MATA CILIAR E RESERVA LEGAL: implantação no Porto de Areia
Transcrição
MATA CILIAR E RESERVA LEGAL: implantação no Porto de Areia no distrito de Porto São José *PINTO, Gisliane Aparecida Ferreira **BORGHI, Wagner Antônio ***MARTINS, Eduardo Toledo Resumo O estudo teve por objetivo descrever as espécies florestais arbóreas e o modelo utilizado no processo de recuperação das áreas ciliares e da reserva legal no Porto de Areia no município de São Pedro do Paraná, através de uma abordagem qualitativa, utilizando a pesquisa bibliográfica, de campo e a entrevista semi-estruturada, onde foi entrevistado o gerente geral da Associação dos Portos de Areia (APA). A pesquisa de campo foi realizada por meio de observações e entrevista semi-estruturada. A terminologia “matas ciliares” é um assunto muito discutido, pois apresenta varias definições, porém as matas ciliares quase na sua totalidade foram destruídas para a implantação da agricultura e pecuária, onde tal fato é percebido quando se olha para rios e córregos que permeiam as propriedades agrícolas dos municípios situados na região noroeste do Paraná. Essas propriedades não possuem nenhuma vegetação de proteção, onde isso também é percebido nas reservas legais. Desta forma o estudo demonstrou que na Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Paraná, devido à largura do leito do rio, é necessário que se preserve, conforme a Lei 4771/65, quinhentos metros de cada lado da margem, o que foi realizado pelos mentores do projeto de recuperação dessa associação. As espécies florestais utilizadas no projeto para a área em estudo e que corresponde ao citado na metodologia, foram recomendadas segundo estudos florísticos e fitossociológicos realizados em áreas ciliares do Rio Paraná. Assim podemos perceber que a recuperação de matas ciliares é um desafio quando se trata da implantação de projetos necessitando de muita perseverança e dedicação. Palavras-chave: Mata ciliar, Reserva legal, São Pedro do Paraná-PR. *Acadêmica em Agronegócio - FACINOR ** Docente do Curso de Agronegócio - FACINOR ***Docente do Curso de Agronegócio – FACINOR 1 1. Introdução A terminologia “matas ciliares” é muito discutida e apresenta-se sobre várias definições. Entretanto as matas ciliares foram quase que na sua totalidade destruída para implantação da agricultura e pecuária. Tal fato é facilmente perceptível quando olha-se para os rios e córregos que permeiam as propriedades agrícolas dos municípios situados na região noroeste do Estado do Paraná. São propriedades que não possuem nenhuma ou quase nenhuma vegetação de proteção e, tal fato também é percebido quanto às reservas legais, ambas instituídas por lei. A legislação que discute sobre a preservação dessas áreas, data de épocas anteriores a 1965 quando foi instituído o “Novo Código Florestal”; nesse Código são também discutidas ás distâncias de margens a serem preservadas de acordo com a largura dos rios e córregos. Mesmo com a legislação não sendo de data recente, a maioria dos proprietários não preservou e não preserva essas matas. As matas ciliares são formações vegetais associadas aos cursos d’água, elas têm largura variável e apresentam diferenças em sua estrutura e composição florística. Elas desempenham importantes funções ecológicas e hidrológicas na bacia hidrográfica, onde melhoram a qualidade da água, e dão maior estabilidade aos solos marginais além de promoverem o melhor desenvolvimento, sustentação e proteção da fauna ribeirinha e dos organismos aquáticos (ROSA, 1991). A destruição dessas áreas faz parte de um mesmo ciclo que começou há milhares de anos mas, a altíssima velocidade com que os recursos naturais foram extraídos, fez com que muitos produtos resultantes dessa transformação não sejam reintegráveis aos ciclos naturais e fiquem depositados na forma de lixo e de todos os tipos de poluição. Essas ações expandem-se com a mesma lógica por todo o globo, indo além das especificidades de cada cultura local. É indiscutível a necessidade de recuperar e preservar essas áreas, principalmente pela função protetora que desempenham. Para que isso ocorra, tal processo exige o fornecimento de dados cientificamente comprovados por pesquisadores da área, uma vez que um processo de reflorestamento, para que ocorra de maneira rápida e correta deve obedecer a sucessão das espécies florestais nativas. Utilizando o Reflorestamento como uma maneira de solucionar problemas relacionados com a destruição da vegetação ciliar e mostrar os benefícios oriundos da preservação e recuperação dessas áreas e também nas reservas legais discutindo alguns aspectos para maior conhecimento sobre o tema, é que se propõe uma revisão de literatura para a fundamentação e discussão do problema proposto para esse artigo, que foi quais as espécies e modelo foram utilizados para a recuperação tanto das áreas ciliares, quanto da reserva legal no Porto de Areia do município de São Pedro do Paraná distrito de Porto São José/Paraná. Neste sentido o objetivo deste artigo foi descrever as espécies florestais arbóreas e o modelo utilizado no processo de recuperação das áreas ciliares e da reserva legal no Porto de Areia no município São Pedro do Paraná/Paraná. O artigo divide-se nas seguintes seções, além desta introdução: uma revisão de literatura sucinta sobre mata ciliar reserva legal, legislação para área de preservação permanente e modelos de recuperação; a descrição da escolha metodológica utilizada; a apresentação e descrição do caso utilizado e, finalizando, apresentaram-se algumas considerações a respeito do modelo estudado. 