIG atualmente é muito elevado, o que pode comprometer todo um
orçamento de um projeto de pesquisa. Em contrapartida, hoje temos a difusão do chamado
software livre.
Software livre ou Open Source são aqueles que o código fonte do software é distribuído
e os termos de licença permitem que o software seja modificado e redistribuído com as
mesmas liberdades do software original.
Além do custo baixo, ou quase nulo, os softwares livres apresentam as seguintes
vantagens:
-
Acesso dos usuários as ferramentas SIG
-
No caso do IBGE, disseminação das técnicas de reambulação nas unidades
descentralizadas.
-
Disponibilidade cada vez maior de insumos
6
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CAPITULO 2: Quantum GIS
2.1 SOBRE O QGIS
O Quantum GIS (QGIS) é um amigável sistema de informação geográfica open
source. O QGIS é um projeto ofical da Open Source Geospatial Foundation (OSGEO). É um
software que roda em diferentes sistemas operacionais (Linux, Windows, Mac,etc) e suporta
arquivos vetoriais, do tipo raster, banco de dados e possui várias funcionalidades QGIS
fornece um continuo número de atualizações e funcionalidades através de plugins e
downloads.
No QGIS podemos visualizar, manusear, editar, analisar arquivos e montar mapas par
impressão.
O QGIS é um projeto voluntário que funciona com a contribuição de usuários
informando sobre problemas que possam ocorrer durante o processo
de utilização do
software.
2.2 BAIXANDO O QGIS
O software pode ser encontrado no site www.qgis.org. No site você encontra a opção para
download, além de informações e discussões sobre o programa. A figura 1 abaixo mostra o
site no seu layout atual.
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CAPITULO 3: INICIANDO O QGIS
3.1 CONFIGURAÇÕES DO PROJETO
Para iniciar o QGIS no Windows XP basta clicar no Ícone do programa
ou ir em Iniciar/ Todos os Programas/ Quantum Gis Tethis/ Quantum Gis 1.5.0, que é a
ultima versão disponível para download.
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Tela inicial do QGIS
As barras de ferramentas que aparecem na tela inicial podem ser editadas, para isso
basta clicar com o botão direito no mouse sobre a parte superior do programa. As barras de
ferramentas são importantes para manusear dos dados.
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3.1 OPÇÕES DO PROJETO
Antes de iniciar um projeto é importante ajustar suas configurações para entrada e
edição dos dados. Para acessar as configurações do projeto: ir à aba Configurações/
Propriedades do Projeto localizado na parte superior da tela inicial
Ao clicar nas propriedades do projeto a seguinte janela de interface irá se abir:
Nesta Janela podem ser configurados o nome do projeto, definição de cores para
seleção de elementos, sistema de referência de coordenadas, unidades de medidas do mapa,
tolerâncias para edição.
Outra
forma
de
ajustar
as
configurações
é
através
das
opções
–
Configurações/Opções.Onde encontramos separados por sessões
•
Geral
•
Restituição & SVG
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•
Ferramentas de Mapa
•
Sobrepõe
•
Digitalizar
•
SRC
•
Região
•
Rede & Proxy
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CAPITULO 4: CAMADA VETORIAL
A camada vetorial é um tipo de arquivo digital para representação da informação
espacial, onde a primitiva geométrica pode ser representada por pontos, linhas e polígonos.
4.1 ABRINDO UMA CAMADA VETORIAL.
Para abrir uma camada vetorial no QGIS o usuário deve clicar no ícone
na
barra de ferramentas gerenciado de camadas ou ir na aba Camada/Adicionar camada vetorial
(CTRL+SHIFT+V), localizada na parte superior do programa.
Ao clicar no ícone a seguinte janela irá se abrir:
Selecione a opção de arquivo, para adicionar uma camada do tipo shapefile basta
clicar no botão Exibir.Lembrando que este procedimento serve para pontos, linhas e
polígonos.
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Existem inúmeros tipos de arquivos que são suportados pelo QGIS selecione o
arquivo desejado e clique em Abrir
4.2 LIGANDO, DESLIGANDO E REMOVENDO, A CAMADA VETORIAL
A) Ligando e desligando
Para habilitar ou desabilitar uma camada que esteja inserida no projeto. Clique no
quadrado (
) ao lado do nome da camada.
Outra opção é ir pela aba Camada/Mostrar todas as camadas ou Camada/Ocultar
todas as camadas
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B) Remover
Para remover uma camada vetorial do projeto, clique com o botão direito sobre o
nome do arquivo que deseja remover ou clique no ícone
na barra de gerenciar camadas
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Ou ainda pela aba Camada/Remover camadas (Ctrl+D)
4.3 TABELA DE ATRIBUTOS
A tabela de atributos é onde fica armazenada toda a informação da camada vetorial.
Ela é responsável pelas informações geográficas contidas na camada vetorial e na
representação de diferentes tipos de mapas.
Existem 3 formas de acessar a tabela de atributos da camada vetorial.
•
O primeiro é através do ícone
•
A segunda opção é clicando com o botão direito do mouse sobre o nome da
na barra de ferramentas ATRIBUTOS.
camada que você deseja consultar a tabela de atributos.
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•
A terceira é acessando a aba Camada/Abrir tabela de atributos
Como dito anteriormente, no SIG podemos trabalhar com uma relação entre o mapa e o
banco de dados. Na tabela de atributos vamos encontrar algumas informações que nos ajudam
a perceber essas interações. Através da tabela podemos, observar o total de feições, fazer
consultas, apagar feições etc.
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Tabela de Atributos
4.4 PROPRIEDADES DA CAMADA VETORIAL
A propriedade da camada vetorial contém as funções para alterar a simbologia e suas
características gerais, rotular, consultar metadados e atributos, entre outros.
Para acessar as propriedades clique com o botão direito sobre a camada ou aplique um
duplo clique sobre a camada.
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4.4.1 Simbologia
Na simbologia podemos alterar o tipo de representação do arquivo (espessura, largura,
cor, etc) além de acessar e adicionar as informações contidas na tabela de atributos e usá-la na
representação da camada vetorial. No tipo de legenda observa-se quatro maneiras de
classificar de um dado espacial:
1) Símbolo Simples – é a representação única para todos os elementos da camada
vetorial
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2) Símbolo Graduado – Usado para dados quantitativos. Utiliza modelos estatísticos na
classificação.
3) Cor Contínua – Utiliza dados quantitativo na classificação. Divide os dados em duas
classes: Valor Máximo e Valor Mínimo
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4) Valor Único – Utiliza dados quantitativos e qualitativos. Este tipo classificação aplica uma
cor /valor único para cada registro da sua tabela.
Existe ainda a possibilidade de se criar uma nova simbologia. Nesta opção, o usuário pode
criar novos símbolos para representar a camada vetorial.
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4.4.2 Rótulos
A função de rótulos é utilizada para colocar no mapa as informações contidas na tabela
de atributos. Os rótulos, no caso atributos, podem ser alocados no mapa com diferentes tipos
de fonte, cor, tamanho e posição
Esta função pode ser acessada na propriedade da camada:
Ou ainda clicando no ícone
encontrada na barra de atributos. Ao clicar no ícone
uma nova janela de interface vai estar disponível para o usuário. Para rotular uma camada
vetorial o usário deve marcar a opção Rorular esta camada e escolher qual campo, dentro da
tabela de atributo, o usuário quer que apareça no mapa – Campo com rótulos
Exemplo: Nome, código, etc.
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Cabe ressaltar que, tanto atributos qualitativos, como atributos quantitativos podem ser
rotulados.
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Exemplo: Nome dos Trecho de Drenagem aparecendo no mapa
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CAPITULO 5: CAMADA RASTER
O raster é um arquivo matricial, isto é, significa que a forma do objeto é construída a
partir de um conjunto de pontos num grid. O posicionamento dos objetos geográficos é dado a
partir do cruzamento das linhas e colunas que ocupam. Cada célula armazena um valor ou
atributo, que classifica o tipo do objeto representado. Adequado para armazenar e manipular
imagens de sensoriamento remoto e modelos digitais de elevação (MDE), por exemplo.
5.1 ABRINDO UMA CAMADA RASTER.
Para abrir uma camada raster no QGIS clique no ícone
na barra de gerenciamento,
ou pelo caminho Camada/Adicionar camada raster..(CTRL+SHIFT+R).
Ao clicar na opção a seguinte janela se abrirá
Selecione um arquivo com extensão de imagem (*.Tiff, *.Geotiff, *.Img, etc) e clique
em abrir.
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5.2 PROPRIEDADES DA CAMADA RASTER
Da mesma forma como a camada vetorial, a camada raster também possui uma caixa de
propriedades. A lógica de acesso para essas propriedades é a mesma da camada vetorial, ou
seja, clicando com o botão direito sobre o nome da imagem ou dando um duplo clique sobre o
mesmo.
Nas propriedades da camada raster podemos alterar:
•
Simbologia e contraste da imagem;
•
Transparência;
•
Mapa de cores;
•
Características gerais do arquivo como metadados;
•
Construir pirâmides e mexer no histograma.
5.2.1 Simbologia
Na parte da simbologia o usuário tem a capacidade de alterar o sistema de cores de
uma imagem, optando em representar na forma de composição colorida ou em escalas de
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cinza. O usuário pode alterar o contraste de imagens que apresentem tonalidades e brilho que
dificultam a identificação de feições na imagem
5.2.2 Transparência
Como o próprio nome já diz, esta parte serve para deixar a camada raster transparente
com relação a outras camadas, esta ferramenta é muito utilizada quando existe sobreposição
entre camadas distintas. Também serve para retirar os valores de fundo da imagem (back
ground value). Para retirar os valores de fundo, basta digitar 0 (zero) no espaço Sem valores
de dados localizado no canto esquerdo superior.
