Comunicação Oral 3
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Comunicação Oral 3
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA E O ESTUDANTE NO CONTEXTO DAS REFORMAS UNIVERSITÁRIAS: UM PANORAMA DE MÚLTIPLAS TRANSIÇÕES Jean Carlo Nasgueweitz, Mestrando em Educação, Universidade do Vale do Itajaí, e-mail [email protected] Eixo – Acesso à Universidade Resumo: Este texto trata-se de um recorte de pesquisa que procura evidenciar as relações existentes entre a universidade brasileira e o estudante universitário mediante o contexto das reformas universitárias, procurando explicitar, através da narrativa de proeminentes educadores, aspectos relevantes do acesso à universidade pela ótica do trabalhador docente que receberá o aluno proveniente de panoramas diversos. O embasamento teórico e o posterior tratamento e análise dos dados contou com autores como Sguissardi (2012), Mancebo (2004, 2012), Fávero (2009), Minto (2006), Gatti (2010), entre outros. A visão docente sobre sua condição de trabalho se fundamentou na experiência e nas reflexões narrativas de quem vivenciou as reformas universitárias desde 1968, constituindo elemento importante de apontamentos, debate e síntese. Desta forma, abriu espaço para repensar o desenvolvimento da universidade brasileira, neste caso, com paralelos a questão das influências reformistas no que tange ao acesso do estudante à educação superior e o profissional em constante transformação que o recebe. Esse protagonista do ato de ensinar e que procura estabelecer um ambiente propício ao aprendizado de um sujeito advindo de um panorama de acesso, muitas vezes, precário, limitado e pouco adaptável. O fomento do debate do acesso do estudante à universidade brasileira, através da narrativa do docente, constitui parte importante do processo de desenvolvimento da universidade brasileira pelo movimento reformista que ainda encontra-se em processo de ebulição por meio do debate e da urgência social. Palavras-chave: universitário. Universidade; Reforma universitária; Acesso estudante INTRODUÇÃO O objetivo principal deste artigo é apresentar um pequeno agrupamento de aspectos históricos relevantes no que diz respeito ao panorama do acesso do estudante à universidade, mediante um breve recorte de dados, efetuado em uma pesquisa de espectro mais amplo, que ainda encontra-se em processo de redação do texto final para posterior apresentação em banca de mestrado acadêmico. A universidade brasileira, desde os primórdios, vem enfrentando uma série de dificuldades nos mais variados aspectos (número de instituições, qualificação do corpo docente, acesso, etc) e que resultou, no ano de 1968, em um movimento chamado 2 reforma universitária (lei 5.540/68), que consistia em uma tentativa de promover melhorias no panorama da educação superior promovendo o GTRU, através do decreto nº 62.937, na data de 2 de julho de 1968, que, segundo Fávero (2009), “estaria encarregado de estudar e propor, em caráter de urgência, medidas que deveriam ser tomadas para resolver a crise da universidade”. Desta forma, um pequeno grupo formado por 11 membros, procurou estudar soluções para a problemática da universidade brasileira como um todo, dando contornos ao que ficaria historicamente conhecido como reforma universitária de 68 e que a partir de então promoveria uma série de regulamentações, mudanças na maneira como a universidade brasileira se constituiria daquele momento em diante. O recorte aqui apresentado procura estabelecer algumas relações, ainda que breves, entre as reformas universitárias e o acesso do estudante, através de pequenos fragmentos da narrativa de professores que tenham vivenciado, na condição de graduados/docentes o processo de mudanças na educação superior que teve seu momento mais impactante em 1968 e seus desdobramentos a partir daquele ano em diante. METODOLOGIA A pesquisa seguiu o método qualitativo, com base em levantamento de ordem bibliográfica e com a coleta de dados feita por meio de entrevistas de caráter semiestruturado, com roteiro temático baseado nas premissas do tema e do objeto de estudado ao qual se propôs analisar. A narrativa dos sujeitos aconteceu de forma a desenvolver o eixo temático proposto de forma livre, porém com pequenas inferências do pesquisador, com intuito de enriquecimento dos dados e melhor explanação de pontos interessantes apresentados pelo sujeito. A investigação/análise de cunho qualitativo, conforme frisa Gatti & André (2010, p. 30), “defende uma visão holística dos fenômenos, isto é, que se leve em conta todos os componentes de uma situação em suas interações e influências recíprocas”, desta forma compreendemos que o método adotado vai de encontro aos anseios do pesquisador, tendo em conta a temática complexa e a intenção de analisar os dados 3 coletados de maneira minuciosa, contribuindo assim para ampliação do debate acerca da educação superior brasileira. Para efeito de enquadramento dos dados apresentados ao eixo temático relacionado (acesso à universidade), fora realizado um recorte da análise através da narrativa de um dos sujeitos entrevistados, no