1 Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil

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1 Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil
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Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil-Ásia-Pacífico
Agosto/Setembro de 2010
Henrique Altemani de Oliveira
Grupo de Estudos Ásia-Pacífico - PUC/SP – www.pucsp.br/geap
Temas:
Destaque: Ásia busca ampliar produção de veículos no Brasil
- Cresce a participação de carros chineses importados
- Cherry oficializa a instalação de uma unidade em Jacareí – SP
- Toyota inicia construção de fábrica em Sorocaba
- Tata Motors indica intenção de produzir carros no Brasil ou no México
- Produtora de motos, com recursos chineses, pretende ampliar produção
Relações com a China
- Sinopec e CNOOC avaliam participação em exploração de petróleo no Brasil
- Vale obtém financiamento chinês para construção de12 navios
- China amplia compras de açúcar
- Empresa chinesa busca investir no setor sucro-alcooleiro
- Empresas brasileiras expõem produtos no mercado chinês
Relações com o Japão
- Etanol no Japão
- Japão compra título da dívida brasileira
- Investimento japonês em fundo brasileiro de “private equity”
Relações com a Índia
- Perspectiva de maior presença do etanol brasileiro na Índia
- ArcelorMittal anuncia investimentos em aço
- Brasil Foods negocia com a Índia
Relações com a Coréia
- Samsung oficializa produção de telas de cristal liquido no Brasil
- Investimento coreano em mineração
Outras Relações
- Venda de cartões para a Ásia
- Empresa do governo de Cingapura busca ampliar investimentos
- Investimento tailandês em eletrônicos
Destaque: Ásia busca ampliar produção de veículos no Brasil
Cada vez fica mais perceptível o interesse asiático em transferir parcelas de suas
capacidades produtivas em veículos para o Brasil. Entre 2008/2009, Hyundai e
Toyota declararam suas intenções de instalação de unidades produtivas,
respectivamente em Piracicaba e Sorocaba, no Estado de São Paulo. Estas
decisões inicialmente foram postergadas em decorrência da crise financeira
mundial. No entanto, já em janeiro deste ano, a Hyundai retomou seu projeto em
Piracicaba e agora a Toyota anuncia a retomada da instalação de sua fábrica em
Sorocaba. Note-se que estes dois projetos trazem a perspectiva da presença de
aproximadamente mais 10 a 12 fabricantes de autopeças em cada região.
Este interesse está agora ampliado com a decisão chinesa de produção da Chery
em Jacareí, também no Estado de São Paulo, e da divulgação dos estudos em
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desenvolvimento pela Tata Motors para subsidiar a decisão de se instalar no Brasil
ou no México.
De qualquer forma, o interesse asiático em produção no território brasileiro visa
essencialmente atingir o mercado nacional e regional e aproveitar a infra estrutura
energética e mineral instalada no pais.
Cresce a participação de carros chineses importados
Os carros chineses já respondem por mais de 10% das importações feitas por
empresas independentes (sem fábricas no País), participação que há um ano estava
bem abaixo de 1%. Nos sete primeiros meses do ano, foram vendidos no mercado
brasileiro 5,8 mil automóveis que atravessaram o mar durante 45 dias até chegar em
terras brasileiras.
O número ainda é insignificante diante de um mercado de 1,88 milhão de veículos,
mas ganha relevância pela velocidade com que cresce: quase 400% na comparação
com o mesmo período do ano passado. De janeiro a julho de 2009 foram vendidos
no Brasil apenas 1,16 mil carros chineses. Em todo o ano, foram 2,43 mil, segundo a
Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores
(Abeiva).
Atualmente, cinco marcas atuam como importadoras no País – Chana, Chery, Effa,
Haffei e Jinbei. O Salão do Automóvel de São Paulo, programado para outubro,
marcará a chegada de mais duas: JAC e Lifan.
De olho no mercado brasileiro, um dos poucos que cresce no mundo, além da
própria China, as marcas asiáticas começam a fincar raízes no País.
