O Efeito do método RMA (reprogramação músculo

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O Efeito do método RMA (reprogramação músculo
O Efeito do método RMA (reprogramação músculo-articular)
em profissionais de costura com lombalgia:
Um Estudo Cego-Aleatório
Autores:
Carolina Coutinho Anselmo
Fabiana Knupp Mafort
Juliana da Silva Netto
Curso de Fisioterapia
Universidade Estácio de Sá
Unidade Nova Friburgo)
Orientador: Christiano Bittencourt Machado
Co-Orientador: Carlos Alberto V. Melo
Resumo
A lombalgia é um sintoma comum que atinge de 75% a 80% da população, sendo estes
adultos e comunidades de trabalhadores. O objetivo do estudo foi verificar a eficácia do
método RMA no tratamento das lombalgias em costureiras. Foram recrutadas quinze
costureiras entre 24 e 50 anos. Aplicou-se um questionário com perguntas referentes à
intensidade da dor, duração, freqüência, caráter, entre outras questões. Os profissionais foram
divididos em três grupos de forma aleatória através de um sorteio, sendo grupo controle, grupo
RMA e grupo placebo. A técnica foi aplicada uma só vez e permaneceu por três dias. A partir
de então foi verificado a eficácia do método através da escala Visual Analog Scale. Houve
uma melhora significativa (p < 0,05) do grupo RMA em relação ao placebo e ao grupo
controle.
Palavras-chave: Spiral Taping; Reprogramação Musculo-Articular; Lombalgia; Costureiras
Introdução
A limitação funcional decorrente a quadro álgico lombar é uma problemática comum
na população mundial, afetando de 75% a 80% adultos e comunidades de trabalhadores,
decorrentes de: posturas viciosas; permanência na posição sentada por longos períodos;
sobrecarga física; posturas estáticas; vibrações geradas por máquinas; movimentos repetitivos;
traumas; tumores e fatores psicológicos e psicossociais tais como depressão, ansiedade,
insatisfação laboral e responsabilidade estressante. A presença destes fatores, em conjunto ou
Professor e Coordenador do curso de Fisioterapia Universidade Estácio de Sá - Campus Friburgo
Professor do curso de Fisioterapia - Campus Friburgo
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isoladamente, propicia a incapacidade total ou parcial sendo um desencadeador para a
aposentadoria ou para o afastamento do trabalho por tempo indeterminado gerando grandes
custos tanto para a saúde quanto para a sociedade (HALL, 2005; TOSCANO; EGYPTO,
2001; COX, 1999; MARQUES; MORAES, 2000; CHORATTO; STABILLE, 2003; BRAZIL
et al., 2004; APPEL, 2002; NORIEGA-ELÍO et al., 2005; SILVA; FASSA; VALLE, 2004;
ANTÔNIO, 2002; WILLIAMS; MYERS, 1998; VLAEYEN; KOLE-SNIJDERS; HEUTS,
1998).
A lombalgia é sucintamente definida como um desconforto pélvico que gera dor que
varia desde um relato de incômodo até uma forte algia que pode aumentar com a
movimentação postural. Apesar da alta prevalência, apenas 3% da população com lombalgia
procura assistência na área de saúde (COX, 1999; ANDRADE; ARAÚJO; VILAR, 2005;
MEIRELLES, 2003; COCICOV, 2004; BRAZIL et al., 2004; ALISTE 2005; IMAMURA;
KAZIYAMA; IMAMURA, 2001).
Atualmente, um quadro que se evidencia é o aumento significativo das atividades
sentadas que tomaram o lugar das atividades na posição de pé, mudando assim a qualidade de
trabalho. Assim, a dor nas costas devido às atividades laborativas vem crescendo e passando a
exercer uma importância cada vez maior por ter sido constatado um elevado índice de dor
lombar em trabalhadores que permanecem sentados por longos períodos, até mesmo por se
tratar de setores em significativo crescimento, com isso podendo visualizar uma multiplicação
da posição sentada no âmbito de trabalho (VIEL; ESNAULT, 1999; MORAES; MARQUES,
2000; HAMILL; KNUTZEN, 1999; KROEMER; GRANDJEAN, 2005; BERTO; MACEDO;
OLIVEIRA, 2004; DUL; WEERDMEESTER, 2004).
