Proceedings - Escola Superior Agrária de Elvas

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Proceedings - Escola Superior Agrária de Elvas
CENTRO DE NEGÓCIOS TRANSFRONTEIRICO
ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
PAPERS IN CONFERENCE
PROCEEDINGS
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Comissão Organizadora/Organizing Committee:
Luísa Silva Pereira (Coordenação/Chairman)
Graça Pacheco de Carvalho
Rute Santos
Augusto Gouveia
Lina Costa
Miguel Minas
Maria Pereira
Susana Carrega
Márcia Oliveira
Secretariado/Secretariat:
Márcia Oliveira
Luís Loures
RP e Divulgação/PR and Media Communication:
Dora Gonçalves
Ana Pereira
Representantes dos Alunos/Student Representatives:
Linda Silva
Rebbeca du Merelie
Carlos Carola
Comissão Científica/Scientific Committee:
Luís André Oliveira Pinho(ESA/IPVC) - [email protected]
Teresa Maria Montenegro Araújo Almeida Correia (ESA/IPB) - [email protected]
Helena Vala(ESA/IPV) - [email protected]
Manuel Vicente de Freitas Martins (ESA/IPCB) - [email protected]
Rute Guedes dos Santos (ESAE/IPP) - [email protected]
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
ÍNDICE:
001. CARATERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA DIROFILARIOSE CANINA EM OLHÃO ................ 1
002. BLOOD PARASITES IN BIRDS OF PREY AND THE CONTRIBUTION OF WILD ANIMALS
REHABILITATION CENTRES ........................................................................................................ 3
003. SÍNDROME DE DISFUNÇÃO COGNITIVA CANINA (SDCC) .................................................. 5
004. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E CUIDADOS NOS CÃES
GERIÁTRICOS PELOS PROPRIETÁRIOS ....................................................................................... 7
005. CANINE AND FELINE ORAL PATHOLOGY ........................................................................... 9
006. PATOLOGIAS DA CAVIDADE ORAL EM CANÍDEOS E FELÍDEOS........................................ 15
007. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TCM EM CABRAS DA RAÇA SERRANA – PERÍODO DE
ORDENHA DE 2012 .................................................................................................................. 27
008. NOSOCOMIAL INFECTIONS IN VETERINARY .................................................................... 28
009. AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE FEZES RECOLHIDAS NA VILA DE CAMPO MAIOR ...... 34
010. ESTUDO OTOLÓGICO PARA O DIAGNÓSTICO DA INCIDÊNCIA DE OTITES EM ANIMAIS DE
COMPANHIA ............................................................................................................................ 36
011. PRÉ-REQUISITOS ANALISADOS NAS COZINHAS DAS UNIDADES DE ESTABELECIMENTOS
ORGÂNICOS E DE CAMPANHA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS .................................................... 38
012. MONITORIZAÇÃO PÓS-CIRÚRGICA DO PACIENTE CRÍTICO PELO ENFERMEIRO
VETERINÁRIO ........................................................................................................................... 41
013. RELAÇÃO CAUSAL DA VACINAÇÃO E O FIBROSSARCOMA VACINAL FELINO .................. 43
014. PAPEL DO ENFERMEIRO VETERINÁRIO NAS TÉCNICAS DE OXIGENOTERAPIA EM
PEQUENOS ANIMAIS ............................................................................................................... 46
015. TÉCNICAS DE TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CANÍDEOS NA ENFERMAGEM VETERINÁRIA
................................................................................................................................................. 48
016. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TCM EM CABRAS DA RAÇA SERRANA – PERÍODO DE
ORDENHA DE 2010 .................................................................................................................. 50
017. AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DA IMUNIDADE PASSIVA EM VITELOS DE CARNE ...... 51
018. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TIMPANISMO ............................................................ 53
019. CANINE MASTOCYTOSIS .................................................................................................. 55
020. LASER DE CLASSE IV NA ENFERMAGEM VETERINÁRIA ................................................... 61
021. CALCINOSIS CUTIS AND CALCINOSIS CIRCUMSCRIPTA ................................................... 63
022. PULMONARY AND SUBCUTANEOUS EMPHYSEMA ......................................................... 68
023. A DOR EM ANIMAIS DE COMPANHIA.............................................................................. 74
024. O ENFERMEIRO VETERINÁRIO NA DERMATOLOGIA: ANÁLISE COMPARATIVA DAS
LESÕES DERMATOLÓGICAS OBSERVADAS NAS CONSULTAS DE DERMATOLOGIA E CENTRO
DE ESTÉTICA DO HVME ........................................................................................................... 76
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025. HEPATIC ENCEPHALOPATHY ASSOCIATED WITH PORTO SYSTEMIC SHUNT IN A BITCH: A
CASE REPORT........................................................................................................................... 78
026. GERIATRIA CANINA.......................................................................................................... 81
027. CUIDADOS NO PACIENTE PEDIÁTRICO; PAPEL DO ENFERMEIRO VETERINÁRIO............. 84
028. ESTUDO ODONTOLÓGICO PARA AVALIAR A INCIDÊNCIA DE PERIDONTITE EM CÃES .... 88
029. NURSING CARE IN GASTRIC DILATATION IN DOGS ......................................................... 90
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001. CARATERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA DIROFILARIOSE CANINA EM OLHÃO
Nicole Baião1; Gisela Arrais2; Maria Pereira1
1Instituto Politécnico de Portalegre, Escola Superior Agrária Elvas
2Clínica Veterinária 115 Animal
A Dirofilariose canina (Dcan) é uma doença causada pelo parasita Dirofilaria immitis e
transmitida por mosquitos dos géneros Aedes, Anopheles e Culex. Carateriza-se pelo
desenvolvimento de patologia cardiopulmonar potencialmente fatal.³
A doença possui distribuição mundial e é endémica em Portugal. Na região do Algarve
está descrita uma prevalência de 12%.¹
O objetivo deste estudo consistiu em caraterizar epidemiologicamente a parasitose na
região de Olhão, Algarve.
Foram analisadas 50 amostras de sangue de canídeos que se apresentaram à consulta
na Clínica Veterinária 115 Animal, entre 25 de Junho e o dia 31 de Julho de
2013.Realizou-se um rastreio inicial para pesquisa de microfilárias no sangue periférico
através do exame microscópico direto e o diagnóstico de Dcan foi confirmado com o
teste deteção de antigénio de D. immitis (Uranoteste Dirofilaria®).
Obteve-se uma prevalência de 8%, o que corresponde a quatro animais infetados. Com
base nas fichas clínicas dos pacientes e inquéritos realizados aos proprietários,
verificou-se que todos os animais infetados pertenciam ao sexo masculino, com idades
compreendidas entre os 5 e os 8 anos. Os animais de porte grande (26-45Kg) e pelo
curto parecem ser mais suscetíveis. A proporção de animais afetados de raça pura e
raça indefinida foi semelhante, parecendo existir uma predisposição racial (American
Staffordshire Terrier e Staffordshire Bull Terrier descendem da mesma linhagem).
Relativamente ao seu habitat, 50% dos pacientes tinham acesso a ambiente misto
(indoor/outdoor) e os restantes viviam exclusivamente outdoor, justificando deste
modo a exposição ao vetor. Quanto à sintomatologia apresentada esta foi variada,
sendo a intolerância ao exercício e a perda de peso os sinais clínicos mais observados.
Verificou-se um desconhecimento total dos proprietários quanto às características
zoonóticas da patologia.¹
Neste pequeno estudo, parâmetros de índole epidemiológica como a idade, sexo,
porte, habitat e pelagem, demonstraram ter influência significativa sobre a prevalência
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da dirofilariose como referenciado em monografia existente sobre a Dcan.
Relativamente às raças positivas em estudo, não demonstram qualquer coincidência
com a revisão bibliográfica. Apesar da dimensão reduzida da amostra verificou-se uma
% significativa da doença, na qual se deve proceder a uma maior divulgação sobre esta
parasitose para a sua prevenção bem como a nível de conhecimento da possível
zoonose.
Bibliografia
1.
AMERICAN HEARTWORM SOCIETY (2012). Current Canine Guidelines for the
Diagnosis, Prevention and Management of Heartworm Disease (Dirofilaria immitis)
Infection in Dogs. Disponível em: http://www.heartwormsociety.org/. Acesso em: 05
de Julho de 2013.
2.
ARAUJO A. M. (1996). Canine and human Dirofilaria immitis infections in
Portugal. A review. Parassitologia 366 pp.
3.
MORCHÓN, R., CARRETÓN, E., GONZÁLEZ-MIGUEL, J., MELLADO-HERNÁNDEZ,
I. (2012). Heartworm disease (Dirofilaria immitis) and their vectors in Europe – new
distribution trends. Frontiers in Physiology.
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002. BLOOD PARASITES IN BIRDS OF PREY AND THE CONTRIBUTION OF WILD
ANIMALS REHABILITATION CENTRES
Ana Catarina Baptista; Bárbara Pires1; Rute Matos2; Pedro Melo3; Luís Madeira de
Carvalho4.
1 – Mediterranean Ecosystems and Landscapes Research Group, Institute of
Mediterranean Agricultural and Environmental Sciences, University of Évora, 7002-554
Évora, Portugal
2 – Rehabilitation Centre of Wild Animals in Lisbon (LxCRAS), Câmara Municipal de
Lisboa, DMAU/DGMPFM. Espaço Monsanto - Estrada do Barcal, Monte das Perdizes,
Parque Florestal de Monsanto, 1500 Lisbon, Portugal.
3 – Vetnatura, Lisbon, Portugal.
4 – Parasitology and Parasitic Diseases, Interdisciplinary Research Centre for Animal
Health, Faculty of Veterinary Medicine, University of Lisbon, (CIISA/FVM/TUL), 1300477 Lisbon, Portugal.
The presenting author: [email protected]
INTRODUCTION AND OBJECTIVES
Studies about avian parasitism have been performed in all Europe, relating biological
and ecological factors. The majority are focused in nesting birds, which are easily
captured, examined and monitored. However, studies with free ranging species in
nature are subjected to restraints that make research more complex. In this way, Wild
Animals Rehabilitation Centres actively contribute to data and sample collection, which
would be complicated in other situations.
Therefore, hemoparasites genus were identified in birds of prey admitted in the Wild
Animals Rehabilitation Centre of in Lisbon (Portugal) (hereafter, LxCRAS), in order to
understand the geographic and seasonal meaning.Methods and results: The study was
carried out in LxCRAS, between 2009 and 2011, and based on collected blood samples,
48 hours after the admission of birds. Samples were obtained through direct puncture
of the superior ulnar vein without the addition of anticoagulants and were then
smeared with Diff-Quick coloration. During this period, blood samples from 692
animals were analysed, of which 17 belonged to diurnal and 7 to nocturnal species.
From the total number of samples, 22.3% were infected with blood parasites of which
25.3% belonged to Falconiformes and 74.7% to Strigiformes. Regarding the kind of
hemoparasites, 4 different genus were found: Leucocytozoon, Haemoproteus,
Plasmodium and Babesia; microfilaria has also been found. Leucocytozoon sp. has
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demonstrated to be the most common genus. Mixed infections of two or three
different genera of hemoparasites were also detected in both diurnal and nocturnal
species: Leucocytozoon and Haemoproteus; Leucocytozoon and Plasmodium;
Leucocytozoon and Babesia; Leucocytozoon and microfilaria; Haemoproteus and
Plasmodium; Haemoproteus and microfilaria; Leucocytozoon, Haemoproteus and
Plasmodium and; Leucocytozoon, Haemoproteus and Babesia.
Regarding the region of capture, the Centre of Portugal registered the highest
prevalence. Considering the season in which the sample was collected, high values
were found in spring (Falconiformes and Strigiformes) and summer (Strigiformes).
Main Findings: The results found in this study are similar with others studies
performed in Portugal, Great Britain, Italy and Germany. It was also found a higher
prevalence in Strigiformes than in Falconiformes, similar to other studies performed in
Portugal, Italy and Germany. This may be due to the fact that some vectors have a
diurnal and/or crepuscular behaviour and feed at the time of lower activity of
nocturnal species, among other factors. Regarding associations between genera of
blood parasites, like Haemoproteus-Plasmodium and Leucocytozoon-PlasmodiumHaemoproteus, they have already been reported in Portugal.
Regarding the geographic distribution, the Centre of Portugal presented higher values
which should be explained regarding the location of LxCRAS. Results regarding season
of collection suggest that the increase of prevalence coincides with the reproductive
season, when both adults and nestlings’ immune system is more depressed and vector
activity is increased due to weather conditions.
Although rehabilitation centres do not provide a representative sample of nature, they
continue to contribute positively to a good assessment of natural population,
particularly in the health status of bird species that can be endangered and the role
that can be played by their pathogens, namely and this case hemoparasites, as agents
of natural selection of their hosts.
Acknowledgements:
To those responsible for the Wild Animals Rehabilitation Centre of Lisbon (LxCRAS) and
the Municipality of Lisbon (Câmara Municipal de Lisboa) for allowing the access to
these animals and the use of their biological samples, as well as the use of the
mentioned facilities .
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003. SÍNDROME DE DISFUNÇÃO COGNITIVA CANINA (SDCC)
Filipe Cerdeira, Ângela Martins1
1 – Hospital Veterinário da Arrábida
Autor apresentador: [email protected]
Neste trabalho, apresentamos um estudo de 4 meses, em 16 pacientes com idade
superior a 9 anos, que permaneciam no hospital veterinário 10horas de modo a
proporcionar a aplicação do acrómio DISHA, seguido da prova de avaliação de SDCC,
tendo todos como resultado, a prova de avaliação positiva. A prova de avaliação de
SDCC tem a seguinte metodologia:
a)
Aprendizagem e memória;
b)
Área de interesse: confusão, inconsciência e desorientação;
c)
Relações, comportamento e interação social;
d)
Vários: ciclo sono-vigília, irritabilidade e ansiedade.
Quando o resultado é positivo á prova de avaliação de SDCC, podemos ter vários graus
(leve, moderado, grave e muito grave).
Todos os 16 pacientes foram submetidos ao seguinte plano de tratamento:
a)
Treino de fisioterapia (cinesioterapia);
b)
Treinos comportamentais e jogos;
c)
Atenção individual;
d)
Tratamento farmacológico (Selegilina na dose de 0,5mg/ paciente);
e)
Tratamento nutricional (Hill’s B/D).
Após a realização do plano de tratamentos apresentamos passado 2 meses, uma prova
intermédia de avaliação de grau de SDCC, que permitiu o reajuste do plano de
tratamento para a última prova de avaliação do grau de SDCC, tendo sido esta
realizada ao fim de 4 meses.
Este estudo permitiu concluir que um paciente diagnosticado com SDCC leve, pode e
deve realizar tratamento para esta afeção, pois temos como objectivo aplicar um
protocolo preventivo e não um protocolo curativo, já que o paciente com SDCC leve
nunca mais terá cura, mas sim oportunidade de agravar o seu grau.
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Todos os graus de SDCC devem ser considerados, aplicando medidas clínicas
terapêuticas, pois concluímos que elas permitem reduzir o grau de SDCC em 50%,
como verificado neste estudo.
O trabalho do E.V. nesta área médica vai permitir uma melhor qualidade de vida e
sucesso clínico.
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004. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E CUIDADOS NOS CÃES
GERIÁTRICOS PELOS PROPRIETÁRIOS
Correia, I.1; Pereira, L.1; Almeida, A.2
1 – Escola Superior Agrária de Elvas; 2 – Centro Veterinário de Sintra
Presenting author: [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS:
A geriatria representa uma importante área em expansão na prática veterinária, os
avanços referentes às terapias, aos métodos diagnósticos e à nutrição, muito têm
contribuído para a otimização da qualidade e expectativa de vida dos animais de
companhia, com crescimento do número de animais geriátricos. Durante o processo
de envelhecimento, vários sistemas orgânicos alteram-se progressivamente, de
maneira contínua e irreversível. O estudo foi realizado com o objetivo de identificar e
avaliar conhecimentos e cuidados nos cães geriátricos e consciencializar os donos para
a prática de medicina preventiva, evitando ou adiando o aparecimento de patologias
relacionadas com a idade.
METODOLOGIA E RESULTADOS:
Foi realizada uma pesquisa empirica, no período de Março a Agosto de 2013, através
de 157 questionários (presenciais e via online), aplicados a proprietários de cães
geriátricos. Foram incluídos neste estudo os cães que respeitavam os seguintes
critérios quanto ao tamanho: Pequeno e médio porte a partir dos nove anos de idade;
grande porte a partir de oito anos de idade e porte gigante a partir de seis anos de
idade.
Dos 157 animais da amostra, 54% eram machos, com idades compreendidas entre os 7
anos e os 18 anos, registou-se que 17, 9% animais tinham 13 anos, com o predomínio
de cães de raça pura (55,7%). Em relação ao porte dos animais, pequeno, médio e
grande apresentaram percentagem idênticas (33%, 33% e 32%, respetivamente),
sendo 2% dos animais de porte gigante. Observou-se uma relação entre o tamanho do
animal e a sua idade, verificando-se idades mais avançadas, entre os 16 e 18 anos, em
cães de médio e pequeno porte. Na relação entre a raça e a idade, os cães sem raça
definida apresentam 77,8% de animais com idades compreendidas entre os 16 e os 18.
Mais de metade da amostra (59,6 %) não era esterilizada/castrada e 35,8% da amostra
é alimentado com ração seca e comida caseira.
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O método mais usado para a prevenção do aparecimento de tartaro são as barras orais
(32,9%), é importante salientar que só 5,7% dos proprietários escova os dentes ao seu
cão. 44% dos animais faz check-ups um vez por ano, e 24,5% com aparecimento de
sintomatologia. 54,4% dos animais tinham registo de patologias anteriores, sendo
frequentes as cardiopatias (29,4%) e as neoplasias (16,5%).
CONCLUSÕES:
O crescimento do conhecimento científico e a prestação dos cuidados médicoveterinários de qualidade, proporcionou o aumento da esperança de vida das
diferentes raças caninas. Na fase geriátrica, fatores como nutrição, características
ambientais e prevenção são importantes para acelerar ou retardar o processo de
envelhecimento. Verificou-se que a maioria dos proprietários não revela rotina nos
cuidados preventivos, principalmente com a alimentação, apesar do crescente
interesse pela importância desses cuidados. Animais mais velhos apresentam uma
frequência relativamente alta de patologias, revelando uma importância acrescida no
acompanhamento médico para um cão geriátrico. Todos os cães devem fazer visitas
anuais ao veterinário para realizarem um exame clínico, os cães com mais de 7 anos
devem realizar um check-up anual. Para raças gigantes o exame anual deve ser
realizado após os 5 anos. As patologias do aparelho cardiovascular e as neoplasias dos
tecidos moles apresentam grande representatividade em animais geriátricos,
associados ao modo de vida. A avaliação precoce de certas patologias permite
aumentar a eficácia do tratamento e/ou atrasar o aparecimento dos sinais clínicos,
viabilizando melhor qualidade de vida.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço ao Centro Veterinário de Sintra por me ter dado a possibilidade de realização
de estágio, à Escola Superior Agrária de Elvas e respectivos professores por todos os
conhecimentos e ensinamentos transmitidos, bem como a todos os proprietários que
disponibilizaram um pouco do seu tempo e que possibilitaram a realização deste
estudo.
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005. CANINE AND FELINE ORAL PATHOLOGY
Costa S1, Pais B1, Almeida D1, Simões J1, Mega AC1, Vala H1,2
1-Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal
2- Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal
Presenting author: [email protected]
INTRODUCTION
The aim of this work was to present a brief review of the main conditions affecting the
oral cavity of dogs and cats. In recent years there has been increased attention with
regard to veterinary dentistry, being several and frequent the pathologies located in
the oral cavity of our pets. These diseases mainly affect the teeth and the mucous
membranes of the oral cavity, and may, in chronic cases, also affect vital organs. This
condition could have different causes, including hereditary, congenital, infectious,
tumoural and even traumatic, requiring specific therapeutic approaches (Bellows,
2010; Holmstrom et al., 2007).
RESULTS
GINGIVITIS
Gingivitis is an early oral conditions, in which only the gums are involved, which are
presented red, swollen, and may bleed to the touch. This state is reversible and if the
animal makes a tartarectomia, leaving all the clean tooth, the gums will return to
normal (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
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PERSISTENCE OF DECIDUOUS TEETH
As its name indicates, this pathology is associated with the eruption of permanent
teeth without the prior corresponding fall in deciduous. In dogs between 5 and 7
months, and cats between 6 and 12 months all the teeth will already have been
replaced. The non-occurrence of this natural replacement called persistence of
deciduous teeth, may have cause to be genetic in origin (Niemiec, 2008). The
treatment consists in the extraction of corresponding deciduous tooth (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007; Niemiec, 2008).
DENTAL FRACTURES
Are mainly caused by accidents, pedestrian accidents, falls from great heights or
trauma resulting from the hunting activity. As the periodontal bacteria can reach the
bloodstream and cause irreversible damage to vital organs such as the kidneys, liver
and heart. Most cases require tooth extraction (extraction) or performing endodontic
treatment chewing and allowing the seizure (Bellows, 2010, Holmstrom et al. 2007).
The tooth is disinfected in its interior, removing all infected and necrotic material, and
then filled with a filling material and restored with resin, amalgam or metallic
prosthesis (Bellows, 2010, Holmstrom et al. 2007).
GINGIVAL HYPERPLASIA
Gingival hyperplasia is an overgrowth of the gums, characterized by the gradual
increase in its thickness, especially at the level of the gingival board as well as the
presence of bodies firm and not painful. The cause is unknown, and the most common
signs of halitosis (bad breath), excessive salivation, dysphagia (difficulty ingesting food)
and bleeding in severe cases. It is a recommended gingivoplasty in order to regain
normal gingival thickness and contour (Bellows, 2004; Holmstrom et al., 2007).
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PERIONDONTITE
This condition results primarily from progression of gingivitis, gum infections resulting
in severe with the formation of pus, alveolar bone demineralization or abnormal
growth and shrinkage of the gum (gingival hyperplasia). Bacteria run throughout the
body and can reach vital organs such as the heart, liver, kidneys, lungs, joints, and
meninges (Youle, s / d).
The treatment consists of a scraping with dental ultrasound and hand curettes and if
any exposed roots, are properly scraped and flattened, and then all the teeth polished.
In more severe cases, we resort to intraoral radiography or tooth extraction (Bellows,
