2 - Agrária

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2 - Agrária
Informativo
Agrária
Abril 2013
Os elos da
cadeia produtiva da
CEVADA
ISO 22.000
Indústria de Óleo e as
três Unidades de Cereais
são certificadas
SOJA E MILHO
Safra supera estimativas
e bate recordes de
produtividade e recepção
AGRÁRIA 62 ANOS
Aniversário enaltece
os feitos do passado e
projeta desafios do futuro
?
Editorial
No mês em que comemora seu 62º
aniversário, a Cooperativa Agrária tem
novamente motivos para comemorar.
No último dia 9 de maio, as três Unidades de Cereais da Agrária - Vitória, Guarapuava e Pinhão - receberam, simultaneamente, a certificação da ISO 22.000.
Trata-se das primeiras unidades de
cereais completas, ou seja, atreladas
a indústrias, do Brasil a conquistarem
tal nível certificador. Da mesma forma,
em abril, a Indústria de Óleo e Farelo
de Soja recebeu a mesma certificação,
que se refere à segurança de alimentos.
Em ambos os casos, a Agrária reforça seu compromisso em se adiantar às demandas do mercado, como
já ocorrera com o Moinho de Trigo e a
Maltaria. A cooperativa mantém, desta forma, a busca constante pela sua
posição como referência no agronegócio brasileiro.
A edição de abril do Informativo
traz também a primeira de uma série de
duas matérias especiais sobre a cadeia
produtiva da cevada. Destacamos os
elos iniciais de um ciclo único no Brasil,
que tem na pesquisa e respectivas parcerias um diferencial que possibilita ao
mesmo tempo oferecer a produtividade
desejada pelo cooperado e a qualidade
necessitada pela Agromalte.
Os excelentes números apresentados na safra de verão 2012/2013
também são abordados, sob dois aspectos: os números de produtividade
do milho e da soja e o trabalho essencial desenvolvido pelas três unidades
de cereais para dar vazão a volumes
recordes de recebimento.
Os pontos altos do evento em comemoração aos 62 anos de fundação
da Agrária, realizado para os cooperados, também ganhou as páginas deste Informativo. Que fecha esta edição
especial com um exemplo de superação dentre os nossos colaboradores,
na luta contra o tabagismo.
Boa leitura!
Departamento de Marketing
Cooperativa Agrária Agroindustrial
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Informativo
Agrária
Os elos inicia
produtiva da c
O ciclo produtivo da cevada da
Cooperativa Agrária é um formato
único no Brasil. A cadeia inicia pela
pesquisa e experimentação da FAPA,
com o desenvolvimento de cultivares
e definição das indicações técnicas
de cultivo, as quais são repassadas
pela assistência técnica ao cooperado, que, por sua vez, destina a cevada
colhida à recepção das unidades. O
produto é segregado e armazenado,
transformando-se em matéria-prima
do processo de malteação, antes de
ser expedido aos clientes da Agromalte. Os rendimentos da cevada industrializada retornam, então, ao início da
cadeia, inclusive ao cooperado, dono
de todo o processo.
Nesta edição, o Informativo traz
a primeira de duas matérias especiais
sobre a cadeia de produção da cevada da Agrária. Serão apresentados
detalhes da pesquisa e o emprego
das novas variedades e tecnologias
no campo. Todos os aspectos relacionados à industrialização do cereal
pela Agromalte, a maior maltaria do
Brasil e a segunda maior da América
Latina, serão tema da edição de maio.
Há mais de três décadas a Agrária
investe em pesquisas que englobem
evoluções em todos os elos da cadeia, buscando otimizar o ponto de
equilíbrio entre a produtividade, que
atenda o cooperado, e a qualidade
necessária pela indústria. “Não adianta termos uma cevada que produza
seis ou sete toneladas por hectare,
como gostaríamos de atingir, se ela
não atender a qualidade específica da
malteação. Por isso é tão importante
essa cadeia como um todo, e que o
cooperado, que está inserido neste
processo, entenda todo o processo”,
frisou o diretor financeiro da Agrária,
Arnaldo Stock.
Através da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), formaram-se sólidas parcerias, nacionais e
Arnaldo Stock: “A Agrária montou inúmeros
convênios na área de melhoramento”
DIA DE CAMPO DE VERÃO
ais da cadeia
cevada
internacionais, que hoje possibilitam o
fornecimento de uma nova variedade
de cevada a cada ano. Ocorre que
todo o processo de seleção, avaliação e obtenção de variedades requer
ao menos oito anos, quando um único
material se destaca dentre 300 a 500
linhagens inicialmente pesquisadas.
O processo, que pode parecer longo, já foi reduzido pela metade nos
últimos anos, graças ao emprego da
biotecnologia disponibilizada pelos
parceiros da Agrária.
A evolução dos trabalhos de pesquisa iniciou na década de 1980. “No
início do cultivo da cevada não tínhamos muitas informações, portanto
nos apoiávamos no trabalho da Antárctica, que era sócia da Agromalte
à época. Depois da aquisição total
da maltaria, a Agrária buscou convênios e iniciamos a parceria com
a Embrapa”, explicou o pesquisador de cevada cervejeira da FAPA,
Noemir Antoniazzi. “O convênio nos
complementava: a Embrapa fazia os
cruzamentos e nos mandava material
segregante para fazermos a seleção
e a avaliação aqui”, acrescentou.
O pesquisador salientou que grande parte das variedades oriundas da
empresa estatal foram desenvolvidas
aqui na Agrária. “A primeira cultivar
‘BR 2’, lançada pela Embrapa, começou a ser plantada aqui, onde se
desenvolveu o trabalho inicial de validação”, destacou Antoniazzi.