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Exemplo de imagem com e sem valores de fundo
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5.2.3 Pirâmides
Rasters de alta resolução podem tornar lenta a navegação no QGIS Ao criar cópias de
baixa resolução (pirâmide) poderá haver um ganho em desempenho, pois o QGIS selecionará
a resolução de acordo com o nível de aproximação. Você deve ter acesso de escrita na pasta
onde está a imagem original para criar pirâmides.
Para construir as pira,ides, basta escolher a resolução desejada e clicar na opção
Construir pirâmides
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CAPITULO 6: EDIÇÃO
6.1 DIGITALIZANDO UM NOVO ARQUIVO VETORIAL
Para criar um novo arquivo vetorial o usuário deve clicar no ícone
, este ícone
possibilita a criação de um novo arquivo shape (*.shp). Antes de digitalizar a nova camada é
necessário definir alguns parâmetros como:
•
Tipo de primitiva geométrica (ponto/linha/polígono);
•
O sistema de coordenada do arquivo;
•
E informar os atributos que irão compor esta nova camada. Lembrando que os
atributos podem ser números, textos ou alfanuméricos
Definidas as configurações, clique em OK dar um nome de saída e Gravar o arquivo na
pasta desejada
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6.2 ABRINDO A EDIÇÃO
da barra digitalizar. A
Para abrir a edição de uma camada vetorial clique no ícone
edição só pode realizada camada a camada. Com a edição aberta clicar no ícone de captura de
ponto
, linha
ou polígono
e digitalizar a feição desejada. Outra opção
para digitalizar é através da aba Editar/Capturar Ponto (Ctrl+.), Linha (Ctrl+/), Polígono
(Ctrl+ Shift+/), essa opção só vai funcionar com a edição aberta
.
Para editar os pontos:
•
Clicar com o botão esquerdo do mouse na posição desejada
30
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•
preencher os atributos
Para editar linhas e polígonos:
•
digitalização com o botão esquerdo
•
aplicar duplo click no botão direito para finalizar a digitalização.
•
preencher os atributos do campo
6.3 SELECIONANDO, MOVENDO E EXCLUINDO NA EDIÇÃO VETORIAL
A) Selecionar
Para selecionar um arquivo clicar no ícone
.Com a ferramenta selecionada basta
clicar em cima da feição desejada. Para deselecionar as feições clicar no ícone
ou
clicando fora da área da camada. Outro caminho para executar a função é pela aba
Exibir/Selecionar Feições e Exibir/ Deselecionar feições de todas as camadas.
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Exemplo
B) Mover
Para poder mover/ deslocar uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta
(
), Clique no botão
ou Editar/ Mover feições.
Com a ferramenta selecionada basta clicar em cima da feição, segurar e arrastar para
posição desejada.
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C) Excluir
Para excluir uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta (
feição deve estar selecionada (
), clique no botão
) ea
ou Editar/ Excluir seleção.
Obs1: As ferramentas de exclusão também podem ser acessadas pela tabela de atributos
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Obs2: O comando DESFAZER é dado pela tecla de atalho Ctrl+Z e o comando
REFAZER pelas teclas Ctrl+Shift+Z ou Editar/ Desfazer - Editar /Refazer
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CAPITULO 7: TRABALHANDO COM GPS NO QGIS
O QGIS possui muitos plug-ins que podem ser baixados gratuitamente na internet. Uma
das opções para se trabalhar com GPS no QGIS é baixando um desses plug-in. O GPSBABEL
é o programa recomendado, pelos criadores do software, para se trabalhar com GPS no QGIS.
7.1 GPS BABEL
Para baixar o GPSBABEL, o usuário deve acessar o site www.gpsbabel.org ir na opções
de download e baixar o aplicativo.
O aplicativo pode ser usado dentro ou fora do QGIS, ele funciona como um conversor
de dados de diferentes modelos de GPS.
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Tela Inicial do GPS Babel
Para que o QGIS consiga enxergar a ferramenta é necessário instalar o caminho do
aplicativo no sistema no Windows.
O usuário deve ir em MEU COMPUTADOR clicar com botão direito propriedades do
sistema.
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Procurar a aba Avançado/Variáveis de Ambiente/ Variáveis do sistema/ Path/ Editar
Na opção de editar digitar C:\Arquivos de programas\GPSBabel e aplicar OK.
Para abrir a ferramenta de GPS no QGIS clique no ícone
da barra de gerenciar
camadas ou pelo caminho Complementos/GPS/ Ferramenta de GPS
A janela Ferramenta de GPS irá se abri
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Nesta janela de interface o usuário poderá:
•
Carregar um aqruivo GPX
•
Importar outro tipo de arquivo GPS
•
Descarregar os dados do GPS - em fase de teste
•
Carregar os dados dentro do GPS - - em fase de teste
•
Converter o Arquivo GPX
7.2 GPS trackmaker
Devido a facilidade das equipes de campo em manusear e trabalhar com este software e
a falta de comunicação, até o memento, com os GPS Magellan, foi pensando em uma solução
para utilização da versão grátis (gpstrackmaker 13.7) encontrada disponível para download no
site www.trackmaker.com
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Na versão grátis pode ocorrer de não estar disponível alguma versão ou modelo de GPS,
ou ainda, não ter a possibilidade de realizar a interface com os aparelhos por falta de um cabo
serial, nestes dois casos os dados podem ser baixados como um pen-drive.
Exemplo:
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7.2.1 Baixando waypoints
Para baixar os Waypoints do Magellan Explorist, acesse disco removível/ os meus
POIs/ *.upt
Esta opção irá habilitar apenas os pontos contidos no GPS
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7.2.2 Baixando trilhas
Para baixar as trilhas do Magellan Explorist, acesse disco removível/ registro dos
traçados/ *.log
Esta opção irá habilitar apenas as trilhas contidos no GPS
41
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7.2.3 Salvando em GPX
Para abrir os arquivos do GPS no QGIS é necessário salvar os dados em *.GPX. O GPS
trackmaker consegue salvar as trilhas e os pontos em único arquivo GPX.
Após abrir uma das camadas clique em Arquivo/Unir Arquivos (Ctrl+M);
As duas camadas deverão estar ligadas na tela para transformação para o formato GPX
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Com as duas camadas abertas clicar opção Arquivo/Salvar Arquivo Como/*.GPX
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Depois do arquivo GPX salvo, para abri-lo no QGIS o usuário poderá abrir o arquivo de
duas maneiras:
•
1) Como uma camada vetorial, usando o mesmo procedimento do capitulo 4
Neste caso, o usuário deverá escolher qual o tipo de camada que ele quer abrir –
waypoint, tracks, routes track_points ou route_points. Conforme ilustração abaixo
44
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
•
2) Abrir o arquivo GPX pela Ferramenta de GPS,
Complemneto/GPS/Ferramenta de GPS/ Carregar arquivo GPX
Neste caso, ao selecionar o arquivo, antes de dar OK o usuário pode selecionar qual
camada deseja visualizar no mapa
45
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
O resultado pode ser visto na ilustração abaixo
46
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
CAPITULO 8: ADGV E EDGV NA ESCALA 1:250.000
Classes de objetos geoespaciais de possível ocorrência nas escalas do
mapeamento sistemático terrestre
1- Hidrografia
CLASSE
Oceano
Baía
Enseada
Massa_
Dagua
Meandro
Abandonado
Lago/Lagoa
Represa/Açude
Rio
Trecho_
Massa_
Dagua
Canal
Represa/Açude
Laguna
Limite_Massa_
Dagua
Trecho_Drenagem
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
1:250.000
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
-
Linha
X
-
-
Linha
X
-
-
CRITÉRIO/
OBS
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
Largura ≥ 0,8 mm
Largura ≥ 0,8 mm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 5 X 5mm
-
Todos trechos
drenagem
permanentes
devem ser
adquiridos e os
temporários
só deverão quando
possuírem:
comprimento ≥ 2
cm, possuir nome
próprio ou obrade-arte construída
que deva ser
representada
-
47
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Ponto
-
Ponto_Drenagem
Barragem
Ponto
X
Linha
X
Polígono
-
Ponto
-
Linha
-
Ponto
-
-
Ponto
X
Linha
X
Polígono
Ponto
Ponto
Ponto
X
X
Linha
X
Polígono
Ponto
-
X
X
-
Ponto
X
Linha
X
Polígono
Ponto
Linha
Polígono
Ponto
X
X
Linha
X
Polígono
Ponto
-
X
X
-
Polígono
X
Comporta
Sumidouro_
Vertedouro
Queda_Dagua
Fonte_Dagua
Ponto_Inicio_
Drenagem
Foz_Maritima
Confluencia
Corredeira
Natureza_Fundo
Ilha
Rocha_Em_
Agua
Ponto
X
Largura ≤ 0.40
mm na escala
Largura ≥ 0.40
mm na escala
Largura do
Trecho_Massa_Da
gua ≤ 0,80 mm
Largura do
Trecho_Massa_D
Agua ≥ 0,80 mm
Largura do
Trecho_Massa_Da
gua ≤ 0,80 mm
Largura do
Trecho_Massa_Da
gua ≥ 0,80 mm
Área ≥ 0.8 X 5mm
Válido para
qualquer
tipoFonteDagua
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 X 5mm
Largura do
Trecho_Massa_Da
gua ≤ 0,80 mm
Largura do
Trecho_Massa_Da
gua ≥ 0,80 mm
Área ≥ 0,8 X 5mm
Largura ≤ 5 mm e
Comprimento > 5
mm
Área ≥ 5 X 5mm
Conjunto de
objetos adquiridos
em escala
-
48
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Linha
Polígono
Banco_Areia
Linha
Polígono
-
Quebramar_Molhe
Terreno_Sujeito_
Inundacao
Area_Umida
Linha
X
X
X
Polígono
-
-
Polígono
X
Polígono
-
Reservatorio_
Hidrico
X
Polígono
Linha
Polígono
X
-
X
Largura < 0,4mm
e Comprimento >
2cm
Área ≥ 5 X 5mm
Largura < 0,4mm
e Comprimento >
2cm
Área ≥ 5 X 5mm
Largura < 0,4mm
e Comprimento >
2cm
Área ≥ 5 X 5mm
Área ≥ 10 X
10mm
Área ≥ 10 X
10mm
Desde que o
Trecho_Massa_Da
gua correspondente
seja adquirido
X
X
2- Relevo
CLASSE
Curva_Nivel
Curva_Batimetrica
Ponto_Cotado_Altimetrico
Ponto_Cotado_Batimetrico
Elemento_Fisiografico_Natural
Dolina
Duna
PRIMITIVA
1:250.000
GEOMÉTRICA
Linha
X
Linha
X
Ponto
X
Ponto
X
Ponto
X
Linha
X
Polígono
X
Ponto
-
-
Polígono
-
Ponto
-
X
-
CRITÉRIO/
OBS
-
-
-
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 10 X
10mm
Área ≥ 10 X
10mm
-
49
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Gruta_Caverna
Pico
Rocha
Terreno_Exposto
Alteracao_Fisiografica_
Antropica
Polígono
X
Ponto
Ponto
Ponto
-
X
-
Polígono
-
-
-
Polígono
X
Linha
X
Polígono
-
Área ≥ 10 X
10mm
-
Área ≥ 10 X
10mm
Área ≥ 10 X
10mm
Área ≥ 10 X
10mm
3- Vegetação
Os elementos de vegetação existentes dentro de áreas edificadas, destruídas e abandonadas devem ser
omitidos, exceto nas escalas de 1:25.000 e 1:50.000.
