Divulgação - Divulgacao_Expo_Lusa
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Lus a a matriz portuguesa O Centro Cultural Banco do Brasil tem vindo a realizar, desde há três anos, uma grande trilogia expositiva sobre as origens culturais do Brasil. O projecto iniciou-se em 2003 com a exposição Arte da África, sobre as culturas ancestrais africanas anteriores à sua integração na realidade brasileira, e em 2004-2005 com a exposição Antes – Histórias da Pré História sobre as culturas nativas das Américas de antes do contacto com os elementos estrangeiros. LUSA: a matriz portuguesa é a exposição que vai concluir esta trilogia sobre a formação étnico-cultural do Brasil. O elemento que faltava – o elemento europeu e particularmente o português – é evidentemente essencial neste admirável mosaico cultural. Contudo, a cultura e história de Portugal e dos Portugueses anterior a 1500, o seu passado romano, judaico, islâmico e cristão é desproporcionalmente desconhecido no Brasil e merece ser mostrado. Assim, esta exposição tenta reunir esse passado de séculos e contar essa história de uma forma narrativa, proporcionando uma imersão nas próprias origens de Portugal, no período de formação das suas fronteiras e na sua preparação para uma das maiores aventuras da sua história, que o foi período dos Descobrimentos. Para o efeito, o Centro Cultural Banco do Brasil e a sua Produtora MAG+ Rede Cultural, nomearam Conceição Amaral como coordenadora Executiva, para através da empresa TerraCulta – Consultoria, Produção e Gestão Cultural, Lda realizar todo o trabalho de produção e gestão do projecto em Portugal, coordenando executivamente a equipa de consultores científicos e realizando todos os contactos com os Museus Nacionais e Internacionais. Para a selecção de peças dos vários períodos históricos (da PréHistória até à chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500) e realização de textos para o catálogo foram convidados os seguintes consultores, especialistas nas diferentes áreas temáticas: Luís Raposo, Conceição Lopes, Paulo Almeida Fernandes, Santiago Macias, Maria José Ferro Tavares, Claúdio Torres, José Custódio Vieira da Silva, Jorge Couto e Ivo Castro. Dado o interesse do tema, a exposição terá duas apresentações, em duas das maiores cidades brasileiras onde o Banco do Brasil tem os seus Centros Culturais, marcos incontornáveis no panorama cultural do Brasil: Rio de Janeiro e Brasília de outubro a maio de 2008. JUSTIFICAÇÃO TEMÁTICA A origem dos brasileiros é tão diversificada quanto a dos portugueses. Houve uma ocupação do território que hoje é Portugal por povos muito remotos, como os celtiberos, e a que se sobrepuseram sucessivas camadas de populações originárias de outras regiões. Houve uma população antiga, anterior à vinda dos romanos para a Península Ibérica, de povos que não sabemos que nomes davam a si próprios, porque não deixaram nenhum registro escrito. Não sabemos como falavam. Não sabemos qual era o som da língua deles. Mas sabemos que escreviam. Essas pessoas todas aprenderam a falar latim quando os romanos chegaram. Quando começou a decadência do Império Romano, juntou-se uma terceira camada: os chamados povos germânicos. Depois vieram os árabes, que entraram pelo sul, ocuparam dois terços da Península Ibérica em poucos anos e tiveram no território de Portugal 500 anos de “convívio” com os cristãos do norte. Os árabes foram os introdutores na Península Ibérica de contribuições muito significativas da navegação à filosofia, do conceito de miscigenação à música e à arte. Há uma percentagem quase de 20% de palavras de origem árabe no vocabulário português tradicional. É fundamental entender-se que em Portugal aconteceu uma islamização. E os principais intervenientes foram os comerciantes, os mercadores. A cultura, a língua, os saberes vêm sempre pela troca, pelo intercâmbio de idéias e de objetos. Foi uma civilização urbana, ligada às cidades, que criou uma forma de civilização diferente da do norte da Península, onde se foi implantando lentamente o feudalismo – uma estrutura econômica