2 2. Revisão de Literatura 2.1 Mata Ciliar Do mesmo modo que os cílios protegem os olhos a mata ciliar protege os rios, córregos, lagos e nascentes. Tratando-se de uma formação vegetal que cresce às margens de cursos d’água e sendo uma das mais importantes para a preservação de todo bioma, ou seja, a vida e a natureza (IAP, 2004). O termo florestas ciliares se refere a todos os tipos de vegetação relacionada a espécies arbóreas situada às margens dos rios, Ab’Saber (2000). O autor segue afirmando que o termo fica confuso devido ao sentido dado a matas beiradeiras ou matas de beira de rio, que é a vegetação florestal às margens de cursos d’água, independentemente de sua composição florística, ou seja, família, gênero e espécies arbóreas. Afirma o autor que o conceito de florestas ou matas ciliares é quase total para o território brasileiro, já que elas ocorrem de uma forma ou de outra, em todo o país. Para Durigan et al. (2001), essas áreas envolvem formações com variações em sua composição florística, estrutural e dinâmica, frequentemente relacionada com o relevo local, mosaico edáfico, largura da faixa ciliar e curso d’água, flutuação lençol freático, vegetação próxima e histórico de degradação. Essas áreas são conhecidas também como mata ripária ou ripícola, que é a vegetação de porte tanto arbóreo quanto arbustivo margeando os corpos d’água, mas que não tenha sofrido perturbações (CARPANEZZI, 2000). Marinho Filho e Gastal (2001) acrescentam dizendo que esta formação florestal acompanha um curso d’água, influenciando e sendo influenciada por ele. Devido à extensão territorial do Brasil, a mata ciliar recebe nomes de acordo com o local onde está inserida. Os termos utilizados geralmente fazem uma associação da fisionomia vegetacional com a paisagem regional, que produz o termo popular. Os nomes diferenciados variam conforme a região e a quantidade de espécies existentes. Na região dos campos sulinos a mata ciliar é chamada de mata de anteparo, enquanto que na região do cerrado é conhecida por floresta de galeria. A variação de nomenclaturas devido às características de solos é comum na literatura, sendo acrescentados os termos floresta de brejo, floresta de várzea, floresta aluvial, entre outros (RODRIGUES et al. ,2001). Vale salientar que mata ciliar é a vegetação que existe margeando os corpos de água, independente da definição (SOUZA, 1999). Ela forma uma comunidade de plantas, animais e outros organismos vivos integrados com outros componentes não vivos como os rios. Essa vegetação é favorecida pelas condições dos terrenos próximos aos cursos d’água. Os rios fornecem a água e os nutrientes, que são levados através deles, se depositam em suas margens e ajudam as plantas crescerem. A água é a causa principal da variação dos ambientes ciliares. A umidade atua selecionando as espécies ocorrentes na faixa ciliar formando um mosaico vegetacional. Os diferentes gradientes da água no solo que atuam na definição das características de solo já é consenso em literatura (RODRIGUES; SHEPHERD, 2001). Em rios mais profundos, a mata ciliar apresenta árvores maiores, enquanto que à beira dos riachos e suas várzeas a formação vegetal é composta por arbustos e pequenas árvores típicas desse tipo de solo. Nesse sentido Durigan et al. (2000), comentam que essas formações apresentam-se com imensas variações em sua composição florística. 3 Em uma descrição realizada por Barbosa (1993) é citado que a mata ciliar é uma formação vegetal que acompanha as margens dos rios, represas e lagos, e possui importância ímpar. Essa vegetação evita a erosão dos barrancos e o assoreamento dos rios e lagos além de ser uma importante fonte de alimentos para a vida aquática influenciando na quantidade e diversidade de espécies de peixes existentes em um determinado local. Pode ser observado a partir das definições citadas sobre mata ciliar, que a importância destas vai muito além da proteção dos rios, entretanto, não é somente ela o fruto desta pesquisa, a proposta avaliará também a formação da reserva legal que passará a ser discutida na sequencia. 