manejo de bacias hidrográficas

Transcrição

manejo de bacias hidrográficas
MANEJO DE BACIAS
HIDROGRÁFICAS
Marcos Koiti Kondo
Conceitos
• Bacias hidrográficas são grandes unidades apropriadas
para o zoneamento e planejamento regional,
compreendendo fisicamente, estados e países;
• Microbacias são unidades menores contendo as bases
fundamentais para a pesquisa em hidrologia, bem como
o planejamento da produção agrícola e a conservação
do ambiente (base fundamental);
• Microbacia hidrográfica compreende uma área de
formação natural, drenada por um curso d’água e seus
afluentes, a montante de uma seção transversal, para
onde converge toda a água da área considerada.
Manejo de Microbacias
Hidrográficas
• O manejo de microbacias hidrográficas é definido com o
processo de organizar e orientar o uso da terra e de
outros recursos naturais da microbacia, para a produção
de bens e serviços, sem destruir ou afetar adversamente
o solo e a água;
• Há uma interrelação estreita entre o uso da terra, o solo
e a água (o que acontecer a um, afetará os outros);
• Há interligação entre as cabeceiras, a média bacia,
baixa bacia e o estuário;
• O planejamento deve buscar os limites naturais das
microbacias hidrográficas, superando os limites de
propriedade, município, etc.
Microbacia hidrográfica da Fazenda Experimental Edgardia
Fone: Luiz Alberto Blanco Jorge
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Figura: Localização de poços cadastrados em
14/5/2013, no Sistema de Informações de
Águas Subterrâneas (SIAGAS) no Brasil.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), disponível em:
<siagasweb.cprm.gov.br/layout>. Acesso em 27 mai. 2013.
Figura: Localização de poços
cadastrados em 14/5/2013, no
Sistema de Informações de
Águas Subterrâneas (SIAGAS)
na bacia do rio São Francisco.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), disponível em:
<siagasweb.cprm.gov.br/layout>.
Acesso em 27 mai. 2013.
Figura: Localização de poços
cadastrados em 14/5/2013, no
Sistema de Informações de
Águas Subterrâneas (SIAGAS)
em Minas Gerais.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), disponível em:
<siagasweb.cprm.gov.br/layout>.
Acesso em 27 mai. 2013.
Figura: Localização de poços cadastrados em
14/5/2013, no Sistema de Informações de
Águas Subterrâneas (SIAGAS) nas bacias do
rio São Francisco e Verde Grande.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil (CPRM), disponível em:
<siagasweb.cprm.gov.br/layout>. Acesso em 27 mai.
2013.
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Obs.: a área irrigada (2006) foi ajustada a partir da área plantada atual, considerando-se a
mesma relação entre área irrigada e área plantada municipal do Censo Agropecuário de
1996.
Fonte: Brasil (2009)
Fonte: Brasil (2009)
Principais Objetivos do Manejo de
Microbacias
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Obter a sustentabilidade ambiental das microbacias;
Implantação de manejo sustentável de cada ambiente, com produção agrícola
e conservação dos ecossistemas e seus serviços ambientais, com metas de
produtividade, qualidade e disponibilidade da água nas nascentes e rios;
Fornecer qualidade de vida para a comunidade envolvida;
Recuperação de nascentes, recomposição e preservação das matas ciliares e
conservação do solo e água da microbacia;
Redistribuição e armazenamento da água das chuvas;
Produção de água potável nas nascentes para o abastecimento público
(múltiplos usos: irrigação, industrial, lazer, piscicultura, agropecuária, etc.);
Gestão dos recursos hídricos com utilização da água, redistribuição,
armazenamento da água das chuvas e reabastecimento do lençol freático e
aquíferos;
Contribuir para a conservação dos serviços ambientais da floresta na
microbacia;
Contribuir para amenizar o aquecimento local e global;
Proporcionar um ambiente saudável com harmonia, qualidade vida humana e
ambiental.
Critérios para Execução de Projetos
em Microbacias Hidrográficas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Áreas com grande número de pequenos produtores;
Áreas de produção de alimentos básicos;
Locais com problemas de erosão ou degradação
ambiental;
Áreas com cursos d’água importantes para o
abastecimento urbano e/ou rural;
Comunidades organizadas, com disponibilidade de
recursos humanos e materiais, para contrapartida;
Participação efetiva da comunidade beneficiada.