4- Sistema de Transportes
CLASSE
Trecho_Rodoviario
Identificador_
Trecho_Rodoviario
Ponto_Rodoviario
Travessia
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Linha
Ponto
Ponto
Ponto
1:250.000
X
X
X
X
Linha
X
Polígono
-
Ponto
X
Linha
X
Ponto
X
Galeria_Bueiro
Linha
-
Entroncamento
Ponto
Ponto
X
X
Linha
X
Ponto
X
Linha
X
Tunel
Ponte
Passagem_
Elevada_Viaduto
CRITÉRIO/
OBS
Largura ≥ 3 mm
-
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
50
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
-
-
-
-
-
Polígono
Ponto
Polígono
X
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
Ponto
-
-
-
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
-
Largura ≤ 3 mm e
Linha
X
-
-
Comprimento ≥ 10
mm – exceto em
áreas pouco densas
de rede viária
Ciclovia
Linha
-
Arruamento
Linha
-
Ponto
-
Linha
-
Linha
Ponto
Ponto
Ponto
Polígono
Linha
Ponto
X
X
X
X
X
Linha
-
Ponto
X
Cremalheira
Linha
-
Trecho_Duto
Linha
Ponto
-
X
-
Area_Estrut_
Transporte
Patio
Edif_Rodoviaria
Trilha_Picada
Travessia_
Pedestre
Trecho_
Ferroviario
Ponto_
Ferroviario
Girador_
Ferroviario
Edif_Metro_
Ferroviaria
Caminho_Aereo
Funicular
Ponto_Duto
Área ≥ 5 x 5mm
-
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
-
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
-
Comprimento ≥ 5
mm
-
51
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Area_Duto
Local_Critico
Condutor_Hidrico
Pista_Ponto_Pouso
Edif_Constr_Aeroportuaria
Trecho_Hidroviario
Ponto_Hidroviario
Eclusa
Edif_Constr_Portuaria
Atracadouro
Fundeadouro
Obstaculo_Navegacao
Sinalizacao
Faixa_Seguranca
Passagem_Nivel
Posto_Combustivel
Polígono
Ponto
X
Linha
X
Polígono
-
-
Linha
X
Ponto
X
Linha
X
Polígono
Ponto
Polígono
Linha
Ponto
Ponto
X
-
Linha
-
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
X
X
Linha
X
Polígono
Ponto
X
Linha
X
Polígono
Ponto
X
Linha
X
Polígono
Ponto
-
X
-
Polígono
Ponto
Ponto
Polígono
X
X
-
X
X
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
A ser fornecido
pela ANTAQ
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 10 x 10mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 10 x 10mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5m
Área ≥ 5 x 5m
Área ≥ 5 x 5m
52
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Linha
Polígono
X
X
CLASSE
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
1:250.000
Area_Energia_Eletrica
Polígono
X
Edif_Energia
Ponto
Polígono
-
Ponto
X
Linha
X
Polígono
X
Ponto
X
Linha
X
Polígono
X
Ponto
-
X
-
Polígono
Ponto
-
-
Linha
X
-
-
Polígono
Ponto
-
-
-
-
5- Energia e Comunicações
Est_Gerad_Energia_Eletrica
Hidreletrica
Termeletrica
Subest_Transm
Distrib_Energia_Eletrica
Ponto_Trecho
Energia
Trecho_Energia
Zona_Linhas
Energia_Comunicacao
Torre_Energia
Area_Comunicacao
Edif_Comunic
Antena_Comunic
Torre_Comunic
Grupo_Transformadores
CRITÉRIO/
OBS
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Agregador
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
-
-
-
-
Polígono
X
Área ≥ 5 x 5mm
Ponto
Polígono
-
-
Ponto
Ponto
Ponto
Polígono
X
X
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
Área ≥ 5 x 5mm
53
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Linha
Polígono
X
X
6- Abastecimento de Água e Saneamento Básico
CLASSE
Area_Abast_Agua
Edif_Abast_Agua
Dep_Abast_Agua
Complexo_Saneamento
Area_Saneamento
Edif_Saneamento
Dep_Saneamento
Cemiterio
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
1:250.000
-
CRITÉRIO/
OBS
Área ≥ 5 x 5mm
Ponto
-
-
Polígono
Ponto
Polígono
-
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
-
-
-
Polígono
Ponto
-
-
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Ponto
-
-
Polígono
-
Ponto
Polígono
Linha
Polígono
X
X
X
Agregador
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
7- Educação e Cultura
CLASSE
Area_Ensino
Edif_Ensino
Area_Religiosa
Edif_Religiosa
Area_Lazer
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
-
1:250.000
CRITÉRIO/
OBS
-
-
-
-
Polígono
X
Ponto
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
Polígono
Polígono
X
Ponto
-
Polígono
-
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
54
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Edif_Const_Lazer
Piscina
Campo_Quadra
Edif_Const_Turistica
Area_Ruinas
Ruina
Pista_Competicao
Arquibancada
Coreto_Tribuna
Polígono
Ponto
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
-
X
X
-
Linha
-
-
-
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
8- Estrutura Econômica
CLASSE
Area_Comerc_Serv
Edif_Comerc_Serv
Deposito_Geral
Area_Industrial
Edif_Industrial
Area_Ext_Mineral
Ext_Mineral
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
Ponto
Polígono
1:250.000
-
Ponto
-
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
Polígono
Ponto
-
X
X
-
CRITÉRIO/
OBS
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
-
55
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Edif_Ext_Mineral
Plataforma
Area_Agropec_Ext_Vegetal_
Pesca
Edif_Agropec_Ext_Vegetal_
Pesca
Equip_Agropec
Polígono
Ponto
Polígono
X
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
-
Área ≥ 5 x 5mm
Ponto
Polígono
X
-
Área ≥ 5 x 5mm
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
X
-
Linha
-
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
9- Localidades
CLASSE
Cidade
Capital
Vila
Area_Urbana_
Isolada
Aglomerado_Rural_De_
Extensão_Urbana
Aglomerado_Rural_Isolado
Area_Edificada
Aldeia_Indigena
Hab_Indigena
Area_Habitacional
Edif_Habitacional
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
1:250.000
X
X
-
CRITÉRIO/
OBS
Agregador
Agregador
Agregador
Área ≥ 5 x 5mm
Agregador
Agregador
Área ≥ 5 x 5mm
Agregador
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
56
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Nome_Local
Posic_Geo_Localidade
Edificacao
Ponto
Ponto
Ponto
Polígono
X
X
-
A ser fornecido
pelo IBGE
Área ≥ 5 x 5mm
10- Pontos de Referência
11- Limites
CLASSE
Marco_De_Limite
Linha_De_Limite
Limite_Politico_
Administrativo
Limite_Intra_Municipal_
Administrativo
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Ponto
Linha
Linha
1:250.000
X
X
X
-
-
Linha
X
-
-
Linha
X
-
-
Linha
X
-
-
-
-
Linha
-
Polígono
Linha
-
X
-
Limite_Operacional
Outros_Limites_Oficiais
Limite_Particular
Area_De_Propriedade_
Particular
Limite_Area_Especial
Pais
Polígono
X
-
-
CRITÉRIO/
OBS
-
A ser fornecido
pelo IBGE ou
CBDL (se
internacional).
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes,
exceto para “Costa
visível da carta”,
que será obtido na
aquisição
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
Comprimento ≥ 5
mm
Área ≥ 5 x 5mm
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelo IBGE ou
CBDL
(Internacional) ou
criado com base na
classe
Limite_Politico_
Administrativo .
-
57
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Municipio
Distrito
Sub_Distrito
Regiao_Administrativa
Bairro
Area_De_Litigio
Delimitacao_Fisica
Unidade_Uso_Sustentavel
Unidade_Protecao_Integral
Unidade_Conservacao_Nao_
Snuc
Outras_Unid_Protegidas
Terra_Publica
Area_Uso_
Comunitario
Area_Desenvolvimento_
Controle
Terra_Indigena
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
Polígono
-
X
X
X
X
-
Linha
-
Ponto
Polígono
X
X
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes.
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes.
