Alterações da polpa, do periápice e do periodonto

Transcrição

Alterações da polpa, do periápice e do periodonto
Disciplina: Patologia Oral
Alterações da polpa, do periápice e do periodonto
Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira
2º Semestre - 2012
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
Diagnós(co FOUFMG ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
POLPA DENTAL Ø  Tecido conjuntivo frouxo, ricamente
vascularizado e inervado.
ž  Em geral, as cavidades da polpa seguem
o contorno dos dentes.
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
FUNCÕES DA POLPA DENTAL: SENSITIVA. NUTRITIVA. FORMATIVA. DEFENSIVA -­‐ INFLAMAÇÃO
PATOLOGIA PULPAR ESTUDA AS ALTERAÇÕES E ENFERMIDADES DA POLPA ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
1.  Pulpite – aguda ou crônica / reversível ou irreversível
2.  Pólipo pulpar – pulpite crônica hiperplásica
3.  Necrose pulpar e consequências 4.  PeriodonFte periapical – aguda ou crônica
5.  Abscesso periapical – celulite, angina de Ludwig
6.  Aumento gengival – hiperplasia associada a drogas, fibromatose gengival
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
ETIOLOGIAS ALTERAÇÕES DA POLPA CÁRIES TRAUMATISMOS Bruxismo Fraturas ABRASÃO Causas químicas • 
Erosão (por ácidos) IATROGENIA •  Provocadas pelo odontólogo. IATROGENIAS Causas térmicas Calor no preparo da cavidade Causas térmicas •  Condução de frio ou calor através de restauracões profundas sem base protetora. CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS PULPARES Ø  PULPITE REVERSÍVEL Ø  PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA Ø  PULPITE IRREVERSÍVEL CRÔNICA Ø  NECROSE PULPAR Ø  DEGENERAÇÃO PULPAR CALCIFICANTE (calcificação pulpar) POLPA SADIA •  SINAIS E SINTOMAS: Polpa vital, sem inflamação, assintomáYca. EXAME CLÍNICO: Resposta normal às provas de sensibilidade EXAME RADIOGRÁFICO NORMAL ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITES
Fundamentos biológicos
§  Processo inflamatório na polpa que tem
uma evolução progressiva
§ A intensidade da dor não é proporcional à
intensidade da inflamação
§  Pode ser reversível
§ A polpa dental tem potencial de reparo
PULPITES
PATOGÊNESE
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITES
CLASSIFICAÇÕES
CONFORME O QUADRO CLÍNICO OBSERVADO
•  AGUDA OU CRÔNICA
•  LOCALIZADA OU GENERALIZADA
•  INFECTADA OU ESTÉRIL
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITES
CLASSIFICAÇÕES
CONFORME AS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS (SINAIS)
•  PULPITE REVERSÍVEL
•  PULPITE IRREVERSÍVEL
•  PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA OU ULCERADA
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITES
CLASSIFICAÇÕES
CONFORME AS CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
•  PULPITE AGUDA SEROSA
•  PULPITE AGUDA PURULENTA
•  PULPITE CRÔNICA (HIPERPLÁSICA OU ULCERADA)
PULPITES
Diagnóstico
Inflamação Pulpar
v  Dor provocada
sem exposição pulpar
v  Dor espontânea
v  Dentes com exposição pulpar
Avaliação do processo
inflamatório
Selamento da cavidade
Ca (OH)2
por cárie
traumática
TESTES CLÍNICOS
TESTES CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO – POLPA VITAL
  Sangramento
§  abundante
§  vermelho vivo
  Consistência
§  resistente ao corte
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITE REVERSÍVEL Pulpite aguda serosa
