Lícia Neppel - NEAD-IFRS Campus Rio Grande

Transcrição

Lícia Neppel - NEAD-IFRS Campus Rio Grande
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
Reflexão sobre formação e práxis docente na sala informatizada
mediante capacitação em Tecnologias Educacionais.
Cursista:
Lícia Neppel
Orientador:
Dr. Tabajara Lucas de Almeida
Itajaí/SC
2010
LÍCIA NEPPEL
Reflexão sobre formação e práxis docente na sala informatizada mediante
capacitação em Tecnologias Educacionais.
Trabalho de conclusão de curso de
Especialização apresentado à Universidade
Federal do Rio Grande, como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Especialista em Mídias
na Educação.
Orientador: Prof. Dr. Tabajara Lucas de Almeida
Itajaí/SC
2010
LÍCIA NEPPEL
Reflexão sobre formação e práxis docente na sala informatizada mediante
capacitação em Tecnologias Educacionais.
Trabalho de conclusão de curso de
Especialização apresentado à Universidade
Federal do Rio Grande, como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Especialista em Mídias
na Educação.
Orientador: Prof. Dr. Tabajara Lucas de Almeida
Conceito Final:
Aprovado em........ de .............................. de 2010.
Banca Examinadora
Orientador Prof. Dr. Tabajara Lucas de Almeida
Membro da Banca
Membro da Banca
Membro da Banca
Itajaí/SC
2010
Agradecimentos
Família é um presente divino. Eu tenho uma
pela qual agradeço diariamente: minhas filhas
Camila e Mariely, minha filha do coração
Sabrina, meu marido Carlos, enteados, genros,
noras, netos, irmãos. Todos são a alegria do
meu viver e é por eles que tudo vale a pena
sempre.
Aos professores e alunos envolvidos na
pesquisa: A educação vale a pena, precisamos
acreditar e vivê-la como parte de nós todos os
dias.
Prof. Dr. Tabajara, acreditar é a palavra chave.
Você
acreditou,
apostou,
incentivou,
esclareceu, colaborou. Sou imensamente grata
e levarei seus conselhos na mente e no
coração. Muito Obrigada.
Metade
E que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos nem a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso, e a outra é um vulcão.
Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia, e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é AMOR, e a outra metade...
TAMBÉM.
(Oswaldo Montenegro)
Resumo
O presente trabalho tem a finalidade de relatar a pesquisa realizada com
professores freqüentadores dos cursos de capacitação: “Introdução à Educação
Digital e Ensinando e Aprendendo com as TICs” e um grupo de trinta alunos ligados
aos professores pesquisados. Os professores e alunos durante o curso participaram
de entrevista inicial falando sobre o uso da Sala Informatizada no processo de
ensino-aprendizagem, suas expectativas em relação ao curso, dificuldades e
crenças quanto ao uso das tecnologias. Após esse momento, elaboramos
questionário que foi respondido pelos professores e outro destinado aos alunos. Os
cursos trabalhados com os professores foram pensados e estruturados pelo MEC,
através do programa Proinfo e desenvolvidos na plataforma E-Proinfo pelos
multiplicadores do Núcleo de Tecnologias Educacionais da Região de Itajaí. Os
cursos têm a duração de 40 (quarenta) horas e 100 (cem) horas e têm por finalidade
trabalhar questões pertinentes ao uso da Sala Informática no trabalho pedagógico.
No primeiro curso (40 horas) trabalham-se questões quanto ao uso da máquina e no
seguinte (100 horas) reflete-se sobre as implicações metodológicas do uso da Sala
Informatizada no fazer escolar. Optou-se por levantar os dados e realizar a análise
utilizando o método quali-quantitativo. Com a realização da pesquisa percebeu-se a
importância dos cursos de capacitação para que ocorra a mudança de postura do
professor em relação ao uso da Sala Informatizada. A leitura e reflexão sobre sua
prática são imprescindíveis para que ocorra a mudança de postura necessária ao
uso efetivo da Sala Informatizada para a construção de conhecimento, consciência
crítica e cidadania que ocorre através da interação, colaboração e participação dos
professores e alunos no processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Formação de Professores, Sala Informatizada, Professores,
Leitura, Reflexão, Mudança de postura escolar, Tecnologia Educacional, processo
ensino-aprendizagem.
Abstract
This paper aims to report the survey of teachers who attend the training courses:
"Introduction to Digital Education and Teaching and Learning with ICT"
and a group of thirty students linked to the teachers surveyed. Teachers and
students during the course participated in the initial interview talking about the use of
Computerized room in the teaching-learning process, their expectations about the
course, problems and beliefs about the use of technologies. After this time, we
prepared the questionnaire that was answered by the teachers and the other for
students. The courses worked with the teachers were thought and structured by the
MEC, through the program and developed the platform Proinfo E-Proinfo by
multiplying the Center for Educational Technology in the Region of Itajai. The
courses have a duration of 40 (forty) hours and 100 (one hundred) hours and are
designed to work issues relevant to using the Computer Room in pedagogical work.
In the first course (40 hours) work have been questions about the use of the machine
and the next (100 hours) reflects on the methodological implications of using
Computerized cafe in doing schoolwork. We chose to collect data and conduct
analysis using qualitative and quantitative method. With the research realized the
importance of training courses for the occurrence of the change of attitude of the
teacher in relation to the use of Computerized room. The reading and reflection on
their practice are essential to the occurrence of the change of attitude necessary for
the effective use of room Computerized to build knowledge, critical awareness and
citizenship that occurs through interaction, collaboration and participation of teachers
and students in the teaching, learning.
SUMÁRIO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MEC........................1
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO..................1
Resumo........................................................................................................................................6
O presente trabalho tem a finalidade de relatar a pesquisa realizada com
professores freqüentadores dos cursos de capacitação: “Introdução à
Educação Digital e Ensinando e Aprendendo com as TICs” e um grupo de
trinta alunos ligados aos professores pesquisados. Os professores e alunos
durante o curso participaram de entrevista inicial falando sobre o uso da Sala
Informatizada no processo de ensino-aprendizagem, suas expectativas em
relação ao curso, dificuldades e crenças quanto ao uso das tecnologias.
Após esse momento, elaboramos questionário que foi respondido pelos
professores e outro destinado aos alunos. Os cursos trabalhados com os
professores foram pensados e estruturados pelo MEC, através do programa
Proinfo e desenvolvidos na plataforma E-Proinfo pelos multiplicadores do
Núcleo de Tecnologias Educacionais da Região de Itajaí. Os cursos têm a
duração de 40 (quarenta) horas e 100 (cem) horas e têm por finalidade
trabalhar questões pertinentes ao uso da Sala Informática no trabalho
pedagógico. No primeiro curso (40 horas) trabalham-se questões quanto ao
uso da máquina e no seguinte (100 horas) reflete-se sobre as implicações
metodológicas do uso da Sala Informatizada no fazer escolar. Optou-se por
levantar os dados e realizar a análise utilizando o método quali-quantitativo.
Com a realização da pesquisa percebeu-se a importância dos cursos de
capacitação para que ocorra a mudança de postura do professor em relação
ao uso da Sala Informatizada. A leitura e reflexão sobre sua prática são
imprescindíveis para que ocorra a mudança de postura necessária ao uso
efetivo da Sala Informatizada para a construção de conhecimento,
consciência crítica e cidadania que ocorre através da interação, colaboração
e participação dos professores e alunos no processo ensino-aprendizagem.
..........................................................................................................................6
Abstract.......................................................................................................................................7
SUMÁRIO .................................................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
2. OBJETIVOS.........................................................................................................................12
2.1. Objetivo Geral...................................................................................................................12
2.2. Objetivos Específicos........................................................................................................12
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................13
4. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................15
4.1 As Mídias na Educação...................................................................................................15
4.2 O Professor e as Tecnologias.........................................................................................18
4.3 Plano de formação continuada nos moldes do Proinfo...................................................22
5.0 Procedimentos Metodológicos............................................................................................25
5.1 Metodologia da Pesquisa................................................................................................25
5.2 Metodologia da Coleta de Dados....................................................................................26
6.0 Análise dos Resultados.......................................................................................................29
6.1 Análise dos Resultados obtidos com Professores...........................................................29
...........................................................................................................................................35
6.2 Análise dos resultados obtidos com alunos ........................................................................35
7. Considerações Finais.............................................................................................................39
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................44
ANEXOS..................................................................................................................................47
Anexo I......................................................................................................................................47
Anexo II....................................................................................................................................51
Anexo III...................................................................................................................................54
Anexo IV...................................................................................................................................57
Anexo V....................................................................................................................................59
1. INTRODUÇÃO
Com o advento das novas tecnologias na escola, os rumos das atividades
docentes estão se alterando.
Porém de nada vale equipar a escola com os mais modernos equipamentos
de informática se os professores não sabem ou não têm interesse em utilizá-los em
seu fazer pedagógico. O tema central hoje é a formação do professor que, de acordo
com Valente & Almeida (2009,p.15), “deve prover condições para que ele construa
conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o
computador na sua prática e seja capaz de superar as barreiras administrativas e
pedagógicas para tal”.
O MEC preocupou-se com essa situação e dentro de seu programa Proinfo
Integrado, além da distribuição de equipamentos, vem capacitando, em parceria com
secretarias estaduais e municipais de educação, os professores da rede pública
brasileira. Em 2008 lançou, em parceria com Núcleos de Tecnologias Estaduais e
Municipais, o curso de Introdução ao Linux (40 horas) e em 2009 iniciou a formação
docente de Tecnologias na Educação: Ensinando e aprendendo com as Tecnologias
de Informação e Comunicação (TICs).
O curso iniciado neste ano tem carga horária de 100 horas, duração de 04
(quatro) meses de forma semi-presencial, sendo 32 (trinta e duas) horas de estudos
presenciais e 68 (sessenta e oito) à distância, onde os cursistas deverão postar suas
atividades no Ambiente Colaborativo de Aprendizagem E-Proinfo.
Um dos aspectos do Proinfo é fazer a distribuição de computadores para as
salas informatizadas das escolas públicas brasileiras. Os equipamentos são licitados
através de pregão e posteriormente distribuídos às escolas públicas de acordo com
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informações recolhidas através dos dados do Censo Escolar, sendo no momento 10
(dez) computadores para cada sala, com previsão de aumento para 16 (dezesseis)
computadores. Para atender a demanda o MEC, em parceria com outras entidades
e órgãos o através do Programa Proinfo Integrado, vem desenvolvendo o Linux,
software com características educativas que por ser livre não tem custas ao MEC.
Este é um grande avanço dentro da visão tecnológica, porém, ao fornecer o
Linux, se faz necessário, paralelo a isso, à capacitação do profissional da educação
visto que é um sistema operacional pouco difundido.
Foi pensando nisso que o MEC lançou o programa de capacitação
direcionado ao professor de Introdução à Educação Digital e Ensinando e
Aprendendo com as TICs.
