Barroco

Transcrição

Barroco
Maneirismo e Barroco
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Maneirismo Roma, de 1520 até meados de1610
Nome dado as manifestações artísticas de 1520 (crise do renascimento), até o início do século XVII.
Termo utilizado por Giorgio Vasari (biografo de artistas italianos) para se referir a "maneira" de cada
artista trabalhar.
Período foi marcado por mudanças na Europa, que envolveram os movimentos religiosos reformistas
e a consolidação do absolutismo (poder) em diversos países.
•
Guerras, Inquisição: êxodo de artistas e intelectuais à outros países;
O homem já não é a principal e única medida do universo.
CARACTERÍSTICAS
Tem características variadas, difícil de reuni-las e um único conceito.
Tendência a estilização exagerada e um capricho nos detalhes.
Considerado como:
•
Oposição ao classicismo
•
Uma transição entre o renascimento e o barroco
•
E também como tendência artística até o desenvolvimento do Barroco.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco
•
Origem: Península Itálica.
•
Movimento de caráter religioso.
•
Reforma Protestante, início na Alemanha expandiu-se por muitos outros países; Martinho Lutero
•
O resultado da Reforma Protestante (início sec.XVI) foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente
entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes.
•
E com contra-reforma, em virtude da convocação do Concílio de Trento houve uma nova visão
artística da Igreja Católica, após o movimento de contra reforma
•
A Igreja Católica retomou sua força e novas e grandes igrejas foram edificadas.
•
Chegou ao continente americano pelos portugueses e espanhóis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_de_Trento
•
•
•
Outra vez, a arte é vista como um meio de propagar o catolicismo e ampliar sua influência.
Dentre as obras que melhor expressam a preocupação da Igreja de revigorar seus princípios
doutrinários está O Juízo Final, de Michelangelo.
A intensidade expressiva e o vigor das figuras dessa obra fazem dele, o precursor Barroco.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelângelo Buenarotti – Capela Sistina
O Juízo final 1536-1541
13,7 x 12,2m
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelângelo Buenarotti – Capela Sistina
O Juízo final 1536-1541
13,7 x 12,2m
Intensidade expressiva
e vigor nas figuras;
A emoção se sobrepõe
a razão.
Conhecimento de
anatomia; perfeição
das formas humanas.
Precursor do Barroco.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelângelo Buenarotti – Capela Sistina
A criação de Adão – o mais famoso.
Simplicidade, força e mistério na
representação do ato da Criação.
Ponto de vista técnico: 2 planos de
realidade visto pelo observador:
1.
2.
Após criar a luz, a água, o fogo, a
terra e todos os animais e
vegetais, Deus dá vida a um ser
dotado de inteligência e
autoridade sobre todas as coisas
do mundo.
Um ser a sua imagem e
semelhança.
O “toque da mão divina”
• Centro e ponto culminante da
pintura;
• Ideia de onipotência por meio de
seu gesto criador
• Efeito de claro e escuro;
• Contraste entre o corpo relaxado
de Adão e o Vigor de Deus.
• Uso da cor em todos seus matizes.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelângelo Buenarotti – Basílica de São Pedro no Vaticano
•
•
•
•
•
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475 - 1564)
Pintor, também arquiteto; novo estilo, base do estilo barroco, a cúpula oval.
Plano original: Michelangelo.
Obra: foram entregues a Giacomo della Porta após sua morte.
Della Porta fez algumas alterações no projeto inicial, tornando a cúpula quase uma obra barroca.
Cúpula da basílica de São Pedro de
Roma (1564- 1590).
Altura: 131 metros
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Pintura
•
Grandes diferenças entre os artistas e entre as obras produzidas nos diferentes países.
•
Alguns princípios gerais podem ser indicados como caracterizadores:
•
–
as obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a
ciência, dos renascentistas;
–
predominam as emoções
–
disposição dos elementos dos quadros forma uma composição em diagonal.
–
cenas representadas de acentuado contraste de claro-escuro, o que intensifica a expressão
de sentimentos.
–
Pintura realista: de reis e rainhas de cortes luxuosas, e do povo simples.
os mais expressivos:
–
Tintoretto
–
Caravaggio
–
Andrea Pozza.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Tintoretto (Jacopo Robusti 1515-1549)
•
•
•
Grande produção artística
Temas:
– religiosos (Reencontro do Corpo de São Marcos)
– mitológicos (Vênus e Vulcano)
– retratos (Jacopo Soranzo)
duas características bem marcantes:
1. os corpos das figuras são mais expressivos do que os
seus rostos
2. a luz e a cor têm grande intensidade.