Ligeira inflamação da polpa na tentaFva de se defender contra o agente agressor Hiperemia (pulpite focal reversível) PULPITE REVERSÍVEL SINAIS E SINTOMAS Não há dor espontânea. Resposta rápida e aguda. EXAME CLÍNICO •  Provas de sensibilidade posiYvas •  Obturações fraturadas ou mal adaptadas •  Cáries •  AO EXAME RADIOGRÁFICO: PULPITE REVERSÍVEL •  Histopatologia: Reações inflamatórias
leves a moderadas, limitadas na área dos
túbulos dentinários.
•  PULPITE AGUDA SEROSA
•  Observa-se dentina reparadora, interrupção da camada
odontoblástica, vasos dilatados, líquido edematoso e
presença moderada de neutrófilos.
PULPITE REVERSÍVEL Hiperemia e Congestão pulpar PULPITE REVERSÍVEL PULPITE AGUDA SEROSA
• Exsudato produzido é aquoso, límpido e pobre em células
PULPITE REVERSÍVEL PULPITE REVERSÍVEL •  TRATAMENTO: •  Eliminação da causa da irritação •  Cáries: eliminação e restauração do dente. •  Tratamento restaurador recente: ajustar a oclusão para eliminar o trauma oclusal PULPITE REVERSÍVEL TRATAMENTO: •  Devemos permiYr que o dente se recupere durante várias semanas antes de considerar a necessidade de um tratamento endodônYco. ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITE IRREVERSÍVEL PULPITE IRREVERSÍVEL Polpa encontra-­‐se vital, inflamada, mas sem capacidade de recuperação, mesmo quando eliminado os es^mulos externos que provocam o estado inflamatório. Polpa dentária PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA SINAIS E SINTOMAS: ESTADO INICIAL: •  Dor aguda e acentuada após esbmulo térmico •  ConYnua após cessado o esbmulo •  Varia com mudanças posturais •  Localizada pelo paciente PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA ESTADO AVANÇADO: •  Dor constante, persistente e intensa •  Generalizada •  Aumenta com calor e diminui com frio PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA •  EXAME CLÍNICO: •  Sensibilidade pulpar posiYva •  ETIOLOGIAS: •  Cáries •  Trauma oclusal (abrasão, erosão, atrição, abfração) •  Materiais irritantes PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA ACHADOS RADIOGRÁFICOS: •  Possível espessamento do espaço do ligamento periodontal. •  Radiolucidez da coroa compabvel com cáries profundas e com compromeYmento pulpar PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA HISTOPATOLOGIA DA PULPITE AGUDA Reação inflamatória produz microabscessos A polpa, tratando de se defender, cobre as áreas de microabscessos com tecido conjunFvo fibroso. PULPITE IRREVERSÍVEL AGUDA TRATAMENTO •  EndodonYa = “tratamento do conduto” ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PULPITE CRÔNICA Resultam da ação de irritantes de intensidade moderada, incapazes de produzir
rapidamente a morte pulpar.
Polpa comunica-­‐se com o meio bucal Fenômenos inflamatórios instalam-se
com lentidão, sobrevindo tardiamente
a mortificação pulpar
PULPITE CRÔNICA •  A medida que os exsudatos são formados, vão sendo drenados para o exterior •  Sintomas atenuam-­‐se e a morte pulpar requer algum tempo para ocorrer •  Concomitantemente, surgem reações periapicais SINAIS E SINTOMAS: •  Dor leve •  Aumenta com alterações térmicas •  Aumenta com a pressão sobre o tecido pulpar exposto PULPITE CRÔNICA EXAME CLÍNICO: •  Provas de sensibilidade posiYvas •  Cáries de longa evolução e exposição pulpar •  Traumas •  Restaurações profundas PULPITE CRÔNICA •  Pode-­‐se notar uma área de drenagem através da comunicação cariosa •  Redução da pressão interna e da dor PULPITE CRÔNICA EXAME RADIOGRÁFICO: HISTOLOGIA DA PULPITE CRÔNICA •  A inflamação se estabelece com lenFdão. •  Os fenômenos vasculares são moderados, dando ensejo às reações proliferaFvas, podendo notar-­‐se áreas de reparação e, outras de necrose ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