Principais Ações
• Práticas mecânicas, vegetativas e edáficas de conservação do solo
e da água;
• Construção de bacias de captação de água em estradas;
• Recuperação e estabilização de voçorocas;
• Readequação e realocação de estradas, retificação de cursos
d’água;
• Construção de depósitos de lixo tóxico;
• Construção e recuperação de poços;
• Recuperação de áreas alagadas;
• Análise do solo e recuperação de áreas degradadas;
• Reflorestamento em matas ciliares e APPs;
• Instalação de viveiros e aquisição de mudas;
• Implantação de unidades demonstrativas;
• Treinamento de técnicos, produtores rurais e outros personagens
envolvidos;
• Produção e difusão de material técnico e informativo.
A BACIA HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO
Rede hidrográfica do São Francisco.
Fonte: CODEVASF
Características de Alguns dos Principais Afluentes do São Francisco.
Afluente
Vazão
Específica
Média (l/s/km2)
Coeficiente de
Escoamento (%)
Distância (km) da Foz do
Afluente à:
Nascente do S.
Francisco
Foz do S.
Francisco
Margem Esquerda
Paracatu
10,45
32
774
1.926
Urucuia
10,18
30
834
1.866
Carinhanha
9,47
29
1.114
1.586
Corrente
8,07
25
1.253
1.447
Grande
3,98
11
1.522
1.178
Margem Direita
das Velhas
11,26
29
675
2.025
Jequitaí
6,75
17
699
2.001
Verde Grande
0,62
-
1.075
1.625
Fonte: PLANVASF
1950-1976
1979-1999
Precipitação média anual na Bacia do São Francisco. Fonte: Pereira et al. (2007)
1950-1976
1979-2000
Proporção da contribuição real dos principais afluentes do Rio São Francisco.
Fonte: Pereira et al. (2007)
Bacia do Verde Grande.
Fonte: Santos et al. (2002)
Mapa de localização,
base municipal e subdivisão
da bacia do rio Verde Grande
Fonte: Brasil (2011)
Caracterização das sub-bacias da bacia do rio Verde Grande
Sub-bacia
Área
km2
% na Bacia Municípios com sede na subbacia
Principais corpos d´ãgua
Alto Gorutuba (AG)
2.134,3
7%
Nova Porteirinha, Janaúba e
Riacho dos Machados
Rio Gorutuba e Rio da Água Quente
Alto Verde Grande
(AVG)
3.102,2
10%
Montes Claros, Glaucilândia,
Juramento e Guaraciama
Rio Verde Grande, Rio Cana-brava, Ribeirão Boa Vista, Rio
do Vieira, Rio da Prata, Rio Juramento e Rio Saracura
Alto Verde Pequeno
(AVP)
Baixo Verde Grande
(BVG)
Baixo Verde Pequeno
(BVP)
2.907,5
9%
Mamonas, Espinosa e Urandi
Rio Verde Pequeno
1.934,1
6%
-
Rio Verde Grande e Ribeirão Baixa da Mula
3.369,3
11%
Sebastião Laranjeiras
Rio Verde Pequeno, Riacho da Macaca, Ribeirão do Poço
Triste, Riacho da Mandiroba, Riacho do Aurélio e Córrego
Olho-d'Água
Médio e Baixo Gorutuba
(MGB)
7.721,2
25%
Monte Azul, Catuti, Mato
Rio Gorutuba, Rio Jacu, Ribeirão Jacu, Rio Tabuleiro, Rio
Verde, Pai Pedro, Gameleiras, Serra Branca, Córrego Furado Novo, Córrego Bom Jardim
Porteirinha e Serranópolis de
e Córrego Veredas das Águas
Minas
Médio Verde Grande Trecho Alto (MVG-TA)
7.107,9
23%
Varzelândia, Verdelândia e
Jaíba
Rio Verde Grande, Rio Arapoim, Riacho Salobro, Ribeirão
do Ouro, Rio Suçuapara, Rio Jacuí, Rio Barreiras, Rio São