2010; Holmstrom et al., 2007).
HYPOPLASIA AND HYPOCALCIFICATION ENAMEL
The teeth are the teeth enamel defects with a predisposition to periodontal disease
onset, this is because the surface is uneven, and the majority of cases its rough texture
and thereby facilitating the development of plaque. Also in areas where the enamel is
absent or underdeveloped, the tooth is more fragile and conducive to fracture (Huttly
et al., 2003; Niemiec, 2008). These defects are irreversible so your greatest ally is
prevention!
ORTHODONTIC CHANGES
Orthodontic changes may be related to genetic / hereditary, as well as trauma and
retention of teeth. An incorrect conformation dental trauma can cause the gums or
palate, leading later to a communication with the nasal cavity (Wenceslas & Zainaghi,
2011).
To address such deficiencies, the existing solution is to use an orthodontic appliance
(Holmstrom et al. 2,007; Wenceslas Zainaghi & Ana, 2011).
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DEFECTS IN PALATE
A cleft palate, also called palatal defect, is a abnormal communication between the
oral and nasal cavities and oral and maxillary sinus. The palatal defects may be
congenital or acquired during life. The main causes are: trauma, dental disease, bite
wounds and penetration by foreign bodies. These animals have difficulty
breastfeeding, nasal regurgitation, failure to thrive and growth, respiratory infection,
drainage of milk during breastfeeding nostrils, coughing, gagging and sneezing (Lawall,
2012). The correction involves the reconstructive surgery of the palate (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007).
MAXILAR AND MANDIBULAR FRACTURE
Fractures at the upper and lower jaw (mandible) are, in most cases, lesions due to
trauma. There are some common signs, such as facial disfigurement, oral or nasal
bleeding, inability to open or close the jaw and fractured teeth (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007).
Surgery is the most common treatment, with the ultimate goal of reducing the
fracture, establishing the natural occlusion of bones and teeth (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007).
SIALOCELO
It is one of the most common disorders based in the salivary glands observed in dogs.
This occurs due to leakage of saliva into the subcutaneous tissue of the jaw and neck
or ventral to the interior tissues sublingual and pharyngeal tissues. The main cause is
due to trauma located in the gland duct concerned. Clinical signs include a painless
swelling in the neck and pharyngeal dysphagia. Sometimes, it is the aspiration of the
accumulated fluids or complete removal of the sublingual salivary gland affected
(Caiafa, 2007).
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DISCUSSION AND CONCLUSION
The salivary gland disorders, cancer and periodontal diseases are diseases of the oral
cavity most common and affect most of our pets (Bonello, 2007; Niemiec, 2008). Many
of these diseases go unnoticed by the owner, only being detected at a later stage after
the onset of symptoms, but also when the treatment methods to reverse these
conditions are no longer effective, and as such, in most cases uses to a tooth extraction
(Bellows, 2010; Bonello, 2007; Holmstrom et al., 2007; Niemiec, 2008). Therefore, and
despite a major concern of homeowners in modern society with the health and
welfare of animals, the problems of the oral cavity still often getting sent to a second
plane (Huttly et al., 2003; Niemiec, 2008).
It is our understanding and intention to contribute to this work, so that the domain
knowledge of these diseases by veterinary nurse, will contribute to an improvement in
the early detection of the same but especially to strengthen the role of the veterinary
nurse in prevention and control, with practical and effective recommendations
regarding oral hygiene measures that the owner must implement at home or to be
applied in the context of query (Huttly et al., 2003).
BIBLIOGRAPHY:
Bellows J (2004). Small animal dental equipment, materials and techniques. A primer.
Blackwell Publishing, Iowa, EUA, 417 pp..
Bonello D (2007). Feline inflammatory, infectious and other oral conditions. Tutt,
Cedric; Deeprose, Judith; Crosseley, David. BSAVA (3ªedição). 126-145.
Caiafa A (2007). Canine infectious, inflammatory and immune-mediated oral
conditions. Tutt, Cedric; Deeprose, Judith; Crosseley, David. BSAVA (3ªedição). 96-123.
Holmstrom, Fitch F, Eisner R (2007). Veterinary dental techniques for the small animal
practitioner. 4ª Edição, Mosby Elsevier, Filadélfia, EUA, 689 pp.
Huttly S,Taylor I, Sweet J (2003). Effective learning & teaching in medical, dental &
veterinary education. Sterling, VA, 101pp.
13
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Lawall
T
(2012).
Fenda
Palatina
http://thaisevet.blogspot.pt/2012/07/fenda-palatina-congenita.html,
Congênita.
consulado
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15/11/2012.
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ACKNOWLEDGMENT: FCT&DETS (PEest-OE/CED/UI4016/2011).
14
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
006. PATOLOGIAS DA CAVIDADE ORAL EM CANÍDEOS E FELÍDEOS
Costa S1, Pais B1, Almeida D1, Simões J1, Mega AC1, Vala H1,2
1-Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal
2- Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal
Autor apresentador: [email protected]
INTRODUÇÃO
Pretende-se neste trabalho apresentar uma breve revisão das principais condições que
afetam a cavidade oral dos cães e gatos. Nos últimos anos tem-se verificado uma
maior atenção no que toca à odontologia veterinária, sendo que são várias e
frequentes as patologias da cavidade oral dos nossos animais de companhia. Estas
patologias afetam principalmente os dentes e a mucosa da cavidade oral, podendo, em
casos crónicos, afetar também órgãos vitais. As doenças podem ser de natureza
diversa: hereditárias, congénitas, infeciosas, tumorais e até traumáticas, requerendo
cada uma delas cuidados específicos para o seu tratamento (Bellows, 2010; Holmstrom
et al., 2007).
RESULTADOS
GENGIVITE
A gengivite é uma das condições orais iniciais, em que apenas estão envolvidas as
gengivas, as quais se apresentam avermelhadas, inchadas, podendo sangrar ao toque.
Este estado é reversível e caso o animal faça uma tartarectomia, deixando todo o
dente limpo, a gengiva retornará ao normal (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
PERSISTÊNCIA DOS DENTES DECÍDUOS
Como o próprio nome indica, esta patologia está associada à erupção dos dentes
permanentes sem uma prévia queda dos decíduos correspondentes. Nos cães, entre
os 5 e 7 meses, e nos gatos entre os 6 e 12 meses todos os dentes já deverão ter sido
substituídos. A não ocorrência desta substituição natural designada por persistência
dos dentes decíduos, pode ter causa ser de origem genética (Niemiec, 2008). O
tratamento consiste na extração do dente decíduo correspondente (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007; Niemiec, 2008).
FRATURAS DENTÁRIAS
São essencialmente provocadas por acidentes, atropelamentos, quedas de grandes
alturas ou trauma decorrente da atividade da caça. Tal como na periodontite, as
bactérias podem atingir a circulação sanguínea e causar danos irreversíveis em órgãos
vitais, como os rins, fígado e coração. A maior parte dos casos requer extração
dentária (exodontia) ou realização de um tratamento endodôntico possibilitando a
mastigação e apreensão (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
O dente é desinfetado no seu interior, retirando-se todo o material necrosado e
contaminado, sendo de seguida preenchido por um material obturador e restaurado
com resina, amálgama ou prótese metálica (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
HIPERPLASIA GENGIVAL
A hiperplasia gengival consiste num crescimento exagerado da gengiva, caracterizado
pelo aumento gradual na sua espessura, sobretudo ao nível do bordo gengival, bem
como pela presença de massas firmes e não dolorosas. A causa é desconhecida, sendo
os sinais mais comuns halitose (mau hálito), salivação excessiva, disfagia (dificuldade
em ingerir os alimentos) e sangramento, nos casos mais severos. Encontra-se
recomendada uma gengivoplastia com o objetivo de recuperar a espessura e o
contorno gengival normal (Bellows, 2004; Holmstrom et al., 2007).
16
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
PERIONDONTITE
Esta condição resulta essencialmente da progressão das gengivites, tendo como
consequência infeções gengivais severas com formação de pus, desmineralização do
osso alveolar e retração ou crescimento anormal da gengiva (hiperplasia gengival). As
bactérias percorrem todo o organismo e podem atingir órgãos vitais, como o coração,
o fígado, os rins, os pulmões, as articulações e as meninges (Youle, s/d).
O tratamento consiste numa raspagem com ultrassom odontológico e curetas manuais
e, caso existam raízes expostas, são devidamente raspadas e aplainadas, sendo de
seguida todos os dentes polidos. Em casos mais graves, recorre-se à radiografia
intraoral ou à extração dentária (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
HIPOPLASIA E HIPOCALCIFICAÇÃO DO ESMALTE
Os dentes com malformações de esmalte são dentes com predisposição à doença
periodontal precoce, isto porque a sua superfície é irregular, sendo a maiorias das
vezes a sua textura rugosa e facilitando, deste modo, o desenvolvimento da placa
bacteriana. Também nas regiões onde o esmalte está ausente ou se encontra pouco
desenvolvido, o dente fica mais fragilizado e propicio a fraturas (Huttly et al., 2003;
Niemiec, 2008). Estes defeitos são irreversíveis pelo que o seu maior aliado é a
prevenção!
ALTERAÇÕES ORTODÔNTICAS
As
alterações
ortodônticas
podem
estar
relacionadas
com
fatores
genéticos/hereditários, assim como traumas e retenção dos dentes de leite. Uma
incorreta conformação dentária pode causar um trauma nas gengivas ou no palato,
conduzindo posteriormente a uma comunicação com a cavidade nasal (Venceslau &
Zainaghi – Ana, 2011).
17
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Para corrigir este tipo de anomalias, a solução existente é o uso de um aparelho
ortodôntico (Holmstrom et al., 2007; Venceslau & Zainaghi A.,2011).
DEFEITOS NO PALATO
A fenda palatina, também designada defeito palatal, consiste numa comunicação
anormal entre as cavidades oral e nasal ou oral e seio maxilar. Os defeitos palatais
podem ser congénitos ou adquiridos durante a vida. As principais causas são: traumas,
doenças dentárias, ferimentos por mordedura e penetrações por corpos estranhos.
Estes animais apresentam dificuldades em mamar, regurgitação nasal, falha no
desenvolvimento e crescimento, infeção respiratória, drenagem de leite pelas narinas
durante a amamentação, tosse, engasgos e espirros (Lawall T, 2012). A correção passa
pela cirurgia reconstrutiva do palato (Bellows, 2010; Holmstrom et al., 2007).
FRATURAS MANDIBULARES E MAXILARES
As fraturas ao nível das maxilas superiores e inferior (mandíbula) são, na maioria das
vezes, lesões causadas por traumas. Existem alguns sinais comuns, tais como:
deformação facial, sangramento oral ou nasal, Incapacidade de abrir ou fechar a
mandíbula e dentes fraturados (Bellows, J., 2010; Holmstrom et al.,2007).
A abordagem cirúrgica é o tratamento mais frequente, com o objetivo final de reduzir
a fratura, estabelecendo a oclusão natural de ossos e dentes (Bellows, 2010;
Holmstrom et al., 2007).
SIALOCELO
É uma das doenças mais comuns sediada nas glândulas salivares verificadas em cães.
Esta ocorre devido ao vazamento de saliva para o interior de tecidos subcutâneos da
mandibula ventral e do pescoço ou para o interior de tecidos sublinguais e tecidos
faríngeos. A principal causa deve-se a traumatismos localizados no ducto da glândula
18
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
em causa. Os sinais clínicos incluem um inchaço não doloroso na região cervical e
faríngea e disfagia. Por vezes, faz-se a aspiração dos fluidos acumulados ou total
remoção da glândula salivar sublingual afetada (Caiafa, 2007).
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
As disfunções das glândulas salivares, neoplasias e doenças periodontais são
patologias da cavidade oral mais comuns e afetam grande parte dos nossos animais de
companhia (Bonello, 2007; Niemiec, 2008). Muitas destas doenças passam
despercebidas aos olhos do proprietário, sendo apenas detetadas numa fase mais
avançada, após o surgimento dos primeiros sintomas mas também quando os métodos
de tratamento para reverter estas situações já não são eficazes, e como tal, na maior
parte dos casos recorre-se a uma extração dentária (Bellows, 2010; Bonello, 2007;
Holmstrom et al., 2007; Niemiec, 2008). Assim sendo, e apesar de existir uma maior
preocupação dos proprietários na sociedade moderna com a saúde e o bem-estar dos
animais, os problemas da cavidade oral continuam, muitas vezes, a ficar remetidos
para um segundo plano (Huttly et al., 2003; Niemiec, 2008).
É nosso entendimento e intuito contribuir, com este trabalho, para que o domínio do
conhecimento destas patologias pelo enfermeiro veterinário, venha a colaborar para
uma melhoria da deteção precoce das mesmas mas, sobretudo, reforçar o papel do
enfermeiro veterinário na sua prevenção e controlo, com recomendações práticas e
eficazes quanto às medidas de higiene oral que o proprietário deve implementar em
casa ou que devem ser aplicadas em contexto de consulta (Huttly et al., 2003).
BIBLIOGRAFIA:
Bellows J (2004). Small animal dental equipment, materials and techniques. A primer.
Blackwell Publishing, Iowa, EUA, 417 pp..
Bonello D (2007). Feline inflammatory, infectious and other oral conditions. Tutt,
Cedric; Deeprose, Judith; Crosseley, David. BSAVA (3ªedição). 126-145.
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Caiafa A (2007). Canine infectious, inflammatory and immune-mediated oral
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Huttly S,Taylor I, Sweet J (2003). Effective learning & teaching in medical, dental &
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Lawall
T
(2012).
Fenda
Palatina
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consulado
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15/11/2012.
Niemiec A (2008). Topics in Companion Animal Medicine. Elsevier Inc. 59-71; 72-80.
Venceslau, Zainaghi A. (2011). Cachorro também usa aparelho nos dentes.
Sabia?.http://entretenimento.r7.com/bichos/noticias/cachorro-tambem-usa-aparelhonos-dentes-sabia-20111130.html?question=0, consultado 10/11/2012.
Youle C (s/d). Periodontopatias ou Doenças Causadas pelo Tártaro em Cães.
http://www.dogtimes.com.br/saude8.htm, consultado a 16/11/2012.
AGRADECIMENTOS: FCT&DETS (PEest-OE/CED/UI4016/2011).
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FELINE ORAL PATHOLOGY
Costa S1, Pais B1, Almeida D1, Simões J1, Mega AC1, Vala H1,2
1-Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal
2- Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal
Presenting author: [email protected]
INTRODUCTION
The main pathologies of the oral cavity are of utmost importance, not only by the
number of exposed individuals, but also by the consequences which stems. With the
development of this work, we intend to conduct a brief approach to the same, since,
specifically affecting domestic felines. Feline Lymphoplasmatic Gingivostomatitis
(GELF), the Feline Odontoclastic Reabsorption Lesions (LROF) Complex and gingivitisstomatitis-pharyngitis, have been studied, some of which are considered an enigma in
veterinary dentistry, this is because there are still many uncertainties about the true
causes, which sometimes cause irreversible damage. (Bellows, 2010; Bonello, 2007;
Vilela et al., 2004).
RESULTS
COMPLEX-GINGIVITIS-PHARYNGITIS STOMATITIS
The complex gingivitis-stomatitis-pharyngitis is a disease that affects only cats and
cause is still unknown.
It’s characterized by an aggressive inflammation of the oral mucosa, including the
regions of the gums, tongue, palate and pharynx (Bellows, 2010) and the symptoms
include loss of appetite, salivation, intense halitosis, bleeding gums and swelling
pharynx.
21
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Treatment consists of dental extraction; periodontal treatment is also advised
(Holmstrom et al., 2007).
FELINE LYPHOPLASMATIC GINGIVOSTOMATITIS (GECF)
The GECF characterized by a local inflammatory response or diffuse responsible for the
appearance of lesions with ulcer-proliferative effect on the oral mucosa. The most
frequent clinical symptoms are anorexia, dysphagia, halitosis, drooling, pain and
dehydration.
The GECF lesions are accompanied by gingivitis, periodontitis, stomatitis and ulceration
lingual and palatine, and there is, to date, no effective treatment for the GECF (Vilela
et al., 2004).
FELINE ODONTOCLASTIC RESORPTION LESIONS (LROF)
Affects about 70% of cats, being more frequent in animals older than four years and is
characterized by early reabsorption of permanent teeth, occurring almost always a
drooling and loss of appetite.
The recommended solution for these cases is the extraction of teeth involved (Bellows,
2010; Holmstrom et al., 2007).
DISCUSSION AND CONCLUSION
Most oral diseases in the cat came from an incorrect condition of oral hygiene,
therefore consider essential to inform the owner about oral hygiene, its consequences
and risks, avoiding the animal suffering and unnecessary expenses also in the future.
The vet nurse can play a crucial role in the prevention and control of oral diseases
feline, either through raising awareness of the owner, whether by way of explanation
and implementation of oral hygiene measures.
22
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
BIBLIOGRAPHY:
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Huttly S,Taylor I, Sweet J (2003). Effective learning & teaching in medical, dental &
veterinary education J. Sterling, VA, 101pp.
Marques
M
(2010).
Odontologia
Veterinária-Reabsorção
dentária.
http://marianalagemarques.blogspot.pt/2010/06/reabsorcaodentaria.html,consultado 10/11/2012.
Ramos
M
(2006).
Odontologia
Veterinária.
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Vilela C, Mestrinho L, Niza M (2004). Gengivo-estomatite crónica felina - um desafio
clínico.
http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf9_2004/551_127_135.pdf,
consultado
10/11/2012.
ACKNOWLEDGMENT: FCT&DETS (PEest-OE/CED/UI4016/2011).
23
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PATOLOGIAS DA CAVIDADE ORAL EM FELÍDEOS
Costa S1, Pais B1, Almeida D1, Simões J1, Mega AC1, Vala H1,2
1-Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal
2- Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal
Autor apresentador:[email protected]
INTRODUÇÃO
As principais patologias da cavidade oral, são de extrema importância, não só pelo
número de indivíduos expostos, mas também pelas consequências que delas advém.
Com a elaboração deste trabalho, pretende-se realizar uma breve abordagem às
mesmas, uma vez que, afetam especificamente felídeos domésticos. A GengivoEstomatite Linfoplasmática Felina (GELF), a Lesão de Reabsorção Odontoclástica Felina
(LROF) e o Complexo Gengivite-Estomatite-Faringite, têm sido objeto de estudo, sendo
algumas delas consideradas um enigma dentro da odontologia veterinária, isto
porque, ainda existem muitas incertezas acerca das verdadeiras causas, que por vezes
provocam danos irreversíveis. (Bellows, 2010; Bonello, 2007; Vilela et al.,2004).
RESULTADOS
COMPLEXO GENGIVITE-ESTMATITE-FARINGITE
O complexo gengivite-estomatite-faringite é uma patologia que afeta somente felinos
e cuja causa é ainda desconhecida.
Manifesta-se por uma agressiva inflamação da mucosa oral, incluindo as regiões da
gengiva, língua, palato e faringe (Bellows, 2010), podendo enumerar como sintomas a
perda de apetite, salivação intensa e espessa, halitose intensa, sangramento das
gengivas e edema na região faríngea.
24
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
O tratamento consiste na extração dentária, estando também aconselhado tratamento
periodontal (Holmstrom et al., 2007).
GENGIVO-ESTOMATITE LINFOPLASMÁTICA FELINA (GECF)
A GECF caracteriza-se por uma resposta inflamatória local ou difusa, responsável pelo
aparecimento de lesões do tipo ulcero-proliferativo na mucosa oral. Os sintomas
clínicos mais frequentes são anorexia, disfagia, halitose, ptialismo, dor e desidratação.
As lesões de GECF acompanham-se de gengivite, periodontite, estomatite e ulcerações
linguais e palatinas, não existindo, até ao momento, nenhum tratamento eficaz para a
GECF (Vilela et al., 2004).
LESÃO DE REABSORÇÃO ODONTOCLÁSTICA FELINA (LROF)
Afeta cerca de 70% dos gatos, sendo mais frequente em animais com idades
superiores a quatro anos e caracteriza-se pelo começo da reabsorção dos dentes
permanentes, ocorrendo quase sempre uma salivação excessiva e perda de apetite.
A solução indicada para estes casos é a extração dos dentes comprometidos (Bellows,
2010; Holmstrom et al., 2007).
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maior parte das patologias orais no gato são provenientes de uma incorreta
condição de higienização bucal, e por isso, consideramos fundamental informar o
proprietário acerca das mesmas, suas consequências e riscos, evitando sofrimentos
maiores ao animal e também gastos desnecessários no futuro (Bellows, 2010; Bonello,
2007; Huttly et al., 2003).
25
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
O enfermeiro veterinário pode ter um papel crucial na prevenção e controlo das
doenças orais felinas, quer pela via da sensibilização do proprietário, quer pela via da
explicação e implementação de medidas de higiene oral.
BIBLIOGRAFIA
Bellows J (2010). Feline dentistry. Oral assessment, treatment, and preventive care.
Wiley-Blackwell, Iowa, EUA,:314 pp.
Bonello D (2007). Feline inflammatory, infectious and other oral conditions. Tutt,
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Holmstrom SE, Fitch PF, Eisner ER (2007). Veterinary dental techniques for the small
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Huttly S,Taylor I, Sweet J (2003). Effective learning & teaching in medical, dental &
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http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf9_2004/551_127_135.pdf,
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10/11/2012.
AGRADECIMENTOS: FCT&DETS (PEest-OE/CED/UI4016/2011).
26
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
007. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TCM EM CABRAS DA RAÇA SERRANA – PERÍODO
DE ORDENHA DE 2012
27
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
008. NOSOCOMIAL INFECTIONS IN VETERINARY
Ana Delgado1, Diana Ferreira1, Jéssica Lopes1, João Mesquita1, Helena Vala1,2
1
Agrarian School of Viseu, Polytechnic Institute of Viseu. Viseu, Portugal
2
Center for Studies in Education, and Health Technologies. CI&DETS.,
Polytechnic Institute of Viseu. Viseu, Portugal
INTRODUCTION
Nosocomial infections (NIs) are acquired by patients during hospitalization
(Nakamura & Tompkins, 2012), caused by an unbalance between the microbial flora
and the patient's defense mechanism, or by the environment's colonization with
pathogenic agents (Pereira et al., 2005).
NIs are really important because they can cause serious consequences to the
animal's health and well-being, worsen its primary condition (Braga, 2008).
The main objective of this research consisted in a review of the principal
infections that occur in a veterinary hospital, along with original pictures from the
authors, explaining the most correct technique for hand hygiene to prevent those
infections.
RESULTS
ETIOLOGY
The microorganisms that predominate in NIs rarely cause infections in other
situations (Pereira et al., 2005) and those are Enterococcus spp., E. coli, Staphylococcus
spp., Enterobacter spp., Klebsiella spp., Acinetobacter spp., e Pseudomonas spp.
(Steele, s/d).
MOST COMMON TYPES OF INFECTIONS IN VETERINARY HOSPITALS