(Dos carros importados, 10% chegam da China, O Estado de S. Paulo, Cleide Silva,
30/08/2010)
Cherry oficializa a instalação de uma unidade em Jacareí - SP
A fábrica que a montadora chinesa Chery vai instalar em Jacareí, no interior
paulista, produzirá 50 mil veículos por ano a partir dos últimos meses de 2013,
quando está prevista a conclusão da primeira fase do projeto. Depois disso, a
unidade deverá receber novos investimentos para alcançar a capacidade anual de
150 mil veículos, segundo informações da Investe São Paulo, agência paulista
responsável pela promoção de investimentos no Estado, que assinou na sexta-feira,
na China, um memorando de entendimento referente à construção da fábrica. Os
investimentos totais na unidade são estimados em US$ 400 milhões.
(Chery em São Paulo, Valor Econômico, 20/09/2010)
Toyota inicia construção de fábrica em Sorocaba
A chegada da Toyota, primeira montadora de automóveis a se instalar em Sorocaba,
a 92 quilômetros de São Paulo, vai produzir uma grande transformação no perfil da
cidade. Além de investir R$ 1 bilhão em sua unidade, a montadora japonesa trará
outras 12 fabricantes de componentes e fornecedoras de serviços.
A área fica à margem esquerda da rodovia Castelo Branco, que liga a capital ao
oeste paulista. No mesmo local, a prefeitura e o governo estadual iniciaram a
montagem de um pólo de alta tecnologia para incubadoras de empresas,
laboratórios e extensões de universidades.
A pedra fundamental da fábrica foi lançada em 08/09/2010 com a presença do
governador de São Paulo e do vice-presidente da Toyota Motor Corporation.
A produção de veículos será iniciada em 2012, conforme a previsão da Toyota. Na
fase inicial, serão montados 70 mil automóveis por ano, mas, segundo o prefeito, a
empresa pretende ampliar gradativamente a planta até a capacidade instalada de
400 mil veículos.
(Nova fábrica da Toyota, em Sorocaba, atrai 12 fornecedores de autopeças, O
Estado de S. Paulo, José Maria Tomazela, 07/09/2010)
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Tata Motors indica intenção de produzir carros no Brasil ou no México
Tata Motors, da Índia, estuda a implantação de uma fábrica de automóveis no Brasil.
Ravi Kant, o número 2 da empresa, confirmou ontem que a Tata iniciará uma
segunda onda de globalização da sua produção, faltando decidir se a nova fábrica
será instalada no Brasil ou no México.
“Enviamos nossos especialistas para a região e eles estão percorrendo tanto o
Brasil como o México para chegar a uma conclusão sobre onde seria mais
adequado o estabelecimento da fábrica”, afirmou Kant. Segundo ele, além da
primeira planta na América Latina, outras duas serão instaladas em outras regiões
do mundo.
O executivo não quis revelar de quanto seria o investimento, nem quais veículos
seriam produzidos numa eventual planta brasileira. “Mas o que eu posso dizer é que
essa nova fábrica será usada como plataforma para as exportações de nossos
carros para toda a América Latina”.
A ideia da Tata, é de aumentar a presença da empresa no mundo,especialmente
nos países emergentes.
(Tata estuda fábrica de carros no Brasil, O Estado de S. Paulo, Jamil Chade,
16/09/2010)
Produtora de motos, com recursos chineses, pretende ampliar produção
Em agosto de 2009, a chinesa Zongshen e um empresário brasileiro fizeram uma
sociedade e compraram a famosa e carismática Kasinski, produtora de motocicletas.
A estratégia deu certo: a empresa vai ampliar a produção e reforçar a área
financeira para ampliar a oferta de crédito. O sonho da Zongshen é chegar um
pouco mais perto da Honda e Yamaha, donas de 90% do mercado brasileiro.
Parte do investimento de US$ 80 milhões que a holding aplicará no projeto da nova
Kasinski prevê a construção de um prédio de 45 mil m2 em um terreno de 133 mil
m2, com o objetivo de elevar a capacidade de produção para 180 mil motos por ano,
um target de 10% do mercado num prazo de cinco anos. Seria a primeira vez que
uma marca chegaria ao terceiro lugar do mercado com participação de pelo menos
dois dígitos. No primeiro semestre, a Honda ficou com 77,1%, seguida por Yamaha
(12%) e Suzuki (3,5%).