Acompanhando o processo de inserção das novas mídias na atividade
docente surgiu o questionamento: Qual a importância e os entraves dos cursos de
capacitação para inserção das tecnologias educacionais na prática docente?
Estes aspectos serão observados e abordados nesta pesquisa, analisando o
ponto de vista dos docentes, a formação e a possível mudança de postura diante
das mídias dentro de sua prática docente.
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
AVERIGUAR a interferência da capacitação de professores na prática docente
realizado o curso em tecnologias educacionais: Introdução à Educação Digital e
Ensinando e Aprendendo com as TICs.
2.2. Objetivos Específicos
INSTRUMENTALIZAR o professor, oferecendo curso de capacitação, através do
Núcleo de Tecnologias Educacionais (NTE) na plataforma Linux Educacional.
ACOMPANHAR o processo de formação docente e sua prática educativa
relacionada ao uso das mídias na educação.
VERIFICAR qual uso se faz da sala informatizada nas atividades docentes dentro da
escola.
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3. JUSTIFICATIVA
A chegada de computadores e da internet numa escola traz uma nova
problemática: O que fazer agora? Como professor e aluno se preparam para este
momento?
Foi com base nesse pressuposto que o MEC lançou cursos à distância, em
parceria com outras instituições, sobre o uso das tecnologias na educação.
A partir de 2008, através dos núcleos estaduais e municipais de tecnologias
educacionais do Brasil, acontecem cursos de Introdução à Educação Digital na
plataforma Linux Educacional, que é o software que acompanha os computadores
distribuídos pelo Proinfo.
Em 2009, iniciou-se o curso de Tecnologias na Educação: Aprendendo e
Ensinando com as TICs, por se acreditar que não basta fazer uso das máquinas,
mas há que se entender e instrumentalizar o professor para que faça uso
pedagógico das mesmas. As atividades propostas serão postadas no ambiente do
E-Proinfo, onde os professores serão cadastrados como cursistas com tutoria do
grupo de multiplicadores de NTE, do qual esta pesquisadora faz parte.
Cursos como este têm objetivo de organizar informações úteis à prática
pedagógica utilizando as mídias. Assim como em qualquer aprendizado a
internalização ocorre no momento em que a aplicação, elaboração e reelaboração
de conceitos aconteçam.
A incorporação das novas mídias ao trabalho docente abre um leque de
oportunidades aos professores e alunos. No entanto, há que se tomar cuidado, pois
como diz HASSE (1999, p.138) “O trabalho com o computador na escola deve ser
bem planejado e desenvolvido, de modo que só torne oportunas experiências
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válidas e gratificantes dos alunos. Experiências que a nosso ver, devem ultrapassar
um caráter meramente recreativo, ilustrativo, ou então, de máquina de escrever
eletrônica”.
Por este motivo a capacitação dos docentes se faz necessária: para que
exerçam uma prática voltada para a formação do cidadão crítico e participativo na
sociedade.
O deslumbramento diante das mídias deve ser desmistificado, pois o
professor continua sendo agente do fazer pedagógico, porém agora com recursos
que possibilitam ampliar as fontes de comunicação e informação.
Mas, a formação de 100 horas e o material impresso oferecido pelo MEC
serão suficientes para construir a prática docente?
Como será utilizada a sala informatizada antes, durante e após esta etapa de
formação por professores e alunos?
A formação oferecida aos professores atingirá objetivos maiores na
Educação?
A sala informatizada será um espaço de aprendizagem, colaboração,
integração e interação em rede?
Acompanharemos o processo de formação e a atuação docente dos
professores envolvidos para tentarmos responder a esses questionamentos e, se
necessário, buscarmos reformas nos conteúdos e atividades propostas pelo MEC
para a capacitação docente.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 As Mídias na Educação
A escola não é um espaço fragmentado e desvinculado da realidade social.
Ao contrário, está a serviço da sociedade. Assim sendo, os seus atores, sejam
professores, gestores ou alunos, participam do processo de ensino-aprendizagem
tendo em vista os conhecimentos socialmente produzidos e organizados na atuação
da sociedade vigente.
Partindo desse pressuposto, entende-se que a escola inserida na realidade
contemporânea preocupa-se com a utilização das várias metodologias e recursos
para efetivar o processo ensino-aprendizagem, visando o aluno como um ser social
agente de transformação da mesma.
Para o modelo de escola atual, onde o professor e aluno atuam ativamente e
a sociedade participa através dos vários segmentos o modelo tradicional é
impraticável. O professor não é mais o dono do saber absoluto pois as informações
fluem através das redes de comunicação: Internet, rádio, TV, telefone.
A comunidade escolar atual exige que a escola seja mais dinâmica, onde
todos têm a oportunidade da interação, da construção do saber, da troca de
conhecimento. Para atender essa clientela com maior dinamicidade o professor
exerce papel fundamental de facilitador, mediador, líder e integrante do processo
ensino-aprendizagem . Assim, é necessário reconstruir a escola, ou melhor, adaptarse aos novos (já não tão novos assim) meios de comunicação e informação que
servem de apoio para as atividades de ensino-aprendizagem.
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“A tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em
nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso
relacionamento com o mundo” (Lopes, 2010,p.1).
Portanto, há que se entender que a situação está muito além de apenas
introduzir as mídias na escola e nas atividades direcionadas aos alunos. O desafio
consiste justamente em utilizar-se das mídias para construir a aprendizagem e fazer
com que os educandos se interessem pelas questões apresentadas, citando:
Ou seja, não é o currículo que muda, entendido apenas como uma
seqüência de disciplinas. O que é possível mudar e enriquecer é o conteúdo
da aprendizagem em um processo interativo de comunidade que tenha
infra-estrutura atualizada de tecnologias educacionais. Também é possível
ampliar os espaços para que o processo de ensino-aprendizagem se dê de
uma maneira aberta, em que o professor e alunos interajam com alegria na
geração contínua do novo conhecimento. (Queiroz, 1998,)
As tecnologias estão a serviço do professor em sala de aula, auxiliando no
enriquecimento das atividades didático pedagógicas, na formação de conceitos, na
troca e interação entre grupos, na representação e conhecimento do mundo, no
desenvolvimento das potencialidades criadoras do aluno. “As tecnologias permitem
mostrar várias formas de captar e mostrar o mesmo objeto, representando-o sob
ângulos e meios diferentes: pelos movimentos, cenários, sons, integrando o racional
e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espaço e o tempo, o concreto e o abstrato.”
(Moran, 2009, p.4).
O professor, atento às mudanças que ocorrem na sociedade, está sempre
aberto às alterações que se fazem necessárias na escola e em sua metodologia de
trabalho. Este faz uso das tecnologias como recurso para auxiliar o seu trabalho em
sala de aula e tira todas as vantagens possíveis para que o processo ensinoaprendizagem ocorra de forma mais livre, mais dinâmica e participativa. Em suas
aulas o aluno interage e aprende usando mídias digitais e impressas e colaborando
17
para que todos participem e aprendam junto com ele. “O principal objetivo, defendido
hoje, ao adaptar a informática ao currículo escolar, está na utilização do computador
como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função
de preparar os alunos para uma sociedade informatizada” (Lopes, 2010,p1).
Fazendo uso da criatividade inerente ao ser humano
Esta é a principal vantagem das mídias dentro da escola, envolver a todos
num processo contínuo de ensinar e aprender, servindo como ferramenta para
desenvolvimento do trabalho escolar.
A relação entre as mídias e a forma como estão inseridas no contexto social e
familiar precisa ser observada pela escola, mostrada e discutida em sala de aula, até
para que os alunos percebam os pontos positivos e negativos desta inserção.
Os professores precisam entender as mídias e sua linguagem de modo
abrangente, envolvendo todos os meios de comunicação e informação e não apenas
computador e internet. As mídias, além de transmitir informações, ajudam a
desenvolver também a inteligência, habilidades e atitudes de compreensão,
consciência crítica e comunicação dos alunos.
As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que
representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes
formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta,
mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas,
combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e
o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes
tipos de inteligência, habilidades e atitudes. (Moran, 2009,p 4)
Portanto, o uso das mídias na educação só tem a acrescentar no processo de
construção da aprendizagem. Para isso se faz necessário que todos os atores da
educação estejam abertos às adaptações, compreensão e incorporação das
linguagens midiáticas no processo de construção da aprendizagem de forma a
torná-lo rico em interação, compreensão e aprendizagem.
18
4.2 O Professor e as Tecnologias
Estar hoje conectado é uma realidade presente em muitas escolas brasileiras.
O problema consiste em saber o que fazer com as tecnologias e com o mundo
virtual.
Os alunos convivem naturalmente com as tecnologias na escola, em casa, na
sociedade, no ambiente de trabalho, enfim, onde ela estiver presente. Este “conviver
naturalmente” significa que utilizam e exploram os recursos tecnológicos
amplamente sem dificuldades. Para eles, aprender a usar um computador, a
configurar uma máquina, é um processo tranqüilo sem grandes dificuldades, assim
como deve ser para o professor.
O fato de terem nascido na era da tecnologia os coloca em vantagem diante
dos adultos que precisam se adaptar, quebrar paradigmas, enfrentar o medo do
desconhecido e aprender a fazer parte do mundo digital. Os jovens têm menos
medo de errar, de estragar, de desconfigurar que o adulto, talvez seja essa sua
maior facilidade em aprender.
Eis o grande desafio do professor enquanto profissional e cidadão:
compreender que pode e deve fazer uso de todos os recursos tecnológicos para
auxiliar no processo ensino-aprendizagem.
O professor faz parte de um momento histórico em que sua função não é
mais transmitir saberes prontos e acabados numa posição ditatorial, mas sim
partilhar, compartilhar, mediar, agir e interagir como grupo com seus alunos fazendo
Qualidade em sala de aula.
De acordo com Almeida e Betito (2004, p70) para se fazer Qualidade em
salas de aula são seis as condições: 1. Criar um ambiente favorável ao aprendizado;
2 salientar a relevância do estudo; 3 incentivar o trabalho de qualidade;4 incentivar a
19
auto-avaliação; 5 tornar o aprendizado prazeroso; 6 ser sempre construtivo no
processo de ensino-aprendizagem.
O professor, reconhecendo e praticando essas condições busca atividades
mais dinâmicas, faz uso pedagógico da sala informatizada e se compromete com o
estudante nesta busca.
Usando sua criatividade o professor modifica seu ambiente, faz do aluno seu
parceiro e colaborador do processo ensino-aprendizagem.
De acordo com Queiroz (2009): “A realidade contemporânea rompe o
currículo departamentalizado de domínio exclusivo de alguns professores e a
privatização do saber”.
Este é o momento atual. Momento em que se exige do profissional da
educação uma postura enriquecedora de ator e aprendiz, com capacidade reflexiva
sobre seu fazer pedagógico. Professor e aluno fazem parte integrante do processo
de ensinar e aprender, onde cada qual participa dando o melhor de si e recebendo o
melhor do outro numa troca sucessiva de informação, formando a rede do
conhecimento.
