O desafio da rede para as organizações

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O desafio da rede para as organizações
COSTABILE,Henrique
Artigo 207 - O DESAFIO DA REDE PARA AS ORGANIZAÇÕES
COSTABILE,Henrique.O desafio da rede para as organizações. BANCO HOJE.[on line] Fev.2000
RESUMO : "Com as expectativas do cliente mudando a cada dia e cada vez de forma mais inteligente, a
tecnologia é mais uma ferramenta na busca constante de inovação". É necessário se adequar as novas
mudanças com uso de tecnologia , buscando o aprimoramento nos produtos, nas vendas e no
crescimento da organização.
PALAVRAS - CHAVE : Internet - Atendimento ao cliente.
O desafio da rede para as organizações
Dia desses, conversando com Marcio Tancredi, Superintendente Nacional de Desenvolvimento
Empresarial da CAIXA sobre temas apresentados pela empresa Ideas for Change, levantamos questões
interessantes que gostaria de compartilhar com vocês, leitores.
Todo mundo sabe de cor a lição da História que conta como a industrialização pôs fim à produção
artesanal (ao menos para efeitos econômicos efetivos) e como esse movimento mudou a face do mundo
dos negócios, afetando o entendimento do conceito de produto, a estrutura dos canais, os meios de
pagamento e o próprio conceito de produtor – de um indivíduo ou uma associação para a empresa
moderna.
A internet foi a princípio vista, juntamente com as modernas ferramentas de IT, como uma maneira
interessante de explorar o potencial da customização de massa, retomando algo que se perdeu com o
artesão: a capacidade de atender o cliente de forma diferenciada, personalizada, de capturar sua
intimidade e agregar valor e diferencial comparativo.
A Rede Mundial parece, entretanto, possuir um poder de fogo ainda maior. Talvez mesmo capaz de
colocar em cheque todo o conjunto de determinações que modela os empreendimentos econômicos, tal
como os reconhecemos hoje. É possível, efetivamente, que estejamos tratando com algo maior que um
fenômeno meramente evolutivo; que estejamos experimentando o início do que caracterizará, mais
propriamente e no devido tempo, uma revolução.
Algumas indagações podem ajudar a entender esse ponto.
Produtos que vendem bem nos canais convencionais podem vender mal na internet; o contrário parece
ser, em alguns casos, verdadeiro (e o contrário do contrário também!). É o que se vende o que importa –
no final das contas – ou o como se vende?
A Priceline.com não vende propriamente um produto, mas qualquer produto pelo preço que o usuário
quer pagar, com o compromisso de que, identificado o produto pelo preço ofertado, haverá a compra. A
Priceline.com faz muito mais do que vender produtos: ela vende preços e vende um modo de fazer
negócios que faria a felicidade dos pais da economia, ao trazer à luz uma possibilidade real de
competição perfeita.
Enfim, a Priceline.com entendeu que a internet é mais do que um novo canal. Que a rede irá exigir das
empresas rever o entendimento que tem dos conceitos de produto e canal. Que o que sempre foi feito faz
parte de um mundo que não é imediatamente transponível para o mundo dos negócios virtuais; talvez
não seja mesmo minimamente transponível.
Reinventar o valor para o cliente é uma frase que deve se banalizar num futuro próximo qualquer. Não
mais agregar; reinventar. E para que isto aconteça, libertando a imaginação e a criatividade, é
fundamental aprender a desaprender.
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COSTABILE,Henrique
Reinventar a maneira como olhamos o nosso cliente, o que fazemos para merecer sua escolha e até
mesmo os artifícios que garantam que estaremos no rol dos avaliados...
Por fim, a pergunta que se impõe: a empresa que é capaz de fazer isso é a empresa que conhecemos?
Ou no meio de todas as mudanças previstas (alguém acredita que não virão?), mas que ainda não se
dão completamente a conhecer, não estará surgindo a necessidade de uma nova organização, capaz de
juntar ousadia juvenil e maturidade empresarial; capacidade de gerar novas formas de agregação de
valor, garantindo, ao mesmo tempo, robustez na solução e performance no serviço prestado; e – em
especial – de merecer por parte dos investidores a confiança indispensável?
É provável mesmo que o e-business esteja a ponto de produzir algo muito mais radical do que uma
mudança no modo de fazer negócios: que esteja sinalizando no sentido da internalização, no seio da
própria organização, dos conceitos de rede que utiliza para fazer esses negócios.
Uma organização capaz de produzir interação não hierarquizada entre cliente e empresa – e entre os
próprios elementos constituintes da empresa – numa revisão de fronteiras espetacular, num acidente
realmente novo no mundo dos negócios. Daí surgindo um novo conceito, o e-management.
Essas reflexões, provocantes e inovadoras, têm causado profunda impressão aos homens de negócios,
reflexões essas que desafiam a capacidade de avaliação estratégica e, até mesmo, a disposição para
reagir a um mundo novo, apenas entrevisto.
É esperar para ver, pois tudo indica que o mundo virtual será melhor que a realidade.
Henrique Costabile
[email protected]
Conselheiro da Sucesu-SP .
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