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
Área ≥ 5 x 5mm
Comprimento ≥ 5
mm
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
A ser fornecido
pelos Órgãos
competentes
1:250.000
CRITÉRIO/
OBS
12- Administração Pública
CLASSE
Area_Pub_Civil
Edif_Pub_Civil
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
Ponto
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
58
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Posto_Fiscal
Area_Pub_Militar
Edif_Pub_Militar
Posto_Pol_Rod
Ponto
Polígono
Polígono
Ponto
Polígono
Ponto
Polígono
Linha
Polígono
X
X
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
13- Saúde e Serviço Social
CLASSE
Area_Saude
Edif_Saude
Area_Servico_
Social
Edif_Servico_
Social
PRIMITIVA
GEOMÉTRICA
Polígono
Ponto
Polígono
Polígono
1:250.000
-
CRITÉRIO/
OBS
Área ≥ 5 x 5mm
Área ≥ 5 x 5mm
Ponto
-
Área ≥ 5 x 5mm
-
Polígono
-
Área ≥ 5 x 5mm
59
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CRUZ, Carla B M., Apostila de Geoprocessamento In:Curso de Geografia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro 2000.
DIRETORIA DE SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO - DSG. Especificação Técnica
para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-ADGV v1.0). 2009
GPS BABEL. Manual. In www.gpsbabel.org , ultimo acesso em 14/09/2010
GPS TRACKMAKER. Manual. In www. http://www.trackmaker.com, ultimo acesso em
14/09/2010
/MARANHÃO. Marcelo R de A., Possibilidades de uso de software livre para retificação
de imagens. In: XXIV Congresso Brasileiro de Cartografia/II Congresso Brasileiro de
Geoprocessamento/XXIIExposicarta, Aracaju, Sergipe, 2010
QUANTUM GIS, Manual, In: www.qgis.org ultimo acesso em 14/09/2010
60
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
ÍNDICE- Sessão 2
INTRODUÇÃO
À
PADRONIZAÇÃO
GEOGRÁFICOS..........................................................62
NOMES
CARTOGRÁFICOS............................86
DE
NOMES
GEOGRÁFICOS/TOPÔNIMOS/TOPONÍMIA/NOMES
UM POUCO DE SEMÂNTCA...........................................................................................................................88
QUESTÕES DE LINGUÍSTICA ....................................................................................................................... 90
COMPOSIÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS .......................................................................................................... 90
GRAFIA DOS TOPÔNIMOS OFICIAIS ......................................................................................................... 91
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS ................................................................................................... 91
A GRAFIA DOS NOMES COMPOSTOS ........................................................................................................ 92
ABREVIAÇÃO.................................................................................................................................................... 94
NOMES PRÓPRIOS........................................................................................................................................... 95
APÓSTROFO ...................................................................................................................................................... 95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................96
61
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
PADRONIZAÇÃO DOS
NOMES GEOGRÁFICOS E
CONCEITOS
Claudio João Barreto dos Santos
CURSO ENCE
IBGE
DGC – COORDENAÇÃO DE CARTOGRAFIA
AGOSTO 2010
Fonte: Curso ONU
- Ormelling
Justificativa
Os nomes geográficos
patrimônio cultural;
refletem o histórico dos
padrões de ocupação;
diversidade linguística;
qualidade para as informações
cartográfica;
carecem de padronização.
62
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Fundamentação Teórica
•
O conceito de Lugar: locação, referenciamento geográfico,
individualização, parte de uma rede, componente histórico,
semântica.
O conceito de Padronização (estabelecer o padrão, servir
de modelo): Normalização (retorno a uma situação normal),
Normatização (de que se tiram regras ou preceitos). HOUAISS
(1995). Escolhido padronização porque a ONU usa standartization.
•
•
•
O conceito da Tradição: Transmissão ou entrega de valores de
uma geração à outra. Deve ser utilizado de forma criteriosa.
O conceito da Identidade: Seja local ou não, trata-se de uma
construção. O nome geográfico é uma materialização da
identidade de um lugar.
Fundamentação Teórica
•
Topônimo ?
•
Nome Geográfico ?
•
Geônimo ?
Nome de Lugar (Place
Name) ?
•
Fundamentação Teórica
Onomástica
Antropo
nímia
Toponí
mia
Onomástica, estudo dos nomes
próprios. Antroponímia estudo dos
nomes das pessoas Toponímia o
estudo dos nomes dos lugares
63
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Fundamentação Teórica
Topônimo - radicais gregos – Tópos ( Lugar) +
Ónyma (Nome)
“Toponímia: Estudo dos nomes de sítios, povoações, nações, e
bem assim os rios, montes, vales, etc., - isto é os nomes
geográficos.” (FURTADO, 1956)
“A Toponímia se propõe a procurar a origem dos nomes dos
lugares e também a estudar as suas transformações”.
(ROSTAING, 1948)
O Grupo de Especialistas da ONU em Nomes Geográficos – The
United Nations Group of Experts on Geographical Names – define
Nome Geográfico como um nome aplicado a qualquer feição sobre
a superfície terrestre.
Fundamentação Teórica
Houaiss (1973) considera:
“A noção de topônimo strictu sensu, ‘nome de lugar’, deve ser
ampliada, ... dando-lhe, ademais, as coordenadas geográficas de
identificação, mesmo daqueles que, pela escala e densidade dos
nomes inscritos, não constem dos mapas”.
geônimo
O termo
nesse estudo fica então conceituado
como: os nomes geográficos identificadores de quaisquer feições
geográficas naturais ou antropizadas recorrentes sobre a
superfície terrestre e passíveis de serem georreferenciados.
(Menezes e Santos, 2006)
O georreferenciamento dos geônimos das feições lineares ainda
suscita dúvidas.
Fundamentação Teórica
Reconhece-se,
portanto,
a sinonímia
existente entre os
termos toponímia,
nomes de lugares, nomes geográficos e
geonímia, respeitando-se a aplicação de cada
um, de acordo com o contexto científico
enfatizado.
“Um dos desafios neste campo, portanto, é desenvolver termos e
definições consistentes, universalmente aceitos, pelos atores
envolvidos com a temática dos nomes geográficos.” Randall
(2001)
64
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros
Exônimo, na terminologia empregada pela ONU é o
nome geográfico estrangeiro escrito de forma diferente
da grafia oficial do país de origem. Em português, Nova
York como grafam alguns ou Nova Iorque, como
grafam outros, é o exônimo de New York.
Endônimos
são
aqueles
nomes
geográficos
estrangeiros, que quando grafados em publicações
nacionais obedecem à sua grafia original. Por exemplo,
em português grafa-se o endônimo Buenos Aires, e
não o exônimo Bons Ares. Da mesma forma a cidade de
Sttutgart em português é grafada da mesma maneira
como no idioma alemão. Torna-se um endônimo em
português da grafia da referida cidade.
Métodos de Conversão de NG estrangeiros
Transliteração: Definida como o procedimento de
conversão das letras de vários alfabetos escritos,
para outras letras equivalentes, associadas com
outros alfabetos escritos. Conversão letra por letra.
•
Romanização: Caso singular de transliteração.
Mudanças de conversão das letras de alfabetos não
romanos para letras do alfabeto romano. Alguns
países adotaram
sistemas
de
transliteração
romanizados:
China,
Japão,
Bulgária e Rússia.
•Beijing e não Pequim.
•
Métodos de Conversão de NG estrangeiros
Transcrição: Converte o som dos elementos de
uma linguagem ágrafa (não escrita) para um
sistema de signos de uma linguagem escrita, que
usa um sistema convencional de caracteres e
símbolos. Ex: Tupi para o Português
•
Tradução: Converte as formas escritas das
palavras, de um idioma para outro idioma.
Ex:Português para o inglês.
•
65
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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A grafia dos Nomes Geográficos
Estrangeiros
Kyev Kiev Kyiv
Kyyev
New Zealand
Aotearoa
Sidney
Sydney
Mumbai
Bombay
Athens
Athenai
Athína
Baffin
Island
Île
Baffin
Île de
Baffin
Kaapstad
Kapstadt
IBGE X NOMES GEOGRÁFICOS
O IBGE, como órgão oficial do Estado brasileiro, tem, entre outras, a missão de
levantar, padronizar e divulgar os nomes geográficos, e neste sentido,
participou de diversos encontros com países afiliados da ONU para discutir
questões envolvendo o trabalho com nomes geográficos no mundo.
ONU X NOMES GEOGRÁFICOS
DESDE 1948 - Cartografia e padronização de NG
UNGEGN - 1973 - DIVISÃO DE ESTATÍSTICA
CRIAÇÃO DE AUTORIDADES NACIONAIS
NG - INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
APLICAÇÃO EM SOCORROS A POPULAÇÕES
FUNÇÃO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL, METAS DE
DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO ....
66
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Autoridades Nacionais no M undo – Jan 2006
Países com Autoridade em N G
Países sem A utoridade em NG
Situação
desconhecida
NOMES GEOGRÁFICOS NAS NAÇÕES UNIDAS
PAPEL DA ONU
DESDE 1948 A ONU PREOCUPA-SE COM A PADRONIZAÇÃO DOS NG;
FORMAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS EM NOMES GEOGRÁFICOS DA ONU;
ESTABELECIMENTO DE CONFERÊNCIAS QUINQUENAIS PARA DEBATER A
PADRONIZAÇÃO DOS NG;
FORMAÇÃO DE DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO SOBRE A
PADRONIZAÇÃO DOS NG;
REALIZADAS OITO CONFERÊNCIAS QUE GERARAM 197 RESOLUÇÕES
SOBRE PADRONIZAÇÃO NOS DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO.
GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES
GEOGRÁFICOS
1. NOMES DOS PAÍSES: DISPONÍVEL EM SITE, NOMES ABREVIADOS,
COMPLETOS, FORMAIS, CÓDIGO ISO DOS ESTADOS MEMBROS DA
ONU, ATUALIZADOS SISTEMATICAMENTE;
2. ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS E GAZZEETERS: DESENVOLVE E
MANTÉM ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS DIGITAIS E BANCO DE DADOS,
PARA PUBLICAÇÃO;
3. PUBLICIDADE E FINANCIAMENTO: DISSEMINA INFORMAÇÕES SOBRE A
PADRONIZAÇÃO DOS NG ATRAVÉS DE FOLHETOS INFORMATIVOS, MANUAIS
SOBRE SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO, FORMATOS E PADRÕES PARA TROCA DE
DADOS;
4. SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO: OBJETIVA A RECOMENDAÇÃO DE
SISTEMAS ÚNICOS DE ROMANIZAÇÃO BASEADO EM MÉTODOS
CIENTÍFICOS PARA LÍNGUAS DE ALFABETOS NÃO ROMANOS.