fechada, muito ligada ao mundo camponês, ao mundo da terra, onde a novidade entra com dificuldade. Foi no período islâmico que as bases da identidade portuguesa se formaram. Desse momento ficaram as noções de comércio, a miscigenação, a expressão artística na arquitetura ou na arte, na música e conceitos hoje identificados como “essencialmente portugueses” são na verdade heranças do período árabe e islâmico de Portugal. É a partir de 1249, data em que se estabeleceu a supremacia do cristianismo e da língua portuguesa, e também das populações do norte que paulatinamente foram conquistando as várias cidades do sul, até aí sob poder árabe, que terminou oficialmente o “confronto”. A partir desse momento deu-se a fusão das culturas árabe e européia. Os árabes não foram massivamente afastados do território. Foram ficando e misturaram-se muito lentamente. As fronteiras de Portugal ficaram definidas e consolidadas oficialmente em 1297 (Tratado de Alcanices). No início do século XV Portugal estava em condições de aproveitar toda a experiência do passado e todos os conhecimentos que foram desenvolvidos até então, aproveitando a rara situação de vivências partilhadas de cristãos, árabes e judeus, e vocacioná-los para o Sul. Foi essa circunstância portuguesa, única, que permitiu que os avanços tecnológicos, náuticos, financeiros, políticos fossem aproveitados e acontecessem no início do séc. XV, permitindo o “arranque” dos Descobrimentos. Desde esse momento a cultura portuguesa nunca mais deixou de se deslocar em direção ao Sul, a África, ao Atlântico, ao Índico, ao Oriente. Até aí não havia uma visão do mundo global. Cada um conhecia a sua região e as suas proximidades. A grande contribuição de Portugal para o mundo foi dar-lhe uma forma moderna, global e que surgiu como resultado das viagens de exploração geográfica efetuadas entre 1434 e 1543. Ou seja, do Cabo Bojador, no Saara Ocidental, até à chegada dos Portugueses ao Japão. A partir daí, e num período relativamente curto – 1434 a 1543 – a concepção do mundo mudou radicalmente. O mundo medieval fechado abriu-se a novos mundos, até aí desconhecidos uns dos outros. A vantagem comparativa de Portugal, relativamente aos outros povos europeus é que Portugal nessa época – início do século XV – constituía um verdadeiro espaço de cruzamento de culturas da Europa do Sul e da Europa do Norte. E, por conseguinte, Portugal estava numa encruzilhada: fazia a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Atlântico Norte. Por isso, Lisboa repentinamente, a partir do século XV tornou-se a grande plataforma de rotação em que se juntaram duas grandes culturas do mar, os dois mundos, o que permitiu que em Portuga surjissem grandes novidades e avanços tecnológicos, tais como a caravela, a vela latina, o astrolábio, fundamentais para a expansão. É desta forma que quando o Português chegou ao Brasil, já levava uma longa experiência de se misturar, com outros povos, outras religiões e outras línguas. Talvez por ter convivido 500 anos com árabes e judeus e depois de ter estado a ocupar todo o contorno da África, o português não tinha muita resistência à mistura com outros povos, apesar de diferentes, mas talvez não tivesse muito por onde escolher. LUSA Planejamento Preliminar ROTUNDA > Instalação com Vela Latina com mastro, movimento e ventiladores SALAS CRONOLÓGICAS > Pré-Histórico Quem era a população matriz? Estelas, utensílios, lanças, a geografia e a paisagem. > Romano O limite extremo do Império Romano. Colunas, esculturas, estelas, lápides, arquitetura. > Medieval Visigodos, Suevos, Celta-Íberos e cristãos do Norte. Período Gótico Altares, pórticos, colunas, religião e Feudo. > Islâmico Identidade Árabe Cerâmicas, lamparinas, língua árabe, arquitetura, modos de vida, especiarias, odores, filosofia, religião, matemática, ciência, o convívio harmônico entre cristãos, judeus e muçulmanos, a Guerra da Reconquista. > JUDEUS Presença Judaica Inscrições hebraicas, construções de sinagogas, documentos, influência jurídica. > Descobrimentos Expansão. O Império Português se