Edição 04 - Pagina de Policia
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Edição 04 - Pagina de Policia
2 O Observatório da Cidadania está lutando pela PEC e você?! De norte a sul deste país, não há um policial ou bombeiro sequer que não saiba o que significa PEC 300. Mais do que isso: a referida PEC, cuja meta, no início, era “apenas” equiparar os salários de todas as Polícias e Bombeiros Militares aos valores praticados pelo Distrito Federal, cresceu e surpreendeu a todos com mais de 10 milhões de e-mails enviados aos Deputados Federais, Senadores e Presidente da República. Muito aprendemos e muito estamos ensinando ao Brasil também... A PEC 300 (Piso Nacional) é o maior e melhor exemplo recente do que uma mobilização legítima e popular é capaz, no caso atender ao mesmo tempo quase um milhão de profissionais e o principal anseio da população brasileira que é a Segurança Pública. Todavia, o Governo Federal, após demonstrar boa vontade para conosco, está jogando contra mesmo! Usando, inclusive, “artifícios” para destruir o texto original da nossa PEC. Nós do Observatório da Cidadania estivemos em todas as mobilizações da PEC 300 aqui na Bahia e em Brasília. E continuaremos mobilizados e mobilizando a todos (PMs, BMs, imprensa e sociedade). Pois, ao fazêlo ganha toda a sociedade brasileira que precisa e merece uma Segurança Pública melhor! Capitão Tadeu Fernandes Deputado Estadual e Diretor Observatório Geral Soldado Lázaro Jesus Coordenador Executivo do Observatório do O sagrado direito de voto dos policiais O artigo 5º da Constituição Federal, assegura que todos são iguais perante a lei, mais em dia de eleições vários policiais civis e militares deixam de exercer o seu direito sagrado de voto por estarem trabalhando em regiões diferentes de seu domicílio eleitoral (Isso é ruim para o país, já que esses eleitores não tomam parte na escolha de seus representantes no Legislativo e no Executivo). Se faz necessário à adoção de medidas que assegure o voto a esses profissionais a exemplo dos magistrados que têm validado o seu voto, independente do local onde se encontrem lotados. Essa medida iria contribuir para a redução do elevado índice de justificativas eleitorais, fato que até hoje preocupa as autoridades do Tribunal Superior Eleitoral. - A justa pretensão visa tão somente corrigir abusos praticados ao longo dos últimos pleitos eleitorais, com policiais que ficam preteridos de externar sua livre vontade nas urnas, constituindo-se, flagrante desrespeito à democracia. Isso possibilita que policiais que lutam verdadeiramente em defesa da sua categoria não obtenham o número de votos suficientes para se elegerem, por conta da manobra dos deslocamentos de colegas 24h antes das eleições com o simples objetivo de impedir que esse policiais detenham um mandato. 3 Segurança Pública e as eleições 2010 É com muito orgulho que informamos: o Página de Polícia rompe a primeira fronteira e desembarca em Sergipe. Em nossa quarta edição conseguimos conquistar o nosso estado vizinho, trazendo informações sobre a segurança pública sergipana, além de anúncios voltados ao público daquele estado. Porém, o mais importante não é apenas abrir novos caminhos, e sim, conquistar esse espaço com a mesma credibilidade que pautamos o nosso trabalho. Diante dessa ampliação do nosso público, observamos que os problemas vividos pelos policiais de lá, estão muito próximos dos problemas encontrados aqui na Bahia. Problemas com a PEC300, reivindicações de melhorias de salários - tanto com policiais civís como entre os militares, etc. Contudo, é preciso lembrarmos que estamos em ano eleitoral. E ainda, que as principais esperanças de reeleição de governadores petistas são justamente nos nossos dois estados. É bom nos conscientizarmos que é essa a hora de cobrar e lutar pelos nossos direitos. Na verdade, a melhor hora. Mas, apesar de todos os problemas vividos, é importante enxergar a situação com clareza. Em três anos e meio de governo já temos condição de avaliar se os nossos governantes merecem, ou não, mais um voto de confiança ou se é hora de mudar. O Página de Polícia não pretende ter a competência de influenciar politicamente a ninguém. É o povo que democraticamente irá definir os caminhos a serem seguidos. A nós, cabe apenas o papel de toda boa imprensa séria: informar. Carlos Nascimento Diretor EXPEDIENTE O Página de Polícia é uma publicação da ICONE – Editora e Publicações Ltda. As matérias e