2.2 Reserva Legal A partir do que é proposto pela Medida Provisória nº. 1956-50/00, em seu Art. 16, inciso II, reserva legal pode ser consideradas as áreas das propriedades rurais, destinadas a manter os recursos naturais intocáveis, a conservação da biodiversidade e servir como abrigo das espécies nativas da região. Tendo como função manter protegida todas as espécies animais e vegetais existentes, mantendo o ambiente ecologicamente equilibrado para as gerações futuras. Essa medida fixa limites do direito de uso da propriedade, tendo como área de reserva um percentual que pode variar entre 20%, 35% e 80% da área do imóvel, de acordo com a região e a fisionomia vegetal. Machado (2005) defende que são terras que nunca deveriam ter sido desmatadas onde o proprietário tem o dever de mantê-las preservadas, para o interesse da sociedade. O slogan ideal seria “use bem sua propriedade para usa-la sempre”, a existência de uma reserva florestal, mais do que uma imposição legal, é um ato de amor à pessoa e os seus descendentes. Da mesma forma que as florestas e demais formas de preservação permanente a Reserva Florestal Legal decorre de normas legais que limitam o direito de propriedade. A diferença entre elas diz respeito ao que concerne a dominialidade, sobre o domínio privado, ao passo que as Áreas de Preservação Permanente incidem sobre o domínio privado e publico [...]. Assim a Reserva Florestal Legal, não só é protegida pela lei ordinária como pela própria Constituição da República. Portanto, a não ser por consentimento expresso da lei federal, nem o proprietário privado nem o Poder Executivo podem consentir na diminuição e na supressão da Reserva Florestal Legal (Art. 225, § 1º, III da CR/88). Desde sua criação, o Código Florestal foi alterado por leis e medidas provisórias, onde percebe-se a dificuldade para conciliação de interesses entre os atores por parte dos legisladores. Em 1934, por meio do Decreto nº 23.793, conhecido como o Código Florestal de 1934 aparecem inovações onde a mais ousada foi a que criou o limite do direito de uso da propriedade, a chamada "quarta parte", ou seja, a reserva obrigatória de vinte e cinco por cento de vegetação nativa de cada propriedade rural. A medida era como uma perda incalculável de terras férteis por parte dos fazendeiros (CNA, 1998). Outras modificações do Código Florestal ocorreram em maio de 2000 onde vários segmentos da sociedade civil, ONG’s ambientalistas e representantes dos agricultores participaram. Existem casos onde os proprietários que já estão utilizando todo o imóvel para atividades agropecuárias. Nesses casos, podem compensar a Reserva Legal em outras localidades. A lei permite que a compensação da Reserva Legal seja feita em outra área de igual valor ecológico, localizada na mesma micro bacia e dentro do mesmo Estado, desde que observado o percentual mínimo exigido para aquela região. Isto faz com que se criem áreas contínuas e 4 maiores de Reserva Legal o que possibilitará melhores condições para expressão da flora, para a proteção de mananciais e também da fauna (METZGER, 2002; CABS, 2000). Enquanto as discussões sobre a reserva legal continuam no Congresso e no Senado na busca por um consenso sobre destino da mesma, a conservação dos remanescentes de vegetação nativa nas propriedades é uma decisão dos produtores rurais onde os que utilizam o modelo orgânico de agricultura sabem da importância de se conservação a reserva legal conseguindo produzir em escala comercial (JOELS, 2002). Após ser avaliado os aspectos legais da reserva legal, será apresentada a legislação para as áreas de preservação permanente. 2.3 Legislação para Áreas de Preservação Permanente (APPs) Na Lei 4771/65, as matas ciliares estão inclusas na categoria de áreas de preservação permanente onde toda vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água de acordo com o Quadro 1 que mostra as dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, etc. LARGURA MÍNIMA DA FAIXA 30 m em cada margem 50 m em cada margem 100 m em cada margem 200 m em cada margem 500 m em cada margem Raio de 50 m 30 m ao redor do espelho d'água 50 m ao redor do espelho d'água SITUAÇÃO Rios com menos de 10 m de largura Rios com 10 a 50 m de largura Rios com 50 a 200 m de largura Rios com 200 a 600 m de largura Rios com largura superior a 600 m Nascentes Lagos ou reservatórios em áreas urbanas Lagos ou reservatórios em zona rural Quadro 1 - Largura mínima das margens a serem preservadas para rios e nascentes de acordo com a largura dos mesmos. Fonte: Código Florestal, Lei nº. 4.771, de 15 de Setembro de 1965. área menor que 20 há 2.4 Modelos de Restauração A escolha de um modelo de restauração é um processo que utiliza informações sobre ecologia, genética, geografia, biogeografia e além do ambiente físico e biológico da região onde será inserido. Envolve também a produção de mudas de espécies nativas. Ao integrar conhecimentos teóricos e informações sobre tecnologia de produção disponíveis poderá se determinar o modelo de restauração mais adequado (KAGEYAMA; GANDARA, 2000). A escolha das espécies depende do objetivo da recuperação. Ou seja, a restauração é um plantio misto de espécies nativas, para recuperar tanto a estrutura como a dinâmica da floresta, o que é fundamental para Áreas de Preservação Permanente perturbadas ou degradadas (CARPANEZZI et.al., 1999). 