Incrementando a capacidade institucional dos
Transcrição
Incrementando a capacidade institucional dos
Seminário Internacional de Gestão Pública Recife, Pernambuco – Fevereiro 2014 A atuação do BID no desenvolvimento da gestão publica : Incrementando a capacidade institucional dos Estados do Brasil Francisco Javier Urra Especialista em Modernização do Estado – Gestão Publica Representação do BID no Brasil O BID e a modernização da Gestão Publica no Brasil ao nível estadual: uma parceria de longa data • Anos ‘90: PNAFE, a modernização das administrações fazendárias e tributarias. • Anos 2000: PNAGE, PROMOEX, PROFISCO: – Uma intervenção compreensiva: Gestão Publica, Controle e Fazenda – Um foco nas soluções compartilhadas: um olhar verdadeiramente federativo – Um foco nos estados: a LRF e a importância da modernização das unidades federativas A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 1. Baixa efetividade do sistema de planejamento, informação, monitoramento e avaliação: • 62% dos estados carecem de uma definição de metas e indicadores de desempenho • 52% dos estados carecem de sistemas integrados de planejamento de políticas públicas e com indicadores para medição de metas setoriais • 30% dos estados carecem de sistemas integrados de execução orçamentária, contábil, tributária e financeira • 52% dos estados carecem de mecanismos de coordenação de políticas públicas A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 2. Baixo desempenho dos recursos humanos das administrações públicas estaduais: • 67% dos estados carecem de uma política de gestão de recursos humanos, que contemple a gestão de competências, plano de cargos e carreiras, avaliação de desempenho, e políticas de recrutamento, entre outras • Na maioria dos estados existe uma grande instabilidade nos quadros de pessoal já que apenas 67% dos servidores públicos estaduais ocupam cargos efetivos, o restante trata-se de funcionários “comissionados”, 85% dos quais são oriundos de carreiras de fora do serviço público A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE • • • As secretarias de administração têm 55% de seus servidores como “comissionados”; este percentual é de 39% considerando conjuntamente as secretarias de administração e planejamento (estes percentuais contrastam com 3% a 5% de servidores “comissionados” nas secretarias de educação, saúde e segurança pública) 92% dos estados não conseguiram classificar adequadamente seus servidores de acordo com seu tempo de permanência no serviço público, porque carecem de sistemas de informação adequados para tal Na maioria dos estados, com a informação disponível, se destacou a baixa qualificação e perfil inadequado de seus funcionários A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 3. Ineficiência e ineficácia da gestão dos processos de logística: • Ausência ou falta de integração de sistemas de informação e gestão de processos de logística: 78% dos estados carecem de um sistema de gestão de frota de transporte, 74% carece de uma base de dados completa e atualizada sobre o patrimônio imobiliário, 41% carece de sistemas de compras eletrônicas e 85% carece de sistemas de gestão e avaliação de custos • 52% dos estados carecem de sistemas que integrem as áreas de planejamento com as de controle interno • 67% carecem de um mecanismo de integração entre controle interno e controle externo A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 4. Falta de transparência das ações administrativas: • Cerca de 70% dos estados conta com centros de atenção ao cidadão, com informação sobre a provisão de serviços, porém somente 67% realiza pesquisa de satisfação de usuários nos últimos quatro anos (contados de 2004) • Mais da metade dos estados conta com uma política de transparência e comunicação social (78%); não obstante, o déficit maior está na ausência de mecanismos de participação social em 44% dos estados. • 59% dos estados não possuem códigos de conduta e/ou Comitês de Ética e não existem mecanismos de disseminação de valores éticos em 52% dos estados. A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE • Além disso, 63% dos estados não têm uma política de comunicação com servidores. • 52% dos estados carecem de um mecanismo de articulação com a controladoria geral (“corregedoria geral”) e de divulgação da atuação da mesma • 75% dos estados contam com uma instância de defensoria pública (“ouvidoria”), porém