Quando há pouco tempo professores e alunos só tinham acesso aos
conteúdos escolares por meio de livros didáticos, hoje tudo é disponibilizado na
rede. Aulas virtuais, vídeos explicativos, livros na íntegra, enfim, uma infinidade de
informações está ali pronta para ser transformada em conhecimento.
O desafio consiste em utilizar os equipamentos disponíveis na escola, tais
como computadores, internet, TV, DVD e demais aparelhos tecnológicos,
transformando as informações ali disponibilizadas em conhecimento.
Os professores representam o elemento chave para que a melhoria do
processo de ensino-aprendizagem possa decolar e atingir seus objetivos.
Inicia-se assim, um processo contínuo de formação dos professores, que
abrange conhecimentos específicos sobre informática – os aspectos
técnicos para manipulação do computador – e sobre o processo de ensino-
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aprendizagem – as teorias que subsidiam a escolha de diferentes
ferramentas computacionais e suportam a aplicação das mesmas. (Freire et
al ,2008,p.1)
Notadamente, os professores gostam mais de cursos onde estão interagindo
direto com a máquina, porém, nota-se que neste momento eles não refletem sobre
seu fazer pedagógico. Faz-se necessário continuar lendo, estudando, analisando e
refletindo sobre como e por que usar os recursos tecnológicos na escola. Essa
reflexão fará diferença entre usar o computador para reproduzir a escola tradicional
e utilizá-lo para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel de
agentes transformadores e atuantes na sociedade. Ajudará a formar pessoas que
saberão o que fazer com a informação recebida através dos meios de comunicação
e informação, transformando-as em conhecimento e não apenas consumindo tudo
que está disponível na rede.
Almeida e Betito (2004, p76) defendem que o professor que deseja obter
Qualidade deverá planejar trabalhos em que os estudantes possam praticar os
princípios ensinados, em todos os seus potenciais.
Buscar Qualidade no trabalho escolar é romper com o tradicional, deixar que
o “mundo” invada a escola e ela o transforme, contextualizar o ensino, partilhar a
aprendizagem. Conviver com as inovações tecnológicas e adaptar-se a elas. Soltar
as amarras, romper as barreiras do desconhecimento, aniquilar os velhos medos e
acreditar que seu fazer pode ser mais rico, dinâmico e interativo. Fazer uso de todos
os recursos, inclusive das tecnologias em prol da construção do conhecimento.
Silva (2008,p.62) nos diz que “Apesar de sabermos que muitas vezes a nossa
realidade profissional parece nos empurrar para o tradicional ‘cuspe e giz’, é preciso
refletir a respeito do nosso papel no mundo”.
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O professor não tem mais a função apenas de ensinar, mas de instigar,
mediar e facilitar tornar o processo prazeroso através da interação e construção
participativa no processo ensino-aprendizagem.
O professor necessita enfim, reaprender a ensinar e repensar sobre o
processo aprendizagem. Entender que o aluno não é mais aquele ser passivo e
servil como foram gerações anteriores. Os jovens são ativos, criativos, participativos
e cheios de energia e carecem de direção, instigação, orientação para que a
aprendizagem escolar faça diferença positiva em suas vidas.
Não existe conhecimento pronto e acabado. A ciência, as tecnologias, o
universo
do
conhecimento
está
em
constante
processo
de
alteração
e
transformação.
O ser humano vive num ciclo ininterrupto de aprender e reaprender na
sociedade. O professor na condição de ser humano vive este ciclo, porém deve vivêlo intensamente também como profissional, na condição daquele que tem a tarefa de
participar da formação de outro ser. Ao reaprender, é necessário ao professor
compreender, neste momento histórico, às mudanças que as tecnologias vêm
causando na sociedade e na escola. Ter postura de professor aprendiz, acompanhar
o que acontece no mundo e na escola, ler e se inteirar sobre as mudanças sociais e
tecnológicas, buscar cursos de capacitação presencial e on-line e principalmente
participar das mudanças ativamente, sem ser um mero espectador.
De acordo com Moran (2010, p1- C) “Só vale a pena ser educador dentro de
um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos
profundamente dentro deste contexto. Não vale a penas ensinar dentro de estruturas
autoritárias e ensinar de forma autoritária”.
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Dentro deste contexto os professores fazem a diferença onde quer que
estejam, não se conformam com o estático, buscam, lêem, participam e interagem.
Preocupam-se com o aluno e com o processo ensino-aprendizagem. Têm clareza
que ligar um computador e mandar o aluno fazer pesquisas sem orientação e
propósito, não o faz usuário das tecnologias. Sabe que é preciso ir além, buscar
inovação, deixar o arcaico de lado e entender que o aluno deve ser agente ativo no
seu processo de aquisição do conhecimento. Para enriquecer o ambiente de
aprendizagem o professor pode usar som, cor, movimento, ação, interpretação,
criação. Oferecer ao aluno diferentes oportunidades de aprendizagem, onde ele
possa interagir com a máquina e com o outro numa troca constante no meio
globalizado.
Sendo assim, a escola verdadeiramente informatizada é aquela onde todos
sabem e podem fazer uso dos equipamentos tecnológicos, transformando as
informações em conhecimento, num processo contínuo de construir – desconstruir –
reconstruir, numa relação de reciprocidade, respeito, tolerância, interação, mediação
e organização de todo o processo de ensino-aprendizagem.
4.3 Plano de formação continuada nos moldes do Proinfo
Em 2007 a Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC, elaborou a
revisão do Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo.
Nesta nova versão o programa passa a se chamar Programa Nacional de
Tecnologia Educacional - Proinfo Integrado, que enfoca três pontos principais:
•
Instalação de Salas Informatizadas com computadores, impressora e acesso
à Internet através de Banda Larga;
23
•
Disponibilidade de recursos educacionais e conteúdos através de DVD/TV
Escola, sites e Linux Educacional;
•
Formação Continuada de professores com enfoque no uso pedagógico da
sala informatizada.
A partir de 2008 iniciou-se uma proposta de capacitação continuada que
envolve os cursos: Introdução à Educação Digital (40 horas), Tecnologias Aplicadas
a Educação: ensinando e aprendendo com as TICs - Tecnologia de Informação e
Comunicação (100 horas) e Elaboração de Projetos Educacionais (40 Horas).
Os Núcleos de Tecnologias Educacionais do Estado de Santa Catarina
principiaram em 2008 o Curso de Introdução à Educação Digital, capacitando os
professores das escolas estaduais com meta a atingir em 2010 todas as escolas
estaduais que possuem sala informatizada com Linux Educacional. Em 2009 deu
início o curso de Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TICs,
com três turmas de professores da Região de Itajaí/SC.
O Curso de Introdução à Educação Digital é estruturado de forma a ensinar
ao professor:
•
Navegação, pesquisa na internet e segurança na rede;
•
Comunicação mediada pelo computador – e-mail – criação e utilização de
Blog;
•
Elaboração, edição e formatação de textos – pacote de ferramentas do Open
Office com planilhas, apresentação eletrônica e editor de textos.
Esse conteúdo é trabalhado com 20 horas presenciais e 20 horas a distância
onde o cursista deve desenvolver atividades relativas ao conteúdo trabalhado
presencialmente.
24
O Núcleo de Tecnologias de Itajaí/SC oferece este curso para as escolas
como um todo o grupo gestor organiza o calendário e participam juntamente com os
professores. Os encontros presenciais são feitos na sala informatizada da escola em
questão sendo um encontro presencial de quatro horas a cada semana.
O curso de capacitação: “Ensinando e Aprendendo com as TICs” foi iniciado
no mês de abril e concluído em novembro de 2009. Foram capacitados 36
professores divididos em três turmas, tendo como intuito debater com o professor as
concepções de articulação entre a prática pedagógica com o uso de tecnologias e a
contribuição que elas oferecem para o desenvolvimento do currículo nas distintas
áreas de conhecimento.
O Curso é dividido em quatro unidades sendo oito encontros presenciais de
quatro horas, totalizando 32 (trinta e duas) horas presenciais e 68 (sessenta e oito)
horas a distância. Os temas trabalhados foram:
•
Unidade 1 – Tecnologia na sociedade, na vida e na escola.
•
Unidade 2 – Internet, Hipertexto e hipermídia
•
Unidade 3 – Prática Pedagógica e mídias Digitais.
•
Unidade 4 – Currículo, projetos e tecnologia.
Nos encontros presenciais foram tratadas: a socialização das atividades feitas
a distância e a preparação, orientação, leituras e organização das atividades das
unidades a serem iniciadas.
As atividades a distância foram desenvolvidas e postadas na plataforma EProinfo, sendo que todas as leituras e estrutura do curso foram coordenadas dentro
desta plataforma.
Com base nestes dois módulos de capacitação é que se deu a pesquisa que
ora se apresenta.
25
5.0 Procedimentos Metodológicos
5.1 Metodologia da Pesquisa
Realizaram-se estudo com um grupo de 32 (trinta e dois) professores
freqüentadores do curso Introdução à Educação Digital (40 horas) e 28 (vinte o oito)
professores do curso Ensinando e Aprendendo com as Tecnologias de Informação e
Comunicação e 30 (trinta) alunos das escolas onde lecionam os professores
envolvidos, sendo de 04 escolas em três municípios de abrangência da Gerencia de
Educação de Itajaí.
O curso foi oferecido pela equipe de multiplicadores do NTE, do qual a
pesquisadora faz parte e atuou como tutora e pesquisadora.
Foram administrados dois cursos: Introdução à Educação Digital (40h) e
Ensinando e Aprendendo com as TICs (100h), iniciando-se em junho até novembro
de 2009. A pesquisa ocorreu neste período, estendendo-se até dezembro de 2009.
Os dados foram coletados através de entrevistas com os professores
envolvidos e uma amostragem de alunos destes professores antes, durante e após o
curso. Fez-se paralelamente, acompanhamento nos debates e postagens das
tarefas propostas aos professores.
A pesquisa analisou dados de forma quali-quantitativa, verificando onde,
quando, de que modo e com qual enfoque o professor utiliza as mídias em seu
trabalho escolar.
Os dados foram analisados a partir de aplicação de questionário e
acompanhamento de projetos e atividades trabalhados durante os cursos.
26
Fez-se entrevista inicial com professores e alunos buscando informações
acerca do uso e de como se utiliza a sala informatizada na escola para elaboração
dos questionários aplicados posteriormente.
5.2 Metodologia da Coleta de Dados
A prática docente e o uso pedagógico da sala informatizada a partir da
capacitação foi nosso objetivo de estudo, discutindo também por qual prisma
devemos olhar o resultado do trabalho do professor em sala de aula e quais os
desafios enfrentados por eles para colocar em prática as concepções estudadas no
decorrer do curso.
Para a coleta de dados qualitativos através de entrevista, foram estabelecidos
dois grupos distintos: um grupo de professores 16 (dezesseis) cursistas e outro
grupo de 14 (quatorze) jovens de 5ª série do Ensino Fundamental até a 3ª série do
Ensino Médio, alunos estes dos professores cursistas – os chamados Grupos
Focados.
