Relatório e Contas Consolidadas 2009 - Grupo Auto

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Relatório e Contas Consolidadas 2009 - Grupo Auto
RELATÓRIO DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
REFERENTE À ACTIVIDADE
E CONTAS CONSOLIDADAS
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RELATÓRIO DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE
E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2009
Como no ano anterior, nos termos do parágrafo 6º do
Artigo 508º-C do Código das Sociedades Comerciais,
artigo aditado pelo Decreto-Lei 238/91, o relatório do
Conselho de Administração é apresentado sob a forma de
relatório único.
As notas anexas às Demonstrações Financeiras
Consolidadas, que agora são apresentadas por força
da adopção das Normas Internacionais de Reporte
Financeiro, são muito mais detalhadas do que as que
eram obrigatórias quando os reportes eram feitas
seguindo a disciplina do Plano Oficial de Contas, pelo
que este relatório do Conselho irá ser forçosamente mais
sucinto, não repetindo o que no anexo se evidencia.
O Conselho continuará a manter, em linhas gerais, a
estrutura e a informação do seu relatório como em anos
anteriores, de forma a permitir uma melhor compreensão
da vida societária.
seguros e líquidos, nomeadamente dívida pública e até
notas bancárias; os consumidores retraíram-se, face às
incertezas, e adiaram decisões de compra de casa ou de
automóvel, por exemplo; as fábricas de automóveis (e
não apenas essas) passaram a ter grandes dificuldades
em escoar a sua produção, acumulando muitos stocks
por vender, passando a suscitar desconfiança dos
financiadores e alguns Estados tiveram que intervir
financeiramente; idênticos problemas tiveram as
imobiliárias; a retracção da procura leva os produtores
e prestadores de serviços a baixar os preços e a despedir
pessoas; os despedimentos e as falências aumentaram,
fazendo alastrar o desemprego; o comércio internacional
retraiu, o que criou dificuldades económicas a países
em desenvolvimento, extractores de matérias-primas,
ou fabricantes de produtos de baixa tecnologia; por
fim, e para abreviar, os Estados, tiveram que intervir
nos mercados financeiros, nomeadamente através da
nacionalização, injectando fundos, ou concedendo
garantias, para ressuscitar a confiança e evitar o pânico
financeiro, e tomar para eles investimentos, sobretudo
em infra-estruturas e equipamentos sociais, para
dinamizar a economia, o que deteriorou as finanças
públicas, e tornou os investidores mais selectivos na
tomada de dívida pública.
Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório
do Conselho de Administração relativo à actividade e
Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A.
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a estagnação de 2008. Para essa retracção contribuíram
as três variáveis mais sensíveis à conjuntura: o
investimento que contraiu em 11,7%; as exportações
que reduziram em 12,4% (a registar a contracção mais
expressiva das mercadorias, - 14,2%, que das prestações
de serviços, - 8,6%); e o consumo, sobretudo pela via dos
bens duradouros, que contraiu 0,9%.
O défice externo, que exprime as necessidades de
financiamento externo da economia, determinadas pelo
défice das balanças corrente e de capital, reduziu-se de
10,5% em 2008, para 8,1% em 2009.
Sobretudo a partir do segundo semestre de 2009 podemse constatar sinais de normalização dos mercados e
algum restabelecimento da confiança dos agentes
económicos, designadamente dos consumidores. Os
prémios de risco nos mercados financeiros moderaramse, embora em patamares superiores aos anteriores
à crise. Também é previsível o restabelecimento dos
níveis do comércio internacional, face a um cenário de
recuperação económica e de um clima de confiança.
Na reunião de 4 de Fevereiro o Banco Central Europeu
manteve inalterada a taxa de 1% relativa às operações
principais de refinanciamento e em 1,75% e 0,25% as
taxas da facilidade permanente de liquidez e de absorção
de liquidez. Entre o final de Dezembro de 2009 e meados
de Fevereiro de 2010, as taxas interbancárias diminuíram
ligeiramente: a 15 de Fevereiro de 2010 as “euribores”
para os prazos de um, três, seis e doze meses, situavamse em 0,42%, 0,66 %, 0,96% e 1,22%, respectivamente.
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DESTAQUES
QUADRO MACROECONÓMICO
Em 2009 o desenvolvimento da economia portuguesa
manteve-se ainda fortemente condicionado pela crise
financeira e económica global, que se tem caracterizado
por uma magnitude e extensão, sem precedentes
históricos recentes.
Como é sabido a geração e epicentro dessa crise teve
lugar nos Estados Unidos da América e foi decerto
causada pelo excesso de especulação financeira e por
práticas excessivas e imprudentes de concessão de
crédito. O laxismo financeiro, associado a montagens
financeiras complexas de titularização de créditos,
desresponsabilizou as instituições originadoras
dos créditos, e dispersou, pelo mundo económico
desenvolvido, riscos financeiros associados a “bolhas
especulativas”, sobretudo de créditos imobiliários
gerados nos Estados Unidos. Quando os operadores dos
mercados financeiros, fundos e bancos, designadamente,
começaram a percepcionar um risco latente, ainda que
de extensão, profundidade e contornos não totalmente
determinados, foi-se gerando um clima de desconfiança
generalizado. Quando todos tentam vender ao mesmo
tempo e desaparecem os compradores “os prémios de
liquidez e de risco, de repente, disparam para níveis sem
precedentes”.
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Um dos primeiros sinais significativos da crise financeira
verificou-se nos mercados interbancários de dívida, cujos
“spreads” dispararam, para além da elevada relutância e
selectividade com que os bancos se dispunham a ceder
fundos entre eles. Alguns acontecimentos despertaram
as atenções e despoletaram reacções em cadeia: em
Agosto de 2007 o Banque Nacional de Paris impede
os resgates em três fundos de investimentos por ele
geridos; em Setembro de 2007, em Inglaterra, dá-se a
corrida aos depósitos do Northern Rock; Nos Estados
Unidos verificou-se no início de 2008 o afundamento
do sistema dos “auction-rate security” montado pelo
Lehman Brothers, em 1984, que no seu apogeu atingiu
US$ 400 biliões de fundos para financiamento. O pânico
foi-se alargando e o sistema de financiamento das
economias apenas não colapsou devido à intervenção
dos bancos centrais e dos Estados das principais
economias do mundo.
O alastramento e aprofundamento da crise foi
produzindo consequências negativas, quer do ponto de
vista financeiro, quer económico: os bancos não sabendo
o que fazer ao dinheiro, passaram a depositá-lo nos
bancos centrais (pratica inusitada), o que corresponde
a retirar moeda da economia; para além disso os
bancos passaram a ser mais restritivos e exigentes
quanto às condições e beneficiários dos seus créditos;
os aforradores, por seu lado, procuraram activos mais
No quadro económico global em que o país está inserido,
o Banco de Portugal, no seu Boletim Económico de
Outono 2009, embora reconhecendo que à significativa
deterioração conjuntural “se justapôs a uma situação
estrutural (da economia nacional) caracterizada pela
persistência de algumas fragilidades que condicionam
a evolução da produtividade dos factores”, reconhece
contudo na economia portuguesa “vários elementos de
robustez, com destaque para a ausência de uma situação
de sobrevalorização dos preços do mercado imobiliário
e para a manutenção de uma posição relativamente
favorável do sistema bancário, no quadro europeu – em
termos de rendibilidade, liquidez e solvabilidade”.
Em 2009, o PIB português terá retraído em 2,7%, após
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Após uma década de estabilidade do “índice harmonizado
dos preços no consumidor” (IHPC) em torno dos 3%,
verificou-se uma pronunciada desaceleração, a partir do
final de 2008, para valores negativos a partir do primeiro
trimestre de 2009. Em 2009 ter-se-á verificado uma
redução de preços, medidos pelo IHPC, de 0,9%, o que é
inédito nas últimas três décadas, e que é expressivo das
convulsões económicas por que se tem passado. A redução
dos preços verificou-se, quer nos bens energéticos, como
nos não energéticos, que caíram respectivamente em 8%
e 0,2%. Segundo o Banco de Portugal a inflação será
positiva em 0,7% em 2010, aumentando para 1,6% em
2011.
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trimestre de 2008. O acréscimo de desempregados, em
variação homóloga no último trimestre, foi de 23,7%.
Contrariamente ao que ocorreu em 2008, em que se
verificou um aumento total do emprego em 1,3%, no
último trimestre de 2009 o nível do emprego total
diminuiu em 3%, face ao trimestre homólogo (-4,4% no
emprego masculino e 1,3% no feminino).
A crise económica e financeira teve também repercussão
pesada na execução orçamental, com a receita fiscal do
Estado a registar uma diminuição homóloga de 14,8%
até Outubro. A colecta de IRS registou neste período
um aumento de 0,6%, mas a transferência para as
autarquias, no mês de Outubro, ao abrigo da Lei das
Finanças Locais, determinou uma redução de 4,6%. O
IRC conheceu uma retracção de 23,7%, a colecta do IVA
reduziu em 21,4%, e o Imposto sobre Veículos decresceu
26,4%. A despesa corrente primária do Estado cresceu
4,2% no período até Outubro. Como consequência, em
Outubro de 2009, o défice do Estado ascendia a €11.674
milhões, contra os €4.901 milhões no mesmo período
do ano anterior. Este agravamento substancial do défice
despoletou uma decisão do Ecofin relativo à verificação
de um défice excessivo a Portugal, que implica a tomada
de medidas correctoras do défice e da dívida, ao longo do
período 2010 a 2013. A estimativa do défice do Estado,
em 2009, é de 9,3% do PIB e o rácio da dívida de 76,6%.
De acordo com a proposta da Lei do Orçamento do
Estado para 2010 o objectivo do défice do Estado está
projectado para 8,3% e da dívida face ao PIB de 85,4%.
SGPS, S.A. no Banif – SGPS SA” e o “acordo entre a
Rentipar Investimentos, SGPS, S.A. e os Accionistas
Controladores da Tecnicrédito, SGPS, S.A.”, sendo esta
última a holding pessoal do Comendador Horácio Roque,
accionista maioritário do Banif.
A razão desta aliança estratégica, que é realmente uma
associação, não radicou em quaisquer dificuldades de
curto prazo, pois a Tecnicrédito SGPS e o Banco Mais,
mantiveram sempre posições de tesouraria, solvabilidade
e rentabilidade muito confortáveis, tendo passado
incólumes pelas fortes vicissitudes da crise financeira
internacional, que derrubou muitas instituições grandes,
médias e pequenas e que levou a outras serem apoiadas
pelos Estados, com vista a impedir riscos sistémicos
descontrolados, no sistema financeiro mundial.
Contudo ao longo de 2008, e face às evoluções
das economias e dos mercados, os Conselhos de
Administração da Auto-Industrial, e da Tecnicrédito
SGPS/ Banco Mais, tomaram a decisão de diligenciar no
sentido de estabelecer uma parceria estratégica com um
grupo bancário de maior dimensão, que assegurasse o
financiamento adequado da sua actividade e assim lhe
permitisse manter ou reforçar, a presença nos mercados
em que opera, mas também ampliar o espectro das
actividades, para a generalidade dos produtos e serviços
da banca universal, reduzindo o risco de ser um operador
especializado num só produto bancário.
A aliança estratégica que se encetou com o grupo Banif
ficou executada, em termos formais, no passado dia 30
de Setembro, mediante a passagem para a titularidade
do Banif, das 17.500.000 acções representativas da
totalidade do capital social da Tecnicredito.
Em contrapartida, os accionistas da Tecnicredito,
receberam 70.000.000 de acções do Banif e 70.000.000
de “valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis
em acções” (VMOC’s), emitidos por esta entidade e um
valor de acerto contratual em torno de €17.800.000,
calculado nos termos determinados pelo acima referido
contrato de integração.
A detenção das acções e dos VMOC’s do Banif, que
couberam à Auto-Industrial e aos seus accionistas,
que detinham acções na Tecnicredito SGPS, passou a
ficar concentrada na Auto-Industrial, Investimentos
e Participações SGPS, S.A., com o capital social de
€208.000.000, e cuja maioria do capital e consequente
controlo, pertencem à AI, que nela detém 63,5%.
INCORPORAÇÃO DA TECNICREDITO
NO BANIF SGPS
No quarto trimestre de 2009 a taxa de desemprego
atingiu os 10,1%, que compara com 8% no último
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A 10 de Julho de 2009 a Auto-Industrial S.A. e os Drºs
Manuel Carvalho Fernandes, João Ibérico Nogueira e
Vítor Farinha Nunes, accionistas da Tecnicredito SGPS
e administradores da mesma, outorgaram com o Banif
SGPS um “ contrato relativo à integração da Tecnicrédito,
Em consequência destas operações de mercado, o
Banif passou a incorporar integralmente no seu grupo
a Tecnicredito e, em contrapartida, a Auto-Industrial
passou a ser o segundo maior accionista do Banif, após
a Rentipar, que mantém a sua posição de accionista
maioritário da sociedade.
A integração da Tecnicredito no Banif poderá ser muito
positiva para os grupos que agora se juntam, tendo essa
aliança estratégica sido acolhida favoravelmente nos
mercados financeiros e de capitais, designadamente
em notas de “research”. A Tecnicredito vai beneficiar
da integração num grupo financeiro vocacionado para
a banca universal e para a actividade seguradora e de
gestão de activos e o Banif beneficiará da especialização
da Tecnicrédito no crédito ao consumo e do seu forte
nível de solvabilidade. As sinergias entre os dois grupos,
e os seus respectivos accionistas, são significativas e
poderão potenciar oportunidades acrescidas de “cross
seling”.
Ambos os grupos têm demonstrado capacidades para se
expandirem em mercados externos, o que constituirá um
adicional patamar de oportunidades.
Após as operações de aumento de capital decorrentes da
integração da Tecnicredito, e de um aumento de capital
realizado pelos anteriores accionistas de €70 milhões
o Banif SGPS fechou o balanço com Capitais Próprios
(deduzidos de interesses minoritários) de 941,8 milhões
de euros e com lucros resultados líquidos consolidados
de 54,1 milhões de euros, dos quais 25 milhões foram
gerados pela Tecnicredito SGPS.
AQUISIÇÃO DE NOVO EDIFICIO
EM COIMBRA
A 30 de Setembro de 2009 a Auto-Industrial adquiriu
um imóvel na Estrada de Eiras, Pedrulha, em Coimbra,
ocupando uma área de 4.722m2, e com área construída
de cerca de 9.800 m2, pelo preço de €2.459.375.
Para o espaço em questão está apresentado um estudo
prévio na Câmara Municipal de Coimbra, tendo em vista
concentrar no novo edifício as marcas que o Grupo Auto
Industrial representa em Coimbra.
Admite-se que as obras do dito edifício possam iniciar-se
em Setembro/Outubro de 2010 e ficarem concluídas um
ano após o seu início.
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VENDA DO TERRENO DE CRUZ
DE MOUROÇOS
Este terreno era propriedade da Auto Industrial desde os
finais dos anos setenta, e tem uma área de 21.874,7m2.
Foi adquirido para local de construção de novas
instalações para o sector automóvel da AI em Coimbra,
chegando a ter sido elaborado um projecto para umas
instalações integradas. Contudo tendo-se encetado
negociações para a aquisição do imóvel da Pedrulha,
localização e estrutura consideradas bastante mais
favoráveis, optou-se por essa alternativa. O terreno de
Cruz de Mouroços foi então vendido aos vendedores do
imóvel da Pedrulha também a 30 de Setembro de 2009,
por 1,25 milhões de euros. A decisão da sua alienação
prendeu-se com o facto de deixar de ter interesse
estratégico para o negócio automóvel, e por se conjugar
uma oportunidade interessante de permutar o mesmo
com o edifício das Faianças Subtil. 30/4/10 4:41 PM
VENDA DE LOJA EM LEIRIA
Através de escritura de compra e venda, realizada a 18
de Dezembro de 2009, a Auto-Industrial alienou o stand
situado em Leiria na Av. Mouzinho de Albuquerque,
que estava afecto à marca Opel, pelo preço €555.000.
O referido stand deixou de ter utilidade uma vez que no
edifício do Alto do Vieiro foi aproveitada uma área para
aí realizar obras de adaptação para um novo salão de
exposição para a marca Opel, com grande visibilidade
e nas instalações integradas. Tal teve a vantagem de
concentrar toda a actividade Opel no mesmo local,
sendo alienado um activo sem interesse funcional para
a actividade.
SÍNTESE DOS RESULTADOS
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Em 2009 o Grupo Auto-Industrial (AI) vendeu 7.440
automóveis novos (- 24,6%) e 5.613 automóveis usados
(+ 12,5%). Dos novos, 5.013 foram vendas a retalho
(- 5%) e dos usados 2.424 foram vendas a particulares
(+ 1,7%). A quase estabilização das vendas a retalho,
num ano em que o mercado de veículos ligeiros decresce
em 26%, constitui um desempenho satisfatório da
empresa. As quebras significativas foram nas vendas a
rent-a-car (- 65%), onde a margem é diminuta e estão
em alguma medida associadas a compromissos de
recompra, e também a gestoras de frotas (- 26%).
Para além dos aspectos meramente quantitativos (e
simplicista) das unidades vendidas, há que destacar
evoluções positivas em termos dos aspectos qualitativos
da actividade do retalho automóvel. A pressão da
oferta de carros vinha sendo muito excessiva para
os distribuidores, que vinham suportando custos
exorbitantes das existências e fortes riscos de mercado,
com a desvalorização de modelos há muito em stock.
Um dos factores decisivo para a sustentabilidade
da produção e distribuição auto, e também de
descompressão da oferta excessiva, foram os incentivos
ao abate. O gráfico abaixo fala por si.
Para além dos aspectos ambientais os incentivos
aos abates dinamizaram a procura de automóveis,
favorecendo também a produção e o emprego, num
quadro de forte crise económica.
Outro factor positivo, no sentido de atenuar o excesso de
oferta de carros no mercado, foi a redução significativa
de vendas a rent-a-car que passaram de 25.810, no
ano anterior, para 10.944 em 2009 (- 57,6%). Essas
vendas estão em larga medida associadas a acordos de
recompra, num prazo curto, vindo alimentar o mercado
de “semi novos” o que tem vindo a representar um risco
significativo para os operadores dada a proximidade
com o preço dos novos, conjugada com as campanhas e
promoções das marcas.
Outro adquirente e utilizador temporário de automóveis,
são as “gestoras de frotas”, embora em períodos de médio
prazo (dois a três anos). Após a sua normal utilização,
os automóveis voltam ao mercado pelos circuitos de
distribuição disponíveis: leilões, comerciantes de usados
e mesmo a venda directa em locais próprios. Neste
mercado do aluguer operacional tem-se verificado
a tendência de períodos mais longas dos contratos,
bem como a sua prorrogação para além do período
inicialmente contratado, reduzindo também a pressão
da oferta nos circuitos habituais. Em 2009 as vendas às
gestoras de frota foram de 26.347 unidades, menos 28%
que no ano anterior.
Outro importante factor de descompressão do mercado
foi a redução das importações paralelas de automóveis
usados passageiros: 43.145 em 2008, para 21.935 em
2009 (-49%). A redução teve sobretudo a ver com o
novo modelo de fiscalidade automóvel que teve especial
impacto nos modelos de maior cilindrada: Mercedes:
-6774 unidades, -64%; Smart: -1.264 unidades, -42%;
Volkswagen: -2889 unidades, -66%; Audi: -4.531
unidades, -68%; BMW -1983 unidades, -35%).
Da conjugação dos diversos factores que determinaram e
condicionaram o mercado de automóveis no nosso país,
e em particular a retracção dos Bancos em financiar o
sector automóvel e os rent-a-car, decorreram sobretudo
as seguintes consequências:
• Redução dos stocks de automóveis novos para venda,
com redução dos encargos financeiros e do risco de
mercado;
• Redução dos stocks de semi-novos e usados para
venda;
• Decréscimo generalizado das vendas;
• Melhoria das margens de comercialização;
• Atenuação do risco de mercado;
• Redução significativa das comissões de crédito.
No grupo Auto-Industrial verificou-se a redução da
facturação de automóveis novos em 20%, mas, em
contrapartida, a margem bruta dos automóveis novos
decresceu apenas em 7%, pelo que se verificou o
aumento da margem percentual de novos de 5,14%,
para 6,02%, o que é sobretudo explicado pela redução
drástica das vendas aos rent-a-car e, em menor medida,
às gestoras de frotas.
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Nos usados verificou-se o aumento facturação em 16%
(sobretudo devido às vendas ao comércio), mas a margem
bruta gerada nos usados cresceu em 50%. As condições
de comercialização de carros usados conheceram uma
importante melhoria, decorrente sobretudo da diminuição
da pressão da oferta. Em consequência, verificou-se o
aumento da margem bruta sobre as vendas dos usados,
de 2,29% para 2,96%.
Devido aos diversos condicionalismos dos mercados
financeiros, ao incremento significativo do risco de
crédito e a um novo quadro legal do crédito ao consumo
que entrou em vigor em 1 de Julho de 2009, a receita das
comissões de crédito no grupo AI reduziu-se em 36%,
provavelmente em linha com o mercado geral.
Com a operação de integração da Tecnicredito SGPS, no
Banif SGPS, a AI deixou de deter uma posição de controlo
sobre o seu grupo financeiro, passando a ter uma posição
potencial de cerca de 21% no Banif SGPS.
Em termos consolidados (com exclusão do grupo
financeiro) a facturação do Grupo AI passou de €297,2
milhões, para €266,5 milhões, correspondente a uma
variação negativa de 10,3%.
A prestação de serviços atingiu os €13,5 milhões, uma
variação homóloga negativa de 1,72%. Apesar da
cessação da actividade da divisão de rent-a-car da AI, que
perdeu em 2009 cerca de €1,3 milhões de facturação para
o exterior, em variação homóloga, e da redução relevante
das comissões de crédito, ambas incluídas na rubrica
da prestação de serviços, incrementos importantes no
sector dos serviços oficinais quase compensaram aquelas
relevantes perdas.
A margem da venda de mercadorias melhorou de 8,23%
para 8,47%, devido sobretudo à melhor margem obtida
nas vendas de automóveis novos e usados, e também,
eventualmente, devido a alterações do mix de vendas.
Os proveitos suplementares e outros (sobretudo bónus
e rappel das diversas marcas) tiveram de novo uma
variação positiva de 3,65%, para €4,86 milhões, embora
em desaceleração face ao crescimento de 15,22% do
ano passado. Estes níveis de bónus obtidos implicam
bons desempenhos face aos objectivos das marcas que
decorrem dum posicionamento competitivo positivo no
âmbito da rede de distribuidores de cada marca.
As despesas operacionais, que no ano anterior já
tinham reduzido em 0,35%, retraem agora em 5,51%,
para €31,4 milhões, uma redução importante de €1,83
milhões em 2009. Em consequência, o peso das despesas
operacionais sobre a margem bruta total passa de 81,9%
para 81,43%, o que constitui uma nota positiva de
eficiência operacional do grupo. O rácio do Resultado
Operacional Bruto da exploração (EBITDA), sobre as
vendas, melhora de 2,47% para 2,69%.
As amortizações do imobilizado tiveram uma relevante
quebra de 10,78%, para €3,875 milhões, decorrente
sobretudo da venda, ao longo do ano, da frota do rent-
a-car (- €300.000) e da total reintegração, em 2008, de
vários bens do activo, dos quais se destacam o Edifício
do Alto do Vieiro e a pintura do Edifício da Av.Fernão de
Magalhães.
Muitíssimo relevante na transfiguração dos resultados
da AI, no exercício a que se refere este relatório, é
a rubrica de ajustamentos e provisões. No exercício
anterior verificou-se um ajustamento negativo ao activo
de €3.400.000, relativo ao crédito sobre uma empresa do
grupo, sendo que no exercício de 2009 os ajustamentos
ao activo foram de €393.281, relativos a vários créditos
correntes de clientes do grupo.
Os encargos financeiros correntes do grupo AI
melhoraram substancialmente, passando de €4,58
milhões em 2008, para €2,9 milhões em 2009 (- 36%,
em variação homologa, quando em 2008 tiveram um
incremento de 32%). A principal causa desse efeito
foi a redução significativa das necessidades de fundo
de maneio, decorrente da redução substancial das
existências de automóveis novos e usados, que no
exercício de 2008 tinham atingido valores exorbitantes.
Adicionalmente a esse factor, a redução das taxas de
juro, iniciada pelo Banco Central Europeu, em Outubro
de 2008, foi-se transmitindo, ao longo de 2009, aos
mercados dos financiamentos corporativos, reduzindo os
respectivos custos.
Em contrapartida os resultados financeiros dos
rendimentos de capitais reduziram em 13,7%, para o
valor de €2.630.997.
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Os resultados extraordinários, que em 2008 foram
negativos em €362.047, passaram a ser positivos em
2009, no valor de €1.469.239, sobretudo devido à venda
de imobilizado. Embora não sendo resultados recorrentes,
contribuem para a boa expressão dos resultados finais
de 2009 e geraram liquidez, que parcialmente contribuiu
para a aquisição do imóvel na Estrada de Eiras, Pedrulha,
em Coimbra, que passará a constituir o principal pólo
da actividade de distribuição automóvel, do grupo em
Coimbra.
Após a provisão relativa aos impostos sobre os lucros, o
grupo Auto-Industrial, antes da integração da holding
financeira, que se referirá de seguida, encerrou o
exercício de 2009 com um lucro líquido de €3.307.782,
que compara com o prejuízo do ano passado (também
sem o sector financeiro) de €2.458.576. Foram resultados
muito positivos e meritórios.
RENÚNCIA DO DR. FRANCISCO LUCAS
Fazemos uma referência ao facto do Dr. Francisco José
da Cunha Lucas, ao passar à situação de reforma, ter
renunciado no passado mês de Novembro, ao cargo de
Administrador da Auto-Industrial e das Sociedades do
Grupo, tendo sido cooptado em sua substituição, o Dr.
Miguel da Cunha Lucas.
Realçamos e agradecemos, a valiosa colaboração do Dr.
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Francisco Lucas durante os anos que esteve na AutoIndustrial, primeiro como Presidente do Conselho Fiscal
e posteriormente, desde 1994 como Administrador.
AUTO-INDUSTRIAL, INVESTIMENTOS E
PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA.
Esta sociedade gestora de participações sociais, já se
encontrava constituída no grupo Auto-Industrial desde o
ano 2000 e no âmbito da associação estratégica ao Banif,
constituiu importante instrumento de estruturação
dessa operação. Com efeito as participações da AutoIndustrial, SA e dos seus accionistas, no capital da
Tecnicredito SGPS, S.A. foram concentradas na AI SGPS,
mediante uma operação de aumento de capital em
espécie, associada ainda a uma contribuição em dinheiro
por parte da AI (€32.500) também a título de aumento de
capital. Após o aumento de capital a AI SGPS ficou com
o capital social de €208.000.000 e a AI passou a deter
63,4% do capital da AI SGPS e os accionistas individuais
os restantes 36,5%.
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Coube pois à AI SGPS executar o aumento de capital
em espécie do Banif SGPS, mediante a entrega das
14.851.250 acções da Tecnicredito SGPS, S.A. Em
contrapartida a AI SGPS recebeu 59.405.000 de acções
do Banif SGPS e 59.405.000 de VMOC’S (valores
mobiliários obrigatoriamente convertíveis) também
emitidos por esta entidade. Os estatutos da AI SGPS
foram reformulados (para além do aumento de capital)
a fim de os adequar à nova função desta sociedade, e a
sede mantém-se na Av.Fontes Pereira de Melo nº 14-12º,
em Lisboa.
Para além das acções e VMOC’s do Banif a AI SGPS
receberá uma quantia de acerto final da transacção de
€15.100.008, nos termos do contrato celebrado a 10 de
Julho de 2009, entre os accionistas controladores da
Tecnicredito SGPS e o Banif SGPS.
Em 2009 a AI SGPS encerrou com um resultado líquido
de €303.142,38
MERCADO
AUTOMÓVEL
MERCADO EUROPEU
Depois de em 2008 se ter registado na Europa o nível
mais baixo de vendas de automóveis novos ligeiros de
passageiros dos últimos 15 anos, em 2009 as vendas
voltaram a cair. A queda foi de 1,6 % tendo passado dos
cerca de 14,7 milhões de novos automóveis ligeiros de
relatorioAI09-AF.indd 8-9
passageiros vendidos em 2008 para cerca de 14,5 milhões
em 2009. De referir que estes números abrangem todos
os 25 países da União Europeia, bem como os 3 países
da EFTA.
Considerando apenas os países da parte ocidental da
União Europeia (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia,
França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,
Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e da
EFTA (Islândia, Noruega e Suíça), em 2009 foram vendidos
13,3 milhões de automóveis ligeiros de passageiros,
uma ligeira variação positiva de 0,5% em relação ao
ano anterior. Este aumento foi particularmente sentido
no segundo semestre, essencialmente pelo efeito da
implementação em diversos mercados europeus de
programas estatais de incentivo à renovação do parque
automóvel.
Nos países membros da União Europeia, situados no
leste da Europa (Bulgária, República Checa, Estónia,
Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia
e Eslovénia), a queda nas vendas foi bastante acentuada,
tendo sido de – 26,6% em 2009. De referir que, em 2008,
nestes países, a queda do mercado automóvel tinha sido
de apenas 0,7%.
Analisando o mercado de automóveis de passageiros
na Europa Ocidental, não houve um comportamento
uniforme, tendo havido países que registaram evoluções
positivas, com destaque para a Alemanha (+23,2%),
França (+10,7%) e a Áustria (+8,8%). As medidas de
apoio ao abate de viaturas antigas na compra de novas
explicam, em grande parte, estas variações positivas.
Nos restantes países registaram-se variações negativas
nas vendas com destaque, pela negativa, para a Irlanda
(-62,1%), Finlândia (-35,2%), Dinamarca (-25,3%),
Portugal (-24,6%) e Holanda (-22,5%).
Os cinco maiores mercados da Europa Ocidental
continuam a ser a Alemanha, o Reino Unido, a Itália,
a França e a Espanha. Em conjunto estes países
representaram, em 2009, cerca de 82% das vendas de
automóveis ligeiros na Europa Ocidental, de referir que
esse peso aumentou 4% em relação ao ano anterior.
ALEMANHA
Em 2009, o principal mercado europeu registou uma forte
subida nas vendas, +23,2 %, que se traduziu na venda
de mais 717 mil automóveis novos. Este significativo
aumento deve-se ao incentivo de 2.500€ para o abate
de viaturas com mais de 9 anos na aquisição de nova
viatura. O mercado alemão, com 3,8 milhões de unidades
vendidas, tem um peso de 28% nas vendas europeias de
automóveis ligeiros de passageiros.
