TREINANDO IDOSOS: DA BENGALA AO SRINT (Módulo I)

Transcrição

TREINANDO IDOSOS: DA BENGALA AO SRINT (Módulo I)
25/08/2016
Conteúdos que serão
abordados
TREINANDO IDOSOS: DA
BENGALA AO SRINT (Módulo I)
Prof. Dr. Igor Conterato Gomes
E-mail: [email protected]
@igorconterato
O envelhecimento
populacional em Natal
Em 1991 os idosos representavam apenas 7,4% da
população, esse valor aumentou para 9% em 2000 e
nos dias atuais já passa de 13% (IBGE, 2010).
• O envelhecimento populacional é a
oportunidade;
• Idoso e a Bengala: Prevalência de quedas e
fragilidade;
• Avaliação funcional para idosos;
• Como treinar idosos que utilizam bengala como
auxílio para locomoção?
• Efeito do treinamento funcional para a melhora
da funcionalidade de idosos que utilizam bengala
como auxílio para locomoção.
O envelhecimento
Populacional em Natal
Por que é importante saber que 13% da
população de Natal é idosa?
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O envelhecimento
Populacional em Natal
O envelhecimento
Populacional em Natal
Idosos representam 30% do total de 5 milhões de
matriculados nas academias de ginástica do país e
movimentam nada menos do que R$ 600 milhões
por ano.
Quando o assunto é atividade física no
domicílio, os idosos representam 50% do total
de indivíduos que contratam Personal Trainner.
Associação Brasileira de Academias (2015)
Associação Brasileira de Academias (2015)
Idoso e a Bengala
Idoso e a Bengala:
prevalência de quedas e
fragilidade
• Podem ser de madeira ou de
alumínio;
• Auxiliam o equilíbrio;
• Poupam o membro lesado;
• Compensam o déficit de força;
• Aliviam a dor;
• Diminuem 20% a 25% do peso
descarregado em um membro;
• São utilizadas, na grande maioria, na
mão contralateral ao membro
afetado;
• Seu uso vai depender das limitações e
objetivos de cada paciente.
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Idoso e a Bengala
Idoso e a prevalência de queda
• No Brasil, 2,5% da população adulta utiliza bengala para
se locomover (IBGE, 2013);
• 9765 idosos:
– 21,6% em
Barbados
• Em idosos até 79 anos: 21% (Pereira et al., 2015);
– 34% no Chile
• Em idosos com 80 anos e mais: 30% (Morais, 2007);
– 29% no Brasil
• Em idosos institucionalizados com média de 73 anos:
61,7% utilizavam algum tipo de dispositivo de marcha
(Alencar et al., 2012)
Idoso e a prevalência de
fragilidade
• 1520 idosos com 60 anos e mais
• Prevalência de 6,5% de queda
• 60 – 69 anos: 4,6 %
• > 80 anos: 12,5%
• Entre os idosos que utilizam bengala: 17,2%
• Foram avaliados 5450
idosos
• Fragilidade: 14%
• 60 – 69 anos: 6,5%
• > 90 anos: 65%
• Associação significativa
entre fragilidade e quedas
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Variáveis
Perda de peso
Fadiga referida
Como Identificar que o seu
cliente é frágil?
Menor força de
preensão manual
Variáveis
Baixa
velocidade de
caminhada
Baixo nível de
atividade física
Definição
Homem
> 5,0 s para estatura ≤ 1,66 m
> 4,1 s para estatura > 1,66 m
Mulher
> 5,2 s para estatura ≤ 1,52 m
> 4,7 s para estatura > 1,52 m
Homem 457,2 kcal/dia
Mulher 413,6 kcal/dia
Definição
≥ 3 kg nos últimos 3 meses sem fazer dieta
(a) “Com que frequência, na última semana, o (a) Sr (a)
sentiu que tudo que fez exigiu um grande esforço?”;
(b) “Com que frequência, na última semana, o (a) Sr
(a) sentiu que não conseguia levar adiante as suas
atividades?”
Se o idoso responder 3 ou mais dias na semana ele é
considerado como sim.
Homem
Força ≤ 24,5 Kg para IMC ≤ 24,36
Força ≤ 25 Kg para IMC 24,37 – 26,99
Força ≤ 26,5 Kg para IMC 27,0 – 29,62
Força ≤ 30 Kg para IMC > 29,62
Mulher
Força ≤ 14 Kg para IMC ≤ 25,01
Força ≤ 14 Kg para IMC 25,02 – 28,39
Força ≤ 15,5 Kg para IMC 28,40 – 32,55
Força ≤ 16 Kg para IMC > 30,55
Avaliação da Capacidade
Funcional de Idosos com
Bengala
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Bateria de Testes Funcionais
para Idosos
Bateria de testes
(Rikli e Jones, 1999)
Sentar e levantar
• Força de M. Inferior
Flexão de cotovelo
• Força de M. Superior
• Capacidade Cardiorrespiratória
Marcha
estacionária
• Flexibilidade de M. Inferior
• Flexibilidade de M. Superior
• Mobilidade e Agilidade
Bateria de testes
(Rikli e Jones, 1999)
Sentar e Alcançar
Alcançar atrás das costas
Esses 3 serão com duas
tentativas
Levantar e caminhar
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Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
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Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
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Como treinar idosos que
utilizam bengala como auxílio
para locomoção?