artigos nele veiculadas podem ser reproduzidas desde que citada a fonte. “O conteúdo dos textos publicados é de inteira responsabilidade de seus autores e não expressa, necessariamente, as opiniões do Jornal Página de Polícia” Diretor Executivo: Carlos Maurício Lopes da Cruz Direção Comercial: Cleber Nery e Carlos Nascimento Jornalista Responsável: Mônica França – DRT-BA 2581 Projeto Gráfico: Erick Cerqueira Designer dos anúncios: Diógenes Brandão Fotos: Luis Nascimento Criação Website: Francisco Barbosa Tiragem: 20.000 exemplares Redação: Rua Lauro Müller, 08, Ed. Cidade Baixa, s/404, Comércio – Salvador – Bahia – Cep: 40.015-030 Tel: (71) 3487-1024 / 9726-8354 / 8851-2007 E-mails: [email protected] Edição: abril de 2010 Site: www.paginadepolicia.com.br 4 Uma nação de ódio, clamando por vingança. E se os Nardonis fossem soltos? Será que a polícia teria como garantir a segurança dos acusados? Não teria. O crime que chocou a opinião pública nacional é um grande exemplo da força da imprensa no nosso país. Poder tão grande que transformou a indignação do povo brasileiro, ante um crime tão hediondo, em um ódio mortal pelos acusados. Durante a incrível cobertura do julgamento, em março deste ano, ninguém comentava outra coisa senão o julgamento. O povo pedia justiça, ou seja, condenação severa para os acusados. Porém, se eles fossem inocentados, talvez fossem linchados dentro do carro da PM. Cenas lamentáveis de agressão contra os defensores do casal, contra o pai do acusado e, obviamente, xingamentos contra o casal assassino, viraram furo de reportagem. O julgamento era só um detalhe. Questão de determinar quantos anos mais os réus passarão na cadeia. Duvido que o juiz tivesse coragem de inocentar os réus diante de tanta raiva alimentada pela imprensa. Antes de me lincharem, preciso dizer que também achava os réus culpados. Não os defendi e nem tive dúvidas que o assassino seria o pai e/ou a madrasta da menina. Mas é preciso pensar na justiça não como um objeto de vingança fria e pura. Voltando as atenções para o BBB De acordo com Mariel Marra, “a justiça tem normas, tem rituais, protocolos, tem fundamentos vinculados a direitos, e quando ela é acionada, ela se defronta com o princípio do contraditório, da legalidade, da fragmentariedade, da humanidade, da culpabilidade, dentre outros que devem ser respeitados. Em que de um lado estão os direitos individuais ou coletivos supostamente violados, e de outro os direitos humanos dos acusados. Nas democracias, essas normas, esses rituais, fundamentos e princípios, expressam a vontade e as escolhas da coletividade”. A vingança, por sua vez, é alimentada pelo ódio e pelo desejo de prejudicar o outro como forma de punição pelos seus crimes ou erros. A justiça depende de processos, onde todos, sem exceção, têm direito a uma ampla defesa. Porém, diante de tanta revolta da população, poucos advogados tiveram coragem de defender esse casal. Os que tiveram, temem por uma retaliação futura e irracional, onde eles poderão perder clientes por terem defendido esse casal de “monstros”. É preciso entender que esse linchamento midiático do casal, antes mesmo do seu julgamento, serviu apenas para acirrar os sentimentos de ódio de milhões de brasileiros, espectadores de um julgamento, quase um reality show, onde todos queriam entrar para assistir. Parecia show da Madonna, com pessoas dormindo na fila, virando noite em frente ao fórum no intuito de participar da condenação dos inimigos públicos nº 1 do Brasil. O casal de assassinos de criança foi condenado para felicidade geral da nação e todos voltaram as suas atenções para a final do BBB10. Mas, pensemos: a sociedade ganhou o que com tanto ódio pelos condenados? Aprendi uma vez que o ódio é um veneno que nós bebemos e ficamos à espera que o odiado morra. Esse veneno fica em nós, não neles. Vamos voltar a tomar conta das nossas vidas e deixar que a justiça cuide do casal Nardoni, agora. Neste caso, o melhor a fazer não é odiar o assassino, e sim, rezar pela vítima. Por Erick da Silva Cerqueira www.erickcerqueira.com 5 Presidente Lula concede anistia a Policiais Militares grevistas 516 policiais baianos têm muito que comemorar Por meio da lei 12.191/2010, sancionada no dia 13 de janeiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, policiais e bombeiros militares punidos por participarem de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e de condições de trabalho, ocorridos entre o primeiro