obstipação

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obstipação
BOLETIM BIMESTRAL
nº 55 | Jul. - Ago. | 2011
TRÂNSITO INTESTINAL
SAUDÁVEL
OBSTIPAÇÃO
A obstipação não é mais do que o movimento lento das fezes através do intestino
grosso. Esta é uma queixa comum resultante da expectativa do indivíduo no que
diz respeito à “regular idade ” intestinal: há uma dificuldade em defecar, uma
sensação constante de plenitude fecal com evacuação incompleta de fezes e, às
vezes, há dor na defecação devido às fezes endurecidas ou a uma doença perianal.
A
obstipação (ou prisão de ventre) é apontada como
uma das principais queixas gastrointestinais, devido
ao seu impacto significativo na qualidade de vida,
afectando o bem-estar físico e emocional.
A obstipação não é mais do que o movimento lento das
fezes através do intestino grosso. Na maioria dos casos, a
obstipação é inócua, mas eventualmente, pode causar dores
abdominais, ou mesmo ser sintoma de uma doença.
Apesar da maioria das queixas estarem relacionadas com
a frequência das dejecções (variável de indivíduo para
indivíduo, podendo ser considerada uma situação normal
desde 3 dejecções por dia até 3 vezes por semana), mais
importante que isso será a regularidade e o conforto do
trânsito intestinal.
Qualquer alteração do padrão da actividade intestinal deve
ser devidamente vigiada por um profissional de saúde.
A nível mundial, a prevalência da obstipação é de cerca de 16%. No entanto,
existem vários factores que influenciam este valor. Um deles é a idade, dado
que há um aumento da prevalência devido a uma diminuição da motilidade
intestinal ao longo do tempo. O aumento da prevalência em adulto indica a
existência de causas secundárias para a obstipação. Apesar disso, apenas cerca
de 35% da população afectada procura os cuidados de um profissional de saúde.
Média de prevalência da obstipação
Adultos
Crianças
40,75% [2.5 -79%]
15.15% [0.7-29.6%]
Fonte: Epidemology of constipation in children and adults - a systematic review, Best Pract Res Clin
Gastroenterol, Feb 2001.
MECANISMO DE DEFECAÇÃO
O reflexo de defecar é iniciado por uma distensão aguda do recto. Quando ele
progride até centros supra- espinhais, as contracções no sigmóide e no recto
aumentam a pressão no recto e aumenta o ângulo rectosigmóide. A evacuação
das fezes ocorre pelo relaxamento em simultâneo dos esfíncteres anais interno
e externo e pode ser auxiliada pelo aumento da pressão intra-abdominal.
O facto do movimento das fezes pelo esfíncter anal externo ser voluntário, faz
com que haja uma tendência para o abuso deste controlo. Isto leva a que haja
um comprometimento dos nervos associados a este mecanismo. Esta inibição
voluntária pode ter origem na infância, durante a educação higiénica da criança
ou até mais tarde, devido a uma consciência social, um ambiente não familiar,
instalações sanitárias desconfortáveis ou doenças que implicam que a pessoa
esteja acamada.
À medida que a distensão do recto se torna crónica, os movimentos intestinais
tornam-se mais difíceis e há cada vez maior tendência em inibir a necessidade
em defecar.
A natureza inspira-nos…
Tema desta Edição: Dra. Maria Inês Bila
A natureza inspira-nos…
CAUSAS DA OBSTIPAÇÃO
A obstipação (ou prisão de ventre) pode ter várias origens,
como:
. Os laxantes osmóticos (como a lactulose, sorbitol, sais minerais) atraem grandes
quantidades de água ao intestino grosso, tornando as fezes moles e fluidas. O
excesso de líquido também torna as paredes do intestino grosso tensas, estimulando as contracções.
. Os laxantes de contacto (como o sene, cáscara-sagrada, óleo de rícino) actuam
. Falta de fibras na alimentação (razão principal);
. Contrariar, durante um longo período de tempo, o reflexo
.