Urinary Tract Infections: are the most common and are typically associated with
the placement of a urinary catheter during hospitalization (Nakamura &
Tompkins, 2012).

Hospital-Acquired Pneumonia: its pathogenesis is multifactorial and the
pneumonia develops more than 48 hours after hospital admission, in the absence
of any signs of infection at the time of admission (Nakamura & Tompkins, 2012).
28
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013

Surgical Site Infections: the source of pathogens is endogenous flora of the
patient's skin, mucous membranes, or hollow viscera. The probability of occurring
those types of infections increase proportionally with the duration of the
postoperative period and with the total time of hospitalization (Nakamura &
Tompkins, 2012).

Bloodstream Infections: most are related to intravascular devices, particularly
central venous catheters. Bloodstream infections are associated with a high
morbidity and mortality rates, as bacterial colonization is considered a precursor
to catheter related infections (Nakamura & Tompkins, 2012).
DISCUSSION AND CONCLUSIONS
Nosocomial infections represent a risk to the health of the hospitalized animals,
adding a major risk for their lives.
Despite all the scientific evolution, it concerns to all the hospital's community
to prevent the increasing of these types of infections. All the animal health
professionals should set up preventive acts, promoting its public divulgation, so, all the
members of the team should be familiar with the individual and collective security
norms.
The most important factor in preventing nosocomial infections is, with no
doubt, hand hygiene, because the hands are considered to be the primary vehicle for
NIs transmission. Thus, the frequent hand washing, following the recommended
technique, may avoid many of nosocomial infections.
As such, the veterinary nurse has the fundamental task of avoiding the
development of the animal's infections. However, their actions are totally dependent
of the behaviour of all the members from the hospital unity. So, there must be
promoted a good hygienic behaviour from every professional, as well as motivation for
its implementation on a daily basis health unity.
REFERENCES
Braga DP (2008). Incidência e fatores de risco associados à infeção do sítio
cirúrgico na clínica de cães e gatos do hospital veterinário da universidade federal de
viçosa.
com.
29
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
INFEÇÕES HOSPITALARES EM VETERINÁRIA
Ana Delgado1, Diana Ferreira1, Jéssica Lopes1, João Mesquita1, Helena Vala1,2
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu, Portugal
2
Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu, Portugal
INTRODUÇÃO
As infeções hospitalares (IH) são adquiridas durante a hospitalização
(Nakamura & Tompkins, 2012), sendo causadas quer por um desequilíbrio da relação
existente entre a flora microbiana e os mecanismos de defesa do hospedeiro, quer
pela colonização do ambiente por agentes patogénicos (Pereira et al., 2005).
As IH são de grande importância, porque trazem graves consequências à
saúde e ao bem-estar animal, agravando a condição primária (Braga, 2008).
O objetivo deste trabalho consistiu numa revisão das principais infeções que
ocorrem num hospital veterinário e descrição, com fotografias originais dos autores,
da técnica de lavagem de mãos mais adequada para as evitar.
ETIOLOGIA
Os microrganismos que predominam nas IH raramente causam infeções
noutras situações (Pereira et al., 2005), sendo que destes se destacam Enterococcus
spp., E. coli, Staphylococcus spp., Enterobacter spp., Klebsiella spp., Acinetobacter spp.,
e Pseudomonas spp. (Steele, s/d).
TIPOS DE INFEÇÕES MAIS FREQUENTES EM HOSPITAIS VETERINÁRIOS

Infeções do Trato Urinário: são as mais comuns e estão tipicamente associadas à
introdução e permanência de cateteres urinários durante a hospitalização
(Nakamura & Tompkins, 2012).

Pneumonia Adquirida em Hospital: de etiologia multifatorial que se desenvolve
em hospitalizações superiores a 48 horas em animais que não apresentavam
quaisquer sinais de infeção no período de admissão (Nakamura & Tompkins,
2012).
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
Infeções Cirúrgicas Locais: a fonte de agente patogénicos é a flora endógena da
pele, membranas mucosas ou vísceras ocas. A probabilidade de ocorrência deste
tipo de infeções aumenta proporcionalmente à duração do período pósoperatório e ao tempo total de hospitalização (Nakamura & Tompkins, 2012).