•
O olhar da mulher é dirigido por uma linha passando pela
mesa e alcançando as duas figuras ao fundo.
Composição em diagonal; destaca-se:
• a personagem em primeiro plano
• a seguir, Cristo e a segunda mulher
• refletem uma luz intensa, enquanto as do segundo
plano recebem pouca luz.
O conjunto da cena:
•
detalhes das vestes e do cenário
•
Essa forma de organizar a composição era quase uma
regra para Tintoretto.
•
Para ele um quadro devia ser visto como um grande
conjunto e depois percebido nos detalhes.
Cristo em Casa de Marta e Maria, 1578
170 x 145 cm
Velha Pinacoteca, Munique.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573 –1610)
•
•
•
•
•
•
Não se interessou pela beleza clássica
que como o Renascimento.
seus modelos: vendedores, músicos
ambulantes, ciganos - pessoas do
povo.
Para ele não havia a relação entre
beleza e classe aristocrática.
O que melhor caracteriza sua pintura é
o modo como ele usa a luz:
Não é reflexo da luz solar, mas sim
criada intencionalmente pelo artista,
para dirigir a atenção do observador.
Conhecido como fundador do estilo
iluminista.
O tocador de ataúde, 1596
Óleo sobre tela
94 x 119 cm
Leningrado
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573 –1610)
Exemplo do emprego da luz
A luz que ilumina a cena vem da direita
e não de uma janela na parede do
fundo, como seria natural.
A luz dirige a atenção do observador
para o grupo de figuras sentadas em
volta da mesa.
O contraste de luz e sombra valoriza o
efeito plástico, pois os corpos ganham
volume e a variedade das cores
diminui.
Vocação de São Mateus
c. 1599
3,15 x 3,15 cm
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Andrea Pozzo (1642-1709)
“os tetos das igrejas abrem-se para o
céu”
•
A pintura desenvolveu-se também
nos tetos de igrejas e de palácios.
•
De efeito decorativo - audaciosas
composições de perspectiva.
•
Impressiona pelo número de figuras
e pela ilusão - criada pela
perspectiva- de que as paredes e
colunas da igreja continuam no teto,
e de que este se abre para o céu, de
onde santos e anjos convidam os
homens para a santidade.
•
Tipo de pintura muito comum na
época.
igreja de Santo Inácio, em Roma.
A Glória de Santo Inácio ( 1691-1694)
Afresco no teto da igreja
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Andrea Pozzo (1642-1709)
A Glória de Santo Inácio ( 1691-1694)
Afresco no teto da igreja
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Escultura
O maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se
o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade.
Formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, exagero nos
detalhes.
•
•
•
•
•
esculturas renascentistas: equilíbrio entre os aspectos intelectuais e emocionais
esculturas barrocas: esse equilíbrio desaparece, dando lugar à exaltação dos
sentimentos.
As formas procuram expressar o movimento e recobrem-se de efeitos
decorativos.
Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado.
Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma
dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Baldaquino 1624 e 1633 - Gian Lorenzo Bernini 1598-1680
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Arquiteto, urbanista, escultor, decorador e pintor.
Para altar papal acima do túmulo de São Pedro
por ordem do papa Urbano VIII Barberini
Bronze dourado
colunas retorcidas e decoradas com motivos
florais.
considerado primeira obra romana plenamente
barroca.
Está colocado sob o centro da cúpula de
Michelangelo.
29 metros de altura
Sobre plintos em mármore, que mostram o
escudo de armas do papa, erguem-se quatro
colunas torcidas.
De desenho exuberante
Para obter bronze suficiente o papa ordenou
derreter bronzes antigos do Panteão, fazendo
com isso o povo de Roma dizer: "O que os
bárbaros não conseguiram fazer, fizeram os
Barberini".
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Baldaquino 1624 e 1633 - Gian Lorenzo Bernini
1598-1680
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Baldaquino 1624 e 1633 - Gian Lorenzo Bernini
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Cátedra de Pedro ou Cadeira de São Pedro
Referência ao apóstolo Pedro, o primeiro papa na história
da Igreja.