67
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES
GEOGRÁFICOS
5. TERMINOLOGIA TOPONÍMICA: DIVULGA EM SEIS LÍNGUAS GLOSSÁRIO DE
TERMINOLOGIA TÉCNICA DOS TERMOS UTILIZADOS NA PADRONIZAÇÃO DOS NG PARA
ENTENDIMENTO COMUM ENTRE OS ESTADOS MEMBROS;
6. CURSOS DE TREINAMENTO EM TOPONÍMIA: INFORMA SOBRE OS CURSOS DE
TOPONÍMIA OFERECIDOS AO PÚBLICO INTERNACIONAL DESDE 1982 –
PADRONIZAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL PONTO CENTRAL DOS CURSOS;
7. AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO: AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO GRUPO DE
PERITOS, IMPLEMENTAÇÃO DAS RESOLUÇÕES, ENVOLVER ESTADOS MEMBROS NÃO
ATIVOS E EXAMINAR NECESSIDADES DE PAÍSES DESENVOLVIDOS PARA PADRONIZAÇÃO
DOS NG NACIONAIS;
8. EXÔNIMOS: TRABALHA O TRATAMENTO, USO E REDUÇÃO DOS EXONIMOS E O USO
CONSISTENTE DOS ENDÔNIMOS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS.
GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES
GEOGRÁFICOS
9. PRONÚNCIA: FORNECER GUIA PARA A CORRETA
PRONÚNCIA DOS NG´S APÓS A TRANSLITERAÇÃO
COMO A ROMANIZAÇÃO, PARA AQUELES QUE NÃO
CONHECEM A LÍNGUA FONTE;
10. PROMOÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS DE GRUPOS
NATIVOS E MINORIAS: FORMADO EM 2004 PARA
TRATAR DAS ATIVIDADES DE NOMES GEOGRÁFICOS
NO CONTEXTO DOS GRUPOS NATIVOS E MINORIAS.
.
OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES
GEOGRÁFICOS
1. DIRETRIZES TOPONÍMICAS PARA MAPAS E OUTRAS PUBLICAÇÃO: ESTUDO PARA QUE CADA PAÍS UTILIZE UM
FORMATO COMUM, EM PARTICULAR NO TRATAMENTO DE NOMES GEOGRÁFICOS PARA A CARTOGRAFIA;
2. PUBLICAÇÕES E OUTRAS INFORMAÇÕES: DISSEMINA DOCUMENTAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS E DAS
CONFERÊNCIAS NA FORMA DE RELATÓRIOS, VOLUMES IMPRESSOS E EM MEIO DIGITAL;
3. SITE DO GRUPO DE PERITOS: DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES SOBRE O GRUPO DE PERITOS PODEM SER
ACESSADOS.
http://unstats.un.org/unsd/geoinfo/
O
folheto explica os programas do Grupo de Peritos sobre o uso consistente de nomes
geográficos precisos em todo o mundo e os benefícios sociais e econômicos da
padronização de nomes geográficos. Ele é dirigido principalmente para aqueles tentando
interessar seus próprios governos no trabalho das Nações Unidas neste campo.
4. FOLHETO PREPARADO PELO GRUPO DE PERITOS CHAMADO “USO CONSISTENTE DE NOMES DE LUGARES”:
68
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES
GEOGRÁFICOS
5. GLOSSÁRIO DE TERMOS PARA A
PADRONIZAÇÃO DE NOMES
GEOGRÁFICOS: PUBLICAÇÃO
ORIGINADA DO GT EM TERMINOLOGIA
TOPONÍMICA, ATUAL PUBLICAÇÃO
CONTEM 375 TERMOS.
Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros
Falkland x Malvinas ? Mar do
Japão x Mar da Coréia ?
Estreito de Çanakalle (Grécia) ou Estreito de Istambul (Turquia) ?
Beijing x Pequim ?
New York x Nova York x Nova Iorque ?
Amsterdã x Amsterdam ? Singapura x
Cingapura ? Caxemira x Cachemira ?
Vietnã x Viet Nam ?
Moscou x Moscovo ?
Iuguslávia x Juguslávia ?
Grand Canyon x Grande Canhão (Portugal)?
Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros
Birmânia ===========> Myanmar, Mianma ? Saigon
============> Cidade de Ho Chi Minh (desde 1975) Paquistão
Oriental====> Bangladesh ( a partir de 1971) Bombaim,
Bombay====> Mumbai ( para evitar nomes que lembram
colonialismo inglês)
Bangalore==========> Bengaluru
Rodésia ( Cecil Rhodes)> Zimbábwe, Zimbábue ? Filipinas (
Filipe II rei da Espanha)==> tenta mudar para Maharlika
(precolonial = guerreiro)
República Socialista Soviética da Tadjíquia ==> Tadjiquistão
República Socialista Soviética da Quirguízia ==> Quirguízia,
Quirquistão ou Quirguizistão
69
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros
Camboja===========> Kampuchea ( de 1979 até 1989) Ilhas
Gilbert ========> Kiribati Ilhas Hébridas=======> Vanuatu
( a partir de 1980) Zaire ( 1971 a 1997)===> República
Democrática do Congo ( desde 1997 e antes de 1971)
Bielo-Rússia, Belorrússia, Bielorússia, Bielorrússia ====>
Belalarus ?
Camarões =======> Cameroon
Costa do Marfim =====> Côte D’Ivoire ?
Padronização dos
Nomes Geográficos
Estrangeiros
Porque
Amsterdam
e não Amsterdã ou Amsterdão !
Os nomes geográficos na legitimação do poder político
Invasão de Paris pelos alemães na segunda Guerra Mundial
Modificam-se as relações de
Poder
no território, modificam-se os
Nomes
Geográficos.
70
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC
Os nomes geográficos como marcos históricos
através da cartografia
O nome da localidade também assumiu o antigo nome da
estação (Nilo Peçanha), assim como o nome do logradouro,
segundo informantes locais, se chama Rua Leito da Estrada
de Ferro. Foi-se o trem “Maria Fumaça”, foram-se os trilhos:
ficou o nome geográfico.
•FÓSSIL LINGUÍSTICO
•
Os nomes geográficos como marcos históricos
através da cartografia
Em 1943 o Prof. Leo Waibel conseguiu surpreendentes
resultados em estudos para a determinação da vegetação
original de Cuba, a partir da pesquisa de nomes geográficos,
publicando um artigo intitulado: Place Names as an Aid in the
reconstruction of The Original Vegetation of Cuba
•
Se acaso esses nomes sobrevivem onde já não há vestígios
daquilo de que dão idéia, convém que se investigue a
autenticidade da sua origem e conexão pregressa com os
objetos denominados.
•
Taxeonomia da Motivação Toponímica.
(Dick, 1990)
A – Taxeonomias de Natureza Física
1 – Astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral.
2 – Cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em
geral
3 – Cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática.
4 – Dimensiotopônimos: topônimos relativos às características
dimensionais das feições geográficas como extensão, comprimento,
largura, grossura, espessura, altura e profundidade.
5 – Fitotopônimos: topônimos relativos à índole vegetal, espontânea, em sua
individualidade; em conjuntos da mesma espécie; em conjuntos de espécies
diferentes; formações não espontâneas individuais e em conjunto.
6 – Geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas:
elevações; depressões do terreno e formações litorâneas.
7 – Hidrotopônimos: topônimos resultantes de feições hidrográficas em
geral.
8 – Litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à
constituição do solo, representados por indivíduos e conjuntos da mesma
espécie.
9 – Meteorotopônimos: topônimos relativos à fenômenos atmosféricos.
10 – Morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma
geométrica.
11 – Termotopônimos: topônimos que refletem estados físicos referentes
71
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Taxeonomia da Motivação Toponímica.
Dick (1990)
A – Taxeonomias de Natureza Antropo-Cultural
1 – Animotopônimos ou Nootopônimos – topônimos relativos a vida
psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a todos os produtos do
psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu
aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura
física.
2 – Antropotopônimos – topônimos relativos aos nomes próprios
individuais das espécies seguintes: prenome; hipocorístico; prenome
+ alcunha; apelidos de família; prenome + apelido de família.
3 – Axiotopônimos – topônimos relativos aos títulos e dignidades de
que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais.
4 – Corotopônimos – topônimos relativos aos nomes de cidades,
países, estados, regiões e continentes.
5 – Cronotopônimos – topônimos que encerram indicadores
cronológicos, re, representados, em Toponímia, pelos adjetivos
novo/nova, velho/velha.
6 – Ecotopônimos – topônimos relativos às habitações de um
modo geral.
7 – Etnotopônimos – topônimos relativos aos elementos étnicos,
isolados ou não.
8 – Ergotopônimos – topônimos relativos aos elementos da
Análise da Padronização dos NG dos Municípios
Fluminenses
Gráfico da Motivação dos nomes dos municípios do RJ:
72
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Análise da Padronização dos NG dos Municípios
Fluminenses
Origem Histórica: Povoamento inicia no
século XVII com os silvícolas que se
dirigiam de Ilha Itacuruçá para o
continente, seguindo os missionários que
iniciaram o povoamento. Em 1818
passou-se a chamar Vila de São
Francisco
Xavier.
Terras
férteis
prosperou até final do século XIX.
Município:
Itaguaí
Origem Etno-linguística
(Europa, Povos Originários,
Africano e Híbrido)
Etimologia: Tupi- TAGUA=
pedra ou argila de cores.