Com o Grupo Focado de professores conversamos cerca de 50 minutos
enfocando temas sobre o uso da sala informatizada (SI), interesse no curso e uso do
Linux Educacional. Durante toda a entrevista as respostas dos professores foram
registradas e posteriormente foi elaborado um questionário a ser aplicado a todos os
pesquisados.
Para a pesquisa qualitativa dos alunos, reunimos na sala informatizada da
EEB João Goulart – Balneário Camboriú/SC, 14 jovens que freqüentam de 5ª a 8ª
série do Ensino Fundamental e o Ensino Médio (1ª a 3ª série). Para a organização
do grupo de alunos, foi solicitado aos professores que enviassem 02 (dois) alunos
27
comunicativos, assíduos e participativos de cada série podendo ser da mesma sala
ou não.
Com este Grupo Focado em círculo, feitas às devidas apresentações e
elucidação do objetivo da entrevista, iniciamos o diálogo sobre o uso da sala
informatizada, o trabalho desenvolvido nesse espaço e sobre o Linux Educacional.
As respostas foram devidamente registradas para análise qualitativa e posterior
organização de um questionário.
Após essas conversas iniciais, foram montados questionários (Anexo I e II)
contendo afirmativas com respostas em escala contínua de 0 (zero) a 10 (dez), onde
0 (zero) significa discordar plenamente e 10 (dez) concordar plenamente.
O questionário, pesquisa quantitativa, foi aplicado a uma amostragem de
alunos que cursam de 5ª série do Ensino Fundamental até a 3ª Série do Ensino
Médio. Para organizar o grupo de alunos que participariam dessa amostragem
solicitamos aos professores que encaminhassem até a Sala Informatizada 2(dois)
alunos por turma, com perfil de assiduidade e participação nas atividades escolares,
totalizando 30 (trinta) alunos pesquisados.
Responderam o questionário 32 (trinta e dois) professores freqüentadores do
curso Introdução ao Linux Educacional (40 horas) e 28 (vinte o oito) professores do
curso Ensinando e Aprendendo com as Tecnologias de Informação e Comunicação
– TICs (100 horas).
Para melhor entendimento e agilidade nas análises identificaremos os grupos
pesquisados:
Grupo 1 (G1) – Respostas dos 32 professores do curso de Introdução Á Educação
Digital.
28
Grupo 2 (G2) – Respostas dos 28 professores do curso Ensinando e Aprendendo
com as TICs
Grupo 3 (G3) – Respostas dos 30 alunos pesquisados.
Para a análise foram consideradas as informações:
* Média (M) que representa a concordância dos respondentes com a afirmativa.
Interpreta-se que média acima de 5,00 houve concordância e abaixo discordância
das afirmativas.
* Coeficiente de Variação (CV) representa o consenso existente entre os
respondentes, ou seja, o quanto a média representa a opinião do grupo analisado. O
CV abaixo de 30% representa consenso, até 60% o consenso é fraco e acima de
60% não há consenso no grupo com relação à afirmativa proposta.
* Nível de significância (p) representa a validade estatística da diferença das médias
comparadas entre os grupos. Nível de significância inferior a 5% representa a
diferença significativa entre as médias comparadas naquela afirmativa, o que foi feito
utilizando o teste t de Student (Triola, 2008).
29
6.0 Análise dos Resultados
6.1 Análise dos Resultados obtidos com Professores
Na entrevista inicial com os professores, os mesmos expuseram querer
aprender a usar o software Linux Educacional, usar a tecnologia para melhorar o
ensino e mudar suas aulas, trabalhar a teoria de modo diferente, aprender a usar as
tecnologias para aproximar seu conhecimento ao dos alunos. Afirmaram entender
pouco sobre digitação e navegação, e-mail, apresentação de slides, e que não
usam, desconhecem e não gostam do Linux Educacional.
Com referência ao uso pedagógico da sala informatizada afirmaram que os
alunos utilizam para ver vídeos e filmes, alguns utilizam para digitação e pesquisa
através do site de busca Google. Relataram que os alunos “adoram” fazer tudo lá e
principalmente navegar na Internet. A respeito de como a sala informatizada pode
ajudar no trabalho pedagógico, replicaram que é possível fazer pesquisa,
apresentação de slides, elaborar histórias em quadrinhos e, por ser um espaço
dinâmico e interativo, o trabalho pode ser motivador para a aprendizagem.
Após aplicação com os dois grupos de cursistas, no 1º Bloco foram
analisadas as questões se referem ao interesse pelo curso. Os dados foram
apurados conforme tabela:
30
Bloco 1
Pergunta1
Aprender a usar o
software
Pergunta 2
Utilizar melhor os
aplicativos em Linux
Educacional
Pergunta 3
Utilizar o Linux
Educacional
Grupo
Média
CV
p
G1
9,1
25,95%
0,05
G2
G1
8,2
9,2
26,63%
16,44%
0,05
G2
8,2
25,95%
G1
9,4
12,02%
G2
8,3
22,77%
0,003
Os dados acima indicam que os dois grupos concordam consensualmente
com as afirmativas, porém o nível de significância aponta diferenças significativas
nas médias obtidas. A cursista (M.M.S.S.) “Como professor, a necessidade de
aprendizagem é constante, pois novas descobertas tornam nossas atividades mais
prazerosas. Nossa realidade exige profissionais cada vez mais qualificados dentro
das diferentes metodologias, visando a aprendizagem do aluno”; reafirmando assim
o resultado obtido no questionário.
Nas demais questões do Bloco 01, optamos por analisar apurando a Média
Geral das seguintes questões uma vez que os resultados do bloco foram
semelhantes e: Mudar as aulas, usar a tecnologia para melhorar o processo ensinoaprendizagem, conhecer o equipamento de informática, aproximar mais as aulas do
gosto dos estudantes, trabalhar a teoria de maneira diferente, aprender tecnologia
para nivelar o conhecimento do professor ao do estudante, aprender, familiarizar-se
e manejar o computador, aprender digitação e navegação na Internet, aprender a
usar e-mail.
31
As médias ficaram bastante próximas, no G1 M=8,45 e no G2 M=8,43 sendo
que não há diferença significativa (p=0,95) entre os grupos, demonstrando que
apesar dos dois cursos terem conteúdos distintos, e o G2 já haverem passado pelo
Curso de Capacitação: Introdução à Educação Digital, os professores sentem-se
inseguros com relação ao uso da máquina. A cursista (J.W.P) em sua atividade 1.3
da Unidade 1 do curso comenta que “O aluno representa ameaça e perigo é dono de
um conhecimento mais amplo que o professor, porque tem um bom relacionamento
com a tecnologia e com as informações que são veiculadas a todo instante. Os
alunos não querem mais “ficar” horas sentados copiando do quadro de giz, querem
realizar trocas, conhecer e buscar. Precisamos criar laços que unam a escolarização
e as possibilidades que a tecnologia oferece principalmente a mídia. Pois vivemos
em um mundo tecnológico onde a informação é uma das peças principais. Conceber
a informação como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas”.
O comentário feito pela cursista confirma o quanto o professor sente
insegurança diante da máquina e do conhecimento de seu aluno em relação às
tecnologias. Esta insegurança pode produzir diferentes efeitos nos professores: uns
fogem das atividades na sala informatizada, outros encaram o desafio e buscam
aprender para serem capazes de utilizar a sala informatizada com maior facilidade.
No Bloco 02 o questionamento girou em torno da utilização da sala
informatizada.
32
Bloco 1
Os
estudantes
gostam de ir para a sala
informatizada
Os
estudantes
gostam de aprender na
sala informatizada
Grupo
G1
Média
9,68
CV
p
9,32%
G2
9,32
12,74%
G1
8,78
18,23%
G2
8,8
15,75%
Os dados confirmam concordância e consenso entre os respondente. Ou
seja, todos estão certos que os alunos gostam de aprender e desenvolver atividades
na sala informatizada. O consenso demonstrado pelos dois grupos pode ser um
indicativo do motivo pelo qual os professores buscam capacitação, visto que,
sabendo do interesse dos alunos e não se sentindo preparados, os mesmos foram
em busca do conhecimento que lhes faltava com relação à informática e tecnologias.
A cursista deixa claro em seu comentário no fórum na atividade 1 da unidade 3: “O
uso das tecnologias é sem dúvida uma ferramenta maravilhosa, trabalhei dentro de
inglês os países da Inglaterra e dos Estados Unidos, e foi sensacional, os alunos
participaram intensamente, por isso concordo com a Janice, visualizando imagens é
muito mais interessante.” (B.O.W)
No mesmo fórum o cursista comenta: “Silvana veja como é interessante o uso
das mídias. Observei que ao ler os comentários de todos, a opinião é unânime
quanto a melhoria no ensino-aprendizagem. Por isso, quanto mais nos dedicarmos
nos cursos, melhor será o nosso trabalho”.(N.A.G.)
Estes e outros comentários feitos dentro deste e de outros fóruns confirmam
que os professores reconhecem o quanto as tecnologias facilitam suas atividades
pedagógicas e a importância de se adquirir este conhecimento que já faz parte do
cotidiano no aluno.
33
Sobre o que se pode fazer na SI (Sala Informatizada), nas questões:
Bloco 1
Os alunos utilizam
a sala para fazer pesquisa
Os alunos gostam
de usar a internet
Grupo
Média
G1
9,0
CV
p
14,20%
G2
8,3
20,24%
G1
9,6
10,21%
G2
8,9
16,11%
Percebe-se a partir das médias que os dois grupos concordam com as
afirmativas e o Coeficiente de Variação demonstra consenso entre os respondentes.
Consenso este demonstrado através do comentário na atividade 2, da Unidade 4, do
curso : “Acho que o uso das tecnologias em sala de aula sempre enriquece o
conteúdo e motiva os alunos a irem além do que está sendo ensinado e isso é
maravilhoso, parabéns a quem usa e abusa da tecnologia, os tempos são outros e
temos que nos movimentarmos também.” (S.P)
Chama à atenção a clareza do outro comentário feito no fórum 2 da Unidade
4 conclui: Colega, ao iniciar o curso eu tinha uma expectativa de que os alunos
tinham o domínio estupendo sobre as novas tecnologias. Agora vejo que, eles não
deixam de ter uma manipulação com maior habilidade, mas o uso desses
conhecimentos para o desenvolvimento intelectual do indivíduo, eles não dominam.
Apenas usam, na sua maior parte para entretenimento. Portanto, o domínio desses
meios é importante para o desempenho de nossas atividades, para que possamos
aproveitar o conhecimento dos alunos, com o propósito de formar novos cidadãos.
“(N.A.G.)
No momento em que os professores incorporam o entendimento de que os
alunos devem diminuir o entretenimento em prol do desenvolvimento intelectual, as
34
atividades
na
sala
terão
melhor
produtividade,
todos
estarão
atentos
a
aprendizagem do aluno e a construção coletiva da cidadania.