O método Spiral Taping, também conhecido como Reprogramação Músculo Articular
(RMA), criado pelo Professor Nobutaka Tanaka, baseando-se em conhecimentos de fisiologia
muscular, cinesiologia e acupuntura, foi trazido para o Brasil há aproximadamente 10 anos.
Esse método utiliza tiras de fitas adesivas que devem ter de 3 a 5 mm de largura que não
contém nenhum tipo de medicamento, são indolores e não-invasivas, dispostas na pele de
acordo com sua utilidade. Essa técnica tem por objetivo reduzir a dor, reequilibrar e auxiliar
na normalização postural de grupos musculares e articulações, no entanto a mesma não tem
comprovação científica (TANAKA, 1998).
Para que essa técnica seja executada, é necessário que se faça antes um teste,
conhecido como O Ring Test ou Teste do Anel Bidigital (BDORT). O teste já é conhecido na
Europa, países escandinavos, Estados Unidos e Japão. O teste leva o nome de seu criador,
teste Omura. O mesmo foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1970 na cidade de
Nova Iorque. Todos os testes feitos pelo Dr. Omura foram acompanhados de exames
convencionais tais como: (I) Radiografias, (II) Tomografia Computadorizada, (III) exame de
sangue, (IV) cultura de bactérias e (V) teste de sensibilidade (OMURA, 2000).
Para a realização do teste, o terapeuta estabelecerá um contato com o paciente através
do dedo mínimo de uma de suas mãos no ponto Yoti, que é o centro da linha articular posterior
do punho. Então o terapeuta realizará uma oponência com o polegar e o terceiro dedo dessa
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mesma mão, formando um círculo, ou seja, um anel entre esses dois dedos. O terapeuta deverá
deslizar o dorso da mão oposta em diagonal, de distal para proximal em contato com a pele do
paciente, e depois usar o anel formado pela falange distal do primeiro e segundo dedos da mão
oposta, para puxar o anel formado pelo primeiro e terceiro dedos da outra mão. Logo após, o
mesmo será realizado para a diagonal direita devendo ao final puxar o anel. Então deve-se
comparar as duas diagonais (direita e esquerda), e aquela em que for preciso utilizar uma força
maior para abrir o anel é a direção yang, e o que for necessário menor força é a direção yin
(TANAKA, 1998; OMURA, 2000).
Uma outra forma utilizada para realizar o teste é com a ajuda de um assistente,
chamado de O Ring Test Indireto, onde o assistente toca o ponto Yoti com o quinto dedo de
uma de suas mãos realizando com a outra mão um anel utilizando o primeiro e terceiro dedos.
Então o terapeuta realizará as diagonais para a esquerda e para a direita, e então irá puxar a
articulação interfalangeana do primeiro e terceiro dedos do assistente com o primeiro e
segundo dedos de sua mão com o intuito de abrir o anel (TANAKA, 1998; OMURA, 2000).
Após a realização do O Ring Test (direto ou indireto) são aplicadas sobre a pele na
região lombar as fitas adesivas de acordo com a direção definida pelo mesmo. A direção yang
além de sobrepor a direção yin terá uma fita a mais (TANAKA, 1998; OMURA, 2000).