(Sob comando chinês, Kasinski cresce e reforça o crédito, Valor Econômico, Marli
Olmos, 05/08/2010)
Relações com a China
Sinopec e CNOOC avaliam participação em exploração de petróleo no Brasil
As estatais chinesas Sinopec e CNOOC negociam separadamente com a brasileira
OGX, de Eike Batista, participação de 20% em projeto de exploração de petróleo na
Bacia de Campos, segundo reportagem publicada na terça-feira pelo 21st Century
Business Herald.
Segundo fontes do mercado, tratam-se das duas únicas interessadas no negócio,
que pode envolver valores em torno dos US$ 2 bilhões.
Sinopec e CNOOC estariam avaliando os ativos da OGX há pelo menos um mês,
tendo inclusive visitado a região, que hoje tem grande atividade exploratória. O
último laudo divulgado pela OGX aponta para reservas entre 2,6 bilhões e 5,5
bilhões de barris nas sete concessões da empresa no local.
Não está claro se a Sinopec e a CNOOC competem entre si ou se pretendem dividir
a eventual participação no campo da OGX. Procuradas, OGX, Sinopec e CNOOC
não se manifestaram sobre o assunto.
(Estatais chinesas negociam fatia da OGX, O Estado de S. Paulo, Cláudia Trevisan,
19/08/2010)
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Vale obtém financiamento chinês para construção de12 navios
A Vale assinou contrato com The Export-Import Bank of China e o Bank of China
Limited para o financiamento da construção de 12 navios Chinamax, com
capacidade de 400 mil toneladas de porte bruto, no estaleiro chinês Rongsheng. As
instituições financeiras fornecerão uma linha de crédito de até US$1,229 bilhão, o
equivalente a 80% do montante necessário para a construção dos navios.
A linha de crédito tem um prazo total para pagamento de 13 anos e a Vale receberá
os recursos ao longo dos próximos três anos de acordo com o cronograma de
construção dos navios. Segundo comunicado da empresa, o contrato faz parte de
um amplo pacote de financiamento para o programa de investimentos da Vale,
envolvendo instituições financeiras de vários países.
“Dessa forma,constitui-se em importante instrumento de apoio às nossas iniciativas
de crescimento em condições adequadas, de baixo custo e longo prazo, para o
financiamento dos nossos projetos,reforçando nossa capacidade de geração de
valor ao acionista”, informou, em nota, a companhia.
O primeiro navio tem entrega prevista para o início do ano que vem. O restante deve
ser entregue até o fim de 2012, conforme o cronograma inicial confirmado pela
companhia. O custo total de construção é de US$1,6 bilhão.
(Vale obtém crédito de US$1,2 bi para navios, O Estado de S. Paulo, 11/09/2010)
China amplia compras de açúcar
As importações de açúcar bruto da China, terceiro maior país produtor da
commodity, pode crescer mais de 42% em 2010.
Segundo estimaram três de cinco analistas com escritórios na China consultados, as
compras do país no exterior podem atingir 1,5 milhões de toneladas de açúcar este
ano, ante 1,06 milhão em 2009. Para outro analista, as importações poderão somar
pelo menos 1 milhão de toneladas. Se as previsões de 1,5 milhão de toneladas se
confirmar, será o maior volume desde pelo menos 2005, de acordo com estatísticas
alfandegárias.
O aumento de compras pela China poderá ajudar os preços futuros a ampliar a
valorização do açúcar no mercado internacional. Na bolsa de Nova York, o salto
desde maio chega a 54%, puxado pela forte demanda e pela perda de produção na
Indonésia e no Paquistão. O governo chinês tem vendido açúcar dos seus estoques
estatais em níveis recordes para aliviar a baixa oferta.