forma. Portugal à frente do mundo. Ciência, instrumentos, a vela latina, a navegação estelar, a caravela, os mapas, as rotas, as cartas, os navegadores. Tratado de Tordesilhas. Açores, Madeira, África, Índia, Brasil e China. SALAS TEMÁTICAS > Ciência Navegação, pesos e medidas, matemática, arquitetura, astronomia, agricultura, a nova geografia do mundo (a terra é redonda). > Língua Todas as matrizes que formaram o Português, do Latim ao Árabe, o Romance Lusitano, o Romance Galego, o Espanhol. Painéis sonoros (corredor), mapas, exemplos de escritas, (jogo da memória da língua). Fac-símiles das principais obras em português. “A formação do Estado de Portugal”; 1º documento escrito em português, entre outros. > Comércio O primeiro processo de globalização. As rotas do Mediterrâneo, a moeda, as rotas fluviais (Mértola), o aprendizado com os Árabes, os impostos. O Açúcar, “o sal da Índia” que integra o Mediterrâneo, inicia o processo de colonização das ilhas, dá sentido ao Brasil colônia, traz os escravos da África ao Brasil. Plano de Comunicação Assessoria de Imprensa O projeto conta com a contratação de empresa especializada e qualificada para a divulgação do evento incluindo elaboração de release, cliping impresso e eletrônico com valoração. Exemplos de algumas mídias e veículos que serão trabalhados: > Jornais diários dos locais onde acontecerá o projeto (cadernos de cultura, e colunas sociais) O Globo Jornal do Brasil Diário de Brasília O Estado de S.Paulo Folha de S.Paulo Jornal da Tarde Diário de S.Paulo Gazeta Mercantil Valor Diário do Comércio > Revistas semanais Veja Veja S.Paulo e Rio Época Isto É Carta Capital > Revistas mensais Bravo História > Televisão (jornalismo e programas de cultura) > Sites de cultura Material Gráfico Serão produzidos para as duas mostras materiais gráficos bilíngües (português/ inglês) > Catálogo 2.000 catálogos (dados técnicos: capa dura) > Folder 120.000 > Convites 5.000 convites Ações Mostras Serão realizadas duas mostras consideradas o evento de maior importância do edital de 2007 dos CCBB´s Rio de Janeiro e Brasília. Serão apresentadas em torno de 180 peças dos períodos mencionados, originais significativos e parte tesouro nacional português. Em cada módulo teremos com a curadoria de Marcello Dantas materiais tecnológicos e de interatividade que contribuirão na aproximação e relação com o espectador. > CCBB Rio Período: outubro de 2007 a fevereiro de 2008 A mostra compreenderá os 3 andares do prédio neoclássico tendo ao todo 1600 m2 de área expositiva. > CCBB Brasília Período: fevereiro a maio de 2008 A exposição utilizará todas as salas do CCBB com o total de 1000m2. Palestra dos curadores Estamos prevendo para a inauguração da primeira mostra no Rio de Janeiro a vinda de todos os curadores e teremos a oportunidade de realizar um encontro/debate com um grupo de importantes historiadores tanto da história portuguesa como brasileira. Público Atingido Os CCBB´s Rio e Brasília são centros culturais de reconhecido prestígio no panorama cultural brasileiro na qualidade de suas mostras e de suas programações que abrangem teatro, artes visuais, cinema, livrarias e áreas de lazer com restaurantes e cafés. A entrada é gratuita e de fácil acesso a todos os públicos. Além disso, conta com um programa educativo que atende através de agendamentos crianças, escolas, grupos com o acompanhamento de equipe especializada. > CCBB Rio de Janeiro Público previsto: 750.000 > CCBB Brasília Público Previsto: 100.000 Ficha técnica Curadores Chefes e módulos > Língua Ivo Castro: Linguista, especialista em história da Língua. Conferencista internacional. Professor de Linguística Histórica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Várias obras publicadas e colaborador de várias revistas especializadas. > Medieval Islâmico Cláudio Torres: Historiador e arqueólogo, Director do Campo Arqueológico de Mértola. Director do Centro de Estudos Islâmicos e do Mediterrâneo de Mértola. Coordenador do programa EUROMED em Portugal e representante da Rede Portuguesa da Fundação Euro Mediterrânica Anna Lindh