Uma cadeira de espaldar alto, utilizada pelos papas como
trono para o seu exercício de autoridade máxima.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Êxtase de Santa Teresa – Bernini
em seu nicho na Igreja da Cornaro, Roma
•
•
•
•
•
Obra que desperta maior emoção
religiosa.
Reproduz, com dramaticidade, o
momento em que Santa Teresa é visitada
por um anjo que lhe fere o peito várias
vezes com uma flecha.
Ferimentos, que lhe causaram profunda
dor, transformaram-se na experiência
mística do amor de Deus.
Bernini parece registrar o momento em
que o anjo segura a flecha pronto para
desferir mais um golpe. Envolve o
observador emocionalmente.
Destaque para o drapeado das vestes das
duas figuras.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco - arquitetura
•
•
•
•
A arquitetura do século XVII realizou-se principalmente nos palácios e nas
igrejas.
A Igreja Católica queria proclamar o triunfo de sua fé e, por isso, realizou
obras que impressionam pelo seu esplendor.
Fato importante: os arredores da obra arquitetônica eram importantes
para a beleza da construção.
Quanto ao estilo da construção, os arquitetos deixam de lado os valores
de simplicidade e racionalidade e insistem nos efeitos decorativos.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Colunata basílica de São Pedro 1657 e 1666 Bernini
Vaticano
Praça elíptica cercada por duas grandes colunatas
cobertas.
Se estendem em linha curva tanto para a esquerda
como para a direita, ligadas em linha reta às duas
extremidades da fachada da igreja.
Colunata circular: 17 metros de largura, 23 metros de
altura e composta por 284 colunas.
Sobre essas assenta-se uma imensa cornija sobre a
qual estão 162 estátuas de 2,70 metros de altura
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Igreja Sant' Agnes 1653-1657 Borromini
Centro histórico de Roma, local onde Santa Inês, a
quem é dedicada, foi martirizada.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Santa Maria della Pace ou da Paz - Pietro da Cortona
Iniciada em 1482 por ordem do papa Sisto IV .
Seu primeiro arquiteto pensa-se ter sido Baccio
Pontelli, autor da nave única com capelas dos dois
lados.
No início do século XVI, Bramante construiu o claustro
por encomenda do cardeal Oliviero Carafa — sua
primeira encomenda em Roma. Foi provavelmente
autor também do domo octogonal.
Pietro de Cortona restaurou a igreja no meio do século
XVII, e fez a fachada barroca.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Sant'Ivo alla Sapienza 1642-1660 Francesco Borromini.
dedicada a Santo Ivo (santo padroeiro dos juristas).
Borromini viu-se obrigado a adaptar o seu desenho ao
palácio já existente.
Por isso escolheu uma planta semelhante a uma
estrela de David, e entalou a fachada da igreja com o
pátio do palácio.
Agulha em espiral de Sant'Ivo alla
Sapienza.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Sant'Ivo alla Sapienza 1642-1660 Francesco Borromini.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Igreja de San Lorenzo 1667-1687 Turim-Guarino Guarini
Guarini partiu de uma base quadrada que se torna
octogonal graças aos pilares e às colunas que
sustentam as arcadas.
A cúpula é formada por oito nervuras entrecruzadas
que partem da base entre as janelas do tambor.
Projetada por vários arquitetos, mas a conclusão
projeto é de Guarino Guarini .
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Jardins dos palácios, como em Versalhes
Uma série de plataformas simétricas com canteiros, estátuas, vasos e fontes trabalhados, projetados por André Le Nôtre
Os arredores da obra arquitetônica eram importantes
para a beleza da construção.
Preocupação paisagística com os grandes jardins dos
palácios.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco – fora da península itálica
El Greco - Domenikos Theotokopoulos 1541-1614
Característica de sua pintura: a
verticalidade das figuras.
O estilo dramático e expressivo.
Considerado um precursor do
expressionismo.
É mais conhecido por suas figuras
tortuosamente alongadas.
As figuras esguias e alongadas de E!
Greco superam a visão humanista dos
artistas do Renascimento italiano e
recuperam o caráter espiritualizado dos
mosaicos e ícones bizantinos.
O Enterro do Conde de Orgaz, 1587
Óleo sobre tela
480 x 360 cm
Igreja de São Tomé, Toledo, Espanha
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
El Greco - Domenikos Theotokopoulos 1541-1614
Característica de sua pintura: a verticalidade das figuras.