(Cresce importação de açúcar do país asiático, Valor Econômico, Bloomberg,
06/09/2010)
Empresa chinesa busca investir no setor sucro-alcooleiro
A Cofco Ltd., um dos maiores grupos de agronegócios e alimentos da China, com
faturamento de US$ 26 bilhões em 2009, entrou na disputa por usinas
sucroalcooleiras no Brasil. Na mira na empresa estão duas unidades da Companhia
Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), que pertence a um pool de fundos de
investimentos - entre os quais o Riverstone e o Goldman Sachs -, e também já
atraíram o interesse de outros players.
Entre outros negócios, a Cofco é a maior produtora de açúcar de beterraba da
China, e em razão de sucessivas quebras de safra em seu país passou a ampliar as
importações do produto do Brasil, derivado da cana. Se a Cofco levar as duas
usinas da CNAA, localizadas em Goiás e Minas Gerais e com capacidade conjunta
para processar 4 milhões de toneladas de cana por safra, será o primeiro negócio
chinês no segmento fora da Ásia.
(Grupo chinês na briga por usinas no Brasil, Valor Econômico, Fabiana Batista,
06/09/2010)
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Empresas brasileiras expõem produtos no mercado chinês
A Brazilian Gate, empresa gaúcha de promoção de marcas, montou um showroom
permanente para mostrar produtos de empresas brasileiras aos chineses em
Xangai. A ideia dos empresários Antônio João Freire e Tânia Caleffi, responsáveis
pelo projeto, é oferecer um teste de aceitação de produtos no mercado oriental.
Inicialmente, o stand de 300 metros quadrados conta com a participação de
empresas como Mormaii, Dado Bier, Brasil Sul, Solarium, Ângela di Verbeno e
Duelo.
(Empresas brasileiras testam mercado chinês, O Estado de S. Paulo, Clayton Netz,
23/08/2010)
Relações com o Japão
Etanol no Japão
A partir de 2011, a Petrobras deve triplicar o número de postos de combustíveis do
Japão que vão usar o E-3 (mistura de 3% de etanol na gasolina). Há dois anos, a
estatal brasileira desenvolve no país asiático um projeto de fomento ao uso da
mistura. Em 2009, foram utilizados aproximadamente 200 mil litros de etanol
distribuídos em seis postos de combustíveis.
(Etanol no Japão, Valor Econômico, 17/09/2010)
Japão compra titulo da dívida brasileira
Os japoneses ultrapassaram os investidores americanos como os principais
compradores de dívida externa corporativa brasileira de médio e longo prazos neste
ano. Dos US$ 12,666 bilhões vendidos até julho, US$ 6,51 bilhões, ou 51,4%, foram
adquiridos por investidores no Japão, diz o Banco Central. É um aumento de 450%
em relação ao mesmo período de 2009. Anita Fung, responsável pela área de
atacado do HSBC na Ásia, diz que a venda de ações e títulos em reais para os
japoneses bateu recorde histórico.
(Japoneses compram mais bônus, Valor Econômico, Cristiane Lucchesi,
13/09/2010)
Investimento japonês em fundo brasileiro de “private equity”
O conglomerado financeiro japonês SBI Group, que tem US$ 2,6 bilhões em
participações em empresas na Ásia e na Europa, vai começar a operar no Brasil. O
grupo está criando uma nova gestora de fundos de "private equity" em sociedade
com a Jardim Botânico Investimentos.
As gestoras vão iniciar as atividades com um fundo de investimento em
participações com foco em pequenas e médias empresas, principalmente nas áreas
de tecnologia da informação e infraestrutura, como logística, energia. Não há,
porém, restrições setoriais.
O SBI fará um aporte inicial no fundo de US$ 50 milhões, funcionando como uma
espécie de âncora para a atração de, no mínimo, outros US$ 50 milhões de recursos
de investidores estrangeiros. A expectativa é que a captação, iniciada no mês
passado, seja concluída até o fim do ano.
O SBI afirma que fechou a joint venture com a gestora brasileira por acreditar no
potencial de crescimento do país, que deve ser potencializado com a realização da
Copa do Mundo e da Olimpíada.