FRANÇA
O mercado francês foi em 2009 o segundo mercado
mais importante da Europa, de referir que em 2008 este
mercado era o quarto mais importante, registando vendas
inferiores à Itália e ao Reino Unido. No ano em análise,
este mercado cresceu 10,7%, tendo sido vendidos 2,2
milhões automóveis ligeiros de passageiros contra os 2,0
milhões registados em 2008. O mercado francês viu a
sua quota no mercado europeu passar de 15 para 17%.
FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS
GRUPO VOLKSWAGEN
Quanto ao desempenho dos fabricantes de automóveis
na Europa Ocidental o Grupo Volkswagen (VW) mantêm
a liderança, com 3 milhões de viaturas ligeiras de
passageiros vendidas, um acréscimo de 0,7% que se
traduziu num aumento da quota de mercado de 20,7%
para 21,1%. A marca Volkswagen vendeu mais 4,8% em
relação ao ano anterior, tendo sido vendidos, no ano em
análise, 1,6 milhões de automóveis desta marca, que
continua incontestavelmente a marca mais vendida na
Europa. Quanto às outras marcas do Grupo VW, a Audi
e a Seat baixaram as vendas, respectivamente, 7,8%
e 5,8%, enquanto que no caso da Skoda as vendas
aumentaram 4,1%.
ITÁLIA
Ao contrário dos dois anteriores mercados, o mercado
automóvel italiano registou uma ligeira redução de 0,2%
nas vendas, tendo sido vendidas, em 2009, 2,1 milhões
unidades. Esta diminuição traduziu-se na diminuição nas
vendas de cerca de 3.700 automóveis. O mercado italiano
manteve a sua quota de 16% do mercado europeu.
REINO UNIDO
Em 2009 o mercado britânico de automóveis ligeiros de
passageiros registou 1,9 milhões de viaturas vendidas,
um decréscimo de 6,4% em relação ao ano anterior.
O mercado britânico representou 15% das vendas do
mercado europeu, uma perda de 1% em relação à quota
atingida em 2008.
ESPANHA
Pelos motivos já sobejamente conhecidos, a economia
espanhola tem sentido com particular intensidade os
efeitos da actual crise económico-financeira, tendo o
mercado automóvel sofrido uma nova queda de – 17,9%,
recorde-se que em 2008 essa queda tinha sido maior,
-28,1%. Com cerca de 953 mil automóveis ligeiros de
passageiros vendidos em 2009, o mercado espanhol
deixou de vender cerca de 208 mil automóveis em relação
ao ano anterior. Consequentemente o mercado espanhol
perdeu peso no mercado europeu, tendo passado de uma
quota de 9% para 7%. O mercado espanhol tem vindo
a perder relevância comparativamente aos restantes
mercados europeus, recorde-se que em 2007 este
mercado tinha um peso de 11%.
PORTUGAL NO MERCADO EUROPEU
De referir que dos 18 países que compõem o mercado
automóvel de ligeiros de passageiros da Europa
Ocidental, Portugal mantêm o 12º lugar em termos de
vendas, ultrapassando apenas a Irlanda, a Finlândia, a
Noruega, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Islândia. Deste
modo, o peso do mercado português é de apenas 1,2%
do mercado europeu.
9
GRUPO PSA
O Grupo PSA, que abrange as marcas Peugeot e Citroën,
manteve quota de mercado praticamente inalterada
12,9% tendo as vendas permanecido praticamente
inalteradas em relação a 2008. Esta quota traduziu-se
em 1,8 milhões de viaturas vendidas em 2009. A marca
Peugeot registou uma quebra de 1,3% nas vendas,
passando de 1 milhão para 995 mil viaturas vendidas
em 2009. A quota de mercado da Peugeot permaneceu
6,9%. Performance oposta para a marca Citroën, cujas
vendas tiveram um incremento de 1,4%, tendo sido
vendidas, em 2009, 870 mil viaturas. Em termos de quota
de mercado, esta marca registou 6,0% em 2009 contra
5,8% no ano anterior.
GRUPO FORD
O Grupo Ford continua a ser o terceiro grupo mais
importante em vendas na Europa com cerca de 1,5
milhões de viaturas vendidas em 2009, registando uma
subida, superior ao mercado, de 2% em relação ao ano
anterior, tendo a respectiva quota de mercado passado
de 9,9% para 10,3%. Este grupo inclui as marcas Ford e
Volvo. A marca Ford é responsável por 86% das vendas
deste grupo na Europa. Esta marca vendeu no ano em
análise cerca de 1,3 milhões de viaturas, mais 4,1%
relativamente às vendas de 2008, a quota de mercado
também cresceu tendo-se fixado em 8,9%. De referir, o
decréscimo de 9,3% nas vendas europeias da Volvo.
30/4/10 4:41 PM
GRUPO RENAULT
Em 2009, o Grupo Renault (Renault e Dacia) sobe uma
posição no ranking de vendas de automóveis ligeiros
de passageiros na Europa, sendo agora, por troca
com o Grupo GM, o quinto grupo de fabricantes mais
importante. O Grupo Renault registou um incremento
de 3,9% nas vendas, tendo vendido 1,3 milhões de
automóveis. Este ganho deve-se ao forte crescimento
das vendas da marca Dacia, +29,2%, recorde-se que em
2008 esse crescimento tinha também sido significativo,
+40%. Esta marca, direccionada para os consumidores
mais sensíveis ao preço, vendeu 238 mil automóveis,
representando 18% das vendas do Grupo Renault. A
marca Renault vendeu cerca de 1 milhão de automóveis,
um decréscimo de 0,4%, ao qual correspondeu uma
quota de mercado de 7,6%, praticamente idêntica à do
ano anterior.
GRUPO GENERAL MOTORS
10
O ano de 2009 foi indiscutivelmente um ano de grande
turbulência e incerteza para a GM. Sendo o maior
fabricante de automóveis nos Estados Unidos e o terceiro
maior fabricante mundial, a GM sentiu com particular
intensidade a crise financeira mundial iniciada em
2008, os reflexos desta crise na economia evidenciaram
algumas das debilidades deste fabricante e tornaram
imperiosa a necessidade de adequar a empresa ao novo
quadro económico. Em 1 de Junho de 2009 a GM declarou
falência nos Estados Unidos, ao abrigo do Capítulo 11
(mecanismo legal de protecção para reestruturação de
empresa falida). Com o forte apoio do governo norteamericano, em 10 de Julho de 2009 surge a “nova”
General Motors Company, criada a partir das operações
mais fortes da “velha” GM. Através de uma venda de
activos aprovada judicialmente em 5 de Julho, a “nova”
GM assenta em quatro marcas principais (Chevrolet,
Cadillac, Buick e GMC), numa estrutura de custos mais
competitiva, numa posição forte de liquidez e numa nova
cultura e organização empresarial assente na rapidez de
decisão e num maior foco no cliente. Esta “nova” GM é
detida maioritariamente pelo Departamento do Tesouro
dos Estados Unidos.
Esta “reestruturação” da GM, teve um forte impacto
nas suas operações europeias originando durante o ano
de 2009 grandes incertezas relativamente ao futuro da
marca Opel/Vauxhall. Inicialmente a intenção da GM
foi vender estas operações, tendo se perfilado, como
principal candidato à aquisição, um consórcio liderado
pela Magna. Em Setembro de 2009 a GM chegou a
acordar com esse consórcio, e com a aprovação do
governo alemão, a venda de 55% do capital da Opel.
No entanto, em 3 de Novembro houve um volte face
nessas negociações, tendo o Conselho de Administração
da GM decidido manter na sua esfera as marcas Opel
e Chevrolet, as razões para este desfecho assentaram,
na melhoria significativa do quadro financeiro global da
GM e no reconhecimento da importância destas marcas
no âmbito da estratégia mundial da GM (forte posição
destas marcas no mercado europeu, papel decisivo da
Opel no desenvolvimento de novas tecnologias e novos
modelos).
Pelos motivos atrás expostos, inevitavelmente, o Grupo
relatorioAI09-AF.indd 10-11
GM (Opel/Vauxhall, Chevrolet e Saab) registou em
2009 uma quebra de 8,7% nas vendas. Mesmo assim
uma quebra inferior à que se tinha registado em 2008,
que foi de 14,7%. Este Grupo vendeu 1,28 milhões de
viaturas, em 2009, o que se traduziu numa redução das
vendas em cerca de 122 mil viaturas, relativamente ao
ano anterior. Consequentemente, o Grupo GM baixou a
sua penetração no mercado, que corresponde agora a
uma quota de 8,9% contra os 9,6% do ano homólogo.
A marca Opel/Vauxhall, que representa 83% das vendas
do Grupo, sofreu uma quebra de 7,8% nas vendas,
tendo sido vendidas 1 milhão de viaturas Opel/Vauxhall
em 2009. Apesar de tudo, as perspectivas para a Opel
em 2010 são bastante positivas devido ao lançamento
do novo Opel Astra, um dos modelos com maior peso
nas vendas da Opel. As vendas da marca Chevrolet
subiram 5,5%, um crescimento acima do mercado e que
demonstra a crescente importância desta marca no seio
da GM. Foram vendidos cerca de 190 mil automóveis
Chevrolet, no entanto esta marca ainda tem um peso
pouco significativo no mercado europeu com uma quota
de 1,3%. Dentro de todo este quadro negativo, referência
para a forte queda nas vendas da Saab, -59,1%, a este
facto não será alheia a intenção pública da GM em
vender esta marca no inicio de 2010.
GRUPO FIAT
O Grupo Fiat (Fiat, Lancia, Alfa Romeo, Ferrari e Maserati),
registou um aumento de 6,3% nas vendas, tendo-se
aproximado bastante do nível de vendas do Grupo GM.
Com 1,25 milhões de viaturas vendidas, o Grupo Fiat
vendeu apenas 29 mil viaturas a menos que o Grupo GM.
Esta marca tem vindo nos últimos anos a reforçar a sua
quota de mercado, em 2006 a quota era de 7,6% e em
2009 foi de 8,7%. Neste Grupo, a marca Fiat representa
81% das vendas, a Lancia 10% e a Alfa-Romeo 9%.
Em 2009, todas estas marcas registaram incrementos
positivos nas vendas: +6,1% na Fiat, +6,6% na Lancia e
+8,1% na Alfa Romeo.
GRUPO TOYOTA
O Grupo Toyota (Toyota e Lexus) é agora o sétimo
fabricante no ranking de vendas europeu, em 2008
estava em nono lugar. Tendo vendido cerca de 730 mil
automóveis, uma variação negativa de 4,7% em relação
ao ano anterior, o grupo Toyota teve em 2009 uma quota
de 5% do mercado.
GRUPO BMW
As vendas do Grupo Bmw (Bmw e Mini) baixaram 13,6%,
tendo sido vendidas 708 mil viaturas. Consequentemente
a sua quota de mercado baixou de 5,6% para 4,9%. A
marca Bmw representou, neste grupo, 81% das vendas e
as restantes 19% pertenceram à marca Mini. Com uma
quota de mercado de 4% a marca Bmw decresceu 15,4%
nas vendas. Relativamente à marca Mini, as vendas
apenas baixaram 5,5% às quais correspondeu uma quota
de mercado de 0,9%.
GRUPO DAIMLER
Em 2009, o Grupo Daimler (Mercedes-Benz e Smart)
vendeu 689 mil automóveis. Este Grupo, que apresenta
uma quota de mercado de 4,8%, viu as suas vendas baixar
13%, valor similar ao principal concorrente directo, o
grupo Bmw. A marca mais importante deste Grupo, a
Mercedes-Benz representa 86% das vendas. A marca
Mercedes-Benz apresentou uma variação negativa de
13,8% nas vendas, esta variação teve impacto na quota
de mercado que passou de 4,7% para 4,1%. As vendas da
Smart também evoluíram negativamente, -7,5%.
deste programa teria tido, sem dúvida, consequências
ainda mais negativas para este mercado. Outro factor
que condicionou negativamente este mercado, foi a
forte quebra nas vendas a empresas de Rent-a-Car.
Tradicionalmente este sector tem um peso considerável
no mercado, no entanto em 2009 foram vendidas apenas
10.500 viaturas, uma quebra de 56% em relação a 2008.
MERCADO PORTUGUÊS
Em 2009 houve uma redução de 25,6% nas vendas de
veículos ligeiros (passageiros e comerciais) no mercado
automóvel nacional. Atendendo a que, como já referimos
atrás, o mercado europeu ocidental cresceu ligeiramente
0,5%, a performance das vendas em Portugal foi
comparativamente mais negativa do que na generalidade
dos outros mercados.
Foram vendidos, durante 2009, em Portugal, 199.886
automóveis ligeiros, no ano anterior esse valor tinha
sido 268.793. Este valor registado em 2009, foi o valor
mais baixo dos últimos 22 anos, sendo necessário recuar
até ao longínquo ano de 1987 para encontrar um nível
de vendas inferior, nesse ano foram vendidos apenas
166.376 automóveis ligeiros. Sendo de recordar que
nessa época as importações de automóveis encontravamse condicionadas pelo Estado.
Deste modo, o mercado automóvel em Portugal continua
a sofrer uma forte retracção devido a conjugação de dois
factores fortemente penalizadores para este mercado: a
crise económica que se faz sentir em Portugal e a elevada
carga fiscal que incide no nosso país sobre a compra e a
utilização do automóvel.
Medidas pontuais para estimular este sector limitaramse apenas ao programa de incentivos ao abate. Sendo
sem dúvida uma medida positiva, fica aquém (em termos
de valores e de abrangência) de outros programas
adoptados com sucesso noutros países europeus.
Vendas de
Automóveis
Ligeiros
em Portugal
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Passageiros
189.792 197.584 206.488 194.702 201.816 213.389 160.996
Comerciais
69.068
71.290
66.638
64.487
68.421
55.404
38.890
Total 258.860 268.874 273.126 259.189 270.237 268.793 199.886
fonte ACAP
Considerando apenas o mercado de automóveis ligeiros
de passageiros, este caiu 24,6%. Em 2009 foram vendidos
160.995 automóveis, enquanto que no ano anterior esse
valor tinha sido 213.389. No mercado de automóveis
ligeiros o segmento de passageiros representa 81% das
vendas. Esta quebra ocorre apesar da existência do já
referido programa estatal de incentivos ao abate de
viaturas antigas, em 2009 foram abatidas cerca de 40 mil
viaturas, ou seja, 25% das vendas de automóveis ligeiros
de passageiros resultaram de abates. A inexistência
O mercado de veículos comerciais ligeiros não escapou à
tendência geral do mercado automóvel tendo registado
uma quebra nas vendas de 29,8%. No ano em análise
foram matriculadas 38.890 unidades, em 2008 tinham
sido matriculadas mais 55.404 unidades.
ANÁLISE POR FABRICANTE
11
O Grupo Volkswagen (VW, Skoda, Seat e Audi), líder
incontestado em vendas no mercado europeu, em
2009 mantêm a liderança em Portugal, com 34 mil
veículos ligeiros (passageiros e comerciais) vendidos a
que corresponde uma quota de mercado de 17,0%. De
referir que as vendas deste grupo decresceram 26%,
acompanhando a tendência geral do mercado. Todas as
marcas deste grupo sofreram variações negativas nas
vendas: -35% na Seat, -31% na Skoda, -25% na VW
e -12% na Audi. De referir que a marca VW representa
45% das vendas do grupo em Portugal.
O Grupo PSA (Citroën e Peugeot), com uma quota de
mercado de 16%, é o segundo fabricante mais importante
a operar no mercado português de automóveis ligeiros.
Em unidades, as vendas caíram 27%, tendo passado para
32 mil unidades. De referir que as vendas da Peugeot
baixaram 29% tendo as da Citroën baixado 25%. Ainda
assim, a marca Peugeot continua a representar 51% das
vendas da PSA em Portugal.
O Grupo Renault (Renault e Dacia) é o terceiro maior
fabricante a operar no nosso país com 24 mil unidades
vendidas em 2009 e uma quota de mercado de 12%.
Relativamente ao ano anterior, as vendas tiveram uma
variação de -27%. A marca Renault representa 98%
das vendas do grupo. As vendas da marca Dacia ainda
são pouco expressivas no nosso país apesar de terem
aumentado 32%.
30/4/10 4:41 PM
O Grupo Ford (Ford e Volvo) ocupa agora a quarta
posição por troca com a GM. Com uma quota de mercado
de 9,3% este grupo vendeu cerca de 18 mil automóveis,
tendo registado um decréscimo de 17% em relação às
vendas do ano anterior. A marca Ford, com uma quota de
mercado de 7,6% representa 90% das vendas do grupo
sendo os restantes 10% atribuíveis à marca Volvo que
vendeu cerca de 2 mil automóveis.
Na quinta posição está o Grupo General Motors (Opel,
Chevrolet e Saab) com uma quota de mercado de
8.7% contra 11,1% em 2008. Foi sem dúvida um ano
bastante negativo para o Grupo G.M. pelos motivos
já referidos atrás na Análise do Mercado Europeu por
Fabricantes. O mercado português não foi excepção,
tendo as vendas deste grupo caído drasticamente 41,5%.
Assim venderam-se apenas cerca de 17 mil automóveis.
Para esta enorme redução, a maior descida entre os
fabricantes em análise, contribuiu apenas a Opel. Pelos
motivos já referidos, a Opel registou uma redução nas
vendas de 49%, tendo vendido apenas cerca de 13 mil
viaturas, em 2008 tinha vendido 26 mil. Como seria de
esperar a quota de mercado da Opel também sofreu uma
fortíssima erosão, tendo passado de 9,8% para 6,7%. De
referir que a Opel em Portugal tem um peso de 77% nas
vendas da GM. Destaque positivo para a Chevrolet cujas
vendas voltaram a crescer, +16% em 2009, com 3.900
viaturas vendidas a quota de mercado desta marca subiu
de 1,3% para 2%.
12
Os restantes fabricantes apresentaram em 2009 uma
quota de mercado inferior a 2 dígitos, destacando apenas
aqueles com quem o Grupo Auto-Industrial possui
parceria comercial: o Grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo e
Lancia) atingiu uma quota de mercado de 7,3% (em 2008
foi de 6,1%) e registou uma descida nas vendas de 11%;
o Grupo Daimler (Mercedes-Benz e Smart) com 5,6% de
quota de mercado e uma descida nas vendas de 15%;
o Grupo Bmw (Bmw e Mini) com uma quota de 4,4%
e uma redução nas vendas de 24%; e para finalizar, o
Grupo Chrysler (Chrysler, Dodge e Jeep) com uma quota
de 0,4% mas com uma redução nas vendas de apenas
1,7% devido à excelente performance da marca Dodge,
cujas vendas subiram 46%.
ANÁLISE POR MARCA E MODELO
Analisando o mercado de automóveis ligeiros de
passageiros na perspectiva de cada marca, constatamos
que houve algumas alterações no ranking de vendas das
principais marcas.
A liderança do mercado nacional de veículos ligeiros de
passageiros continua a ser assumida pela Renault, com
18.657 unidades vendidas e uma diminuição nas vendas
de 26% em relação a 2008. Neste mercado, a Renault
possui em Portugal uma quota de 11,6%. Pertence à
Renault o modelo mais vendido em Portugal, o Mégane.
Este modelo vendeu 9.494 unidades a que corresponde
5,9% de quota de mercado. O segundo modelo mais
importante da Renault é agora, por troca de posição com
o Mégane, o Clio com 6.177 unidades vendidas e uma
quota de mercado de 3,8%. O Clio é o quinto modelo
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mais vendido em Portugal.
Em 2009, as vendas da Volkswagen, apesar de baixarem
21%, permitiram-lhe passar de terceira para a segunda
marca mais vendida em Portugal. A VW vendeu 13.727
automóveis tendo aumentado também a quota de
mercado de 8,2 para 8,5%. O modelo mais vendido da
VW é agora o Golf, com 7.020 unidades vendidas. Este
modelo registou uma quebra de apenas 1,5% nas vendas,
apresentando uma quota de mercado de 4,4%.
A Ford protagonizou uma das maiores subidas no
ranking de vendas nacional tendo passado da quinta
para a terceira posição. A razão desta subida deve-se
ao facto das vendas da Ford terem baixado menos que
o mercado e menos que os concorrentes mais directos,
as vendas da Ford baixaram apenas 19%. A quota de
mercado desta marca passou de 7,6 para 8,2%, ou seja,
foram vendidas 13.189 unidades. O modelo mais vendido
da Ford é agora o Fiesta. Este modelo é o terceiro modelo
mais vendido em Portugal com 6.522 unidades e uma
quota de 4,1%, e um fantástico crescimento de 92% nas
vendas. O outro modelo importante da Ford é o Focus,
ocupando o décimo primeiro lugar no ranking de vendas
com 3.357 unidades matriculadas.
A Peugeot continua a ser a quarta marca mais vendida,
com 11.476 viaturas vendidas, tendo sofrido uma redução
de 32% nas vendas em relação ao ano anterior. A Peugeot
possui uma quota de mercado de 7,1%, de referir que
em 2008 era de 7,9%. O modelo mais importante desta
marca em Portugal é o Peugeot 207. Este modelo é o
sexto modelo mais vendido no nosso país com 4.546
unidades vendidas e 2,8%.
A Citroën, é a quinta marca mais vendida em Portugal,
tendo vendido 10.442 veículos ligeiros de passageiros,
uma variação negativa de 30% a que corresponde uma
quota de mercado de 6,5 %. Nesta marca, os modelos
mais vendidos são, respectivamente, o C3 e o C1. O C3
representou 2.097 unidades vendidas e o C1 registou
2.095 unidades. As quotas de mercado de cada modelo
rondam os 1,3%.
Em 2009, a Opel registou uma dramática queda de
46% nas vendas, perdendo o estatuto de segunda
marca mais vendida em Portugal. A esta sexta posição
correspondem 10.043 unidades vendidas, tendo a quota
de mercado passado de 8,7% para 6,2%. Os motivos para
este desempenho francamente negativo já foram atrás
referidos e encontram-se muitos deles já ultrapassados,
pelo que as perspectivas para 2010 são bastante mais
animadoras (ligação à GM, equilíbrio financeiro, novos
produtos, etc.). O modelo Corsa é o principal responsável
pelas vendas da marca, sendo o oitavo modelo mais
vendido em Portugal com 4.281 unidades vendidas. Este
modelo registou um decréscimo nas vendas de 49% em
relação 2008. O Corsa representou no ano em análise
2,7% do mercado. O segundo modelo mais importante
da Opel é o Astra, este modelo ocupa a décima posição
no ranking das vendas nacional. Trata-se de um modelo
cuja renovação foi efectuada em meados de Dezembro
pelo que os efeitos nas vendas do novo Astra ainda não
se fizeram sentir. Assim, o Astra vendeu 3.377 unidades
tendo registado uma queda nas vendas de 59%, o que
muito contribuiu para esta performance negativa da
marca Opel. De referir que a quota de mercado do Astra
passou de 3,8 para 2,1%.
Relativamente à performance comercial, em 2009, das
outras marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial:
a Fiat cresceu em quota de mercado, de 4,6 para 5,1%
tendo vendido 8.208 automóveis, um decréscimo de
17%; a Bmw, reduziu as vendas em 25% tendo vendido
7.558 automóveis ligeiros de passageiros, aos quais
corresponde uma quota de mercado de 4,7% (idêntica
à do ano anterior); as vendas da Mercedes-Benz caíram
apenas 3% tendo aumentado a quota de mercado de
3 para 4,3%, totalizando 6.862 unidades vendidas; as
vendas da Chevrolet contrariaram a tendência negativa
do mercado tendo sofrido um novo impulso de 16% (em
2008 o crescimento tinha também sido positivo, + 10%),
ao vender 3.934 automóveis esta marca aumentou a
quota de mercados de 1,6 para 2,4%; a Smart reduziu
as vendas em 18%, apesar disso a quota de mercado
subiu ligeiramente de 1,5 para 1,6%, as vendas totais
foram 2.547 automóveis; a Mitsubishi registou também
uma queda nas vendas, -30%% nas vendas, tendo visto
a quota de mercado baixar ligeiramente para 1,4%, a
marca vendeu 2.282 automóveis; a Alfa-Romeo, por
efeito do novo modelo Mito aumentou as vendas em 16%
tendo praticamente duplicado a quota de mercado, que
se situa agora em 0,7%; as vendas da Lancia, baixaram
apenas 4%, ocupando uma quota de mercado de 0,5%;
a Dodge, ainda sob o efeito do monovolume Dodge
Journey, aumentou as vendas em 46%, apresentando um
quota de 0,2% do mercado; a Chrysler com uma quota
de mercado de 0,04% registou grande quebra de 66%
nas vendas; no mesmo sentido, a Jeep baixou as vendas
em 79%, apresentando agora uma quota de mercado
muito pouco expressiva neste segmento, de referir
que 98% dos modelos desta marca são vendidos como
comerciais ligeiros sendo a análise anterior feita apenas
para os veículos ligeiros de passageiros.
Breve referência ao mercado de automóveis ligeiros
comerciais, onde a Renault, com uma descida de
34% nas vendas e 5.130 unidades vendidas, perdeu a
liderança deste mercado para a Citroën. Recorde-se que
este mercado sofreu uma quebra de 29.8%. O novo líder
Citroën, vendeu 5.394 automóveis, tendo a sua quota de
mercado passado de 11,2 para 13,9% apesar das suas
vendas terem baixado 13%. A Peugeot é a terceira marca
mais importante deste mercado com 4.683 unidades
vendidas e uma quota de mercado de 12%. Com um nível
de vendas bastante próximo, menos 245 veículos, surge
a Fiat. De referir que as vendas desta marca baixaram
apenas 5%. Destaque negativo para a Opel, segunda
marca mais vendida em 2008, que agora ocupa o sétimo
lugar nas vendas com apenas 3.318 matrículas, uma
quebra de 57% e uma redução na quota de mercado de
14 para 8,5%.
Os modelos de comerciais ligeiros de mercadorias mais
vendidos em Portugal são: em primeiro lugar o Citroën
Berlingo com 3.075 unidades, em segundo o Renault
Kangoo com 2.317 unidades, em terceiro lugar o Peugeot
Partner com 1.956 unidades, em quarto o Ford Transit
com 1.861 unidades vendidas, em quinto o Renault Clio
Societé com 1.585 unidades e em sexto o Opel Corsa
Van. Em conjunto, estes seis modelos representam 32%
do mercado de veículos ligeiros comerciais.
Em termos de chassis: 53% dos veículos comerciais
ligeiros vendidos em 2009 são derivados de ligeiros,
31% são furgões, 11% são pick-ups, os restantes 4% são
outros chassis.
ANÁLISE POR SEGMENTO
Para concluir esta abordagem ao mercado automóvel
nacional em 2009 iremos analisar os respectivos
segmentos.
O segmento Económico (A), representa 7% do mercado
total com 11.450 unidades vendidas, tendo registado
uma diminuição nas vendas, de 2008 para 2009, de 14%.
O modelo mais vendido continua a ser o Smart Fortwo
com 2.547 unidades representando 22% das vendas
deste segmento. Destaque também para o Citroën
C1 com 2.095 unidades e para o Fiat 500, com 1.535
unidades vendidas. De referir, que estes três modelos
foram responsáveis por 54% das vendas neste segmento.
O segmento Inferior (B), que em 2008 era o segundo
mais importante do mercado, em 2009 passa a ser o
maior segmento em volume de vendas. Com 55.796
unidades vendidas este segmento representa 34,7% do
mercado. Relativamente ao ano anterior, o volume de
vendas deste segmento diminuiu 24%. Neste segmento
o modelo mais vendido foi o Ford Fiesta com 6.522
unidades logo seguido do Seat Ibiza com 6.198 unidades
e do Renault Clio com 6.177 unidades vendidas. Estes três
modelos possuam uma quota de mercado no segmento,
respectivamente, de 11,7%, 11,1% e 11,0%.
13
O segmento Médio-Inferior (C) é agora o segundo
segmento no mercado nacional, tendo registado um
nível de vendas muito semelhante ao anterior segmento.
Este segmento C é responsável por 34% das vendas no
mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este
valor representou em 2009 a venda de 54.648 unidades
contra as 75.276 unidades vendidas no ano homólogo,
um decréscimo de 27%. O Renault Mégane, que como
já referimos anteriormente é o modelo mais vendido
em Portugal, lidera este segmento com uma quota de
17% e 9.494 unidades vendidas. O VW Golf ocupa a
segunda posição com 7.020 unidades vendidas e uma
quota de 13%. O Nissan Qashqai com uma quota de
7% vendeu 3.622 unidades. O Peugeot 308 representa
6% do segmento com 3.404 unidades vendidas. De
destacar neste segmento a venda de 821 automóveis
híbridos (Honda Insight e Toyota Prius) apesar do peso
no segmento ainda ser baixo 1,5%.
30/4/10 4:41 PM
Citroën Picasso com 1.173 unidades vendidas, pelo Ford
S-Max com 1.013 unidades e pelo Renault Scénic com
973 unidades vendidas.
ACTIVIDADE
COMERCIAL
AUTOMÓVEIS NOVOS
O segmento Médio–Superior (D), manteve o seu peso
no mercado total, 12,6%, totalizando 20.219 unidades
vendidas. Em relação a 2008 as vendas deste segmento
decresceram 25%. Este segmento continua a ser
comandado pelo Audi A4 com 2.881 unidades vendidas.
O segundo modelo mais vendido é o BMW série 3, com
2.871 unidades vendidas, seguido do Mercedes-Benz
classe C, com 2.516 unidades, do VW Passat com 1.629
automóveis vendidos e do Opel Insignia com 1.602
unidades matriculadas. Os modelos atrás referidos são
responsáveis por 57% das vendas do segmento.
14
O segmento Superior (E), diminui 11% em 2009. Neste
ano foram vendidas 3.963 viaturas, representando este
segmento 2,5% do mercado. Este segmento é agora
liderado pelo Mercedes E com 1.738 unidades vendidas.
O Bmw série 5, modelo em fim de ciclo e cuja nova versão
está prevista para final do 1º trimestre de 2010, registou
1.184 viaturas vendidas. Estes 2 modelos dominam por
completo o segmento com uma quota conjunta de 74%.
O segmento Luxo (F) com apenas 820 unidades vendidas,
manteve o seu reduzido peso de 0,5% do mercado total.
As vendas de automóveis de luxo baixaram 28%. Na
liderança está agora o Bmw série 7 com 211 unidades
vendidas e 26% de quota no segmento, logo seguido
do Mercedes-Benz S com 143 automóveis vendidos e
uma quota de 17% e do Mercedes-Benz CLS com 120
matrículas e 15% de quota. Os restantes modelos,
registaram níveis de vendas inferiores a 90 unidades. De
referir que a Mercedes-Benz e a Bmw representam, em
conjunto, 71% das vendas neste segmento.