Cristo aparece cercado por uma multidão.
As figuras: suas linhas são verticais.
Num primeiro plano, à esquerda, três
mulheres - as três Marias - observam o
trabalho do carpinteiro que prepara a
cruz.
As lanças e as fisionomias grosseiras
das figuras opõem-se à expressão serena
de Cristo, cuja túnica vermelha contrasta
com as cores cinzentas ou pálidas das
outras personagens.
O Expolio 1577–1579
óleo sobre tela
285 × 173 cm
Sacristia da Catedral de Toledo
composição dinâmica e inovações surpreendentes.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez 1599 -1660
Bodegones: cena do cotidiano de tavernas e
cozinhas
Usa tons escuros para o fundo, deixando
expostos à luz os objetos cotidianos das
pessoas que quer valorizar.
A Velha Cozinheira 1618
99 x 128 cm
Expõe os objetos da senhora que prepara a refeição.
O Aguadeiro de Sevilha 1618-1620
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez 1599 -1660
Conde-Duque de Olwares, nobre
espanhol ligado ao governo do Brasil
quando Portugal esteve sob o domínio
da Espanha.
Impressiona pelo tamanho da figura
e por sua postura
Pintado na mesma época em que o
conde enviou uma esquadra ao Brasil
para ajudar na expulsão dos
holandeses na Bahia, em 1625.
Conde-Duque de Olwares 1625
Óleo sobre tela
203 x 106 cm
MASP
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez 1599 -1660
retratos de pessoas da corte
As Meninas 1656-1657
Óleo sobre tela
318 x 276 cm
Museu do Prado, Madri
Transmite a sensação de profundidade da
sala e revela um jogo de luz e sombra.
Em primeiro plano, sob luz mais intensa, a
princesa e suas acompanhantes;
a esquerda, o próprio pintor, que olha
atentamente para o casal real – o rei Felipe
IV e sua esposa – que aparece refletido no
espelho ao fundo do atelier.
É como se rei e rainha estivessem de
costas para quem olha a pintura.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Arquitetura na Espanha
Barroco Espanhol
Presente nas portadas dos edifícios civis e
religiosos decoradas em relevo.
Catedral de Santiago de Compostela,
Galícia
Início em 1075 – estilo românico
Séc. XVIII recebeu elementos decorativos
no estilo Barroco.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco nos Países Baixos
Peter Paul Rubens 1577 - 1640
Rubens: a força das cores quentes
Em seus quadros, é geralmente no vestuário
que se localizam as cores quentes que
contrabalançam a luminosidade da pele clara
Ao chegar à maturidade de sua arte,
RUBENS busca inspiração em sua vida
familiar.
No quadro “Hélène Fourment com seu filho”
(1634) faz pensar em uma “Virgem com o
menino”.
Hélène Fourment com seu filho
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Peter Paul Rubens 1577 - 1640
Uma de suas telas mais coloridas.
Cena em que a realidade e a alegoria se
fundem.
A entrada de um palácio serve de
cenário para um grupo de pessoas
cercado por alegres cupidos.
Na parte superior da pintura está Vênus,
sob a forma de estátua. A presença
dessa deusa reforça a sugestão do amor.
Os tons quentes das roupas femininas,
quebrados pelo vestido claro da mulher
da direita, e o traje masculino vermelho um conjunto de figuras que atrai a
atenção do observador.
Rubens se notabilizou por criar cenas
que sugerem, a partir das linhas
contorcidas dos corpos e das pregas das
roupas, um intenso movimento.
O Jardim do Amor 1632-1634
198 x 283 cm
Museu do Prado, Madri.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Frans Hals 1581 - 1666
Hals: a importância da iluminação
Sua obra passou por uma evolução no domínio do uso da luz e da sombra.
Do conjunto de sua obra fazem parte inúmeros retratos individuais e alguns de grupos, que registram
a fisionomia e os hábitos dos burgueses da Holanda do século XVII.
O Alegre Bebedor 1627 - 1628
óleo sobre tela
81,5 x 66,5 cm
Amsterdã , Holanda .
Retrato de Isaac Abrahamsz
óleo sobre tela.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Hals
Nesta obra a iluminação é trabalhada de forma que torna mais clara toda a composição.
Até as zonas de sombras são penetradas de luz.
Figuras sem postura rígida, assemelha-se a um instantâneo fotográfico.