Após aplicação, é feita a confirmação através do timo. O timo surge de uma
proliferação do endoderma de revestimento do intestino das faríngeas, na altura das terceiras
bolsas faríngeas. O timo está situado no tórax, no mediastino, imediatamente atrás da
extremidade superior do esterno, ao nível dos grandes vasos do coração. O timo é o único
órgão linfóide a não apresentar nódulos em sua estrutura, já que nódulos são formados por
linfócitos B e possuem um citorreticulo epitelial, uma vez que as células reticulares do timo
são de origem endodérmica, ao contrário dos demais órgãos linfóides, onde estas células são
de origem mesenquimal (SIQUEIRA; DANTAS, 2000).
Uma extensa parte da população sofrerá de lombalgia em alguma fase de suas vidas, e
como o Spiral Taping é um método de fácil aplicação, de baixo custo e sem contra-indicação,
ele seria de grande valia nos tratamentos álgicos, bem como nas lombalgias, caso houvesse
realmente uma comprovação científica. Por ser um método ainda desacreditado e por possuir
origens orientais, o mesmo se torna pouco conhecido e pouco utilizado.
Esse trabalho tem por objetivo testar o método Spiral Taping em profissionais de
costura com relato de dor lombar, visando à melhora do quadro álgico.
Materiais e Métodos
Primeiramente, a pesquisa foi realizada através de um questionário com perguntas
relacionadas à dor ocasionada pela lombalgia decorrente do trabalho na postura sentada,
quanto à sua intensidade, duração, freqüência e caráter, em profissionais da costura nas
confecções da cidade de Nova Friburgo. Foi aplicado um pré-teste com 10 costureiras,
ocorrendo alterações após a aplicação, sendo acrescentadas algumas questões. Para a aplicação
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da técnica, foram utilizados fitas de esparadrapo impermeáveis, inelásticas, de 3 a 5 mm da
marca Cremer®.
Foram recrutadas 15 profissionais da costura com sintoma de dor lombar e idade entre
24 e 50 anos do sexo feminino. Para a aplicação do questionário, assim como da técnica, foi
utilizado um termo de consentimento assinado pelo proprietário da confecção e pelas
funcionárias voluntárias.
As profissionais foram divididas igualmente em três grupos de forma aleatória através
de um sorteio, sendo os mesmos classificados em grupo controle, grupo do método Spiral
Taping e grupo do efeito placebo. As voluntárias desconheciam a existência de outros grupos
experimentais (estudo cego).
Para a aplicação do Spiral Taping foi realizado antes o Teste do Anel Bidigital
(BDORT), também conhecido como O Ring Test, que determina a direção das fitas de
esparadrapo (figura 1). O terapeuta coloca o dedo mínimo no ponto Yoti, faz o anel com o
primeiro e terceiro dedos da mesma mão e com a mão oposta, utilizando o primeiro e o
segundo dedo com forças opostas, abre-se então o anel, para saber a direção da aplicação das
fitas.
Figura1 - O Ring Test.
O Spiral Taping foi aplicado em uma única vez, no grupo RMA e placebo, na qual os
esparadrapos permaneceram sobre a pele por três dias. Logo depois, verificou-se o quadro
álgico lombar através de uma escala chamada Escala Analógica Visual (Visual Analog Scale VAS), graduada de 0 a 100 mm, para quantificar a dor através de referências visuais, onde o 0
significa ausência de dor e 100 dor lombar máxima; sendo perguntado à voluntária, também
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ao terceiro dia, se houve uso de medicamentos contra a dor referida; caso a voluntária
estivesse feito o uso de medicamentos referentes a dor lombar, para excluir fontes de viés.
Na figura 2 observa-se a imagem da aplicação do método RMA em uma voluntária.
Figura 2 - Voluntária com aplicação do método RMA em região lombar.
No grupo controle, foi verificado a dor antes e depois de três dias, sem a aplicação do
método; e no grupo placebo, foi feito uma aplicação de forma aleatória, e a dor foi igualmente
avaliada. A figura 3 mostra a imagem da aplicação do placebo em uma voluntária na região
lombar. Observa-se que as tiras foram colocadas de forma aleatória.
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Figura 3 - Voluntária com aplicação do placebo.