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da defecação;
Mudança de hábitos (viagens);
Desidratação;
Depressão;
Doenças, como o hipotiroidismo ou diabetes;
Hemorróidas ou fissuras no ânus;
Perturbações metabólicas;
Medicação;
Gravidez;
Dependência de laxantes.
directamente nas paredes do intestino grosso, provocando a sua contracção e
deslocando as fezes. O seu uso prolongado pode danificar o intestino grosso.
As pessoas que tomam estes laxantes com muita frequência correm o risco de
desenvolver dependência destes (síndrome do intestino preguiçoso).
APRESENTAÇÃO DO FIBERLAX
cólon transverso
O tratamento da obstipação deve sempre ter em conta a sua origem, cumprindo
uma ou mais das seguintes funções:
. em situações agudas, promovendo um alívio imediato,
. ser uma fonte de fibras, para situações crónicas,
. favorecer a flora intestinal, para a prevenção de problemas intestinais.
ângulo recto-sigmoíde
A linha Fiberlax® apresenta-se como uma solução para o trânsito intestinal lento,
uma proposta natural para a saúde dos intestinos e uma resposta às três formas
de intervenção no combate à obstipação.
cólon
sigmoíde
recto
esfincteres
Fiberlax® SOS
Quando há uma situação de obstipação aguda, em que há o aparecimento pontual
de sintomas como a barriga inchada, cólicas e fezes duras, o Fiberlax® SOS ajuda
no alívio imediato destes sintomas. O seu principal componente activo é:
. Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.), onde predominam os cascarósidos
USO DE LAXANTES
O tratamento farmacológico da obstipação passa essencialmente pelo uso de laxantes.
. Os laxantes expansores do volume fecal (metilcelulose)
aumentam o volume das fezes. Este volume estimula as
contracções naturais e as fezes volumosas são mais fáceis
de expulsar.
. Os laxantes emolientes (como a parafina ou a glicerina)
aumentam a quantidade de água nas fezes, amolecendo-as.
TRÂNSITO INTESTINAL SAUDÁVEL
A e B. Estes têm uma acção laxante por contacto sobre a mucosa intestinal induzindo movimentos intestinais, não fisiológicos, com fezes soltas, normalmente com
dores abdominais frequentes. Os heterósidos têm a sua acção estimulante do
peristaltismo intestinal por libertação de substâncias que são capazes de aumentar a contracção dos músculos intestinais.
O Fiberlax® SOS deve ser tomado à noite devido ao seu efeito demorar cerca de
7 a 10 horas a aparecer após a ingestão.
Os efeitos secundários estão associados ao facto de poder provocar habituação
devido a uma possível destruição dos constituintes nervosos do intestino grosso.
Por este motivo, o seu uso não deve ser prolongado por mais de 1 semana, sem
o controlo de um profissional de saúde.
Fiberlax® Uso Diário
Numa situação de obstipação crónica, os problemas em expulsar as fezes por estas
serem muito duras prolongam-se durante um longo período de tempo (cerca de
6 meses). Neste caso, o melhor a fazer é promover um funcionamento normal do
intestino, através do consumo de fibras (como fruta fresca, legumes e cereais).
Assim, o Fiberlax® Uso Diário é indicado por ser, ele próprio uma fonte de fibras
solúveis, que vão ajudar na promoção de um trânsito intestinal regularizado.
. Acácia (Acácia senegal), é uma planta com uma goma que é constituída por fibras
solúveis, que são polissacáridos complexos que não são digeridos pelas enzimas
alimentares humanas no estômago, mas são fermentadas por acção da microflora
bacteriana saudável do intestino.
Também tem a capacidade de estimular o peristaltismo por aumento do volume
fecal, isto é, na presença de água entumesce com formação de uma espécie de
“gel” de expansão de volume. O gel formado não é absorvido e, por ser um veículo
de grande quantidade de água, altera a consistência do bolo fecal. A expansão de
volume observada estimula o peristaltismo e a distensão do cólon. O deslizamento
das fezes é, então, facilitado pela acção lubrificante do gel.
SOLUÇÕES NATURAIS
O tratamento farmacológico passa pelo uso de laxantes que, apesar
de eficazes, devem ser evitados devido ao facto de alterarem o
funcionamento normal do cólon.