É impossível negar que se trata de uma reunião festiva .
Oficiais da Guarda Civil de Santo Adriano em Haarlem 1627
183 x 266 cm.
Museu Frans Hals, Haarlern.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Rembrandt Harmenszoon van Rijn 1606 - 1669
A emoção por meio da gradação da claridade
Uma das maiores expressões do estilo iluminista.
O que dirige nossa atenção nos quadros é a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras
que envolvem áreas de luminosidade mais intensa .
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Rembrandt Harmenszoon van Rijn 1606 - 1669
O que dirige nossa atenção nos quadros é a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras
que envolvem áreas de luminosidade mais intensa .
O uso que fez da luz - intensa no corpo do cadáver e amenizada nos rostos atentos e curiosos
dos ouvintes - que estabelece o clima de descoberta e de pesquisa que a cena representa.
Quadro mais famoso
A lição de anatomia do Doutor Tulp 1632
162,5 x 216,5 cm.
Museu Mauritshuis, Amsterdam
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Johannes Vermeer
Vermeer: a beleza delicada da vida cotidiana burguesa
da Holanda seiscentista.
Trabalha os tons em plena claridade
Quarto inundado de luz e uma
suave harmonia de cores e
formas.
Mulher Lendo uma Carta 1665
46,5 x 39 cm
Rijksmuseum Amsrerdam.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Johannes Vermeer
Moça do Brinco de Pérola, 1665
Woman Holding a Balance, 1662-1665
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Johannes Vermeer
Retrata uma pessoa realizando uma tarefa,
rodeada de seus elementos de trabalho.
A jovem está absolutamente envolvida em
seu trabalho minucioso, manipulando
cuidadosamente pinos e fios coloridos. O
trabalho doméstico é o indicador de sua
virtude. Distante da realidade do mundo, a
jovem presta atenção apenas ao seu dever.
A obra: prevalece o detalhe e uma
luminosidade suave.
.
A rendeira 1669 – 1670
239 x 205 cm
Louvre, Paris
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII – início XIX
Nesta época, na Europa, já haviam abandonado o estilo e voltava-se
novamente para o estilo clássico.
•
Igrejas
•
Cadeias
•
Câmaras Municipais
•
Moradias
•
Chafariz, etc.
Duas linhas para o Barroco:
1.
2.
Regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e mineiração:
•
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco
•
Trabalhos de relevo em madeira – as talhas – e portadas
decoradas com esculturas, em geral em pedra-sabão.
Onde não há açúcar nem ouro, a arquitetura é mais modesta.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Salvador – primeira capital do país.
Igrejas riquíssimas
De onde saiam as riquezas e chegavam os comerciantes
portugueses que traziam hábitos da metrópole, artistas e
produtos.
Fachada esculpida em pedra
Ornamentos esculpidos e folhados a ouro
Igreja de São Francisco 1708
Salvador
Talha dourada - Altar lateral
“A igreja mais rica do Brasil”
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
O ciclo da cana leva o Barroco a Pernambuco.
Companhia Comercial de Pernambuco – produção de
açucar, tabaco, algodão e madeira de lei.
• Portada trabalhada em pedra
• Verticalidade da igreja (incomum)
• Púlpitos e altares esculpidos em pedra
• Teto pintado por João de Deus Sepúlveda
Igreja de São Pedro dos Clérigos 1728 – 1782
Projeto de Manuel Ferreira Jácome
Pátio de São Pedro
Recife, Pernambuco
São Pedro abençoando o mundo católico, 1764
Pintura sobre madeira - teto
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Igreja do convento Franciscano de
Santo Antonio
João Pessoa, Paraíba
Detalhe do teto
A perspectiva da pintura dá a
sensação de espaço arquitetônico e
de que os bispos sentados estão
apoiados no parapeito de um balcão.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Com o ciclo de ouro o Barroco chega ao Rio de Janeiro.
Por causa de seu porto, transformou-se no centro de intercâmbio comercial entre a Minas Gerais e
Portugal.
1763 torna-se a capital do Brasil.
Aqueduto da Carioca – Governo de Aires de Saldanha.
Famoso por suas ordens de arcos superpostos; feitos a base de granito brasileiro e argamassa de
cal.
Levava água do rio Carioca até o largo da Carioca, sanando o problema da cidade.
Arcos da Lapa, 1723
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, c. 1720
(Outeiro da Glória), Rio de Janeiro
Projeto do Eng.Militar José Cardoso Ramalho.