Em 2009 as vendas de viaturas novas no Grupo foram
142,5 milhões de euros, um decréscimo de 20% em
relação à facturação do ano anterior.
As operações de retalho automóvel do Grupo AutoIndustrial venderam 7.440 automóveis ligeiros novos,
um decréscimo de 24,6% em relação às 9.868 unidades
comercializadas no ano anterior. Globalmente o
desempenho comercial foi menos negativo do que
seria expectável, atendendo a que as vendas do Grupo
baixaram menos que o mercado, recorde-se que o
mercado caiu 25,6 %. Esta redução das vendas de
automóveis novos menor que a registada no mercado
traduziu-se num ligeiro aumento da quota de mercado
do Grupo no mercado automóvel nacional de 3,6 para
3,7%.
Cerca de 77% das vendas de automóveis do Grupo são
de veículos ligeiros de passageiros sendo os restantes
veículos comerciais. De referir que as vendas de
automóveis ligeiros de passageiros no Grupo decresceram
23,4% enquanto que no caso dos veículos comerciais as
vendas baixaram 28,3%. Atendendo a que o mercado
de ligeiros de passageiros baixou 24,6% e o de ligeiros
comerciais caiu 29,8%, a performance comercial do
Grupo foi, de facto, mais positiva que o mercado.
relatorioAI09-AF.indd 14-15
As operações Opel, Chevrolet e Isuzu do Grupo, a AutoIndustrial S.A., a Auto-Industrial Porto Lda. e a Central
Parque S.A., registaram vendas de 2.369 viaturas, uma
descida de 48% face ano homólogo. As vendas em
todas estas operações desceram, sendo de referir as
performances, menos negativas do que o mercado, da
Auto-Industrial em Coimbra (-19%) e na Figueira da
Foz (-21%). No Grupo Auto-Industrial as vendas da Opel
baixaram 59%, esta quebra deveu-se em grande parte
à redução muito substancial das vendas a empresas
de Rent-a-Car (-81%) e a grandes frotistas (-68%),
as vendas a retalho, geradoras de maiores margens,
acabaram por cair apenas 19%. Deste modo, dado que a
queda nas vendas do Grupo foi superior à queda de 49%
nas vendas da marca, o peso do grupo A.I. nas vendas
da Opel passou de 16 para 15%. A marca Opel, face às
marcas Chevrolet e Isuzu, representa 86% das vendas
destas operações do Grupo. Destaque positivo para as
vendas da Chevrolet no Grupo A.I. que subiram 55%,
uma subida superior à subida de 16% da marca, o peso
das vendas do Grupo nas vendas totais da Chevrolet
subiu de 5 para 7%.
vendeu mais 17% que no ano anterior. O peso das vendas
dos concessionários Mercedes-Benz do Grupo nas
vendas totais Grupo passou a de 7 para 11%. Nas vendas
da Mercedes-Benz, o Grupo possui agora um peso de
9% contra os 6% registados em 2008. De referir que a
marca Smart representa 12% das vendas totais destas
operações, tendo estas vendas caído 42% em 2009.
A operação Renault do Grupo, a Gilauto S.A., vendeu 514
viaturas, menos 11% que no ano anterior. Esta descida
nas vendas da Gilauto foi inferior à do mercado e à do
próprio importador Renault, que foi de -28%. Deste
modo o peso da Gilauto nas vendas da Renault passou
de 1,7 para 2,1%. As vendas da Renault têm uma quota
de 7% nas vendas totais do Grupo, sendo assim a quarta
marca em vendas.
A Garagem de Santa Cruz Lda, operação Citroën do
Grupo em Coimbra e com um ponto de venda no Porto
integrado na C.A.M., registou uma redução nas vendas
de 11%, tendo vendido 441 unidades. As vendas globais
da marca apresentaram uma tendência de queda mais
acentuada, -25%. Assim, a Garagem de Santa Cruz em
2008 aumentou a sua quota nas vendas da Citroën para
2,8%.
A A.Brás Heleno S.A., concessão Bmw e Fiat, registou
o terceiro ano de actividade no seio do Grupo AutoIndustrial tendo vendido 518 unidades, um aumento
bastante positivo de 7%. Este aumento explica-se
pelo início em Janeiro de 2009 da Concessão Fiat em
Leiria. Cerca de 66% das vendas da A.Brás Heleno são
atribuíveis à Bmw, possuindo esta concessão um peso
de 4,6% nas vendas do importador. No ano de arranque
da nova concessão Fiat a A.Brás Heleno vendeu 174
viaturas desta marca.
15
A União Eborense Lda, concessão Fiat, Lancia e Alfa
Romeo em Évora, aumentou ligeiramente o seu nível de
vendas, 217 unidades vendidas em 2009, um aumento
de 2%. Em conjunto com a A.Brás Heleno, as vendas
da Fiat no Grupo aumentaram 78% tendo se situado
nas 364 unidades. O peso do Grupo nas vendas da Fiat
duplicou, sendo agora 2,9%.
A EUA Lda, concessão Chrysler, Jeep e Dodge em Braga,
vendeu 84 viaturas em 2009, um incremento nas vendas
de 4%. As vendas a nível nacional do importador
baixaram cerca de 2%. O peso das vendas da EUA nas
vendas do importador é agora de, 10% no caso da Jeep,
10% na Chrysler e 9% na Dodge.
Quanto ao segmento de viaturas SUV (G), este foi o único
segmento cujas vendas aumentaram. As vendas deste
segmento representam 3,4% do mercado com 5.481
unidades vendidas em 2009. As vendas neste segmento,
registaram uma subida de 13% em relação ao ano
anterior. Os modelos mais vendidos são os novos Peugeot
3008/4007 com 9616 unidades vendidas, seguidos pelos
Audi Q5/Q7, com 830 unidades e pelos Bmw X1/X3/X5
com 776 veículos vendidos.
O segmento Monovolumes (H), perdeu vendas, tendo
vendido menos 40% em 2009. No total foram vendidos
8.836 automóveis monovolumes, sendo o peso do
segmento no mercado de 5,4%. Este é dominado pelo
decréscimo de 7%. Este decréscimo é devido à queda nas
vendas a clientes Frotistas, sendo de referir que as vendas
a retalho da C.A.M. subiram cerca de 5%. Pela primeira
vez na história do Grupo A.I. a marca mais vendida no
Grupo deixou de ser uma marca da G.M. passando a ser
a Ford. As vendas da Ford representam agora cerca de
30% das vendas do Grupo contra os 27% da Opel. As
vendas da Ford na C.A.M. baixaram 6% tendo a marca
baixado mais do dobro, -18%, deste modo o peso do
Grupo nas vendas da Ford em Portugal subiu para 13%.
As vendas da Mitsubishi no Grupo baixaram 14% sendo
a quota do Grupo de 3,8% nas vendas da marca. A marca
Mitsubishi é distribuída apenas através da C.A.M. no
Porto, representando 17% das respectivas vendas.
A operação Ford e Mitsubishi do Grupo, a C.A.M.
S.A., teve um desempenho relativamente melhor que
o mercado, com a venda de 2.386 viaturas novas, um
As operações Mercedes-Benz e Smart do Grupo, a
Mercentro S.A. e a Sodicentro Lda., venderam, no período
em análise, 911 unidades, um acréscimo bastante
positivo de 4% relativamente ao ano anterior. De
destacar o crescimento de 11% nas vendas da Operação
de Leiria. Geograficamente a repartição de vendas dos
concessionários do Grupo foi feita do seguinte modo:
42% em Leiria, 36% em Aveiro e 22% em Coimbra.
Considerando apenas as vendas Mercedes-Benz, o Grupo
AUTOMÓVEIS USADOS
O mercado nacional de automóveis usados teve uma
redução de 6,6% em relação ao ano de 2008, tendo
atingido em VLP (veículos ligeiros de passageiros)
548.571 unidades, menos 38.907 unidades que no ano
anterior.
O desempenho da Auto-Industrial, com um aumento de
30/4/10 4:41 PM
16,2% em número de unidades que passaram de 3294
para 3826, foi excelente.
No conjunto, o Grupo Auto-Industrial, apresentou um
aumento de 12,5% das unidades vendidas de 4.989
para 5.613 e um aumento de facturação de 11% para
um valor de 47,9 milhões de euros, o que representa um
muito bom desempenho.
Análise das Vendas de Automóveis Usados no Grupo Auto-Industrial
2006 2007 2008 2009
2006
vs
2005
2.569 2.612 2.384 2.424
115
4,7
43
Comércio
3.408 3.315 2.605 3.189
+ Trânsito
381
12,6
496
9,0
Retalho
Total
5.977 5.927 4.989 5.613
%
2007
vs
2006
%
2008
vs
2007
1,7 -228
%
2009
vs
2008
%
-8,7
40
1,7
-93
-2,7 -710 -21,4
584
22,4
-50
-0,8 -938 -15,8
624 12,5
16
PEÇAS E ACESSÓRIOS
Em 2009 a facturação de peças e acessórios foi de 40,8
milhões de euros representando um aumento de 2,3 %
em relação a 2008.
As margens unitárias médias mantiveram-se em
baixa, fruto do excesso de oferta no mercado, do
desenvolvimento das linhas de material de qualidade
equivalente e ainda pela alteração dos programas de
bónus de objectivos comerciais das várias marcas.
No sector de material e equipamento agrícola, a
facturação foi de 3,2 milhões de euros, um valor idêntico
ao alcançado em 2008, que se fica a dever a um ano
agrícola fraco e que provocou uma quebra generalizada
na nossa actividade de peças.
A rotação de existências foi de 3,9 rotações por ano.
Na Auto - Industrial, verificou-se um aumento de 3%,
com as vendas a atingirem 16,94 milhões de Euros.
SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
A renovação dos acordos com os nossos principais
clientes e as acções de fidelização e conquista de clientes
lançadas ao longo do ano, permitiram-nos atingir uma
facturação de serviços (só mão de obra) de 11,8 milhões
de Euros o que corresponde a um aumento de 0,3 %,
num ano de abrandamento significativo da actividade
económica.
IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
AGRÍCOLAS
O mercado de tractores atingiu 5.207 unidades, a que
corresponde em termos de matrículas um decréscimo
de 11,6%, com -5,4% no segmento dos compactos a
que corresponderam 1626 unidades e de -14,1% no
segmento dos convencionais.
Verifica-se uma redução do mercado total de 37,7%
entre 1998 e 2009.
Destacamos o facto de termos assinado um contrato
de distribuição para Portugal e Ilhas, que entrou em
vigor no dia 1 de Dezembro de 2009, da conceituada
marca de tractores Landini, que muito nos vai apoiar no
desenvolvimento deste sector de actividade nos anos
futuros.
Os Tractores Kubota distribuídos por Tractores Ibéricos,
tiveram um desempenho muito positivo tendo atingido
as 653 unidades que compara com 687 unidades do ano
anterior, representando uma diminuição de 5 %, sendo
que a quota de mercado passou de 11,7% para 12,5%.
A Fendt cresceu 5,4% para 78 unidades, a que
correspondem 1,5 % de quota de mercado, e a Claas
(tractores), viu as suas vendas reduzirem-se, atingindo as
39 unidades a que correspondeu uma quota de mercado
de 0,74%.
Refere-se que as marcas Fendt e Claas, só possuem
tractores competitivos acima de 100-120 cv e portanto
o mercado onde operam, baixou de 12,2% do mercado
relatorioAI09-AF.indd 16-17
total para 10,3% o que aplicado ao MTM com a quebra
que se verificou levou este segmento > 100 cv a
representar 538 unidades no ano.
No total o Grupo, atingiu no mercado de tractores 770
unidades que comparam com 809 unidades em 2008 e a
quota de mercado passou de 13,7% para 14,7%.
Se considerarmos as unidades Landini, conceituada
marca de tractores que passámos a distribuir a partir de
1 de Dezembro de 2009, o nosso desempenho passaria
a ser: 944 unidades a que corresponderia uma quota de
mercado de 18,1%
O mercado total de Ceifeiras debulhadoras atingiu as 5
unidades, o que não altera a situação já verificada nos
anos de 2007 e 2008, não tendo sido feita nenhuma
venda de ceifeiras Claas em 2009.
As vendas de Ensiladoras auto-motrizes, mantiveram em
2009 o mesmo número de 2008, 2 unidades, não tendo
sido vendida nenhuma unidade Claas.
Quanto ao sector de equipamentos agrícolas, em
que o Grupo distribui (através das três operações)
as prestigiadas marcas: Kuhn, Lemken, Kverneland,
Amazone, Stara, Joskin e McHale, o comportamento
continuou a ser muito positivo e melhor do que o
estimado para o mercado em geral.
Há que referir no sector de tratamento de espaços
verdes, a Wiedenmann, que com a Kubota - jardinagem
profissional, é distribuída por Tractores Ibéricos, têm
continuado a afirmar-se num mercado muito deprimido
principalmente nos “greens”, como uma marca de
topo e com um bom potencial de desenvolvimento
no tratamento profissional de relvados de campos
desportivos.
IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
MOTORES MARÍTIMOS E INDUSTRIAIS
No ano de 2009 a actividade da Motolusa, devido
à recessão do sector náutico de lazer e profissional,
bem como da construção civil e obras públicas, que
são grandes clientes de motores e peças, a facturação
passou para 2,82 milhões o que representa uma redução
de 3,4%.
No entanto devido a correcção no posicionamento
concorrencial, em particular das peças Perkins, ao
lançamento de campanhas agressivas e a um trabalho de
boa qualidade, o sector de peças aumentou a facturação
em 6,3 %, tendo atingido 1,7 milhões de euros em 2009.
No mercado de motores Diesel industriais houve uma
redução de 5,7% nas unidades vendidas e um aumento
de cerca de 14,2% na quantidade total de geradores
incluindo os geradores Vetus.
No sector de motores marítimos comerciais estimamos
que o mercado tenha tido uma contracção mas nós
aumentámos 15% passando o n.º de unidades para 61.
Em 2008, o sector da Náutica - barcos e motores, a
quantidade de barcos baixou 25% e 12,8% na quantidade
de motores.
Após o lançamento da distribuição da VETUS,
consideramos que os resultados face à situação do
sector, são muito animadores.
Quanto à colaboração com a prestigiada marca Yamaha,
continua a ter um desenvolvimento muito positivo.
ACTIVIDADE DE RENT-A-CAR
A actividade de aluguer de viaturas sem condutor foi, em
2009, cedida em parceria à AuroRent, Lda, passando-se
uma parte da frota para esta entidade.
A actividade passou a ter um pendor instrumental mais
acentuado, mantendo-se a componente operacional em
valores reduzidos e especialmente para o Grupo.
SITUAÇÃO
FINANCEIRA
PROVEITOS E GANHOS
A troca de participações entre a Tecnicrédito SGPS e
o Banif SGPS torna a análise das contas consolidadas
incomparáveis com o ano anterior. Nas contas
consolidadas do Grupo, a Tecnicrédito SGPS consolidava
pelo método integral, passando a Auto-Industrial SGPS
a contabilizar nas suas contas, a participação que
detém no Banif, pelo valor recuperável, e nas contas
consolidadas, de acordo com as Normas Internacionais
de Relato Financeiro (IAS), pelo justo valor.
A exclusão da Tecnicrédito do perímetro de consolidação
distorce este ano a análise das variações dos proveitos
e ganhos, das despesas operacionais, das despesas
financeiras e dos resultados, razão pela qual não
nos deteremos com explicações detalhadas sobre as
alterações ocorridas entre o corrente ano e o ano
transacto no que respeita à demonstração de resultados
consolidada do Grupo.
17
Apresentamos no gráfico seguinte a evolução dos
capitais próprios do Grupo nos últimos quatro anos,
assistindo-se a uma baixa de 61,5 milhões de euros
na situação líquida, de 2008 para 2009. Esta variação
negativa resulta essencialmente da diferença entre o
custo de aquisição da participação no Banif e o seu valor
de mercado a 31 de Dezembro de 2009.
30/4/10 4:41 PM
A diminuição das vendas de viaturas novas no grupo,
que registaram uma perda de 2.428 unidades, não foram
acompanhadas por idêntico comportamento nas vendas
de viaturas usadas, que cresceram: o Grupo vendeu mais
604 unidades que em 2008, correspondendo a uma
subida de 4,4 milhões na facturação.
A variação contrária de vendas de novos e usados alterou
com algum significado o respectivo peso no mix das
vendas: as vendas de viaturas novas diminuíram o seu
peso de 61% para 54% e as vendas de veículos usados
aumentaram-no de 15% para 18%.
Industrial. As perdas por imparidades e ajustamentos
diminuíram 2,3 milhões de euros, pela criação em 2008
de uma provisão sobre os saldos devedores da Sagrup.
Os proveitos suplementares, que incluem os bónus
obtidos dos fornecedores das marcas representadas, por
se atingirem os objectivos por eles definidos, apresentam
um ligeiro crescimento de 1,5% na Auto-Industrial, e um
aumento mais expressivo no Grupo (+3,6%).
Os resultados operacionais (EBIT) da Auto-Industrial SA
embora ainda negativos, passaram de -2,8 milhões em
2008 para -0,767 milhões em 2009, o que se traduz
numa melhoria de 2 milhões de euros nestes resultados.
PESSOAL
18
Nas contas individuais da Auto-Industrial o volume total
das vendas e prestação de serviços foi de 86,3 milhões
de euros, representando uma diminuição de 24,6% em
relação a 2008. Novamente a grande quebra nas vendas
de viaturas novas é a principal causa desta variação
negativa, com especial destaque para a marca Opel que
registou uma descida de 52,9% no número de unidades
vendidas pela Auto-Industrial.
Esta situação não foi no entanto acompanhada por igual
comportamento da margem bruta das mercadorias, que
apenas desceu 0,4%, menos 23.800 euros em termos
absolutos.
Aumentou assim a rentabilidade das vendas de
mercadorias, que passou de 5,82% em 2008 para 7,39%
em 2009. Há que referir, que o canal de vendas de viaturas
novas mais afectado foi o de rent-a-car, registando uma
baixa de 85%, canal este que gera menores margens,
enquanto que o canal de retalho, produtor de margens
mais elevadas, decresceu 19%, o que teve consequências
positivas ao nível de manutenção das margens.
Os custos com pessoal ascenderam no Grupo AutoIndustrial a €21.428.377. O número total de empregados
no final de 2009 era de 936 pessoas. De salientar, no
ano em análise, a forte redução da actividade de rent-acar e a adequação, na medida do possível, da estrutura
de recursos humanos das diversas empresas do Grupo
à forte retracção dos respectivos mercados. Durante
o ano de 2009 o nº médio de empregados foi de 941,
um valor abaixo dos 985 registados no ano anterior.
O número total de empregados no Grupo reparte-se
do seguinte modo: 36% pertencem à Auto-Industrial
S.A., 17% à C.A.M. S.A., 12% à Sodicentro Lda., 7% à
A.Brás Heleno S.A., 6% à Auto-Industrial Porto Lda. e
os restantes 22% repartem-se pelas outras empresas
do Grupo. Continuando a caracterização do Grupo em
termos de recursos humanos, é interessante referir que
em termos de actividade 47% dos funcionários estão
ligados às oficinas/assistência técnica, 24% trabalham
na área comercial, 14% na área de peças e os restantes
14% estão ligados a funções administrativas.
DESPESAS OPERACIONAIS
Analisando as despesas operacionais das contas
individuais da Auto Industrial S.A., regista-se uma
descida generalizada em todas as rubricas, destacando
os fornecimentos e serviços de terceiros que baixaram
23% e as despesas com pessoal com uma variação de
menos 6,6%.
As amortizações do imobilizado também apresentam
um decréscimo muito significativo (-18,2%), para o qual
contribuiu a alienação da frota da operação Rent-acar, que estava contabilizada no imobilizado da Auto-
relatorioAI09-AF.indd 18-19
Considerando apenas a Auto-Industrial S.A., os custos
com pessoal foram de €8.254.213 uma redução de
3,6% face €8.558.092 registados em 2008. Esta redução
deve-se ao encerramento do departamento de rent-acar e a um esforço de contenção das despesas de pessoal.
O número de colaboradores no final do ano foi de 336,
uma diminuição de 29 funcionários em relação a 2008. O
número médio de empregados ao longo de 2009 foi 343.
Caracterizando sumariamente a estrutura de recursos
humanos da Auto-Industrial S.A., em termos de funções,
42% estão ligados à área de assistência técnica, 20%
às vendas, 21% à área administrativa e 17% às peças.
De referir que estes administrativos incluem os “backoffice” que prestam diversos serviços a outras empresas
do Grupo, nomeadamente a contabilidade, o CRM e a
avaliação de usados. Quanto a níveis de escolaridade,
46% possui a escolaridade básica, 39% o ensino
secundário e 15% o ensino superior. Continua a haver
uma predominância dos funcionários de sexo masculino,
78% do total. Em termos de idade, a idade média dos
empregados da Auto-Industrial são 44 anos. Quanto à
antiguidade, 22% estão na empresa à menos de 2 anos,
12% estão à mais de 2 anos e menos de 5 anos, 29%
estão à mais de 5 e menos de 10 anos, e 37% estão na
empresa à 10 anos ou mais.
RESULTADOS
Em termos individuais a Auto-Industrial teve um
resultado antes de impostos de 3 milhões de euros
significativamente superior ao apresentado em 2008
que registou um prejuízo de 1,4 milhões. Depois de
impostos a Auto-Industrial encerrou com um resultado
de 3,3 milhões de euros, que representa um aumento de
4,1 milhões face ao prejuízo de 820 mil euros do ano
de 2008. Contabilizaram-se 262.560 euros de impostos
diferidos em 2009 e 586.584 no ano passado.
de Cruz de Morouços localizado próximo de Coimbra,
permutado com o edifício das Faianças Subtil num
investimento realizado pela Auto-Industrial nos finais de
Setembro de 2009; engloba também uma mais-valia de
465 mil euros com a alienação de um stand situado no
centro de Leiria e uma indemnização de 665 mil euros
recebida dos antigos sócios da Sodicentro decorrente da
execução de um contrato promessa de compra e venda.
MENÇÕES
FINAIS
No sentido de cumprir com o artigo 66º do Código das
Sociedades Comerciais declara-se que não ocorreram,
após o termo do exercício, factos relevantes não
mencionados, estando-se a verificar um normal
andamento dos negócios.
Para os trabalhadores e colaboradores das sociedades
do grupo um agradecimento pelo empenho e dedicação
demonstrados.
Ao Conselho Fiscal manifesta-se o reconhecimento do
Conselho de Administração pela forma competente,
interessada e colaborante com que tem seguido os
negócios sociais.
Após a contabilização de 262 mil 559 euros e sessenta
e três cêntimos, como Impostos Diferidos, o exercício de
2009 encerra com um resultado líquido disponível de 3
milhões 297 mil 788 euros e 71 cêntimos.
Para este resultado o Conselho de Administração propõe
a seguinte aplicação:
De destacar o crescimento positivo dos resultados
financeiros e dos resultados extraordinários que
contribuíram, estes últimos com maior relevância, para
o grande aumento de resultados finais.
Os resultados financeiros melhoraram 19% (+237.000),
resultado da conjugação da descida das taxas de juro
bancárias e da diminuição da dívida de financiamentos em
cerca de 5 milhões de euros, factores que compensaram
largamente os 380.000 euros de dividendos recebidos a
menos, em 2009, da Tecnicrédito SGPS, e do aumento
dos juros das obrigações subordinadas dos accionistas da
Auto-Industrial que subiram 220.000 euros.
De realçar que a dívida bancária baixou cerca de 12,5
milhões de euros ao longo de 2009, passando essa
redução para 5 milhões no último dia do ano, data de
subscrição pela Auto-Industrial SGPS de 7,5 milhões de
obrigações perpétuas do Banif Investimento.
Nos resultados extraordinários estão incluídos 930 mil
euros de uma mais-valia obtida na venda do terreno
Reserva legal
€165.000,00
Reserva livres
€1.138.210,21
19
Dividendo às 3.989.157 acções
em circulação (50 cêntimos por acção) €1.994.578,50
€
Coimbra, 25 de Fevereiro de 2010
O Conselho de Administração
Tomaz Andrade Rocha (Presidente)
Manuel Cardoso Pinto Martha
Mário Leite Santos
Maria Leonor Freitas de Figueiredo Costa Amorim Afonso
Miguel Dion Moniz Cunha Lucas
30/4/10 4:41 PM
Demonstração dos Resultados Consolidados para os Exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Notas
Balanço Consolidado para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
2009
2008
Notas
2009
2008
ACTIVO
Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados
4
266.546.141
315.180.781
Activo Não Corrente
Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira
5
-
124.857.658
Activos Fixos Tangíveis
24
31.317.440
Outros Activos Fixos Intangíveis
25
530.066
1.103.252
Investimentos Financeiros em Associadas
26
115.729
15.511.408
Clientes Actividade Financeira
27
-
700.484.679
Activos por Impostos Diferidos
28
13.423.079
3.695.093
45.386.313
768.232.821
Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais
6
Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso
7
8.519
19.045
Lucros Imputados de Associadas
8
5.857
2.072.682
81.838.474
Ajustamentos Positivos e Mais Valias Instrumentos Financeiros
9
5.616
33.405.201
Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros
10
3.549.163
93.398
Total Rendimentos e Ganhos
20
7.335.941
277.451.236
557.467.239
47.438.388
Activo Corrente
Inventários
29
50.327.553
55.098.707
Clientes Actividade Comercial
30
30.464.658
31.939.145
Clientes Actividade Financeira
27
-
266.600.002
Outras Contas a Receber
31
24.933.436
15.781.913
Outros Activos Correntes
32
4.143.006
9.820.660
Derivados de Cobertura
33
-
-
156.028.355
84.896
Inventários Consumidos e Vendidos
11
231.611.577
260.182.916
Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira
12
-
47.755.309
Activos Financeiros Disponíveis para Venda
34
Materiais e Serviços Consumidos
13
9.979.068
29.061.937
Activos Financeiros Detidos para Negociação
35
-
9.391.731
Custos com o Pessoal
14
21.428.377
31.588.504
Caixa e seus Equivalentes
36
666.361
94.170.513
Activos Detidos para Venda
37
Gastos de Depreciação e Amortização
15
3.874.250
7.235.220
Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões
16
379.074
33.902.692
Aumentos e Diminuições de Provisões
17
(150.510)
(51.031)
Outros Gastos e Perdas Operacionais
18
2.399.361
67.350.177
Ajustamentos Negativos e Menos Valias Instrumentos Financeiros
19
827.562
41.271.965
Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras
20
4.175.048
9.622.770
Total Gastos e Perdas
274.523.806
527.920.459
Total do Activo
Imposto Sobre o Rendimento do Exercício
21
Resultado Líquido Consolidado do Exercício
Interesses Minoritários no Resultado
22
Resultado Liquido Atribuível a Accionistas
Resultado Líquido Consolidado do Exercício
Resultado por Acção
23
2.927.430
29.546.780
43.686
4.820.955
2.883.744
24.725.826
79.491
13.343.801
2.804.254
11.382.024
2.883.744
24.725.826
0,70
2,85
312.007.238
1.251.177.942
Capital Próprio
Capital Nominal
45
20.000.000
20.000.000
Acções Próprias
45
(15.797)
(15.797)
Reservas e Resultados Acumulados
45
99.115.313
105.334.876
Total do Capital Próprio do Grupo
Interesses Minoritários
46
Total do Capital Próprio
2.804.254
11.382.024
121.903.769
136.701.104
64.151.422
110.955.189
186.055.191
247.656.292
21
PASSIVO
Passivo Não Corrente
Provisões
38
1.346.011
2.904.265
Empréstimos
39
35.532.547
561.624.776
Passivos por Locação Financeira
40
3.883.261
10.316.717
Passivos por Impostos Diferidos
28
59.989
428.681
40.821.809
575.274.440
Passivo Corrente
O Anexo faz parte integrante das Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008.
EUROS
relatorioAI09-AF.indd 20-21
57.555
482.945.122
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Resultado Liquido Atribuível a Accionistas
Resultado Antes de Impostos
57.555
266.620.924
Empréstimos
39
35.339.559
337.781.552
Fornecedores
41
37.413.270
35.462.425
Outras Contas a Pagar
42
5.070.759
29.737.562
Passivos Financeiros Detidos para Negociação
43
729.151
10.365.669
Derivados de Cobertura
33
-
2.147.360
Passivos por Locação Financeira
40
1.814.784
2.811.248
Outros Passivos Correntes
44
4.638.076
9.887.668
Passivos relacionados com Activos Detidos para Venda
37
124.638
124.638
85.130.238
428.318.123
Total do Passivo
125.952.046
1.003.592.563
Total de Capital Próprio e do Passivo
312.007.238
1.251.248.855
30/4/10 4:41 PM
Demonstração Consolidada de Alterações no Capital Próprio para os exercícios
findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
RUBRICAS
Notas
31/Dez/09
Capital Próprio atribuído aos Accionistas Maioritários
31/Dez/2008
Capital Próprio
Resultado Líquido Consolidado do Exercício
45
Variações na reserva de justo valor
Saída do Grupo Tecnicrédito do consolidado
Ajustamentos de equivalência patrimonial
Diferenças cambiais resultantes da Consolidação
2.883.744
24.725.826
(22.447.741)
(7.595.535)
(41.563.339)
-
124.608
(44.769)
-
(5.738.503)
Outros ganhos e perdas
53.711
Posição em 31 de Dezembro de 2007
Transacções com os detentores de capital
Reserva
Legal
Capital
Reserva de
Justo Valor
0
2.700.076
(13.325.096)
Rendimento Integral Total
(61.002.727)
11.400.730
(14.198.961)
4.234.621
(46.803.766)
7.166.109
Atribuível aos detentores de capital
Rendimento integral consolidado
Ajustamentos
Resultado
de
Líquido do
Equivalência
Exercício
Patrimonial
0 (20.621.611)
20.621.611
(20.621.611)
(718.048)
2.700.076
0
Interesses
Minoritários
(718.048) (2.599.910) (3.317.958)
0
0
(718.048) (2.599.910) (3.317.958)
(2.700.076)
0 (4.079.458) (3.023.177)
Total
atribuído a
Total
(261.529) 20.621.611 133.184.532 106.388.989 239.573.521
0 17.203.487
Aplicação do Resultado Líquido de 2007
Constituição de Reservas - Reserva Legal
(63.886.472)
Outras
Reservas e
Res. Acum.