Para análise estatística, foi usado o Teste de Kruskal – Wallis (α = 0,05) para verificar
diferença significativa entre os grupos.
Resultados
A tabela 1 mostra a estatística descritiva das variáveis nominais referentes ao
questionário. Observou-se que 60% das voluntárias relataram dor em queimação; 46,7%
relataram sentir dor constante; 86,7% disseram que a posição em que mais sentem dor é a
sentada; 86,7% relataram que a dor tem relação com o trabalho; e observou-se que 93,3% das
voluntárias não praticam atividade física.
Tabela 1 - Variáveis nominais com as respostas e a freqüência em porcentagem do questionário aplicado às
voluntárias.
Variável
Respostas
Como é a dor?
Pontada
Queimação
Em peso
Contínua
Constante
Intermitente
Eventual
Espontaneamente
Com movimentos repetitivos
Sentado
Em pé
Deitado
Manhã
Tarde
Noite
Varia
Repouso
Medicação
Fisioterapia
Outros
Não procurou tratamento
Sim
Não
Início
Meio
Fim
Duas horas
Três horas
Quatro horas
Cinco horas
Qual é a duração da dor?
A dor se manifesta de
que forma?
Em que posição dói mais?
Em que momento do dia
dói mais?
Com qual tratamento melhorou?
A dor tem relação com trabalho?
Aparece em que fase do trabalho?
A dor se agrava após quantas horas de
trabalho?
Freqüência(%)
13,3
60,0
20,0
6,7
46,7
33,3
20,0
46,7
53,3
86,7
6,7
6,7
6,7
40,0
6,7
46,7
6,7
13,3
6,7
6,7
66,7
86,7
13,3
20,0
60,0
20,0
13,3
26,7
20,0
33,3
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A dor interfere em algum movimento?
A dor interfere em qual movimento?
Você pratica atividade física?
Trabalha quantas horas por dia?
Quantas vezes se levanta durante a jornada
de trabalho?
Seis horas
Sim
Não
Andar
Abaixar
Subir escada
Deitar
Sim
Não
Seis horas
Oito horas
Nove horas
Uma vez
Duas vezes
Três ou mais vezes
6,7
40,0
60,0
16,7
16,7
33,3
33,3
6,7
93,3
13,3
33,3
53,3
6,7
33,3
60,0
A tabela 2 mostra a estatística descritiva das variáveis contínuas, onde se observou um
valor de VAS médio no antes de 5,56 ± 1,71 cm, e um valor de VAS médio depois de 4,22 ±
2,92 cm.
Tabela 2 - Valores mínimo, máximo, médio e desvio padrão da faixa etária das voluntárias,
VAS antes e depois da aplicação.
Idade (anos)
VAS antes (cm)
VAS depois (cm)
Mínimo
Máximo
Média
Desvio padrão
24
3,2
0
50
8,1
8,8
34,13
5,56
4,22
9,33
1,71
2,92
Na tabela 3, observa-se o resultado do Teste de Kruskal – Wallis. Pode-se identificar
uma diferença no rank médio do grupo RMA em relação ao placebo e controle (p < 0,01).
Tabela 3 - Resultado do Teste Kruskal – Wallis, onde se identifica diferença no rank médio do
grupo RMA em relação ao placebo e controle.
Grupo
Rank médio
RMA
Placebo
Controle
3,0
9,2
11,8
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A figura 4 apresenta um gráfico boxplot dos três grupos experimentais para a variável
diferença de VAS depois x antes. Pode-se identificar que o grupo RMA obteve melhora
significativa em comparação ao placebo e ao controle.
Diferença VAS depois - antes (mm)
5,0
12
2,5
0,0
-2,5
-5,0
-7,5
-10,0
RMA
Placebo
Controle
Grupo experimental
Figura 4 - O gráfico boxplot mostra a diferença da VAS depois × antes com melhora significativa do grupo RMA.