5 As espécies florestais são dependentes de alguns fatores e quanto a proximidade de leitos d’água, existem espécies mais adaptadas a essa condição. Existem espécies específicas de áreas com maior ou menor teor de umidade, e outras que só ocorrem em terra firme. Quando as áreas são muito degradadas deve ser muito específica a escolha de espécies porque muitas vezes espécies se comportam de modo diferenciado quando em condições diferentes (KAGEYAMA; GANDARA, 2000). Segundo os autores, existem vários modelos de restauração, conforme pode ser observado no quadro 2: Modelo Características O mesmo ocorre sem uma ordem ou arranjo pré-determinado para as diferentes espécies no plantio, tendo como pressuposto que os propágulos das diferentes espécies, caem, germinam e crescem ao acaso na natureza. De fato, Modelo do plantio ao acaso o primeiro ato é ao acaso, mas as combinações entre as diferentes espécies que ou plantio misto de espécies se tornam favoráveis não ocorrem ao acaso, mas obedecem exigências dos diferentes tipos de espécies e mostram que a sucessão secundária parece ser o processo que mais retrata esse fenômeno na floresta tropical. O uso da sucessão ecológica na implantação de florestas mistas é a tentativa de dar, à regeneração artificial, um modelo seguindo as condições com que ela ocorre naturalmente na floresta. Esse modelo separa as espécies em grupos Modelo sucessional ecológicos e, junta-as em modelos de plantio onde as espécies iniciais de sucessão fornecem sombreamento adequado para as espécies de estágios mais avançados de sucessão. Pode ser realizado em linhas ou em módulos, sendo que em linhas é o mais recomendado para grandes áreas. É tido como uma alternativa ao plantio de espécies pioneiras e não pioneiras. Esse modelo pode ser utilizado em áreas montanhosas de difícil acesso e em Modelo plantio por sementes locais onde não existam viveiros e onde qualquer intervenção no solo possa ser problemática. O uso de semeadura de espécies não pioneiras só deve ser utilizado quando houver cobertura florestal. Utiliza como pressuposto que nos ecossistemas naturais não perturbados, as Modelo com espécies raras e espécies podem ser raras, intermediárias e comuns, dependendo de sua densidade. O importante é que nas florestas tropicais a maioria das espécies é comuns rara. Essas características de raridade e abundância, que devem ser evolutivas, devem ser incorporadas nos modelos de restauração. É uma maneira de minimizar os custos. Essa possibilidade surgiu a partir de pesquisas que mostraram que pequenos fragmentos florestais, ou até mesmo Modelo de restauração em áreas isoladas podem exercer um papel de atração de fauna dispersora de ilhas sementes, contribuindo para acelerar a sucessão ao seu redor. É um processo recriado artificialmente dentro de uma paisagem a ser recuperada Modelo de regeneração O primeiro passo a ser tomado é a observação da existência de banco de natural sementes ou plântulas de espécies pioneiras e áreas com vegetação natural próximas, que podem funcionar como fonte de sementes de espécies não pioneiras por dispersão natural à área de interesse. A presença ou ausência destas duas situações irá determinar o grau de intervenção e o tipo de espécies a serem utilizadas. A presença de uma significativa regeneração é muito comum em regiões com uma razoável cobertura florestal remanescente, apresentando uma surpreendente diversidade no subosque de plantios homogêneos de espécies arbóreas exóticas. No caso de estar presente o banco de sementes e existir uma fonte de semente, não há a necessidade de introdução de espécies, sendo possível a utilização da regeneração natural como forma mais adequada de restauração da área. No entanto, em alguns casos poderá ser necessária a eliminação de algumas espécies invasoras agressivas, que poderão retardar ou impedira a sucessão se as mesmas não forem controladas. Quadro 2 – Modelos de Restauração Fonte: Adaptado a partir de Kageyama e Gandara (2000) 6 3. Metodologia A pesquisa realizada foi do tipo qualitativa, que para Trivinos (1987) apresentou como características o ambiente natural como fonte direta dos dados, o pesquisador como instrumento chave. Essa pesquisa justifica-se ainda como qualitativa porque segundo Denzin e Lincoln (2005): A pesquisa qualitativa é uma atividade situada que posiciona o observador no mundo. Ela consiste em um conjunto de práticas interpretativas e materiais que tornam o mundo visível. Essas práticas transformam o mundo, fazendo dele uma série de representações, incluindo notas de campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações e anotações pessoais. Nesse nível, a pesquisa qualitativa envolve uma postura interpretativa e naturalística diante do mundo. Isso significa que os pesquisadores desse campo estudam as coisas em seus contextos naturais, tentando entender ou interpretar os fenômenos em termos dos sentidos que as pessoas lhes atribuem. (FLICK, 2009, p.16) O trabalho foi desenvolvido por meio da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo que de acordo com Severino (2000) é a recuperação de dados impressos sobre o tema, sendo seletiva e relacionada aos problemas da pesquisa. A pesquisa bibliográfica auxiliou no trabalho monográfico através de citações referenciadas de documentos e obras de autores para determinar e ajustar o