semestre de 1997 e janeiro de 2010, foram anistiados. Ao todo, 5.123 policiais do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina e do Distrito Federal serão beneficiados pela nova lei. Na Bahia, o número registrado é de 516 integrantes da Polícia Militar – seis dos quais excluídos dos quadros da corporação – por terem participado da greve unificada das Polícias Civil e Militar de 2001. Estatuto da PM da Bahia O Estatuto da Polícia Militar da Bahia prevê advertência, detenção e demissão para os PMs que descumprirem determinação do comando da corporação. De acordo com o artigo 50, os militares envolvidos em mobilizações que propuserem interrupção dos serviços e/ou desrespeitem a hierarquia, também podem responder “civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições”. Além do Estatuto da PM, a Constituição Federal, em seu artigo 142, determina que militares não podem fazer greve nem estar vinculados a sindicatos. O projeto de lei de autoria do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) visava, inicialmente, beneficiar 1.300 policiais potiguares, punidos por participarem de uma greve por melhores salários em 2007. No entanto, durante a tramitação na Câmara Federal, parlamentares de outros estados onde a greve também ocorreu aproveitaram para ampliar o benefício da anistia e o substitutivo, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, acabou estendendo a anistia para os policiais e bombeiros militares dos nove estados citados. O senador comemorou a medida presidencial afirmando que a anistia era uma questão de justiça para a categoria. “Fico feliz com Benefícios da Nova Lei Com a anistia, os PMs que haviam sido excluídos das suas respectivas corporações terão de ser readmitidos e voltar aos quadros da Polícia. A anistia vale tanto para os que já foram excluídos, como para aqueles que ainda respondem a processo por acusação de envolvimento nos movimentos de greve. Orientações Os policiais militares que estiverem na lista de anistiados devem acionar um advogado que fará o pedido de extinção da punibilidade. O PM que não possuir procurador deve dirigir-se a um defensor público que atue na Vara de Auditoria Militar e fazer a mesma solicitação. a aprovação porque o projeto que está permitindo isso é de minha autoria. Mas fico mais gratificado em saber que a medida vai beneficiar mais de 5 mil pais de famílias que haviam perdido ou poderiam perder seus empregos; e agora isso não ocorrerá mais”, disse. Greve de 2001 na Bahia Em julho de 2001, durante a gestão de César Borges, policiais militares e civis de todo o Estado cruzaram os braços para reivindicar aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho. Durante 13 dias, as ruas da Bahia ficaram sem policiais, obrigando o Estado a acionar o Exército, para conter a onda de violência deflagrada com a falta de segurança. Demitidos na Bahia Polícia Militar: Major Elmo; Sargentos Pedro Antonio Spinola de Sena, José Lourenço de Souza Dias, Donavam Soares Moutinho, Newton Messias Requião Filho e Cristiano da Silva Oliveira; Cabos Antonio Paulo Hohenfeld Angelini e Carlos Wanderley da Anunciação Chagas; Soldados Marcos Prisco Caldas Machado, Luis Alberto Marinho dos Santos, Fabricio Ribeiro dos Santos e Marcos Cerqueira da Silva – sendo que, os sargentos Dias, Donavam e Spinola, mais o cabo Chagas já possuem sentença de reintegração determinada pela justiça, porém não cumprida. Polícia Civil: o Agente de Polícia Crispiniano Daltro, reintegrado provisoriamente. 6 Reforma do CPP: emenda pode permitir que PM lavre TCO Após a análise de 44 emendas apresentada à matéria, Casagrande ainda promoveu alguns ajustes finais de redação e de mérito para a elaboração do substitutivo aprovado na CCJ. A reforma do Código de Processo Penal (CPP) foi aprovada na quarta-feira (17) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Os senadores votaram a favor do substitutivo do relator, senador Renato Casagrande (PSB-ES), que tem 702 artigos e traz profundas modificações em vários dispositivos da atual legislação (Decreto-Lei 3.689/41). A matéria segue para Plenário, para votação em turno único, voltando, em seguida, à CCJ para análise da redação final. Em seguida, retorna ao Plenário antes de ser encaminhada à Câmara Federal. Inquérito policial Emenda destacada pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para permitir ao policial militar também ter poderes para lavrar os chamados TCOs (Termos de Circunstância