Diferentes
TAGUAHYTAGUA-Y- RIO do TAUÁ=
Rio dos Barreiros
Motivação:
Hidrotoponímo
Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses
Parati x Paraty (ABL, ABF)
Paty de Alferes x Pati de Alferes (ABL, ABF)
Campos dos Goytacazes x Campos dos Goitacases (ABL,ABF)
Magé x Majé (ABL, ABF)
Belford Roxo x Belfort Roxo (ABL, ABF)
Quissamã x Quissama (ABL) x Quiçamã (ABF)
Comendador Levy Gasparian x Comendador Levi Gaspariã (ABL)
73
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses
Estima-se que 300 nomes de municípios
podem
não estar padronizados no Brasil.
Sem contabilizar distritos, povoados, nomes
locais,
nomes de rios, montanhas, vales, vias de
comunicação,
assim como todas as feições cartográficas
passíveis de
nominação.
Contabilizando-os, cerca de 202.500 nomes
geográficos
podem não estar padronizados no Brasil.
O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil
A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos
no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica,
orientando através de suas normas não apenas a grafia
nos mapas e cartas, mas também os textos em que os
mesmos aparecem.
A padronização dos nomes geográficos resume-se em
procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a
seguinte:
A cada nome geográfico deve corresponder
uma e apenas uma identificação, fonética e
uma única grafia.
PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE
APRIMORADA
O conjunto de 8 picos que formam o Maciço do Marumbi é
conhecido entre os montanhistas por Abrolhos, Torre dos
Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre, Gigante, Olimpo, Boa Vista e
Facãozinho. Entre a população em geral o conjunto todo é
chamado simplesmente de Pico do Marumbi.
74
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE
APRIMORADA
Município de Conceição
do Jacuípe / BA
APROXIMAÇÃO INICIAL DO QUANTITATIVO DO PASSIVO DE
NG A SER
INCORPORADO NO BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO
SISTEMÁTICO
CARGA
ATUAL
BCIMD
55.000 NG
QUANTIDADE DO PASSIVO A SER INCORPORADO NO BNGB – folhas de
cartas impressas
•
1: 250.000 - 250.650 NG
•
1: 100.000 - 1.442.210 NG
•
1: 50.000
- 1.396.450 NG
•
1: 25.000
- 286.970 NG
•
TOTAL
- 3.376.280 NG
75
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O assentamento dos NG nos espécimes
cartográficos
Topônimos coletados
Relatório dos topônimos
Projeto
Evolução da Reambulação
08/Jun/00
DET ALHE FOT O RE AMB ULADA CO M
A DE S CRIÇÃO DO S E LEME NTO S
Escala .000 Quadricula sg22-v-b-v-3
Reambulador SILEIMANN C. LEMOS
Faixa 03
Conferente SILEIMANN C. LEMOS N da
N da Foto 007
Data Reambulação Abr/98
Item Topônimo
Elemento
1 ARROIO MANDAÇAIA
RIO_PERMANENTE
2 SÍTIO SÃO MARTINHO
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
3 RI O SAN TA MARIA
RIO_PERMANENTE
4 FAZ. SÃO LUIZ
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
5 ARROIO ARAÇÁ
RIO_PERMANENTE
6 CÓRR. D A PEDRA
RIO_PERMANENTE
7 FAZ. SANTA MARIA
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
8 ARROIO DA PACA
RIO_PERMANENTE
9 FAZ. CAROLI NA
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
Comentário
10 CAPELA DE N.S. APARECIDA
IGREJA_SEM_REPRES
11 ESCOLA
ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO DESATIVADA
12 CEMITÉRIO
CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO
13 RI O FEIO
ELEMENTO NÃO PREVI STO
14 RI O FEIO
RIO_PERMANENTE
15 SÍTIO SÃO JOSÉ
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
16 SÍTIO N.S. DE FÁTIMA
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
17 RI O DAS PEDRAS
RIO_PERMANENTE
18 RI O SAN TO ANTON IO
RIO_PERMANENTE
19 FAZ. N.S.APARECIDA
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
20 FAZ. SANTA MARIA
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
21 SANTA MARIA DO OESTE
ELEMENTO NÃO PREVI STO
22 IGREJA DE SANTA MARIA
IGREJA_SEM_REPRES
23 PREFEITURA MUNICI PAL
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
24 CÂMARA MUNICIPAL
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
25 CENTRO DE SAÚDE
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
26 IGREJA DE N.S. DA NATI VIDADE
IGREJA_SEM_REPRES
coleta
NOME L OCAL
ÍTENS 14 E 17
MATRI Z
27 ESCOLA MUN IC. BALBINO ALMEIDA DE ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série
SOUZA
28 TORRE TELEPAR
ELEMENTO NÃO PREVI STO
85m alt. c/sinalização
29 COLÉGI O EST. JOSÉ DE ANCHIETA ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série
30 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL IGREJA_SEM_REPRES
31 VILA RICA
ELEMENTO NÃO PREVI STO
32 CHÁCAR A SÃO JOSÉ
EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO
33 ARROIO DO POTÃO
RIO_PERMANENTE
34 RESERVADO
ELEMENTO NÃO PREVI STO
35 CEMITÉRIO
CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO
NOME L OCAL
NOME L OCAL
Dificuldades na operação de Reambulação
Técnicas
-
Nomes diferentes para um mesmo elemento geográfico;
-
Pronúncia, regionalismos, grafia (Constância, Croa, Ebenézia);
-
Falta de informantes;
-
Duração da campanha insuficiente para esclarecer dúvidas.
Logísticas
Acesso a áreas remotas a pé, de moto ou “lombo de animal”, devido
às péssimas condições das estradas;
-
Abrangência geográfica determinando o pernoite de equipes no trecho
de levantamento (fora de sua base operacional);
-
Impossibilidade de acesso a áreas por não autorização
dos responsáveis/proprietários;
-
Inexistência ou impossibilidade de acesso a determinadas regiões geográficas
(florestas, cabeceira de rios, serras).
-
Nossos Informantes
Maranhãozinho/MA
Centro Novo do Maranhão/MA
76
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Cândido Mendes/MA
S.Gabriel da Cachoeira/AM
Rio Paruá/MA
Resende/RJ
Arame/MA
Rio Içana/AM
77
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78
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Algumas Ocorrências
Rio de Janeiro
Algumas Controvérsias nos Geônimos – Rios no Ceará
79
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Algumas Controvérsias nos Geônimos – Mesmo rio com
nomes diferentes
Escala
1:50.000
Escala
1:25.000
ALMIRANTE TAMANDARÉ
– RIO BRANCO DO SUL
80
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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ALMIRANTE TAMANDARÉ
– RIO BRANCO DO SUL
Diário Oficial 205 de 1.11.1947.
Dispõe sobre a divisão territorial do Estado para o quinquênio de
1948/1952.
XXI – Timoneira, com a mesma denominação e com os limites seguintes:
com o Município de Colombo: começa na foz do Arroio
Cachoeira, no Rio
Atuba, subindo por este até a sua cabeceira de onde vai em reta à
cabeceira mais próxima de um afluente do Rio Morro Grande, descendo
pelo mesmo até sua foz;
com o município de Rio Branco do Sul: da foz do afluente citado sobe
pelo
Rio Morro Grande até sua cabeceira mais próxima do
Morro da Tranqueira,
seguindo pela cumieira da Serra da Betara até as cabeceiras do
Arroio
Olho D'Água, descendo por este até sua foz no Rio Tacaniça e por este
até
ALMIRANTE TAMANDARÉ
– RIO BRANCO DO SUL
ALMIRANTE TAMANDARÉ
– RIO BRANCO DO SU
81
Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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PADRONIZAÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS
POR QUE PADRONIZAR ?
POUPAR TEMPO E DINHEIRO;
OPERAÇÕES DE CENSO;
DEFESA NACIONAL;
COMUNICAÇÃO TERRESTRE, AÉREA, MARÍTIMA;
EFICIENCIA OPERACIONAL EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO;
PESQUISAS AQUÁTICAS E MINERAIS;
ENTREGAS POSTAIS E FRETES;
SEGURANÇA POR TERRA, MAR E AR;
CONTROLE DESASTRES AMBIENTAIS;
BUSCA E SALVAMENTO;
PREPARAÇÃO DE EMERGENCIAS.
REPRESENTANTES
O CNGB deverá ter representantes das seguintes
estruturas:
Ministério do Planejamento – IBGE
Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty
Ministério da Defesa – DSG DHN ICA
Ministério da Cultura
Ministério da Educação - Universidades
Academia Brasileira de Letras
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI
Outros organismos envolvidos com os nomes geográficos
82
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ESTRUTURA DE PESSOAL DO CNGB
Peritos em Nomes Geográficos;
Peritos em Línguas Nacionais;
Peritos em letras, direito, relações internacionais,
antropologia, cultura, cartografia, segurança nacional,
geografia, história, entre outros (a serem consultados
quando necessário pelo Comitê)
O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica
A lei que regulamenta é a Lei da Propriedade Industrial, número 9279
de 14 de maio de 1996.
O INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL – INPIestabelecerá as condições de registro das indicações geográficas
brasileiras.
“Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país,
cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado
conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado
produto ou de prestação de determinado serviço.
Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país,
cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou
serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou
essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.”.
O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica
AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:
Todas Indicações de Procedência
1) Vale dos Vinhedos - RS
2) Região Mineira do Cerrado - MG
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Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica
AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:
Todas Indicações de Procedência
3) Pampa Gaúcho da Campanha Meridional - RS
O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica
AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS:
Todas Indicações de Procedência
4) Cachaças de Paraty - RJ
O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil
A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos
no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica,
orientando através de suas normas não apenas a grafia
nos mapas e cartas, mas também os textos em que os
mesmos aparecem.
A padronização dos nomes geográficos resume-se em
procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a
seguinte:
A cada nome geográfico deve corresponder
uma e apenas uma identificação oficial, e uma
única grafia, admitindo-se nomes alternativos.