Domingos, Rio Quem-Quem e Córrego Corgão
Médio Verde Grande Trecho Baixo (MVG-TB)
3.161,3
10%
Francisco Sá, Capitão Enéas,
Mirabela, Patis e São João da
Ponte
Rio Verde Grande, Córrego Macaúbas, Córrego São
Vicente
Bacia Verde Grande
31.437,9
100%
Fonte: Brasil (2011)
Mapa de uso e ocupação do solo
na bacia do rio Verde Grande
Fonte: Brasil (2011)
Fonte: Brasil (2011)
20,18
20,07
21,26
0,05
5,94
11,85
7,46
0,00
Vegetação
Arbustiva
4,77
3,17
0,41
0,20
3,08
0,54
0,00
0,00
Vegetação
ArbóreaArbustiva
0,16
0,02
0,02
0,00
0,00
0,00
0,01
0,00
Silvicultura
5,59
5,76
1,56
1,00
0,98
1,35
3,54
1,23
Queimada
1,74
0,14
0,72
0,09
0,06
0,03
0,05
0,17
Mata Ciliar
0,73
2,40
0,26
0,01
0,04
0,13
0,18
0,18
Hidrografia
0,00
0,00
0,06
8,49
1,27
1,14
0,20
1,63
Área Urbana
21,80
48,10
45,04
43,51
53,25
53,18
54,76
58,18
Área Úmida com
Vegetação
3,15
0,18
2,24
1,04
0,14
1,38
0,62
2,34
Agropecuária
0,02
0,02
0,01
3,08
1,79
0,09
0,10
1,45
Agricultura
Irrigada
AG
AVG
AVP
BVG
BVP
MGB
MVG-TA
MVG-TB
Afloramento
Rochoso
Sub-bacia
Caracterização da ocupação do solo na bacia do rio Verde Grande. Uso de Solo e Cobertura
Vegetal (% da área total da sub-bacia).
41,86
20,14
28,43
42,73
36,42
29,51
32,50
34,83
Precipitações médias mensais na bacia no período 1979-2002. Fonte: Brasil (2011)
Distribuição da precipitação média anual
Fonte: Brasil (2011)
Precipitações médias anuais na bacia no período 1979-2002. Fonte: Brasil (2011)
Mapa hipsométrico
Fonte: Brasil (2011)
Mapa de solos
Fonte: Brasil (2011)
Unidades de conservação e terra indígena
Fonte: Brasil (2011)
Caracterização demográfica
Sub-bacia
População
Total
(hab)
2000
Taxa de
Urbanização
(%)
2000
População
Urbana (hab)
2007
População
Rural (hab)
2007
População
Total
(hab)
2007
Densidade
Demográfica
(hab/km2)
2007
Taxa de
Urbanização
(%)
2007
AG
74.107
83
66.216
12.298
78.514
36,79
84
AVG
309.480
95
337.707
15.871
353.578
113,98
96
AVP
53.984
43
25.148
28.817
53.965
18,56
47
BVG
6.387
0
0
6.694
6.694
3,46
0
BVP
18.669
20
4.053
15.783
19.836
5,89
20
MGB
97.866
47
47.098
48.905
96.003
12,43
49
MVG-TA
83.772
51
46.693
40.050
86.743
12,20
54
MVG-TB
42.537
60
29.081
17.058
46.139
14,59
63
Bacia VG
686.802
72
555.996
185.475
741.472
23,59
75
Obs.: Alto Gorutuba (AG) ; Alto Verde Grande (AVG); Alto Verde Pequeno (AVP); Baixo Verde Grande (BVG); Baixo Verde Pequeno (BVP);
Médio e Baixo Gorutuba (MGB); Médio Verde Grande - Trecho Alto (MVG-TA); Médio Verde Grande - Trecho Baixo (MVG-TB); Bacia Verde
Grande.
Fonte: Brasil (2011).
Distribuição das áreas irrigadas
Sub-bacia
Área Irrigada (ha)
% da bacia
573,00
1,5
MVG - TA
4.388,50
11,3
AG
6.746,46
17,4
MBG
10.638,33
27,5
MVG - TB
7.386,55
19,1
AVP
6.504,33
16,8
BVP
461,19
1,2
BVG
2.018,07
5,2
Total geral
38.716,42
-
AVG
Fonte: Brasil (2011).
Evolução da área irrigada na bacia
Fonte: Censo IBGE para os anos: 1980, 1985, 1995 e 2006; Rural Minas 1996; e Imagem de satélite para os anos: 1992 e 2009 in
Brasil (2011)
Projetos de irrigação. Fonte: Codevasf (levantamento de campo) in Brasil (2011).