Discussão
A lombalgia é um sintoma que afeta a população em geral e principalmente a classe
dos trabalhadores que permanecem sentados por muito tempo apresentando índice de
desconforto geral, como a dor em queimação, relatada por 60% das voluntárias da presente
pesquisa, sendo relatada também pela maioria das costureiras que a mesma é constante ou
intermitente (OLIVEIRA; BERTO; MACEDO, 2004; ANTÔNIO, 2002).
Segundo Oliveira et al. (2004) e Moraes; Marques (2000), trabalhos que imponham
grande sobrecarga física às atividades realizadas em posturas impróprias, expõe facilmente o
trabalhador a traumas e lesões em região lombar obtendo assim um caráter ocupacional, já que
86,7% das voluntárias confirmaram que a dor tem relação com o trabalho, e referiram com a
mesma porcentagem trabalhar mais tempo na posição sentada, o que pode levar às alterações
posturais permanentes ou transitórias. As costureiras em 66,7% dos casos relataram não
procurar tratamento e apenas 6,7% das mesmas procuraram a Fisioterapia como meio de
aliviar seus sintomas, e como um fator agravante, trabalham mais de oito horas por dia como
verificado em 53,3% dos casos.
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Foi observado que 93,3% das voluntárias não praticam atividade física. Sabe-se que a
inatividade está relacionada direta ou indiretamente com dores na coluna, tendo como um dos
fatores agravantes déficit de força muscular levando as estruturas lombares a suportarem
sobrecargas elevadas. O sedentarismo, que gera a atrofia muscular, reduz a coordenação de um
correto movimento de todas as estruturas osteomioarticulares participantes das atividades
diárias. (TOSCANO; EGYPTO, 2001; CHORATTO; STABILLE, 2003; KNUTZKY;
WHITE, 1997; SHIPLE, 1997; TANCRED; TANCRED, 1996; BRAZIL,2004; TREVISANI;
ATALLAH, 2002).
No decorrer da pesquisa, surgiram algumas limitações como a dificuldade de encontrar
na literatura artigos sobre o método de Reprogramação Músculo Articular até mesmo pela não
comprovação científica do mesmo. Outra limitação é que as confecções trabalham por
produção, e o afastamento de alguns minutos das funcionárias para a aplicação do método
RMA ou do placebo implica em redução da produtividade e consequentemente dos ganhos
financeiros da empresa. Por isso, o número amostral foi pequeno.
O questionário oferece limitações no que diz respeito à subjetividade do voluntário ao
responder as perguntas presentes no mesmo, podendo ser uma conseqüência do medo da
funcionária caso a empresa tivesse acesso a esses dados, podendo prejudicá-la de alguma
forma, apesar da empresa não ter acesso ao questionário. A escala da dor aplicada aos grupos
RMA, placebo e controle é subjetiva, pelo fato da voluntária ter que transferir para uma escala
visual um representante numérico em uma reta para definir o valor da sua dor, tornando-se
assim um fator limitante para o trabalho.
Apesar das limitações como a dificuldade de encontrar comprovação científica e a
maioria das pessoas desacreditarem nas terapias alternativas, o estudo mostrou que o método
RMA é eficaz para a redução da lombalgia em comparação à aplicação do placebo, como visto
na figura 4, onde todos os indivíduos obtiveram melhora.
Considerações Finais
Apesar da pequena amostra, observa-se que o método RMA tem efeito analgésico na
coluna lombar. Não se sabe ainda o real mecanismo que o método Reprogramação Músculo
Articular atua na analgesia, devido à falta de comprovação científica e estudos realizados
sobre o mesmo.
Acredita-se que com novos estudos utilizando um número maior de voluntários, os
mesmos resultados serão alcançados, salientando ainda a necessidade e a importância de
outras pesquisas como esta para justificar o efeito do método, bem como para comparar os
efeitos deste com outras terapias analgésicas alternativas.
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