carecem de suficiente autonomia, e somente 32% destas empregam algum mecanismo de divulgação de sua atuação A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 5. Insuficiência e baixa qualidade da informação: • Mais da metade dos estados carece de um plano diretor de informática (63%) e/ou de uma unidade estratégica de gestão de tecnologia da informação -TI (52%), que coordene e avalie ações e promova a integração transversal de processos informáticos. • • • Somente 11% dos estados contam com algum sistema de informação integrado sobre recursos humanos. Predomina na grande maioria dos estados a ausência de sistemas integrados de informação para as funções de planejamento, de orçamento e financiamento, de recursos de TI, e de avaliação de custos. Quase a metade dos estados carece de um ambiente tecnológico adequado; existe uma excessiva heterogeneidade nas redes de dados utilizadas A Gestão Publica dos Estados do Brasil no começo do século XX: o desafio do PNAGE 6. Baixa capacidade para implementar mudanças institucionais: • 75% dos estados carecem de estudos de cultura organizacional, assim como de políticas de disseminação de valores do setor público. • Menos da metade dos estados conta com instrumentos de disseminação, acompanhamento e avaliação de processos de mudança institucional. Áreas de intervenção no PNAGE • • • • • • • 1. Fortalecimento das capacidades de planejamento e de gestão das politicas publicas 2. Desenvolvimento de politicas e da capacidade de gestão de recursos humanos 3. Modernização de estruturas organizacionais e processos administrativos 4. Fortalecimento dos mecanismos de transparência administrativa e de comunicação. 5. Modernizacao da gestão da informação e integração dos sistemas de tecnologia de informação. 6. Desenvolvimento de uma cultura de promoção e implantação da mudança institucional 7. Apoio a cooperação nas áreas de planejamento e gestão. Resultados e lições do PNAGE • • • • Resultados heterogêneos e externalidades Importância Agenda Comum: um êxito federativo Consciência de problemas comuns e o ênfase nas soluções compartilhadas Dificuldade intrínseca na execução: programa e arranjo institucional complexo (MP, BID, Caixa, CONSAD/CONSEPLAN) A fase de transição: o POST-PNAGE • O desafio do impasse: uma nova agenda de avaliação e definição estratégica • Cooperação Tecnica de Apoio à Preparação: ATN/FG-12612 Aprovada em Dezembro do 2010 e assinado pelo MP em Fevereiro do 2012. Estudos: (i) sistemas de planejamento e orçamento, (ii) modelos de organização e regimes de pessoal, (iii) sistemas de gestão de RH, (iv) políticas e modelos de atenção ao cidadão. Intercâmbio de Experiências Internacionais: visitas de estudo, eventos internacionais. Temas propostos: shared-services; gestão identidade; modelos de prestação de serviços; gestão por resultados. Países: USA, Canadá e Chile. Elaboração do Portal, Outros insumos: CT PRODEV – Fundação João Pinheiro (Indicadores); estudos específicos (CT – SEPLAG RJ). A fase de transição: o POST-PNAGE • • • • Seminários e Encontros Técnicos – Seminário Agenda de Gestão Publica União Estados – Brasília Outubro 2012 – Reunião CONSADE, MP, Frente Parlamentar e CONSEPLAN (Goiânia Outubro 2012) Viagens de Boas Praticas – USA, Canada, Chile – Replicabilidade, alinhamento e abrangência (Governos central, estaduais, centros de pesquisa) Consultores BID – Alejandro Barros, Atenção ao Cidadão (Congresso CONSAD de Brasilia) – Jean Shaoul, Parcerias Publico Privadas (CONSEPLAN de S.Paulo e reuniões técnicas no MP) – Ians Anderson, governo baseado em evidencia (CONSAD/CONSEPLAN Gramado 2013 Portal da Gestão Publica O apoio do BID hoje a Gestão Publica dos Estados: Uma Parceria renovada • Uma nova aproximação operativa: uma nova geração de projetos, o PROGEST – Bahia – Planejamento Estratégico, Planejamento Territorial, Orçamento, Monitoreo e Avaliação – Gestão publica, serviço as unidades finalísticas, eficiência da despesa • A parceria federativa a traves de diversas ferramentas: CTs (atual MP, CLEAR), consultores, seminários, iniciativas conjuntas • Os grandes desafios da gestão publica estadual no Brasil hoje : – O foco no cidadão: a prestação de serviços ao cidadão e a participação cidadã na elaboração de politicas públicas. – O foco na eficiência: o aumento da despesa publica. – O foco na transparência e rendição de contas: além da corrupção, ‘accountability for results’