pensamento do trabalho, dando a certeza que não foge do assunto. A pesquisa de campo foi realizada por meio de observações juntamente com o professor orientador, onde o pesquisador é o elemento chave e participante, em dois (2) transcectos em uma área com 34 ha plantada a aproximadamente 3 anos, que faz parte, juntamente com outras duas áreas do conjunto para recuperação das áreas degradadas da Associação dos Portos de Areia (APA) Prezalino Semprebom. A Reserva Legal da propriedade teve origem de uma matricula onde o total da área original correspondia a 2.379 ha, o que corresponde a 475,8 ha sendo transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e se encontra preservado. O estudo de caso, que de acordo com Yin (2001, p. 19) é utilizado quando se coloca questões do tipo “como” e “por que”, quando se tem pouco controle sobre os eventos e “quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real”. Foi realizado na APA por sua significância no contexto ecológico conforme apresentado no decorrer desse artigo, para sua realização foram coletadas informações relacionadas ao modelo de recuperação utilizado pela APA na Área de Preservação Permanente, atingindo resultados para o entendimento da pesquisa, ou seja, se aproximou da melhor entendimento para os dados coletados e analisados para o estudo, conforme os seis modelos utilizados para recuperação de áreas degradadas descritos na fundamentação teórica. Segundo Trivinos et al (1987) em uma entrevista semi-estruturada é necessário a atuação na formulação das questões básicas sobre o tema na entrevista. Manzini (1990/1991) corrobora com o autor sobre o foco desse tipo de entrevista, onde as principais perguntas são complementadas por questões momentâneas fazendo surgir informações e respostas não vinculadas a padrões e alternativas. A entrevista semi-estruturada foi realizada com o gerente geral da APA Prezalino Semprebom. 7 O levantamento das espécies arbóreas, seus diâmetros à altura do peito (DAP) e altura foram utilizados para verificar se as espécies podem ser classificadas como adultas. A análise dos dados produziu correlações importantes sobre o estudo fornecendo subsídios para a conclusão do trabalho conforme pode ser observado na sequência. 3.1 O Caso A Associação das Indústrias Extrativas De Areia do Noroeste do Paraná- APA está localizada no Porto São José, Distrito de São Pedro do Paraná, as margens do Rio Paraná conforme podemos ver nas Fotos 1 e 2: Foto 1 - Localização do Reflorestamento APA Prezalino Semprebom Fonte: Google Earth Foto 2 - Localização do Reflorestamento APA Prezalino Semprebom Fonte: Google Earth 8 Foi fundada em Assembléia realizada em 01/07/2000 com a presença de nove empresas em atividade na mineração de areia no leito do rio Paraná com o principal objetivo de representar e defender suas associadas diante do poder público, criar uma associação representativa em assuntos relativos a atividade extrativa, principalmente a recuperação das áreas por elas utilizadas e próximas ao rio Paraná. Outros objetivos a serem mencionados seriam a construção do terminal de descarga e estocagem de areia, adequada às exigências legais sem agressão ao meio ambiente, criação de departamentos especializados para orientação e prestação de serviços e promoção de pesquisas e assuntos técnicos. A principal ação da Associação está relacionada à produção de agregados para a construção civil com o uso mínimo da área de preservação permanente (APP) do rio Paraná, cumprindo todas as funções de proteção para as águas e o solo, minimizando o assoreamento e o aporte de poluentes e fornecendo abrigo e alimento para a fauna além de contribuir para formação dos corredores de biodiversidade. Em 24/05/2000 foi firmado um “termo de ajustamento de conduta” com a participação do Ministério Público, envolvendo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), as prefeituras municipais de Marilena, Porto Rico e São Pedro do Paraná para atendimento de vários propósitos onde estaria incluso o plantio de sessenta e quatro mil mudas de árvores nativas da flora regional, com uma variabilidade de espécies em número de trinta e oito na área onde seria instalado o terminal, e que se encontrava completamente degradada. Posteriormente iniciou-se a construção do terminal de descarga e estocagem de areia “Prezalino Semprebom”, para cumprir a disposições legais, respeitando a APP do rio Paraná, cuja largura mínima é de quinhentos metros, onde o primeiro passo para que tudo acontecesse foi plantio de espécies arbóreas na primeira área onde seria instalado o Porto de Areia. Atualmente a Associação se orgulha de ter construído o único “Porto de Areia” ecologicamente correto instalado no Brasil, dentro das normas ambientais, fora da APP, sem utilização de pás carregadeiras e que hoje apresenta um modelo de extração de areia produtivo e em harmonia com meio ambiente, deixando pra trás uma cultura altamente impactante, promovendo o desenvolvimento sustentável através do esforço conjunto de 9 empresas, que buscam resgatar o que havia desaparecido da nossa fauna e flora, contribuindo assim com a biodiversidade, uma vez que se encontra instalada dentro do Corredor da Biosfera Caiuá - Ilha Grande. 