caso, a professora Maria Isabel da Cunha (UNISINOS), que por toda sua trajetória ligada à educação superior brasileira, agrega importante ponto de referência, principalmente por ter vivenciado – in loco - todo o processo da reforma universitária de 68. O eixo temático presente na entrevista que mais contribuiu com dados relativos ao acesso do estudante a universidade apresentou-se sob o título de “a importância da universidade no Brasil, as reformas universitárias e o modelo público e privado”, advindo então da narrativa pertinente ao tema que se propôs abordar neste espaço de apresentação e análise. É necessário elucidar que, na condição de um recorte de pesquisa, proveniente de um quadro investigativo mais amplo, se procurou adequar tanto o método quanto a análise aos objetivos apresentados na introdução deste artigo, promovendo uma síntese mais pontual e dinâmica do tema, privilegiando aspectos que no tratamento dos dados se mostraram de maior relevância para o posterior debate e reflexão. O ACESSO COMO UM DOS FATORES IMPULSIONADORES DA REFORMA UNIVERSITÁRIA: O MOVIMENTO DOS EXCEDENTES, REVOLUÇÃO CAPITALISTA E EXPANSÃO. Com base nos dados coletados, se podem destacar inúmeros fatores que vieram a desencadear o processo, em caráter de urgência, das reformas na educação superior brasileira. Um elemento importante neste caminho que culminou com as reformas, foi chamado de “movimento dos excedentes” e que podemos denotar no relato de M.I.C 1de maneira mais precisa: [...] Fazia-se um único vestibular em todo o País, e havia o vestibular seletivo, só ingressavam os candidatos a partir de determinada média, e entravam na medida em que houvesse vagas. E ai houve um 1 Abreviação que será utilizada sempre que o texto fizer menção ao sujeito de pesquisa – Maria Isabel da Cunha – protagonista do recorte de dados que deu origem a este artigo. 4 movimento muito grande, que se chamou MOVIMENTO DOS EXCEDENTES, ligados à classe média, que era quem tinha pressão sobre o Governo, porque muitos alunos eram aprovados nos vestibulares, digamos que eram aprovados 80 alunos, mas só existiam 40 vagas, então ficavam de fora os outros 40, e isso criou um movimento muito grande que se chamou ‘excedentes’. Houve então, uma pressão sobre o Governo para um investimento de ampliação das vagas das universidades públicas, de criação de novas universidades. Como podemos constatar no relato acima, a expansão da universidade brasileira através da reforma universitária de 68, dentre outros fatores, é fortemente impulsionada pelo movimento dos excedentes, que é o fruto da tensão provocada pela dificuldade de acesso dos jovens de classe média à educação superior, que configurava um afunilamento extremamente desconfortável a uma faixa da população, detentora de factual influência sobre o governo (militar) brasileiro, que segundo Trigueiro (APUD, MARTINS, 2009) viam na educação superior um caminho adequado para o êxito de seus intentos de ascensão social. A questão de classes sociais, no que diz respeito a demanda pelo acesso à educação superior, denota influência direta do que Romanelli (2012) de influência da revolução capitalista na expansão da educação, sobretudo de nível superior, fruto de exigências educacionais do processo de industrialização que começara por aqui, principalmente na revolução de 1930, requerendo maior qualificação do proletariado e também dos possíveis empreendedores do novo capitalismo industrial no Brasil. De certa forma, podemos inferir também, que reside na demanda pelo acesso à educação superior, como forma de ascender na estrutura societária capitalista, a alternativa privada de formação universitária, que embora venha a adquirir contornos pontualmente mercadológicos em passado recente, tem paralelos na figura das instituições de ensino confessionais, como podemos observar no discurso de M.I.C: O Brasil sempre conviveu com essa dualidade público e privado, porque também junto com as primeiras universidade públicas surgem as PUC´s, em especial a PUC do Rio de Janeiro, que é a primeira [...] essa (a Igreja) sempre teve uma histórica e grande força política no País, então reivindicava para si espaços de poder e persuasão por seus princípios e propostas... Podemos afirmar que a Igreja e suas instituições de ensino configuraram papel importante na ampliação do acesso à educação superior no Brasil, não só nas escolas da 5 base educacional, mas também por conta das Pontifícias (Pontifícia Universidade Católica), que constituíam um espaço de formação do indivíduo em nível superior, como também de influência e poder político da Igreja como forte agente formadora de opinião no seio da sociedade daquela época. As instituições de ensino superior confessionais podem ser caracterizadas como um embrião de uma alternativa ao ensino superior público, que já não atendia as demandas de ingresso de um Brasil que se expandia aceleradamente através da industrialização e do significativo aumento populacional. As dificuldades de expandir a educação superior no mesmo ritmo das transformações sociais no Brasil acabam - como podemos observar - pouco a pouco, propiciando maior espaço para a livre iniciativa, não atreladas exclusivamente ao modelo público, e dessa forma as instituições confessionais e comunitárias ampliam suas unidades principalmente na região sul e sudeste. É importante observar que, a expansão das universidades brasileiras configurava-se em uma demanda fortemente embasada na lógica capitalista e no viés de ascensão social, motivada, sobretudo pela capacitação/qualificação da mão de obra e da aceleração do processo de industrialização do País, de economia basicamente agrícola até então. Podemos denotar a escalada deste movimento lógico no início dos anos 90, conforme M.I.C, explicita em sua fala: [...] Então quando nós somos assolados, no princípio dos anos 90, de toda a concepção neoliberal, que advogava o Estado mínimo, e de “o que é bom é o que é privado” e “o que funciona é o que é privado”, envolvendo a livre iniciativa, é que se começa a naturalizar a ideia de educação como um mercado. [...] É então que adentra na nossa realidade a ideia das instituições privadas (ensino superior) com fins lucrativos. [...] e começam a ser gestadas na lógica de mercado [...] e aí vem toda essa discussão da qualidade. [...] À medida que as reformas procuram solucionar determinados problemas, específicos de cada época, contexto ou ideologia governamental, promovem também o surgimento de outros aspectos conflitantes, decorrentes ou não da tentativa de tratar o tema da educação superior brasileira a contento. A expansão desordenada não elimina por completo o problema de acesso do estudante brasileiro a uma educação de nível avançado, por outro lado faz surgir a questão da qualidade do acesso e manutenção do estudante, economicamente frágil, na instituição de ensino superior, fazendo com que 6 termos como: sucateamento, mercantilização, desconstrução, precarização, privatização, sejam recorrentes no debate acerca do ensino superior brasileiro, com maior intensidade, desde a década de 90 (MINTO, 2006). De acordo com Sabia (2009), a expansão da oferta de educação superior tem ocorrido de modo que promove uma privatização direta e indireta do ensino, diminui o investimento por parte do governo no ensino público, terceirizando este processo através de iniciativas e financiamentos privados, retirando do Estado a responsabilidade maior de subsidiar a educação superior do cidadão brasileiro, como era antigamente, onde predominava o ambiente educacional de ensino superior público. Sousa (2006) ressalta que é através da Lei Nº 9.394 de 1996, que concede maior autonomia às universidades na possibilidade de criação de novos cursos, que a iniciativa privada encontra ainda mais espaço para sua forte expansão, visando a forte demanda por vagas no ensino superior, que o segmento público não consegue suprir adequadamente, e a possiblidade de alta rentabilidade e lucros em um setor em franca expansão. O contexto econômico favorável e a abertura cada vez maior aos investidores internacionais, através do movimento de privatização de estatais no governo de Fernando Henrique Cardoso, representaram terreno fértil para que este movimento de entrada da iniciativa privada nos meios educacionais ocorre de maneira mais acelerada. A professora M.I.C, em seu relato, corrobora e sintetiza este panorama ao pontuar que: [...] O Estado avalia, só regula essa demanda. Isso foi muito forte nos dois períodos do governo Fernando Henrique, onde se estabelece pela primeira vez a avaliação externa que ficou conhecida como “Provão”, e, ao mesmo tempo, a LDB de 96. [...] Ela atende ao princípio da negociação com as forças econômicas, muito ligado a esse momento político, com características ambíguas [...] A LDB admitiu os três tipos de educação superior: faculdades isoladas, centros universitários e universidades. Então admite educação superior sem pesquisa, certo estágio de formação profissional. A abertura à iniciativa privada, o expansionismo desenfreado, promovendo o aumento substancial de vagas nas universidades não públicas, começa a suscitar um debate mais aprofundado a respeito da qualidade do ensino superior oferecido ao estudante recém-ingresso nas esferas superiores da educação brasileira. O Estado começa a procurar um meio termo nesse processo de expansão e procura, a partir do 7 governo de Luis Inácio Lula da Silva, reestabelecer um maior controle e uma revitalização do investimento no setor público da educação superior, mesmo que, ainda assim, a participação privada continue seu movimento de crescimento no âmbito educacional como um todo, conforme podemos denotar no relato de M.I.C, que segue abaixo: E então entra o governo Lula, e suas bases tinha uma forte crítica a essa política [...] Mesmo assim a ampliação de vagas privadas continuou, porém foi cobrada do governo a expansão das universidades públicas. E é isso que a gente vem vivenciando nesses últimos dez anos, com expansão, interiorização, presença do Estado pela universidade pública. O Estado, hoje, tal qual Mancebo (2004) reforça suas ações de subsídio aos estudantes de ensino superior através de facilidades na obtenção de