Com relação a SI ser útil para montar histórias em quadrinhos e ser utilizada
para ver vídeos, filmes e documentários, no G1, apesar de as médias (M=6,4 e
M=5,5) indicarem concordância, não há consenso (CV= 52,93% e 63,99%) entre
eles. No entanto o G2 concorda (M= 7,5 e 7,7) e demonstra consenso (CV= 27,76%
e 30,09%) nestas duas afirmativas, sugerindo uma visão mais ampla do que se pode
fazer na sala informatizada, além da navegação para pesquisa. O G1 está
encaminhando seus conhecimentos para fazer uso da SI, portanto ainda não
desenvolvem outro tipo de atividade com seus alunos fazendo uso do computador.
Num primeiro momento, os professores acreditam que o melhor que se podem fazer
são pesquisas. Muitos nem pensam em construir com seus alunos a partir de
conceitos já trabalhados em Sala de Aula. Em contrapartida, o G2 já leu e se inteirou
mais a respeito. Ele já compreende que o trabalho na SI pode ir muito além de
pesquisas. Ele pode montar histórias em quadrinhos, elaborar mapas conceituais,
baixar vídeos da internet, produzir vídeos com seus alunos. A utilidade da SI está
em seu ponto de vista mais ampla e diversificada, daí, a diferença de opinião entre
os grupos.
O terceiro bloco de perguntas se refere ao Linux Educacional.
As questões: tenho familiaridade com ele, utilizo bastante, gosto de utilizar e
acho fácil e simples, foram respondidas pelos dois grupos indicando que tanto o G1
(M=8,8) quanto o G2 (M=8,6) concordam com todas as questões. Pode-se apurar
que não há diferença significativa (p=0,69) entre os dois grupos.
O G1 está tendo as primeiras informações sobre o software e, portanto, são
justificáveis e compreensíveis as respostas obtidas. Porém, o Linux Educacional só
35
está disponível na escola e como todo conhecimento precisa ser praticado para que
seja completamente assimilado, entende-se o fraco consenso (CV= 62,29%) do G2,
afinal, nem sempre dispõe do tempo necessário para o exercício e prática diária.
Apesar de terem sido apuradas médias baixas no bloco sobre o Linux
Educacional, durante os cursos percebeu-se que a dificuldade não está no software
e sim no computador propriamente dito e em como utilizá-lo em seu trabalho
pedagógico, pois no momento em que percebem as diferenças de nomenclaturas
principalmente do Open Office para o BRoffice o uso se torna facilmente dominado.
6.2 Análise dos resultados obtidos com alunos
Assim como os professores, os alunos tiveram dois momentos de coleta de
dados: uma delas foi sob conversa inicial, antes da montagem do questionário.
Nesta conferência os alunos asseguraram que gostam de ir para a Sala
Informatizada, de baixar vídeos, pesquisar na Internet, digitar textos, criar
apresentação de slides, editarem imagens e quando não está bloqueado navegar no
Orkut, MSN, You Tube e site de jogos.
Alegaram que alguns professores, durante as aulas, levam seus alunos para
pesquisar ou digitar, mas a maioria dos professores não utiliza as tecnologias e
normalmente mandam fazer pesquisa sem indicar sites e que os alunos preferem
quando o professor os indica, pois a Internet é muito ampla e pode ocorrer de
fugirem do tema durante a pesquisa e/ou não entenderem claramente o que o
professor solicita com a pesquisa.
36
Indagados se gostam do Linux disseram que não gostam muito. Porém,
sabem que é apenas porque o conhecem bem
Interrogados se eles acreditam na sala informatizada para fins pedagógicos,
responderam que sim. Na Internet eles têm maior interatividade, podem usar e-mail,
blog e outros recursos para se comunicar com os demais colegas e professores,
acreditam na pesquisa com o auxílio do professor, aprendem mais e melhor quando
um professor usa imagens, vídeos e apresentação de slides, pois esses recursos
mostram além da explicação, a idéia do conteúdo e as aulas ficam mais dinâmicas.
Para a aplicação do questionário , o grupo de alunos pesquisado foi composto
por estudantes da 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio.
O primeiro bloco refere-se às questões relativas ao uso da SI durante as
aulas que foram: Os professores levam os alunos na sala informatizada? Os
professores orientam os trabalhos a serem realizados na SI? Os professores
indicam sites quando a atividade é de pesquisa na internet? Os professores utilizam
atividades variadas na SI tais como baixar vídeos, digitar, montar apresentação de
slides? Os professores demonstram ter conhecimento quanto ao uso dos
computadores e internet? Você e seus professores se comunicam através de email?
Em todo o bloco há discordância geral com as afirmativas (Média Geral=4,3),
porém o CV= 59,23% indica falta de consenso entre eles. A justificativa encontrada
para está disparidade de opinião é a diversidade de série e idade dos respondentes ,
o que demonstra, nas respostas obtidas, o trabalho que os professores desenvolvem
com os mesmos, influenciando diretamente na concordância e consenso entre eles.
O segundo bloco interroga sobre a utilização da SI. Nele os alunos foram
questionados acerca da utilização da sala. As questões: Gosto de ir à Sala
37
Informatizada (M= 8,7 e CV=25,50%); aprender na sala (M=8,0 e CV=37,22), gosto
quando o professor indica sites de pesquisa (M=8,1 e CV=43,17), aprendo melhor
quando o professor utiliza vídeos e imagens junto com a explicação (M=9,0 e
CV=26,72%, acredito no uso da sala para deixar as aulas mais atraentes e de
melhor compreensão de conteúdos (M=8,8 e CV=28,53%). As médias apuradas
demonstram que os alunos concordam com as afirmativas, porém o Coeficiente de
Variação de cada afirmativa indica que não há consenso entre os respondentes.
Quanto a ver vídeos, filmes e documentários, usar Orkut, comunicador
instantâneo (MSN) e baixar jogos (M=6,4) demonstra concordância, porém o
CV=45,30% indica falta de consenso entre os respondentes.
Convém justificar que as Unidades Escolares onde os alunos pesquisados
estudam, seguem o critério de não permitir o acesso destes sites (You Tube, Orkut,
MSN e jogos), portanto a falta de consenso pode significar que ainda assim alguns
conseguem burlar essa determinação e acessar os sites relacionados mesmo sem
autorização da escola.
Sobre utilizar a sala para pesquisa (M=7,8), apesar de haver concordância
não há consenso entre os respondentes (CV=43,17%). Na questão: nunca fui para a
SI durante as aulas, levado pelo professor, com M=1,9 indica forte discordância,
porém o CV=171% aponta elevada falta de consenso entre os respondentes. Estas
duas últimas questões reforçam a disparidade de respostas e opinião causada pela
diferença de série/idade dos questionados.
As questões que tratam sobre o Linux Educacional: tenho familiaridade,
gosto, utilizo e acho fácil e simples, demonstram que os alunos não estão
familiarizados com este sistema operacional. A Média Geral do bloco foi de 4,4.
Este resultado pode ser explicado pelo fato de não o usarem com freqüência, da
38
mesma forma que seus professores e, assim, se não utilizam, não o entendem e
classificam como complexo. Porém o CV=62,29% demonstra falta de consenso
entre os respondentes, confirmando ao mesmo tempo a disparidade de opinião
originada pela diversidade de série/aluno examinado e pelo uso restrito da sala
Informatizada durante as aulas.
Dialogando informalmente durante a aplicação do questionário os alunos de
5ª, 6ª e 7ª série do Ensino Fundamental se manifestaram dizendo que não
desenvolviam atividades na sala informatizada, esclarecendo o marcante índice de
não concordância com as questões apresentadas. Somente os alunos de 8ª série e
do Ensino Médio é que se manifestaram como usuários casuais da sala e estes
responderam de acordo com seu próprio critério de concordar ou não com as
afirmativas apresentadas.
Outro fato interessante que levanta um contraponto é que no questionamento
feito aos professores sobre os alunos gostarem ou não de ir para a SI, a margem de
concordância foi significativa (M= 9,7 e 9,3). Ou seja, os professores reconhecem o
gosto dos alunos, no entanto, comparados aos resultados do primeiro bloco dos
alunos percebe-se que ainda assim desenvolvem pouca ou nenhuma atividade na
Sala.
39
7. Considerações Finais
Hoje, utilizar as tecnologias em todos os setores da sociedade é uma
realidade irrefutável. Somos capazes de nos adaptar a usar cartão ao invés de
dinheiro para todo tipo de compra. Fazer identificação virtual e utilizar senhas em
todas as situações exigidas. Comprar, vender, trocar, transferir valores, trabalhar,
pesquisar, nos comunicar e outra infinidade de situações, através do computador e
internet. Porém, temos enorme dificuldade em inserir essas tecnologias em nosso
mundo escolar.
Poucos professores fazem uso pedagógico da sala informatizada e destes
poucos, muitos o fazem com dificuldade ou ainda reproduzindo o tradicional com a
ferramenta atual.
O uso que se faz da Sala Informatizada, hoje, na maioria das escolas é
fragmentado e desvinculado dos conceitos trabalhados em sala de aula.
Basicamente ela é usada para pesquisas na Internet sem a orientação precisa do
professor que demonstra desconhecimento, despreparo para tal ou desinteresse por
outras razões. Raras são as escolas que possuem projetos de uso da sala ou que já
tenham arraigado seu uso e registrado em seu Projeto Político Pedagógico (PPP) de
forma que todos os professores se sintam impulsionados a buscarem esse
conhecimento que lhes falta.
O aluno, por sua vez, está a anos-luz à frente do professor. Utiliza todos os
aparatos tecnológicos com uma facilidade estupenda: lê, interage, joga, brinca,
corta, recorta, corrige, monta e desmonta, faz maravilhas utilizando o computador e
a Internet, trazendo para a sala de aula as novidades tecnológicas que o professor
deveria conhecer.
40
O professor sabe da capacidade do aluno, mas sente medo de sua própria
ignorância diante do aluno e da máquina. Muitos crêem que enquanto não
dominarem as tecnologias completamente não serão capazes de fazer uso
pedagógico delas. Os mais conservadores utilizam-se dessa justificativa e ainda
buscam outras, tais como o número de computadores por aluno, a velocidade da
internet, espaço físico entre outros. Os mais ousados buscam no aluno um parceiro
para suas aulas. Utilizam-se do domínio tecnológico do aluno para incrementar suas
aulas e torná-las mais atrativas.
Para estes, as tecnologias são pontes que ligam as suas aulas ao mundo
atual onde todos participam do processo e aprendem juntos. O professor junto do
aluno aprende ou exercita o uso das tecnologias e o aluno vai construindo seu
conhecimento e formando sua consciência crítica numa parceria onde todos ganham
e tem tudo para dar certo.
Esse professor, busca cursos na área de tecnologias, que são em sua grande
maioria, oferecidos pelas Secretarias de Educação, através dos Núcleos de
Tecnologias Educacionais (NTEs), para aprimorar seu conhecimento e desenvolver
o manejo da máquina com maior facilidade.