20.000.000 8.735.502 9.289.284 74.815.461
Dividendos Distribuídos
Outro Rendimento Integral
Capital
Próprio
0
(44.769)
11.382.024
4.234.621
0
7.166.109
11.400.730
22
23
Atribuível aos interesses minoritários
46
Posição em 31 de Dezembro de 2008
20.000.000
11.435.578
0
50.934
5.209.826 88.995.771
(306.298)
11.382.024 136.701.104 110.955.188 247.656.292
EUROS
Transacções com os detentores de capital
10.732.717
0 (11.382.024)
(598.374)
Aplicação do Resultado Líquido de 2008
11.382.024
(11.382.024)
0
0
Dividendos Distribuídos
(598.374)
(598.374)
(598.374)
(50.934)
0
Constituição de Reservas - Reserva Legal
50.934
Rendimento integral consolidado
Posição em 31 de Dezembro de 2009
20.000.000
0
0
(598.374)
(10.900.415) (27.668.331) 21.440.924
124.608 2.804.254 (14.198.961) (46.803.766) (61.002.727)
(586.096) (22.458.505) 121.169.411
(181.690) 2.804.254 121.903.769 64.151.422 186.055.191
EUROS
relatorioAI09-AF.indd 22-23
30/4/10 4:41 PM
NOTAS ÀS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa
2009
2008
369.492.282
411.878.448
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes
Recebimentos de Clientes ( actividade financeira )
0
143.543.282
340.985.581
397.485.833
0
67.958.377
21.428.377
32.033.260
Fluxo Gerado Pelas Operações
7.078.324
57.944.261
Pagamentos / Recebimentos IRC
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos a Fornecedores ( actividade financeira )
Pagamentos a Pessoal
-360.293
-9.611.155
Fundos adiantados a clientes ( actividade financeira )
0
-17.179.913
Venda de Crédito s/ clientes ( actividade financeira )
0
0
3.266.509
13.685.085
Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade
Operacional
Fluxo das Actividades Operacionais
9.984.540
1 ACTIVIDADE ECONÓMICA DO GRUPO
AUTO INDUSTRIAL
A Auto Industrial, SA, tem a sua sede na Avenida Navarro,
em Coimbra, embora a Administração da Empresa
funcione nas instalações da Avenida Fontes Pereira de
Melo, em Lisboa.
44.838.278
A empresa foi constituída em 20 de Dezembro de 1920,
tendo nessa data iniciado a sua actividade de comércio
e reparação automóvel, sendo, actualmente, o Capital
Social da empresa é de 20 000 000 euros. Actualmente,
existem empresas do Grupo que se dedicam à actividade:
(i) de comércio; (ii) de equipamento agrícola; (iii)
industrial e; (iv) marítima.
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos Provenientes de :
Investimentos Financeiros
Activos tangíveis
Activos intangíveis
Subsídios de Investimento
Juros e Proveitos Similares
Dividendos
24
0
1.756.729
6.816.566
10.014.529
35.957
0
0
0
929.700
2.625.079
36.572.627
10.407.302
44.198
48.388.082
Pagamentos Respeitantes a :
Investimentos Financeiros
Activos tangíveis
Activos intangíveis
0
0
10.495.318
13.996.365
198,721
Fluxo da Actividade de Investimento
10.694.039
241.564
-286.737
14.237.929
34.150.153
As demonstrações financeiras agora apresentadas
reflectem a posição financeira consolidada do GRUPO
AUTO INDUSTRIAL em 31 de Dezembro de 2009, o
resultado consolidado das suas operações e os fluxos de
caixa consolidados no exercício findo naquela data, em
conformidade com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos Provenientes de :
Empréstimos Obtidos
0
0
Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão
0
0
Subsídios e Doacções
0
0
Venda de Acções (quotas) Próprias
0
Cobertura de Prejuízos
0
0
0
0
0
2 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Pagamentos Respeitantes a :
Empréstimos Obtidos
Amortização de Contratos de Locação Financeira
Juros e Custos Similares
Dividendos
4.045.797
29.277.752
824.168
1.697.206
5.731.761
44.835.357
598.374
3.317.958
Redução de Capital e Prestações Suplementares
0
Aquisição de Acções (quotas) Próprias
0
Fluxo da Actividade de Financiamento
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Efeito das Diferenças de Câmbio
2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO
0
11.200.100
0
79.128.273
-11.200.100
-79.128.273
-1.502.296
-139.842
0
0
Caixa e seus Equivalentes no Início do Período
94.170.513
94.310.355
Caixa e seus Equivalentes no Início do Período da Tecnicredito SGPS
92.001.856
0
666.361
94.170.513
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período
A Auto-Industrial assume-se naturalmente como a
empresa-mãe de um dos mais importantes grupos no
sector do comércio automóvel de retalho em Portugal,
ocupando um espaço definido no mercado. O potencial
de crescimento da empresa ultrapassa a sua área de
negócios tradicional e provavelmente acabará por
se estender a outros domínios que o dinamismo e a
capacidade de gestão determinarem.
Até 31 de Dezembro de 2005, inclusive, as demonstrações
financeiras consolidadas do Grupo AUTO INDUSTRIAL
(Grupo AUTO INDUSTRIAL ou Grupo) foram preparadas
em conformidade com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal.
No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de
2002, na sua transposição para a legislação portuguesa
através do Decreto Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, as
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo AUTO
INDUSTRIAL passaram a ser preparadas de acordo com
as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal
como adoptadas na União Europeia, a partir do exercício
de 2006. Esta situação decorreu da opção prevista no nº
1 do artigo 12º do referido Decreto Lei, que estabelece
que as entidades obrigadas a aplicar o Plano Oficial de
Contabilidade (POC), que não sejam abrangidas pelo
disposto no artigo 11º (que estabelece a obrigatoriedade
de preparação de contas em conformidade com as Normas
Internacionais de Contabilidade para as entidades cujos
valores mobiliários estejam admitidos à negociação num
mercado regulamentado) podem optar por elaborar as
respectivas contas consolidadas em conformidade com
as Normas Internacionais de Contabilidade adoptadas,
a partir do exercício que se inicie em 2005, desde que
as suas demonstrações financeiras sejam objecto de
certificação legal de contas.
As Normas Internacionais de Contabilidade integram
as International Accounting Standards (IAS), as
International Financial Reporting Standards (IFRS), e
as interpretações, emitidas pelo International Financial
Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelo
anterior Standing Interpretations Committee (SIC).
As demonstrações financeiras foram preparadas de
acordo com o princípio do custo histórico, com excepção
dos activos e passivos registados ao seu justo valor,
nomeadamente: (i) instrumentos financeiros derivados;
(ii) activos e passivos financeiros detidos para negociação;
e (iii) activos financeiros disponíveis para venda. Os
activos e passivos que se encontram cobertos no âmbito
da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo
valor relativamente ao risco coberto. Os outros activos e
passivos financeiros e activos e passivos não financeiros
são registados ao custo amortizado ou custo histórico.
Activos não correntes detidos para venda e grupos
detidos para venda (“disposal groups”) são registados ao
menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido
dos respectivos custos de venda.
25
As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota
foram aplicadas de forma consistente por todas as
entidades do Grupo.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros,
sendo efectuado um arredondamento dos cêntimos ao
euro mais próximo.
A preparação de demonstrações financeiras de acordo
com as IFRS requer que o Grupo efectue julgamentos
e estimativas e utilize pressupostos que afectam a
aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de
rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em
tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade
poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e
julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível
de julgamento e complexidade, ou onde são utilizados
pressupostos e estimativas significativas na preparação
das demonstrações financeiras consolidadas encontramse analisadas na Nota 2.2 às demonstrações financeiras
(juízos de valor utilizados na aplicação das políticas
contabilísticas).
EUROS
relatorioAI09-AF.indd 24-25
30/4/10 4:41 PM
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram
aprovadas em reunião do Conselho de Administração
com o Conselho Fiscal, em 25 Fevereiro 2010.
2.2 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
2.2.1 NOVAS NORMAS, INTERPRETAÇÕES E
ALTERAÇÕES COM EFICÁCIA A PARTIR DE 1 DE
JANEIRO DE 2009
Com impacte nas demonstrações financeiras
Adopção de versão revista da IAS 1 Apresentação
de demonstrações financeiras (revista em 2007): Em
resultado da aplicação desta nova versão da IAS 1, o Grupo
optou por apresentar duas demonstrações separadas,
a demonstração consolidada dos resultados (por
naturezas) e a demonstração consolidada do rendimento
integral. Em exercícios anteriores o Grupo apresentava
uma demonstração consolidada dos resultados (por
naturezas), não existindo a demonstração consolidada do
rendimento integral. Estas alterações, não modificaram o
reconhecimento ou a mensuração das transacções e dos
balanços nas demonstrações financeiras.
Sem nenhum impacte ou com impacte imaterial nas
demonstrações financeiras
26
• Alterações à IAS 23 Custos de empréstimos obtidos
(revista em 2007);
• Alterações à IFRS 2 Pagamento com base em
acções, relacionadas com condições de “vesting”;
• Adopção da IFRIC 14, IAS 19 O limite sobre
um activo de benefícios definidos, requisitos de
financiamento mínimo e respectiva interacção;
• Alterações à IFRS 1 Adopção pela primeira vez das
normas internacionais de relato financeiro e à IAS 27
Demonstrações financeiras e consolidadas, relacionadas
com o custo de um investimento numa subsidiária,
entidade conjuntamente controlada ou associada;
• Melhoramentos diversos às IFRS (2009);
• Alterações à IAS 39 e à IFRS 7, relacionadas com
reclassificação de activos financeiros no âmbito dos
parágrafos 50B, 50D ou 50E da IAS 39.
• Adopção da IFRIC 13 Programas de fidelização de
clientes:
• Adopção antecipada da IFRIC 12 Acordos de
concessão de serviços:
• Adopção da IFRS 8 Segmentos operacionais:
• Alterações na IFRS 4 Contratos de seguros e IFRS 7
Instrumentos financeiros: divulgações, relacionadas com
a divulgação de justos valores e divulgações acerca da
natureza e extensão do risco de liquidez.
relatorioAI09-AF.indd 26-27
2.2.2 NOVAS NORMAS, INTERPRETAÇÕES
E ALTERAÇÕES QUE AINDA NÃO ENTRARAM
EM VIGOR
À data de autorização para emissão das presentes
demonstrações financeiras consolidadas, dada pelo
Conselho de Administração em 25 de Fevereiro de
2010, estão adoptadas pela União Europeia, através
de Regulamentos Comunitários, algumas normas,
interpretações e alterações que o Grupo ainda não
aplicou nas presentes demonstrações financeiras
consolidadas, pelo facto de ainda não ser obrigatória a
respectiva aplicação, como segue:
Com potencial impacte em demonstrações financeiras
futuras
• Alterações na IAS 27 Demonstrações financeiras
consolidadas e separadas, relacionadas com o modo
como as entidades-mãe têm de contabilizar as alterações
do interesse de propriedade nas subsidiárias e como as
perdas de uma subsidiária devem ser repartidas entre o
interesse que controla e o interesse que não controla, a
aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010
• Adopção de versão revista da IFRS 3 Concentrações
de actividades empresariais, relacionadas com
a determinação do valor da compra, relativas às
componentes compreendidas e a sua valorização. A
norma revista prevê ainda relativamente à mensuração
dos “interesses não controlados”, a opção de aplicar
a cada concentração per si, a proporção dos activos
líquidos da entidade adquirida ou ao justo valor dos
activos e passivos adquiridos (full goodwil). Esta revisão
terá impactos nas futuras concentrações de actividades
a efectuar pelo Grupo, a aplicar a partir de 1 de Janeiro
de 2010.
Sem potencial impacte nas demonstrações financeiras
futuras
• Alterações à IAS 39 Instrumentos financeiros:
reconhecimento e mensuração, relacionadas com
os itens cobertos elegíveis (para contabilidade de
cobertura), a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010;
• Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros:
divulgações, relacionadas com a forma como devem ser
contabilizados certos direitos quando os instrumentos
emitidos são denominados numa moeda diferente da
moeda funcional do emitente, a aplicar a partir de 1 de
Janeiro de 2011
• Adopção da IFRIC 15 Acordos para a construção de
imóveis, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010
• Adopção da IFRIC 16 Coberturas de um Investimento
Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira, a aplicar
a partir de 1 de Janeiro de 2010
• IFRIC 17 Distribuições aos proprietários de activos
que não são caixa, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de
2010;
• IFRIC 18 Transferências de activos provenientes de
clientes, a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010
• Adopção da versão reestruturada da IFRS 1
Adopção pela primeira vez das normas internacionais de
relato financeiro, aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2010
• Melhoramentos às IFRS: IFRS 1 e IFRS 5, aplicar a
partir de 1 de Janeiro de 2010
2.3 JUÍZOS DE VALOR UTILIZADOS NA
APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos
contabilísticos que requerem que o Conselho de
Administração utilize o julgamento e faça as estimativas
necessárias de forma a decidir qual o tratamento
contabilístico mais adequado.
Os juízos de valor que a administração fez na aplicação
das políticas contabilísticas do Grupo AUTO INDUSTRIAL,
incluindo os principais pressupostos relativos ao futuro
e outras principais fontes de incerteza das estimativas,
que têm efeitos significativos nas quantias reconhecidas
nas demonstrações financeiras ou que tenham riscos
significativos de provocar ajustamentos materiais nas
quantias escrituradas de activos e passivos durante o
próximo ano financeiro, estão divulgados em cada um
dos pontos contidos nesta nota de resumo das políticas
contabilísticas.
O Grupo aplicou as políticas contabilísticas contidas nas
normas ou interpretações que são específicas a cada
transacção, acontecimento ou condição. Na ausência de
uma norma ou interpretação específica, a administração
fez juízos de valor na aplicação de políticas contabilísticas,
sempre com o objectivo de que a informação daí resultante
seja relevante para a tomada de decisões económicas por
parte de utentes e que seja fiável de tal modo que as
presentes demonstrações financeiras: (i) representem
fielmente a posição financeira, o desempenho financeiro
e os fluxos de caixa do Grupo; (ii) reflictam a substância
económica de transacções, acontecimentos e condições
e não meramente a respectiva forma legal; (iii) sejam
neutras; (iv) sejam prudentes; e (v) sejam completas em
todos os aspectos materiais.
2.4 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO
As presentes demonstrações financeiras consolidadas
da AUTO INDUSTRIAL, SA e suas subsidiárias são
apresentadas como as de uma única entidade económica.
As demonstrações financeiras consolidadas agora
apresentadas reflectem os activos, passivos e resultados
da AUTO INDUSTRIAL e de todas as suas subsidiárias e
os resultados e variações em outras rubricas do capital
próprio referentes às participações financeiras em
empresas associadas atribuíveis ao Grupo.
idênticos em circunstâncias semelhantes.
As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL,
das suas subsidiárias e das suas associadas, usadas na
preparação das presentes demonstrações financeiras
consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas
datas de relato.
(i) Concentrações de actividades empresariais
As presentes demonstrações financeiras consolidadas
incorporam os resultados de concentrações de
actividades empresariais usando o método de compra.
Os resultados das operações das adquiridas são incluídos
na demonstração consolidada dos resultados a partir da
data em que o controlo é obtido.
(ii) Subsidiárias
As participações financeiras em empresas subsidiárias
em que o Grupo exerce o controlo são consolidadas pelo
método de consolidação integral desde a data em que o
Grupo assume o controlo sobre as suas actividades até
ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a
existência de controlo quando o Grupo detém o poder
de exercer a maioria dos direitos de voto. Presumese também controlo quando o Grupo detém o poder,
directa ou indirectamente, de gerir a política financeira
e operacional de determinada empresa de forma a
obter benefícios das suas actividades, mesmo que a
percentagem que detém sobre o capital próprio seja
inferior a 50%.
As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL
e das suas subsidiárias foram combinadas linha a
linha, adicionando itens idênticos de activos, passivos,
capital próprio, rendimento e gastos. As quantias
escrituradas dos investimentos da AUTO INDUSTRIAL
em cada subsidiária e a respectiva parte no capital
próprio de cada subsidiária foram eliminadas e foram
identificados os interesses minoritários nos resultados
das subsidiárias. Os interesses minoritários nos activos
líquidos das subsidiárias consolidadas são identificados
separadamente do capital próprio. Os saldos, transacções,
rendimentos e gastos intra-grupo foram eliminados por
inteiro.
27
Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária
excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa
subsidiária, o excesso é atribuível ao Grupo na medida em
que for incorrido. Os lucros obtidos subsequentemente
dessa subsidiária são reconhecidos como rendimentos do
Grupo até que as perdas previamente absorvidas sejam
recuperadas.
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo de empresas
subsidiárias da AUTO INDUSTRIAL, SA era constituído
como segue:
As demonstrações financeiras consolidadas foram
preparadas usando políticas contabilísticas uniformes
para as transacções e para os outros acontecimentos
30/4/10 4:41 PM
Firma
Sede Social
Actividade Principal
Auto Industrial - Porto, Ld
Rio Tinto
Comércio e reparação automóvel
Auto Industrial, SGPS, SA
Lisboa
Sociedade Gestora de Participações
Sociais
Auto Horizonte, Lda
Estoril
A. Brás Heleno, S.A.
(Euros)
% do Capital
% do Capital
Detido
Detido
2009
2008
1.496.393,69
100%
100%
208.000.000,00
63,45%
100%
Comércio e reparação automóvel
224.459,05
98,78%
98,78%
Leiria
Comércio e reparação automóvel
275.000,00
100%
100%
CAM – Camiões, Automóveis e Motores, SA
Porto
Comércio e reparação automóvel
3.000.000,00
100%
100%
Central Parque – Automóveis, S.A.
Lisboa
Comércio e reparação automóvel
250.000,00
93,12%
93,12%
Digitese - Consultadoria em Aplicações Informáticas, Lda
Lisboa
Consultoria Informática
448.918,11
100%
100%
FINIM, S.A.
Leiria
Investimentos Financeiros
50.000,00
100%
100%
Forte - Camiões, Máquinas e Reparações, Lda
Coimbra
Comércio por Grosso de Máquinas e
Equipamentos Agrícolas
5.000,00
100%
100%
E.U.A. – Empresa Universal de Automóveis, Lda
Braga
Comércio e reparação automóvel
124.699,71
100%
100%
Coimbra
Comércio e reparação automóvel
350.000,00
100%
100%
Lisboa
Comércio e reparação automóvel
325.000,00
100%
100%
Cayman Islands
Sociedade Gestora de Participações
Sociais
1.662.286,33
100%
100%
MERCENTRO- Comércio de Automóveis, SA
Aveiro
Comércio e reparação automóvel
500.000,00
100%
100%
Motolusa - Motores de Portugal, Lda.
Lisboa
Comércio por Grosso de Máquinas e
Equipamentos Marítimos
124.699,47
100%
100%
Lisboa
Comércio por Grosso de Máquinas e
Equipamentos Agrícolas
299.278,74
100%
100%
Lisboa
Sociedade Gestora de Participações
Sociais
1.000.000,00
78,18%
78,18%
Coimbra
Comércio e reparação automóvel
498.797,90
100%
100%
Alcabideche
Comércio e reparação automóvel
573.617,58
100%
100%
Tractores Ibéricos, Lda
Lisboa
Comércio por Grosso de Máquinas e
Equipamentos Agrícolas
199.519,16
100%
100%
União Eborense de Automóveis, Lda
Évora
Comércio e reparação automóvel
99.759,58
100%
100.00%
Garagem de Santa Cruz, Lda
Gilauto - Automóveis, Máquinas e Equipamentos, SA
Margem Investments, Inc.
SAGAR – Comércio de Máquinas e Reparações
Sagrup - SGPS, S.A.
Sodicentro, Lda.
Solmotor - Veículos e Peças, S A
28
Capital
(v) Associadas
Foram consideradas associadas todas as entidades sobre
as quais o Grupo tenha influência significativa e que não
sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos
conjuntos. Influência significativa foi considerada
como sendo o poder de participar nas decisões das
políticas financeiras e operacionais das investidas mas
que não constitui controlo nem controlo conjunto
sobre essas políticas. Presumiu-se a existência de
influência significativa quando o Grupo detém, directa
ou indirectamente, 20 % ou mais do poder de voto da
investida.
Firma
% do
% do
Sede
Actividade
Detentores
Capital
Capital
Social
Principal
de Capital
Detido
Detido
2009
2008
20%
20%
Comércio por
Modipe, SA
Madrid
Grosso de Máquinas
Auto Industrial,
e Equipamentos
SA
Marítimos
Vera Cruz,
Indústria e
Comércio, SA
relatorioAI09-AF.indd 28-29
Bélem Pará
Extracção de
Sagrup – SGPS,
- Brasil
Madeiras
SA
49%
49%
Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer
diferença entre o custo do investimento e a parte
do Grupo no justo valor líquido dos activos, passivos
e passivos contingentes identificáveis da associada
é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na
quantia escriturada do investimento.
As associadas foram contabilizadas pelo método da
equivalência patrimonial, pelo qual os investimentos em
associadas são inicialmente reconhecidos pelo custo e
as quantias escrituradas são aumentadas ou diminuídas
para reconhecer as partes do Grupo nos resultados das
investidas depois das datas de aquisição; as partes do
Grupo nos resultados das investidas são reconhecidas
nos resultados; as distribuições recebidas das investidas
reduzem as quantias escrituradas dos investimentos; as
alterações nos interesses proporcionais do Grupo AUTO
INDUSTRIAL nas investidas, resultantes de alterações
no capital próprio que não tenham sido reconhecidas
nos resultados, são reconhecidas directamente no
capital próprio do Grupo. Contudo, os investimentos em
associadas classificados como detidos para venda, foram
contabilizados nos termos da IFRS 5.
Os conceitos subjacentes e os procedimentos, utilizados
para a contabilização de investimentos em associadas,
foram semelhantes aos conceitos e aos procedimentos
utilizados para a contabilização de subsidiárias.
Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada
igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado
o reconhecimento de perdas adicionais; depois de o
interesse ser reduzido a zero, apenas é reconhecido um
passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais
ou construtivas.
Após a aplicação do método da equivalência patrimonial,
foram aplicados os requisitos da IAS 39 para determinar
se seria necessário reconhecer qualquer perda por
imparidade adicional com respeito ao interesse do Grupo
em cada uma das associadas.
(vi) Partes relacionadas
A posição financeira e os resultados contidos nas
presentes demonstrações financeiras consolidadas não
foram afectados pela existência de partes relacionadas
com o Grupo.
2.5 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA
As Transacções em Moeda Estrangeira são convertidas à
taxa de câmbio em vigor à data de transacção. Os activos
e passivos monetários expressos em moeda estrangeira
são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na
data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta
conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e
passivos não monetários registados ao custo histórico,
expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa
de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não
monetários expressos em moeda estrangeira registados
ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor
na data em que o justo valor foi determinado.
2.6 RECONHECIMENTO DE GASTOS E PERDAS E
DE RENDIMENTOS E GANHOS
As demonstrações financeiras são preparadas de acordo
com o regime contabilístico do acréscimo. Por este regime,
os efeitos das transacções e de outros acontecimentos
são reconhecidos quando eles ocorram (e não quando
o dinheiro ou o seu equivalente seja recebido ou pago)
sendo registados nos livros contabilísticos e relatadas
nas demonstrações financeiras dos períodos com as
quais se relacionem.
São considerados como Rendimentos os aumentos nos
benefícios económicos durante o período contabilístico
na forma de influxos ou aumentos de activos ou
diminuições de passivos que resultem em aumentos no
capital próprio, que não sejam os relacionados com as
contribuições dos participantes no capital próprio. Esta
definição de rendimentos engloba quer réditos quer
ganhos. Os réditos provêm do decurso das actividades
ordinárias do Grupo (vendas, juros, dividendos, etc.).
Os ganhos representam outros itens que satisfaçam a
definição de rendimentos, podendo, ou não, provir do
decurso das actividades ordinárias do Grupo.
São considerados como Gastos as diminuições nos
benefícios económicos durante o período contabilístico
na forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou
na incorrência de passivos que resultem em diminuições
do capital próprio, que não sejam as relacionadas com
distribuições aos participantes no capital próprio.
Os gastos que resultem do decurso das actividades
ordinárias do Grupo incluem, por exemplo, o custo das
vendas, os juros e encargos suportados, os salários e as
depreciações. As perdas representam outros itens que
satisfaçam a definição de gastos e podem, ou não, surgir
no decurso das actividades correntes do Grupo.
Rédito
O Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos
durante o período proveniente do curso das actividades
ordinárias do Grupo quando esses influxos resultam em
aumentos de Capital Próprio, que não sejam aumentos
relacionados com contribuições de participantes no
Capital Próprio.
O Rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição
recebida ou a receber.
Vendas de bens
O rédito proveniente das Vendas de Bens é reconhecido
quando forem satisfeitas todas as condições seguintes:
29
• O Grupo tenha transferido para o comprador os
riscos e vantagens significativos da propriedade dos
bens;
• O Grupo não retenha envolvimento continuado de
gestão com grau geralmente associado com a posse nem
o controlo efectivo dos bens vendidos;
• A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada;
• Seja provável que os benefícios económicos
associados com a transacção fluam para o Grupo; e
• Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes
à transacção possam ser fiavelmente mensurados.
Prestação de serviços e comissões
O rédito associado com uma transacção que envolva
Prestação de Serviços é reconhecido quando o desfecho
dessa transacção possa ser fiavelmente estimado, isto é,
quando:
• A quantia de rédito seja fiavelmente mensurada;
• Seja provável que benefícios económicos associados
com a transacção fluam para o Grupo;
• A fase de acabamento da transacção à data do
balanço seja fiavelmente mensurada; e
• Os custos incorridos com a transacção e os
custos para concluir a transacção sejam fiavelmente
mensurados
30/4/10 4:41 PM
Juros e dividendos
O rédito proveniente do uso de activos do Grupo que
produzam Juros e Dividendos é reconhecido quando:
Seja provável que os benefícios económicos associados
com a transacção fluam para o Grupo; e
• A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.
O rédito proveniente do uso desses activos é reconhecido
nas seguintes bases:
• Os juros são reconhecidos utilizando o método do
juro efectivo; e
• Os dividendos são reconhecidos quando for
estabelecido o direito do Grupo (enquanto accionista) de
receber o pagamento.
A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os
pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante
a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando
apropriado, um período mais curto, para o valor líquido
actual de balanço do activo ou passivo financeiro.
30
Para a determinação da taxa de juro efectiva o
Grupo procede à estimativa dos fluxos de caixa
futuros considerando todos os termos contratuais do
instrumento financeiro, não considerando, no entanto,
eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui
ainda as comissões consideradas como parte integrante
da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os
prémios e descontos directamente relacionados com a
transacção.
No caso de activos financeiros ou grupos de activos
financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas
perdas por imparidade, os juros registados em resultados
são determinados com base na taxa de juro utilizada na
mensuração da perda por imparidade.
2.7 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas
quando as diferenças temporárias se reverterem.
Diferenças temporárias são diferenças entre a quantia
escriturada de um activo ou de um passivo e a sua base
de tributação.
Activos por impostos diferidos
Activos por Impostos Diferidos são as quantias de
impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos
futuros respeitantes a:
•
•
•
Diferenças temporárias dedutíveis;
O reporte de perdas fiscais não utilizadas;
O reporte de créditos tributáveis não utilizados.
Um Activo por Impostos Diferidos é reconhecido para
todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto
em que seja provável que exista um lucro tributável ao
qual a diferença temporária dedutível possa ser usada,
a não ser que o activo por impostos diferidos resulte do
reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa
transacção que:
• Não seja uma concentração de actividades
empresarias; e
• No momento da transacção, não afecte o lucro
contabilístico nem o lucro tributável.
O Grupo reconhece Activos por Impostos Diferidos para
todas as diferenças temporárias dedutíveis associados
aos investimentos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos, até ao ponto em que seja
provável que:
• A diferença temporária reverterá no futuro
previsível; e
• Estará disponível o lucro tributável contra o qual a
diferença temporária será utilizada.
Passivos por impostos diferidos
A rubrica Imposto sobre o Rendimento do exercício
compreende os impostos correntes e os impostos
diferidos.
Passivos por Impostos Diferidos são as quantias de
impostos sobre o rendimento pagáveis em períodos
futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis.
Activos (passivos) por impostos correntes são a quantia
a pagar (a recuperar) de impostos sobre o rendimento
respeitantes ao lucro tributável (perda) tributável de um
período, sendo mensurados, usando as taxas fiscais (e leis
fiscais) que tenham sido decretadas ou substantivamente
decretadas à data do balanço. e quaisquer ajustamentos
aos impostos de períodos anteriores.
Um Passivo por Impostos Diferidos é reconhecido para
todas as diferenças temporárias tributáveis excepto
quando esse imposto diferido resultar de:
Os Activos (passivos) por impostos diferidos são
calculados sobre as diferenças temporárias entre os
valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua
base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou
substancialmente aprovadas à data de balanço em cada
relatorioAI09-AF.indd 30-31
• Reconhecimento inicial do goodwill; ou
• Reconhecimento inicial de um activo ou passivo
numa transacção que não seja uma concentração de
actividades empresariais e não afecte, no momento
dessa transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro
tributável.
O Grupo reconhece Passivos por Impostos para todas
as diferenças temporárias tributáveis associados
aos investimentos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos, sempre que não sejam
cumulativamente satisfeitas as seguintes condições:
• O Grupo seja capaz de controlar a tempestividade
da reversão da diferença temporária; e
• Seja provável que a diferença temporária não seja
revertida no futuro previsível.
Os Activos ou Passivos por Impostos Correntes dos
períodos correntes e anteriores são mensurados pela
quantia que se espera que seja recuperada ou paga às
autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham
sido decretadas ou substantivamente decretadas à data
do balanço.
Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são
mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se
apliquem no período em que seja realizado o activo ou em
que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas
fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente
decretadas à data do balanço.
Os Impostos Correntes e Diferidos são reconhecidos
como um rendimento ou como um gasto e incluídos no
resultado líquido do período, excepto quando o imposto
provenha de uma transacção ou acontecimento que
seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período,
directamente no capital próprio, caso em que o respectivo
imposto é directamente debitado ou creditado ao Capital
Próprio.
Os Activos por Impostos Correntes são compensados
com passivos por impostos correntes apenas quando:
• O Grupo tiver um direito legalmente executável
para compensar as quantias reconhecidas; e
• Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o
activo e liquidar simultaneamente o passivo.
Os Activos por Impostos Diferidos e os Passivos por
Impostos Diferidos são compensados apenas quando:
• O Grupo tiver um direito legalmente executável
de compensar activos por impostos correntes contra
passivos por impostos correntes; e
• Os activos por impostos diferidos e os passivos por
impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre
o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal
sobre:
(i) a mesma entidade tributável; ou
(ii) diferentes entidades tributáveis que pretendam
ou liquidar passivos e activos por impostos correntes
numa base líquida, ou realizar os activos e liquidar os
passivos simultaneamente, em cada período futuro em
que as quantias significativas de passivos ou activos por
impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou
recuperadas.