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INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS (INDE)
O marco legal da IDE brasileira (INDE)
Decreto Presidencial nº 6.666
de 27/11/2008
(publicado no DOU em 28/11/2008)
O MARCO LEGAL DA INDE
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura
Nacional de Dados Espaciais - INDE, com o objetivo de:
I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no
acesso, no compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais
de origem federal, estadual, distrital e municipal, em proveito do
desenvolvimento do País;
II - promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos
públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e
normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR;
III - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção
de dados geoespaciais pelos órgãos da administração pública, por meio da
divulgação dos metadados relativos a esses dados disponíveis nas (...) esferas
federal, estadual, distrital e municipal.
Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por: I Dado ou informação geoespacial:
aquele que se distingue (...) pela componente espacial, que associa a
cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por
sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo,
podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento,
inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento
(...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto;
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O MARCO LEGAL DA INDE
Art. 2º Para os fins deste
Decreto, entende-se
por: I - Dado ou
informação
geoespacial:
aquele que se distingue (...) pela componente
espacial, que associa a cada entidade ou
fenômeno uma localização na Terra, traduzida
por sistema geodésico de referência, em dado
instante ou período de tempo, podendo ser
derivado, entre outras fontes, das tecnologias de
levantamento, inclusive as associadas a sistemas
globais de posicionamento
(...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto;
II - Metadados de informações geoespaciais:
conjunto de informações descritivas sobre os dados,
incluindo as características do seu levantamento,
produção, qualidade e estrutura de armazenamento,
essenciais para promover a sua documentação,
integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua
busca e exploração;
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Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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TRATAMENTO LINGUÍSTICO DOS NOMES GEOGRÁFICOS
Nomes
Geográficos/
Topônimos/
Toponímia/
Nomes
Cartográficos
O Grupo de Peritos das Nações Unidas em Nomes Geográficos define um nome geográfico
como um nome aplicado a uma feição na Terra (Glossário, 216). Em geral, um nome
geográfico é o nome próprio (uma palavra específica, combinação de palavras ou expressões)
usado consistentemente na língua para se referir a um lugar, feição ou áreas específicas, tendo
uma identidade reconhecível na superfície da Terra. As principais feições incluem:
(1) Lugares habitados (por exemplo, cidades, vilas)
(2) Divisões administrativas (por exemplo, estados, municípios, distritos, bairros)
(3) Feições naturais (por exemplo, cursos de água, montanhas, cabos, lagos, mares)
(4) Feições construídas (por exemplo, barragens, aeroportos, auto-estradas)
(5) Lugares sem limites precisos ou áreas com significado local específico (quase sempre
religioso), como, por exemplo, pastagens, áreas de pesca, lugares sagrados.
Um nome geográfico pode também ser referido como um nome topográfico ou topônimo
(termo que num contexto mais amplo pode também incluir nomes extraterrestres, como
nomes aplicados a feições da Lua ou de outros planetas).
Nome Geográfico - Topônimo padronizado acrescido de atributos que o caracterizam como
um conjunto etnográfico, etimológico e histórico, referenciado geograficamente e inserido em
contexto temporal. Os nomes geográficos constituem um patrimônio cultural de valor
inestimável para uma nação, porque, além de refletir seus padrões de ocupação e sua
diversidade linguística, caracterizam a nomenclatura consistente associada aos acidentes
geográficos. O topônimo é concebido como a denominação de acidentes naturais e culturais
que são representados em documentos cartográficos, em diversas escalas.
Nome Cartográfico - Adicionalmente, um documento cartográfico recebe nomes de valor
explicativo que visam adicionar entendimentos ou melhorar as informações sobre
elementos (feições) numa carta impressa; a esses denominamos nomes cartográficos, que
são formados, principalmente, por termos genéricos. (Mathias e Santos, 2007)
Exemplos:
Corredeira, Curral, Estação de captação de água, Galpão, Viveiro, etc.
Topônimos
- Nomes próprios de lugares ou acidentes geográficos. (Mattoso Câmara, 1998)
- Nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público
etc. (Houaiss, 2006)
Toponímia
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- Parte da onomástica que estuda os nomes próprios de lugares.
- Lista, relação de topônimos. (Houaiss, 2006)
- Estudo linguístico ou histórico da origem dos topônimos. (Holanda Ferreira, 2004)
Padronização de nomes geográficos
A palavra padronização, como aplicada aos nomes geográficos/ topônimos, é definida pelo
Grupo de Peritos (Glossário 311) como:
a) O estabelecimento, por uma autoridade apropriada, de um conjunto específico de padrões
ou normas, por exemplo, para a interpretação uniforme dos topônimos;
b) A interpretação de um item como um topônimo de acordo com tais normas.
Um nome padronizado é definido (Glossário, 228) como:
Um nome sancionado por uma autoridade em nomes como o nome preferido dentre um
número de alônimos [nomes variantes] por uma dada feição. Entretanto, uma única feição
pode ter mais de um nome padronizado.
Exemplo: Bálsamo e Bela Vista (mas não Belavista).
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Um pouco de semântica
Motivação Toponímica
A motivação toponímica e a terminologia onomástica
Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP)
A motivação dos nomes estudados pelas ciências onomásticas, em sua repartição toponímica
(nomes de lugares) e antroponímica (nomes de pessoas), sempre foi objeto de interesses das
populações. Desde tempos imemoriais, inscritos nas narrativas míticas ou na cartografia mais
antiga, o dar nomes e o receber nomes cercava-se de uma aura até certo ponto
incompreensível, porque beirando o imponderável, o divino, o sagrado. Temor e respeito,
obediência e poder eram sentimentos que animavam condutas ou dificultavam o
(re)conhecimento das formas linguísticas, em seu significado original. No período a-histórico
do dado onomástico, as interferências de forças espirituais eram comuns na organização dos
grupos étnicos ditos animistas. A sistematização desses estudos, a partir do século XIX,
tornou científico o que, antes, se definia pelo imaginário popular, ligado ao inconsciente
coletivo do grupo.
Hoje, os nomes se conformam, linguisticamente, às características das camadas lexicais da
língua regional, em sua dinâmica constitutiva; no caso do Brasil, aos estratos do português,
das línguas indígenas e africanas e aos falares estrangeiros, estes mais comuns nos
antropônimos que nos topônimos. Entretanto, todos são marcados por diferentes estilos
pessoais de motivação (Dick, 1997) (descritos físicos e antrópicos, de natureza fitonímica,
zoonímica, geomorfonímica, hidronímica, p.sc., ou hieronímica, hagronímica, coronímica,
entre outros). Introjetados no objeto de estudo (um rio, um morro, um caminho, uma rua, um
homem...), conferem-lhes, por isso mesmo, uma dimensão social própria e personalista, de
fundo geográfico e etno-histórico.
Principal classificação da motivação:
• de natureza física:
-
geomorfotopônimos, litotopônimos, fitotopônimos, hidrotopônimos, zootopônimos.
• de natureza antropocultural:
-
antrotopônimos e hierotopônimos.
Questões de linguística
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Nomes geográficos x parte do mapeamento topográfico
O mapeamento topográfico é composto pelas representações cartográficas do espaço
geográfico onde está inserido o nosso país, porém não só graficamente (desenho), mas pelos
nomes que a maioria destas representações recebem. Portanto, assim como a crítica efetuada
na fase de reambulação dos elementos, os nomes geográficos também necessitam de um
tratamento especial, de uma revisão, a fim de que os mesmos sejam escritos de acordo com as
normas ortográficas da língua portuguesa e a tradição do uso coletivo, que são os princípios
básicos para a padronização de nomes geográficos, conforme orienta a ONU.
Neste sentido, a Coordenação de Cartografia conta com uma área responsável pela revisão e correção toponímica.
Alguns aspectos linguísticos
Composição dos nomes geográficos
Nomes geográficos são, na maioria dos casos, formados por um termo genérico e um termo
específico, sabiamente assim classificados como sintagmas toponímicos pela Prof. Dr.ª Maria
Vicentina Dick, USP.
NG = Sintagma Toponímico
Termo Genérico
Termo Específico
Sintagma - conjunto binário constituído de um elemento determinado e um elemento
determinante.
Neste contexto, como identificamos um nome geográfico?
Sintagma
livro e caderno (coordenação) – não existe um sintagma.
Ex.: Calaça (Nome Local)
termo específico (determinado)
livro de português (subordinação) – quando existe uma subordinação, há um sintagma.
livro - determinado | de português - determinante
Ex1: Igr. de São Pedro
TG
TE
(ddo.)
(dte.)
Ex2: Rio Tenente Noronha
TG
(ddo.)
TE
(dte.)
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Integram os nomes geográficos:
Conectivos: de, da(s), do(s)
Conjunção: ou
Variante – demais nomes para o termo específico
Exemplo:
Serra dos Coroados ou São Lourenço
Gen. Conec. Específico
Conj.
Variante
Letras x Fonema x Significado
Córr. da Pata ou Córr. da Bata?
Estes termos específicos têm o mesmo significado?
Como distingui-los?
Quais os fonemas que se diferem?
Fonética e Fonologia - estudo da cadeia falada.
Fonema - menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado.
consoante
Fonema
vocálico
Fonema é o feixe ou conjunto de traços distintivos.
Exemplos:
/p/ consoante oclusiva bilabial
/b/ consoante oclusiva bilabial
distinção
surda
sonora
O traço distintivo que estabelece a distinção entre formas é chamado de traço pertinente.
Exemplo: pata x bata
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traço pertinente
Fonética – se refere a todo e qualquer som da cadeia falada, a parte da realização acústica da palavra.
(parte física)
Fonologia – estuda o sistema de sons, os fonemas do ponto de vista de sua função na língua, quando
estabelecendo distinção de formas, formando uma nova palavra.
Exemplos:
sabia, sabiá, sábia
Grafia dos topônimos oficiais
Topônimos oficiais, aqui, são aqueles que denominam as nossas unidades políticoadministrativas, tais como nomes de: país, regiões, estados, municípios, distritos,
bairros, reservas ambientais, terras indígenas, bem como outras localidades que
possuam Leis ou Decretos de Criação. Portanto, será respeitada a grafia constante na
documentação legal.