Porém, ao participar destes cursos prefere atividades práticas onde possa
manejar a máquina sem se preocupar com leituras e reflexões. Preferencialmente
modelos de atividades que possam desenvolver em sala de aula com seu grupo de
alunos. Cursos com esta dinâmica fazem sucesso entre os professores que
participam acreditando que saber fazer uso da máquina ou levar umas poucas
atividades diferentes aos seus alunos os fará colocarem mais sabor às suas aulas.
Os cursos de capacitação que exigem leitura sobre a prática nem sempre são
bem aceitos pela maioria dos professores. Ler, embasar-se teoricamente, conhecer
41
processos de construção da aprendizagem e refletir sobre sua prática são esforços
que requerem posterior mudança de postura, coisa que dá trabalho e mexe com
concepções há muito arraigadas e por isso são refutados.
Este é um dos maiores entraves nos cursos de capacitação docente para uso
das tecnologias educacionais, a leitura, reflexão e mudança de postura diante das
tecnologias. Deixar o medo de lado sem endeusar o computador e a Internet é um
dos grandes desafios dos cursos de capacitação em tecnologias.
O processo contínuo de formação do professor é de importância
inquestionável. O NTE da região de Itajaí iniciou a capacitação de professores para
uso da Sala Informatizada em 2008 com o curso Introdução à Educação Digital. O
curso de 40 horas onde são trabalhados conceitos básicos do uso do computador e
internet é muito aceito entre os professores. Por se tratar do uso da máquina eles
gostam, interagem e participam avidamente. Num primeiro momento sentem maior
dificuldade por se tratar de Linux educacional, mas ao perceberem que as diferenças
básicas tratam-se apenas de nomenclaturas, perdem o receio e utilizam a máquina
aprendendo como crianças ávidas pelo novo e desconhecido.
Já o curso que trabalha a reflexão do fazer pedagógico utilizando-se das
tecnologias: Ensinando e Aprendendo com as TICs (100 h), por exigir leitura e
reflexão colocando em xeque todas as crenças do professor acerca do ensinoaprendizagem, muitos refutam . Não conseguem se organizar no tempo e no espaço
para fazer as leituras propostas e acabam por desistir no meio do caminho. Percebese que a dificuldade está em ler, refletir sobre a prática, fundamentar-se e
compreender o uso das tecnologias para então efetivar seu uso.
Porém, dos que permanecem, ao final percebe-se a mudança de atitude e uma
postura muito mais flexível diante das tecnologias. Eles compreendem que muito
42
mais importante que manejar a máquina é saber o que realmente se quer com a
aula desenvolvida na Sala Informatizada e que levar o aluno para pesquisar sem
propósito e direcionamento definidos não significa mudar sua aula.
Almeida e Betito (2004, p 99) dizem que se “o professor opta por fazer um
trabalho de Qualidade em seus ambientes de ensino, ele será estimulado pelos
resultados obtidos, incentivado por seus estudantes, e talvez tenha mais energia
para lutar por sua sobrevivência, pois pode ter seu trabalho reconhecido para
justificar suas posições”.
Indiscutivelmente o professor compreende antes de tudo a necessidade de
mudança de postura do ditador para o mediador. Vê no aluno um parceiro
colaborador e ativo, mas ao mesmo tempo um ser em formação de conhecimento,
consciência e cidadania. Não o subestima, mas também não deixa em seus ombros
toda a obrigação sobre sua formação.
Moran (2010, p.2 A) nos diz que: Podemos modificar a forma de ensinar e
aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor,
mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as
tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas.
É possível perceber claramente no professor que participa de cursos de
capacitação, que lê e interage com seu grupo, a mudança de atitude diante do uso
das tecnologias. Ainda receoso, mas com determinação, vê-se surgir um professor
comprometido, inovador e mediador do conhecimento. Um professor que entende
que a transmissão de informação não é mais suficiente ao seu aluno, ele busca
novas formas de aprender e ensinar necessários para melhor ajudar seu aluno com
autonomia, interação e colaboração , levando-o a plena cidadania, objetivo maior da
Educação.
43
Para desafiar e incentivar os demais professores das escolas para que
venham em busca dessa reflexão são relevantes momentos de leitura e discussão
organizados na escola onde haja troca de experiências sobre o uso das tecnologias.
Esses momentos ajudarão em muito sanar dúvidas dos professores, incentivar os
mais cautos a iniciarem o processo de mudança e a buscarem cursos de atualização
em tecnologias. Assim efetivam seu conhecimento e garantem sua participação ativa
no uso de todos os recursos disponíveis em prol de uma aprendizagem mais
criativa, colaboradora e atrativa ao aluno.
É preciso que toda a escola participe do processo: professores, gestores,
administradores, alunos, para garantir que a mudança ocorra de forma ativa e seja
incorporada na prática educacional de todos. O uso da sala informatizada através de
projetos deve ser contemplado também no PPP da escola garantindo reparos nos
equipamentos que sofrem danos e capacitação continuada ao professor.
O NTE de Itajaí continua oferecendo cursos de Introdução a Educação Digital,
Ensinando e Aprendendo com as TICs e em 2010 inicia a modalidade de curso
Elaboração de Projetos Integrados às Tecnologias, no intuito de auxiliar o professor
a deixar a escola, como um todo, mais atrativa para seu aluno ajudando-o a
construir seu conhecimento e a formar um cidadão crítico, participativo e ativo na
sociedade em que vive.
44
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Fernando José de ; & FONSECA JUNIOR, Fernando Moraes. Proinfo:
Projetos e ambientes inovadores / Secretaria de Educação a Distância. Brasília;
Ministério da Educação, Seed, 2000. 96p. – (Série de Estudos. Educação a
Distância, ISSN 1516-2079;v.14.
ALMEIDA, Taqbajara Lucas de & BETITO Robert, O apanhador no campus
universitário: qualidade no processo ensino-aprendizagem, Rio Grande: Ed da
FURG, 2004.
FREIRE,Fernanda Maria Pereira. PRADO,Maria Elisabette Brisola. MARTINS, Maria
Cecília. SIDERICOUDES, Odete. A Implantação da Informática no Espaço
Escolar:
Questões
emergentes
ao
Longo
do
Processo.
HTTP://edutec.net/Textos/Alia/MISC/edbrisol.htm (acesso em 20/05/2008).
HASSE, Simone Hedwig. Informática na Educação: mito ou realidade? In:
LOMBARDI, José Claudinei (org.) Pesquisa em Educação: história, filosofia e
temas transversais. Camppinas, SP: Autores Associados: HISTEDBR; Caçador, SC:
UnC, 1999.
LEITE, Ligia Silva ; & SILVA, Cristina Marília Teixeira. Educação a Distancia
capacitando professores: Em busca de novos espaços para a aprendizagem.
http://www.eProinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod82139/etapa1/leituras/biblioteca/capacit
ando_professores.htm (acesso em 05/11/2008).
LITTO, Frederic M. Indicadores de uma escola Moderna... Um checklist.
HTTP://www.eProinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod82139/etapa1/leituras/biblioteca/indic
adores.htm (acesso em 11/12/2009)
LOPES, José Junio. A Introdução da Informática no Ambiente Escolar. 9p.
Disponível em: http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.pdf (acesso
em 02/03/2010).
45
MORAN, José Manuel. Mudar a forma de ensinar e aprender com tecnologias 14
p.
Disponível
em
HTTP://www.eca.usp.br/prof/moran/uber.htm
(acesso
em
02/03/2010). A
_________________.
“As
mídias
na
educação”
http://eca.usp.br/prof/moran/midias_educ.htm 6p. (acesso em (08/06/2009).
_________________. Desafios da Internet para o professor. 3p. Disponível em
http://eca.usp.br/prof/moran/desaf_int.htm (acesso em 02/03/2010). B
_________________.
Educar
o
Educador.
Disponível
http://eca.usp.br/prof/moran/educar.htm (acesso em 02/03/2010). C
em
_________________. Os novos espaços de atuação do educador com as
tecnologias. Disponível em http://eca.usp.br/prof/moran/espaços.htm (acesso em
02/03/2010). D
QUEIROZ, Antonio Diomário.
in SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da
Educação e do Desporto. Proposta Curricular. Florianópolis : IOESC, 1998.
________________________,
Uma
nova
escola
para
o
novo
mundo.
HTTP://www.eProinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod82139/etapa1/leituras/biblioteca/nova
_escola.htm (acesso em 12/12/2009).
SALGADO, Maria Umberlina Caiafa. Tecnologias na Educação: Ensinando e
Aprendendo com as TIC: guia do formador – Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação à Distância; 2008. A
______________________________. Tecnologias na Educação: Ensinando e
Aprendendo com as TIC: guia do cursista – Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação à Distância; 2008 B
SILVA, René Marc da Costa (org.) Cultura Popular e Educação. Salto para o
Futuro/TV Escola/ SEED/MEC. Brasília 2008.
TRIOLA, Mário F. Introdução à Estatística. LTC. 10a edição 2008. 722p.
46
Valente, José Armando. Porque o Computador na Educação? 12p. Disponível em
http://www.ich.pucminas.br/pged/db/wq/wq1_LE/local/txtie9doc.pdf
(acesso
em
01/02/2010).
__________________. A telepresença na Formação de Professores da Área de
Informática
em
Contextualizado.16p.
Educação:
Implantando
o
Construcionismo
Disponível
em
http://lsm.dei.uc.pt/ribie/docfiles/txt200342421644232.PDF (acesso em 05/10/2009).
A
_________________. Diferentes Usos do Computador na Educação. 16p.
Disponível
em
http://usuarios.upf.br/~carolina/pos/valente.html
(acesso
em
06/08/2009). B
Valente, José Armando . & ALMEIDA, Fernando José.
Visão Analítica da
Informática na Educação no Brasil: A questão da Formação do Professor. 17p.
Disponível em http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/library/valente.html (acesso
em 05/09/2009).
47
ANEXOS
Anexo I
Questionário aos professores
Estou elaborando uma pesquisa com a finalidade de investigar a expectativa dos
estudantes do Curso de Capacitação – Ensinando e Aprendendo com a TICs.
Solicito a gentileza do preenchimento deste questionário.
Marque na escala abaixo de cada afirmativa o seu grau de concordância com
ela.