Área do Projeto (ha)
Projeto
Estado
Estágio
Rio
Irrigável
Gorutuba
Área Bruta
do Projeto
(ha)
7.064
Gorutuba
MG
Implantado
Lagoa
Grande
MG
Implantado
Jaíba
MG
Implantado São Francisco
Estreito
BA
Implantado
7.064
4.745
Gorutuba
1.689
1.689
995
100.000
29.593
6.366
8.101
2.745
2.903
Verde
Pequeno,
Raíz,
Cachoeira e
Cova da
Mandioca
Operação Culturas
Produzidas
Banana,
manga,
limão, coco,
feijão e
milho.
Banana,
caju, coco,
manga,
pepino, feijão
e milho
Banana,
manga,
milho, limão,
sementes,
feijão,
mandioca,
cebola
Banana,
manga,
feijão,
mandioca,
algodão,
milho
Valor bruto da
produção em
R$ (2005)
15.510.564,00
4.200.299,00
27.413.494,00
10.275.500,00
Transposição proposta do Projeto Jaíba
Fonte: Brasil (2011).
RECOMENDAÇÕES PARA A BACIA DO VERDE GRANDE (Santos et al., 2002):
1.
2.
3.
4.
5.
Realizar ampla discussão das políticas públicas para a bacia do rio Verde Grande e elaborar
modelo de articulação interinstitucional tendo como agentes os órgãos de planejamento e de
desenvolvimento atuantes na região, instituições financiadoras de projetos agrícolas, órgãos de
pesquisa e fomento agrícola, órgãos ambientais, promotoria pública e o comitê de bacia;
Reavaliar os perímetros irrigados no que tange a compatibilização do sistema de operação de
barragem com os requisitos de vazão ecológica, abastecimento humano e sistemas de
irrigação;
Estimar volumes captados por usuários em toda a bacia;
Elaborar programa de controle e acompanhamento do uso dos recursos hídricos da bacia;
Reavaliar sistemas de irrigação e manejo das culturas contemplando:
1.
2.
3.
4.
6.
7.
8.
Implementar mecanismos de incentivo à adoção de técnicas conservacionistas visando
minimizar ao máximo o uso de agrotóxicos e a degradação ambiental;
Avaliar risco de contaminação dos recursos hídricos, em decorrência do uso indiscriminado de
agroquímicos, de lançamentos de esgoto urbano e rural e presença de lixões a céu aberto;
Avaliar hidrogeológicamente a bacia em escala de detalhes:
1.
2.
3.
9.
Elaboração de balanço hídrico das culturas da região;
Definição de programa visando substituir os sistemas de irrigação inapropriados às condições do semiárido;
Implementação de cursos de capacitação para operação e manejo dos sistemas de irrigação mais
econômicos;
Estabelecimento de convênios de cooperação com instituições de pesquisa visando a definição de
coeficientes de cultivos para bacia.
Mapeamento de áreas de recargas;
Monitoramento Piezométrico;
Cadastramento de todos os Poços.
Organizar o Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos da Bacia, que passa pela estruturação do
Sistema de Gerenciamento com a criação do Comitê e a implementação dos Instrumentos de
Gestão.
ESTUDO DE CASO:
Valoração do uso da terra e impactos do manejo nos recursos hídricos
na microbacia do Lajeado São José (Chapecó, SC), Bassi (2002)
• Microbacia do Lajeado São José faz parte do Projeto II de
Manejo da Terra do Banco Mundial;
• Bacia monitorada de 1988 a 1997, sendo que o projeto de
manejo da bacia iniciou em 1992;
• Avaliação dos seguintes parâmetros: precipitação
pluviométrica, descarga de água, concentração de coliformes,
turbidez da água, concentração de sedimentos suspensos e
custo do tratamento da água para uso doméstico.
Figura 2. Situação da microbacia no ano de 1978.
Figura 3. Situação da microbacia no ano de 2000.