Efeito do treinamento funcional para a
melhora da autonomia de idosos que
utilizam bengala como auxílio para
locomoção
Capacidade Funcional
• A combinação entre força, velocidade, resistência,
coordenação, flexibilidade e equilíbrio é fundamental
para o sucesso nas atividades motoras e interligar essas
seis ações é o objetivo do treinamento funcional
(Bompa, 2002).
• Um programa regular de exercícios físicos deve possuir
pelo menos três componentes: aeróbio, sobrecarga
muscular e flexibilidade. Supõe-se que a combinação
dessas três modalidades de treinamento é suficiente
para promover adaptações positivas sobre as outras já
citadas (Garber, 2011).
Com o treinamento houve diminuição nas
oscilações durante a realização do teste com olhos
abertos em solo estável, com olhos fechados em
solo estável e com olhos fechados em solo instável;
evolução no escore da escala de equilíbrio de Berg
e um aumento na velocidade da marcha na pista.
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• Aumento da força em idosos (86 e 90 anos)
submetidos a 8 semanas de treinamento, com
aumentos médios de 177% na força do
músculo quadríceps.
• Tal ganho foi acompanhado de um aumento
de 50% na velocidade da marcha;
• 20% dos idosos conseguiram abdicar de suas
bengalas para se locomoverem.
• Revisão com 125 estudos e 6700 participantes.
• Treinamento de força realizado entre 2 e 3 x sem e alta
intensidade.
• Resultados:
–
–
–
–
–
Melhora na capacidade funcional;
Melhora na velocidade da marcha;
Melhora em levantar da cadeira;
Aumento da força;
Diminuição da dor.
• O treinamento de força progressiva aumenta a
funcionalidade, a força e a performance na execução de
atividades simples e complexas do dia a dia em idosos.
Séries Simples X Séries
Múltiplas em idosos
Força Muscular x Mortalidade
• Força foi inversamente
associada a mortalidade por
todas as causas (controlando
por fatores de interferência);
• Nos homens, a mortalidade
por todas as causas é 60%
inferior nos idosos com
valores elevados de força e
condicionamento
cardiorrespiratório,
comparando com o grupo
com menor condição física.
Ruiz JR et al. 2008
• 1, 2 ou 3 séries?
Até 12 semanas
de treinamento,
realizar 1 série
por exercícios
resulta nos
mesmos
resultados do que
3 séries
Silva e Farinatti, 2007; Radaelli et al, 2014
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Séries Simples X Séries
Múltiplas em idosos
• A partir de 20 semanas de treinamento, a
realização de séries múltiplas parece ser mais
vantajoso quanto a força hipertrofia muscular em
mulheres idosas;
• Isso ocorre principalmente nos grandes grupos
musculares;
• Gerando assim maior qualidade muscular e
melhora funcional.
• Com o treinamento de força os estudos observaram:
– 70% observaram redução na incidência de
quedas;
– 54% observaram melhora na habilidade de
marcha;
– 80% observaram melhora no equilíbrio;
– 70% observaram aumento de força.
Pinto et al. 2015
Mensagens que ficam dessa
palestra
• Foram avaliadas 58 idosas com média de 68,7
anos e divididas em grupo controle e
intervenção;
• Testes: Extensão de joelhos, velocidade de
caminhada e levantar da cadeira.
• Conclusão: O programa de treinamento de
potência contribuiu para melhorar além da
potência, o desempenho em todas as tarefas
motoras do grupo intervenção
• O envelhecimento populacional é a
oportunidade para nós sairmos do ambiente
da academia e expandirmos os horizontes
para dentro do ambiente doméstico;
• É alto o risco de queda e fragilidade em idosos
que utilizam bengala;
• Identificar fragilidade é fácil e um importante
aspecto ao trabalhar com idosos;
• A avaliação dos testes funcionais podem ser
aplicados em idosos que utilizam bengala;
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Mensagens que ficam dessa
palestra
• Exercícios simples, com equipamentos
simples, melhoram a mobilidade, equilíbrio,
força e resistência de idosos;
TREINANDO IDOSOS: DA
BENGALA AO SRINT (Módulo I)
Prof. Dr. Igor Conterato Gomes
• O treinamento de força está associado de
maneira mais positiva para a volta da
autonomia de idosos que utilizam bengala.
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