A) Espero que o Curso me ajude a:
1. Aprender a usar o software (?)
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
48
1. Mudar as minhas aulas
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
2. Usar a tecnologia para melhorar o processo ensino-aprendizagem
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
3. Conhecer o equipamento de informática
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
4. Aproximar mais as aulas do gosto dos estudantes
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
5. Trabalhar a teoria de maneira diferente
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6. Aprender tecnologia para nivelar o meu conhecimento ao do estudante
Discordo
Concordo
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Plenamente
Plenamente
7. Utilizar melhor os aplicativos em Linux
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
8. Aprender a me familiarizar e manejar o computador
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
9. Aprender digitação e navegação na Internet
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
10. Aprender a usar e-mail
Discordo
Plenamente
0
1
2
49
11. Utilizar o Linux Educacional
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
B) Sobre a utilização da Sala Informatizada
1. Os estudantes gostam de ir para esta Sala
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
2. Os estudantes gostam de aprender na Sala
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
3. Os estudantes utilizam-na para ver vídeos, filmes e documentários
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
8
9
10
Concordo
Plenamente
8
9
10
Concordo
Plenamente
4. Muitos estudantes utilizam a Sala para a pesquisa
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
5. A Sala é útil para montar histórias em quadrinhos
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
6. Os estudantes gostam de utilizar a Internet na Sala
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
C) Sobre o Linux Educacional
1. Tenho familiaridade com ele
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
50
2. Utilizo bastante
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
3. Gosto de utilizar
Discordo
Plenamente
0
1
4. Acho fácil e simples
Discordo
Plenamente
0
1
2
51
Anexo II
Questionário aos alunos
Estou elaborando uma pesquisa com a finalidade de investigar a expectativa dos
estudantes do Curso de Capacitação – Ensinando e Aprendendo com a TICs.
Solicito a gentileza do preenchimento deste questionário.
Marque na escala abaixo de cada afirmativa o seu grau de concordância com
ela.
A) Sobre o uso da Sala Informatizada durante as aulas:
7. Os professores levam os alunos na Sala Informatizada:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
8. Os professores orientam os trabalhos a serem realizados na Sala
Informatizada:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
9. Os professores indicam sites quando a atividade é pesquisa na internet:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
10. Os professores utilizam atividades variadas na Sala Informatizada tais como
baixar vídeos , digitar, montar apresentação de slides:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
11. Os professores demonstram ter conhecimento quanto ao uso dos
computadores e internet:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
10
Concordo
Plenamente
12. Você e seus professores se comunicam através de e-mail:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
52
B) Sobre a utilização da Sala Informatizada
1. Gosto de ir para esta Sala
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
2. Aprendo e gosto de aprender na Sala
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
3. Utilizo a Sala para ver vídeos, filmes e documentários
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
9
10
Concordo
Plenamente
4. Utilizo a Sala para a pesquisa
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5. Gosto quando o professor indica sites para pesquisa:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
6. Aprendo melhor quando o professor utiliza vídeos e imagens junto com sua
explicação:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
7. Acredito no uso da Sala Informatizada para deixar as aulas mais atraentes e
de melhor compreensão de conteúdos:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
9
10
Concordo
Plenamente
8. Utilizo a sala para entrar no Orkut, MSN e baixar jogos:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
53
9. Nunca fui para a Sala Informatizada durante as aulas levado pelo professor:
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
C) Sobre o Linux Educacional
5. Tenho familiaridade com ele
Discordo
Plenamente
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
3
4
5
6
7
8
9
10
Concordo
Plenamente
6. Utilizo bastante
Discordo
Plenamente
0
1
7. Gosto de utilizar
Discordo
Plenamente
0
1
8. Acho fácil e simples
Discordo
Plenamente
0
1
2
54
Anexo III
Análise detalhada de dados dos professores – Curso de 40 horas
A) Espero que o curso me ajude a:
As questões PA1 a PA 10 assim se apresentam:
PA 1 Aprender a usar o software;
R 32 Média 9,1 Mínima 5 Máxima 10 CV %15,89
PA2 Mudar minhas aulas:
R 32 Média 8,5 Mínima 4
Máxima 10 CV %16,84
PA3 Usar a tecnologia para melhorar o processo de ensino – aprendizagem:
R 32 Média 9,2 Mínima 5 Máxima 10 CV %13,10
PA4 Conhecer o equipamento de informática
R 32 Média 8,4 Mínima 2 Máxima 10
CV %25,25
PA5 Aproximar mais as aulas do gosto dos estudantes
R 32 Média 9,2 Mínima 6 Máxima 10
CV %13,14
PA6 Trabalhar a teoria de maneira diferente
R 32 Média 9,1 Mínima 6 Máxima 10
CV % 12,60
PA7 Aprender tecnologia para nivelar o meu conhecimento ao do estudante
R 32 Média 8,1 Mínima 2 Máxima 10
CV % 32,43
PA8 Utilizar melhor os aplicativos em linux
R 32 Média 9,2 Mínima 5 Máxima 10
CV % 16,44
PA9 Aprender a me familiarizar e manejar o computador
R 32 Média 8,5 Mínima 2 Máxima 10
CV % 24,73
PA10 Aprender digitação e navegação na internet
R 32 Média 7,8 Mínima 0 Máxima 10
CV % 33,09
Analisando os dados coletados para estas questões percebe-se uma forte
concordância entre os respondentes acerca das afirmativas. As notas variaram entre
mínima zero e máxima dez. Os Coeficientes de Variação ficaram entre 12,6 a 33,09
indicando consenso em algumas, mais acentuado do que em outras afirmativas,
porém em todas há consenso.
PA 11 Aprender a usar email
R 32 Média 7,3 Mínima 0 Máxima 10
CV % 47,65
A média 7,3 indica que o grupo concorda com a afirmativa. As notas ficaram entre
zero e dez e o coeficiente de variação de 47,65 indica fraco consenso entre os
respondentes com relação à afirmativa.
55
PA12
Utilizar o Linux Educacional
R 32 Média 9,4 Mínima 5
Máxima 10
CV % 12,02
A média 9,4 indica forte concordância dos professores com a afirmativa. As notas
variando entre cinco e dez e o Coeficiente de variação demonstra claro consenso
entre os respondentes.
Sobre a utilização da Sala Informatizada
PB 1 Os estudantes gostam de ir para a sala informatizada
R 32 Média 9,7 Mínima 7 Máxima 10
CV % 7,62
A Média 9,7 demonstra que os professores concordam que os alunos gostam de ir
para a Sala Informatizada. A variação de notas ficou entre sete e dez e o Coeficiente
de Variação de 7,62 mostra forte consenso entre os respondentes acerca dessa
afirmativa.
PB2 Os estudantes gostam de aprender na sala informatizada
R 32 Média 8,2 Mínima 5 Máxima 10
CV % 18,23
A média 8,8 e o Coeficiente de Variação de 18,23 demonstram forte concordância e
consenso entre os respondentes em torno dessa afirmativa.
PB3 Os estudantes utilizam-na para ver vídeos, filmes e documentários
R 32 Média 5,5 Mínima 0 Máxima 10
CV % 63,99
A média 5,5 indica concordância dos professores com a afirmativa. A nota mínima
foi zero, a máxima 10,0 e o Coeficiente de Variação foi de 63,99 indicando que não
há consenso entre os respondentes.
PB4 Muitos estudantes utilizam a sala para pesquisa.
R 32 Média 9 Mínima 6 Máxima 10
CV % 14,20
A média 9, as notas variando entre seis e dez e o Coeficiente de Variação tendo
ficado em 14,20 indicam forte concordância dos professores com a afirmativa e claro
consenso dos respondentes em torno da média.
PB5 A Sala é útil para montar histórias em quadrinhos
R 32 Média 6,4 Mínima 0 Máxima 10
CV % 52,93
A média 6,4 indica concordância dos professores com a afirmativa. A nota mínima
foi zero e a máxima dez, mas há um fraco consenso entre os respondentes, pois o
Coeficiente de Variação foi de 52,93%
PB6 Os estudantes gostam de usar a Internet
R 32 Média 9,6 Mínima 6 Máxima 10
CV % 10,21
56
A Média 9,6 indica forte concordância dos professores com a afirmativa. As notas
variam entre seis e dez e o Coeficiente de Variação 10,21 indicam forte consenso do
grupo quanto a média.
Sobre o Linux Educacional
PC1 Tenho familiaridade com ele
R 32 Média 5,5 Mínima 0 Máxima 10
CV % 54,84
A média 5,5 indica concordância com a afirmativa. A nota mínima foi zero e a
máxima dez, porém o Coeficiente de Variação de 54,84 indica que há um fraco
consenso entre os respondentes.
PC2 Utilizo Bastante
R 32 Média 4,2 Mínima 0
Máxima 10
CV % 66,13
A média 4,2 indica que os respondentes discordam da afirmativa, porém as notas
variando entre zero e dez e o Coeficiente de Variação de 66,13 demonstram que
não há consenso entre os respondentes nesta afirmativa.
PC3 Gosto de utilizar
R 32 Média 6,5 Mínima 1
Máxima 10
CV % 38,09
A média 6,5 indica concordância com relação a esta afirmativa. Apesar das notas
variarem entre um e dez, o Coeficiente de Variação de 38,09 indica que há
consenso dos respondentes em torno da média.
PC4 Acho fácil e simples
R 32 Média 5,9 Mínima 1
Máxima 10
CV % 41,90
A média 5,9 indica concordância com a afirmativa, porém há um fraco consenso entre os
respondentes quanto a questão, pois o Coeficiente de Variação é de 41,90.
Os dados apresentados acima são o resultado da pesquisa realizada com os
professores freqüentadores do curso Introdução ao Linux Educacional de 40 horas.
Teoricamente são os primeiros contatos dos professores com o software, o que
justifica alguns dados apresentados principalmente no que diz respeito ao último
bloco sobre o linux educacional. O resultado do bloco dois demonstra que os
pesquisados sabem do interesse dos alunos sobre a sala e sua utilização, o que
justifica o interesse dos mesmos em buscar capacitação e atualização como
demonstra os dados coletados no bloco um.
57
Anexo IV
Análise detalhada dos dados dos Professores 100 horas
Espero que o Curso me ajude a:
As questões de 1 a 9 assim se apresentam:
PA1 Aprender a usar o software
R28 Média 8,2 Mínima3 Máxima 10
CV% 26,63
PA2 Mudar as minhas aulas
R28 Média 8,9 Mínima 4 Máxima 10
CV% 16
PA3 Usar a tecnologia para melhorar o processo de ensino – aprendizagem:
R 28 Média 9,5 Mínima 8 Máxima 10 CV % 7,3
PA4 Conhecer o equipamento de informática
R 28 Média 8,2 Mínima 4 Máxima 10
CV % 24,24
PA5 Aproximar mais as aulas do gosto dos estudantes
R 28 Média 9,0 Mínima 5 Máxima 10
CV % 13,86
PA6 Trabalhar a teoria de maneira diferente
R 28 Média 9,1 Mínima 7 Máxima 10
CV % 10,19
PA7 Aprender tecnologia para nivelar o meu conhecimento ao do estudante
R 28 Média 8,8 Mínima 5 Máxima 10
CV % 16,20
PA8 Utilizar melhor os aplicativos em linux
R 28 Média 8,2 Mínima 1 Máxima 10
CV % 25,95
PA9 Aprender a me familiarizar e manejar o computador
R 28 Média 8,0 Mínima 0 Máxima 10
CV % 29,29
Analisando os dados coletados para estas questões percebe-se uma forte
concordância entre os respondentes acerca das afirmativas. As notas variaram entre
mínima zero e máxima dez, porém os Coeficientes de Variação ficaram entre 7,3 a
29,29 o que indica forte consenso em torno das médias.