financiamento público para custear mensalidades em universidades privadas, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Ações que visam auxiliar no ingresso à universidade, como o Programa Universidade para Todos (PROUNI), que distribui bolsas para universidades públicas e privadas. A democratização do acesso também passa pela Lei de cotas para alunos advindos da escola pública e também alunos autodeclarados negros, indígenas. Estas são apenas algumas das iniciativas governamentais, que após um período expansão acelerado, procura democratizar o acesso através de programas sociais e incisiva inferência nas mais variadas etapas do ciclo da educação superior brasileiro. Iniciativas como o Ensino a Distância (EaD), incorporando novas tecnologias e aplicando esse tipo de interface, comunicação, como ferramenta tecnológica de provimento de formação superior e subsequentemente vagas, suscita algumas inquietações entre os educadores e a sociedade, conforme diz Mancebo & Martins (2012, p. 142) “o propósito desse paradigma reduz o processo formativo à lógica técnico-informacional, desenvolvendo habilidades e competências para formar a mão de obra adequada à sociabilidade produtiva que atenda aos interesses do mundo do trabalho e ao mercado que o rege”. Seria oportuno inferir que, tal qual Sguissardi (2009) afirma, que existe hoje no Brasil uma superposição, contraditória, de modelos universitários, em todas as esferas, do acesso à gestão, facetas de uma expansão que provoca movimentos que muitas 8 vezes, ao invés de se complementarem, acabam por retardar maiores avanços no sentido de melhorar a educação superior de maneira integral, e não fragmentada e sem uma perspectiva mais realista das necessidades do País e seus cidadãos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O cruzamento dos dados coletados em pesquisa, e o posterior recorte/enfoque na questão do acesso à universidade brasileira, como transição do estudante a uma melhor qualificação intelectual profissional, encontram nos movimentos contraditórios e na ambiguidade das ações, as principais causas da ineficácia ou da baixa qualidade de inúmeras iniciativas de expansão das instituições de ensino e da qualidade do estudante/profissional formado por estes ambientes de educação superior. Os esforços governamentais transitam entre o público e privado, visando, de maneira muitas vezes desordenada, promover o atendimento da alta demanda por ensino superior brasileiro. A ambiguidade das ações, sob o discurso da diversificação das iniciativas, de maneira a atender a maior faixa de população possível, refletem um debate ainda inacabado e um enfrentamento ineficaz das reais condições do ensino superior no Brasil, que não possui uma identidade definida e que não sabe onde quer chegar de fato. A demanda por qualificação deve vir acompanhada de um planejamento estratégico de médio e longo prazo que não ocorreu de forma coerente e eficaz, pelo contrário, ficou flutuando entre ideologias políticas distintas e que, seguindo esta linha de raciocínio, corroboram o panorama confuso e pouco eficaz dos gastos públicos, denotando, sobretudo, enfoque demasiado assistencialista e que protela a situação de baixa qualificação, mediante a questionável qualidade de inúmeros cursos superiores voltados apenas para o mercado e muito pouco para a formação integral do indivíduo como sujeito crítico/participante da sociedade, estabelecendo quadros de exclusão frequentes, onde muitos profissionais com curso superior enfrentam situação de desemprego ou estão atuando fora de sua área de formação profissional. A necessidade de estabelecer reflexões, paralelos, que promovam a readequação das políticas públicas educacionais ao contexto brasileiro, estabelecendo um padrão de coerência de ações e não forças que se anulam no médio e no longo prazo, torna-se 9 mister para uma sociedade que busca através da educação superior uma melhora na sua condição social e qualidade de vida, e não apenas a satisfação de uma demanda de mercado flutuante e que, inúmeras vezes promove apenas a alienação social do sujeito. A promoção de um debate mais aglutinante e verticalizado sobre a educação superior brasileira, em um processo de integração com as demais esferas da educação inicial, certamente produziria um planejamento de ações estratégico mais fidedigno e eficaz para que o acesso do estudante brasileiro ao nível superior educacional fosse, de fato, real e eficiente, promovendo a qualidade de vida e a inserção social, diminuindo o abismo qualitativo que hoje escancara uma triste faceta da educação superior, seja ela pública ou privada. REFERÊNCIAS FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. Quarenta anos da reforma universitária: significado, questões e desafios. In: MANCEBO, Deise; et al (orgs). Reformas da educação superior: cenários passados e contradições do presente. São Paulo: Xamã, 2009. GATTI, Bernardete; ANDRÉ, Marli. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em Educação no Brasil. In: Weller, Wivian; PFAFF, Nicolle (orgs). 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