Infeções da Corrente Sanguínea: a maioria encontra-se relacionada com
colocação de dispositivos intravasculares, particularmente cateteres venosos
centrais. Contribuem significativamente para o aumento da taxa de morbilidade e
mortalidade, visto que a colonização bacteriana e potencial septicémia são
consideradas consequências passíveis de ocorrer após infeções associadas a
cateteres (Nakamura & Tompkins, 2012).
DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
As infeções hospitalares representam um perigo para a saúde dos animais
hospitalizados, constituindo um risco acrescido para a sua vida.
Apesar do avanço científico já existente, cabe a toda a comunidade hospitalar
prevenir o aumento da incidência deste tipo de infeções. Todos os profissionais de
saúde animal devem investir em medidas preventivas, promovendo a divulgação
pública das mesmas, de modo a que toda a equipa profissional esteja familiarizada
com as normas de segurança individuais e coletivas.
A medida de prevenção de infeções hospitalares mais importante é, sem
dúvida, a boa higiene das mãos, pois as mãos são consideradas o veículo primário para
a transmissão de doenças nosocomiais. Assim, a lavagem frequente das mãos, e de
acordo com a técnica recomendada, pode evitar muitas das infeções hospitalares.
O enfermeiro veterinário tem um papel crucial na prevenção destas infeções,
no entanto as suas ações estão totalmente dependentes do comportamento de todos
os membros da unidade hospitalar. Assim, deve ser promovido um bom
comportamento higio-sanitário por todos os profissionais da área e motivação para a
sua constante implementação no dia-a-dia da unidade de saúde veterinária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Braga DP (2008). Incidência e fatores de risco associados à infeção do sítio
cirúrgico na clínica de cães e gatos do hospital veterinário da universidade federal de
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
viçosa.
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http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
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Nosocomial
infections:
what’s
the
big
deal?
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/03_technician/160_NOSOCOMIAL%20INFECTIONS.pdf, consultado em 01/11/2012
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009. AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE FEZES RECOLHIDAS NA VILA DE CAMPO
MAIOR
Raquel Farófia1; Luís Carrilho2; Maria Pereira1
1
Instituto Politécnico de Portalegre, Escola Superior Agrária Elvas
2
Clínica VETSUL Campo Maior
A coabitação, cada vez mais estreita, do homem com animais de companhia pressupõe
uma atenção crescente com a saúde animal, do próprio dono e sua família e
preservação da qualidade do ambiente1.
As zoonoses parasitárias, nomeadamente gastrointestinais, são frequentes em
humanos, mesmo em países desenvolvidos, provocando sinais gastrointestinais e
muitas vezes diarreia crónica1. Tendo isto em atenção, e constatando a presença
abundante de fezes de canídeos na via pública, na vila de Campo Maior, torna-se
importante avaliar se este facto tem impacto em termos de saúde pública.
Desenhou-se um estudo parasitológico, cujos principais objetivos foram: determinar a
prevalência de dejetos de canídeos parasitados na via pública, identificar as espécies
de parasitas envolvidas e as possíveis consequências para os habitantes. Pretendeu-se
também alertar a população de Campo Maior para as zoonoses parasitárias
gastrointestinais e sensibilizar para a sua prevenção.
Foram analisadas 25 amostras de fezes, recolhidas em diferentes locais da vila,
utilizando as seguintes técnicas qualitativas: exame macroscópico, exame
microscópico direto, técnica de Wills e exame de sedimento.
Identificaram-se, com recurso ao método de Wills, duas amostras positivas para
Ancylostoma caninum, o que corresponde a uma prevalência de 8%.
A prevalência de fezes parasitadas em Campo Maior foi inferior à obtida num estudo
semelhante realizado na freguesia de S. Nicolau, Santarém2. No entanto, estes
resultados não deixam de ser preocupantes, na medida em que A. caninum possui
potencial zoonótico, podendo causar a síndrome da larva migrans cutânea, bem como
enterites eosinofílicas.
Realizar regularmente a desparasitação interna, levar os animais à trela durante o
passeio higiénico e recolher as fezes, são medidas simples que podem ajudar a
prevenir a disseminação de parasitas intestinais, assim como das zoonoses
associadas3.
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Bibliografia
SILVA, C. (2009). Desparasitar é preciso!. Veterinária Actual, 23, dezembro 2009. p. 1418.
BAYER (2013). Parasitas internos dos cães e gatos. Divisão de Saúde Animal. MARTINS,
A. (2000). Contaminação, por ovos de helmintes encontrados em fezes de canídeos, de
alguns jardins e parques públicos da cidade de Santarém. Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Santarém. Santarém.
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010. ESTUDO OTOLÓGICO PARA O DIAGNÓSTICO DA INCIDÊNCIA DE OTITES EM
ANIMAIS DE COMPANHIA
Fernandes, Joana (Estudante)1; Pereira, Luísa (Orientadora Interna)1; Ferreira, Patrícia
(Orientadora Externa)2
1
Escola Superior Agrária de
[email protected]
Elvas;
2Hospital
Veterinário
do
Porto.
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS:
A otite é uma inflamação aguda ou crónica da porção vertical e horizontal do ouvido.
Mais comum em cães do que em gatos, sem predisposição por sexo ou sazonalidade.
Cães de orelhas pendentes e as raças com abundância de pêlos, no conduto auditivo,
são os mais acometidos. Com o envolvimento de diferentes agentes etiológicos,
fatores predisponentes, perpetuantes e primários, identificados com a utilização de
exames complementares de diagnóstico.
Este estudo teve como objetivos a realização de um rastreio para identificação e
diagnóstico etiológico de animais com otites e a sensibilização dos proprietários para
uma eficaz inspeção otológica e eficiente limpeza.
METODOLOGIA E RESULTADOS:
Dos 67 animais presentes ao rastreiro dinamizado pelo Hospital Veterinário do Porto
(HVP), 49 eram canídeos e 18 felídeos. Foram analisados e relacionados parâmetros
como a espécie, sexo, raça, faixa etária, tipo de orelha, ouvido afetado, peso, mês da
ocorrência, patologias auditivas, causas, etiologia do tipo de cerúmen, tratamentos,
estado de higiene dos ouvidos, problemas otológicos e frequência dos banhos.
Nos cães o sexo predominante foi o feminino, com 28 casos registados, nos felídeos foi
o masculino com 10, contrariamente a alguns estudos que apontam maior
predisposição para os machos. Observou-se maior incidência de patologias otológicas
em animais com idades compreendidas entre os [5-10] anos. De acordo com alguns
autores, não existe predisposição da idade para o desenvolvimento de otites ou
qualquer outro problema otológico.
Em relação ao tipo de orelha, verificou-se que 80% dos canídeos apresentavam orelha
pendente, concordante com estudos publicados. A raça com maior incidência no
estudo é a Labrador Retriever, discordante da bibliografia. Verificou-se otites em 28%
dos animais de pequeno porte [2-5 kg], 20% em animais com peso entre os [30-40 kg].
Diagnosticou-se otite externa em 55% dos animais, outros fatores como presença de
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uma ligeira inflamação exsudativa (21%), otite média (12%), otite interna (5%),
otohematomas (4%) e celulite juvenil (3%).
A principal causa para a ocorrência de problemas otológicos com 69% são os factores
primários, seguidos dos factores perpetuantes com 31%.
CONCLUSÕES:
A otite é a inflamação do pavilhão auricular. São uma ocorrência muito comum entre
as patologias otológicas, atingindo principalmente os cães. A incidência da otite canina
é alta nos cães com orelhas pendentes, uma vez que é um local adequado para o
desenvolvimento de bactérias. Para um diagnóstico assertivo e uma terapia apropriada
da otite, deve-se realizar uma anamnese, acompanhada de exames dermatológicos,
físicos e otológicos. Há a necessidade de avaliação clínica individualizada nos quadros
otológicos, uma vez que não existem condutos auditivos iguais, nem reações à
terapêutica iguais entre animais. O sucesso da terapia dependerá do controle ou da
eliminação dos fatores etiológicos (predisponentes, primários e perpetuantes), uma
vez que, a não deteção destes comprometerá o resultado do tratamento, podendo
levar à cronicidade da doença.
Embora se tenham detetado alguns resultados diferentes relativamente a outros
estudos, obtiveram-se valores semelhantes em algumas variáveis analisadas.
Muitas questões continuam sem resposta, mas existem atualmente estudos contínuos
que procuram esclarecer questões sobre como o ouvido fica infetado e qual a melhor
opção terapêutica para o tratamento. Novas classes de fármacos e produtos
nutricionais excelentes vão continuar a surgir futuramente e podem desta forma
auxiliar na prevenção e tratamento de patologias auriculares.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço ao Hospital Veterinário do Porto por me ter dado a possibilidade de
realização de estágio, à Escola Superior Agrária de Elvas e respectivos professores por
todos os conhecimentos e ensinamentos transmitidos, bem como a todos os
proprietários que ao levarem os seus animais ao HVP possibilitaram a realização deste
estudo.
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011.
PRÉ-REQUISITOS
ANALISADOS
NAS
COZINHAS
DAS
UNIDADES
DE
ESTABELECIMENTOS ORGÂNICOS E DE CAMPANHA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS
Fernandes, Joana (Estudante)1; Pereira, Luísa (Orientadora Interna)1; Tomás, Silva
(Orientador Externo)2
1
Escola Superior Agrária de Elvas; 2Laboratorios de Bromatologia e Defesa Biológica.
[email protected]
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a segurança alimentar (SA) assume uma elevada importância no
Exército Português (EP), principalmente nas unidades de estabelecimentos orgânicos
(UEO), garantindo a salubridade dos alimentos, recorrendo a medidas de autocontrolo
e prevenção. Nomeadamente através do controlo higio-sanitário dos produtos
alimentares, do controlo laboratorial dos agentes de doenças de origem alimentar e
ambiental e da formação dos intervenientes nesta área, de forma a garantir a
qualidade e a segurança da alimentação do EP.
O trabalho realizado teve como objetivo analisar os pré-requisitos das cozinhas das
U/E/O e das cozinhas de campanha, para avaliar as condições higio-sanitárias das
instalações, materiais e equipamentos de forma a assegurar a Higiene e Segurança
Alimentar nas U/E/O do EP e atualizar o estudo anterior de 2009 para verificar as
melhorias realizadas e constatar as falhas ainda existentes.
MÉTODOS E RESULTADOS
Para a concretização deste estudo foram realizadas 13 Visitas de Apoio Técnico, às
cozinhas das Unidades, Estabelecimentos e Orgãos do Exército Português,das quais, 3
cozinhas operam com o sistema outsourcing e 4 Visitas de Apoio Técnico às cozinhas
de campanha. Nas cozinhas das U/E/O foram avaliados 21 pré-requisitos e realizadas
162 a amostras, especificamente 84 zaragatoas de superfícies, de equipamentos e de
utensílios, 38 zaragatoas de mãos de colaboradores, 13 amostras de 2ª refeição, 6
amostras de saladas e 21 amostras de ar, recolhidas nas VAT anteriormente referidas,
com o objetivo de avaliar as condições de funcionamento do sector de alimentação no
âmbito da Higiene e Segurança Alimentar. O critério usado para a seleção das 13
cozinhas das U/E/O, encontra-se de acordo com o planeamento anual de VAT
realizadas pelo Laboratório de Bromatologia do Exército. A metodologia utilizada
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
seguiu os princípios aplicados nas visitas de auditoria/consultoria na restauração do
EP. Foram considerados como valores de referência para as análises microbiológicas
dos alimentos efetuadas, os utilizados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo
Jorge.
Nas cozinhas de campanha foram realizadas 8 amostras, especificamente 3 zaragatoas
de superfícies, de equipamentos e de utensílios, 3 zaragatoas de mãos de
colaboradores, 1 amostras de 2ª refeição, 1 amostras de água, recolhidas nas VAT ás
cozinhas de campanha.Na UMAS (Unidade Modular de Apoio Sanitário) foi realizado o
controlo diário das temperaturas das refeições e a recolha de amostras testemunha.A
eleição das cozinhas de Vila Real - Murça deve-se a nomeação realizada pela Direção
de Saúde, que solicitou uma equipa de apoio técnico para o Agrupamento Sanitário,
constituída por um Médico Veterinário e um Enfermeiro Veterinário. Os pré-requisitos
analisados foram selecionados a partir da check-list utilizada nas cozinhas das U/E/O,
mas com alterações devido às limitações e logística que uma cozinha de campanha
possui.
Genericamente os resultados entre as conformidades e não conformidades são muito
semelhantes, considerando 51 % de não conformidades e 49% de conformidades nos
21 pré-requisitos observados. Os resultados obtidos permitiram verificar uma melhoria
significativa na aquisição do fardamento (38% das U/E/O não conforme), na receção de
matérias-primas (46% não conforme), na desinfeção de legumes (31% não conforme),
na manutenção de temperaturas (15% não conforme), no plano de higienização (38%
não conforme) e no controlo de pragas (31% não conforme) relativamente ao estudo
elaborado em 2009, nas cozinhas de campanha os resultados não foram tão
satisfatórios verificando-se a necessidade de apostar na melhoria dos pré-requisitos,
de forma a salvaguardar a SA. Nas análises microbiológicas ainda foi possível registar
microrganismos nas amostras das refeições e nas zaragatoas de mãos, equipamentos e
utensílios, o que demonstra que as regras de higiene pessoal não são cumpridas e que
o plano de higienização não é verdadeiramente eficaz..
CONCLUSÕES:
Os resultados obtidos permitiram retirar várias ilações do estudo realizado aos prérequisitos, verificando uma melhoria significativa. Embora seja necessário corrigir
algumas falhas detetadas, nomeadamente no fardamento, na aquisição de
equipamentos, na correta implementação dos planos de saúde, controlo de pragas e
higienização. Nas cozinhas de campanha é necessário colmatar muitas
inconformidades, tais como, a urgente aquisição de materiais, equipamentos e
viaturas, a formação dos manipuladores de alimentos, o sistema de distribuição dos
géneros alimentícios e das refeições confecionadas, e a implementação efetiva dos
planos de controlo de água, pragas e higienização e para tal é necessário apostar na
melhoria dos pré-requisitos das cozinhas de campanha de forma a salvaguardar a
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Segurança Alimentar. A análise da comparação dos resultados dos pré-requisitos de
2009 demonstraram uma evolução positiva, apesar destes resultados ainda há um
longo caminho a percorrer até se conseguir atingir o objetivo final, isto é a
implementação de rigorosos sistemas de HACCP em todos os sectores alimentares do
Exército. A análise dos resultados microbiológicos demonstra a necessidade de uma
reavaliação e a correta implementação nos planos de higienização bem como a
contínua sensibilização dos colaboradores para a importância da realização da higiene
pessoal.
•
Agradecimentos:
Quero deixar um especial agradecimento aos meus orientadores, nomeadamente a
Professora Luísa Dotti Pereira, pelo carinho, pela atenção, pelos conhecimentos que
nos transmitiu e pela paciência que revelou ao longo destes três anos. Ao Capitão
Pedro Tomás Silva que me acompanhou e despertou-me o interesse numa área
completamente nova e fora de todas as minhas perspetivas idealizadas anteriormente,
a área da Segurança Alimentar, levando-me mesmo a realizar este relatório sobre esta
área tão abrangente. Gostaria também de agradecer ao Diretore do Laboratório de
Bromatologia e Defesa Biológica, pelo acolhimento e pelos conhecimentos
transmitidos.
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012. MONITORIZAÇÃO PÓS-CIRÚRGICA DO PACIENTE CRÍTICO PELO ENFERMEIRO
VETERINÁRIO
Sara Gil, Ângela Martins 1
1 – Hospital Veterinário da Arrábida
Autor apresentador: [email protected]
O paciente crítico é considerado o paciente que tem presente ou possibilidade de
obter alterações hemodinâmicas que podem provocar a morte deste. O papel do
Enfermeiro veterinário reside na monitorização de sinais vitais de modo a encontrar o
equilíbrio hemodinâmico.
Neste trabalho resumimos todos os parâmetros vitais que devem ser observados pelo
E.V., sendo estes:
a)
Frequência respiratória (FR), assim como ritmo e intensidade de ventilação, de
modo a diagnosticar situações de taquipneia e bradipneia;
b)
Frequência cardíaca (FC), assim como os sons cardíacos, o ritmo e a associação
com o pulso periférico, de modo a diagnosticar situações de arritmia, como
bradicardia, taquicardia, arritmia sinusal, fibrilação atrial, taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular, bloqueio átrio-ventricular , de 1º, 2º e 3º grau e
fibrilação ventricular;
c)
Pulso periférico + MM + TRC, são parâmetros de perfusão sanguínea, assim
como a PAM, que não deve ser inferior a 65 mmHg;
d)
Estado de consciência, identificando estados deprimidos, estupor e coma;
e)
Temperatura corporal;
f)
Dor, segundo a associação americana American Hospital Association, a dor é
considerada o 4º sinal vital, em conjunto com a temperatura, pulso e a respiração;
g)
Débito urinário, permitindo diagnosticar situações de oligúria e anúria.
No trabalho aplicamos as regras de monitorização em 10 pacientes que se
apresentaram á triagem em choque hipovolémico, tendo sido identificados com
pulseira amarela indicativo de um processo muito urgente, necessitando ser
observado pelo médico veterinário em 15 minutos de modo a obter uma estabilização,
sendo de seguida realizado uma esplenectomia de emergência. Descrevemos
metodicamente o tratamento das ocorrências pós-cirúrgicas nestes pacientes como
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
por exemplo, diminuição do hematócrito, taquicardia ventricular, hemorragia
abdominal pós-cirúrgica, crise hipertensiva, SIRS/ sépsis e paraparésia/ ataxia.
No presente trabalho concluímos que o papel do E.V. é essencial, pois permitiu reduzir
a taxa de morbilidade, tendo um aumento da taxa de sobrevivência e diminuição da
taxa de mortalidade em comparação com uma monitorização não regida pelas regras
dos cuidados intensivos.
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
013. RELAÇÃO CAUSAL DA VACINAÇÃO E O FIBROSSARCOMA VACINAL FELINO
Gonçalves, Ana1; Salas, Carla1; Nóbrega, Carmen2; Cruz, Rita2; Esteves, Fernando2;
Santos, Carla2; Mega, Ana Cristina2; Santos, Rute3; Vala, Helena2.
1 - Instituto Veterinário Dom Sancho I, Almada, Portugal.
2 – Escola Superior Agrária de Viseu, Viseu, Portugal.
3 – Escola Superior Agrária de Elvas, Portalegre, Portugal.
Autor apresentador: [email protected]
ABSTRACT
1.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Os Fibrossarcomas dos felinos domésticos estão reconhecidos desde há 10 anos e têm
vindo a alertar os Veterinários, os proprietários e os fabricantes de vacinas, devido à
possível ligação do acto de vacinação ao desenvolvimento deste sarcoma.
A partir da década de 90, registou-se o aumento dos casos deste tumor na região
cervical e interescapular dos gatos, locais frequentemente utilizados para a inoculação
de vacinas e outros fármacos injetáveis.
Existem relatos da ocorrência de fibrossarcomas após a aplicação subcutânea e
intramuscular da vacina trivalente, de antibióticos, corticosteroides, fluidoterapia
subcutânea e desparasitantes anti-pulgas injetáveis.
2.
METODOLOGIA E RESULTADOS
Estes fibrossarcomas de tecidos moles manifestam-se como formações nodulares
solitárias, pseudoencapsuladas, firmemente unidas a estruturas profundas de regiões
onde foi previamente inoculada a vacina ou outro fármaco.
As vacinas de vírus morto - tais como vacina anti-rábica e vacina FeLV - apresentam na
sua composição, para além do vírus, o adjuvante à base de alumínio, que parece ser o
grande responsável pela reação inflamatória.
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3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
No presente, existem evidências de que outros fatores possam estar envolvidos, tais
como predisposição genética, inativação dos genes supressores das neoplasias ou
modulação dos genes da apoptose.
Histologicamente, os sarcomas vacinais apresentam fibroblastos e miofibroblastos,
envolvidos na resposta cicatricial a uma reação inflamatória. Quando estas células são
estimuladas através da ação do adjuvante vacinal, sofrem alterações e, em associação
com oncogenes, transformam-se em células malignas.
Clinicamente, o tumor pode apresentar uma forma solitária, em gatos jovens e adultos
e uma forma multicêntrica em gatos com menos de 4 anos de idade, sendo que nestes
o surgimento do tumor é causado pelo Vírus do Sarcoma Felino – FeSV, não estando
associado ao acto de vacinação. Alguns autores apoiam a tese de que gatos portadores
do Virus da Leucemia Felina sejam capazes de gerar o FeSV e consequentemente, o
sarcoma.
3.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
Acredita-se que o fibrossarcoma possa não ser apenas potenciado pela vacinação, mas
sim por qualquer fármaco injetável ou até mesmo por qualquer substância capaz de
produzir inflamação local, em gatos mais suscétiveis. É importante considerar os
fatores inerentes ao paciente, na transformação celular.
A persistência das reações inflamatórias e imunológicas associadas ao adjuvante das
vacinas pode predispor o gato a um rearranjo desfavorável do tecido conjuntivo
fibroso de reparação, desenvolvendo-se, assim, a neoplasia.
É importante ponderar a realização, ou não, das vacinas, tendo em conta a incidência
do tumor na população felina. A prevalência deste sarcoma, segundo dados de 1997,
era de 1 caso em cada 10000.
Deste modo, o risco vacinal parece ser baixo, sendo benéfico proceder ao esquema de
vacinação normal.
Para a gestão deste risco, é preciso igualmente, ter em conta os agentes aos quais o
animal poderá vir a estar exposto e se algum deles provoca zoonose.
Deve-se observar individualmente cada paciente e esclarecer o proprietário em
relação às possibilidades do desenvolvimento de doenças, prevenidas por vacinações,
em relação à possibilidade do desenvolvimento do sarcoma de aplicação.
4.
AGRADECIMENTOS
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Agradeço aos professores e co-autores do projeto, da Escola Superior Agrária de Viseu
– Dr. João Mesquita, Dra. Helena Vala, Dra. Ana Cristina Mega, Dra. Rita Cruz, Dra.
Carla Santos, Dra. Carmen Nóbrega – que me deram toda a força para participar e
estiveram sempre disponíveis.
Agradeço a toda a minha equipa de trabalho das clinicas veterinárias Dom Sancho I,
Alto do Restelo e Alto de Algés, por apoiarem a minha participação.
Agradeço à Dra. Daniela Aguiar a ajuda nos últimos retoques da realização do poster.
Agradeço à Dra. Rute Santos, da Escola Superior Agrária de Elvas a sua participação no
projecto.
Agradeço em especial à Dra. Carla Salas, como minha orientadora de estágio
profissional, a prontidão para me ajudar na realização deste projeto.
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014. PAPEL DO ENFERMEIRO VETERINÁRIO NAS TÉCNICAS DE OXIGENOTERAPIA EM
PEQUENOS ANIMAIS
Soraia Maia1; Inês Magalhães2; Maria Pereira1
Instituto Politécnico de Portalegre, Escola Superior Agrária Elvas
2
Hospital Veterinário HVS
Autor apresentador: [email protected]
Oxigenoterapia constitui umas das primeiras etapas na gestão de um paciente com
insuficiência respiratória Existem várias técnicas que permitem a administração de
oxigénio em pequenos animais, nomeadamente: a câmara de oxigénio, máscara de
oxigénio, Flow-by (ventilação espontânea em função do débito), colar isabelino,
cateter nasal e transtraqueal e entubação endotraqueal. A seleção da técnica depende
do estado clínico do paciente e das suas necessidades em termos de oxigenoterapia e
também da disponibilidade de equipamento do CAMV(1).
Os objetivos deste trabalho foram determinar quais as técnicas de oxigenoterapia mais
utilizadas nos CAMV, equipamento disponível e o papel do Enfermeiro Veterinário
nesta área.
Foi elaborado um questionário que foi disponibilizado pela internet. Das 62 respostas
recebidas, 50% pertencem a Médicos Veterinários e 50% a Enfermeiros Veterinários.
De acordo com os dados recolhidos, as técnicas de oxigenoterapia mais utilizadas nos
CAMV´s foram a administração através de tubo endotraqueal e a máscara de oxigénio.
Verifica-se que 54% dos Enfermeiros Veterinários inquiridos aplicavam as técnicas de
oxigenoterapia sozinhos. Dos CAMV´s que participaram no estudo, 53% possuía
câmara de oxigénio.
Conclui-se assim que os CAMV, tendo em conta a variedade de técnicas disponíveis
apenas optam por usar duas delas (máscara de oxigénio e entubação endotraqueal) e
que os EV participam ativamente na administração de oxigénio aos pacientes.
Bibliografia
1.Hopper K. (2008). <<steps – dyspnoeA>>. Proceedings of the 33rd World Small
Animal Veterinary Congress Dublin, Ireland.
2. Monsey L. (2008). Emergency and Critical Care Nursing. Proceeding of the SEVC
Southern European Veterinary Conference. Oct. 17-19 – Barcelona, Spain.
46
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
3. Lee L. ANESTHETIC MONITORING. OSU Veterinary Health Sciences.
47
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
015. TÉCNICAS DE TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CANÍDEOS NA ENFERMAGEM
VETERINÁRIA
Joana Martins 1, Ângela. Martins 2
1- Enfermeira Veterinária, Vendas Novas, Portugal
2- Diretora Clínica Hospital Veterinário da Arrábida, Azeitão, Portugal
Autor apresentador: [email protected]
A área da Medicina Transfusional tem apresentado um aumento exponencial nos
últimos anos, bem como a importância do Enfermeiro Veterinário na monitorização da
mesma.
As transfusões sanguíneas tornam-se bastante úteis em situações clínicas específicas
permitindo um prognóstico e um sucesso terapêutico.
O Enfermeiro Veterinário tem um papel importante, pois realiza o processo de
monitorização da transfusão, de modo a observar as reações transfunsionais,
permitindo a aplicação de um protocolo clínico de emergência.
As reações transfusionais que se poderão observar ao longo de todo este processo
são:
a)
Situações de hipervolémia que poderiam originar secundariamente edemas
pulmonares,
b)
situações dermatológicas como a urticária, prurido e o eritema, angioedema,
hipertermia, vómito, etc.
Considera-se que a ausência destes sintomas são devido a uma primeira abordagem
dos pacientes que consiste em tipificar os dadores e os recetores, de modo, a
transfundir unicamente componentes sanguíneos compativeis. Para além disso, uma