Noemir Antoniazzi: “Existe na Agrária uma
identidade com a cultura da cevada”
A partir da década de 1990, novas parcerias foram firmadas, como
com a AmBev, que recentemente
tornou-se parceira internacional por
meio do programa de melhoramento
de cevada da AB InBev. Da mesma
forma, há convênios com empresas
europeias, como a KWS, LfL e Ackermann. “Essas parcerias nos ajudam
a trazer materiais genéticos e, por
meio do melhoramento, encontrar-
mos os que mais se adaptam à nossa região”, explicou o coordenador
da FAPA, Leandro Bren.
A busca por parcerias internacionais está diretamente ligada à existência de apenas um programa de
melhoramento de cevada no Brasil,
justamente o desenvolvido pela Embrapa. “A cultura de cevada para o
cooperado e para a Agrária é a de
Leandro Bren: variedade resistente a
oídio pode chegar ao produtor em breve
terceira importância, depois de soja e
milho, sendo que, às vezes, ela está
até à frente do milho. Por isso, a Agrária montou inúmeros convênios e continua procurando parceiros na área de
melhoramento, inclusive internacionais”, sublinhou Arnaldo Stock.
O desenvolvimento de variedades
de cevada realizado pela FAPA segue um protocolo, que inclui um criterioso processo de seleção. A partir
do material segregante desenvolvido
e fornecido por parceiros, inicia-se a
avaliação do desempenho no campo
de aproximadamente 500 novas linhagens a cada ano. São observados
quesitos agronômicos, tolerância a
doenças, produtividade e qualidade
da cevada. O próximo passo é avaliar
a qualidade do malte, a partir de uma
amostra de apenas 50 g de cevada.
“Hoje iniciamos bem cedo a avaliação de malte, ao contrário do que
Informativo
Agrária
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era feito antigamente, quando só se
fazia na fase final e se perdia muito
material”, explicou Antoniazzi. Cerca
da metade destes materiais analisados já são descartados nesta etapa.
O processo seguinte é realizado com
1 kg de amostra. Na sequência, uma
micro-maltaria analisa o desempenho
de 250 kg de cevada.
A última etapa, antes de a cevada
poder ser aprovada, ocorre em escala
industrial, com 200 a 250 t do cereal.
“Fazemos a análise sensorial, tanto
na AmBev quanto no SENAI. Depois
disso, finalizamos com a produção industrial de cerveja, em uma cervejaria.
Antes disso não temos a permissão
de utilização da cevada”, detalhou o
pesquisador.
Apenas uma ou, no máximo, duas
variedades, das 500 inicialmente
trabalhadas, chegam à fase industrial. Testes em campo, durante pelo
menos três anos, com o plantio nas
regiões de abrangência da Agrária
também são critérios para validação
do novo material. “Não tinha noção
que o processo demorava tantos
anos, e demandava tanto empenho
na pesquisa, até se chegar a uma
nova cultivar. Na verdade, isso é fantástico”, observou a cooperada Irene
Weigand Scherer, que conheceu os
detalhes da cadeia produtiva durante
o Workshop do Campo ao Copo, re-
alizado para cooperados da Agrária,
em abril (vide BOX).
A meta da FAPA é oferecer uma
nova variedade a cada dois anos.
“Tem de ser uma cultivar que atinja
15% das áreas dos cooperados. Para
tanto, tem de ser melhor no campo e
ser validada pela maltaria”, explicou
o gerente agrícola da Agrária, André
Spitzner. Atualmente, a oferta de novidades tem inclusive superado o objetivo. “Esse ano, estávamos decidindo entre cinco, e ficamos com duas
variedades. Destas vamos definir por
uma, na fase industrial. Normalmente
define-se antes, pois é dispendioso
manter duas ou três opções na fase
final”, explicou Antoniazzi.
O trabalho conjunto de toda a cadeia trouxe reflexos positivos à produção de cevada na região. Com as me-
André Spitzner: “A nova cultivar tem de
ser melhor no campo e validada pela
maltaria”
lhores variedades em mãos, a Agrária
passou a investir na otimização do
potencial produtivo dos materiais. A
Cooperativa possui uma indicação técnica específica e particularizada para
cada nova variedade disponibiliza ao
cooperado. “Temos todo um manejo
especifico de densidade, época de
semeadura, adubação nitrogenada, de
controle de doenças, ou seja, todo um
pacote tecnológico de indicação para
otimizar o aproveitamento e a resposta
desta variedade”, observou Antoniazzi.
Como resultado, tem-se produtividade elevada, mesmo em anos com
adversidades climáticas. Os cooperados da Agrária produziram, em média,
3.400 kg/ha de cevada utilizável para
a indústria, na safra de 2012, que foi
castigada por intempéries, como estiagem, geada tardia e chuva de granizo - bem acima da média nacional
que foi de 2.302 Kg/ha.
Juntamente com a pesquisa, o manejo adequado e a assistência técnica
específica, também as sementes das
cultivares de cevada BRS Elis, BRS
Brau e BRS Cauê, produzidas pela
Agrária em parceria com a Embrapa,
possuem desempenho determinante,
destacou Bren. “As sementes da Agrária são de ótima qualidade”. Existe
ainda a expectativa de lançamento de
materiais, para daqui a dois anos, que
sejam resistentes ao oídio, afirmou o
Workshop do Campo ao Copo
Ao longo dos meses de abril e maio, a Agrária vem promovendo eventos que compõem ações da campanha “Cooperado, a Agrária é você quem faz”. O 1º Workshop do Campo ao
Copo, realizado em abril, englobou uma mesa redonda sobre
a cadeia produtiva da cevada e um evento teórico-prático de
fabricação de cerveja. Em maio estão programadas visitas a
clientes da maltaria e à própria Agromalte.