de Ocorrência), foi aprovada pelos senadores, depois de ampla discussão sobre o assunto. Conforme o artigo 291 do substitutivo, “o delegado de polícia que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando as requisições dos exames periciais”. A emenda de Demóstenes, subscrita pelo senador Marco Maciel (DEMPE), substituiu a expressão “delegado de polícia” por ” autoridade policial”, mantendo o texto original do anteprojeto para permitir que os policiais militares também possam lavrar os termos circunstanciados. - Foi inserido no texto ‘delegado de polícia’ para favorecer a categoria, mas manter o texto como está é prestar um desserviço ao país. Não podemos tirar nenhuma autoridade policial do combate ao crime – argumentou Demóstenes, que leu trecho de discussão do Supremo Tribunal Federal (STF) em favor dos policiais militares. Em defesa da rejeição da emenda, Casagrande argumentou que o delegado de polícia, por ter formação em Direito, está mais preparado para essa função. - Nem todos os policiais militares têm essa formação. Estamos, com a emenda, delegando uma competência que pode funcionar bem em 90% dos casos, mas pode também gerar injustiça – explicou o relator, que recebeu apoio do senador Romeu Tuma (PTB-SP). Conquista Ao final da votação do novo CPP, vários senadores elogiaram a proposta aprovada. Casagrande destacou que se trata de importante contribuição “para o combate à criminalidade no Brasil”. - Temos, hoje, a necessidade de aperfeiçoar nossos instrumentos de combate à criminalidade, com a reformulação completa de um código que data de 1941, época ainda do governo de Getúlio Vargas – destacou o relator. Pedro Simon (PMDB-RS) também elogiou a proposta, mas defendeu o fim do inquérito policial. - É no inquérito policial que inicia todo o equívoco que termina em impunidade – garantiu o senador. 7 Lula sanciona lei que autoriza o registro civil único A carteira de identidade, o passaporte, o CPF e a carteira de motorista são alguns dos documentos que passarão a ter o mesmo número de registro. A Lei 12.058 que autoriza o registro civil único foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a unificação, o cidadão terá o número único de registro de identidade civil, válido para os brasileiros natos e naturalizados. De acordo com a lei, a implementação do registro único deve começar dentro de um ano. O Poder Executivo terá 180 dias para regulamentação. A União poderá firmar convênios com os estados e o Distrito Federal para implantar o número único e trocar os documentos antigos de identificação. A lei foi resultado da conversão da Medida Provisória 462, que trata do repasse de recursos ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Projeto também exige que carteira tenha tipo sanguíneo O projeto aprovado no Congresso de autoria do deputado Celso Russomanno (PP-SP) também exige que a carteira de identidade contenha o tipo e o fator sanguíneo do titular e permite, a pedido do titular, que o documento contenha carimbo comprobatório de deficiência física, desde que esta seja atestada por autoridade de saúde competente. Fonte: Papiloscopia Forense Zero pra ele Bandido a gente até “atura” (prende, dá comida, deixa tomar banho de sol, sai com 1/6 da pena, etc), mas bandido burro!?!?! É dose…. Hahahaha 8 Segurança clandestina preocupa empre São muitos os riscos quando uma empresa contrata os serviços de segurança clandestina: pessoas inabilitadas e de idoneidade duvidosa (com antecedentes criminais) no interior da empresa, tendo acesso às informações, bens e valores; responsabilidade direta no âmbito penal, cível, administrativo, trabalhista e fiscal, pelas possíveis irregularidades praticadas clandestinamente; presença de armas e munições de origem duvidosa (armas contrabandeadas, roubadas) no interior da empresa, podendo causar problemas de ordem criminal em caso de blitz da Polícia Federal, entre outros riscos. Não é somente a cidade de Porto Seguro que está preocupada com a situação atual da segurança naquele aprazível local. Todo o segmento de segurança privada tem suas atenções voltadas para esse problema, pois a clandestinidade, além de oferecer os riscos que todos já conhecem para os seus contratantes, oferece também riscos à sociedade e denigre a imagem do segmento – uma vez que a população ainda não aprendeu a distinguir o segurança regulamentado do clandestino. Além disso, as empresas clandestinas, por não pagarem salários estabelecidos como