monitorização cuidada dos parâmetros vitais como a temperatura retal, pulso, FC, FR,
MM, TRC, PAM e estado mental, vão conferir uma redução na percentagem de
casuística de reações transfusionais.
Durante o protocolo transfunsional devemos aplicar uma metodologia para a
velocidade de transfusão, de acordo com os seguintes pontos: Volume de
administração, Volume total a transfundir e Velocidade de administração nos
primeiros 30 minutos, sendo VA= 0,25 ml/kg/h.
O papel do E.V. torna-se primordial, pois permite concluir que se seguir-mos uma
metodologia correta e uma aplicação objectiva do protocolo em relação as afeções
48
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
clínicas obtemos uma redução da traxa de morbilidade associada ao aumento da taxa
de sobrevivencia e sucesso clínico e a uma diminuição da taxa de mortalidade.
49
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
016. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TCM EM CABRAS DA RAÇA SERRANA – PERÍODO
DE ORDENHA DE 2010
50
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
017. AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DA IMUNIDADE PASSIVA EM VITELOS DE
CARNE
Miguel Minas1
1
Departamento de Ciência e Tecnologia Animal. Escola Superior Agrária de Elvas,
Instituto Politécnico de Portalegre, Portugal ([email protected])
Os vitelos nascem com níveis muito baixos de imunoglobulinas. A transferência de
imunidade passiva pelo colostro é essencial para a sobrevivência dos vitelos, já que a
placenta dos bovinos impede a transferência de imunoglobulinas da mãe para o feto.
Falha na transferência da imunidade passiva pode ser detetada por medição das
proteínas séricas totais, através de refratometria, técnica de enfermagem simples,
rápida e prática. Pretende-se com este trabalho medir, por refratometria, as proteínas
séricas totais de vitelos de carne provenientes de dois rebanhos e avaliar o seu
estatuto imunitário.
Para o trabalho em questão, durante a época reprodutiva 2012/2013, recolheram-se
82 amostras de sangue relativas a 2 grupos de vitelos de carne: o primeiro (G1; n=37),
constituído por vitelos filhos de vacas cruzadas, e um segundo grupo (G2; n=45) cujos
animais descendiam de vacas alentejanas. Vários autores definem 5,5 mg/dl de
proteínas séricas totais como o valor limite para estabelecer uma pobre transferência
de imunidade passiva para o vitelo. Nos vitelos estudados, independentemente da sua
raça, apenas 6,1% (5/82) apresentaram proteínas séricas totais inferiores a 5,5mg/dl,
indicando na generalidade uma boa transferência de imunidade passiva. Um rebanho
pode ser considerado problema quando as proteínas séricas totais de mais de 20% das
suas amostras estiverem abaixo do limite de 5,5mg/dl (McGuirk, 2003). Nos casos em
estudo ambos grupos estiveram muito aquém daqueles valores: 4,9% no G1 (4/37) e
1,2% (1/45) no G2. O valor médio de proteínas séricas totais para os vitelos de carne
foi 7,77±1,47 mg/dl, com valores médios de 7,95 mg/dl para o G1 e 7,62 mg/dl para o
G2. O sexo e a raça das vacas não evidenciaram causar diferenças significativas no
estatuto imunitário dos vitelos (p=0.26 e p=0.32, respetivamente).
Os valores médios das proteínas séricas totais nos animais em estudo levam-nos a
concluir que a transferência da imunidade passiva nos vitelos de carne é bastante
eficiente. Comparando com as proteínas totais médias em vitelos de leite da mesma
região (Cóias, 2012), as vacas de carne parecem produzir colostro de melhor
qualidade, que se traduz por maiores concentrações séricas de proteínas totais (7,77
mg/dl nos vitelos de carne, vs. 6,18 mg/dl, em animais de leite). Por outro lado, o sexo
do vitelo ou a raça da sua mãe não tiveram qualquer efeito na concentração sérica de
proteínas totais. Vacas de carne produzem em média colostro de boa qualidade, e o
“encolostramento” dos animais de carne não parece ser uma tarefa difícil para
51
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
produtor ou enfermeiro veterinário. A avaliação da transferência da imunidade passiva
através da medição das proteínas séricas totais através do uso do refratómetro é uma
técnica de enfermagem simples e prática, que posta à disposição do produtor se
traduzirá por uma menor mortalidade neonatal e uma ferramenta útil para aumentar a
rentabilidade da sua exploração.
52
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
018. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM TIMPANISMO
Joana Oliveira1, Andreia Rego1, Ana Valente1, Rute Nascimento1, Helena Vala1,2, João
Mesquita1,2; Carmen Nobrega1,2
1 - Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal.
2 - Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal.
Autor apresentador: [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS:
O timpanismo ruminal designa-se pela acumulação excessiva de gases e por vezes
fluidos no retículo-rúmen, incapazes de serem eliminados pelo organismo, o que
resulta no aumento anormal do abdómen (Radostits et al, 2007). Afecta ruminantes e
é uma situação que pode desenvolver-se rapidamente e pôr em risco a vida do animal
(Streeter, 2009).
Este estudo sintetiza a etiologia, o diagnóstico, o tratamento e aconselhamento que é
aplicável a esta patologia, procurando evidenciar o papel do enfermeiro veterinário em
cada um dos parâmetros apresentados.
METODOLOGIA E RESULTADOS:
Entre as causas mais frequentemente associadas ao timpanismo ruminal, descrevemse o aumento do consumo de grãos e de alimento concentrado, e condições
fisiopatológicas que impedem a eructação (Fubini & Divers, 2008).
Esta condição desenvolve-se rapidamente, observando-se uma acentuada expansão do
rúmen e a debilitação do estado do animal, que apresenta dispneia e dor abdominal
também como sintomas característicos, devido à compressão de estruturas anexas
pelo rúmen. A morte ocorre em poucas horas se não houver qualquer intervenção
(Radostits et al, 2007; Streeter, 2009).
A intervenção veterinária irá tentar aliviar a pressão exercida no rúmen através de uma
sonda esofágica. Este procedimento tem também uma função diagnóstica: se se
53
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
verifica a saída de gás, o animal apresenta timpanismo gasoso e não serão necessárias
intervenções de maior. Se há presença de espuma ou digesta ruminal na sonda,
poderá ter que se avançar para uma trocarterização ou mesmo uma ruminotomia
(Radostits et al, 2007; Streeter, 2009).
PRINCIPAIS CONCLUSÕES:
Perante uma situação de timpanismo, é necessária uma actuação rápida tanto por
parte dos donos, como do pessoal especializado. O enfermeiro veterinário, que muitas
vezes é o elemento mais próximo do dono, deverá informá-lo sobre esta patologia, em
especial sobre os sintomas apresentados pelo animal e quais as primeiras medidas a
tomar. Deverá também aconselhar a variar a alimentação fornecida aos animais.
Do ponto de vista clínico, o enfermeiro veterinário irá auxiliar na contenção do animal
e no manuseamento do material utilizado. Se forem necessários procedimentos
cirúrgicos, pode ficar responsável pela administração de fármacos e pela
monitorização após os procedimentos realizados.
Agradecimentos:
FCT e CI&DETS (PEst-OE/CED/UI4016/2011)
Bibliografia:
Fubini S, Divers TJ (2008). Noninfectious Diseases of the Gastrointestinal Tract. In
Divers TJ, Peek SF (Eds). Rebhun’s diseases of Dairy Cattle. Saunders Elsevier, China: 5;
135 – 14.
Radostits OM, Gay CC, Hinchcliff KW, Constable PD (2007). Diseases of the Rumen,
Reticulum and Omasum - Ruminal tympany (bloat). Diseases of the alimentary tract.
Veterinary Medecine - A textbook of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs and
goats. 10 ª Edição. Saunders Elsevier: 6; 325 – 336.
Streeter, RN (2009). Bloat or Ruminal Tympany. Current Veterinary Therapy: Food
Animal Practice. Saunders Elsevier, USA, 5º Volume: 5; 9 – 12.
54
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
019. CANINE MASTOCYTOSIS
MASTOCITOSE CANINA
Paiva D1, Mendonça A2, Helena Vala1,3
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu, Portugal
2
Escola Superior Agrária de Bragança, Bragança, Portugal
3
Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu
Presenting author: [email protected]
INTRODUCTION
Mastocytosis is a mast cell disorder in which its exaggerated proliferation can occur in
two forms: systemic and cutaneous (Davis et al., 1992).
Because canine mastocytosis is a rare situation of controversial and difficult diagnosis,
the goal of this study consists in a current revision of this subject, in order to sensitize the
veterinary staff to its severity, with particular focus on the information the veterinary nurse
must hold to better apply a specialized nursing care with the high professionalism.
METHODOLOGY AND RESULTS
To document peripheral mastocytosis tests should be made such as cytological
evaluation of the regional lymph nodes and bone marrow, CBC, buffy coat smear, abdominal
ultrasound with cytological evaluation of the spleen and liver, if justified, and chest x-rays
(Withrow & Vail, 2007). The results of these tests not only help in the comprehension
of the disease’s stage but also give important information to create an adequate
treatment plan.
Mast cells can be also found in lymph nodes and bone marrow aspirations of
healthy canines and in buffy coat smears of dogs with allergic skin diseases and
ectoparasitic (Scott et al., 2001).
The visceral neoplastic form is associated to a more advanced stage of the
disease and has a poorer prognosis (Withrow & Vail, 2007). In presence of a cutaneous
55
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
neoplasia surgical excision with widened margins should be performed when possible. For
disseminated mast cell neoplasias is indicated the administration of prednisone or
prednisolone (0,5 ml/kg once daily) or intralesional triamcinolone (1 mg per cm of tumour); in
these cases regression is temporary but can last a few months (Pukay, 1984). In case of
lymph nodes involvement or gastrointestinal bleeding it is recommended the use of
cimetidine (4 ml/kg per os 4 times per day).
DISCUSSION AND CONCLUSIONS
Mastocytosis is a complex condition whose aetiology is not well understood
and whose diagnosis require several diagnostic tests that can be performed by the
veterinary nurse; for that is crucial that they have the knowledge about the disease.
Being a severe condition that can represent danger for the animal’s life, whose
prognosis is always poor, and its treatment is only palliative and not curative, the
veterinary nurse has an essential role of continuum care of the animal and needs to be
in possession of information in order to assist the owner to comprehend and accept
the disease.
BIBLIOGRAPHY
Davis BJ, Page R, Sannes PL, Meuten DJ (1992). Cutaneous mastocytosis in a dog.
Veterinary Pathology. 29 (4): 363-365.
Withrow SJ, Vail DM (2007). Small Animal Clinical Oncology. (4th edition). Missouri,
Saunders Elsevier: 402-416.
Scott DW, Miller GH, Griffin CE (2001). Muller & Kirk´s Small Animal Dermatology. (6th
edition). Philadelphia, Saunders Elsevier: 1320-1330.
Pukay BP (1984). Disseminated mastocytosis in a dog. The Canadian Veterinary
Journal. 25: 351-352.
Gross TL, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Skin diseases of the dog and cat
Clinical and Histopathologic Diagnosis. (2nd edition). Oxford, Blackwell Science Ltd: 853855.
56
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Meuten DJ (2002). Tumors in Domestic Animals. (4th edition). Iowa, Blackwell
Publishing Company: 105-107.
Jubb KFV, Kennedy PC, Palmer N (1993). Pathology of Domestic Animals. (3rd edition).
California, Academy Press, Volume 1: 727-729.
Jubb KFV, Kennedy PC, Palmer N (1993). Pathology of Domestic Animals. (3rd edition).
California, Academy Press, Volume 3: 861-863
AKNOWLEDGEMENTS:
FCT/CI&DETS (PEst-OE/CED/UI4016/2011)
57
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
CANINE MASTOCYTOSIS
MASTOCITOSE CANINA
Paiva D1, Mendonça A2, Helena Vala1,3
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu, Portugal
2
Escola Superior Agrária de Bragança, Bragança, Portugal
3
Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu
Autor apresentador: [email protected]
INTRODUÇÃO
A mastocitose é uma desordem dos mastócitos na qual ocorre a sua proliferação
exagerada e pode ocorrer sob duas formas: sistémica e cutânea (Davis et al., 1992).
Sendo a mastocitose canina, uma situação rara de diagnóstico controverso e
difícil, o objetivo deste trabalho consiste numa revisão atualizada sobre este tema,
com o intuito de sensibilizar a equipe médico-veterinária para a sua gravidade, com
enfoque particular na informação de que o enfermeiro veterinário deve ser detentor
para aplicar cuidados especializados de enfermagem com elevado profissionalismo.
METODOLOGIA E RESULTADOS
Para se documentar a mastocitose periférica deve realizar-se testes como
avaliação citológica dos linfonodos regionais e medula óssea, hemograma completo,
esfregaço de buffy coat, ecografia abdominal com avaliação citológica do baço e
fígado, se tal se justificar, e radiografias ao tórax (Withrow & Vail, 2007). O resultado
destes testes além de ajudar a compreender a fase atual da doença também fornece
informações importantes para criar um plano de tratamento adequado.
Também podem ser encontrados mastócitos em aspirações de linfonodos e
medula óssea de canídeos saudáveis e em esfregaços de buffy coat de cães com
doenças de pele alérgicas e ectoparasitárias (Scott et al., 2001).
58
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
A forma visceral neoplásica está associada a uma fase mais avançada da doença e tem
um prognóstico grave (Withrow & Vail, 2007).
Perante uma neoplasia cutânea deve realizar-se, se possível, a excisão cirúrgica
com margens alargadas. Para neoplasias mastocitárias disseminadas está indicada a
administração de prednisolona ou prednisona (0,5 ml/kg uma vez ao dia) ou
triancinolona intralesional (1mg por cada cm de tumor);nestes casos a regressão é
temporária mas pode durar alguns meses (Pukay, 1984). Caso haja envolvimento dos
linfonodos ou hemorragia gastrointestinal encontra-se recomendado o uso de
cimetidina (4 ml/kg po 4 vezes por dia).
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
A mastocitose é uma condição complexa cuja etiologia ainda não se encontra bem
esclarecida e cujo diagnóstico exige vários exames complementares que podem ser
realizados pelo enfermeiro veterinário, sendo, para tal, fundamental que o mesmo
possua conhecimentos sobre esta doença.
Tratando-se de uma condição que pode representar um perigo para a vida do
animal, cujo prognóstico é sempre grave, e, visto que o seu tratamento é paliativo e
não curativo, o enfermeiro veterinário tem um papel crucial na prestação de cuidados
continuados ao animal e necessita de ser detentor de informação para poder auxiliar o
proprietário a compreender e a aceitar a doença.
BIBLIOGRAFIA
Davis BJ, Page R, Sannes PL, Meuten DJ (1992). Cutaneous mastocytosis in a dog.
Veterinary Pathology. 29 (4): 363-365.
Withrow SJ, Vail DM (2007). Small Animal Clinical Oncology. (4ª edição). Missouri,
Saunders Elsevier: 402-416.
Scott DW, Miller GH, Griffin CE (2001). Muller & Kirk´s Small Animal Dermatology. (6ª
edição). Philadelphia, Saunders Elsevier: 1320-1330.
Pukay BP (1984). Disseminated mastocytosis in a dog. The Canadian Veterinary
Journal. 25: 351-352.
59
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Gross TL, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Skin diseases of the dog and cat
Clinical and Histopathologic Diagnosis. (2ª edição). Oxford, Blackwell Science Ltd: 853855.
Meuten DJ (2002). Tumors in Domestic Animals. (4ª edição). Iowa, Blackwell Publishing
Company: 105-107.
Jubb KFV, Kennedy PC, Palmer N (1993). Pathology of Domestic Animals. (3ª edição).
California, Academy Press, Volume 1: 727-729.
Jubb KFV, Kennedy PC, Palmer N (1993). Pathology of Domestic Animals. (3ª edição).
California, Academy Press, Volume 3: 861-863
AGRADECIMENTOS:
FCT/CI&DETS (PEst-OE/CED/UI4016/2011)
60
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
020. LASER DE CLASSE IV NA ENFERMAGEM VETERINÁRIA
Vera Pereira 1, Ângela Martins 1
1 – Hospital veterinário da Arrábida
Durante este trabalho pretende-se demonstrar a eficácia da Laserterapia na medicina
veterinária. Referimo-nos a laser de classe IV ou seja de intensidade reduzida (LLT)
com output energético superior a 500 mW.
O sucesso da laserterapia é de 80% em casos de pacientes com afeções músculoesqueléticas permitindo o controlo da dor, o relaxamento muscular, um aumento da
circulação sanguínea, um aumento da regeneração e crescimento tecidular.
O Laser terapêutico classe IV apresenta um feixe de comprimento de onda de 980 nm
que favorece a estimulação celular principalmente a dos tecidos mais profundos como
tendões, músculos, ligamentos, nervos, camadas dérmicas, estruturas interarticulares
e periósteo.
No trabalho entraram no estudo um grupo de pacientes escolhidos de forma aleatória
embora tinham que ter um diagnóstico clínico que permitisse a utilização da laser
terapia classe IV. Dividiu-se os pacientes em grupo A, pacientes com afeções
dermatológicas, grupo B, pacientes pós-cirúrgicos, grupo C, pacientes músculoesqueléticos e grupo D, paciente urológico.
No grupo A em 14 pacientes concluímos que a utilização da laserterapia permitiu uma
redução do número de dias de internamento dos mesmos pacientes assim como a
aplicação de protocolos mais corretos evitando protocolos evasivos como por exemplo
amputações.
No grupo B apresentamos 6 pacientes que indicam o sucesso da laserterapia pelas
mesmas razões já referidas em relação ao grupo A
O grupo C, é um grupo de 8 pacientes específicos de uma área da medicina ou seja da
área da medicina física e reabilitação animal permitindo um sucesso no tratamento das
contraturas musculares tanto agudas como crónicas sendo estas limitativas para a
amplitude articular e flexibilidade muscular.
Por ultimo, o grupo D sendo um grupo complexo constituído por 6 pacientes provando
que a laserterapia permite uma estimulação neurológica tanto a nível dos nervos
hipogástricos, detrusor e uretrais.
61
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Neste trabalho conclui-se a vantagem da aplicação da laserterapia na Medicina
Veterinária tornando assim o papel do Enfermeiro Veterinário fundamental pois será
este no futuro o técnico desta modalidade.
62
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
021. CALCINOSIS CUTIS AND CALCINOSIS CIRCUMSCRIPTA
Renato Pina1, Fernando Esteves1, Manuel Martins2, Carla Santos1, Helena Vala1,3
1
Agrarian School of Viseu, Polytechnic Institute of Viseu. Viseu, Portugal
2
Agrarian School of Castelo Branco, Polytechnic Institute of Castelo Branco. Castelo
Branco, Portugal
3
Center for Studies in Education, and Health Technologies. CI&DETS. Agrarian School
of Viseu, Polytechnic Institute of Viseu. Viseu, Portugal
ABSTRACT
INTRODUCTION
Calcinosis is a rare condition described in pets. It is characterized mainly by calcium
deposition in the skin of multifactorial aetiology that ranges from dystrophic,
metastatic, idiopathic to iatrogenic origin (Scott et al., 2001, Gross et al., 2005) .
Subdivide in calcinosis cutis and calcinosis circumscripta (Gross et al. 2005).
The objective of this paper is a case study about calcinosis, to alert medical and
veterinary teams for this rare condition which seriously affects the health and wellbeing of the animal, in order to be considered in the differential diagnosis of skin
conditions and diseases .
MATERIAL AND METHODS
We performed a study using the computerized database of the Laboratory of Anatomic
Pathology of the Superior Agrarian School of Viseu covering a total of 1470 cases
analyzed, being selected the cases whose diagnosis was calcinosis, cutis or
circumscripta.
The samples were fixed in 10% formalin and processed according to routine
histological technique. The preparations were stained with hematoxylin-eosin (H&E)
and observed under an optical microscope Zeiss Mod. Axioplan 2.
63
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
RESULTS
From 682 cases of dermatological conditions and diseases contemplated in the
database, it was found that only 7 patients (1%) were diagnosed as calcinosis. Of these,
5 (71.4%) were type circumscripta and 2 (28.6%) were cutis. These cases will be
reported in the present work using photomicrographs.
The microscopic evaluation of the cases showed the existence of deposition areas with
very basophilic, amorphous and calcium-based material, located in the subcutaneous
tissue, surrounded by fibrous connective tissue and, in some cases, with inflammatory
infiltration.
CONCLUSION
The identification of the subtype of calcinosis and the subsequent selection of the
most suitable treatment, able to provide better results, is crucial to its success.
The role of the veterinary nurse in face of this rare condition is crucial in aiding the
identification of clinical signs, surgical excision and/or obtaining biopsies as well as in
the collection, processing and shipping diagnostic samples and in the implementation
and execution of treatments prescribed by the veterinarian doctor.
BIBLIOGRAPHY
Gross TH, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Skin diseases of the dog and cat (2nd
Edition). Oxford, Blackwell Science Ltd: 373-380.
Scott DW, Miller WH, Griffin CE (2001). Muller & Kirk’s small animal dermatology (6th
edition). Philadelphia, Elsevier: 1398-1401.
Nuttall T, Harvey RG, McKeever PJ (2009). A colour handbook of skin diseases of the
dog and cat (2nd edition). London, Manson Publishing Ltd: 96; 134.
ACKNOWLEDGMENT
FCT/CI&DETS (PEst-OE/CED/UI4016/2011)
64
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
CALCINOSIS CUTIS AND CALCINOSIS CIRCUMSCRIPTA
Renato Pina1, Fernando Esteves1, Manuel Martins2, Carla Santos1, Helena Vala1,3
1
Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu, Portugal
2
Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal
3
Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Viseu
Resumo:
INTRODUÇÃO
A calcinose é uma condição descrita nos animais de companhia e considerada rara.
Carateriza-se, sobretudo, pela deposição de cálcio na pele., de etiopatogenia
multifatorial que varia de origem distrófica, metastática, idiopática a iatrogénica (Scott
et al., 2001; Gross et al., 2005).
Subclassifica-se em calcinose cutânea e calcinose circunscrita (Gross et al., 2005). A
calcinose cutânea pode ser focal ou generalizada, sendo as regiões cutâneas mais
afetadas, aquelas sujeitas a flexão repetitiva (Gross et al., 2005).
A calcinose circunscrita ocorre sobretudo nos pontos de pressão, nas almofadas
plantares, secundária a lesões crónicas, na língua e nas proeminências ósseas. A forma
circunscrita aparece frequentemente associada a cães jovens e apresenta alguma
predisposição para raças como o pastor alemão, boston terrier e boxer (Scott et al.,
2001; Gross et al., 2005; Nuttall et al., 2009).
A abordagem terapêutica passa pela identificação e eliminação da causa subjacente e,
no caso da calcinose circunscrita, pela excisão cirúrgica. (Scott et al., 2001; Nuttall et
al., 2009)
O objetivo deste trabalho consiste num estudo de casos cujo diagnóstico foi o de
calcinose, no intuito de alertar as equipes médico-veterinárias para esta condição rara
mas que afeta gravemente a saúde e o bem-estar do animal, por forma a ser mais
considerada nos diagnósticos diferenciais das condições e doenças cutâneas.
65
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
MATERIAL E MÉTODOS
Foi efetuado um estudo, com recurso à base de dados informática do Laboratório de
Anatomia Patológica da Escola Superior Agrária de Viseu que contemplou o total de
1470 fichas de entrada analisadas, das quais se selecionaram todos os casos cujo
diagnóstico obtido foi o de calcinose, cutânea ou circunscrita, no total de 7 casos.
As amostras foram fixadas em formol a 10% e processadas segundo a técnica
histológica de rotina. As preparações foram coradas com o método de hematoxilinaeosina (H&E) e observadas no microscópio ótico Zeiss Mod. Axioplan 2.
RESULTADOS
De 682 casos de condições e doenças dermatológicas contempladas na base de dados,
verificou-se que apenas 7 casos (1%) obtiveram o diagnóstico de calcinose. Destes 5
(71.4%) eram do tipo circunscrita e 2 (28,6%) cutânea. Estes casos serão relatados no
presente trabalho, com recurso a microfotografias.
O exame microscópico dos casos avaliados revelou a existência de áreas de deposição
de material amorfo, muito basofílico, de natureza mineral cálcica, localizadas no tecido
subcutâneo, rodeadas por tecido conjuntivo fibroso e, em alguns dos casos, com
presença de infiltrado inflamatório.
DISCUSSÃO
Os resultados obtidos, em termos de localização das lesões, estão de acordo com a
bibliografia consultada (Gross et al., 2005; Scott et al., 2001; Nuttall et al., 2009).
Verificamos predisposição racial, apesar da raça prevalente no nosso estudo em
canídeos, labrador retriever, não se encontrar entre as consideradas predispostas
pelos autores consultados (Gross et al., 2005). Foi também notória a prevalência em
jovens.
O reconhecimento das duas entidades de calcinose descritas foi maioritariamente
baseado na localização e quantificação do número de lesões presentes em cada caso
clínico.
66
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
CONCLUSÃO
A identificação do subtipo de calcinose e a consequente eleição do tratamento mais
adequado, capaz de apresentar melhores resultados, é de fundamental importância
para o sucesso do mesmo.
O papel do enfermeiro veterinário perante o surgimento desta condição rara é crucial
no auxílio da identificação dos sinais clínicos, na excisão cirúrgica e/ou obtenção de
biópsias, na recolha, processamento e envio de amostras para diagnóstico e ainda na
implementação e execução das técnicas de tratamento, prescritas pelo médico
veterinário.
BIBLIOGRAFIA
Gross TH, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Skin diseases of the dog and cat (2nd
Edition). Oxford, Blackwell Science Ltd: 373-380.
Scott DW, Miller WH, Griffin CE (2001). Muller & Kirk’s small animal dermatology (6th
edition). Philadelphia, Elsevier: 1398-1401.
Nuttall T, Harvey RG, McKeever PJ (2009). A colour handbook of skin diseases of the
dog and cat (2nd edition). London, Manson Publishing Ltd: 96; 134.
AGRADECIMENTOS:
FCT/CI&DETS (PEst-OE/CED/UI4016/2011)
67
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
022. PULMONARY AND SUBCUTANEOUS EMPHYSEMA
Andreia Rego1; Rute Nascimento1; Ana Valente1; João Mesquita1,2; Carmen Nobrega1,2;
Joana Oliveira1, Helena Vala1,2.
1
– Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal.
2
– Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal.
Presenting author: [email protected]
ABSTRACT:

INTRODUCTION AND OBJECTIVES:
Emphysema is an accumulation of air quite frequent in dogs, being the
Pekingese the most susceptible breed. Given the lack of collateral ventilation, horses,
cattle, sheep and pigs are also susceptible to this condition (Porter et al., 2011).
The main objective of this work is to highlight the care that should be given by
veterinary nurses to emphysematous patients.

RESULTS:
• Pulmonary and subcutaneous emphysema:
Pulmonary emphysema is an accumulation of air in the lungs, with consequent
destruction of the alveolar walls. There are two types of this condition: alveolar and
interstitial, with toxicological and inflammatory aetiology (Wedro, 2011).
Due to the destruction of pulmonary alveoli, air bubbles are developed, causing
lower oxygen blood levels, resulting in hypertrophy and heart failure (Wedro, 2011).
68
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
The main diagnostic methods include oximetry and laboratory tests (Wedro,
2011).
The prescribed treatment aims to prevent continuous destruction of the lungs
and preservation of its function (Wedro, 2011).
Subcutaneous emphysema is an accumulation of gas or air, in the subcutaneous
tissues, caused mainly by trauma of the respiratory system (Radostits et al., 2006;
Maes et al., 2011).
Watching the mobility and crackling of the swelling helps making the diagnosis.
Frequently, the emphysema can be removed using an active drainage system or even
through aspiration (Mitchell et al., 1998).