As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo
da matéria colectável efectuado pelo Grupo e pelas suas
subsidiárias, durante um período de quatro ou seis anos,
no caso de haver prejuízos reportáveis.
Desta forma, é possível que haja correcções à matéria
colectável, resultantes principalmente de diferenças
na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é
convicção do Conselho de Administração do Grupo e das
subsidiárias residentes em Portugal, de que não haverá
correcções significativas aos impostos sobre lucros
registados nas demonstrações financeiras.
2.8 RESULTADO POR ACÇÃO
Os Resultados por Acção básicos são calculados dividindo
o lucro atribuível aos detentores de capital próprio
ordinário da empresa mãe pelo número médio ponderado
de acções ordinárias em circulação durante o período.
Para o Resultado por Acção diluído, o número médio
de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir
a conversão de todas as potenciais acções ordinárias
tratadas como diluídoras. Emissões contingentes ou
potenciais são tratadas como diluídoras quando a sua
conversão para acções faz decrescer o resultado por
acção.
2.9 RELATO POR SEGMENTOS
No âmbito da IFRS 8, um Segmento Relatável é um
segmento de negócio ou um segmento geográfico, que
seja identificado no conjunto de empresas que compõem
um grupo de entidades sob o controlo de uma empresa
mãe.
31
Considerando as actividades desenvolvidas pelas
empresas cujas demonstrações financeiras foram
incluídas na consolidação pelo método integral do
Grupo AUTO INDUSTRIAL, a segmentação relevante é por
negócios.
Um Segmento de Negócio é um conjunto de activos e
operações relacionados e que estão sujeitos a riscos e
retornos específicos diferentes dos de outros Segmentos
de Negócio.
Os factores que foram considerados para efeitos de
identificação das operações relacionadas incluem:
(a) a natureza dos produtos ou serviços vendidos e/ou
prestados;
(b) o tipo ou classe de cliente dos produtos ou serviços;
(c) os métodos usados para distribuir os produtos ou
proporcionar os serviços; e
(d) a natureza de ambiente regulador.
Assim, foram identificados os seguintes Segmentos de
Negócio: (i) Automóvel; (ii) Equipamentos Agrícolas,
Industriais e Marítimos; (iii) Gestão de Participações; e
(iv) Outros.
30/4/10 4:41 PM
Salienta-se que a Auto Industrial, SA encontra-se
subdividida em dez divisões internas, as quais possuem
gestão e registos contabilísticos individualizados:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Departamento Administrativo e Financeiro (DAF)
Auto Industrial Lisboa
Auto Industrial Leiria
Auto Industrial Figueira da Foz
Auto Industrial Coimbra
Auto Industrial Auto Usados
Auto Industrial Pombal
Auto Industrial Rent-a-Car
Auto Industrial Divisão Agrícola
Auto Industrial Peças
Decorrente desta situação, foi efectuada uma
redistribuição das divisões da empresa pelo diversos
segmentos identificados.
As empresas incluídas na consolidação pelo método
integral foram associadas aos segmentos acima
identificados da seguinte forma:
32
(i) Automóvel: Auto Horizonte; CAM; Central Parque;
EUA; Gilauto; Auto Industrial Porto; Garagem de Santa
Cruz; União Eborense; Mercentro; Sodicentro; A. Brás
Heleno; Auto Industrial Lisboa; Auto Industrial Leiria,
Auto Industrial Figueira da Foz; Auto Industrial Coimbra;
Auto Industrial Auto Usados; Auto Industrial Pombal;
Auto Industrial Peças.
(i) Equipamentos Agrícolas, Industriais e Marítimos:
Forte; Divisão Agrícola da Auto Industrial; Tractores
Ibéricos; Motolusa.
(ii) Gestão de Participações: Departamento Administrativo
e Financeiro (DAF) da Auto Industrial; Auto Industrial
SGPS.
(iii) Outros: Digitese; Margem Investments; Sagrup;
Solmotor; Finim; Divisão Rent-a-Car da Auto Industrial;
Sagar.
O Relato por Segmentos de negócio consta nos mapas
apresentados na Nota 49, nos quais se complementa a
informação requerida na IFRS 8, obtendo-se para cada
negócio o detalhe sobre a formação do seu resultado
e a síntese dos activos e passivos das empresas nele
incluídas.
2.10 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Activos Fixos Tangíveis são itens tangíveis que: (i) sejam
detidos para uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para
fins administrativos; e (ii) se espera que sejam usados
durante mais do que um período.
De acordo com a política contabilística descrita na Nota
2.1, os Activos Tangíveis encontram-se registados pelo
custo determinado na data de transição para as IFRS,
deduzido das respectivas amortizações acumuladas e
perdas de imparidade.
relatorioAI09-AF.indd 32-33
No reconhecimento inicial o Grupo considera no custo
do activo: (i) o seu preço de compra; (ii) quaisquer
custos directamente atribuíveis para colocar o activo
na localização e condições necessárias para o mesmo
ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração; e (iii) a estimativa inicial dos custos de
desmantelamento e remoção do item e de restauração
do local no qual este está localizado.
Os Activos Tangíveis do Grupo encontram-se valorizados
ao custo deduzido das respectivas depreciações
acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.
Os custos subsequentes com os Activos Tangíveis são
reconhecidos como activos tangíveis apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos
futuros para o Grupo. Todas as despesas com a
manutenção e reparação dos activos são reconhecidas
como custo, de acordo com o princípio do acréscimo.
O Grupo calcula as amortizações dos seus Activos
Tangíveis pelo método das quotas constantes, de acordo
com os seguintes períodos de vida útil esperados dos
bens (em anos):
2.11 ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS
Um Activo Intangível é um activo não monetário
identificável sem substância física.
Um Activo Intangível é reconhecido se, e apenas se:
(i) for provável que os benefícios económicos futuros
esperados que sejam atribuíveis ao activo fluam para
o Grupo; e (ii) o custo do activo possa ser fiavelmente
mensurado.
Os Activos Intangíveis do Grupo encontram-se
escriturados ao custo de aquisição deduzido das
respectivas depreciações acumuladas e perdas por
imparidade acumuladas.
O Grupo calcula as amortizações dos seus activos
intangíveis pelo método das quotas constantes de
acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados
dos bens (em anos):
Vida Útil
Software
Vida Útil
Edifícios e outras construções
5-50
Equipamento básico
3-20
Equipamento de transporte
4-6
Equipamento administrativo
3-20
Ferramentas e utensílios
4-10
Outros activos tangíveis
4-8
Quando existe indicação de que um Activo possa
estar em imparidade, a IAS 36, exige que o seu valor
recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda
por imparidade sempre que o valor líquido de um activo
exceda o seu valor recuperável. O Grupo reconhece as
perdas por imparidade em resultados do período.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado
entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso,
sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos
de caixa futuros estimados que se esperam vir o obter do
uso continuado do activo e da sua alienação no fim da
sua vida útil.
A quantia escriturada de um item do Activo Fixo Tangível
é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes situações: (i)
no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam
futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento
de um item do Activo Fixo Tangível: (i) é incluído nos
resultados quando o item é desreconhecido, não devendo
ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como
a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os
houver, e a quantia escriturada do item.
custos de conversão e outros custos incorridos para
colocar os inventários no seu local e na sua condição
actual.
Propriedade industrial e outros direitos
3
3-20
Os
custos
directamente
relacionados
com
desenvolvimento e propriedade industrial e outros
direitos, sobre os quais seja expectável pelo Grupo que
venham a gerar benefícios económicos futuros para além
de um exercício, são reconhecidos e registados como
Activos Intangíveis.
Para determinar se um Activo Intangível está com
imparidade, o Grupo aplica a IAS 36.
Os Activos Intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas
seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii)
quando não se esperam futuros benefícios económicos
do seu uso ou alienação.
O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento
de um item do Activo Fixo Intangível: (i) é incluído nos
resultados quando o item é desreconhecido, não devendo
ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como
a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os
houver, e a quantia escriturada do item.
2.12 INVENTÁRIOS
Os Inventários, nos veículos e as máquinas agrícolas
foram valorizados ao preço de custo efectivo de
aquisição, unidade a unidade, nas restantes mercadorias
foram valorizados ao custo médio (existências iniciais
mais as aquisições efectuadas durante o exercício).
O custo dos Inventários inclui todos os custos de compra,
O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no
decurso normal da actividade deduzido dos respectivos
custos de venda.
As diferenças entre o valor de custo e o valor realizável
líquido, quando mais baixo, bem como o valor dos
materiais potencialmente obsoletos, originam o registo
de perdas de imparidade.
O método de custeio adoptado para a valorização das
saídas de armazém é o custo médio ponderado.
2.13 CLIENTES
As dívidas de clientes do Grupo são registadas pelo
seu justo valor deduzido de eventuais perdas por
imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor
presente realizável líquido. As perdas de imparidade são
apuradas em função da análise efectuada pelo Grupo
da sua capacidade em cobrar os montantes devidos,
de acordo com os termos originalmente estabelecidos
para liquidação das dívidas de clientes. O montante
das perdas de imparidade são calculadas pela diferença
entre o valor da dívida e o valor recuperável, sendo este o
valor presente dos cash-flows esperados, descontados à
taxa efectiva. As perdas de imparidade são reconhecidas
directamente na demonstração dos resultados do
período.
33
2.14 OUTRAS CONTAS A RECEBER
As Contas a Receber são reconhecidas inicialmente pelo
seu justo valor e mensuradas subsequentemente pelo
custo amortizado usando o método do juro efectivo. As
perdas por imparidade verificadas são reconhecidas nos
resultados.
2.15 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
DERIVADOS
Os Instrumentos Financeiros Derivados são reconhecidos
na data da sua negociação pelo seu justo valor.
Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos
financeiros derivados é reavaliado numa base regular
sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação
registados directamente em resultados do período,
excepto no que se refere aos derivados de cobertura.
O reconhecimento das variações de justo valor dos
derivados de cobertura, em resultados do período,
depende da natureza do risco coberto e do modelo de
cobertura utilizado.
O justo valor dos Instrumentos Financeiros derivados
corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível,
30/4/10 4:41 PM
ou na sua ausência é determinado por entidades externas
tendo por base técnicas de valorização, incluindo
modelos de desconto de fluxos de caixa (considerando
as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva
de rentabilidade e factores de volatilidade) e modelos
de avaliação de opções conforme seja apropriado.
Estas metodologias podem requerer a utilização de
pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo
valor.
amortizado através do método do juro efectivo.
• Empréstimos concedidos e contas a receber são
activos financeiros não derivados com pagamentos
fixados ou determináveis que não estão cotados
num mercado activo. Estes activos são mensurados
inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos
custos de transacção directamente atribuíveis à sua
aquisição e são mensurados subsequentemente pelo
custo amortizado através do método do juro efectivo.
Imparidade
Consequentemente, a utilização de diferentes
metodologias ou de diferentes pressupostos ou
julgamentos na aplicação de determinado modelo,
poderia originar resultados financeiros diferentes
daqueles reportados.
• Activos financeiros disponíveis para venda são
activos financeiros não derivados que sejam designados
como disponíveis para venda ou que não sejam
classificados em cada uma das categorias anteriores.
São mensurados inicialmente pelos seus justos valores
acrescidos dos custos de transacção directamente
atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações
subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas
directamente no Capital Próprio, em reservas de justo
valor (excepto no caso de perdas por imparidade e de
ganhos e perdas cambiais), até que o activo financeiro
seja desreconhecido, momento em que o ganho ou
perda cumulativo anteriormente reconhecido no capital
próprio deverá ser reconhecido nos resultados. Contudo,
o juro calculado usando o método do juro efectivo é
reconhecido nos resultados. Os dividendos resultantes
de um instrumento de capital próprio disponível para
venda são reconhecidos nos resultados quando o direito
da entidade de receber pagamento for estabelecido.
Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros,
encontra-se em imparidade sempre que exista uma
prova objectiva de imparidade resultante de um ou mais
eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial.
Quando existe evidência de imparidade nos activos
financeiros disponíveis para venda, a perda potencial
acumulada registada no capital próprio (correspondente
às variações negativas no justo valor) é transferida
para resultados. Para as restantes categorias de activos
financeiros (incluindo investimentos em instrumentos
de capital próprio mensurados pelo custo), as perdas por
imparidade reconhecidas são registadas directamente
nos resultados.
Derivados embutidos
Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são
tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios
económicos do derivado não estão relacionados com
os do instrumento principal, desde que este não esteja
contabilizado ao justo valor com impacto em resultados
do exercício. Os derivados embutidos são registados
ao justo valor com as suas variações registadas em
resultados do exercício e apresentados na carteira de
negociação.
34
2.16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Reconhecimento, mensuração e desreconhecimento
Os activos financeiros são classificados de acordo com
cada uma das seguintes categorias, dependendo do
objectivo para o qual esse activo foi adquirido:
• Activos financeiros pelo justo valor por via dos
resultados são activos financeiros que estão classificados
como detidos para negociação, pelo que são detidos
pelo Grupo com o objectivo principal de gerar lucro a
curto prazo e incluem derivados não designados como
instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente
no balanço pelos seus justos valores e quaisquer
alterações subsequentes aos seus justos valores são
reconhecidas directamente na demonstração dos
resultados. Os derivados de negociação com um justo
valor positivo são incluídos na rubrica activos financeiros
detidos para negociação. Os derivados de negociação
com um justo valor negativo são incluídos na rubrica
passivos financeiros detidos para negociação.
• Investimentos detidos até à maturidade são activos
financeiros não derivados com pagamentos fixados
ou determináveis e maturidade fixada que o Grupo
tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à
maturidade. Estes activos são mensurados inicialmente
pelos seus justos valores acrescidos dos custos de
transacção directamente atribuíveis à sua aquisição
e são mensurados subsequentemente pelo custo
relatorioAI09-AF.indd 34-35
Os investimentos em instrumentos de Capital Próprio que
não tenham um preço de mercado cotado num mercado
activo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente
mensurado (bem como os derivados que estejam ligados
a esses instrumentos de Capital Próprio e que devam ser
liquidados pela entrega dos mesmos), são mensurados
pelo custo.
Um activo financeiro é desreconhecido quando:
• Os direitos contratuais aos fluxos de caixa
resultantes desse activo expiram;
Tenham sido transferidos substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à detenção desse activo;
ou
• Apesar dos riscos e benefícios não terem sido
substancialmente transferidos, o Grupo não reteve o
controlo sobre esse activo.
Reclassificações entre categorias de activos financeiros
Conforme preconizado na IAS 39, o Grupo não procede a
reclassificações de instrumentos financeiros designados
inicialmente pelo justo valor por via dos resultados,
enquanto estes estiverem detidos ou emitidos pelo
Grupo. Contudo, se como resultado de uma alteração
da intenção ou capacidade, deixar de ser apropriado
classificar um instrumento como detido até à
maturidade, este é reclassificado como disponível para
venda e remensurado pelo seu justo valor.
O Grupo avalia regularmente se existe prova objectiva
de que um activo financeiro, ou grupo de activos
financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os
activos financeiros que apresentam sinais de imparidade,
é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as
perdas por imparidade registadas por contrapartida de
resultados.
O Grupo determina que existe imparidade nos seus
activos financeiros disponíveis para venda quando existe
uma desvalorização continuada ou de valor significativo
no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização
continuada ou de valor significativo requer julgamento.
No julgamento efectuado, o Grupo avalia entre outros
factores, a volatilidade normal dos preços das acções.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de
preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais
requerem a utilização de determinados pressupostos ou
julgamento no estabelecimento de estimativas de justo
valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes
pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível
diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o
consequente impacto nos resultados do Grupo.
Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados
pelo custo amortizado
Se, num período subsequente, a quantia da perda por
imparidade diminuir e a diminuição for objectivamente
relacionada com um acontecimento que ocorra após o
reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade
anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo
contudo o custo amortizado que resultaria caso a
imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que
a mesma foi revertida.
Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados
pelo custo
No caso de investimentos em instrumentos de capital
próprio que sejam mensurados pelo custo, as perdas de
imparidade reconhecidas não são reversíveis.
Reversão da imparidade - Activos financeiros disponíveis
para venda
As perdas por imparidade reconhecidas nos resultados
para um investimento num instrumento de capital
próprio classificado como disponível para venda não são
revertidas por via dos resultados, mas sim por reservas.
No caso de instrumentos de dívida classificados como
disponíveis para venda, a reversão dessas perdas é
efectuada por via dos resultados.
2.17 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos
à ordem. Equivalentes de caixa são investimentos a
curto prazo, com maturidade inferior a três meses a
contar da data de balanço, altamente líquidos que sejam
prontamente convertíveis para quantias conhecidas de
dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante
de alterações de valor.
2.18 ACTIVOS (NÃO CORRENTES) DETIDOS
PARA VENDA E PASSIVOS RELACIONADOS
O Grupo AUTO INDUSTRIAL classifica um Activo não
Corrente ou um grupo para Alienação como Detido para
Venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada
principalmente através de uma transacção de venda em
vez de através de uso continuado.
35
Os activos ou grupos para alienação assim classificados
estão disponíveis para venda imediata na sua condição
presente, sujeitos aos termos de venda habituais
decorrentes do enquadramento legal e estatutário do
Grupo AUTO INDUSTRIAL e a venda desses activos ou
grupos para alienação é altamente provável. Espera-se
que as vendas dos activos não correntes ou dos grupos
para alienação sejam concluídas até um ano a partir
da data da respectiva classificação como detidos para
venda. Dado o acima referido enquadramento legal e
estatutário, existem com frequência acontecimentos
e circunstâncias fora do controlo do Grupo AUTO
INDUSTRIAL que obrigam a estender o período para
concluir as vendas para lá de um ano, apesar do Grupo
se manter comprometido com a venda dos activos ou
dos grupos para alienação; nestes casos, é mantida a
classificação de detidos para venda.
Os activos não correntes ou grupos para alienação,
classificados como detidos para venda, são mensurados
pelo menor valor entre as respectivas quantias
escrituradas e os respectivos justos valores menos os
custos de vender. Antes da classificação inicial dos activos
ou grupos para alienação como detidos para venda, as
respectivas quantias escrituradas foram mensuradas
de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são
reconhecidas perdas por imparidade relativamente a
reduções do activo ou grupo para alienação para o justo
30/4/10 4:41 PM
valor menos os custos de vender e são reconhecidos
ganhos para qualquer aumento no justo valor menos os
custos de vender dos activos.
2.19 PROVISÕES, ACTIVOS CONTINGENTES
E PASSIVOS CONTINGENTES
Os activos e passivos contingentes não são reconhecidos
na face das demonstrações financeiras, mas divulgados
nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade
de um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios
económicos for remota ou se for pouco provável que
ocorra o influxo de benefícios económicos, os respectivos
passivos contingentes ou activos contingentes não são
divulgados.
Provisões
Uma Provisão é um passivo de tempestividade ou quantia
incerta.
2.20 OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS
Uma Provisão é reconhecida quando: (i) o Grupo tem uma
obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado
de um acontecimento passado; (ii) é provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos
seja exigido para liquidar a obrigação; e (iii) possa ser
feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.
Um instrumento é classificado como um Passivo
Financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua
liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro
ou de outro activo financeiro, independentemente da sua
forma legal. Estes Passivos Financeiros são mensurados
inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos
de transacção directamente atribuíveis à emissão do
passivo financeiro e subsequentemente mensurados pelo
custo amortizado usando o método do juro efectivo.
O reconhecimento inicial da Provisão é efectuado por
débito nos resultados, sendo a reversão da mesma
efectuada quando o acontecimento que lhe esteve na
origem deixar de ser provável. A reversão da provisão é
identicamente reflectida nos resultados do exercício.
36
A Provisão é utilizada directamente nos dispêndios
relativos aos quais a mesma foi inicialmente reconhecida,
não sendo nesses casos registado qualquer ganho ou
perda na demonstração dos resultados.
Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for
material, a quantia da provisão registada corresponde ao
valor presente dos dispêndios que se espera que sejam
necessários para liquidar a obrigação. Nestes casos
a quantia da provisão aumenta em cada período para
reflectir a passagem do tempo, sendo esse aumento
reconhecido como um gasto com juros.
2.21 LOCAÇÕES
Uma Locação é um acordo pelo qual o locador transmite
ao locatário em troca de um pagamento ou série de
pagamentos o direito de usar um activo por um período
de tempo acordado.
Uma Locação Financeira é uma locação que transfere
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes
à propriedade de um activo. O título de propriedade
pode ou não ser eventualmente transferido. Uma
Locação Operacional é uma locação em que uma parcela
significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse dos
bens é retida pelo locador.
Activos e passivos contingentes
Um passivo contingente é: (i) uma possível obrigação que
surge proveniente de acontecimentos passados e cuja
existência somente é confirmada pela ocorrência, ou
não ocorrência, de um ou mais acontecimentos futuros
incertos, não totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii)
uma obrigação presente que surge de acontecimentos
passados mas que não é reconhecida porque: não é
provável que um ex-fluxo de recursos que incorporem
benefícios económicos seja necessário para liquidar a
obrigação ou porque a quantia da obrigação não pode
ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Um activo contingente é um possível activo que surge
de acontecimentos passados e cuja existência somente
é confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um
ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o
controlo do Grupo.
relatorioAI09-AF.indd 36-37
O Grupo classifica as operações de locações como
Locações Financeiras ou locações operacionais, em
função da sua substância e não da sua forma legal,
dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS
17, na SIC 15, SIC 27 e IFRIC 4.
Situações em que o Grupo age como locatário – Locação
financeira
Os contratos de Locação Financeira são registados, na
data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo
de aquisição da propriedade locada, que corresponde
ao valor actual das rendas de locação vincendas. As
rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é
debitado em resultados; e (ii) pela amortização financeira
do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos
financeiros são reconhecidos como gastos ao longo do
período de Locação, a fim de produzirem uma taxa de
juro periódica constante sobre o saldo remanescente do
passivo em cada período.
Situações em que o Grupo age como locador – Locação
financeira
Os contratos de Locação Financeira são registados no
balanço como créditos concedidos pelo valor equivalente
ao investimento líquido realizado nos bens locados.
Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes
são registadas como rendimentos enquanto que as
amortizações de capital também incluídas nas rendas
são deduzidas ao valor do crédito concedido a clientes.
O reconhecimento dos juros reflecte uma taxa de
retorno periódica constante sobre o investimento líquido
remanescente do locador.
Situações em que o Grupo age como locatário – Locação
operacional
Os pagamentos de Locação ao abrigo de contratos de
Locação Operacional, são registadas como um gasto
no período em que ocorrem, numa base de linha recta
durante o período de locação.
Situações em que o Grupo age como locador – Locação
operacional
O Grupo apresenta os activos sujeitos a Locação
Operacional no seu balanço de acordo com a natureza
do activo. Assim, os veículos adquiridos para aluguer são
registados na rubrica activos tangíveis, em equipamento
de transporte e são amortizados conforme indicado na
nota 2.10.
Os rendimentos provenientes de contratos de Locação
Operacional, são reconhecidos no rendimento numa base
de linha recta durante o prazo da Locação .
Os custos directos iniciais incorridos são adicionados
à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos
como um gasto durante o prazo da Locação, na mesma
base do rendimento da Locação.
Por forma a determinar se o activo locado ficou em
imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36.
3 GESTÃO DE RISCOS DA ACTIVIDADE
Gestão de riscos
As diversas sociedades do Grupo AUTO INDUSTRIAL
estão, no âmbito da sua actividade, sujeitas a diversos
riscos que podem ser organizados em quatro grandes
grupos: (i) risco de crédito; (ii) risco de mercado; (iii)
risco de liquidez; e (iv) risco operacional.
que melhor se adequam aos objectivos de gestão de risco
emanados pelo Conselho de Administração do Grupo.
(i) Risco de crédito
O Conselho de Administração define e revê periodicamente
a estratégia de gestão de risco de crédito.
Na decorrência destas políticas são definidos os limites
de crédito concedido e a aprovação dos créditos tem
níveis de autorização relacionados com o montante
aprovado. Os valores e procedimentos constam de regras
internas definidas pela Administração. O processo para
aprovação de novos créditos assenta: (i) numa apurada
análise; (ii) na obtenção de garantias mínimas dadas pelo
cliente; e (iii) na recolha de informação sobre o potencial
cliente (dados pessoais, rendimentos, profissão, consulta
de bases de dados de incumprimentos), a qual é obtida
nas operações e enviada para os serviços centrais que,
em conjunto com outros elementos de análise, remete o
processo para aprovação da Administração, sempre que
seja necessário.
(ii) Risco de mercado
Face ao perfil da actividade comercial do grupo, a
exposição ao risco de mercado é bastante residual,
entendendo-se como principal risco os níveis e
antiguidades dos stocks. Ainda assim, a Administração
instituiu políticas de gestão deste risco, sendo
regularmente feito o acompanhamento da antiguidade
e volumes dos stocks, por forma a controlar eventuais
desvios relativamente aos níveis considerados normais,
que constam de parâmetros definidos pela Administração,
tendo em conta o mercado, nomeadamente a evolução
futura e a eventual sazonalidade, enquadrados com as
políticas internas.
37
(iii) Risco de liquidez
Anualmente é elaborado um orçamento por cada
operação do grupo, em que consta um orçamento das
necessidades de tesouraria. A nível central, é efectuado
o orçamento de tesouraria do DAF (Departamento
Administrativo Financeiro) que consolida todas as
necessidades de tesouraria do grupo, da actividade
comercial, o qual quantifica e integra as directrizes
estratégicas de gestão de liquidez, nomeadamente no
que concerne à composição e diversidade das fontes
de financiamento. Este orçamento, tal como o de cada
operação, é analisado e aprovado pela Administração.
Mensalmente são analisados os desvios através dos
mapas de controlo orçamental, sendo tomadas decisões
para a sua correcção. Semestralmente são revistos e
actualizados os orçamentos de tesouraria para os seis
meses seguintes.
Com o intuito de prever, controlar e mitigar riscos, fraudes,
erros e irregularidades o grupo dispõe de um Sistema de
Controlo Interno que de uma forma centralizada define e
faz implementar as politicas de gestão de risco e logo os
processos, os procedimentos e a estrutura organizativa
30/4/10 4:41 PM
4 RÉDITO DAS VENDAS E DOS
SERVIÇOS PRESTADOS
A rubrica Serviços Bancários Prestados, que não tem
valor em 2009, referia-se a valores das empresas da área
financeira (Sub-Grupo Tecnicrédito).
Até 2008 o grupo estava organizado em quatro
segmentos de negócio, com as unidades de negócio
(Automóvel; Equipamentos industriais agrícolas e
marítimos; Financeira; Gestão de Participações e Outros),
com a alienação da Tecnicredito SGPS em 2009, o grupo
deixou de ter a unidade de negócio “Financeira” ficando
assim com as três seguintes unidades de negócio:
• Automóvel;
• Equipamentos industriais agrícolas e marítimos;
• Gestão de Participações e Outros
A repartição das vendas e das prestações de serviços por
área de negócio, nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2009 e 2008, apresentada no mapa abaixo, evidencia
o segmento Automóvel como mais significativo, dentro
da actividade comercial:
Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados
por Área de Negócio
2009
2008
Vendas
Automóvel
Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos
229.024.770
261.579.574
24.013.370
19.905.641
253.038.140
281.485.215
Prestação de Serviços
Automóvel
38
13.188.811
14.062.464
160.023
142.212
0
17.965.166
159.166
1.525.724
13.508.001
33.695.566
5 PROVEITOS (JUROS) OBTIDOS NA
ACTIVIDADE FINANCEIRA
7 VARIAÇÃO NOS INVENTÁRIOS DE
PRODUTOS ACABADOS E EM CURSO
Modipe. Em 2008 alem da Modipe estava incluído o
Grupo Galo uma associada do Sub-grupo Tecnicrédito.
A Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em
Curso, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e 2008, foi apurada como se segue:
9 AJUSTAMENTOS POSITIVOS E
MAIS VALIAS DE INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Variação nos Inventários de Produtos
Os valores, de 2008, registados nesta rubrica
correspondem aos Proveitos Obtidos na Actividade
Financeira, pelas diversas empresas do Sub-Grupo
Tecnicrédito. Em 2009 não há valores em consequência
da alienação da Tecnicrédito SGPS.
Proveitos Obtidos na Actividade Financeira
2009
2008
Crédito ao consumo no país
76.980.819
Crédito ao consumo no estrangeiro
32.383.939
Locação financeira
8.103.296
Derivados de cobertura
3.913.064
Outros juros e proveitos equiparados
3.476.540
-
Acabados e em Curso
Inventário Final
2009
2008
112.018
103.499
Produtos acabados
48.246
68.711
Produtos e trabalhos em curso
63.772
34.788
103.499
84.454
Produtos acabados
68.711
35.243
Produtos e trabalhos em curso
34.788
49.212
8.519
19.045
Inventário Inicial
O saldo desta rubrica corresponde aos ganhos resultantes
da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros
derivados detidos para negociação, efectuada numa
base regular, conforme referido na política contabilística
descrita na nota 2.15. De salientar que, em 2009 o valor
de 5.616 euros, não inclui valores da Tecnicredito SGPS
e que do valor total registado nesta rubrica em 2008,
32.980.213 euros provinham de instrumentos derivados
do Sub-Grupo Tecnicrédito.
10 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
FINANCEIROS
124.857.658
6 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
OPERACIONAIS
O valor desta rubrica é composto por:
Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros
Juros obtidos
Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos
Financeiro
Gestão de participações e outros
O quadro seguinte apresenta o detalhe de Outros
Rendimentos e Ganhos Operacionais do grupo durante o
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e em 2008:
Variação da Produção
Diferenças de câmbio
Produtos acabados
266.546.141 315.180.781
Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais
2009
No quadro seguinte apresenta-se, a repartição das
vendas e das prestações de serviços por natureza de
actividade:
73.402.809
4.521.464
4.322.027
Proveitos de locação operacional
799.193
Ganhos na venda de imobilizado
1.799.775
450.273
448.377
1.014.702
2.415.795
7.335.941
81.838.474
Proveitos suplementares
Prémio por angariação de seguros
Rédito das Vendas e dos Serviços
2009
Prestados por Actividade
2008
Outros proveitos e ganhos operacionais
Vendas
164.422.194
198.537.566
Viaturas usadas
47.865.651
43.096.216
Peças
40.750.296
39.851.433
253.038.140
281.485.215
Prestação de Serviços
Reparação em oficinas
Serviços bancários prestados
Rent-a-Car
Outros proveitos de serviços e
comissões
relatorioAI09-AF.indd 38-39
Viaturas novas
11.788.594
11.752.974
17.965.166
159.166
1.525.724
1.560.240
2.451.703
13.508.000
33.695.566
266.546.141
315.180.781
33.469
2008
Produtos e Trabalhos em curso
Diferenças cambiais da actividade financeira
(20.466)
Do valor total de 2008, cerca de 76 650 682 pertenciam
ao sub-grupo Tecnicredito
A rubrica Diferenças Cambiais, Proveitos de locação
operacional e Prémio por angarição de seguros eram
exclusivamente da Tecnicredito SGPS.