“No primeiro módulo, os cooperados puderam tirar todas as
dúvidas sobre a cadeia produtiva como
um todo. No segundo, abordamos mais
a história, os tipos e a
fabricação de cerveja, os ingredientes, a
malteação, a limpeza
dos equipamentos”,
explicou o analista de
marketing da Agrária,
Alexander Weckl.
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Informativo
Agrária
A mesa redonda, promovida no dia 10, contou com a participação de 14 cooperados, e foi comandada pelo pesquisador de
cevada da FAPA, Noemir Antoniazzi, o agrônomo da assistência técnica, Silvino Caus, o coordenador da maltaria, Vilmar Schüssler e o
especialista de mercado do Comercial de Grãos, Fernando Stoetzer.
O segundo módulo do Workshop, realizado nos dias 17 e 18
de abril, incluiu aspectos teóricos e práticos sobre a fabricação
de cerveja. O curso de iniciação cervejeira foi ministrado por
André Junqueira, da cervejaria Morada, e Samuel Cavalcanti,
da Cervejaria Escola Bodebrown. “Ficamos imensamente felizes em estar do lado de quem faz todo o processo do campo
ao copo. Não basta estar só na agricultura, tem de entender
o que está acontecendo do outro lado da ponta da indústria”,
explicou Samuel Cavalcanti, um dos fundadores da Cervejaria
Escola Bodebrown.
“Esses eventos e campanhas realizados pela Agrária são
importantes para apresentar toda a cadeia ao cooperado, inclusive tendo contato com clientes da maltaria, que vão mostrar
a necessidade de se ter malte com determinadas especificações”, explicou o diretor financeiro da Agrária, Arnaldo Stock.
coordenador da FAPA. “É a principal
doença que ataca a cultura e hoje não
temos produtos de combate específicos com boa eficiência no campo”.
Este panorama reflete os avanços
das culturas de inverno, que possuem rentabilidade cada vez mais
segura. Além de diluir os custos fixos
da propriedade, a safra de cevada integra de forma decisiva a rotação de
culturas, necessária para as lavouras de milho e soja, no verão. “Além
disso, a pesquisa tem mostrado um
incremento, por ano, de aproximadamente 100 kg na produtividade
da cevada, na média dos últimos 17
anos”, enfatizou Spitzner.
O cooperado Ernesto Stock, que
procura sempre realizar a rotação de
culturas conforme as orientações técnicas, observou a evolução da renta-
bilidade também na safra de inverno.
“Antigamente, estávamos satisfeitos quando conseguíamos atingir o
ponto de equilíbrio, ou seja, sem ter
prejuízo. Hoje já se vislumbra rentabilidade, pois o histórico recente nos
possibilita isso”.
Fundamental no campo e na indústria, a cevada é uma cultura diferenciada, que tem no ciclo produtivo
da Cooperativa Agrária um diferencial
competitivo no mercado. “A cadeia
amarra desde a pesquisa até o consumidor final, com o que temos o conhecimento e o controle do processo
como um todo”, frisou Ernesto Stock.
A cevada do produtor está amparada pela evolução constante da
pesquisa, pela estabilidade cada
vez maior diante de problemas climáticos, e pela liquidez, por meio
da garantia de compra da indústria.
“Todo o processo, desde a FAPA até
a maltaria é único para os cooperados. É perceptível como a Agrária
está comprometida e mostra também
o quanto o cooperado é importante
nesse processo”, observou o cooperado Jorge Stoetzer.
De acordo com Noemir Antoniazzi,
“existe na Agrária uma identidade com
a cultura da cevada, e isso reflete
no sucesso tanto da produtividade
quanto da qualidade”. Na próxima
edição, o Informativo traz a segunda matéria desta série, com foco
na recepção, segregação, análise
laboratorial e a malteação da cevada, bem como a comercialização do
malte Pilsen Agrária, presente em
uma de cada cinco cervejas consumidas no Brasil. n
FALA COOPERADO!
“Às vezes estamos
atrelados apenas à
produtividade e não à
qualidade em relação
ao campo e à cadeia
produtiva. Pudemos ver
quão importante somos
no ciclo da cevada e
onde a gente se encaixa
na agregação de valor do
nosso produto”, cooperada
Cássia Fassbinder.
“Pudemos conhecer tudo que
há por trás do ciclo, desde o
início da pesquisa e quantos
anos que se leva para obter o
padrão de qualidade exigido”,
cooperada Irene Weigand
Scherer, com o marido
Hermann Scherer.
“O workshop
mostrou que
fazer cerveja não
é um processo
delegado apenas
às grandes cervejarias, pelo contrário, é algo que se
pode fazer em
casa”, cooperado
Edmar Klein
“Participei dos
dois módulos do
workshop e achei
muito interessante,
principalmente para
conhecermos o processo do começo
do plantio da cevada até a cerveja
pronta”, cooperado
Jorge Stoetzer.
“Poderíamos ter
esses eventos
mais vezes, não
só para a cevada,
mas para as outras
culturas”, cooperado
Christoph Zehr.
Informativo
Agrária
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Safra 2012/2013
Recordes de
produtividade
no milho e na soja
A safra de verão 2012/2013
apresentou resultados acima da
média na região de abrangência
da Cooperativa. A produtividade do
milho fechou em 11.827 kg/ha, enquanto a soja apresentou 3.873 kg/
ha. Ambos os resultados são recordes históricos conquistados pelos
cooperados da Agrária. De acordo
com o departamento de assistência
técnica, existe a possibilidade de os
números finais variarem, em poucos
quilos, para mais ou para menos.