mínimos nas Convenções Coletivas de Trabalho, não recolhem os impostos devidos, entre eles, os previdenciários (trazendo prejuízos ao INSS), O sindicato possui informações de contratações de empresas clandestinas por parte de grandes empresas, hotéis, pousadas e até mesmo em órgãos públicos. Um servidor da PF estava envolvido no esquema e os encargos sociais dos seus empregados. Essa situação irregular acaba por fazer concorrência desleal com empresas regulamentadas, que paga salários da CCT e recolhe impostos e encargos, o que poderá, caso a situação não se resolva, causar a insolvência dessas empresas, pois os contratantes ainda não se conscientizaram de que preços baixos não são sinônimos de qualidade e garantia de serviço. O SINDESP-BA, sindicato do segmento, tem feito inúmeras denúncias à DELESP-BA (Delegacia Especial da Bahia) sobre a invasão dessas empresas clandestinas na região de Porto Seguro, principalmente em época de festejos. Cabe à DELESP-BA, órgão que vem desenvolvendo incansável trabalho de combate à clandestinidade em Salvador, à DRT-BA e ao INSS, estenderem seu foco para Porto Seguro e região, através de ações efetivas de fiscalização, no sentido de coibir a ação das clandestinas, que também prejudicam os trabalhadores aliciados para essa atividade irregular. OPEraçãO VErãO – POrtO SEGurO Em meados do mês de dezembro de 2009 foi recebida uma denúncia de que um servidor da Delegacia de Polícia Federal de Porto Seguro/ BA estaria representando uma empresa de segurança privada clandestina no Sul da Bahia, mas precisamente em Porto Seguro/BA. Após levantamentos realizados na região, verificou-se que a empresa GMH SEGURANÇA LTDA. não possuía autorização do DPF para funcionar e era gerida pelo servidor e por dois policiais militares, tendo atuado em sas do ramo em Porto Seguro na Bahia eventos e de maneira permanente em dois estabelecimentos da cidade. Neste caso, o servidor da Polícia Federal que seria encarregado justamente de promover a fiscalização da regularidade das empresas de segurança privada na Delegacia de Porto Seguro, estava à frente de uma empresa clandestina desse ramo. A SR/DPF/BA, ciente da conduta do seu servidor, desencadeou a Operação Verão Seguro, cujo nome remete ao município de Porto Seguro e à estação do ano em que foi interrompido o funcionamento de uma empresa de segurança privada clandestina. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços em Porto Seguro, inclusive na residência do servidor do DPF e nas sedes da empresa GMH SEGURANÇA LTDA. ME. Também foi feita a interrupção das atividades da empresa, que no dia 23/01/2010 atuava em dois estabelecimentos, Porto Plaza Shopping e no Restaurante Belvedere, com a lavratura de TCO’s dos vigilantes irregulares. Foi ainda realizado a fiscalização de um dos maiores eventos do mês de janeiro em Porto Seguro/ BA, o show da dupla Vitor e Leo, onde também foram conduzidos à Delegacia os vigilantes que estavam em situação irregular para a lavratura de TCO. Os envolvidos responderão pelos crimes de prevaricação, crimes contra a ordem econômica e formação de quadrilha. CONtrataçãO DE SEGuraNça CLaNDEStINa PODE VIrar CrIME Está em tramitação na Câmara o Projeto de Lei (PL) 6510/2009, de autoria do deputado Eliene Lima (PP), que tipifica como crime à contratação e a administração de serviço de segurança privada clandestina, seja patrimonial ou de proteção pessoal. O PL prevê pena de um a dois anos de prisão para quem desempenhar a função sem treinamento ou registro, e de dois a quatro anos para os proprietários ou sócios de empresas Dep. Eliene Lima (PP) que oferecem o serviço sem regulamentação. Atualmente a contratação de segurança clandestina ainda não é considerada crime. A mesma é caracterizada como ilícito administrativo e a punição é o cancelamento da atividade. “Quem contrata seguranças deve garantir que estes profissionais estejam capacitados e cadastrados pela PF. Os empresários têm que se informar sobre a qualidade do homem que estão contratando. Ele pode ser mais barato, mas, no futuro, pode sair mais caro pagar uma indenização, por ter optado por um profissional desqualificado”, adverte o autor do projeto. Pelo projeto de lei, em caso de dano o responsável por contratar o serviço irregular será intimado a pagar uma indenização entre R$ 10 mil a R$ 100 mil, mais o custeio de tratamento médico, e em caso de reincidência, o valor da indenização será em dobro. Estudos mostram que