28.985
(14.424)
O valor registado em Produtos Acabados corresponde
ao valor de mão-de-obra incorporada na preparação
de viaturas que se encontram em stock, pelas diversas
empresas do segmento Automóvel.
Os Produtos e Trabalhos em Curso correspondem a obras
de reparação em oficina que se encontram em curso no
final do exercício. Para efeitos de cálculo da variação
da produção apenas é considerado o valor relativo aos
custos com a mão-de-obra, uma vez que o montante
associado às peças incorporadas nas obras em curso
é regularizado directamente na rubrica Inventários
Consumidos e Vendidos.
O valor registado em proveitos suplementares
corresponde essencialmente a ganhos obtidos no
segmento Automóvel com bónus e prémios de objectivos
de vendas atribuídos pelas marcas.
8 LUCRO IMPUTADOS DE ASSOCIADAS
Os Ganhos na venda de imobilizado incluem os valores
da venda de um terreno em Coimbra e de uma loja em
Leiria.
O valor expresso nesta rubrica em 31 de Dezembro
2009, diz respeito a ganhos decorrentes da aplicação
do método de equivalência patrimonial na associada
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros proveitos e ganhos financeiros
2009
2008
874.348
55.160
5.914
11.764
42.691
25.283
2.626.210
1.191
3.549.163
93.398
39
A rubrica Juros obtidos, inclui 445.537 euros referentes
à especialização dos juros a receber dos VMOC (valores
mobiliários obrigatoriamente convertíveis) que a AI SGPS
detém no Banif SGPS.
A rubrica Outros proveitos e ganhos financeiros, inclui
2.625.079 euros de dividendos da Tecnicredito SGPS, em
2008 como foram eliminados na consolidação por ser
empresa do grupo
11 INVENTÁRIOS CONSUMIDOS E
VENDIDOS
O valor registado nesta rubrica corresponde ao custo dos
Inventários Consumidos e Vendidos das diversas empresas
da actividade comercial que, em 31 de Dezembro de
2009 e 2008, foi apurado da seguinte forma:
30/4/10 4:41 PM
Inventários Consumidos e Vendidos
Existências iniciais
Compras e regularizações
Existências finais
2009
2008
55.098.707
47.445.140
226.840.424
267.836.484
50.327.553
55.098.707
231.611.577
260.182.916
12 CUSTOS (JUROS) SUPORTADOS
NA ACTIVIDADE FINANCEIRA
incorridos com as rendas do aluguer operacional de
viaturas, na divisão Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL.
A rubrica Rendas e Alugueres inclui, em 2008, o montante
de 1.251.658 Euros referente, essencialmente, a rendas
pagas pelo Sub-Grupo Tecnicrédito pelo arrendamento
das respectivas instalações.
A rubrica Publicidade e Acções Promocionais inclui,
em 2008, o montante de 905.765 euros referente à
organização de eventos comerciais nas empresas do
Sub-Grupo Tecnicrédito.
Remunerações
Débitos representados por títulos
25.461.250
Recursos de instituições de crédito no país
12.594.129
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
5.519.106
Passivos subordinados
3.215.536
Recursos de clientes
223.589
Derivados de cobertura
213.774
Outros juros e custos equiparados
527.925
-
47.755.309
13MATERIAIS E SERVIÇOS CONSUMIDOS
O detalhe do valor apurado relativamente a Materiais e
Serviços Consumidos, para os exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
Materiais e Serviços Consumidos
2009
2008
2.566.013
7.036.675
Rendas e alugueres
1.991.214
3.348.439
Subcontratos
1.667.040
1.744.125
Publicidade e acções promocionais
666.311
1.680.228
Comunicação e despesas de expedição
579.194
Custo com trabalho independente
293.479
Serviços judiciais, de contencioso e notariado
Outros fornecimentos e serviços de terceiros
Pessoal
Encargos sociais
Outros custos com pessoal
1.571.478
16.147.821
23.279.886
3.695.074
5.614.066
626.162
1.123.073
21.428.377
31.588.504
A variação entre 2009 e 2008 está relacionada com
a alienação da Tecnicredito SGPS, em 2008 a sua
contribuição foi de 9.746.255 Euros.
Os Outros Custos com Pessoal referem-se sobretudo
aos montantes dispendidos com acções de formação,
encargos com rescisões de contratos e fardamentos.
O efectivo médio de trabalhadores ao serviço no Grupo,
dividido por grandes categorias profissionais, foi o
seguinte:
Número Efectivos
Portugal:
2009
2008
5
8
33
221
322
Administrativos
111
194
Outras funções
579
680
2.900.437
941
1237
2.910.228
Estrangeiro:
2.405.459
Administração
4
2.091.864
7.036.347
Directores / gerentes
6
9.979.068
29.061.937
A alienação da Tecnicredito SGPS, explica a grande
variação nas rubricas entre 2009 e 2008.
A rubrica Subcontratos inclui o montante de 120.307
Euros (2008: 245.945 euros) referentes aos custos
relatorioAI09-AF.indd 40-41
Edifícios e outras construções
Directores / gerentes
Quadros técnicos e comerciais
2009
2008
2.189.571
Equipamento básico
880.566
1.256.507
Equipamento de transporte
542.866
2.111.275
Ferramentas e utensílios
241.561
294.316
Equipamento administrativo
352.089
979.089
24.044
64.371
3.870.364
6.895.129
3.886
340.091
3.874.250
7.235.220
Outras imobilizações corpóreas
A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação
da Tecnicredito SGPS, no total de 2008 esta representava
2 895 332 euros.
16 PERDAS POR IMPARIDADE
DE ACTIVOS E SUAS REVERSÕES
Reversões
2009
54.638.979
Reversões do exercício
(16.758)
(20.736.287)
379.074
33.902.692
O detalhe dos valores registados nesta rubrica, por
natureza, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e 2008, é apresentado nos quadros seguintes:
69
91
Outras funções
1
Actividade financeira
Actividade comercial
171
941
1408
A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação
da Tecnicredito SGPS em 2009.
2009
2008
Contas a receber de clientes
Outras contas a receber
Activos detidos para venda
3.147.049
16.758
20.736.287
A variação entre 2009 e 2008 explica-se com a alienação
da Tecnicredito SGPS
17AUMENTOS E DIMINUIÇÕES DE
PROVISÕES
O detalhe do valor apurado na rubrica Aumentos
e Diminuições de Provisões, líquidas de dotações e
reversões, para os exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2009 e 2008, são analisadas como se segue:
2009
Dotações do exercício
2008
448.969
(150.510)
(500.000)
(150.510)
(51.031)
2008
395.832
Administrativos
504.420
41
Dotações do exercício
Perdas por Imparidade de Activos
10.266
Activos detidos para venda
Reversões do exercício
Perdas por Imparidade de Activos e suas
17.074.552
16.758
Recuperações de crédito (actividade financeira)
Aumentos e Diminuições de Provisões
A rubrica Perdas por Imparidade de Activos e suas
Reversões decompõe-se da seguinte forma:
Quadros técnicos e comerciais
-
Actividade comercial
Outras contas a receber
2008
Contas a receber de clientes
1.829.238
25
123.953
Activos fixos tangíveis
Outros activos intangíveis
959.320
Administração
Serviços especializados
2008
Órgãos sociais
40
2009
2008
2009
Actividade financeira
Gastos de Depreciação e Amortização
Esta rubrica regista os Custos com o Pessoal, suportados
pelo Grupo, que se podem decompor da seguinte forma:
Custos com o Pessoal
2009
Reversões de Imparidade de Activos
O valor desta rubrica é composto por:
14 CUSTOS COM O PESSOAL
Em 2009 com a alienação da Tecnicredito SGPS, não há
valores nesta rubrica, que era obtida exclusivamente no
Sub-Grupo Tecnicrédito.
Custos Suportados na Actividade Financeira
15 GASTOS DE DEPRECIAÇÃO E
AMORTIZAÇÃO
390.695
50.487.879
292.082
0
3.851.868
5.137
7.150
395.832
54.638.979
Em 2009 a diminuição das Provisões, é essencialmente
referente a anulação de uma provisão constituída em
2008, no valor de 150.000 Euros, relativo á existência de
um contrato oneroso associado ao depósito de garantia
relacionado com o Banco Rothschild.(vide nota 38)
Além desse valor a quase totalidade dos movimentos
registados nesta rubrica no ano de 2008 decorrem
de registos efectuados nas empresas do Sub-Grupo
Tecnicrédito.
18 OUTROS GASTOS E PERDAS
OPERACIONAIS
O valor registado nesta rubrica, para os exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, decompõe-se da
seguinte forma:
30/4/10 4:41 PM
Outros Custos e Gastos Operacionais
Impostos
2009
2008
404.308
1.292.099
Gastos em período de garantia
327.536
321.944
Gastos com viaturas de demonstração
311.675
293.636
Prejuízos na venda de imobilizado
229.888
25.917
Indemnizações por despedimento
166.211
596.532
53.673
115.850
20 JUROS E OUTROS GASTOS E PERDAS
FINANCEIRAS
26,5% de acordo com a Lei n º 107-B / 2003, de 31 de
Dezembro (2006: 26,5%). O cálculo do imposto diferido
de 2008 e 2007 foi apurado com base na taxa de 26,5%.
O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é
como segue:
As declarações de autoliquidação, da AUTO INDUSTRIAL,
SA e das subsidiárias com sede em Portugal ficam
sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas
Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.
Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações
adicionais de impostos devido essencialmente a
diferentes interpretações da legislação fiscal. No
entanto, é convicção da Administração que não ocorrerão
liquidações adicionais de valor significativo no contexto
das demonstrações financeiras.
A variação entre 2009 e 2008 explica-se, essencialmente,
com a alienação da Tecnicredito SGPS.
Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras
2008
Juros de outros empréstimos bancários
2.249.678
2.914.012
Juros de empréstimos obrigacionistas
1.070.352
1.325.312
404.646
543.747
3.363.927
Juros de locação financeira
Donativos e quotizações
2009
Serviços bancários prestados por terceiros
Diferenças cambiais da actividade financeira
0
63.198.001
Menos-valias em bens de locação financeira
0
337.924
Outros custos e perdas operacionais
906.071
1.168.274
2.399.361
67.350.176
A variação entre 2009 e 2008 explica-se, essencialmente,
com a alienação da Tecnicredito SGPS, no valor total de
2008 esta representava 65 280 421 euros.
42
Os valores registados em Indemnizações por
despedimento, resultam de indemnizações pagas ao
pessoal por rescisões de contratos de trabalho por mútuo
acordo, decorrentes do esforço de reajustamento e
optimização do quadro de pessoal, inserido na estratégia
de racionalização dos custos em geral, nas operações da
área automóvel do Grupo.
A rubrica Gastos em Período de Garantia, regista os
custos incorridos com reparações de viaturas em período
de garantia, em que: (i) a reclamação não foi aceite
pela marca; ou (ii) ocorreram em períodos de garantia
adicionais concedidos pelo Grupo.
19 AJUSTAMENTOS NEGATIVOS E
MENOS VALIAS DE INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Custos com serviços e comissões
Outros juros e encargos financeiros
relatorioAI09-AF.indd 42-43
1.253.081
450.372
222.690
4.175.048
9.622.770
Os valores registados nesta rubrica correspondem a
custos financeiros suportados pelas restantes empresas
do Grupo, associados essencialmente ao financiamento
da actividade comercial, os quais se encontram
relacionados com empréstimos contraídos junto de
instituições financeiras nacionais, com empréstimos
obrigacionistas e juros de locação financeira.
Em 2008 os valores registados nas rubricas Serviços
Bancários Prestados por Terceiros e Custos com Serviços
e Comissões correspondem a custos suportados na
actividade financeira, pelas empresas do Sub-Grupo
Tecnicrédito, e que em 2009 já não pertence ao Grupo.
2009
2008
676
(2.478.742)
0
(268.019)
(42.857)
(38.155)
5.214
6.231
(75)
(976)
Derivados
132.624
248.672
Comissões
0
1.420.399
Activos financeiros disponíveis para venda
0
756.194
940
39.750
6.104
1.583.407
Desreconhecimento de activos
Empréstimos (custo amortizado)
Reserva de reavaliação
Anulação activos intangíveis
Provisões não aceites fiscalmente
Outros
Imposto sobre o Rendimento
2009
1.268.761
2008
Resultado líquido
2.804.254
11.382.024
Número médio de acções
3.989.157
3.989.157
Resultado por acção básico
0,70
2,85
Resultado por acção diluído
0,70
2,85
Os Resultados por Acção Básicos são calculados
dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas
pelo número médio ponderado de acções ordinárias
emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias
compradas pelo Grupo e detidas como acções próprias.
Para o Resultado por Acção Diluído, o número médio
de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir
a conversão de todas as potenciais acções ordinárias
tratadas como diluídas. Emissões contingentes ou
potenciais são tratadas como diluídas quando a sua
conversão para acções faz decrescer o resultado por
acção.
43
24ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o
movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Tangíveis
foi o seguinte:
22 INTERESSES MINORITÁRIOS
NO RESULTADO
Activos Fixos Tangíveis
Os Interesses Minoritários de Resultados são os seguintes:
2008
2009
102.625
O Imposto sobre o rendimento do Exercício tem a
seguinte composição:
Resultado Por Acção
Imposto Diferido sobre o Rendimento
21 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
DO EXERCÍCIO
O Resultado por Acção é calculado da seguinte forma:
O montante de impostos diferidos em resultados é
atribuível às seguintes rubricas:
Imparidade
Saldo
Saída TEC
Inicial
SGPS
Adições
Alienações
Transferência
ou
Saldo Final
Abates
Terrenos e Rec. Naturais
10.728.295
0
1.323.564
293.022
674.747 11.084.089
Edificios e outras
construções
45.063.749 11.374.353
2.495.612
182.389
1.990.921 34.011.698
Equipamento básico
13.700.471
0
2.752.912
5.980.111
0 10.473.271
Equipamento transporte
7.801.680
4.793.259
678.646
98.132
816.780
2.772.154
Ferramentas e utensilios
3.764.968
283.340
198.806
366
6.747
3.673.321
Equipamento administrativo 13.649.225
4.552.931
307.914
3.812
30.075
9.370.321
0
0
0
0
0
0
1.272.374
125.808
0
0
0
1.146.566
591.048
167.685
2.737.866
0
887.778
2.273.450
Imposto corrente
Os valores registados nesta rubrica correspondem
a perdas resultantes da reavaliação do justo valor
dos instrumentos financeiros derivados detidos para
negociação, efectuada numa base regular, conforme
referido na política contabilística descrita nas notas 2.14
e 2.15.
A grande variação entre 2009 e 2008 explica-se com
a alienação da Tecnicredito SGPS. De salientar que,
do valor total registado nesta rubrica no ano de 2008,
40.675.347 euros eram de instrumentos derivados do
Sub-Grupo Tecnicrédito.
23 RESULTADO POR ACÇÃO
Imposto diferido
146.311
(102.625)
(1.268.761)
43.686
4.820.955
6.089.716
Interesses Minoritário de Resultado
Líquido
2009
2008
A AUTO INDUSTRIAL, SA e as subsidiárias com sede em
Portugal estão sujeitas a tributação em sede de Impostos
sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e
correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente
do exercício de 2008 foi apurado pelo Grupo com base
numa taxa nominal de imposto e derrama de cerca de
AI,Sgps
110.799
0 Auto Horizonte
(177)
(242)
Central Parque,SA
(980)
(1.079)
(30.151)
(709.369)
0
14.054.492
79.491
13.343.801
Sagrup, Sgps,Sa
Técnicrédito, Sgps
Taras e vasilhames
Outras imobiliz. corporeas
Imobilizações em curso
96.571.810 21.297.376 10.495.318
6.557.832 4.407.049 74.804.871
30/4/10 4:41 PM
Amortizações e Depreciações
Saldo Inicial
Terrenos e Rec. Naturais
Edificios e outras construções
Saída TEC SGPS
Adições
Transferência ou
Abates
Alienações
Saldo Final
Depreciações e Amortizações
0
0
0
0
0
0
19.781.844
2.691.715
1.829.238
102.502
139.531
18.677.333
Saldo Inicial
Outras Imobilizações Incorpóreas
Saída TEC SGPS
Adições
Transferência ou
Abates
Alienações
Saldo Final
3.864.047
3.640.164
3.886
115.744
-158.470
270.495
3.864.047
3.640.164
3.886
115.744
-158.470
270.495
1.103.252
509.496
194.835
35.957
222.568
530.066
Equipamento básico
9.947.425
0
880.566
1.156.791
0
9.671.200
Equipamento transporte
3.387.011
1.699.193
542.866
43.741
347.148
1.839.795
Ferramentas e utensilios
3.289.498
225.728
241.561
366
0
3.304.965
11.607.047
3.055.673
352.089
3.454
0
8.900.010
0
0
0
0
0
0
1.120.597
50.302
24.044
0
211
1.094.129
49.133.422
7.722.611
3.870.364
1.306.854
486.890
43.487.432
Valor Líquido
47.438.388
13.574.765
6.624.954
5.250.979
3.920.158
31.317.440
Equipamento administrativo
Taras e vasilhames
Outras imobiliz. corporeas
Valor Líquido
Neste quadro foi incluída uma coluna com os valores correspondentes da Tecnicredito SGPS, incluídos nos saldos final
2008/inicial 2009.
26 INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM ASSOCIADAS
O valor registado nesta rubrica inclui o montante de 115.729 euros que regista essencialmente a participação financeira
na associada MODIPE.
Em 2008 inclui um montante de 15.511.408 euros relativo à participação financeira que o Sub grupo Tecnicredito,
detinha no Grupo Galo.
27CLIENTES DE ACTIVIDADE FINANCEIRA
Neste quadro foi incluída uma coluna com os valores correspondentes da Tecnicredito SGPS, incluídos nos saldos final
2008/inicial 2009.
Os movimentos registados na rubrica de Equipamento Básico decorrem essencialmente das compras e alienações de
viaturas, efectuadas ao longo do exercício, pela divisão de Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL,SA.
44
Do valor de activos fixos tangíveis indicados, estão dados como garantias reais prestadas a terceiros, para cobertura de
empréstimos registados no Passivo os seguintes:
Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor
em 2009
2009
2008
45
Activo Corrente
Até 3 meses
69.042.749
De 3 meses a 1 ano
Empréstimos
Garantias
2.794.444
Instalações Portela da Ajuda (Auto-Industrial)
1.051.441
Instalações Perafita (CAM)
699.990
Instalações Alcabideche (CAM)
250.002
Instalações Alcabideche (Solmotor)
185.693.894
Duração indeterminada (crédito vencido)
65.358.314
-
Imparidade para riscos de crédito
320.094.957
-
(53.494.955)
-
266.600.002
Activo não corrente
De 1 ano até 5 anos
616.075.516
84.409.163
Mais de 5 anos
-
700.484.679
-
967.084.681
25OUTROS ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS
O quadro seguinte apresenta os movimentos da Imparidade para Riscos de Crédito da actividade financeira:
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Intangíveis foi
o seguinte:
Imparidade para Risco de Crédito
Saldo em 1 de Janeiro
Activos Fixos Tangíveis
Saldo Inicial
Saída TEC SGPS
Adições
Trespasses
Outras Imobilizações Incorpóreas
Imobiliz. em curso
relatorioAI09-AF.indd 44-45
Transferência ou
Abates
Alienações
2009
-
91.486.512
Saldo Final
2008
Dotações do exercício
50.487.879
Reversões do exercício
(17.074.552)
Utilizações do exercício
(70.910.583)
612.970
42.398
570.572
4.184.299
3.979.630
198.721
151.701
21.700
229.989
170.030
170.030
0
4.967.299
4.149.660
198.721
151.701
64.098
800.561
Diferenças cambiais
(494.301)
Saldo em 31 de Dezembro
-
53.494.955
30/4/10 4:41 PM
28ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
A repartição das Mercadorias por actividade é apresentada no quadro seguinte:
2009
Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos reconhecidos no balanço podem ser analisados como segue:
2008
Mercadorias
Diferenças temporárias dedutíveis, tributáveis e prejuízos fiscais reportados
2009
Activos
2008
Passivos
Activos
Passivos
Viaturas novas
18.274.933
Viaturas usadas
6.955.253
8.774.021
Peças
8.688.694
8.252.309
12.894.824
8.637.805
Máquinas agrícolas
47.670
0
4.012.754
2.864.104
0
0
2.034.550
2.204.159
701.821
0
634.948
0
0
-89.176
2.323.183
85.132
-10.711
42.857
0
307.318
12.755.836
47
831.184
1.160.883
1.129
0
1.228
0
Activos financeiros disponíveis para venda
0
0
236.333
388.806
Reserva de Reavaliação
0
140.180
0
145.395
Provisões não aceites fiscalmente
-1.880
0
39.750
0
Outros
-4.796
32.071
866.508
567.020
13.489.070
125.980
10.980.437
7.722.817
3.695.093
428.681
3.266.412
Imparidade
Comissões Actividade Financeira
Prejuízos Fiscais Transitados
Outros
Empréstimos (Custo Amortizado)
Desreconhecimento de activos
Anulação activos intangíveis
13.423.079
Activos e Passivos por impostos diferidos
59.989
46
13.363.090
Impostos diferidos líquidos
Os Activos por Impostos Diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando
exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais
reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos.
Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação
aplicável, o Grupo possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os
impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto.
As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas com a alienação da Tecnicredito SGPS, o valor 12.755.836 na rubrica
desreconhecimento de activos deriva da aplicação do justo valor, a 31 Dezembro, ao valor da participação que a AI SGPS
detém no BANIF SGPS.
relatorioAI09-AF.indd 46-47
2008
50.111.008
54.923.835
48.246
68.711
168.300
106.161
50.327.553
55.098.707
47
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:
2009
Clientes conta corrente
Clientes títulos a receber
Clientes cobrança duvidosa
Imparidade acumulada de dívidas de clientes
2008
29.028.247
30.530.232
1.194.606
1.000.197
7.534.057
7.320.163
37.756.910
38.850.592
(7.292.252)
(6.911.448)
30.464.658
31.939.145
Os movimentos registados nas Perdas de Imparidade acumuladas associadas a dívidas de clientes da actividade comercial,
em 2009 e 2008 foram os seguintes:
Saldo em 1 de Janeiro
2009
(126.949)
54.923.835
Esta rubrica regista as dívidas de clientes decorrentes da actividade comercial do Grupo. Os montantes apresentados no
Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas
pelo Grupo, de acordo com a sua experiência com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O
Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu
justo valor.
Imparidade para Dívidas Clientes
Actividade Comercia
Inventários
(131.930)
50.111.008
30CLIENTES DE ACTIVIDADE COMERCIAL
2009
2008
6.911.448
6.628.432
Dotações do exercício
395.409
292.544
Reversões do exercício
(14.604)
(9.528)
Utilizações do exercício
-
-
7.292.252
6.911.448
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica apresentava a seguinte composição:
Produtos e trabalhos em curso
O valor de Imparidade registada corresponde a mercadorias da subsidiária Digitese e da Divisão DAF da AUTO INDUSTRIAL,
que apresentavam, quer a 31 Dezembro de 2009 quer a 31 Dezembro 2008, valor esperado de realização nulo.
29INVENTÁRIOS
Produtos acabados
748.802
55.055.765
Clientes / Actividade Comercial
Mercadorias
3.424.254
50.237.958
Imparidade
Derivados
28.642.829
Saldo em 31 de Dezembro
30/4/10 4:41 PM
31OUTRAS CONTAS A RECEBER
O detalhe do valor apurado relativamente a Outras Contas e Receber, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e 2008 é o seguinte:
Outras Contas a Receber
2009
33DERIVADOS DE COBERTURA
2008
Estado e outros entes públicos
1.662.610
3.663.677
Empréstimos a empresas associadas
3.094.243
3.104.125
7.693
6.032
Adiantamentos a fornecedores
Pessoal
Outros devedores
Imparidade de dívidas a receber
8.880
19.153
23.301.990
12.512.412
28.075.416
19.305.399
(3.141.980)
(3.523.486)
24.933.436
15.781.913
O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui um montante de 347.386 euros (2008: 718.857 euros) relativo a
imposto sobre o valor acrescentado a recuperar, decorrente da actividade de algumas das empresas do Grupo.
A rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui ainda um montante de 635.278 euros relativo a liquidações adicionais
efectuadas ao Estado, por algumas das empresas do Grupo, decorrente de processos fiscais instaurados em anos anteriores.
O Grupo impugnou judicialmente os valores liquidados, tendo assim criado um Activo por contrapartida de uma provisão
para riscos e encargos (vide nota 38).
O valor registado em Empréstimos a Empresas Associadas em 2009 corresponde essencialmente a um empréstimo
concedido à associada Vera Cruz, pela Sagrup no montante de 3.100.961 euros (2008: 3.100.961 euros).
48
O valor registado em Bónus e Campanhas corresponde à especialização dos proveitos a receber associados a: (i) reembolsos
de descontos concedidos inseridos em campanhas patrocinadas pelas marcas e em apoios a frotistas; (ii) bónus, prémios
e incentivos a receber pelas marcas representadas.
As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS
Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor
em 2009.
Derivados de Cobertura
Imparidade para Dívidas a receber
2009
Saldo em 1 de Janeiro
Interest rate swaps
70.913
Passivo:
Interest rate swaps
(2.147.360) Valor Líquido
-
Reversões do exercício
Saídas
Saldo em 31 de Dezembro
(2.076.447)
A análise da carteira de instrumentos financeiros derivados de cobertura por maturidades é a seguinte:
2009
Nocional
Euros
2008
Justo valor
Euros
Nocional
Euros
Até 3 meses
Justo valor
Euros
49
13.370.484
(130.851)
De 3 meses a 1 ano
178.751.286
(799.392)
De 1 ano até 5 anos
137.676.440
(1.146.204)
329.798.209
(2.076.447)
2008
3.523.486
Dotações do exercício
2008
Activo:
A rubrica outros devedores, em 31 Dezembro 2009, inclui o montante de 15.100.008 euros relativos ao valor a pagar em
dinheiro pelo Banif SGPS à AI SGPS pela permuta de acções da Tecnicredito SGPS por acções e VMOC’s do Banif SGPS,
nos termos do contrato de incorporação da Tecnicredito SGPS no Banif SGPS.
Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a dívidas a receber foram, em 2009 e 2008
os seguintes:
2009
176.038
0
3.851.868
0
(504.420)
(381.506)
3.141.980
3.523.486
A diminuição em 2009 deve-se à saída da Tecnicredito SGPS.
34ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
32OUTROS ACTIVOS CORRENTES
Activos Financeiros Disponíveis para Venda
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo de emissores públicos
2009
2008
7.500.880
69.573
Acções e outros títulos de rendimento variável de outros emissores
74.271.225
15.323
Valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis
74.256.250
Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresentava a seguinte composição:
Outros Activos Correntes
2009
Bónus e Campanhas
2008
2.927.763
1.720.884
Acréscimos de Proveitos
980.871
4.080.047
Custos Diferidos
234.372
2.008.035
Comissões Bancárias
498.126
Comparticipação das Seguradoras
921.428
Aplicações por recuperação crédito
592.140
relatorioAI09-AF.indd 48-49
4.143.006
9.820.660
156.028.355
84.896
Os valores acima indicados referem-se a obrigações, acções e VMOC que a AI SGPS detém no Banif SGPS.
30/4/10 4:41 PM
35ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
As empresas subsidiárias classificadas como detidas para venda estão discriminadas no quadro seguinte:
Activos Financeiros Disponíveis
para Negociação
2009
Sede
Firma
Esta rubrica era exclusivamente obtida nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, pelo que não apresenta qualquer valor
em 2009.
% do Capital Detido
2009
Detentores de Capital
Social
% do Capital Detido
2008
RMP - Reparações Mecânicas do Pombal, Lda
Pombal
Auto Industrial, SA e EUA, Lda
100,00%
100,00%
Novitexto – Base de Dados, Lda
Lisboa
Auto Industrial, SA e CAM, SA
100,00%
100,00%
AUA – Auto Associadas (Automóveis), Lda
Estoril
Auto Industrial, SA e Novitexto,
Lda
100,00%
100,00%
Auto-Palace Automóveis, Lda
Lisboa
Auto Industrial, SA e EUA, Lda
100,00%
100,00%
Caldas da Rainha
Auto Industrial, SA e EUA, Lda
100,00%
100,00%
Almada
Auto Industrial, SA e Central
Parque, SA
93,24%
93,24%
2008
Derivados de taxa de juro
9.313.431
Derivados de moeda
78.300
-
9.391.731
Auto Caldense Automóveis, Lda
Estação de Serviço Novalmadauto, Lda
36CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica de Caixa e seus Equivalentes apresentava o seguinte
detalhe:
Caixa e seus Equivalentes
2009
Caixa
Bancos centrais
Todas as empresas acima identificadas estão em processo de liquidação, estando apenas pendente os últimos trâmites
legais para que se proceda ao registo de encerramento da liquidação.
Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a activos detidos para venda foram os
seguintes:
2008
176.027
112.954
0
228.325
Imparidade Activos Detidos para Venda
Saldo em 1 de Janeiro 2009
(246.477)
50
51
Depósitos à ordem
122.708
90.466.506
Outros depósitos bancários
367.626
3.362.728
Dotações do exercício
2.612
666.361
94.170.513
Reversões do exercício
0
As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS.
Saldo em 31 de Dezembro 2009
(249.089)
37ACTIVOS E PASSIVOS DETIDOS PARA VENDA
Conforme mencionado na Nota 2.17, os activos classificados como detidos para venda encontram-se associados às
empresas subsidiárias que estão em processo de liquidação e foram mensurados pelos respectivos justos valores menos
os custos de vender. Assim, o detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de
2009 e 2008 é o seguinte:
Activos e Passivos Detidos para Venda
2009
Imparidade acumulada
relatorioAI09-AF.indd 50-51
Outras Provisões
306.644
304.094
(249.089)
(246.539)
57.555
57.555
Provisões p/ Impostos
Saldo Inicial
2009
Saida TEC SGPS
Saldo Final
2009
Diminuições
2.268.987
1.407.744
150.510
710.733
635.278
635.278
2.904.265
1.407.744
150.510
1.346.011
124.638
Provisões
Passivos relacionados
As Provisões podem ser analisadas como se segue:
2008
Activos
38PROVISÕES
124.638
A rubrica Provisões para Processos Fiscais, no montante de 635 278 euros corresponde provisões criadas por três empresas
do Grupo (Auto Industrial, EUA e CAM) associadas a activos sobre o Estado decorrentes de processos fiscais instaurados
em anos anteriores e reclamados pelas Empresas (vide nota 31).