CONCLUSION
Veterinary nurses must be able to recognize this pathology and be able to inform,
properly the patient's owner about it, their pet's progress and home care - particularly
about the importance of daily physical activity. Furthermore, they must alert to
eventual complications, that may occur, in patients that suffer from this
condition(Welsh & Orpet, 2002).
Therefore, the veterinary nurse with the right training and knowledge, will be
able to effectively conduct the prescribed therapy (Anónimo, 2010).
ACKNOWLEDGEMENTS
FCT e CI&DETS (Pest – OE/CEU/UI4016/2011).

BIBLIOGRAPHY
Orpet H, Welsh P (2002). Handbook of Veterinary Nursing (1ª Edição). Oxford,
Blackwell Science: 316 - 317.
Anónimo
(2010)
Nursing
Interventions
for
Emphysema
http://nursingfile.com/nursing-care-plan/nursing-interventions/nursing-interventionsfor-emphysema.html, consulted in 3/11/2012
69
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Mitchell S, McCarthy R, Rudloff E, Pernell T (s/d) Tracheal rupture associated with
intubation in cats: 20 cases (1996–1998). http://www.vef.unizg.hr/org/kirurgija/wpcontent/uploads/2010/04/Tracheal-rupture-associated-with-intubation-in-cats.pdf,
consulted in 3/11/2012
Maes S, Goethem B, Saunders J, Binst D, Chiers K, Ducatelle R (2011)
Pneumomediastinum and subcutaneous emphysema in a cat associated with
necrotizing
bronchopneumonia
caused
by
feline
herpesvirus.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3174511/, consulted in 7/11/2012
Wedro, B (2011). Emphysema http://www.medicinenet.com/emphysema/page2.htm,
consulted in 27/11/2012
70
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
PULMONARY AND SUBCUTANEOS EMPHYSEMA
ENFISEMA PULMONAR E SUBCUTÂNEO
Andreia Rego1; Rute Nascimento1; Ana Valente1; João Mesquita1,2; Carmen Nobrega1,2;
Joana Oliveira1, Helena Vala1,2.
1
– Escola Superior Agrária de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Quinta da Alagoa.
Estrada de Nelas. 3500-606 Viseu. Portugal.
2
– Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde, Escola Superior Agrária de
Viseu, Instituto Politécnico de Viseu. Estrada de Nelas, Quinta da Alagoa, Ranhados,
3500-606 Viseu, Portugal.
Autor apresentador: [email protected]
Resumo:

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS:
O enfisema consiste numa acumulação de ar frequente no cão, sendo a raça
Pequinês a mais suscetível. Devido à falta de ventilação colateral, os cavalos, os
bovinos, os ovinos e os suínos são também suscetíveis a esta condição (Porter et al.,
2011).
O presente trabalho teve como principal objetivo evidenciar/realçar os
cuidados que o enfermeiro veterinário deve ter perante condições de enfisema.

RESULTADOS:

Enfisema pulmonar e subcutâneo:
O enfisema pulmonar trata-se de uma acumulação de ar nos pulmões com
consequente destruição das paredes alveolares. Esta condição possui duas formas:
alveolar e intersticial e tem etiologia toxicológica e inflamatória (Wedro, 2011).
A formação de bolhas de ar ocorre, devido à destruição dos alvéolos pulmonares
com a consequente diminuição da concentração de oxigénio no sangue, resultando em
hipertrofia e insuficiência cardíaca (Wedro, 2011).
71
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Os principais meios de diagnóstico são a oximetria e as análises clinicas (Wedro,
2011).
O objetivo do tratamento é impedir a destruição contínua dos pulmões e
preservar a sua função (Wedro, 2011).
O enfisema subcutâneo resulta numa acumulação de gás ou ar livre nos tecidos
subcutâneos, sendo os traumas no sistema respiratório a principal causa desta
condição (Radostits et al., 2006; Maes et al., 2011).
A observação de crepitação e mobilidade do inchaço auxilia o diagnóstico.
Geralmente o enfisema pode ser removido através da colocação de um sistema ativo
de drenagem ou removido por aspiração (Mitchell et al., 1998).