O mais aconselhado é tratar a obstipação através de medidas de
educação do doente para que este adopte um estilo de vida saudável:
. Beber muita água (1,5 a 2 litros por dia).
. Comer muitos alimentos ricos em fibras, tais como: frutas
.
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Fiberlax® Bifidus
frescas, legumes e leguminosas, cereais, pão integral.
Manter um horário regular para as refeições.
Mastigar bem os alimentos, fazendo com que a hora da refeição seja um momento de pausa e de descontracção.
Praticar desporto regularmente.
Evitar o sedentarismo.
Evitar reprimir o estímulo da defecação, por alteração de alguns
hábitos.
Aprender a controlar o “stress” e a encarar a vida com positivismo.
A flora intestinal é constituída por um conjunto de bactérias que habitam naturalmente nos nossos intestinos. Estas bactérias têm um papel fundamental tanto na
digestão dos alimentos como também na manutenção do equilíbrio entre as bactérias essenciais e as causadoras de doenças. Quando se pretende prevenir o aparecimento de problemas de trânsito intestinal, o ideal é promover o reforço da flora
intestinal de modo a ajudar à normalização.
O Fiberlax® Bifidus é considerado um simbionte, dado que, na sua fórmula, contém
probióticos e prebióticos, úteis para a colonização do intestino e benéficos para a
sua função.
. FOS (Fructo-oligossacáridos): são hidratos de carbono naturais (fibras solúveis)
compostos por uma cadeia de unidades de frutose ligados a uma unidade de
glucose.
A sua importância como prebióticos é baseada no facto de serem totalmente
resistentes à acção das enzimas digestivas do tracto gastro-intestinal superior
(nomeadamente, amilases) e também por não serem absorvidos no estômago.
Isto significa que, ao atingirem os intestinos, vão favorecer o crescimento de
bactérias probióticas (como as bifidobactérias) em vez do crescimento de agentes
patogénicos. Sendo assim, actuam ao nível da motilidade intestinal aumentando
a velocidade de expulsão do conteúdo fecal.
. Megaflora 9™ é um probiótico constituído por Bifidobacterium infantis, Bifidobacterium lactis, Bifidobacterium longum, Enterococcus faecium, Lactobacillus
acidophilus, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus salivarius, Lactobacillus lactis, que são microrganismos viáveis (bactérias lácteas
na forma de células liofilizadas), que apresentam um efeito benéfico sobre a
saúde do hospedeiro após a ingestão, devido à melhoria das propriedades da
microflora intestinal.
A natureza inspira-nos…
Tema desta
Edição:
Dra. Maria
Inês Bila
TRÂNSITO
INTESTINAL
SAUDÁVEL
Sempre que necessário deve recorrer a toma de Suplementos Alimentares para garantir um aporte nutricional satisfatório. Dentro da DietMed destacam-se
os seguintes:
ALOÉ VERA comprimidos
Fiberlax® SOS com cáscara-sagrada
AJUDA A ATINGIR E A MANTER UM PESO ADEQUADO. PARA UM MELHOR TRÂNSITO INTESTINAL
ALÍVIO IMEDIATO
Novidade
de Julho
Composição: Cáscara-sagrada (contendo pelo menos 15 mg de derivados
antracénicos) 300 mg, FOS (Fructo-oligossacáridos) 150 mg, Cereja 100
mg e Excipiente q.b.p. 1 comprimido.
Modo de usar: 1 comprimido ao deitar. Se necessário aumentar a dose
até 2 comprimidos por dia. Não deverá exceder a dose recomendada.
Apresentação: Caixa com 15 comprimidos.
Composição: Aloé Vera 500 mg e Excipiente q.b.p. 1
comprimido.
Modo de usar: 1 comprimido 3 vezes ao dia, depois
das refeições.
Não deverá exceder a posologia recomendada.
Apresentação: Frasco com 90 comprimidos.
CÁSCARA SAGRADA comprimidos
PARA UM MELHOR TRÂNSITO INTESTINAL
Fiberlax® Uso Diário com Acácia
FONTE DE FIBRAS
Novidade
de Julho
Composição: Acácia 525 mg, FOS (Fructo-oligossacáridos) 150 mg, Cereja
30 mg e Excipiente q.b.p. 1 comprimido.