A produtividade de soja superou tanto a estimativa de 3.574 kg/
ha, estabelecida em 2012, quanto
o recorde da safra 2010/2011, cuja
média fechou em 3.697 kg/ha. “O
fato chama a atenção, em função
da nossa região mais fria. Neste
ano tivemos produtividade tão alta
quanto a de regiões quentes”, observou o coordenador do departamento de Assistência Técnica da
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Informativo
Agrária
Leandro Bren: produtividade tão alta
quanto a de regiões quentes
Agrária, Leandro Bren.
O milho, que nos últimos três
anos vinha sendo colhido com
média na casa dos 11.000 kg/ha,
apresentou produtividade superior
ao recorde de 11.354 kg/ha, também estabelecido em 2010/2011.
Os 11.827 kg/ha representam incremento de aproximadamente 7% em
relação à safra passada. “São excelentes números. Houve uma queda
de preços, em relação ao ano passado, mas a expectativa é de uma
boa receita para o cooperado”, frisou o gerente agrícola da Agrária,
André Spitzner.
Por trás dos resultados da safra
2012/2013 - que novamente desponta entre os melhores do país e,
no caso do milho, é compatível com
a produtividade dos EUA -, encontra-se a combinação de uma série
André Spitzner: “São excelentes
números. A expectativa é de uma boa
receita para o cooperado”
Safra 2012/2013
de fatores. Ironicamente, a quebra
na safra de inverno de 2012, que
atingiu áreas da maioria dos cooperados, favoreceu o plantio das culturas de verão em momentos mais
propícios. “Como o trigo e a cevada
secaram antes, o ciclo acabou sendo reduzido, com o que plantamos
na melhor época. O milho foi semeado em setembro e a soja, até final
de novembro”, explicou Bren.
Foi o caso do cooperado Eduardo Reinhofer, que conseguiu concluir o plantio com antecedência, e
colheu os frutos. “O milho produziu
muito bem, pois plantamos na época certa. Na soja concluímos até o
dia 25 de novembro, sendo que normalmente vamos até o por volta do
dia 5 ou 10 de dezembro. Com essa
antecipação melhorou a produtividade”, observou.
Eduardo Reinhofer: a antecipação do
plantio melhorou a produtividade
O clima, desta vez, manteve-se de acordo com o esperado e,
no cômputo geral, favoreceu a alta
produtividade, mesmo com a estiagem de aproximadamente 20 dias
em dezembro, e as chuvas intermitentes no período de colheita. As
Comparativo de Produtividade – Safra 2012/2013(1)
(1)
(2)
REGIÃO
SOJA
%(2)
MILHO
%
PARANÁ
3.305
34,7
8.158
21,2
SUL
2.979
46,2
6.545
33,7
CENTRO-SUL
3.018
15,3
6.423
13,4
BRASIL
2.957
11,5
4.977
11,1
AGRÁRIA
3.873
11,0
11.827
6,7
Em kg/ha - Levantamento do Ministério da Agricultura, atualizado em abril de 2013.
Variação em relação à safra anterior.
condições climáticas nas regiões
de abrangência das áreas dos cooperados da Agrária tendem a propiciar safras de verão relativamente
seguras, se comparadas a outras
localidades produtoras de grãos,
como o Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná.
A inserção da tecnologia, por
sua vez, minimiza questões como
o déficit hídrico do final de 2012,
que foi contornado graças aos
benefícios da rotação de culturas, que sustenta a fertilidade do
solo com elevado teor de matéria
orgânica e aporte dos nutrientes
da safra de inverno. A qualidade
genética dos híbridos de milho e
cultivares de soja, garantida pelo
constante trabalho de pesquisa e
aprimoramento desenvolvido pela
FAPA, em parceria com grandes
obtentores de sementes, é outro
fator determinante.
Da mesma forma, a assistência
técnica específica da Agrária conta
com engenheiros agrônomos, que
orientam ano após ano o mesmo
produtor, de modo que se estabeleça um aprofundado conhecimento sobre o perfil do cooperado e as
respectivas áreas. Acrescenta-se,
por fim, a experiência dos próprios
cooperados, aprimorada e passada
adiante ao longo das gerações. “O
sistema funciona bem porque ele é
completo, há soluções para cada
necessidade”, observou Spitzner.
Ao todo, os cooperados da
Agrária plantaram 77.915 ha de
soja e 35.145 ha de milho, na safra
2011/2012. n
Informativo
Agrária
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Safra 2012/2013
Unidades computam
recepção acima da média
As três unidades de cereais da
Agrária tiveram um elevado volume de
trabalho durante a safra 2012/2013.
Apenas no dia 27 de março, o volume
de recepção em Guarapuava, Vitória,
Pinhão e Unidade Sementes alcançou
24.124 toneladas – recorde da cooperativa. A Unidade Guarapuava chegou a
receber 13.175 toneladas de grãos, trazidos por cerca de 600 caminhões, em
apenas um dia. Ao todo, os cooperados
entregaram 525.000 toneladas, sendo
308.500 t de milho e 216.500 t de soja à
Agrária. Outras 59.000 toneladas foram
embarcadas diretamente em fazendas.
A recepção dos grãos durante toda
a safra ocorreu dentro da normalidade, observou o gerente operacional da
Agrária, Oldir Frost, destacando o incremento de capacidade estática no
total de 80.000 t, nas unidades Vitória e
Guarapuava. “Foi uma safra excelente.
Tivemos uma recepção bastante concentrada, mas houve cooperados que
aproveitaram a tabela diferenciada para
colher mais úmido e evitar um eventual
aumento do percentual de ardidos no
milho, em função das chuvas”, avaliou.
