Manejo de Osteopenia-Osteoporose
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Manejo de Osteopenia-Osteoporose
Manejo de Osteopenia-Osteoporose Gisele Cristina Gosuen Universidade Federal de São Paulo CRT em DST, Aids e Hepatites virais 26/04/2014 Conflito de interesse Resolução CFM nº 1.595 18 de Maio de 2000 Declaro receber ou ter recebido remuneração pela condução de pesquisas, palestras, treinamentos, consultorias e/ou patrocínio para congressos das seguintes empresas: Abbott, Gilead United Medical, Glaxo Smith Kline, Pfizer, Janssen-Cilag, Merck Sharp-Dohme/Schering-Plough, Bristol Myers Squibb e Roche Definição Osteoporose é uma alteração esquelética sistêmica, caracterizada por baixa massa óssea e deteriorização da microarquitetura óssea, com consequente aumento na fragilidade óssea, predispondo a ocorrência de fratura Osteopenia: perda óssea que precede a Osteoporose J Infect Dis 2012; 205: S391-398 Definição de Osteoporose - OMS JAMA. 2001 Feb 14;285(6):785-95 Densitometria óssea (DXA) T-score < - 2,5 é classificado como Osteoporose em menopausadas e idade ≥ 50 anos Z-score - 2 é classificado como anormal em indivíduos mais jovens (< 30 anos) Clin Infect Dis. 2010 Oct 15;51(8):937-46 http://www.shef.ac.uk/FRAX2 Causas secundárias de Osteoporose Diabetes mellitus Coinfecção HCV Hipertireoidismo Deficiência de Vitamina D Hiperparatireoidismo secundário Doença renal crônica Hipogonadismo Osteoporos Int (2014) 25:1071–1079 Tratamento menopausadas idade ≥ 50 anos T-score < - 2,5 História prévia de fratura por fragilidade Fratura de quadril ≥ 3% Fratura por fragilidade ≥ 10% Osteopenia + história de perda de altura (≥ 3cm) ou Rx com fratura Clin Infect Dis 2010; 51: 937-946 Tratamento Cálcio Vitamina D Atividade física Cessação do tabagismo e etilismo Exposição solar Clin Infect Dis 2010; 51: 937-946 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA CLÍNICA Recomendações de Cálcio e Vitamina D da NOF Crianças e Adolescentes Cálcio (Dia) Vitamina D (Dia) 1 a 3 anos 500 mg 200 UI 4 a 8 anos 800 mg 200 UI Grupo Populacional 3 RDI Lácteo Unid mg Ca 1300mg Estimado 1 300 2 9 a 18 anos 1.300 mg Leite (Copo 240 ml) 0 Iogurte (Copo 240 ml) 0 Queijo (Fatia 28,35 g) 0 mg 200 UI 400 3 Adultos (Homens e Mulheres) Cálcio (Dia) 0 mg Vitamina D (Dia) 19 a 49 anos 1.000 mg 400-800 UI 50 anos em diante 1.200 mg 800-1000 UI Cálcio (Dia) Vitamina D (Dia) 18 anos ou menos 1.300 mg 400-800 UI 19 anos ou mais 1.000 mg 400-800 UI 4 Total de Cálcio Proveniente de Lácteos 5 Mulheres Grávidas e Lactantes 0 200 0 mg 0 mg Cálcio Proveniente de Outras Fontes 150 mg Total Geral 150 mg 6 7 Suplemento de Cálcio Recomendado 1150 mg Preencha o campo com fundo amarelo indicando a que grupo populacional o(a) paciente pertence e, em seguida, indique nos campos com fundo branco, as quantidades médias consumidas diariamente pelo(a) paciente. O campo de fundo vermelho (suplemento recomendado) exibirá, automaticamente, a quantidade aproximada a ser prescrita. www.abrasso.org.br Diferentes sais de cálcio Carbonato Citrato Fosfato Tribásico % Cálcio Elemento 40,0% 24,1% 38,8% Estudos Disponíveis ++++ ++ + Crianças e Acloridría Homens e A quem indicar? Adolescentes Homens e mulheres de qualquer idade Grávidas e lactantes Neo Gástrica Gastrite Atrófica Cirurgia Bariátrica Litíase Renal Mulheres > 70 anos com baixa ingestão de fósforo (raro) Intolerância a Lactose Institucionalizados Dificuldade de se alimentar Cedido pela Profa. Dra. Vera Lucia Szejnfeld Vitamina D 25 OH vitamina D < 20 ng/ml= Colecalciferol: 1500 - 2000 UI/dia 25 OH