PA10 Aprender digitação e navegação na internet
R 28 Média 7,1 Mínima 0 Máxima 10
CV % 42,89
28 professores responderam. A média 7,1 indica concordância com a afirmativa,
mas há um fraco consenso entre o grupo quanto a esta questão, pois o Coeficiente
de Variação é de 42,89
PA11 Aprender a usar email
R 28 Média 7,3 Mínima 0
Máxima 10
CV % 44,65
58
A média foi de 7,3 - o que indica concordância dos professores com a afirmativa. As
notas variam entre zero a dez e o Coeficiente de Variação foi de 44,65 indicando
fraco consenso entre os respondentes nesta afirmativa.
PA12 Utilizar o Linux Educacional
R 28 Média 8,3 Mínima 3 Máxima 10
CV % 22,77
Com média 8,3 - as notas variando entre três e dez e o Coeficiente de Variação
tendo ficado em 22,77. Pode-se dizer que há forte consenso e clara concordância
entre os respondentes acerca desta questão.
Sobre a utilização da Sala Informatizada.
PB 1 Os estudantes gostam de ir para esta sala
R 28 Média 9,3 Mínima 5 Máxima 10
CV % 12,74
PB Os estudantes gostam de aprender na Sala
R 28 Média 8,8 Mínima 5 Máxima 10
CV % 15,75
PB3 Os estudantes utilizam-na para ver vídeos filmes e documentários
R 28 Média 7,7 Mínima 1 Máxima 10
CV % 30,09
PB4 Muitos estudantes utilizam a Sala para pesquisa
R 28 Média 8,3 Mínima 4 Máxima 10
CV % 20,24
PB5 A Sala é útil para montar histórias em quadrinhos
R 28 Média 7,5 Mínima 2 Máxima 10
CV % 27,76
PB6 Os estudantes gostam de utilizar a Internet na Sala
R 28 Média 8,9 Mínima 5 Máxima 10
CV % 16,11
As médias computadas neste bloco demonstram concordância dos respondentes
com as questões apresentadas e os Coeficientes de Variação apontam consenso
entre as médias. Vale destacar aqui a diferença de opinião dos pesquisados no
grupo de formação de 40 horas e os de 100 horas , principalmente quanto as
questões PB3 e PB 5, apesar de serem as menores médias e os maiores índices
dos Coeficientes de Variação. Ainda assim fica clara a evolução dos professores no
sentido de entender o que se pode fazer na sala além da navegação para pesquisa.
Sobre o Linux Educacional
PC 1 Tenho familiaridade com ele
R 28 Média 6,3 Mínima 2 Máxima 10
CV % 33,91
PC2 Utilizo bastante
R 28 Média 5,5 Mínima 2
Máxima 10
CV % 44,40
PC 3 Gosto de utilizar
R 28 Média 6,0 Mínima 1
Máxima 10
CV % 42,55
PC4 Acho fácil e simples
59
R 28 Média 5,4
Mínima 0
Máxima 10
CV % 48,98
Neste bloco outra questão que nos chama a atenção. As médias apuradas
demonstram concordância dos respondentes com as questões apresentadas , mas
os coeficientes de variação demonstram fraco consenso entre o grupo. Vale
ressaltar aqui que este grupo já teve a formação inicial de 40 horas, o qual trabalha
as questões básicas do Linux Educacional, portanto pela lógica estes já deveriam
conhecer e dominar um pouco mais o software.
Anexo V
Análise detalhada do questionário dos alunos
Sobre o uso da sala informatizada durante as aulas:
PA1 Os professores levam os alunos na sala Informatizada?
R 30 média 4,7 mínimo 0 máximo 10 CV% 63,99
Em 30 respostas a média foi de 4,7, o que demonstra que os alunos discordam
desta afirmativa. A nota mínima foi 0 e a máxima 10., no entanto o CV é de 63,99 o
que
nos
mostra
falta
de
consenso
entre
os
respondentes.
PA2 - Os professore4s orientam os trabalhos a serem realizados na Sala
Informatizada?
R 30 Média 5,8 Mínima 0 Máxima 10 CV% 62,23
Em 30 respostas a média foi de 5,8 indicando que o grupo concorda mas não
fortemente com esta afirmação. A nota mínima foi 0 e a máxima 10, porém o
coeficiente de variação demonstra que não há consenso entre os respondentes
nesta afirmativa.
PA3 -Os professores indicam sites quando a atividade é pesquisa na internet?
R 30 Média 4,9 Mínima 0 Máxima 10 CV% 81,97
A média 4,9 indica discordância nesta questão. A nota mínima foi zero e a máxima
foi dez e o CV 81,97% demonstra que não há consenso entre os respondentes
nesta afirmativa.
PA4 - Os professores utilizam atividades variadas na sala de informática tais como
baixar vídeos, digitar, montar apresentação de slides?
R 30 Média 2,1 Mínima 0 Máxima 10 CV % 118,54
60
A Média 2,1 demonstra clara discordância nesta questão, porém o que chama a
atenção é a falta de consenso entre os respondentes, afirmada pelo CV de 118,54%
mesmo tendo nota mínima zero e máxima oito.
PA 5 – Os professores demonstram ter conhecimento quanto ao uso dos
computadores e internet?:
R 30 Média 4,8 Mínima 0 Máxima 10 CV % 65,89
Percebe-se através da média 4,8 que os alunos discordam nesta afirmativa. Porém
a nota mínima foi zero e a máxima foi dez e o CV 65,89% demonstra que não há
consenso entre os respondentes acerca dessa questão.
PA 6 – Você e seus professores se comunicam através de email?
R 30 Média 3,4 Mínima 0 Máxima 10 CV 110,72%
Com média de 3,4 nesta questão nota-se forte discordância, no entanto as notas
variam entre zero e dez e o CV 110,72% indica que não há o menor consenso entre
os respondentes.
Sobre O Uso da Sala Informatizada
PB 1 – Gosto de ir para Sala Informatizada.
R 30 Média 8,7 Mínima 0 Máxima 10 CV % 25,50
A média 8,7 demonstra forte concordância entre os respondentes na afirmativa. A
nota mínima foi zero e máxima dez, mas o CV foi de apenas 25,50% o que indica
forte consenso dos respondentes em torno da questão.
PB 2 – Aprendo e gosto de aprender na Sala
R 30 Média 8 mínima 0 máxima 10 CV 37,22%
Com média 8,0 os respondentes demonstram concordância nesta afirmativa. Porém
a nota mínima foi zero e máxima 10 e o CV ficando em 37,22 indica fraco consenso
entre os respondentes.
PB 3 – Utilizo a sala para ver vídeos, filmes e documentários.
R 30 Média 3,5 Mínima 0 Máxima 10 CV% 103,52
A média das respostas foi de 3,5 o que indica forte discordância com a afirmativa. A
nota mínima foi zero e máxima dez. O CV foi de 103,52 indicando total falta de
consenso entre os respondentes em torno desta questão.
PB4 – Utilizo a sala para pesquisa.
R 30 Média 7,8 Mínima 0 Máxima 10 CV% 43,17
A média das respostas foi de 7,8 indicando que os respondentes concordam com a
afirmativa. As notas variaram entre zero e dez e o CV de 43,17% indica fraco
consenso entre eles acerca da questão.
PB 5 – Gosto quando o professor indica sites para pesquisa.
61
R 30 Média 8,1 Mínima 0 Máxima 10 CV% 34,90
A média 8,1 indica clara concordância em torno da afirmativa. As notas variaram
entre zero e dez e o CV 34,90% indica fraco consenso entre os respondentes.
PB 6 – Aprendo melhor quando o professor utiliza vídeos e imagens junto com sua
explicação.
R 30 Média 9,0 Mínima 0 Máxima 10 CV% 26,72
A média das respostas foi 9,0, o que demonstra uma forte concordância dos
estudantes com a afirmativa. A nota mínima foi zero e máxima dez, mas o CV foi de
apenas 26,72%, o que demonstra forte consenso dos respondentes em torno da
média.
PB7 – Acredito no uso da sala informatizada para deixar as aulas mais atraentes e
de melhor compreensão de conteúdos.
R 30 Média 8,8 Mínima 0 Máxima 10 CV% 28,53
A média 8,8 indica forte concordância dos estudantes com a afirmativa. A nota
mínima foi zero e a máxima dez, porém o CV foi de apenas 28,53% indicando forte
consenso entre os respondentes em torno da média.
PB 8 – Utilizo a sala para entrar no Orkut, MSN e baixar jogos.
R 30 Média 06 Mínima 0 Máxima 5,0 CV% 225,74
A média 0,6 indica a quase totalidade de discordância dos estudantes na afirmativa.
Porém as notas variaram entre zero e cinco e o CV foi de 227,74 indicando completa
falta de consenso entre os respondentes.
Convém justificar que as Unidades Escolares onde estudam os alunos pesquisados
seguem o critério de não autorizar o uso destes sites, portanto a falta de consenso
pode determinar que alguns alunos conseguem burlar essa determinação e acessar
os sites relacionados mesmo sem autorização da escola.
PB 9 – Nunca fui para a sala informatizada durante as aulas levado pelo professor.
R 30 Média 1,9 Mínima 0 Máxima 10 CV% 171,00
A média indica forte discordância com essa afirmativa. Porém notas variam entre
zero e dez e o CV 171% indica forte falta de consenso dos respondentes acerca
desta média.
Sobre o Linux Educacional
PC 1 – Tenho familiaridade com ele.
R 30 Média 3,7 Mínima 0 Máxima 10 CV% 105,50
PC 2 – Utilizo bastante
R 30 Média 2,6 Mínima 0 Máxima 10 CV% 141,20
PC 3 - Gosto de utilizar
R 30 Média 3,5 Mínima 0 Máxima 10 CV% 110,97
62
PC 4 – Acho fácil e simples
R 30 Média 4,3 Mínima 0 Máxima 10 CV% 88,90
O Bloco de questões sobre o Linux Educacional com as médias PC 1 3,7;PC 2 2,6;
PC 3,5 ; PC 4 4,3, indicam forte discordância das afirmativas . Porém todas as
notas variam entre zero e dez e o CV ficou entre 88,93 e 141,20 indicando falta de
consenso entre as médias das questões apresentadas.
(Breve) Análise Pessoal
As seis primeiras questões tratam do uso da sala informatizada durante as aulas. As
questões PB! A PB 9 questionam sobre a utilização da sala informatizada e as
questões PC1 a PC 4 referem-se ao Linux Educacional, software produzido e
distribuído pelo MEC às Escolas da rede pública brasileira através do programa
Proinfo.
Ao analisar o resultado da pesquisa questionamo-nos sobre as médias e a falta de
concordância e consenso entre os respondentes. Sentimos assim, a necessidade de
justificar que os alunos pesquisados estão matriculados entre a 5ª série do Ensino
Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio. Nas conversas iniciais com o grupo
percebi que os alunos mais novos não são levados para a sala informatizada pelos
seus professores o que pode ter determinado a falta de consenso e médias
demonstrando discordância total.