A tabela especial para os cooperados tem por objetivo estimular a colheita antecipada do milho, evitando que o
material permaneça por um maior período exposto às condições climáticas,
após a maturação fisiológica. Outra
vantagem para os cooperados é a otimização do parque de máquinas relacionado às colhedeiras e o transporte,
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Informativo
Agrária
além de evitar que todo o produto chegue ao mesmo tempo no período ideal
de colheita. Para incentivar a colheita
adiantada, os custos de recepção com
umidade de 24,1% a 30% são congelados em 24%. “Para as Unidades, tem
como objetivo reduzir parcialmente os
períodos de picos de recebimento e
aproveitar ao máximo a estrutura existente de máquinas e equipamento”,
explicou o coordenador da Unidade Vitória, Egon Luiz Syperreck.
Períodos intermitentes de chuva
ocasionaram momentos de concentração de recepção, uma vez que os grãos
passavam pela secagem, antes de
serem armazenados. “A umidade média de recepção foi maior do que nos
outros anos, tanto milho quanto soja,
em função das chuvas. Isso dificulta a
recepção, pois a soja, que geralmente
vem seca, precisa passar pelo processo de secagem após esse período”,
explicou o coordenador da Unidade
Guarapuava, Adelar Roberto Goehl.
Aproximadamente 50% da safra dos cooperados é recebida naquela unidade,
o que representa 262.000 t.
Os cooperados que entregaram sua
safra na Unidade Pinhão também não
enfrentaram fila. “A recepção foi boa,
tivemos recordes batidos em volume
total: 7.000 t em um dia para soja e milho”, destacou o coordenador da unidade, Mauro Krug. A unidade Pinhão, por
exemplo, recebeu ao todo 145.000 t de
grãos para uma capacidade estática de
98.600 t - sem considerar o estoque de
produtos de inverno que ocupam grande parte deste espaço. Para dar vazão
ao fluxo de recepção, ocorria, em paralelo, o embarque de boa parte da safra.
Somente na Unidade Pinhão foram expedidas, até o dia 28 de abril, 68.000 t
de milho, do total de 90.600 t recebidas
no período.
Gerencia operacional avalia positivamente condições de recepção na safra 2012/2013 (da
esq. p/ dir.): Oldir Frost, André Regis Adams, Mauro Krug, Claudinei Lopes, Adelar Goehl e
Egon Syperreck
Safra 2012/2013
Unidades de Cereais recebem
certificação da ISO 22.000
Recepção Total Unidades
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
28-abr
25-abr
22-abr
19-abr
16-abr
13-abr
7-abr
10-abr
4-abr
1-abr
29-mar
26-mar
23-mar
20-mar
17-mar
14-mar
8-mar
Recepção Total Safra
11-mar
5-mar
2-mar
27-fev
24-fev
21-fev
18-fev
15-fev
9-fev
12-fev
6-fev
0
3-fev
O tempo de recepção nas unidades, entre entrada e saída do caminhão, em condições normais foi de
aproximadamente 50 minutos. Deste
período, cerca da metade é destinada
à amostragem e à classificação dos
grãos, cujos principais parâmetros
analisados são umidade, impurezas e
ardidos. As 525.000 t de milho e soja
entregues computam cerca de 26.000
cargas, ao longo do período de colheita. “Cada classificação faz, no mínimo,
três análises por carga, isso representa 78.000 análises nesta última safra,
além dessas, após o produto armazenado, antes da expedição, verificamos
a incidência de aflatoxina”, observou
Claudinei Lopes, do departamento de
controle de qualidade da Agrária.
Atualmente, as três unidades da
Agrária possuem capacidade de armazenagem de 852.000 t. Número que
deverá crescer com a ampliação da armazenagem em mais 60.000 t em silos,
na Unidade Vitória. Da mesma forma, a
Unidade Sementes contará com mais
quatro moegas e instalação de dois
secadores, visando melhorar o atendimento durante a recepção.
De acordo com o coordenador da
Unidade Sementes, Marcos Novatzki, o
pico deste ano ocorreu no final de semana da Páscoa, quando foram recebidas 1.000 t – outro recorde. “Estamos
iniciando as obras do novo sementeiro,
o que dará um fôlego maior para a recepção em 2014”, observou Novatzki,
segundo o qual o objetivo é que 90% da
área da próxima safra sejam semeados
com tecnologia Agrária. Ao todo, foram
recebidas 16.400 t de sementes de soja
na safra 2012/2013. n
31-jan
Marcos Novatzki: "Novo
sementeiro dará fôlego maior
para a recepção em 2014"
As Unidades Vitória, Guarapuava e
Pinhão da Cooperativa Agrária Agroindustrial são as primeiras unidades de
cereais completas do Brasil a receberem a certificação em segurança de
alimentos. A conquista foi alcançada na primeira quinzena de maio e é
o
reflexo da busca contínua da Agrária
pela excelência. Em 2010, as Unidades de Cereais da Cooperativa já haviam sido as primeiras certificadas pelo
Mapa (Ministério da Agricultura, PecuáLopes e Frost: conquista da
ria e Abastecimento).
Agrária, com empenho de todas as
Para o gerente operacional, Oldir
equipes envolvidas
Frost, a certificação ISO 22.000 assegura a segurança de alimentos em um
ciclo mais amplo, ainda antes de chegarem às indústrias da Agrária. “Nós
somos prestadores de serviço para as nossas indústrias, atuamos na primeira parte do processo e, como elas são certificadas, precisam de garantia de
origem, que agora podemos oferecer. É uma cadeia necessária para o bom
andamento das certificações”, ressaltou.
Para que as exigências da norma fossem cumpridas, uma equipe corporativa formada por colaboradores das três Unidades e Controle de Qualidade comandaram ações que proporcionam maior controle e padronização de
todos os processos realizados nas Unidades, desde análises de sementes
tratadas e micotoxinas durante a recepção à vistoria de todos os caminhões
antes da expedição.