Modo de usar: 1 comprimido 2 vezes ao dia, de preferência antes das
refeições. Não deverá exceder a posologia recomendada.
Apresentação: Caixa com 45 comprimidos.
Composição: Cáscara Sagrada 500 mg e Excipiente q.b.p.
1 comprimido.
Modo de usar: 1 ou 2 comprimidos ao fim de jantar.
Se necessário tomar 1 comprimido no fim do almoço.
Não deverá exceder a posologia recomendada.
Apresentação: Frasco com 90 comprimidos.
DR. RECKEWEG® R13 (Gotas Orais – Solução)
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
(Nº DE REGISTO NO INFARMED 1000033)
Fiberlax® Bifidus com Megaflora 9™
FAVORECE A FLORA INTESTINAL
Novidade
de Julho
Composição: Megaflora 9™ (Bifidobacterium infantis, Bifidobacterium lactis,
Bifidobacterium longum, Enterococcus faecium, Lactobacillus acidophilus,
Lactobacillus paracasei, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus salivaius,
Lactococcus lactis 1x109 ufc/g) 400mg, FOS (Fructo-oligossacáridos) 150 mg
e Excipiente q.b.p. 1 comprimido.
Modo de usar: 1 comprimido ao dia, de preferência antes do pequeno-almoço.
Não deverá exceder a posologia recomendada.
Apresentação: Caixa com 30 comprimidos.
Composição: 10 ml contêm: Acidum nitricum D6 1 ml, Aesculus D4 1 ml, Collinsonia canadensis D4
1ml, Hamamelis D4 1 ml, Lycopodium D5 1 ml, Nux vómica D4 1 ml, Paeonia officinalis D4 1 ml,
Sulfur D5 1 ml, Ethanolum/Aqua purificata.
Preparado segundo as normas da Farmacopeia Homeopática Alemã. Contém 66% Álcool.
Dosagem e Administração: Salvo outra indicação, a dose para adultos é, em situações agudas, de
5 a 10 gotas diluídas ou não num pouco de água, de 2 em 2 horas até ao máximo de 12 tomas por
dia; deve evitar-se a sua mistura com alimentos.
Após melhoria da sintomatologia, reduzir a administração para 3 vezes por dia, 30 minutos antes
das refeições. Crianças maiores de 12 anos, é de 5 a 8 gotas de acordo com o acima mencionado.
N.B. Não está prevista a utilização deste produto em crianças menores de 12 anos.
Indicações de Bom Uso: Baseiam-se nas utilizações tradicionais de cada um dos componentes
homeopáticos. Entre elas incluem-se: hemorróidas, fissuras do recto, eczema no ânus, dor anal;
varicoselo; obstipação; flatulência; dispepsia; pirose; regurgitação e hérnia do hiato.
Apresentação: Caixa com frasco de vidro de 50 ml.
Note que os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado, assim como as indicações de bom uso referidas
baseiam-se na utilização tradicional dos seus constituintes, bem como nas suas acções fisiológicas.
Os Medicamentos Homeopáticos não possuem indicações terapêuticas aprovadas.
BIBLIOGRAFIA
SEELEY R, STEPHENS T, TATE P. Anatomia & Fisiologia, 1ª Ed, Lusodidacta, Lisboa, 1997.
PETERSDORF P., ADAMS R., BRAUNWALD E., ISSELBACHER K., MARTIN J., WILSON J. Harrison, Medicina Interna, 10ª Ed, Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1984.
MUGIE SM, BENNINGA MA, DI LORENZO C. Epidemology of constipation in children and adults: a systematic review, Best Pract Res Clin Gastroenterol, Feb 2001; 25(1):3-18.
Enciclopédia de Medicina, Mirandela Artes Gráficas, S.A., Lisboa, 1990.
PROENÇA DA CUNHA, A., PEREIRA DA SILVA, A., ROQUE, O. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia, 2ª Ed, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2006.
http://www.manualmerck.net
TRÂNSITO INTESTINAL SAUDÁVEL
Edifício Verde Queimadas | Sernada 3505-330 Viseu PORTUGAL
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