(Grupo japonês SBI terá gestora no Brasil, Valor Econômico, Carolina Mandl,
04/08/2010)
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Relações com a Índia
Perspectiva de maior presença do etanol brasileiro na Índia
Ministros da agricultura do Brasil e da Índia se encontraram, em São Paulo, para
uma aproximação que, nas entrelinhas, pode significar abrir caminhos para
exportação de etanol do Brasil ao país asiático. Recentemente, a Índia renovou a
mistura de etanol à gasolina em 5% com consumo estimado de 1,05 bilhão de litros
por ano.
Há condições de essa mistura subir para 10%, mas a produção interna indiana é
ainda insuficiente. Com a importação do etanol a partir do Brasil, a Índia teria
condições de subir de imediato o percentual para 10%, afirmam fontes.
O ministro da Agricultura, Alimentação e Consumo da Índia, Sharad Pawar, chegar
ao país para participar da inauguração do programa de expansão dos ativos da
Equipav, cuja participação majoritária foi adquirida em julho pela indiana Shree
Renuka - que pagou R$ 450 milhões pelo negócio, além de assunção de dívida, e
vai ainda investir mais R$ 218 milhões em ampliação e cogeração.
(Índia e Brasil ensaiam parceria para o etanol, Valor Econômico, 01/09/2010)
ArcelorMittal anuncia investimentos em aço
A ArcelorMittal Brasil vai investir US$ 1,2 bilhão na construção do segundo alto forno
e na expansão da usina de João Monlevade, em Minas Gerais. Com a entrada em
operação do alto forno, que terá capacidade de produção de 1,1 milhão de
toneladas de gusa, a unidade duplicará para 2,4 milhões de toneladas a fabricação
de aço bruto. As obras civis começam em setembro e a previsão é de que os
equipamentos sejam montados a partir do segundo trimestre de 2011.
(ArcelorMittal investe US$1,2bi em alto-forno, O Estado de S. Paulo, 20/08/2010)
Brasil Foods negocia com a Índia
Em 09/09/2010, o alto comando da Brasil Foods ofereceu um jantar à comitiva do
ministro da Agricultura da Índia, Sharad Pawar, que está em visita de prospecção de
negócios no Brasil. Além das bebidas e iguarias de praxe, o prato de resistência do
encontro foi a discussão em torno da viabilização da entrada dos produtos da
companhia brasileira na Índia. Um dos pleitos dos anfitriões foi a redução das
pesadas tarifas alfandegárias, que inviabilizaram até aqui a entrada do frango
brasileiro naquele país. Aparentemente, a alternativa não teria entusiasmado Pawar
e seus acompanhantes, entre os quais figuravam empresários do setor de alimentos
e avícola indianos.
Os visitantes propuseram, em troca, a formação de uma joint venture entre a Brasil
Foods e companhias indianas para a produção de frango congelado em seu país.
(Brasil Foods negocia o caminho para a Índia, O Estado de S. Paulo, Clayton Netz,
13/09/2010)
Relações com a Coréia
Samsung oficializa produção de telas de cristal liquido no Brasil
A coreana Samsung vai montar uma fábrica de telas de cristal líquido (LCD) no
Brasil. Trata-se do maior investimento nesse tipo de atividade já feito no país por
multinacionais de eletrônicos. O orçamento vai ultrapassar R$ 290 milhões, que
serão aplicados nos primeiros três anos de operação. Nos 12 meses iniciais, serão
investidos R$ 90 milhões na unidade.
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A fábrica, que inicialmente será usada para montagem de aparelhos de televisão
com tecnologia LED, será construída na Zona Franca de Manaus, onde a Samsung
já detém uma unidade de produção de outros equipamentos e emprega 2,2 mil
funcionários. A montagem do LCD será feita por mais 250 pessoas,
aproximadamente.
(Samsung terá fábrica de LCD no país, Valor Econômico, André Borges e Cibelle
Bouças, 30/08/2010)
Investimento coreano em mineração
Depois de fechar sociedade com a Anglo American e a chinesa Wisco nas áreas de
logística e mineração, o empresário Eike Batista anunciou um acordo com o grupo
SK,o quarto maior conglomerado da Coreia do Sul, que conta com 80 empresas.