Além disso, investimentos na infraestrutura foram realizadas como, por
exemplo, fechamento de moegas, silos e graneleiros com telas e instalação
de imãs em todos os pontos de carregamento. “As mudanças ocorreram para
assegurar a qualidade dos produtos. A certificação foi a primeira parte, agora temos que cuidar da manutenção. Nosso papel é sermos prestadores de
serviços de qualidade fornecendo matéria prima que atendam a exigência dos
clientes”, completou Lopes, do departamento de controle de qualidade da
Agrária, um dos integrantes da equipe de segurança de alimentos.
Recepção Total Indústrias
Informativo
Agrária
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COMEMORAÇÃO
Agrária comemora
62 anos com evento
para cooperados
No dia 5 de maio, a Cooperativa
Agrária Agroindustrial completou 62
anos de fundação. Um evento especial
destinado aos cooperados foi realizado no dia 4, em Guarapuava, e comemorou a história de superação e sucesso ao longo das últimas seis décadas.
Os cerca de 500 presentes apreciaram
uma programação diversificada.
No discurso de abertura, realizado
em alemão e português, o presidente
da Agrária, Jorge Karl, enalteceu o desenvolvimento da Cooperativa nos últimos 62 anos. Desde os desafios dos
primeiros tempos em Entre Rios até
o reconhecimento e as premiações
conquistados na atualidade, o diretor observou a importância do fator
humano por trás do sucesso. “Hoje a
Agrária fatura mais de R$ 2 bilhões e é
referência no Brasil. Só chegamos até
aqui graças ao empenho dos nossos
cooperados, que, juntamente com
nossos colaboradores, construíram
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essa grande história”.
Após o jantar com cardápio especial, os presentes apreciaram o
show do cantor e compositor Renato
Teixeira, que apresentou clássicos da
música sertaneja, como “Amanheceu,
Peguei a Viola”, “Romaria”, “Amizade
Sincera” e “Cuitelinho”. Por fim, a atração que embalou a noite com baile à
moda típica suábia: a banda Original
Donauschwaben Musikanten. “Realizamos esta festa corporativa exclusivamente para os nossos cooperados,
para comemorarmos a fundação da
Agrária”, explicou o diretor vice-presidente da Cooperativa, Paul Illich.
Cooperado da Agrária há 39 anos,
Siegfried Milla demonstrou-se encantado e ressaltou a importância do
evento, tanto na valorização do passado quanto no planejamento do futuro.
“Foi muito importante comemorarmos
o aniversário da Cooperativa. Nós
atuamos desde os primeiros anos da
Presidente da Agrária, Jorge Karl,
enalteceu o desenvolvimento da
Cooperativa nos últimos 62 anos
Em seu show, Renato Teixeira cantou
clássicos da música sertaneja
Comemoração do aniversário
da Agrária contou com grande
adesão de cooperados
Agrária e os jovens cooperados presentes à festa darão continuidade a
tudo isso”, sublinhou.
Na ocasião também foi apresentada a logomarca a ser utilizada pela
Agrária a partir do próximo dia 21 de
junho. “Decidimos aproveitar para
mostrá-la aos cooperados neste evento, pois eles são os donos da Cooperativa”, afirmou Illich. A comemoração,
realizada no Centro de Eventos Pahy,
em Guarapuava, teve grande adesão
dos cooperados, como Anton Hering
e sua esposa Verônica Hering. “Os 62
anos da Agrária com certeza são uma
grande razão para comemorarmos, e
a festa estava ótima, foi uma surpresa
muito boa”, frisou Hering.
A Revista de Entre Rios, publicação em língua alemã da Fundação
Cultural Suábio-Brasileira, coligada
da Agrária, também tratará sobre a
comemoração dos 62 anos da Agrária
na edição de junho. n
Cooperado há 39 anos, Siegfried Milla
ressaltou a valorização do passado e o
planejamento do futuro
Casal de cooperados Verônica e Anton
Hering aprovaram o formato do evento
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Agrária
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CERTIFICAÇÃO
Indústria de Óleo e Farelo de Soja
recebe certificação ISO 22.000
A Cooperativa Agrária mais uma vez
antecipou-se às exigências do mercado
e recebeu, em abril, a certificação ISO
22.000 da Indústria de Óleo e Farelo
de Soja. A norma internacional define
as condições necessárias para garantir a segurança de alimentos de toda a
cadeia de fornecimento de alimentos,
desde a padronização e documentação
de processos, ao cumprimento de Boas
Práticas de Fabricação e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle.
O processo de certificação da indústria tomou forma em 2012, quando
os trabalhos de adequação de infraestrutura, bem como de treinamento e
capacitação dos colaboradores foram
iniciados. “Sempre procuramos nos antecipar. Uma certificação não possibilita
que o negócio se torne melhor ou mais
rentável. Mas é a garantia de que podemos acessar o mercado dos nossos
clientes e dar um produto dentro dos
Ubiratan Wendler: “Uma certificação é
a garantia de que podemos acessar o
mercado dos nossos clientes e oferecer um
produto nos parâmetros pré-acordados”
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parâmetros pré-acordados”, ressaltou o
gerente de negócios, Ubiratan Wendler.
Entre os principais elementos do
Sistema de Gestão de Segurança de
Alimentos estão a comunicação interativa, sistema de gestão e controle de
riscos. A norma da comunicação interativa exige uma comunicação proativa
da empresa com seus clientes, fornecedores e consumidores. O sistema de
gestão deve integrar todos os processos e colaboradores responsáveis pela
segurança alimentar. “Boa parte de
qualquer certificação é registrar cada
processo e conseguir demonstrar com
documentos a rastreabilidade de toda
a produção”, comentou Wendler.