4. Resultados e discussões As florestas nativas, indistintamente, são formações vegetais constituídas por arvores, arbustos, espécies gramíneas, fungos, bactérias e animais que nela habitam, não se confundindo com outras vegetações e formando uma comunidade viva onde cada um tem uma função dentro do ecossistema, sofrendo ações um dos outros e também do meio. São compostas por estratos organizados onde o mais alto é composto por arvores maiores e por isso recebem mais luz solar e o inferior formado por arbustos de pequeno porte que se desenvolvem a sombra das grandes árvores, o que permite melhor utilização da energia solar (MACHADO, 2005). 9 Para atingir essa configuração florestal, partindo-se de áreas degradadas ou em processo de degradação é necessário, além do tempo, a criação de condições para que haja a evolução e, muitas vezes, substituição das espécies florestais arbóreas. São processos diferenciados que de acordo com Carpanezzi et.al., (1999) e Kageyama e Gandara (2000) envolvem a utilização de diferentes modelos de recuperação, espécies arbóreas e arbustivas pertencentes ao bioma florestal da área de implantação e espaçamentos entre linhas e entre plantas, conforme o objetivo da recuperação. Na Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Paraná, devido a largura do leito do rio, é necessário que se preserve, conforme a Lei 4771/65, quinhentos metros de cada lado da margem, o que foi realizado pelos mentores do projeto de recuperação dessa associação. As espécies florestais utilizadas no projeto para a área em estudo e que corresponde ao citado na metodologia, foram recomendadas segundo estudos florísticos e fitossociológicos realizados em áreas ciliares do Rio Paraná onde se podem citar os trabalhos de Souza (1998), (1999) e Romagnolo e Souza (2000) entre muitos. Parte das espécies recomendadas (50% das mudas) para implantação, segundo o nome comum, gênero, espécie e grupo sucessional a que pertencem estão listadas na tabela 2. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM Schinus terebinthifolius Cecropia pachystachya Bastardiopsis densiflora Peltophorum dubium Croton urucurana Croton floribundus Albizia hasslerii Machaerium stipitatum Parapiptadenia rígida Aroeira Pimenteira Embaúba Jangada (algodoeiro) Canafístula Sangra d’água Capixingui Farinha seca Sapuva Gurucaia Sapindus saponaria Galesia integrifólia Cedrela fissilis Patagonula americana Saboneteiro Pau d’alho Cedro Guajuvira NOME CIENTÍFICO NOME COMUM GRUPO SUCESSIONAL Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira SUB TOTAL Secundária Secundária Secundária Secundária SUB TOTAL Nº MUDAS 2.016 3.168 2.496 760 1.000 576 384 100 300 10.800 560 960 200 5.200 6.920 GRUPO N° SUCESSIONAL MUDAS Eugenia uniflora Pitanga Clímax 3.264 Genipa americana Jenipapo Clímax 1.000 Phytolacca dióica Cebolão Clímax 1.536 Astronium graveolens Guarita Clímax 4.800 Euterpe edulis Palmito Jussara Clímax 3.000 Psidium cattleyanum Araçá Clímax 684 Cytharexyllum myrianthum Tucaneiro Clímax 200 SUB TOTAL 14.484 TOTAL 32.204 Tabela 2 - Espécies arbóreas recomendadas para recuperação da mata ciliar da APA Prezalino Semprebom, segundo a quantidade de mudas, nome comum, gênero e grupo sucessional a que pertencem. Fonte: organizada pela autora 10 Do total das mudas plantadas na primeira fase, dez mil e oitocentas (10.800) correspondem a classe sucessional das pioneiras, ou seja, espécies que necessitam de luz solar direta para nascer e crescer e que fazem o sombreamento para as secundárias e clímax se desenvolverem. Seis mil novecentas e vinte (6.920) mudas pertencem a classe sucessional das secundárias e quatorze mil quatrocentos e oitenta e quatro (14.484) mudas à classe das espécies clímax. Do total das espécies plantadas, quarenta e quatro por cento (44%) pertencem às classes iniciais de sucessão e, cinquenta e seis por cento (56%) às tardias. Ao observar os percentuais de cada grupo sucessional, nota-se que de acordo com Borghi (2003) em seus estudos sobre a Caracterização e Avaliação da Mata Ciliar na Estação ecológica do Caiuá, na área ciliar à jusante da Barragem da Hidrelétrica de Rosana, quanto ao estágio sucessional, 36% das espécies pertenceram à classe sucessional tardia, 47% a classes iniciais de sucessão e 16% não foram classificadas. Borghi (2003) comenta que na recuperação de áreas degradadas semelhantes, os modelos de implantação deverão se basear no conceito de sucessão secundária, no qual as espécies ou grupo de espécies de diferentes grupos ecológicos irão se suceder no ecossistema, devendo-se se utilizar a máxima diversidade de espécies nativas possível com um grande número de indivíduos de espécies de estágios iniciais de sucessão por área e um número menor de indivíduos de espécies secundárias tardias, o que não ocorreu na área de estudo onde foi utilizado grande numero de indivíduos de todos os grupos sucessionais. A sucessão florestal é então o resultado das mudanças ambientais causadas pelas