existem no Brasil 1,3 milhões de vigilantes cadastrados, mas somente 333 mil atuam legalmente. “Na maioria das cidades, principalmente nas capitais, as empresas clandestinas, despreparadas e muitas vezes mal-intencionadas, infelizmente superam em número os vigilantes legalizados”, comenta Eliene Fonte: O Nortão Jornal (RO) Porto Seguro 9 10 Assunto: entrega de presos à Justiça “Acorda minha gente, levante a cabeça e não esmoreça...” Assim começava a resenha do saudoso radialista Nilton Moura Costa ou de Osvaldo Barreto que dizia “Não há sentimento mais nobre do que de noite ou de dia matar a fome de um pobre” no radinho de pilha ou à válvula; sintonia só AM todas as manhãs. A resenha do dia chegava numa rapidez, mesmo sem imaginar que um dia teríamos celular, web, internet, twitter. O certo era que pela manhã, antes da novelinha, o locutor chamava os ouvintes para não esmorecer e continuar a vida. Geralmente ele lia as resenhas de bastidores políticos que ocorriam entre os engraxates, jornaleiros e servidores do palácio e da câmara de vereadores, na velha Praça Municipal e da Sé, Chile e Ajuda. De uma coisa pode ter certeza: as resenhas, em sua maioria, eram fidedignas e os políticos levavam a serio. E fazendo essa saudosa lembrança é que passo também a resenhar chamando atenção dos políticos atuais, apesar de ter apenas 5.0. Ao tomar conhecimento das noticias sobre a entrega de presos à Justiça vinculada na imprensa, resenhas que no fundo não passam de um possível arcabouço de outra desarticulação na estrutura policial, do mesmo modo que aconteceu em 2001, quando o alvo a ser atingido era só a secretária Kátia Alves, e o episódio tornou-se incontrolável, resultando naquele terror. E é nesse sentido que venho alertar o governador Wagner. É evidente que qualquer cidadão entenda, principalmente o policial que por mais que o governo do Estado venha a partir de hoje construir presídios, seja ele de pequeno ou grande porte com a finalidade de atender à demanda prisional, em menos de quatro anos não será possível transferir metade dos presos das delegacias de polícia, por mais tecnologia e orçamento que dispensem ao problema estaria fadado ao insucesso. E mesmo com os policiais, prometendo devolver todos os presos, apenas seis mil detentos à Secretaria da Justiça. Sendo assim, o governo deverá solicitar à polícia militar para o translado - pra onde só Deus sabe -, com o objetivo de cumprir a decisão dos policiais. Pelo andar da carruagem, a população ficará mais ainda sob tensão por não saber como se prevenir dessa onda de violência. Mesmo reconhecendo que é uma queixa justa dos policiais civis em não exercer essa atividade, por não ser atribuição constitucional, diga-se de passagem, que não é de agora essa preocupação, pois há muito se vem reivindicando, inclusive a diretoria passada praticou diversas mobilizações, além de ingressar na justiça em 2006, assim como a entidade que representa a classe dos delegados, num ato de “Pilatos”, conseguiu judicialmente se eximir de responsabilidade nas dependências das delegacias, sem precisar retirar nenhum custodiado do xadrez. Com o objetivo de criar mais constrangimento à população e atender interesses estranhos a movimentos sindicais, ainda é possível o governador Jaques Wagner liquidar esse caso que poderá estar sendo utilizado e conduzido como pano de fundo, manipulado por “chefetes”, utilizando muitos de boa fé. Em primeiro momento, decretar através de um convênio entre as secretarias de segurança e justiça, disponibilizando um efetivo em caráter emergencial de agentes penitenciários para exercer suas atribuições nas delegacias e ficando responsáveis pela carceragem. De tal modo que os agentes policiais ficariam livres para exercer suas atribuições constitucionais, quando também passariam a vigiar, cumprindo a legislação e mantendo a garantia do patrimônio público (delegacia), como sempre foi. A partir dessa resolução, para se obter qualquer contato com os presos, os delegados e agentes terão que solicitar ordem judicial à Vara de Execuções Penais. A grande vantagem caso ocorra esse convênio é que não será mais permitida a prisão coercitiva, a não ser em flagrante ou por ordem da autoridade judicial. Seguindo esse diapasão e aproveitando o embalo das eleições 2010, sugiro ao governador - já que Nelson Pelegrino deixou o cargo de secretário da justiça para disputar cargo eletivo que busque concretizar a fusão das duas pastas - justiça