O último ponto avaliado é o controle de riscos. É a garantia, através
do atendimento de BPF (Boas Práticas de Fabricação) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle), de que a produção é de
qualidade e dentro das normas de segurança de alimentos. Para que todas
essas exigências fossem cumpridas,
observou o coordenador da Indústria de Óleo e Farelo de Soja, Valmir
Falleiros, a participação e dedicação
dos colaboradores foram essenciais.
“A conscientização e a mudança de
comportamento dos nossos colaboradores foram fundamentais para o sucesso da certificação. Todos entenderem sua importância na perpetuação
do negócio soja da Agraria”, afirmou.
Internamente, a certificação da
Indústria de Óleo e Farelo de Soja a
põe em consonância com os padrões
e diretrizes da Cooperativa. “Esta conquista vem corroborar com a visão da
Agrária de ser referência nacional em
tecnologia de produção agroindustrial”,
apontou Falleiros. Agora, três indústrias
da Cooperativa Agrária possuem a certificação de segurança alimentar. Além
da Indústria de Óleo e Farelo de Soja, o
Moinho e a Maltaria foram certificadas
em 2007 e 2010, respectivamente.
Valmir Falleiros: “A conscientização e a
mudança de comportamento dos nossos
colaboradores foram fundamentais para o
sucesso da certificação”
Para o complexo soja, o próximo
passo é a certificação GMP+ (Good
Manufacture Practices), uma norma de
Boas Práticas de Fabricação aplicável
em todo o mundo, que tem como objetivo garantir a segurança de alimentos
em todos os elos da cadeia. De acordo
com Wendler, a GMP+ é utilizada para
exportação de produtos da cadeia de
nutrição e produção animal para a
União Europeia. “Com a ISO 22.000
atendemos nossos clientes do mercado interno. Além disso, essa certificação foi muito importante porque nos dá
uma boa base para implementarmos a
GMP+, que nos permitirá participar de
um grupo de fornecedores para um
nível de clientes europeus que apresentam maior exigência com relação à
segurança de alimentos”, finalizou. n
SUPERAÇÃO
“Por 38 anos,
meu café da
manhã foi
chimarrão e
7 cigarros”
O pai diagnosticado com câncer de pulmão e o sogro sofrendo
com um enfisema pulmonar fizeram
o colaborador da Agrária Clailson
Ghilardi parar para pensar. “Foi um
estalo. Meu pai e meu sogro estavam doentes devido ao cigarro, e
eu estava trilhando o mesmo caminho”. Depois de 38 anos fumando
uma carteira e meia de cigarros por
dia, Clailson decidiu procurar auxílio
e parar com o vício, e conseguiu.
Aconselhado pela irmã, que já
utilizava o recurso, ele procurou o
SAE (Serviço de Atendimento Especializado). O Programa de Tabaco,
realizado pelo SAE é um projeto do
governo federal em parceria com
os municípios, criado para auxiliar
dependentes de tabaco a se reabilitarem. Com reuniões semanais e o
auxílio de médicos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, além de
disponibilização de medicação, são
atendidas cerca de 60 pessoas por
bimestre. No mesmo dia, Clailson
começou um programa para deixar
o vício do cigarro.
“O tabagismo é uma doença
crônica que ocasiona problemas
de saúde seríssimos e necessita de
tratamento especializado para a reabilitação”, afirmou. Para ele, uma
questão chave para parar de fumar é
o hábito que se adquire com os anos
de vício. “O costume de fumar nos
domina, muito mais do que a vontade de parar. Também é uma dependência psicológica. Eu costumava
acordar cedo para preparar chimarrão e tomá-lo acompanhado por
sete cigarros todos os dias. Depois
do trabalho eu fazia a mesma coisa”,
relembrou. Quando conseguiu deixar o hábito do chimarrão, eliminou
também 14 cigarros diários.
A nova vida de Clailson começou
no dia 5 de março deste ano. Desde
então diminuiu o consumo de cigarros a cada dia. Um mês depois, em 5
de abril cortou-os definitivamente de
sua vida. A partir disso ele começou
a usar adesivos de nicotina disponibilizados pelo programa. “Há algumas
semanas eles têm me ajudado a diminuir a vontade de fumar e reduzir
os sintomas da retirada do cigarro.
Depois essa substância será retirada
de vez da minha vida”.
Parar de fumar é difícil tanto psi-
cológica quanto fisicamente. De
acordo com o colaborador da Agrária, os três primeiros dias são decisivos. “Nas primeiras 72 horas sem
o cigarro fiquei aflito, desesperado,
entrei em pânico, senti as pernas e
os braços dormentes. Mas com determinação, exercícios e muita água,
superei esta fase. Hoje já me sinto
bem melhor, respiro ar puro”.
O agora ex-fumante afirma que
com apoio de profissionais ele está
certo de que nunca mais voltará a fumar, tornando-se um exemplo para a
esposa e o filho, que são fumantes e
também passarão pelo programa de
reabilitação. “Não quero mais saber
de cigarro na minha vida e espero
que muito mais pessoas façam esse
tratamento. Os fumantes têm que
pensar na saúde e perceber o prejuízo que o cigarro ocasiona na própria
vida e na da sua família”. Para isso
ele indica o caminho. “Para iniciar
uma reabilitação assistida é só ir a
um posto de saúde se cadastrar e
pedir o encaminhamento para o tratamento do tabagismo. Eu procurei
esse auxílio e consegui parar de fumar”, finalizou. n
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fatos e notas
A Cooperativa Agrária participou, entre os dias 20 e 23 de março, do Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau. O evento é
o maior encontro cervejeiro do país e conta com a presença de
cervejarias, cervejeiros e consumidores de todo o Brasil. A Cooperativa patrocinou o evento e premiou os ganhadores do Concurso Brasileiro de Cerveja com diferentes tipos de maltes, além de
lúpulo e fermento. O cervejeiro e assistente técnico de malte da
Agrária, Fábio Teleginski, proferiu a palestra “Extratos de malte:
Uso total ou parcial em cervejarias”.