A PULPITE CRÔNICA pode apresentar duas formas disFntas: PULPITE ULCERATIVA
PULPITE HIPERPLÁSICA
PULPITE CRÔNICA ULCERATIVA: - A superfície da polpa, em contato com o meio bucal, transforma-se em úlcera
tópica de aspecto granuloso e que sangra facilmente.
-  Encontramos nesse local uma zona ulcerada e abaixo dela uma barreira leucocitária.
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Inflamação produzida pela polpa devida a uma exposição cariosa extensa em dentes jovens Caracterizada por tecido de granulação recoberto algumas vezes por epitélio resultante da irritação PÓLIPO PULPAR PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA SINAIS E SINTOMAS: •  Dor nula ou leve quando o
pólipo pulpar é pressionado
•  Possível hemorragia na
mastigação
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA EXAME CLÍNICO e RADIOGRÁFICO: •  Pacientes com polpas jovens •  Crescimento vegetante do tecido pulpar •  Provas de hipersensibilidade posiYvas •  Grande destruição coronária, reação periapical PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Pulpite crônica hiperplásica Pulpite crônica ulcerada PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Histopatologia •  O tecido de granulação é um tecido conjunYvo vascular jovem •  Contém macrófagos, linfócitos, fibroblastos e vasos. •  Fibras nervosas podem ser encontradas na superjcie epitelial. PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA TRATAMENTO: •  EndodonYa convencional em ápices fechados •  Apicigênese e endodonYa convencional em ápices abertos ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
Necrose pulpar -­‐ Morte da polpa -­‐ Pode ser total ou parcial, dependendo do envolvimento total ou parcial da polpa Necrose pulpar SINAIS E SINTOMAS •  Assintomático
•  Pode apresentar descoloração do dente
•  Se for parcial pode responder ligeiramente aos estímulos térmicos
•  Acesso à câmara é indolor e pode ser reconhecido pelo odor
Necrose pulpar DIAGNÓSTICO •  A necrose total não produz dor •  Não existe mobilidade •  Palpação e percussão nega9vas NECROSE PULPAR -­‐ HISTOPATOLOGIA •  Tecido pulpar necróYco possui bactérias •  Pode provocar inflamação periapical zonas de tecido necró(co coexis(ndo com zonas de tecido vital NECROSE PULPAR -­‐ HISTOPATOLOGIA NECROSE PULPAR -­‐ HISTOPATOLOGIA Necrose Pulpar
TRATAMENTO: •  pulpectomia e obturação dos condutos radiculares Necrose Pulpar - Complicações
ALTERAÇÕES DA POLPA, DO PERIÁPICE E DO PERIODONTO
PATOLOGIA PERIAPICAL FIM DA PRIMEIRA PARTE 

Documentos relacionados

PULPOPATIAS

PULPOPATIAS Pulpite Focal Reversível (Hiperemia) Estímulos

Leia mais

Princípios biológicos do tratamento endodôntico de dentes com

Princípios biológicos do tratamento endodôntico de dentes com Em uma lesão de cárie dentinária, a simples difusão dos produtos bacterianos pelos túbulos dentinários é suficiente para desencadear um processo inflamatório pulpar, ou seja, a polpa se inflama ant...

Leia mais

Urgências Pulpares

Urgências Pulpares -Pode provir de uma pulpite aguda anterior ou no curso próprio das alterações crônicas; -Dor não é fator proeminente; -Causada por cárie ou trauma que resulte em exposição pulpar.

Leia mais

Alterações pulpares e periapicais Pulp and periapical

Alterações pulpares e periapicais Pulp and periapical Neste estágio inicial de inflamação, a polpa está sob agressão; todavia, se o agente patogênico for removido, apresenta condições de voltar ao estado de normalidade. Clinicamente, o paciente acusa ...

Leia mais