• Nave de planta poligonal.
• Ausência de talha dourada.
• Sua beleza reside na hamoniosa combinação emtre paredes
brancas com pilastras em pedra.
• Azulejos coloniais portugueses
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Esculturas de Mestre Valentim; importante paisagista pelas obras que fez para praças e
jardins públicos.
• Apresentam ideia de movimento por causa das linhas das roupas.
São Mateus
Madeira
1,93 m
Museu Histórico nacional, Rio de Janeiro
São João Evangelista
Madeira
1,88 m
Museu Histórico nacional, Rio de Janeiro
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Chafariz no largo de Marília
Ouro Preto, Minas Gerais
Igreja de São Francisco
São João del Rei, Minas Gerais
Fachada da Casa da Câmara e Cadeia
Mariana, Minas Gerais
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
São Paulo: o Barroco de uma região pobre; de uma vida urbana monótona e sem perspectivas.
Modestas igrejas barrocas.
O povo paulista não colaborou com as construções; ou porque guardassem seu dinheiro ou
porque não o tinham.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
1782
Teto da capela-mor da Igreja do Carmo, Itu
Projeto de Jesuíno de Monte Carmelo
Igreja da Luz, 1770
Museu de Arte Sacra
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Barroco mineiro.
Surgimento da arquitetura brasileira.
Primeiro tentou-se a técnica de taipa de pilão
(bloco de barro comprimido em uma forma de
taipal). Mas por falta de material, tentaram
outros processos até chegarem a construção em
pedras.
Igreja Nossa Senhora do Pilar
Construída em taipa
Ouro Preto, Minas Gerais
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Antônio Francisco Lisboa - Aleijadinho
Um barroco com características próprias.
A partir dele, harmonizou-se as diferentes técnicas de
construção e a rica decoração interior.
Portada com medalhões, anjos e fitas esculpidos em pedrasabão.
Ambiente mais leve, de paredes brancas, esculturas com
linhas curvas, motivos florais, anjos e santos.
Igreja São Francisco de Assis
Ouro Preto, Minas Gerais
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Obra prima de Mestre Manuel da Costa Ataíde
Domínio da perspectiva.
Maria, com traços brasileiros, cercada de anjos.
Semelhança com Andrea Pozzo colunas que
avançam para o alto sugerindo que o teto se abra
para o céu.
Teto da Igreja São Francisco de Assis
Ouro Preto, Minas Gerais
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Adro e Fachada do santuário de Bom Jesus
de Matosinhos
Aleijadinho
Congonhas do Campo, Minas Gerais
Os doze profetas: Isaías, Jeremias, Baruque,
Ezequiel, Daniel, Iseias, Jonas, abdias,
Habacuque, Amós e Naum.
Posições diferentes e gestos que se
coordenam. Ideia de movimento.
As seis capelas – Os passos da Paixão de
Cristo.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos – Aleijadinho - Congonhas do Campo, Minas Gerais
Narram cenas da Paixão de Cristo; tamanho natural; madeira; destaque para as expressões de Cristo.
Comunicação de emoções religiosas e beleza plástica da arte brasileira.
Cristo carregando a Cruz do
O Barroco marcou o início de uma arte
Caminho do Calvário
brasileira; busca por afirmar seus
valores.
Cristo no Horto das Oliveiras
Cristo na Crucificação
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Arte relacionada a catequese dos Jesuítas.
Misturavam elementos da arquitetura românica e barroca da
Europa.
Estrutura em pedra arenito enquanto que as demais em madeira
para sustentar a cobertura.
1940 Museu das Missões por Lúcio Costa
Ruínas da Igreja de São Miguel das Missões 1735 - 1745
Arquiteto Jesuíta Italiano Gian Batista Primoli
Rio Grande do Sul
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Barroco no Brasil – século XVIII
Santuário Santo Antônio do Valongo - Santos
Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Museu de Arte Sacra de Santos
Prédio do Antigo Mosteiro de São Bento. Fundado no ano de 1981, ocupa o complexo
arquitetônico cujas obras iniciaram em 1º de janeiro de 1650, anexado à Igreja de Nossa Senhora
do Desterro, construida no ano de 1631.
Considerado o segundo mais importante do Estado de São Paulo, dentro da sua especialidade.
Criação: Ana Cláudia B.Sanches