A Fundação Cultural Suábio-Brasileira organizou no dia 13 de abril o II Encontro Gospel de Entre Rios. Na ocasião, o Centro Cultural Mathias Leh foi palco
de 22 apresentações artísticas repletas de religiosidade e fé. Apresentaram-se oito grupos da Fundação Cultural: o de flautas transversas, flauta doce,
tenores, saxofones, corais infantil, juvenil e suábio e o grupo de danças gaúchas II, coordenados pelos professores Antonio Schneiders, Danielle Gärtner
Duhatschek, Isabela Fürstenau Brandtner, Mariana Gärtner, Marcia Klann Milla
e Tania Bona Keller. Grupos do Projeção, sob coordenação da professora da
Fundação Cultural Sibylle Buhali, também animaram o evento. Ao todo participaram cerca de 450 pessoas.
A reunião de divulgação de resultados da pesquisa para reserva
da safra de verão de 2013/2014 foi
realizada em 15 de abril, no Centro
Cultural Mathias Leh. Cooperados
foram munidos de informações
para planejar o próximo plantio de
soja, milho e feijão.
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No dia 9 de abril, a Cooperativa
Agrária recebeu a visita de membros do Banco ABC Brasil. O grupo
estava composto pelo diretor vice-presidente, José Eduardo Laloni,
o superintendente Dieter Klemz, o
gerente Eduardo Morlo e Felipe Caboclo Colantonio, da área de crédito
do banco. Eles foram recepcionados
pelos diretores da Agrária, Paul Illich,
Arnaldo Stock e Norbert Geier, além
do gerente de controladoria, Walter
Galvan, o coordenador financeiro
Sérgio Cacilho e pelos membros do
Conselho de Administração da Cooperativa, Cristian Abt e Edegar Leh.
Os visitantes conheceram a Agromalte, fizeram um giro pelo setor industrial da colônia Vitória e passearam
pelo Museu Histórico. O Banco ABC
Brasil apoiou a construção do museu
por meio de uma doação e é uma das
principais instituições financeiras com
quem a Cooperativa Agrária mantém
negócios.
fatos e notas
Integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal
da Agrária reuniram-se, no dia 17 de abril, com a diretoria e a superintendência da Cooperativa e visitaram
locais de novos investimentos, nas Unidades Vitória e
Guarapuava, incluindo as obras da Indústria de Milho
(foto). Foi o primeiro encontro dos conselhos eleitos
durante a Assembléia Geral Ordinária, realizada no
início de março.
Pelo quarto ano consecutivo foi comemorada, na Praça Nova
Pátria, a Festa da Árvore de Maio. A tradição que surgiu há
séculos, e ainda hoje é mantida em Entre Rios, representa a
fertilidade e a nova vida, marcando o início do florescimento trazido pela primavera na Europa. A árvore, enfeitada com
guirlandas e fitas, foi erguida com música, danças e comida
típica. Cerca de 1.300 pessoas participaram da festa.
Quarenta alunos do Ensino Médio do Colégio
Imperatriz Dona Leopoldina conheceram o Moinho Agrária nos dias 9, 11 e 12 de abril. As visitas buscaram integrar os jovens à Agrária, com o
objetivo de apresentar-lhes as áreas de atuação
da cooperativa.
Expediente
A Cooperativa Agrária foi destacada na edição de
abril da revista Amanhã. Em reportagem especial são
ressaltadas as 90 empresas que mais vendem para
outros países a partir da região Sul do Brasil. A Agrária ocupa a 55ª posição no ranking. Dentre os três estados, o Paraná foi o que mais vendeu ao exterior em
2012, foram US$ 17,7 bilhões. Desta quantia, a Agrária foi responsável por US$ 125,5 milhões, de acordo
com a publicação.
Informativo Agrária é uma publicação mensal e tem como objetivo divulgar fatos relevantes da Cooperativa Agrária Agroindustrial.
Opinião: os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou em artigos assinados não refletem necessariamente a
opinião da Agrária. Jornalista responsável: Klaus Georg Pettinger – (42) 3625 8008 ([email protected]) – Cooperativa Agrária
Agroindustrial – Fundação: 5 de maio de 1951. Endereço: Pça. Nova Pátria s/nº, Colônia Vitória / distrito de Entre Rios / Guarapuava
Informativo
(PR) / CEP 85.139-400. Telefone geral: (42) 3625 8000. Site: www.agraria.com.br. Diagramação: Prêmio|Arkétipo Comunicação Agrária
www.arketipo.com.br - Direção de Arte: Roberto Niczay - Tiragem: 800 exemplares. Impressão: Gráfica Positiva e Editora
- Cascavel - PR
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SEMENTES
AGRÁRIA
Tecnologia e produtividade na lavoura
As Sementes Agrária são produzidas
a partir de um rigoroso processo de
controle de qualidade. Cada lote de
sementes é analisado e certificado
pelo laboratório da Cooperativa
Agrária Agroindustrial, credenciado
junto ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Com uma fundação de pesquisa
própria, a FAPA (Fundação Agráriade
Pesquisa Agropecuária) a Agrária
investe constantemente em
pesquisa e tecnologia a fim de
auxiliar seus cooperados na busca
dos melhores resultados.
• Qualidade
• Credibilidade
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• Parcerias com principais obtentores
Entre em contato com nosso
departamento comercial e saiba mais.
42 3625-8527 | 42 3625-8250
[email protected]
www.agraria.com.br

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