Exs.: Lages – grafia da Lei de Criação dos Municípios
Lajes – grafia recomendada pelas Normas Ortográficas da Língua Portuguesa
Emprego das iniciais maiúsculas
Os nomes geográficos constantes dos mapeamentos seguirão as mesmas regras de emprego
das iniciais maiúsculas existentes nas normas ortográficas da língua portuguesa, tais como
algumas destacadas abaixo:
1) Nos substantivos próprios de qualquer espécie – antropônimos, topônimos, patronímicos,
cognomes, alcunhas, tribos e castas, designações de comunidades religiosas e políticas,
nomes sagrados e relativos a religiões, entidades mitológicas e astronômicas, etc.: José,
Maria, Macedo, Freitas, Brasil, América, Guanabara, Tietê, Atlântico, Afonsinhos,
Conquistador, Magnânimo, Coração de Leão, Sem Pavor, Deus, Jeová, Alá, Assunção,
Ressurreição, Júpiter. Baco, Cérbero, Via Láctea, Canopo, Vênus, etc.
2) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da
Carioca, Praia do Flamengo, Praça da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de
São Francisco, Travessa do Comércio, Rodovia Washington Luís, Túnel Noel Rosa, etc.
3) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalista: Igreja
(Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc.
OBSERVAÇÃO: Esses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são
empregados em sentido geral ou indeterminado.
4) Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam,
em sentido elevado, as manifestações do engenho e do saber: Agricultura, Arquitetura,
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Educação Física, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Engenharia, História do
Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc.
OBSERVAÇÃO: Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguesa, vernáculo,
e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial
relevo.
5) Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Cardeal, Arcebispo,
Bispo, Patriarca, Vigário, Vigário Geral, Presidente da República, Ministro da Educação,
Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretário de Estado, etc.
6) Nos nomes de repartições, corporações ou agremiações, edifícios e estabelecimentos
públicos ou particulares: Diretoria Geral do Ensino, Ministério das Relações Exteriores,
Academia Paranaense de Letras, Circulo de Estudos “Bandeirante”, Presidência da
República, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Tesouro do Estado,
Departamento Administrativo do Serviço Público, Imprensa Nacional, Teatro de são
José, Museu de Arte moderna, etc.
7) Nos nomes de escolas de qualquer espécie ou grau de ensino: Faculdade de Filosofia,
Escola Superior de Comércio, Ginásio do Estado, Colégio Pedro II, Instituto de
Educação, Grupo Escolar de Machado de Assis, etc.
8) Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados, e de seres morais ou
fictícios: a Capital da República, a Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o
Poeta (Camões), os habitantes da Península, a Bondade, a Virtude, o Amor, a Ira, o
Medo, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, etc.
OBSERVAÇÃO: Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades
da República, quando empregados em correspondência ou documentos oficias: A Lei de
13 de maio, o Decreto-Lei n° 292, o Decreto-Lei n° 20.108, a Portaria de 15 de junho, o
Regulamento n° 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc.
9) Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: os povos do Oriente; o falar
do Norte é diferente do falar do Sul; a guerra do Ocidente, etc.
OBSERVAÇÃO: Os nomes dos pontos cardeais escrevem-se com iniciais minúsculas quando
designam direções ou limites geográficos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
10) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com
maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; HP; Sr.,
V. Ex.ª.
A grafia dos nomes compostos
Dentre os processos de formação de palavras, dois se destacam como os principais processos em
português do ponto de vista da expressão ou da sua constituição material:
a) composição
b) derivação
A composição consiste na criação de uma palavra nova de significado único e constante, sempre
e somente por meio de dois radicais relacionados entre si. Estes radicais podem ser livres, isto é,
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usados independentemente na língua (como guarda-chuva) ou presos, isto é, não são usados
isoladamente (como agrícola = agr+i+cola).
Nas palavras compostas com radicais livres, do tipo guarda-chuva, persiste, como é fácil de
observar, a individualidade de seus componentes. Esta individualidade se traduz: a) na escrita,
pela mera justaposição de um radical a outro, normalmente separados por hífen; b) na pronúncia,
pelo fato de ter cada radical seu acento tônico, sendo o último o mais forte e o que nos orienta na
classificação da posição do acento nas palavras compostas (por isso que couve-flor é oxítono e
guarda-chuva é paroxítono). Em tais casos dizemos que as palavras são compostas por
justaposição.
Chamamos aglutinação o processo de formar palavras compostas pela fusão ou maior
integração dos dois radicais: planalto, fidalgo, agrícola. Esta maior integração traduz-se pela
perda da delimitação vocabular decorrente: 1) da existência de um único acento tônico; 2) da
troca ou perda de fonema; 3) da modificação da ordem mórfica.
Portanto, a associação dos correspondentes das palavras compostas se pode dar por:
a) justaposição: guarda-roupa, mãe-pátria, vaivém.
b) aglutinação: planalto, auriverde, fidalgo.
A derivação consiste em formar palavras a partir de outra primitiva por meio de afixos. De
modo geral, especialmente na linguagem literária e técnica, os derivados se formam dos radicais
de tipo latino em vez dos de tipo português quando este sofreu a evolução própria da história da
língua: áureo (e não ouro), capilar (e não cabelo), aurícula (e não orelha).
Os afixos se dividem, em português, em prefixos (se vêm antes do radical) ou sufixos (se vêm
depois). Daí a divisão em derivação prefixal e sufixal
Derivação sufixal: livraria, livrinho, livresco.
Derivação prefixal: reter, deter, conter
Destacaremos, aqui, apenas a derivação sufixal, muito empregada na formação dos nomes
geográficos, nosso principal objeto de estudo.
Emprego dos sufixos diminutivos
São sufixos diminutivos:
-inho, -zinho, -im, zim → livrinho, livrozinho, dormindinho, florzinha, espadim, bodim, valzim1
Observação: Nem sempre é indiferente a opção por -inho ou -zinho. Não toleram -inho (e
ito), mas -zinho (e zito) os nomes terminados em nasal, ditongo e vogal tônica: cãozinho,
cãozito, irmãzinha, albunzinho, raiozinho, bonezinho, urubuzinho.Também se incluem os
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terminados em -r, embora aí haja alguns em -inho, facultativamente: serzinho, cadaverzinho,
caraterzinho; colher admite colherinha, ao lado de colherzinha. Os terminados em -s e -z só
toleram -inho (-ito): tenisinho, lapisinho, rapazinho.
-ito, zito: copito, amorzito
-ico: namorico, veranico
-isco: chuvisco
-eta, -ete, -eto: saleta, diabrete, livreto, saberete
-eco: livreco, padreco
-ota, -ote, -oto: ilhota, caixote, perdigoto
-ejo: lugarejo, animalejo
-acho: riacho, fogacho
-el, -ela, -elo (ora com e aberto, ora fechado): cabedelo, magricela, donzela, donzel
-iola: arteríola
-ola: camisola (também tem sentido aumentativo quando designa a camisa longa de dormir);
rapazola (cf. -iola)
-ucho: gorducho, papelucho
-ebre: casebre
_____
1 Se a palavra é masculina e termina em –a, este a reaparece quando se lhe acrescenta o sufixo -inho. O mesmo
acontece se é feminino em -o ou singular em -s: Jarbas - Jarbinhas; Carmo (João do) – Carminha; Maia – o Mainha.
(Nota de Martinz de Aguiar). Note-se ainda que os diminutivos -inho, -zinho podem assumir valor patronímico,
quando pais e filhos têm o mesmo nome: Pacheco (o pai), Pachequinho (o filho), Diva (a mãe), Divinha (a filha).
Abreviação
A abreviação consiste no emprego de uma parte da palavra pelo todo. É comum não só no falar
coloquial, mas ainda na linguagem cuidada, por brevidade de expressão: extra por
extraordinário ou extrafino.
A forma abreviada passa realmente a constituir uma nova palavra e, nos dicionários, tem
tratamento à parte, quando sofre variação de sentido ou adquire matriz especial em relação
àquela da qual procede. Fotografia e foto são sinônimos porque designam a mesma coisa,
embora a sinonímia não seja absoluta. Foto, além de ser de emprego mais corrente, ainda serve
para títulos de casas do gênero, o que não se dá com o termo fotografia.
Pode-se incluir como caso especial da abreviação o processo de se criarem palavras, com
vitalidade no léxico, mediante a leitura (isoladas ou não) das letras que compõem siglas, como,
por exemplo:
ONU (Organização das Nações Unidas)
PUC (Pontifícia Universidade Católica)
UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
USP (Universidade de São Paulo)
PT (Partido dos Trabalhadores)
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Destas abreviaturas se derivam, mediante sufixos: puquiano, uerjiano, uspiano, petista, etc.
Nomes próprios
Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou
aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns.
Para salvaguardar direitos individuais, quem o quiser manterá em sua assinatura a forma
consuetudinária.
Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia,
quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o
topônimo Bahia, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao estado e à cidade
que têm esse nome.
Apóstrofo
Limita-se o emprego do apóstrofo aos seguintes casos:
1º) Indicar a supressão de uma letra ou letras no verso, por existência da metrificação: c’roa,
esp’rança, of’recer, ’star, etc.
2º) Reproduzir certas pronúncias populares: ’tá, ’teve, etc.
3º) Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo uso, em certas palavras compostas ligadas
pela preposição de: copo-d’água (planta, lanche), galinha-d’água, mãe-d’água, olho-d’água, paud’água (árvore, ébrio), pau-d’alho, pau-d’arco, etc.
4º) Nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológico, quando importa representar a
elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GRUPO DE PERITOS DAS NAÇÕES UNIDAS EM NOMES GEOGRÁFICOS. Manual de
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São Paulo: Arquivo do Estado de São Paulo, 1990.
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de Janeiro: Metáfora, 2008.
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que não muda. São Paulo: Contexto, 2008.
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