próprias espécies arbóreas. São mudanças e adaptações em estágios diferenciados que alteram o ambiente dando condições a um próximo estágio até atingir o clímax com um ambiente dinamicamente estável e equilibrado. O estágio clímax é então um maior desenvolvimento vegetativo das plantas, como uma expressão da cobertura vegetal natural (FERNANDES, 2000). Mesmo com diferentes combinações de espécies em grupos sucessionais, opiniões no modo de perceber a recuperação de áreas degradadas devem ser levadas em consideração como as duas tendências relacionadas ao tema recuperação de áreas degradadas onde de um lado existe a afirmação e expansão da disciplina cientifica intitulada recuperação de áreas degradadas ou restauração ecológica e de outro que projetos de recuperação extrapolem os limites da simples solução de um problema pontual, para subsidiar a formulação de teorias ecológicas (RODRIGUES; GANDOLFI, 2001). O modelo de recuperação utilizado foi o plantio em linhas com espaçamento de 3m entre as linhas de plantio por 2,5m entre as plantas. As plantas foram distribuídas de maneira aleatória durante o plantio, mas é necessário que se diga que os rocamboles preparados anteriormente, continham cinquenta (50) mudas, obedecendo uma disposição sequencial entre pioneiras e tardias. Percebe-se nessa área que muitas vezes, espécies finais de sucessão foram colocadas próximas sem que entre elas esteja uma inicial de sucessão. De acordo com Vanderley Pasquali (gerente geral) tal fato pode ter colaborado para o elevado índice de mortalidade inicial, necessitando três replantas para equilíbrio das espécies. Para Vanderley se não houver perseverança e muita força de vontade, projetos de recuperação não conseguem ser desenvolvidos O modelo de plantio em linhas, que foi utilizado no projeto, é o mais recomendado para plantio em grandes áreas (KAGEYAMA; GANDARA, 2000) e mostra o desenvolvimento das 11 espécies com muitas delas já podendo ser consideradas adultas por possuir Diâmetro Acima do Peito (DAP) maior que cinco centímetros como é o caso da espécie Croton floribundus. Na área, o desenvolvimento das espécies florestais escolhidas e implantadas de acordo com o modelo sucessional escolhido se encontra em desenvolvimento necessitando apenas de capinas, que são realizadas com herbicidas para que consigam fechar o dossel ou diminuir a penetração de luz direta, evitando assim o desenvolvimento de gramíneas Barbosa (2010) comenta que o “modelo” para ser utilizado em reflorestamento de matas ciliares em áreas degradadas deve partir de conhecimentos que proporcionem a utilização de vegetação heterogênea, com seleção de espécies de ocorrência regional corroborando com a proposta do projeto. Conclusão A recuperação de matas ciliares é um desafio quando se trata da implantação de projetos necessitando de muita perseverança e dedicação, no intuído de demonstrar como podem ser realizados esses projetos, foi proposto o objetivo deste artigo: descrever as espécies florestais arbóreas e o modelo utilizado no processo de recuperação das áreas ciliares e da reserva legal no Porto de Areia no município São Pedro do Paraná/Paraná. A partir desse foram realizadas as constatações que seguem. A APA Prezalino Semprebom se encontra instalada dentro da legalidade quanto a aspectos relativos a APPs e Reserva Legal. O Projeto desenvolvido por ela vem conseguindo maior envolvimento e conscientização da comunidade de Porto São José e áreas vizinhas sendo referencial de recuperação de áreas degradadas nas margens do rio Paraná. As espécies selecionadas (conforme Tabela 2) mostram bom desenvolvimento sendo uma área em estágio inicial de sucessão e que poderá futuramente servir de modelo de implantação para áreas próximas e que pertençam ao mesmo bioma. O modelo de recuperação escolhido mostra que é funcional permitindo facilidade de manejo e permitindo que as espécies se desenvolvam de modo adequado às suas necessidades REFERÊNCIAS AB’SABER, A. N. O Suporte Geológico das Florestas Beiradeiras (Ciliares). In: RODRIGUES R. R.; RIBEIRO, R.; LEITÃO FILHO, H. F.; FREITAS, H. de (org). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP, 2000. BARBOSA, L. M. Vegetação Ciliar: Conceitos e Informações práticas para conhecer e recuperar trechos degradados. Unisc - caderno de pesquisas, 1993, v. 5, n. 1. p. 3 - 36. BARBOSA, L.M. Considerações gerais e modelos de recuperação de formações ciliares. In: RODRIGUES R. R.; RIBEIRO, R.; LEITÃO FILHO, H. F.; FREITAS, H. de (org). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP, 2010. BORGHI,W.A. Caracterização e Avaliação da Mata ciliar na Estação Ecolgiaca do Caiuá. Dissertação de Mestrado. Universidade estadual de Maringa-UEM, 2003. 12 BRASIL. Decreto nr. 23.793, de 23 de janeiro de 1934. Aprova o Código Florestal . Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 9 de Fevereiro de 1934. BRASIL. Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei n. 