Ementa: Noções (técnicas) de montagem cinematográfica. Relação
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Ementa: Noções (técnicas) de montagem cinematográfica. Relação
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA Disciplina: PGL 3125 Tópicos Especiais de Leitura Nome do Curso: Teoria(s) da imagem: montagem e(m) Warburg Prof(a). Dr. Luiz Felipe Guimarães Soares E-mail: [email protected] Duração: 15 semanas – 4 créditos Semestre 2011/2 Ementa: Noções (técnicas) de montagem cinematográfica. Relação entre história e montagem em Benjamin. O método Warburg. Necessidade (política) de se ver a história como montagem de imagens consideradas sob o ponto de vista warburguiano. Apresentação: A disciplina busca pensar cinematograficamente a história enquanto montagem de imagens consideradas sob o ponto de vista warburguiano. Aplicado à organização de imagens passíveis de arquivamento eletrônico – como as utilizadas, por exemplo, por Godard –, o método Warburg possibilita, como diria Didi-Huberman, uma anacronização da história, e portanto um modo de politização da imagem para além de costumeiras restrições éticas, epistemológicas ou estéticas. Obviamente, essas imagens serão vistas, acima de tudo, como imagens, não meramente enquanto representações. Propõe-se assim a história como montagem desativadora, aquela capaz de desativar certezas, valores, tendências, apegos comunitários em geral. Se Didi-Huberman encara Warburg como fantasma a assombrar a história da arte, a ambição aqui passa a ser trazer essa fantasmagoria para os estudos de cinema. Trocado o sentido atribuído à história (vista, com Benjamin, enquanto catástrofe), a leitura – assim como a montagem – da imagem cinematográfica precisará então ser, não afirmativa (do presente, de uma “realidade”), mas de fato desativadora. Em relação às imagens processadas, a montagem passa a ser vista como destruição (pela manipulação, pela marcação), como choque (eisensteiniano, mas também Campus Universitário – Trindade – Sala 309 – 88.040-900 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3721 9582 – Fax: (48) 3721 6612 – e-mail: [email protected] UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA benjaminiano), como repetição e corte (como Agamben propõe que se veja em Debord, mas também em Godard). A partir disso, a disciplina será dividida em três unidades: (1) Estudos da montagem cinematográfica, enquanto procedimento técnico – com experimentação do trabalho com software(s) de montagem – e enquanto conceito, principalmente em Eisenstein e em Benjamin. (2) Incorporação do conceito de história em Benjamin e, paralelamente, de conceitos de tempo em Bergson e em Proust – acima de tudo do conceito de um passado que não passa. (3) Exame do método Warburg, a partir de leituras do próprio e de DidiHuberman, que o encara como fantasma anacronizante. Por fim, tentaremos uma conclusão quanto à proposta de anacronização da história via montagem cinematográfica. Bibliografia: AGAMBEN, Giorgio. “Aby Wargurg e la scienza senza nome”. In: ____. La potenza del pensiero: saggi e conferenze. Roma: Neri Pozza, 2005. AGAMBEN, Giorgio. “O cinema de Guy Debord” (conferência em Genebra, 1995). Tradução (do francês) de Antônio Carlos Santos (fotocopiado). AGAMBEN, Giorgio. Che cos’è il contemporaneo? Roma: Nottetempo, 2008. AGAMBEN, Giorgio. Image et memoire: écrits sur l’image, la danse et le cinéma. Paris: Desclée de Brouwer, 2004. AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2005. AGAMBEN, Giorgio. Means without end: notes on politics. Translated by Vincenzo Binetti e Cesare Casarino. 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