30/4/10 4:41 PM
39EMPRÉSTIMOS
Documento de Emissão
2009
2008
Não corrente
Empréstimos obrigacionistas
Papel comercial
Outros empréstimos obtidos
Corrente
3.880.574
399.343.339
22.750.000
39.829.563
8.901.972
122.451.874
35.532.547
561.624.776
Empréstimos obrigacionistas
9.825.814
Descobertos bancários
Data de Reembolso
Taxa de Juro
BESI - Papel Comercial
Set-08
Out-13
3,7710%
7.500.000
Santander Totta
Out-02
Out-12
2,2850%
2.750.000
BCPI Grupado
Out-02
Dez-12
2,5030%
7.500.000
BESI - Papel Comercial
Ago-08
Jul-13
4,0810%
5.000.000
22.750.000
Obrigações
Caixa Geral de Depósitos
Jun-05
Jun-10
2,7777%
1.239.511
BCPI
Jun-05
Jun-10
2,9504%
7.424.027
Caixa Geral de Depósitos
Dez-07
Dez-12
2,3554%
2.214.716
Obrig Subordinadas AI/2007
Mai-07
Mai-12
Tx fixa 4,5%+Juro Supl.
2.858.151
Periodificações e custos diferidos
-30.016
Papel Comercial
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica apresentava a seguinte decomposição por natureza:
Empréstimos
Data de Emissão
94.197.977
17.652.090
44.228.293
7.861.655
199.355.282
Outros empréstimos obtidos
31Dez09
(Euros)
13.706.388
36.456.388
52
53
35.339.559
337.781.552
70.872.106
899.406.328
40PASSIVO POR LOCAÇÃO FINANCEIRA
A análise dos Empréstimos de acordo com o período remanescente das operações, é apresentada como segue:
Maturidade
Até 3 meses
2009
O empréstimo Obrigacionista subordinado AI/2007 vence juros a uma taxa constituída por uma componente fixa e outra
variável. Os juros relativos à componente fixa, são pagos anualmente à taxa de 4,5%. O juro suplementar é calculado
com base numa proporção calculada em função da relação entre os resultados líquidos e o capital social da AUTO
INDUSTRIAL,S.A. à data da subscrição.
2008
Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Passivos por Locação Financeira, tem a seguinte composição de acordo com o
prazo residual das operações:
7.600
50.873.159
17.679.870
242.680.100
2009
3 meses até 1 ano
2008
Não Corrente
1 ano a 5 anos
35.532.547
458.556.839
Passivo por locação financeira superior a 1 ano
Mais de 5 anos
103.067.938
Duração indeterminada
(descobertos bancários)
17.652.090
44.228.293
70.872.106
899.406.329
Corrente
Passivo por locação financeira até 1 ano
3.883.261
10.316.717
1.814.784
2.811.248
5.698.045
13.127.966
As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS.
Os valores registados nesta rubrica correspondem às responsabilidades assumidas pelo Grupo decorrentes de contratos
de locação financeira celebrados para aquisição de imóveis e equipamentos.
À data de 31 de Dezembro de 2009, os Empréstimos representados por títulos que se encontravam em vigor (Empréstimos
Obrigacionistas e Papel Comercial) apresentavam as seguintes características:
As variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS.
relatorioAI09-AF.indd 52-53
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41 FORNECEDORES
43PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Esta rubrica regista os valores das dívidas contraídas pelo Grupo aos seus fornecedores, associados ao desenvolvimento
da actividade comercial do Grupo, estando o saldo desta rubrica essencialmente relacionado com a actividade das
empresas pertencentes ao Segmento Automóvel, conforme demonstrado no quadro seguinte:
O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:
Fornecedores
Sectores de actividade
2009
Derivados de moeda
Automóvel
Equipamentos agrícolas, industriais e marítimos
Gestão de participações e outros
2009
Derivados de taxa de juro
2008
Passivos financeiros Disponíveis
para Negociação
32.074.665
32.470.699
6.312.486
4.632.402
110.304
235.695
(1.084.185)
9.979.017
386.652
729.151
10.365.669
2009
2008
Justo valor
Euros
Nocional
Euros
Justo valor Euros
(1.876.371)
Até 3 meses
37.413.270
729.151
A análise por maturidade dos Passivos financeiros detidos para negociação é a seguinte:
Nocional
Euros
Eliminações intra-segmentos
2008
35.462.425
98.242.679
628.916
De 3 meses a 1 ano
10.000.000
(230.150)
110.551.493
1.014.192
De 1 ano até 5 anos
11.833.333
(499.002)
272.470.288
8.613.881
2.510.720
108.680
483.775.180
10.365.669
42OUTRAS CONTAS A PAGAR
Mais de 5 anos
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:
54
Outras Contas a Pagar
Correntes
Estado e outros entes públicos
21.833.333
2009
55
2008
Os Derivados Embutidos destacados pelo Grupo encontram-se registados na rubrica Derivados de Taxa de Juro, tendo
sido considerado como de negociação.
3.321.615
4.155.000
415.332
445.618
Cauções recebidas
-
13.801.354
Recursos de clientes actividade financeira
-
4.189.502
Companhias de seguros
-
2.927.730
1.333.813
4.218.358
5.070.759
29.737.562
Adiantamento de Clientes
Credores Diversos
As grandes variações entre 2009 e 2008, estão relacionadas, essencialmente, com a alienação da Tecnicredito SGPS.
44OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica Outros Passivos Correntes apresentava o seguinte
detalhe:
Outros Passivos Correntes
As rubricas que não apresentam valores em 2009 eram relativas a empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.
A Provisão para Impostos Sobre Lucros da AUTO INDUSTRIAL e das suas empresas subsidiárias foi calculada de acordo
com os critérios fiscais vigentes à data do balanço. Cada empresa do Grupo prepara individualmente a declaração de
impostos sobre lucros, embora algumas das empresas estejam a ser tributadas através do Regime Especial de Tributação
de Grupos de Sociedades, previsto no artigo 63º e seguintes do Código do IRC.
O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos corresponde a valores a liquidar ao Estado decorrente essencialmente
de: (i) Contribuições para a Segurança Social; (ii) Imposto sobre o valor acrescentado; (iii) retenções na fonte de imposto
sobre o rendimento; e (iv) imposto de selo.
2009
2008
Remunerações a Liquidar
2.565.982
3.962.618
Outros Acréscimos de Custos
1.828.083
5.659.015
244.011
266.035
4.638.076
9.887.668
Proveitos Diferidos
relatorioAI09-AF.indd 54-55
(729.151)
O valor registado em Remunerações a Liquidar corresponde à estimativa dos encargos com férias e subsídio de férias,
associados às remunerações dos empregados das diversas empresas do Grupo.
A rubrica Outros Acréscimos de Custos corresponde essencialmente à especialização dos encargos com Rappel a atribuir
pelas empresas do Grupo pertencentes ao Sector Automóvel.
30/4/10 4:41 PM
45CAPITAL PRÓPRIO
Os Interesses Minoritários no resultado líquido encontram-se discriminados na nota 22, apresentando-se no quadro
seguinte a decomposição dos interesses minoritários no capital próprio:
Capital nominal
Interesses Minoritário de Capital Próprio
O capital social de 20.000.000 euros, representado por 4.000.000 acções com o valor nominal de 5 euros, encontra-se
integralmente subscrito e realizado.
AI,Sgps
Acções próprias
Central Parque,SA
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo possuía em carteira 10.843 acções próprias, cujo valor nominal ascende a
54.215 euros, as quais foram adquiridas com um prémio de emissão de 38.418 euros.
Reservas e resultados acumulados
2009
64.490.725
0
81.282
82.361
Auto Horizonte
395
743
Sagrup, Sgps,Sa
(500.471)
208.898
0
97.319.385
64.071.931
97.611.387
Técnicrédito, Sgps
Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:
Reservas e Resultados Acumulados
2009
Reserva legal
Reserva de justo valor
Ajustamentos de equivalência patrimonial
2008
586.096
11.435.578
(22.458.505)
5.209.826
(181.690)
(306.298)
47 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
Esta rubrica é analisada como segue:
Contas Extrapatrimoniais
Outras reservas e resultados acumulados
121.169.411
88.995.770
99.115.313
105.334.876
Cauções estatutárias
Mercadorias de terceiros em consignação
Outras cauções
56
2008
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da
reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso
de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou
incorporada no capital. A AUTO INDUSTRIAL, SA, bem como as restantes empresas do Grupo, reforçam anualmente a sua
reserva legal com uma percentagem mínima entre os 5% e os 10% dos lucros líquidos anuais dependendo da actividade
económica.
Reserva de justo valor
Garantias e avales prestados
Compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos assumidos por terceiros
Outras reservas e resultados transitados
O valor registado nesta rubrica corresponde ao valor das Reservas Livres e dos Resultados Transitados do Grupo.
2008
25.000
25.000
1.541.356
7.353.531
240
240
17.555.787
13.444.976
57
9.122.258
175.297
Garantias reais:
Activos recebidos em garantia
As Reservas de Justo Valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos activos financeiros disponíveis
para venda, conforme descrito nas notas 2.15 e 2.16, respectivamente.
2009
1.504.002
Outras contas extrapatrimoniais:
Créditos abatidos ao activo
99.933.662
Juros e despesas de crédito vencido anulados
24.181.996
Rendas vincendas:
46 INTERESSES MINORITÁRIOS
NO CAPITAL PRÓPRIO
De contratos sem rendas em atraso
116.987.381
De contratos com rendas em atraso
16.055.244
Valores residuais:
Os Interesses Minoritários decompõe-se da seguinte forma:
Interesses Minoritários
Interesses minoritários de capital próprio
Interesses minoritários de resultado líquido
relatorioAI09-AF.indd 56-57
2009
De contratos sem rendas em atraso
20.581.277
De contratos com rendas em atraso
2.589.330
2008
64.071.931
97.611.387
79.491
13.343.801
64.151.422
110.955.189
Os instrumentos financeiros são registados no Balanço quando se tornam exigíveis. Os instrumentos financeiros registados
em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito
não se prevendo quaisquer perdas materiais nestas operações.
As rubricas, que em 2009 não apresentam valores eram exclusivamente obtidas nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.
30/4/10 4:41 PM
48RELATO POR SEGMENTOS
EUROS
49FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS
DURANTE O ANO 2009 E EVENTOS
SUBSEQUENTES
Participações Sociais por Segmentos de Negócio / Empresas
Rubricas
Eliminações
Financeiro
2009
Automóvel
Máq. e Equip. Indust.
Gestão de Operações de Participações
e Marítimos
e Diversos
2008
2009
2008
2009
2008
2009
268.424.014
299.853.377
24.227.814
24.343.257
Consolidado
Outros
2008
2009
2008
2009
2008
2009
2008
-27.728.717
-30.301.093
266.546.141
315.180.781
0
0
-1.605.854
-1.473.787
7.335.941
81.838.474
1.885
0
8.519
19.045
0
0
RESULTADOS
Rédito dos negócios
Rédito das vendas e dos serviços prestados
1
18.012.093
Proveitos (juros) obtidos na actividade
Financeira (TEC)
2
124.857.658
Outros rendimentos e ganhos operacionais
3
76.688.732
Variação nos inventários de produtos
acabados e em curso
4
Trabalhos para a própria empresa
capitalizados
5
Réditos Totais
6=1a5
0
219.558.483
5.012.363
4.957.640
280.914
342.699
6.133
18.505
501
540
273.442.511
304.829.521
24.509.229
24.686.496
-238.021.883
-268.627.947
-19.848.550
-20.032.381
1.119.000
3.315.023
4.434.023
1.119.000
1.055.328
2.174.328
504.029
333.495
2.154.148
267.862
124.857.658
837.524
2.422.010
-29.332.687
-31.774.880
273.890.600
521.895.958
-63.734
-70.536
26.322.589
28.547.947
-231.611.577
-260.182.916
0
0
Gastos dos negócios
Inventários consumidos e vendidos
(CMVMC)
7
Custos (juros) suportados na actividade
financeira (TEC)
8
-47.755.309
Materiais e serviços consumidos
58
-47.755.309
9
-17.656.256
-12.668.683
-13.377.730
-1.625.658
-1.602.425
1.605.990
1.659.388
-451.848
-1.311.847
3.161.132
3.226.933
-9.979.068
-29.061.937
Custos com o pessoal
10
-9.746.255
-17.303.495
-18.310.603
-1.297.329
-1.213.305
-2.411.270
-1.828.563
-250.060
-489.778
-166.223
0
-21.428.377
-31.588.504
Gastos de depreciação e amortização
11
-2.895.333
-1.784.357
-1.828.539
-145.437
-152.654
-1.461.700
-1.543.837
-472.088
-814.857
-10.667
0
-3.874.250
-7.235.220
Perdas por imparidade de activos e suas
reversões
12
-30.512.765
-134.786
-86.522
-107.161
-116.605
-138.874
-2.331.585
-134.576
-3.186.738
136.323
2.331.522
-379.074
-33.902.692
Aumentos e diminuições de provisões
13
201.031
510
150.000
-150.000
0
0
150.510
51.031
Outros gastos e perdas operacionais
14
-65.318.471
-1.819.569
-1.533.602
-126.801
-101.532
-264.348
-284.443
-171.607
-112.128
-17.037
0
-2.399.361
-67.350.177
Gastos Totais
Resultados dos negócios
15=7a14
0
-173.683.358
-271.732.262
-303.764.943
-23.150.936
-23.218.902
-2.520.203
-4.479.040
-1.543.912
-5.985.884
29.426.118
34.106.402
-269.521.196
-477.025.724
16=6+14
0
45.875.125
1.710.249
1.064.578
1.358.293
1.467.594
1.913.819
-2.304.712
-706.388
-3.563.875
93.431
2.331.522
4.369.404
44.870.234
3.650.145
3.651.746
5.857
2.072.682
0
422.981
5.616
33.405.201
3.549.163
93.398
Outros ganhos e perdas
Lucros imputados de associadas
17
2.065.224
Ajustamentos positivos e mais-valias de
instrumento financeiros
18
32.980.213
Outros rendimentos e ganhos financeiros
19
67.911
68.833
58.166
-751.738
-836.265
-252.924
Prejuízos imputados de associadas
20
Ajustamentos negativos e menos-valias de
instrumentos financeiros
21
-40.675.347
Juros e outros gastos e perdas financeiros
22
-4.617.009
4.533
1.083
2.007
49.994
5.596.862
2.152.169
13.249
34.604
-2.187.025
-2.212.203
-229.362
1.281.580
1.373.117
-277.175
-307.489
258
0
-827.562
1.571.767
-827.562
-41.271.965
1.847.186
21.427
-4.175.048
-9.622.770
-2.168.385
-1.822.608
335
-523.142
-349.657
-3.636.467
-4.544.249
-40.017
-133.617
Impostos sobres os lucros
23
-5.355.942
4.754
134.787
-298.816
-326.599
155.389
586.584
-5.442
-4.222
100.429
144.436
-43.686
-4.820.955
Ganhos (perdas) totais
24=17a23
0
-15.602.861
-2.497.147
-2.800.695
-1.016.717
-855.623
3.398.447
-430.371
-309.385
-410.724
-1.060.857
-44.133
-1.485.660
-20.144.408
24=16+24
0
30.272.264
-785.742
-1.734.796
341.576
611.971
5.312.266
-2.735.082
-985.623
-3.265.230
-998.733
1.576.699
2.883.744
24.725.826
-1.156
-1.321
0
0
-30.151
-709.369
110.798
14.054.491
79.491
13.343.801
30.272.264
-785.742
-1.734.796
341.572
611.971
5.312.266
909.206
-985.623
-3.265.230
-1.078.220
-15.411.390
2.804.254
11.382.024
Activos Totais
1.115.604.364
90.308.223
99.014.961
21.338.768
16.331.507
431.533.190
210.728.328
5.602.009
6.522.155
-236.774.952
-196.952.459
312.007.238
1.251.248.855
Passivos Totais
875.716.376
62.322.300
69.240.446
15.355.387
10.015.644
86.377.205
81.818.988
8.128.672
8.174.196
-46.231.518
-41.373.088
125.952.046
1.003.592.563
239.887.988
27.985.923
29.774.514
5.983.381
6.315.863
345.155.985
128.909.340
-2.526.663
-1.652.041
-190.543.434
-155.579.371
186.055.191
247.656.292
Resultados das actividades ordinárias
Interesses minoritários no resultado
Resultado líquido Atribuível aos
Accionistas
0
OUTRAS INFORMAÇÕES
Património Líquido
relatorioAI09-AF.indd 58-59
0
Em Julho de 2009 foi outorgado com o Banif SGPS um
“contrato relativo à integração da Tecnicrédito, SGPS,
S.A. no Banif – SGPS SA” e o “acordo entre a Rentipar
Investimentos, SGPS, S.A. e os Accionistas Controladores
da Tecnicrédito, SGPS, S.A.”, sendo esta última a holding
pessoal do Comendador Horácio Roque, accionista
maioritário do Banif.
Em consequência destas operações de mercado, o
Banif passou a incorporar integralmente no seu grupo
a Tecnicredito e, em contrapartida, a Auto-Industrial
passou a ser o segundo maior accionista de da Banif.
RELATÓRIO
E PARECER
DO CONSELHO
FISCAL
59
Senhores Accionistas:
Nos termos dos artigos 508º e seguintes do Código
das Sociedades Comerciais, e do mandato que V.
Exªs nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou,
com a frequência que entendeu necessária, durante
o exercício de 2009, o processo de preparação das
contas consolidadas, com o apoio e colaboração, que
agradece, do Conselho de Administração e dos serviços
administrativos, analisando os documentos que lhe
serviram de suporte e verificando a sua conformidade
com as disposições aplicáveis.
O Conselho verificou igualmente a concordância
do Relatório Consolidado de Gestão com as Contas
Consolidadas do exercício.
Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal que o
Relatório Consolidado apresentado pelo Conselho de
Administração e as Contas Consolidadas satisfazem
todos os requisitos legais.
Sendo assim, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação
Legal das Contas Consolidadas elaborada pelo Revisor
Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira
concordância, propõe:
30/4/10 4:41 PM
Sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e
as Contas Consolidadas apresentadas pelo Conselho de
Administração, referentes ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2009.
Coimbra 25 de Fevereiro de 2010
O Conselho Fiscal
Sílvio Costa - Presidente
Maria Teresa Andrade Dias
António Luís Athayde Martha
Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes
António Freitas dos Santos - ROC
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS
CONTAS
60
INTRODUÇÃO
1 – Examinei as demonstrações financeiras anexas,
consolidadas da Auto Industrial S.A, as quais
compreendem o Balanço Consolidado em 31 de
Dezembro de 2009, ( que evidencia um total de
balanço de 312.007.238 Euros e um total de capital
próprio de 186.055.191 Euros, incluindo um resultado
líquido de 2.804.254 Euros atribuível aos accionistas
e reconhecido na Demonstração dos Resultados
consolidados e um total de interesses minoritários de
64.151.422 Euros) as Demonstrações dos Resultados
Consolidados e a demonstração dos Fluxos de Caixa
do exercício findo naquela data, e as correspondentes
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas. Estas
demonstrações foram preparadas em conformidade com
as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRSs”)
tal como adoptadas pela União Europeia.
RESPONSABILIDADES
2- É da responsabilidade do Conselho de Administração
a preparação de demonstrações financeiras consolidadas
que apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira do conjunto de empresas englobadas
na consolidação ,e o resultado consolidado das suas
operações, bem como a adopção de políticas e critérios
contabilísticos adequados e a manutenção de um
sistema de controlo interno apropriado.
3- A nossa responsabilidade consiste em expressar uma
opinião profissional e independente, baseada no nosso
exame daquelas demonstrações financeiras.
relatorioAI09-AF.indd 60-61
ÂMBITO
4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo
com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/
Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as
quais exigem que o mesmo seja planeado e executado
com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável
sobre se as demonstrações financeiras consolidadas
estão isentas de distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame inclui:
• a verificação de as demonstrações financeiras
das empresas englobadas na consolidação terem
sido apropriadamente examinadas e, para os
casos significativos em que o não tenham sido, a
verificação, numa base de amostragem, do suporte
das quantias e divulgações nelas constantes e a
avaliação das estimativas, baseadas em juízos e
critérios definidos pelo Conselho de Administração,
utilizadas na sua preparação;
• a verificação das operações de consolidação e da
aplicação do método da equivalência patrimonial;
• a apreciação sobre se são adequadas as políticas
contabilísticas adoptadas, e a sua divulgação,
tendo em conta as circunstâncias;
• a verificação da aplicabilidade do princípio da
continuidade
• a apreciação sobre se é adequada, em termos
globais, a apresentação das demonstrações
financeiras consolidadas.
5 - O nosso exame abrangeu também a verificação
da concordância do relatório de gestão com as
demonstrações financeiras consolidadas
61
6 - Entendemos que o exame efectuado proporciona
uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
OPINIÃO
7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações
financeiras consolidadas apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos
materialmente relevantes, a posição financeira de Auto
Industrial S.A em 31 de Dezembro de 2009 o resultado
das suas operações e os fluxos de caixa, no exercício
findo naquela data, em conformidade com os princípios
contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Coimbra 25 de Fevereiro de 2010
António Freitas dos Santos
ROC nº 263
30/4/10 4:41 PM
CONTAS DA AUTO-INDUSTRIAL,S.A.
relatorioAI09-AF.indd 62-63
30/4/10 4:41 PM
BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2009
BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2009
ACTIVO
AB
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de instalação
Despesas de investig. e desenv.
Propriedade industrial e outros dir.
Trespasses
Outras imobilizações incorpóreas
Adiantamentos por conta de imob.
AA
2008
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
402.355
331.484
70.871
42.113
42.108
5
5
77.694
69.817
7.878
6.253
60.355
60.355
60.355
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas
Imobilizações em curso
Adiantamentos por conta de imob.
308.458
308.458
890.975
751.867
8.057.684
2009
2008
37.476
Capital
Acções próprias-Valor nominal
Acções próprias-Descontos e prémios
139.108
104.088
8.057.684
7.701.890
20.000.000
20.000.000
-54.215
-54.215
38.418
38.418
113.481.077
114.681.395
1.694.904
1.694.904
370.000
370.000
4.475.392
5.073.765
Prestações suplementares
Prémios de emissão
16.408.310
9.535.873
6.872.437
7.610.240
Ajustam.partes capital filiais associada
2.874.678
2.585.234
289.444
2.950.265
1.097.234
721.283
375.951
613.456
Reservas de reavaliação
762.834
612.514
150.320
185.286
Reserva legal
4.265.066
3.964.321
300.745
284.882
Reservas estatutárias
2.273.450
297.687
18.320.032
19.643.706
152.486.152
152.486.152
153.316.482
3.296
3.296
3.296
112.433
112.433
107.734
8.477
8.477
8.477
880
880
880
152.611.239
152.611.239
153.436.869
795
795
1.997
28.762
28.762
16.057
Reservas contratuais
2.273.450
35.739.256
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Partes capital empresas grupo
Empréstimos empresas grupo
Partes capital empresas associad.
Empréstimos empresas associad.
Títulos e outras aplicaç. financeiras
Outros empréstimos concedidos
Imobilizações em curso
Adiant. conta investimentos finan..
17.419.225
Outras reservas
Resultados transitados
88.638
Subtotal
Resultado liquido do exercício
140.094.214
141.804.267
3.297.789
-819.827
143.392.003
140.984.440
440.312
590,312
440.312
590,312
4.000.000
13,500,000
27.454.861
30.222.222
Dividendos antecipados
Total do capital próprio
PASSIVO
Provisões para pensões
CIRCULANTE
EXISTÊNCIAS
Matérias primas,subsd.e consumo
Produtos e trabalhos em curso
Subprodutos,desperd.,resid.,refug.
Produtos acabados e intermédios
Mercadorias
Adiantamentos conta de compras
64
AL
Provisões para impostos
Outras provisões para riscos encarg.
DIVIDAS A TERCEIROS M/L PRAZO
15.697
15.697
27.862
12.079.997
12.079.997
15.025.766
Empréstimos por obrigações
Dívidas a instituições de crédito
12.125.251
12.125.251
15.071.682
DÍVIDAS DE TERCEIROS M/L PRAZO
Clientes
Clientes - Títulos a Receber
Empresas Associadas
Outros accionistas
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Subscritores de capital
Fornecedores imobilizado c/c
3.883.261
4.566.875
35.338.122
48.289.097
9.500.000
3.250.000
21.919.451
19.865.255
65
DÍVIDAS A TERC. CURTO PRAZO
Empréstimos por obrigações
Empréstimos por títulos de participaç.
Dívidas a instituições de crédito
Adiantamentos por conta de vendas
DÍVIDAS DE TERCEIROS C. PRAZO
Clientes c/c
Clientes, títulos a receber
Clientes de cobrança duvidosa
Empresas do grupo
Empre. assoc. participadas, paticipantes
Outros accionistas
Adiantamentos a fornecedores
Adiant.fornecedores imobilizado
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Subscritores de capital
Fornecedores c/c
5.686.984
4.241.182
857.778
1.945.884
8.422.844
7.262.512
129.748
77.000
692.852
788,803
1.187.476
1.265.214
375.849
221.158
48.772.983
38.917.006
2.688.781
2.241.869
Proveitos diferidos
32.297
16.142
Passivos por Impostos Diferidos
38.629
38.629
7.500.971
7.500.971
9.298.427
744.266
744.266
443.939
Fornecedores-fact. recep. conferência
Fornecedores-títulos a pagar
3.874.354
3.748.571
125.782
248.907
37.441.315
2.470.458
34.970.856
27.347.395
2.080
2.080
2.080
1.250
1.250
1.046.932
1.046.932
1.031.836
1.220.688
1.220.688
1.063.870
45.612.825
39.436.453
Fornec. imobilizado-títulos a pagar
Empresas do grupo
Empresas Assoc. partic.participantes
Outros accionistas
Adiantamentos de clientes
51.831.854
6.219.030
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
Acções empresas grupo
Obrigações títulos partic.emp.grupo
Acções empresas associadas
Obrig.títulos partic. emp.associadas
Outros títulos negociáveis
Outras aplicações de tesouraria
Outros empréstimos obtidos
Fornecedores imobilizado c/c
Estado e outros entes públicos
Outros credores
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA
Depósitos bancários
Caixa
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Acréscimos de proveitos
Custos diferidos
Activos por impostos diferidos
385.471
385.471
1.935.389
14.150
14.150
25.442
399.621
399.621
1.960.831
725.321
725.321
644.350
209.328
209.328
390.582
2.759.707
2.296.640
560.403
560.403
388.934
Total do passivo
87.311.125
90.093.055
1.495.052
1.423.866
Total do capital próprio e do passivo
230.703.128
231.077.495
230.703.128
231.077.495
1.495.052
Total de amortizações
Total de Ajustamentos
Total do activo
Acréscimos de custos
255.093.250
18.171.092
6.219.030
24.390.122
EUROS
EUROS
relatorioAI09-AF.indd 64-65
30/4/10 4:41 PM
Demonstração dos Resultados por naturezas
da Auto-Industrial,SA
2009
2008
Demonstração dos Resultados por Funções da Auto-Industrial,SA
CUSTOS E PERDAS
Custos das mercadorias vendidas
Vendas e Prestações de Serviços
75.038.692
2009
2008
86.380.440
110.920.591
-77.857.197
-101.035.354
8.523.242
9.885.237
2.659.436
2.618.731
Custos de Distribuição
-6.766.978
-8.510.312
Custos Administrativos
-4.591.683
-3.919.545
-452.401
-570.983
RESULTADOS OPERACIONAIS
-628.383
-496.872
Custo líquido de Financiamento
-1.736.326
-2.392.303
3.225.079
3.644.288
97.414.150
Custos das matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos
75.038.692
97.414.150
3.843.988
4.965.337
Custos com pessoal
Remunerações
6.613.096
Custos das Vendas e Prestações de Serviços
RESULTADOS BRUTOS
6.802.024
Encargos sociais
Pensões
Outros
56.097
59.492
1.585.020
1.696.576
8.254.213
Amortizações do imobilizado
Ajustamentos
8.558.092
1.886.408
2.307.009
416.334
2.523.215
Provisões
Outros proveitos e ganhos operacionais
150.000
2.302.742
Impostos
176.228
Outros custos operacionais
191.810
(A)
4.980.223
Outros custos e perdas operacionais
242.173
209.501
368.038
451.674
89.807.673
116.369.476
Perdas em empresas do grupo e associadas
Amortizações e provisões investim.financeiros
Ganhos (Perdas) em filiais e associadas
Juros e custos similares
Relativos a empresas do grupo
Outros
96.044
3.580.381
(C)
48.641
3.676.425
4.540.402
93.484.099
Custos e perdas extraordinários
(E)
Imposto sobre rendimento do exercício
100
Resultados não usuais ou não frequentes
2.174.759
-2.161.525
3.035.229
-1.406.412
262.560
586.584
3.297.789
-819.827
3.297.789
-819.827
0.82
-0.20
120.958.519
283.553
163.201
93.767.651
121.121.720
-262.560
-586.584
93.505.092
120.535.136
3.297.789
-819.827
96.802.880
119.715.309
RESULTADOS CORRENTES
Imposto sobre os resultados correntes
Imposto diferido sobre o rendimento
66
Ganhos (Perdas) em outros investimentos
4.589.043
(G)
Resultado liquido do exercício
TOTAL
PROVEITOS E GANHOS
67
RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS
Interesses Minoritários
Vendas
Mercadorias
81.028.948
103.429.128
Resultado de operações em descontinuação
Produtos
Prestação de serviços
5.351.492
86.380.440
Variação de produção
7.491.464
110.920.591
540
1.698
Resultados Extraordinários
Trabalhos para a própria empresa
Proveitos suplementares
2.589.351
2.524.224
Subsídios à exploração
15.567
44.750
Outros proveitos e ganhos operacionais
54.518
49.756
Reversões de Amortizações e Ajustamentos
(B)
Imposto sobre os resultados extraordinários
2.659.436
2.618.731
89.040.416
113.541.020
Resultados líquidos
Ganhos em empresas do grupo e associadas
Rendimentos de participação de capital
3.225.179
3.225.179
3.644.288
1.083
1.083
2.007
Resultado por acção
Rendimentos de títulos neg.e outras apl.financ.