para o Diálogo entre Culturas. Várias obras publicadas e colaborador de várias revistas especializadas. Conferencista internacional. > Descobrimentos Jorge Couto: Historiador, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Director da Biblioteca Nacional de Portugal. Várias obras publicadas e colaborador de várias revistas especializadas. Co-curadores e módulos > Pré-História Luís Raposo: Arqueólogo, especialista em Idade do Ferro, investigador e museólogo. Director do Museu Nacional de Arqueologia. Professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Várias obras publicadas e colaborador de várias revistas especializadas. Conferencista internacional. > Romano Conceição Lopes: Arqueóloga, especialista Período Romano, coordenadora de mestrados. Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Departamento de Arqueologia. Autora de muitas obras publicadas. Conferencista. > Paleocristão/Visigótico Santiago Macias: Historiador e Arqueólogo, Professor da Universidade do Algarve. Membro da direcção do Campo Arqueológico de Mértola, coordenador de projectos internacionais no âmbito do Euromed Heritage – Museums Without Frontiers. Autor de muitas obras publicadas. Paulo Almeida Fernandes: Historiador e investigador do Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitectónico (IGESPAR). Autor de muitas obras publicadas. > Medieval Cristão José Custódio Vieira da Silva: Historiador de Arte, especialista em Arte Medieval, coordenador de trabalhos de investigação e mestrados. Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, Lisboa. > Judeus Maria José Ferro Tavares: Historiadora, especialista na presença judaica em Portugal, autora de muitas obras publicadas. Professora jubilada da Universidade Aberta, Lisboa. Conferencista internacional. coordenaDORA EM Portugal Conceição Amaral: Licenciada em História da Arte e pós-graduada em Gestão Cultural. Comissária de exposições e catálogos. Ex-Directora do Museu de Arqueologia de Silves. Produtora cultural e Sócia-gerente da empresa TerraCulta – Consultoria, Produção e Gestão Cultural Lda. Coordenadora da rede portuguesa na Fundação Euro Mediterrânica Anna Lindh para o Diálogo entre Culturas. coordenação geral e instalação rotunda Marcello Dantas: Reconhecido designer e curador de exposições e diretor de documentários desde 1986. Seu currículo inclui uma eclética formação internacional e diversos reconhecimentos prestigiosos. Sua atividade é amplamente multidisciplinar onde os trabalhos artísticos, curadoria, a direção e a produção se convergem em áreas diversas, mas norteadas pelo encontro da Arte com a Tecnologia. Como curador de exposições de arte destacam-se as de Anish Kapoor, Bill Viola, Gary Hill, Jenny Holzer, Shirin Neshat, Laura Vinci, Tunga, Peter Greenaway no Brasil. Nas grandes exposições históricas se destacam Antes – Histórias da Pré História e Arte da Africa, 50 Anos de TV e +, Paisagem Carioca, De Volta à Luz e a Escrita da Memória e Mano a Mano no Centro Cultural de la Villa de Madrid. Dantas acaba de inaugurar o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo como seu diretor artístico. Contrapartida Ao promover este evento a empresa estará contribuindo para a divulgação de uma das culturas mais estruturais e importantes da raiz brasileira bem como colaborando para acesso do público a parte da história mundial e porque não dizer à descoberta das origens. Como forma de contrapartida a logomarca da empresa estará presente nos seguintes materiais: Material Gráfico > Catálogo Catálogo bilíngue (português/ inglês) da mostra > Convites para as inaugurações (Rio de Janeiro e Brasília) > Folder expositivo Presença da Marca Aplicação da Logomarca no espaço expositivo Aplicação da Logomarca no banner do evento Mídia Espontânea Crédito como patrocinador em todo material de assessoria de imprensa Publicidade Crédito como patrocinadora em anúncios da expositivo Marketing de Relacionamento Visita guiada pelo coordenador e curadores para convidados Agendamento VIP de visitas monitoradas para funcionários e/ou parceiros em cada um dos Estados