CONCLUSÕES:
O Enfermeiro Veterinário deve conhecer a condição de enfisema e saber informar
corretamente o proprietário sobre a mesma, sobre a sua evolução clínica, cuidados a
ter em casa, designadamente o incentivo - à atividade física diária, bem como alertar
para as eventuais complicações que podem surgir nos pacientes vítimas destes
problemas (Welsh & Orpet, 2002).
Deve também ter conhecimentos especializados da doença, de modo a poder
realizar, com eficácia, a terapêutica prescrita (Anónimo, 2010).
Agradecimentos:
FCT e CI&DETS (Pest – OE/CEU/UI4016/2011).
Bibliografia
Orpet H, Welsh P (2002). Handbook of Veterinary Nursing (1ª Edição). Oxford,
Blackwell Science: 316 - 317.
Anónimo
(2010)
Nursing
Interventions
for
Emphysema
http://nursingfile.com/nursing-care-plan/nursing-interventions/nursing-interventionsfor-emphysema.html, consultado em 3/11/2012
Mitchell S, McCarthy R, Rudloff E, Pernell T (s/d) Tracheal rupture associated with
intubation in cats: 20 cases (1996–1998). http://www.vef.unizg.hr/org/kirurgija/wpcontent/uploads/2010/04/Tracheal-rupture-associated-with-intubation-in-cats.pdf,
consultado em 3/11/2012
72
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Maes S, Goethem B, Saunders J, Binst D, Chiers K, Ducatelle R (2011)
Pneumomediastinum and subcutaneous emphysema in a cat associated with
necrotizing
bronchopneumonia
caused
by
feline
herpesvirus.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3174511/, consultado em 7/11/2012
Wedro, B (2011). Emphysema http://www.medicinenet.com/emphysema/page2.htm,
consultado em 27/11/2012
73
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
023. A DOR EM ANIMAIS DE COMPANHIA
Autor: Vânia Rabasqueira1, Dr. Juan Raya2, Enf. Vet. Andreia Veloso3, Drª. Luisa
Pereira4
1
[email protected]
2
Clinica Dovet, Badajoz, Espanha
3
Clinica Dovet, Badajoz, Espanha
4
Escola Superior Agrária de Elvas
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Cada cão é um ser individual que reage à dor de forma diferente, de acordo com
alguns fatores, como a sua raça. Para uma avaliação correta da dor, é importante a
familiarização do que é considerado como comportamento normal para determinada
raça, para uma eficiente gestão da dor direcionada a cada paciente. Neste estudo
pretende-se em primeiro lugar avaliar a influência do padrão racial na avaliação do
grau de dor e secundariamente consciencializar os técnicos de saúde animal, para as
diferentes sensibilidades raciais à dor.
METODOLOGIA E RESULTADOS
O estudo foi realizado em 29 canídeos do sexo feminino, com diferentes padrões
raciais ,sujeitos a esterilização na Clínica Veterinária Dovet, durante Março a Julho de
2012. A maioria dos animais tinha 1 ano de idade e permaneceram 12 horas no
internamento. Optou-se por avaliar o paciente em dois períodos de tempo: T1 –1h
após a extubação e T2 – 8h após a extubação, através do preenchimento da Escala de
Dor da Universidade de Melbourne.
As raças que apresentaram menor tolerância à dor, são as consideradas de companhia,
como o Bulldog Francês (14%), Pincher (11,5%), Pug (11,5%). Estes pequenos animais,
para além de apresentarem fragilidade à dor, são animais muito humanizados, que na
74
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
ausência dos donos tendem a exacerbar as suas reações aos estímulos. Animais novos
são menor tolerantes à dor e tendem a vocalizar mais, enquanto os geriátricos,
tendem a conter mais as suas emoções, tornando a avaliação da dor mais difícil.
Também os cães nórdicos de trabalho (9,5%), apesar da excelente conformação física,
também não suportam estímulos que traduzam dor. Contrariamente, as raças
desportivas (3%), de caça (3%), de pastor (2%) apresenta-se, mais condescendente a
processos dolorosos. As raças de luta (1%) são as raças mais resistentes deste estudo.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
O padrão racial, pode influenciar a tolerância à dor do animal. É real que raças de
pequeno porte, mais frágeis e vocacionadas para companhia, são raças com menor
tolerância à dor. Já as raças grandes e atléticas, formatadas para um ambiente austero,
adaptado às exigências de trabalho, resistem à dor. As raças vindas do norte, não tao
adaptadas, são mais sofredoras e pouco tolerantes. No entanto, a raça, tem de ser
associada sempre ao estado físico, comportamentos individuais, educação, que pode
moldar a manifestação da dor. As escalas de dor representam uma mais-valia para a
implementação de um bom maneio analgésico, no entanto, é necessária uma
familiarização por parte do utilizador, para tornar o seu uso mais eficiente.
75
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
024. O ENFERMEIRO VETERINÁRIO NA DERMATOLOGIA: ANÁLISE COMPARATIVA
DAS LESÕES DERMATOLÓGICAS OBSERVADAS NAS CONSULTAS DE DERMATOLOGIA E
CENTRO DE ESTÉTICA DO HVME
Anette Reintjes1; Ana Almeida2; Margarida Dias2; Hélia Figo2; Maria Pereira1; Luísa
Pereira1
1Instituto Politécnico de Portalegre, Escola Superior Agrária Elvas
2Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME)
Mais de 30% dos pacientes que se apresentam a um CAMV sofrem de doenças
dermatológicas 1. O Enfermeiro Veterinário (EV) pode ter um papel importante no
reconhecimento das lesões dermatológicas e no sucesso do tratamento.
Os objetivos deste estudo foram determinar o papel do EV no reconhecimento e
encaminhamento de pacientes com lesões cutâneas e comparar o tipo de lesões
observadas nas Consultas de Dermatologia com as identificadas no Centro de Estética
do HVME.
Apresentaram-se à consulta de Dermatologia 32 pacientes e foram atendidos no
Centro de Estética do HVME 178 animais, dos quais 104 apresentaram lesões cutâneas,
o que promoveu o seu encaminhamento para consulta Médico-Veterinária. Dos
animais reencaminhados, apenas um acabou por ser observado em consulta de
dermatologia e cinco em consulta de clínica geral.
Os animais que foram observados na consulta de dermatologia raramente
apresentaram lesões primárias (3%), ao passo que no Centro de Estética 28% das
lesões observadas foram primárias.
Assim conclui-se que a tosquia realizada de forma regular permite o reconhecimento
de lesões não identificadas anteriormente pelo proprietário e o seu correto
encaminhamento para consulta médico-veterinária. Neste sentido, a realização de
tosquia na presença, ou com a intervenção do EV surge como um auxílio na prática
76
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
clínica, permitindo estabelecer uma ponte valiosa entre o cliente e o Médico
Veterinário.
Bibliografia
1-
Gaudiano, F., 2011. Dermatology for Veterinary Nurses. In: Proceeding of the
British Veterinary Nursing Association Congress. United Kingdom, pp. 22-23
77
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
025. HEPATIC ENCEPHALOPATHY ASSOCIATED WITH PORTO SYSTEMIC SHUNT IN A
BITCH: A CASE REPORT
UM CASO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA ASSOCIADO A SHUNT PORTO SISTÉMICO
NUMA CADELA
Nádia Reis1, Fernando Esteves1, Carla Santos1, Mireia Sabaté2
1 – Escola Superior Agrária de Viseu
2 – Hospital Veterinário de Barcelona, ARS
Autor apresentador: Nádia Reis
[email protected]
INTRODUÇÃO
A Encefalopatia Hepática (EH) é definida como uma anomalia mental com inibição
neuronal no Sistema Nervoso Central (SNC), resultante de disfunção hepática.
Em cães, uma das principais causas é a presença de shunts porto sistémicos, alterações
vasculares que permitem que o sangue portal passe diretamente para a circulação
sistémica, sem primeiro passar pelo fígado, fazendo com que várias substâncias tóxicas
se possam acumular progressivamente no cérebro.
As manifestações neurológicas mais frequentes incluem diminuição da atividade e
resposta
a
estímulos,
depressão,
letargia,
alterações
de
comportamento,
incoordenação motora, ataxia e convulsões, exigindo da equipa veterinária o
estabelecimento do diagnóstico correto, e a rápida implementação das medidas
terapêuticas.
78
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
CASO CLÍNICO
Uma cadela inteira, de raça setter irlandês, 5 meses e com o peso de 12 kg,
apresentou-se à consulta no Hospital Veterinário ARS de Barcelona, com
sintomatologia de anorexia, vómitos, diarreia com sangue, febre e apatia, mostrandose um pouco desorientada, chegando mesmo a perder o equilíbrio. Ao exame físico
apresentava pulso forte, mucosas rosadas/congestivas e secas, frequência cardíaca de
60 batimentos por minuto, frequência respiratória normal, temperatura de 39,6ºC e
pressão arterial de 120. Foram realizados exames complementares de diagnóstico,
tendo como resultados: hematócrito: 35,8, ácidos biliares: 91.43umol/L, fosfatase
alcalina: 884 u/L, albumina: 2,4 e amónia: 90 umol/L. Com base em toda a informação
clínica, proveniente da anamnese, exame físico e análises sanguíneas, a principal
suspeita clínica era a presença de um shunt porto sistémico. A confirmação deste
diagnóstico foi conseguida através dos resultados obtidos no raio x e ecografia
abdominal. A paciente foi hospitalizada, tendo-se como objetivo inicial a estabilização
do seu estado clínico, tendo sido medicada com levetiracetam para controlo de
convulsões, s-adenosilmetionina, para melhorar o funcionamento hepático, lactulose,
metronidazol e ampicilina e maleato de dexclorfeniramina.
Uma semana depois, logo que o quadro clínico se mostrou mais estável, foi realizada a
cirurgia, tendo-se corrigido o desvio porto sistémico.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Os desvios porto sistémicos congénitos são anomalias da comunicação vascular entre
o sistema venoso portal e sistémico, que permitem que sangue do sistema portal
aceda à circulação sistémica, sem antes passar pelo fígado. A principal complicação
clínica de um shunt porto sistémico congénito é a encefalopatia hepática.
Os sinais clínicos são muito variáveis, mas geralmente são de ordem neurológica
(letargia, depressão, ataxia, andar em círculos, alterações comportamentais, cegueira e
convulsões), gastrointestinal (anorexia, vómitos, diarreia), sistémicos (perda de peso,
79
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
atraso de crescimento, bradicardia, intolerância a tranquilizantes e anestésicos) e
urinários (presença de cálculos urinários).
A primeira fase do tratamento passa por cuidados médicos que visam melhorar a
condição clínica do paciente. Na maior parte dos casos, a segunda fase da terapêutica
inclui a correcção cirúrgica da anomalia.
Os cuidados de enfermagem veterinária são muito importantes nestes pacientes, pelo
que se devem rever todos os protocolos de hospitalização. Incluem a realização de
enemas de 8 em 8 horas, a limpeza frequente da jaula, a realização de análises clínicas
(hematócrito, proteínas e glucose), o controlo de episódios de convulsões e a correta
administração de toda a medicação.
Neste caso, a resposta ao tratamento foi excelente, o animal não apresentou
complicações pós-cirúrgicas, e é atualmente um animal saudável.
80
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
026. GERIATRIA CANINA
Nádia Santos1, Dra. Paula Madureira2, Dra. Márcia Oliveira3
1 Clínica Veterinária Patas & Pêlos, Quinta do Conde
2 Clínica Veterinária Patas & Pêlos, Quinta do Conde
3 Instituto Politécnico de Portalegre
INTRODUÇÃO:
Atualmente os animais apresentam maior esperança devido aos grandes avanços da
Medicina Veterinária. Existe também maior interesse por parte dos proprietários
relativamente aos cuidados veterinários dos seus companheiros geriátricos. O
envelhecimento é um processo que envolve alterações morfológicas e funcionais dos
órgãos, levando a uma condição corporal diferente, comprometendo a coordenação
das funções fisiológicas. Nesta fase da vida de um cão, existem várias doenças que
surgem com maior frequência. Objetivou-se reconhecer os motivos/queixas, mais
frequentes, que mais levam os cães geriátricos à consulta, bem como das doenças
mais comuns nesta fase da vida do animal.
METODOLOGIA E RESULTADOS:
O presente estudo foi realizado a partir de 115 pacientes canídeos geriátricos com
diferentes padrões raciais de um universo de 476 pacientes caninos da Clínica
Veterinária Patas & Pêlos entre Março e Julho de 2013. Deste modo, o peso dos
pacientes geriátricos no universo em estudo foi de 25%.
Dos pacientes geriátricos, 67% tinha idade igual ou superior a 9 anos de idade, (21%
apresentaram 12 anos de idade, 17% 10 anos, e a mesma percentagem para 9 anos de
idade). A maioria dos pacientes geriátricos que se apresentou a consulta era do sexo
masculino (57%).
81
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
Relativamente ao motivo de consulta, 54% foram motivados pela realização de check
up e reforço anual da vacinação e 45% tiveram como motivação episódios de doença.
Os principais episódios de doença consultados foram problemas articulares, tumores
mamários, insuficiência renal e otites.
24% dos pacientes geriátricos faleceram sendo que, destes, 40% tinha 14 anos ou mais
e 50% entre 10 e 13 anos inclusive.
Os principais motivos de consulta dos animais que faleceram foram insuficiência
cardíaca (25%), tumores mamários metastizados no pulmão (11%), falência orgânica
(11%) e hérnia discal (11%). 63% destes animais eram do sexo masculino.
Não foram encontradas relações significativas entre os padrões raciais dos animais
geriátricos e o motivo de consulta dos mesmos.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES:
A clínica de animais de companhia está em constante evolução, nos últimos anos tem
havido um aumento no interesse pela saúde geriátrica de cães e gatos. A esperança de
vida destes animais aumentou graças a melhores cuidados nutricionais, produtos
farmacológicos e maior atenção por parte do Médico Veterinário. Existe uma
preocupação crescente dos proprietários de cães idosos relativamente aos hábitos que
podem adotar para lhes proporcionar uma melhor qualidade de vida nesta fase da sua
vida.
Um aspeto fundamental no tratamento de cães idosos é a prevenção do
envelhecimento precoce, minimizando o stress físico e emocional. Animais mais velhos
têm uma frequência relativamente alta de problemas médicos e isso faz com que o seu
acompanhamento seja muito importante.
Todos os animais com mais de sete anos devem fazer check ups duas vezes por ano.
Ao ser dispensada uma atenção redobrada a um paciente geriátrico é mais fácil
detetar precocemente certas patologias, o que, em certos casos, é decisivo para o
prognóstico.
82
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
O estudo realizado permitiu verificar que as principais patologias dos cães idosos são
insuficiência cardíaca, insuficiência renal, tumores e problemas articulares, o que vai
de encontro à bibliografia e às pesquisas realizadas.
83
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
027. CUIDADOS NO PACIENTE PEDIÁTRICO; PAPEL DO ENFERMEIRO VETERINÁRIO
Ana Sêco, Augusta Ferraz
Clínica Veterinária Planeta Animal, Aveiro, Portugal
Autor Apresentador: [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS
A Pediatria consiste no estudo dos animais desde o nascimento à puberdade1. É
fundamental reconhecer as etapas fisiológicas, as necessidades específicas e os
distúrbios associados que irão potenciar as suas hipóteses de sobrevivência2.
O desenvolvimento do animal pediátrico divide-se em vários períodos: neonatal, de
transição, de socialização e juvenil1. É no período neonatal e de transição que os
cuidados de enfermagem são essenciais para a sua sobrevivência, através da
verificação dos seus parâmetros vitais e minorando os problemas mais frequentes3,
assim torna-se primordial o delineamento de um plano rigoroso que vise maximizar a
saúde e bem estar destes pacientes.
METODOLOGIAS E RESULTADOS
Um gato com aproximadamente 2 semanas de idade foi apresentado à consulta. O
animal encontrava-se deprimido e com baixa condição corporal (180 gr). A frequência
respiratória foi avaliada pela observação, e contabilizaram-se 10-12 movimentos/min.
A temperatura rectal era de 34ºC, a sua frequência cardíaca era de 160
batimentos/min. A mucosa oral encontrava-se seca, pálida e o tempo de repleção
capilar era superior a 2 segundos. Ao fazer a prega de pele, esta demorou cerca de 4
segundos a desaparecer. Desta avaliação constatou-se a presença de hipotermia e
desidratação moderada. Recolheu-se sangue para hemograma e glicemia. A glicemia
era de 35 mg/dL, revelando um estado de hipoglicemia. O hemograma mostrou uma
anemia marcada com o hematócrito a 23% e os glóbulos vermelhos a 4.2x106/μL.
Estabeleceu-se um plano de enfermagem de forma a estabilizar a hipotermia, a
84
3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM VETERINÁRIA – ELVAS, 25, 26 E 27 DE OUTUBRO DE 2013
desidratação e a hipoglicemia para depois se iniciar a alimentação enteral com leite de
substituição.
Ao fim do primeiro dia de internamento, o animal já se encontrava normoglicémio e a
sua temperatura já se encontrava dentro dos valores normais. A desidratação foi
corrigida ao fim de 4 dias. No segundo dia de internamento iniciou-se a alimentação.
Ao fim de 2 semanas iniciou-se o desmame.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
A correcta termorregulação é um problema nos neonatos. A sua grande área corporal
de pele não cornificada, juntamente com a pouca gordura subcutânea, promovem a
perda rápida de calor4. O reaquecimento rápido pode provocar colapso pulmonar e
circulatório5. Neste animal tivemos um cuidado reforçado com o aquecimento gradual
o que possibilitou regular a temperatura corporal, juntamente com a administração
endovenosa de fluidos aquecidos.
Os neonatos são extremamente sensíveis à desidratação pois são constituídos por 75%
de água e têm incapacidade de concentrar a urina. As necessidades hídricas são 2-3
vezes superiores às do adulto6. Neste caso, os parâmetros observados corroboraram a
presença de desidratação moderada e a fluidoterapia foi utilizada para restabelecer a
hidratação.
A nutrição é o último parâmetro a ser considerado no maneio do animal pediátrico.
Uma vez resolvidos os problemas anteriores podemos então iniciar a suplementação
nutricional, que dependendo da idade do animal poderá ser feita com leite de
substituição ou alimento sólido7.
É a missão do Enfermeiro Veterinário promover a saúde, nutrição e o ambiente
necessário para os animais pediátricos órfãos se possam desenvolver8. Como
demonstrado, um pormenorizado plano de enfermagem aumenta a possibilidade de
sobrevivência destes pacientes fragilizados.
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AGRADECIMENTOS
O meu agradecimento vai para o meu local de trabalho, Clínica Veterinária Planeta
Animal, que me proporcionou todo o material e acima de tudo o estímulo necessário
para a realização deste resumo e posterior apresentação de um poster.
Para a minha colega, amiga e co-autora deste trabalho, Dra Augusta Ferraz, um muito
obrigada, pois sem ela este trabalho não teria a mesma qualidade.
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028. ESTUDO ODONTOLÓGICO PARA AVALIAR A INCIDÊNCIA DE PERIDONTITE EM
CÃES
Sousa, Mariana1; Pereira, Luísa1; Figo,Hélia2
1
Escola Superior Agrária de Elvas; 2Hospital Veterinário Muralha de Évora.
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO
A periodontite tem início na formação da placa adquirida, onde se depositam
bactérias, formando assim a placa bacteriana. Com a sucessiva adesão de bactérias e a
posterior mineralização, ocorre a formação do tártaro. A higiene oral assim como o
tipo de alimentação são fatores importantes para evitar o aparecimento de tártaro.
Para além destes fatores, é essencial fazer um check - up dentário, pelo menos uma
vez por ano para um diagnóstico precoce da periodontite.
Foi realizado um estudo em pacientes canídeos com o objetivo de obter uma relação
entre o estado da cavidade oral e fatores intrínsecos e ambientais.
METODOLOGIAS E RESULTADOS
Foram observadas as cavidades orais de 101 cães presentes à consulta do Hospital
Veterinário Muralha de Évora. Recolheu-se informações relativas às características dos
animais, no que diz respeito ao sexo, idade, raça, tipo de alimentação e profilaxia
realizada. Avaliou-se o grau de doença periodontal (grau I, grau II, grau III e grau IV) e
possíveis relações entre os fatores em estudo. Dos animais observados 83%
apresentavam doença periodontal, 46% com presença de placa bacteriana e 37% com
tártaro, 53,5% do sexo feminino. Observou-se o predomínio de cães de raça pura
(76,2%) e de raças pequenas (47%), entre estas, Caniche (13,8%), Rafeiro do
Alentejano (7,9%) e Labrador Retriever (6%). Verificou-se que a percentagem de
animais com tártaro era muito superior (84,8%) nos animais alimentados por ração
húmida e ração caseira, ou com mistura dos tipos de ração (húmida e seca). Dentro da
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população estudada, 14% dos cães tinham periodontite de grau IV, 10% de grau I, 7%
de grau II e 6% de grau III. Apenas 44,6% da amostra era praticado algum tipo de
higiene oral. A peridontite de grau III revelou-se em 44,8% e 42,4 % dos animais que
não ingeriam barras orais e não eram escovados os dentes, respetivamente.
CONCLUSÕES
A doença periodontal é uma das afeções mais comuns no cão, na maior parte das
vezes, subdiagnosticada. Mais frequente e mais grave em cães de raças pequenas e
geriátricos. Comparando o tipo de alimentação, verifica-se a relação da presença de
tártaro e a gravidade de doença periodontal, com a ingestão de comida húmida ou
caseira. As práticas de higiene oral são muito reduzidas e os proprietários pouco
sensibilizados da sua eficácia. A escovagem diária e a ingestão de barras orais evitam a
deposição de placa e cálculos dentários e previnem o agravamento da doença,
Para além da higiene oral e a seleção do tipo de alimentação, é essencial fazer um
check-up dentário, pelo menos uma vez por ano, de forma a permitir um diagnóstico
precoce da periodontite, evitando complicações locais e a nível sistémico.
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029. NURSING CARE IN GASTRIC DILATATION IN DOGS
Valente A1 ;Rego A1; Nascimento R1; Oliveira J1; Vala H1,2 ; Mesquita JR1,2 ; Nóbrega C1,2
1- Agrarian School of Viseu, Polytechnic Institute of Viseu. Quinta da Alagoa. Nelas
Road. 3500-606 Viseu. Portugal
2 Center for Studies in Education, Technology and Health, Agrarian School of Viseu,
Polytechnic Institute of Viseu. Quinta da Alagoa. Nelas Road. 3500-606 Viseu. Portugal
Presenting author: [email protected]
Abstract:

INTRODUCTION AND OBJECTIVES:
Gastric Dilatation is a potentially fatal gastrointestinal pathology caused by
aerophagy. It is mainly caused by rapid consumption of food, excitation or exercising
near the time of feeding, which promotes the entrance of air into the stomach
(Robbins et al, 2011).
With this work we aim to emphasize the care given by veterinary nurses in this
pathology.

RESULTS
Gastric dilatation is a pathology of multifactorial etiology. It is frequently found
in large or giant breeds of dogs, such as Doberman Pinscher, German Shepherd, Great
Dane, St. Bernard, and rarely in small dogs and cats. It's potentially fatal, which makes
it an emergency. (Jones et al, 1997; Porter, 2011; Johnson et al, 2006).
The main diagnostic methods are the physical exam and the x-ray. Laboratory
tests and an electrocardiogram are also advised.
The prescribed treatment is done with the goal of eliminating the dilatation,
through the use of several techniques, namely gastric intubation, and to stabilize the
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patient. If volvulus is also present , the stomach must be repositioned correctly and
sutured to the abdominal wall, a procedure called gastropexy, so that if a new case of
gastric dilatation occurs, volvulus will not arise (Robbins et al, 2011).

CONCLUSIONS:
A veterinary nurse has to be able to recognize a gastric dilatation, when it is
present. He or she, should also be able to inform the patient's owner about the
etiology, the patient's progress, and prophylactic methods, in a succinct and correct
manner, in order to reduce the possibility of a recurrence (Welsh & Orpet, 2002).
ACKNOWLEDGEMENTS
FCT e CI&DETS (Pest – OE/CEU/UI4016/2011).
BIBLIOGRAPHY
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