vitamina D < 10 ng/ml= Colecalciferol: 800 - 2000 UI/dia 25 OH vitamina D < 20 ng/ml= Osteoporose, Osteomalácia ou PTH J Infect Dis. 2012 Jun;205 Suppl 3:S391-8 www.europeanaidsclinicalsociety.org/images/stories/EACS-Pdf/EACSGuidelinesv6.0-English.pdf Vitamina D 25 OH vitamina D < 20 ng/ml: 800 2000UI ⁄ dia EFV: 2000UI ⁄ dia Corrigir o déficit previamente ao início da terapia com Bisfosfonatos para reduzir o risco de hipocalcemia, especialmente com IV e para maximizar sua eficácia (25 OH vitamina D > 30 ng/ml) Enferm Infecc Microbiol Clin. 2014;32(4):250–258 J Clin Endocrinol Metab. 2011;96:1911–30 J Infect Dis. 2012;205 Suppl 3:S391–8 Curr Infect Dis Rep. 2011;13:83–93 Hábitos de vida Corrida ou caminhada: 30 minutos ⁄ dia 3x ⁄ semana Fortalecimento muscular e equilíbrio 1 hora de sol ⁄ dia, antes das 10:00 ou após às 16:00 (15 minutos na hora do almoço) Cochrane Database Syst Rev. 2011 Jul 6;7: CD000333 Cochrane Database Syst Rev. 2012 Sep 12;9:CD007146 Hábitos de vida Evitar ingestão excessiva de álcool e cessação do tabagismo: 285 mL de cerveja 30 mL de licor 120 mL de vinho 60 mL de aperitivo Osteoporos Int. 2012;23:1–16 Osteoporos Int. 2012;23:2081–92 Medidas específicas Terapia de reposição horminal para com menopausa precoce Terapia com testosterona para com hipogonadismo Clin Infect Dis. 2005;41:1517–24 J Obstet Gynaecol Can. 2007;29:887–902 Clin Infect Dis. 2000;31:1240–4 Endocrinol Metab Clin North Am. 2007;36:333–48 PLoS One. 2011;6:e28512 Modificação da TARV ↓ DMO e ⁄ ou fratura por fragilidade Troca do Tenofovir Abacavir Troca de Inibidores da protease Raltegravir Enferm Infecc Microbiol Clin. 2014;32(4):250–258 Bisfosfonatos Reduzem a reabsorção óssea Previnem a perda do osso trabecular e cortical Reduzem marcadores da reabsorção óssea Efetivos em qualquer idade Am J Med 2009; 122(2 Suppl):S14–S21 Efeitos adversos Irritação esofágica Dispepsia Osteonecrose de madíbula (raro) Fibrilação Atrial Neoplasia esofágica CID 2010; 51(8):963–972 Tratamento farmacológico Bisfosfonatos: Alendronato 70mg/semana/5 anos VO Ácido Zoledrônico 5mg/ano/3 anos IV Enferm Infecc Microbiol Clin. 2014;32(4):250–258 Teriparatida (PTH 1-34) Estimula a formação óssea Reduz o risco de fratura vertebral e não-vertebral em homens e mulheres menopausadas Pessoas com alto risco de fratura e que não responderam aos bisfosfonatos Após suspensão (2 anos) bisfosfonatos Am J Med 1993; 94:646–50 Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium. 2011 Denosumab Anticorpo monoclonal humano: ↓ osteoclastogênese ↓ sobrevida e função de células dendríticas e monócitos (infecções, tumores e disfunção imunohematológica) Fraturas osteoporóticas ou múltiplos fatores de risco para fratura ou falha⁄intolerância a tratamento prévio Efeitos colaterais: osteonecrose de mandíbula, infecções de pele graves, dermatites, rash e eczema J Infect Dis. 2012 Jun;205 Suppl 3:S391-8 Ranelato de estrôncio Reduz a reabsorção óssea Aumenta a formação óssea Aumenta DMO coluna até 13% Aumenta DMO fêmur até 8% Reduz fraturas vertebrais em 50% Reduz fraturas de fêmur em 36% Reumatismo. 2013 Oct 31;65(4):143-66 Conclusões ↓ DMO é comum em HIV + DMO ↓ com o início da TARV As taxas de fraturas são > em HIV + idosos A patogênese é multifatorial e muitos mecanismos ainda não estão totalmente esclarecidos > conhecimento permitiria intervenções para previnir a perda óssea e ↓ o risco de fratura V E N T O S O M O R B I D A D E S D V ADVERSOS EM HIV/ IDS E EVENTOS III WORKSHOP DE COMORBIDADES E R 22 e 23 de Agosto de 2014 S Leques Brasil Hotel O www.comorbidades.com.br S