IMPORTANTES LIÇÕES DO PROJETO DE MANEJO DE MICROBACIAS:
1. Em acordo com os grandes problemas de degradação dos recursos
naturais, é necessária a adoção de novas estratégias, baseadas em
conceitos modernos sobre erosão do solo e conservação,
ancoradas mais no manejo das terras do que em práticas de
conservação isoladas;
2. A estratégia técnica deve combater as causas do problema,
simultaneamente com resultados imediatos aos produtores rurais
envolvidos;
3. O uso e manejo da terra, quando focado em uma visão holística, de
organização de todos os produtores rurais da bacia, leva a grandes
benefícios dentro e fora do local das ações;
4. A metodologia intervencionista deve ser baseada no planejamento
participativo, direcionado mais às pessoas do que às coisas.
CONCLUSÕES E LIÇÕES APRENDIDAS:
1. Aumento significativo na qualidade da água, redução da
degradação do solo, aumento da produtividade das
culturas e aumento da permanência das famílias no
campo;
2. Investimentos em projetos de manejo de microbacias
têm um retorno econômico seguro, com importantes
benefícios indiretos, como redução na poluição da água
e no custo do seu tratamento, adicionalmente à melhor
qualidade de vida;
3. O controle da erosão na microbacia permitiu uma
redução mensal no tratamento da água de
US$2,445.00.
CONCLUSÕES DO PROJETO:
1. O plantio direto é um sistema adequado para implantação desde o início das
intervenções na microbacia, cumprindo os objetivos básicos de aumento da
cobertura do solo, aumento da infiltração de água e redução da enxurrada, redução
do custo e aumento da produção com menor risco;
2. Aumento da renda e da produção é um excelente ponto de entrada para reduzir a
degradação ambiental;
3. Para mudanças tecnológicas dos produtores, faz-se necessária a educação formal ou
extensão, sendo as outras práticas de difusão baseadas em atividades de maior
interesse dos produtores rurais;
4. É necessária a descentralização da pesquisa e da extensão para atingir os objetivos
propostos;
5. Custo do monitoramento ambiental da microbacia, embora relativamente pequeno,
não é insignificante (deve-se possuir estrutura completa de técnicos e colaboradores,
com suporte de laboratórios);
6. Todos os subsistemas dentro da microbacia devem ser contemplados em planos de
manejo, incluindo áreas urbanas (poluição das águas);
7. Projetos de manejo de bacias hidrográficas, quando bem conduzidos, aumentam a
eficiência dos investimentos públicos e privados, gerando benefícios dentro e fora da
bacia, com importante retorno econômico e na qualidade da água para a população;
8. Sedimentação, redução da capacidade de armazenamento de água e problemas com
a qualidade da água, consequências do processo erosivo, podem ser minimizados
com a aplicação das Melhores Práticas de Manejo na bacia;
9. Toda bacia, para suprimento público de água, deve possuir um plano de
gerenciamento dos recursos naturais, e parte dos benefícios gerados deve ser
investido na própria bacia, para melhoria na qualidade da água pelos produtores
rurais.
Referências Bibliográficas
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Watersheds Case Study Series). Disponível em:
http://www.fao.org/Ag/AGL/watershed/watershed/papers/papercas/paperen/brazipix.pdf
Brasil. Agência Nacional de Águas (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2011 / Agência Nacional de
Águas. Brasília: ANA, 2011. 112 p. Disponível em: <http://conjuntura.ana.gov.br/conjuntura/Downloads/2011/1%20%20RELAT%C3%93RIO%20DE%20CONJUNTURA%20-%20INFORME/Conjuntura_2011.pdf>. Acesso: 15 jun. 2012.
Brasil. Agência Nacional das Águas. Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande (versão
para discussão na CTC) - Relatório Síntese. ANA: Brasília, 2011 (24/02/2011). Disponível em:
<http://www.verdegrande.cbh.gov.br/planobacia/20110225_PRHVerdeGrandeRelatorioSintese.pdf>. Acesso: 11 mai.
2012.
PEREIRA S. B. et al. Estudo do comportamento hidrológico do Rio São Francisco e seus principais afluentes. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.11, n.6, p.615–622, 2007, Campina Grande, PB.
SANTOS, D.G.dos et al. A bacia hidrográfica do rio Verde Grande/Rio São Francisco – MG: as ações da Agência
Nacional de Águas - ANA na reestruração do sistema de gestão na bacia. IN: Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 6. Vitória, 2002. Disponível em: http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/sibesa6/cxciii.pdf
ARTIGOS PARA LEITURA:
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FIM

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