Relativos a empresas do grupo
EUROS
Outros
Outros juros e proveitos similares
Relativos a empresas do grupo
Outros
1.636.896
302.120
(D)
Proveitos e ganhos extraordinários
(F)
RESUMO
1.675.213
5.165.278
94.205.694
519.519
5.841.028
119.382.047
2.597.186
333.261
96.802.880
119.715.309
2009
2.008
Resultados operacionais:(B)-(A)=
-767.257
Resultados financeiros:(D-B)-(C-A)=
1.488.853
1.251.985
721.596
-1.576.472
Resultados antes de impostos:(F)-(E)=
3.035.229
-1.406.412
Resultado liquido do exercício:(F)-(G)=
3.297.789
-819.827
Resultados Correntes:(D-C)=
-2.828.456
EUROS
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ANEXO AO BALANÇO
E À DEMOSNTRAÇÃO
DOS RESULTADOS DA
AUTO-INDUSTRIAL,
S.A.
Demonstração de Fluxos de Caixa da Auto-Industrial, S.A
2009
2008
105.481.275
135.595.552
85.177.916
130.905.735
8.305.569
8.592.393
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos a Pessoal
11.997.790
-3.902.576
Pagamentos / Recebimentos IRC
Fluxo Gerado Pelas Operações
-105.039
-106.595
Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional
-137.291
-159.745
11.755.460
-4.168.916
Fluxo Gerado antes das Rubricas Extrordinárias
Recebimentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias
Pagamentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias
667.360
4.664
34.423
56.350
Fluxo das Actividades Operacionais
12.388.396
3 CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA
-4.220.602
Os critérios de Valorimetria utilizados foram:
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
EXISTÊNCIAS
Recebimentos Provenientes de :
Investimentos Financeiros
0
0
6.764.416
4.977.521
Imobilizações Incorpóreas
0
0
Subsídios de Investimento
0
0
Juros e Proveitos Similares
1.939.016
2.194.732
Dividendos
3.225.079
Imobilizações Corpóreas
11.928.511
3.644.288
10.816.541
Pagamentos Respeitantes a :
Investimentos Financeiros
8.030.648
Imobilizações Corpóreas
9.347.254
Imobilizações Incorpóreas
68
139.762
Fluxo da Actividade de Investimento
7.326.188
7.813.125
17.517.664
47.149
-5.589.153
15.186.462
-4.369.920
Recebimentos Provenientes de :
Empréstimos Obtidos
0
14.192.228
Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão
0
0
Subsídios e Doacções
0
0
Venda de Acções (quotas) Próprias
0
0
Cobertura de Prejuízos
0
0
0
2.802.832
0
696.409
607.900
4.262.839
4.114.686
598.374
718.048
Redução de Capital e Prestações Suplementares
0
0
Aquisição de Acções (quotas) Próprias
0
Amortização de Contratos de Locação Financeira
Juros e Custos Similares
Dividendos
Fluxo da Actividade de Financiamento
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
8.360.453
-8.360.453
-1.561.210
Efeito das Diferenças de Câmbio
Caixa e seus Equivalentes no Início do Período
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período
0
14.192.228
8.751.593
161.071
0
0
1.960.831
1.799.760
399.621
1.960.831
Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa
2009
2008
17.845
1.785.389
Equivalentes de caixa
381.776
175.442
Caixa e seus equivalentes
399.621
1.960.831
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
relatorioAI09-AF.indd 68-69
A Empresa encontra-se sujeita a impostos sobre os
lucros á taxa normal de IRC, que em 2009 é de 12,5%
até 12.500 euros de lucro tributável e de 25% no valor
que excede os 12.500 euros de lucro tributável, acrescida
de derrama de 1,5%.
Imposto diferido – a Empresa reconhece imposto diferido
referente ao reporte de prejuízos fiscais não utilizados e
recuperáveis em períodos futuros.
A rubrica imposto sobre o rendimento em 2009, no valor
de (262.560 euros) é constituída por:
As restantes mercadorias foram valorizadas ao custo
médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas
durante o exercício).
Imposto corrente – 47.665
Imposto diferido – (310.225)
343
Os produtos e trabalhos em curso foram valorizados pelo
custo das peças incorporadas em obras, pela mão de obra
e eventuais serviços externos aplicados.
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
As imobilizações incorpóreas são basicamente
constituídas por trespasses comerciais e outras
despesas de instalação, investigação e desenvolvimento,
directamente relacionadas com a actividade e objectivos
da empresa.
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
5.440.634
1.4406
133.16
0.8881
1.4836
2.5113
1666.97
8.3000
6 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
7 NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO
SERVIÇO DA EMPRESA
10 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS
RUBRICAS DO ACTIVO IMOBILIZADO E
NAS RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES E
AJUSTAMENTOS As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao
custo de aquisição, tendo no entanto tais valores sido
sucessivamente reavaliados nos termos da legislação em
vigor.
As reintegrações são calculadas pelo método das quotas
constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela
legislação em vigor.
VALOR BRUTO
Rubricas
Saldo Inicial
A sociedade regista nesta rubrica as provisões
constituídas para processos judiciais em curso.
4 COTAÇÕES UTILIZADAS PARA
CONVERSÃO DAS CONTAS DE BALANÇO
As cotações utilizadas contra o Euro foram as seguintes:
Aumento
Alienações Transf./Abates
Saldo final
IMOBILIZAÇÕES INCORPOREAS
Despesas de Instalação
408.334
Desp.Investig. Desenvolvim.
74.150
Propriedade Industrial
73.318
135.255
119.534
21.700
402.355
32.037
42.113
4.507
131
77.694
308.458
308.458
924.614
139.762
151.702
21.700
890.975
Terrenos e Recursos Naturais
7.701.890
1.323.564
293.022
674.747
8.057.684
Edifícios Outras Construções
16.424.628
2.150.776
182.389
1.984.706
16.408.310
Equipamento Básico
6.200.194
2.652.952
5.978.467
Equipamento de Transporte
1.246.761
216.010
680
364.857
711.496
53.151
366
1.448
762.834
4.037.023
261.264
3.672
29.549
4.265.066
713.774
2.273.450
3.769.081
35.739.256
60.355
Outras Imobiliz. Incorpóreas
60.355
IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
PROVISÕES
69
Trespasses
EUROS
2
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Pagamentos Respeitantes a :
Empréstimos Obtidos
USD
JPY
GBP
CHF
BRL
KRW
NOK
Os veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao
preço de custo efectivo de aquisição, unidade a unidade.
Os investimentos financeiros representados por partes
de capital em empresas do grupo estão valorizados
utilizando o critério de equivalência patrimonial e as
outras aplicações financeiras encontram-se valorizadas
ao custo de aquisição.
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
EUA
Japão
Reino Unido
Suíça
Brasil
Coreia do Sul
Noruega
Imobilizações em Curso
297.687
2.689.537
36.619.679
9.347.254
6.458.596
153.316.482
10.866.927
11.697.257
2.874.678
1.097.234
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Partes capital Emp. Grupo
Emp. Empresas do Grupo
Partes capital Emp. Associa.
Titulos O.Aplic. Financeiras
Outros Empréstimos Concedidos
3.296
107.734
3.296
4.699
112.433
8.477
8.477
880
153.436.869
152.486.152
880
10.871.627
11.697.257
0 152.611.239
30/4/10 4:41 PM
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E AJUSTAMENTOS
Rubricas
Saldo Inicial
Aumento
Alienações Transf./Abates
Saldo final
16 FIRMA E SEDE DAS EMPRESAS DO
GRUPO E DAS EMPRESAS ASSOCIADAS
Digitese, Consultadoria em aplicações Informáticas, Lda. – Lisboa
Fracção 11,67%
Capitais Próprios
Despesas de Instalação
370.858
Desp. Investig. Desenvolvim.
74.145
Propriedade Industrial
67.065
Outras Imobil. Incorpóreas
47.769
2.882
83.576
3.566
331.484
32.037
42.108
131
69.817
308.458
308.458
820.526
50.651
115.744
3.566
Edifícios outras Construções
8.814.388
823.987
102.502
9.535.873
Equipamento Básico
3.249.929
490.452
1.155.147
2.585.234
633.305
219.094
Ferramentas e Utensílios
526.210
86.670
366
612.514
3.752.141
215.554
3.374
3.964.321
16.975.973
1.835.757
1.261.389
131.116
721.283
17.419.225
DEC.LEI 31/98
70
Custos
Empresas do Grupo
Reavaliação
Históricos
Capitais Próprios
3.124.315
Resultados do Exercício
224.327
(39.616)
0
894.758
4.541.002
Edifícios e O. Construções
2.520.454
564.576
3.085.030
298.958
103.077
402.035
18.233
2.081
20.314
3.743
112
3.855
330.526
130.300
460.826
6.818.159
1.694.904
8.513.063
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
(34.413)
0
Activo Liquido
Instalações Seixal
(Cont.nº31-BCP Leasing)
Auto Horizonte – Comércio e Representações Lda. – Estoril
Instalações Benavente
(Contrato nº 507420 - Imoleasing)
Capitais Próprios
256.904
Resultado do Exercício
(14.449)
Auto Industrial Invest. e Part. SGPS, SA - Lisboa
211.824.605
Resultado do Exercício
303.142
Resultados do Exercício
4.522.018
396.494
União Eborense de Automóveis, Lda. – Évora
Fracção 100%
268.398
Resultado do Exercício
28.889
Capitais Próprios
144.165
Resultado do Exercício
(72.590)
Empresas Associadas
Capitais Próprios
139.309
Modipe, SA – Madrid
45.023
Fracção 19,60%
Resultado do Exercício
Capitais Próprios
Capitais Próprios
1.794.954
Resultados do Exercício
(163.738)
Resultado do Exercício
2.995.621
Resultado do Exercício
(181.601)
29.881
71
21 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS
RUBRICAS DO ACTIVO CIRCULANTE
3.191.832
( 47.799)
Ajustamentos
Saldo Inicial
Fracção 100%
Capitais Próprios
Capitais Próprios
840.111
Resultado do Exercício
203.658
Aumento
Redução
Saldo Final
Existências:
Mercadorias
Novitexto - Bases de Dados, Lda. – Lisboa
250
250
0
250
250
0
Fracção 95%
Fracção 30%
Resultado do Exercício
Capitais Próprios
543.755
Resultado de Exercício
Motolusa – Motores de Portugal, Lda. – Lisboa
Outros Credores
220.968
176.805
Fracção 100%
Fracção 63.45%
Capitais Próprios
454.373
Resultado do Exercício
Mercentro – Comércio de Automóveis SA – Aveiro
Fracção 100%
125.495
Capitais Próprios
Fracção 100%
Auto - Palace Automóveis, Lda.
450.989
Fracção 100%
Margem Investments, Inc. – Cayman
Auto Industrial – Porto, Lda. – Porto
15 BENS UTILIZADOS EM REGIME
DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
(252.097)
Fracção 100%
Capitais Próprios
Capitais Próprios
(267.295)
Resultado do Exercício
202.317
Capitais Próprios
(138.186)
Capitais Próprios
Capitais Próprios
Gilauto – Automóveis, Máquinas e Equipamento, SA – Lisboa
Fracção 82,22%
Equipamento Básico
Resultado do Exercício
Tractores Ibéricos, Lda. – Lisboa
Fracção 100%
Fracção 30%
Resultado do Exercício
3.646.244
0
Garagem Santa Cruz, Lda. – Coimbra
A.C.A. – Auto Caldense, Lda. – Caldas da Rainha
Fracção 60%
Terrenos Rec. Naturais
(1.010)
Fracção 100%
Fracção 100%
(1.364.398)
Fracção 27,89%
Forte, C.M.R., Lda. – Coimbra
A. Brás Heleno, SA - Leiria
Capitais Próprios
Sodicentro , Comércio de Veículos, Lda – Coimbra
Resultado do Exercício
A.U.A. – Auto Associados Automóveis, Lda. – Estoril
Reavaliados
3.943
Capitais Próprios
Resultado do Exercício
Contabilisticos
Resultado do Exercício
Fracção 1,67%
Capitais Próprios
12 e 13 DIPLOMAS LEGAIS E QUADRO
DISCRIMINATIVO DAS REAVALIAÇÕES
Fracção 72,52%
454.193
Estação de Serviço Nova Almadauto, Lda. – Almada
751.867
Equipamento de Transporte
Equipamento Administrativo
131.116
Os capitais próprios não incluem o resultado Líquido do
Exercício em curso:
Sagrup SGPS , SA – Lisboa
(23.144)
0
Capitais Próprios
(51.498)
Resultado do Exercício
(62)
Dívidas de Terceiros:
Instalações de Vila Nova de Gaia
(Contrato nº 20020342-BCPLeasing)
Equipamento de Oficina - Leiria
(Contrato nº008723/002/002 - Locapor)
1.057.403
350.398
10.522
0
Instalações de Marinheiros - Leiria
(Contrato nº600433 - Imoleasing)
2.712.500
2.034.491
Instalações Casal do Cego – Leiria
(Contrato nº 600434 - Imoleasing)
595.574
633.569
1.323.263
1.156.312
Instalações de Alcântara - Lisboa
(Contratonº1005084 - Santander Totta)
relatorioAI09-AF.indd 70-71
R.M.P. – Reparações Mecânicas de Pombal, Lda. - Pombal
C.A.M. – Camiões , Automóveis e Motores, SA – Porto
Fracção 100%
Fracção 95%
Capitais próprios
Capitais Próprios
Resultado do Exercício
2.793.648
228.623
Central Parque, SA – Lisboa
Resultado do Exercício
Resultado do Exercício
0
Sagar – Comércio de Máquinas e Representações, Lda. - Lisboa
Fracção 49,10%
Capitais Próprios
Clientes, c/c
99.227
Clientes de cobrança duvidosa
3.470.861
277.711
3.748.571
Empresas do Grupo
2.331.585
138.874
2.470.459
5.802.446
416.584
6.219.030
Fracção 100%
1.182.914
(14.252)
Capitais Próprios
Resultado do Exercício
(224.059)
(34.076)
30/4/10 4:41 PM
23 DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA
As dividas de cobrança duvidosa estão corrigidas através
de ajustamentos apropriados em função da expectativa
de cobrança (vide nota 21), e encontram-se assim
registadas:
Clientes de cobrança duvidosa
Empresas do Grupo
3.874.354
2.470.458
25 VALOR GLOBAL DAS DÍVIDAS
ACTIVAS E PASSIVAS RESPEITANTES
AO PESSOAL DA EMPRESA
36 NÚMERO DE ACÇÕES EM QUE SE
DIVIDE O CAPITAL DA EMPRESA E SEU
VALOR NOMINAL
45 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS
O Capital Social é composto por 4.000.000 acções no
valor de 5 Euros cada.
Juros Suportados
Saldos Devedores de Pessoal Saldos Credores de Pessoal
27.673
7
Dividas Instituições Crédito
1.222.222
1.250.000
Garantia
Instalações Portela da Ajuda
Instalações Faianças Subtil
31 VALOR GLOBAL
DOS COMPROMISSOS FINANCEIROS
QUE NÃO FIGURE NO BALANÇO
Em contas de Ordem
Credores p/Cauções Estatutárias
Devedores e Credores p/ Consignação
Valores entregues como Caução
Garantias Bancárias
25.000
1.313.620
240
2.647.085
Outros Custos e Perdas Financeiras
Resultados Financeiros
AUMENTOS
RUBRICAS
SALDO
INICIAL
Reservas Legais
Outras reservas (livres)
OUTROS
DIMINUIÇÕES
SALDO
FINAL
20.000.000
-54.215
-54.215
Acções próprias - descontos prémios
Ajustamento de parte de Capital
EQUIVALENCIA
PATRI
MONIAL
20.000.000
Acção próprias-valor nominal
38.418
38.418
114.681.395 -1.200.318
113.481.077
1.694.904
1.694.904
370.000
370.000
5.073.765
598.373
4.475.392
3.485.419
4.467.577
PROVEITOS E GANHOS
223
80
190.783
121.386
1.488.853
1.251.985
5.165.278
5.841.028
2009
2008
Juros Obtidos
1.938.899
2.192.990
Rendimento de Participações de Capital
3.225.179
3.644.288
658
1.091
Diferenças de Câmbio Favoráveis
Rendimentos de Títulos e Outras Aplic. Financeiras
2.007
Descontos de P.P. obtidos
Outros Proveitos e Ganhos Financeiros
Transferência Resultado 2007
Aplicação resultado 2008:
542
652
5.165.278
5.841.028
-598.373
- Dividendos distribuídos:
46 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
- Reserva legal
- Outras Reservas
Resultados Transitados
Resultado Líquido do exercício
72
2008
Remuneração Títulos Participação
Descontos P.P. Concedidos
40 MOVIMENTOS OCORRIDO NO
CAPITAL PRÓPRIO
Reservas de reavaliação
30 VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS
COBERTAS POR GARANTIAS REAIS
PRESTADAS
2009
Diferenças de Câmbio Desfavoráveis
Capital Social
CUSTOS E PERDAS
-819.827
140.984.440 -1.200.318
908.465
819.826
88.639
3.297.789
819.827
3.297.789
4.206.254
1.639.653 143.392.004
41 CUSTOS DAS MERCADORIAS E DAS
MATÉRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS
Existências Iniciais
Compras
Existências finais
Custos do Exercício
15.028.013
72.091.471
12.080.792
75.038.692
CUSTOS E PERDAS
2009
2008
Donativos
3.045
1.541
Multas e Penalidades
93.105
72.875
Perdas em Existências
244
Correcções Relativas a Exercícios Anteriores
Outros Custos e Perdas Extraordinárias
1
7.079
1.497
17.853
185.661
10.019
Perdas Em Imobilizações Financeiras
Perdas Em Imobilizações Corpóreas
Aumento em Amortizações
Dívidas Incobráveis
32 DESCRIÇÃO DAS
RESPONSABILIDADES DA EMPRESA
POR GARANTIAS PRESTADAS
42 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO
DA PRODUÇÃO
Garantias prestadas
Garagem de Santa Cruz, Lda.
Tractores Ibéricos, Lda.
União Eborense de Automóveis, Lda.
665.895
4.000.000
133.179
34 DESDOBRAMENTO DA CONTA
DE PROVISÕES E EXPLICAÇÃO
DOS MOVIMENTOS OCORRIDOS
NO EXERCÍCIO
Saldo Inicial
Outras provisões
relatorioAI09-AF.indd 72-73
590.312
Aumento
Existências finais
Existências iniciais
Aumento no Exercício
Alienação de Investimentos Financeiros
44.459
43.919
540
43 REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS
AOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Conselho de Administração
53.835
Sinistros
Resultados Extraordinários
PROVEITOS E GANHOS
Conselho Fiscal
Ganhos em Existências
2.313.633
170.060
2.597.186
333.262
2009
2008
6.301
Restituição de Impostos
50.700
758.454
Ganhos em Imobilizações
Benefícios de Penalidades Contratuais
44 MOVIMENTOS OCORRIDO
NA CONTA DE VENDAS
Saldo Final
150.000
440.312
Foram efectuadas vendas ao estrangeiro no valor de
11.393
11.812
699
1.772.317
226.777
1.735
3.965
Correcções Relativas e Exercícios anteriores
Redução
73
544
Redução de Provisões
150.000
Outros Proveitos e Ganhos extraordinários
666.833
89.465
2.597.186
333.262
Recuperação de Dívidas
30/4/10 4:41 PM
47 INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS
LISTA A QUE SE REFERE O ARTº Nº 447 DO C.S.C.
Não há dívidas à Segurança Social e ao Estado cujo pagamento esteja em mora.
AUTO INDUSTRIAL, S.A.
ACÇÕES
Administração
Inventário das Participações Financeiras da Auto-Industrial, SA - 2009
DESIGNAÇÃO
QUANTIDADE
VAL. NOMINAL
VAL. DO BALANÇO
Compra / Venda
Quantid.
Tomaz Andrade Rocha
Saldo
344.636
Compra
1.396
346.032
1 - QUOTAS
Mário Leite Santos
A.C.A.-Auto Caldense Automóveis,SA
1
748
748
AUA - Auto Associados (Aut.), Lda.
1
3.000
3.000
Auto Horizonte - Com.Repar., Lda.
1
184.555
184.555
Auto-Industrial - Porto, Lda.
1
1.197.115
1.197.115
Auto Palace Automóveis, Lda.
1
1.496
1.496
Estação Serviço Nova Almadauto, Lda
1
25
25
Forte - Camiões, Máquinas e Repar.,Lda.
1
4.996
4.996
Digitese - Consult.em Aplic.Financ., Lda.
1
52.374
52.374
Garagem Santa Cruz, Lda.
1
350.000
350.000
Motolusa - Motores de Portugal, Lda
1
124.699
124.699
Margem Investments Inc.
1
2.000.000
1.662.286
Novitexto - Base de Dados, Lda
1
94.772
94.772
RMP - Rep.Mecânicas Pombal, Lda
1
33.170
33.170
Sagar - Comércio de Máquinas e Representações,Lda.
1
170.000
170.000
Sodicentro- Comércio de Veículos ,Lda.
1
177.642
177.642
Tractores Ibéricos, Lda
1
199.672
199.672
União Eborense de Automóveis, Lda
1
99.760
99.760
74
Auto Industrial SGPS, SA
208.000.000
1
10.574.740
600.000
5
4.526.411
Gilauto - Máq.Equipamentos, SA
65.000
5
496.340
Central Parque, SA
24.537
5
125.117
100.000
5
1.472.156
24.500
2
168.973
Sagrup - SGPS, SA
14.503.409
0
1.328.679
A.Brás Heleno, SA
55.000
5
4.200.000
CAM - Camiões Autom.Motores, SA
Mercentro - Comércio de Automóveis, SA
Modipe, SA
Manuel Pinto Martha
5.901
1
174.529
Maria Leonor Costa Amorim Afonso
CAM - Camiões Autom.Motores, SA
Estação de Serviço N.Almadauto, Lda
Garagem Santa Cruz, Lda.
1.000
Compra
1.000
Miguel Cunha Lucas
0
Compra
2.500
2.500
Conselho Fiscal
Compra / Venda
Quantid.
Silvio de Jesus Costa
António Athayde Martha
Carlos Figueiredo Nunes
Maria Teresa Andrade Dias
OBRIGAÇÕES
Compra / Venda
Quantid.
47.415
0
47.415
Mário Leite Santos
48.943
0
48.943
Manuel Pinto Martha
23.725
0
23.725
Compra / Venda
Quantid.
6.500.000
Sodicentro - Comércio de Veículos ,Lda.
2.463.611
União Eborense Automóveis, Lda.
1.154.026
Saldo
António Athayde Martha
14.677
0
14.677
Carlos Figueiredo Nunes
2.385
0
2.385
Maria Teresa Andrade Dias
3.124
0
599
Mercentro - Comércio de Automóveis, SA
75
5.885
0
5.885
1.250.000
350.000
Saldo
Tomaz Andrade Rocha
4.489
652.428
Saldo.
42.302
105.486
17.149
22.458
8.477
4 - PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
Auto Industrial-Porto, Lda.
2.220
3.116
Silvio de Jesus Costa
3 - ACÇÕES
AUA - Auto Assoc.Automóveis, Lda
173.633
Venda
Compra
Conselho Fiscal
Banco Comercial Português, SA
1.396
356.719
Administração
2 - ACÇÕES
355.323
Compra
3.124
SOCIEDADES EM QUE EXISTE RELAÇÃO DE DOMÍNIO OU DE GRUPO:
ACÇÕES
EUROS
Central Parque,s.a.
Tomaz Andrade Rocha
relatorioAI09-AF.indd 74-75
Compra / Venda
Quantid.
Saldo
1.176
30/4/10 4:41 PM
RELATÓRIO E
PARECER DO
CONSELHO
FISCAL
Senhores Accionistas:
Nos termos dos artigos 413º e seguintes do Código
das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exªs
nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a
frequência que entendeu necessária, durante o exercício
de 2009, a evolução dos negócios sociais e a sua gestão,
com o apoio e colaboração , que agradece, do Conselho
de Administração e dos serviços administrativos,
fazendo exames à regularidade dos livros, dos registos
contabilísticos e dos documentos que lhe servem de
suporte, analisando os balancetes mensais e demais
informação produzida pela Administração e verificando,
por amostragem, a extensão dos valores patrimoniais,
de modo a certificar-se da correcta observância dos
princípios, regras, critérios e métodos contabilísticos
e disposições legais aplicáveis, tendo achado tudo em
devida ordem.
76
Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal:
a) Que existe concordância do Balanço, da
Demonstração de Resultados, e dos anexos, com os
registos contabilísticos da empresa que estiveram
na sua origem.
b) Que o Relatório do Conselho de Administração
descreve, de forma clara, o estado e a evolução dos
negócios da sociedade, o que conjuntamente com
os restantes documentos em apreciação permite
uma correcta compreensão da situação económica
e financeira da empresa.
c) Que o princípio da especialização dos exercícios
foi seguido, tanto nas rubricas de proveitos como
na dos custos.
d) Que é legal e estatutariamente correcta a
proposta que o Conselho de Administração fez para
aplicação dos resultados líquidos do exercício de
2009.
Pelo que fica exposto, o Conselho Fiscal, apoiado
pela Certificação Legal das Contas emitida pelo
Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua
inteira concordância, propõe:
1º - Que sejam aprovados o Relatório do Conselho
de Administração, o Balanço, a Demonstração de
Resultados e os respectivos Anexos, referentes ao
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.
2º - Que seja aprovada a proposta do Conselho
de Administração, contida no seu relatório, para
aplicação dos resultados líquidos do exercício.
relatorioAI09-AF.indd 76-77
Nada mais havendo a tratar, foi dada por finda a reunião,
cerca das dezanove horas e trinta minutos, dela se
lavrando a presente acta que depois de lida e aprovada,
vai ser assinada pelos presentes.
Coimbra 25 de Fevereiro de 2010
O Conselho Fiscal
Sílvio Costa - Presidente
Maria Teresa Andrade Dias
António Luís Athayde Martha
Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes
António Freitas dos Santos - ROC
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS
CONTAS
5 - O nosso exame abrangeu também a verificação
da concordância do relatório de gestão com as
demonstrações financeiras.
INTRODUÇÃO
7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações
financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada,
em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição
financeira de Auto Industrial sa. em 31 de Dezembro de
2009 o resultado das suas operações e os fluxos de
caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade
com os princípios contabilísticos geralmente aceites em
Portugal.
1- Examinei as demonstrações financeiras anexas da
Auto Industrial, as quais compreendem o Balanço em
31 de Dezembro de 2009,(que evidencia um total de
balanço de 230.703.128 Euros e um total de capital
próprio de 143.392.003 Euros, incluindo um resultado
líquido de 3.297.789 Euros), as Demonstrações dos
Resultados por natureza e por funções e a Demonstração
dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e os
correspondentes Anexos.
RESPONSABILIDADES
6 - Entendemos que o exame efectuado proporciona
uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
OPINIÃO
Coimbra, 25 de Fevereiro de 2010
António Freitas dos Santos - ROC
2- É da responsabilidade do Conselho de Administração
a preparação de demonstrações financeiras que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição
financeira da Empresa, o resultado das suas operações e
os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e
critérios contabilísticos adequados e a manutenção de
um sistema de controlo interno apropriado.
3- A nossa responsabilidade consiste em expressar uma
opinião profissional e independente, baseada no nosso
exame daquelas demonstrações financeiras.
77
ÂMBITO
4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo
com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/
Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as
quais exigem que o mesmo seja planeado e executado
com o objectivo de obter um grau de segurança
aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão
isentas de distorções materialmente relevantes. Para
tanto o referido exame inclui:
• a verificação, numa base de amostragem, do
suporte das quantias e divulgações constantes
das demonstrações financeiras e a avaliação das
estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos
pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua
preparação;
• a apreciação sobre se são adequadas as políticas
contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias; e
• a verificação da aplicabilidade do princípio da
continuidade;
• a apreciação sobre se é adequada, em termos
globais, a apresentação das demonstrações
financeiras.
30/4/10 4:41 PM
EXTRACTO
DA ACTA DE
APROVAÇÃO
DE CONTAS
REALIZADA EM
27 DE MARÇO
DE 2010
78
relatorioAI09-AF.indd 78-79
“….
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs
então à votação, na generalidade e na especialidade,
em simultâneo excepto se algum dos accionistas
presentes contra tal se pronunciasse, o Relatório de
Gestão, o Balanço e as Contas da Sociedade e o do
Grupo, Consolidado, apresentados pelo Conselho de
Administração, e os Pareceres do Conselho Fiscal,
relativos ao exercício de 2009, com exclusão do referente
à aplicação de resultados, nos termos do artigo 26º dos
estatutos, por meio de voto por braço levantado, ao que
nenhum Accionista se opôs. A proposta foi aprovada por
unanimidade.
….
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral colocou
à discussão a Proposta de Aplicação de Resultados,
apresentada pelo Conselho de Administração e
referendada pelo Conselho Fiscal no seu Parecer e
inquiriu se algum dos presentes pretendia usar da
palavra relativamente a essa proposta, que recordou ser
no sentido de ao resultado líquido de €3.297.788,71 ser
dado o seguinte destino: €165.000 para Reserva Legal,
€1.138.210,21 para Reservas Livres e €1.994.578,50 para
distribuição aos Accionistas (dividendo de 50 cêntimos
por cada uma das 3.989.157 acções em circulação).
Nenhum Accionista pediu a palavra pelo que o Presidente
da Mesa da Assembleia Geral pôs de imediato a referida
proposta à votação, nos termos do artigo 26º dos
Estatutos, por meio de voto por braço levantado, a tal
não se tendo oposto qualquer accionista. A proposta foi
aprovada por unanimidade.
….”
79
30/4/10 4:41 PM
SECTOR
AUTOMÓVEL
SECTOR
AGRÍCOLA
SECTOR MARÍTIMO
E INDUSTRIAL
GESTÃO DE
PARTICIPAÇÕES
SOCIAIS / OUTROS
SECTORES
AUTO-INDUSTRIAL S.A.
AUTO-INDUSTRIAL S.A.
MOTOLUSA LDA.
AUTO-INDUSTRIAL
SGPS S.A.
AUTO-INDUSTRIAL
- PORTO LDA.
FORTE LDA.
MODIPE S.A.*
BANIF SGPS S.A.*
AUTO HORIZONTE
LDA
SAGAR LDA.
SAGRUP SGPS S.A.
A. BRÁS HELENO
S.A.
TRACTORES IBÉRICOS
LDA.
MARGEM
INVESTMENTS INC.
80
C.A.M. S.A.
CENTRAL PARQUE
S.A.
EUA LDA.
GILAUTO S.A.
GARAGEM DE STA. CRUZ
LDA.
MERCENTRO S.A.
SODICENTRO LDA.
UNIÃO EBORENSE DE
AUTOMÓVEIS LDA.
relatorioAI09-AF.indd 80
*Sociedades com participação do
Grupo entre 10% a 49% do Capital.
30/4/10 4:41 PM