O negócio envolve a injeção de US$700 milhões de capital coreano na MMX,a
empresa de mineração da holding EBX, um aumento de capital de US$2,2 bilhões e
uma oferta pública de US$ 2,3 bilhões, além de contrato para fornecimento de
minério de ferro aos novos sócios. A empresa vai comprar de outra subsidiária do
grupo, a empresa de logística LLX, um megaporto em construção no Rio
Segundo Eike, o contrato foi apenas o primeiro de outros que pretende fechar com
os novos sócios coreanos. O negócio com os coreanos será feito via SK Networks,
uma subsidiária da SK que registrou vendas de US$17,1 bilhões no ano passado. A
coreana vai adquirir US$ 700 milhões em novas ações ordinárias a serem emitidas
pela MMX.
Além disso, SK Networks e MMX fecham um contrato para fornecimento de minério
de ferro envolvendo a produção das minas da MMX no Sudeste e no Chile.
(Mineradora de Eike Batista ganha sócio sul-coreano e incorpora porto, O Estado de
S. Paulo, Sabrina Valle e Chiara Quintão, 14/09/2010)
Outras Relações
Venda de cartões para a Ásia
As crescentes encomendas de cartão por parte de clientes asiáticos estão alterando
de forma marcante o mapa dos destinos das vendas externas da Klabin, maior
fabricante brasileira de papéis para embalagens. No primeiro semestre, os asiáticos
responderam por 33% dos R$ 408 milhões em receita líquida gerada por
exportações. Em igual intervalo de 2009, essa fatia foi de 17% (sobre total de R$
383 milhões).
Durante a crise, a busca por novos mercados e novos clientes, efetivou a relação
com clientes da China e Cingapura que continuam mantendo os pedidos.
Em volume, os embarques para Ásia passaram de 43 mil toneladas no primeiro
semestre do ano passado, ou 16% do total exportado (269 mil toneladas), para 87,9
mil toneladas, equivalentes a 30% das exportações registradas neste ano (293 mil
toneladas).
(Ásia ganha peso nas vendas da Klabin, Valor Econômico, Stella Fontes,
03/08/2010)
Empresa do governo de Cingapura busca ampliar investimentos
A Temasek, empresa de investimento do governo de Cingapura, quer descobrir as
futuras multinacionais brasileiras. Com US$ 132 bilhões em patrimônio, a gestora
abriu escritório em São Paulo e busca oportunidades para investir em companhias
com potencial de crescimento no País. As grandes transformações econômicas,
com aumento de renda da população atraíram a Temasek para o Brasil.
Entre os investimentos que o fundo já possui no País estão aportes em dois fundos
de private equity, um da Pátria Investimentos e outro da GP.
A Temasek também possui participações diretas em companhias como a BR
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Properties, a San Antonio (da área de petróleo e gás) e a Amyris, da área de
biocombustíveis. Recentemente, a gestora tornou-se, indiretamente, sócia da TAM,
já que possui participação na chilena LAN Airlines, que anunciou a fusão com a
companhia brasileira.
(Cingapura Amplia Investimentos no Brasil, O Estado de S. Paulo, Cynthia Decloedt
e Vinicius Pinheiro, 28/10/2010)
Investimento tailandês em eletrônicos
Depois de três anos flertando com os mercados da América do Sul, a empresa
tailandesa de eletrônicos Aiptek decidiu abrir uma subsidiária no Brasil para sediar
sua operação em toda a região. “A estabilidade econômica do País influenciou a
decisão da matriz de eleger o Brasil como o novo mercado para impulsionar sua
estratégia de crescimento global”, diz Jairo Rozenblit, diretor-geral da subsidiária
brasileira da Aiptek.
Para marcar a estreia em solo brasileiro, a empresa está trazendo na bagagem um
lançamento inédito no mercado global, a filmadora portátil 3D, voltada para o usuário
amador.
A meta da Aiptek no Brasil é atingir um faturamento anual de US$ 100 milhões nos
próximos três anos, amparada na estratégia de produção local de parte da produção
no País.
(Tailandesa Aiptek chega ao pais com filmadora 3D, O Estado de S. Paulo, Clayton
Netz, 03/08/2010)
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