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o imposto sobre a propriedade territorial rural – ITR, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 16 de set. 1965. BRASIL. Medida Provisória n. 1.956/50, de 27 de maio de 2000. Altera os arts. 1o, 4o. 14o.,16o. e 44, e acresce dispositivos à Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10o. da Lei n. 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispões sobre o imposto sobre a propriedade territorial rural – ITR e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 28 de maio de 2000. CANONICE, B. C. F.. Normas e padrões para elaboração de trabalhos acadêmicos. Maringá: Eduem, 2007. CARPANEZZI,A. A. Benefícios indiretos da floresta. In: GALVÃO, A. P. M. (org) Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília: EMBRAPA comunicação para transferência de tecnologia. EMBRAPA Florestas, 1999. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA. Reserva legal: aspectos técnicos e jurídicos. Brasília, 1998. Revisão bibliográfica. DENZIN, N. K., LINCOLN, Y. S. O Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed. 2006. DURIGAN, G.; GISELDA et al. A Heterogeneidade Ambiental definindo a Metodologia da Amostragem da Floresta Ciliar. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (org). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP, 2000. FERNANDES, A. Fitogeografia brasileira. Fortaleza: Multigraf. 2000. GODOY,A.S.Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades.RAE (Revista de administração de Empresas),v.35, nº3. São Paulo, 1995. Instituto Ambiental do Paraná. Mata Ciliar.Paraná, 2004. JOELS,L.M. Reserva legal e gestão ambiental da propriedade rural: um estudo comparativo da atitude e comportamento de agricultores orgânicos e convencionais do distrito federal. http//www.planetaorganico.com.br/trabjoels2.htm (acesso em 04/06/2011. KAGEYAMA, P. Y.; GANDARA, F. B. Recuperação de áreas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (org.). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP, 2000. MACHADO, P. A.L. Direito Ambiental Brasileiro, 13º Edição Revista, Atualizada e Ampliada, São Paulo, Malheiros Editores Ltda 2005. MANZINI, E. J. A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v. 26/27, 1990/1991. MARINHO-FILHO, J.; GASTAL, M. L. Mamíferos das matas ciliares dos cerrados do Brasil central. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (Ed.) Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 209-222. 13 METZGER JP. Bases biológicas para a ‘reserva legal’. Ciência Hoje vol. 31, p.48-9. 2002. Disponível online: http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch183/opiniao.pdf RODRIGUES, R. R.; GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para a recuperação de florestas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (Ed.) Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: Edusp, 2001. RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP, 2001. p. 235-245. RODRIGUES, R. R.; SHEPHERD, G. J. Fatores condicionantes da vegetação ciliar. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. (Ed.) Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: Edusp, 2001, p. 101-108 ROMAGNOLO, M. B.; SOUZA, M. C. Análise florística e estrutural de florestas ripárias do alto Rio Paraná, Taquaruçú, MS. Revista Acta Bot. Bras., v. 14, n. 2, 2000. ROSA, J. Reflorestamento permanente da mata ciliar. Divisão de controle do meio ambiente. São Paulo – RIPASA S.A. Celulose e papel, 1991. 13p. SEVERINO, A. J.. Metodologia do trabalho cientifico – 22ª Ed. Ver ampli. De acordo com a ABNT – São Paulo : Cortez, 2000. SOUZA, M. C. de. Estrutura e composição florística da vegetação de um remanescente florestal da margem esquerda do Rio Paraná (Mata do Araldo, Município de Porto Rico, PR). Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro. Rio Claro, SP.(Tese-Doutorado), 1998. SOUZA, M.C. Algumas considerações sobre vegetação ripária. Maringá: UEM, 1999. Cad. biodivers., v. 2, n. 1, p. 4-10. TRIVINOS, A.N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. http://www.jurisambiente.com.br/ambiente/areadepreservacaol.shtm (Art. 225, § 1º, III da CR/88). Acesso em 03/06/2011. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 14
Documentos relacionados
1-13 - Instituto Florestal
No Estado de São Paulo, as orientações legais e dos organismos de fiscalização e controle das áreas de preservação permanente (APP) são para se estabelecerem somente espécies nativas nas faixas de ...
Leia maisA Importância das Matas Ciliares do rio São Francisco
tais como: a topografia do terreno, o tipo e preparo de solo, os recursos financeiros, a disponibilidade de mão-de-obra, o favorecimento à regeneração natural, o fechamento mais rápido ou não do do...
Leia maisMata Ciliar - Secretaria do Meio Ambiente
Mata Ciliar é o nome que se dá à vegetação que se desenvolve às margens os rios, riachos, córregos, lagoas ou outros corpos d’água, sendo de grande importância para proteção dos recursos hídricos, ...
Leia maisEVERSON BATISTA DE OLIVEIRA
A recente conscientização para a recuperação de áreas ciliares mostra como é grande o desconhecimento sobre a prática de recuperar florestas nativas, portanto competem aos técnicos, pesquisadores e...
Leia mais