e segurança -, acabando de uma vez por todas com a questão de competência, além de desonerar os cofres públicos. Agora, se o governo entende que tudo o que está acontecendo é simplesmente de origem sindical, em que não há interesses externos provocados, só me resta continuar no silêncio e ficar apenas como observador nada mais... Crispiniano Daltro é Policial civil e pósgraduado em Gestão Pública pela UNEB 11 Cadeia Pública vai reduzir número de presos em delegacias O sistema prisional baiano ganhou mais 752 vagas para abrigar presos provisórios com a inauguração da Cadeia Pública de Salvador, realizada dia 25/03, pelo governador Jaques Wagner e pelo, então, secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino. A unidade, construída no Complexo Penitenciário da Mata Escura, vai reduzir a superlotação nas delegacias de Salvador e da Região Metropolitana, onde existem cerca de 900 presos. A transferência dos presos para a nova unidade começará dentro de 15 dias. Serão transferidos, inicialmente, os presos que se encontram em delegacias onde a situação de superlotação é mais crítica. “Estamos ampliando as vagas prisionais dentro do que estabelece a lei, dando condições mais dignas aos presos para cumprir as penas”, destacou o governador do Estado Jaques Wagner, ressaltando que essas vagas foram construídas em aproximadamente oito meses. Quanto ao novo método de custódia dos presos provisórios na Cadeia Pública, que impossibilita o contato direto entre os presos e os agentes de segurança, Jaques Wagner, assegurou a preocupação do governo em se atualizar constantemente com equipamentos e formas de operação que tragam maior custo-benefício, não só para os que trabalham nas unidades, mas também para toda a sociedade. Também estavam presentes na inauguração, o secretário da Segurança Pública, César Nunes, o superintendente de Assuntos Penais da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Isidoro Orge, entre outras autoridades estaduais. Estrutura A Cadeia Pública, foi construída em sistema de monoblocos fabricados em concreto de alto desempenho, possui uma área total de sete uma reforma na unidade de Feira de Santana com mais 600 vagas”, afirmou Nelson Pellegrino. Foto: adenilson Nunes mil metros quadrados, com capacidade para alojar seis internos em cada cela e, é equipada com dois detectores de metais (portais) e uma esteira de raio-x. Nela, os agentes penitenciários trabalharão numa passarela por cima das celas, de onde acionarão a abertura e fechamento das portas, sem contato físico com os internos, o que aumentará a segurança dos servidores. A unidade é resultado de um investimento de 34 milhões de reais, com contrapartidas dos Governos Estadual e Federal. “Esse presídio de segurança máxima vai ser fundamental para a gente começar a equacionar o problema de presos em delegacias. A previsão é de que sejam transferidos mais de 90% da população carcerária de Salvador para a Cadeia Pública e, até o final do ano, nós poderemos ofertar mais de três mil novas vagas ao sistema prisional e já temos recursos previstos para isso. Na capital, estão em fase de terraplanagem, o Presídio de Jovens Adultos e a Feminina, com 750 vagas. No interior, nós estamos construindo duas unidades que representarão um incremento de mais 900 vagas (Eunápolis e Vitória da Conquista). Vamos licitar agora Barreiras com mais 400 vagas e fazer Políticas de Prevenção Para suprir a demanda de presos, além da construção de unidades prisionais e minipresídios, o Governo do Estado – através da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – também está investindo na prevenção ao crime e à violência, como é o caso do Plano Operativo Tripartite do Programa Federal Ações Integradas da Prevenção ao Uso de Drogas e Violência, lançado em fevereiro. O Governo também está incentivando à aplicação de penas e medidas alternativas, impossibilitando que pessoas que cometeram crimes de menor potencial ofensivo acabem somando-se à população carcerária do Estado. Segundo o secretário Nelson Pellegrino, a Bahia já conta com sete Núcleos de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas e, até abril, serão inauguradas mais três. “Foram quase quatro mil casos atendidos em três anos. Nós sabemos que é na ponta que temos que atuar, mas sabemos também que temos esse grande problema de presos em delegacias. O Governo da Bahia está enfrentando essa questão e essa unidade é uma contribuição para o equacionamento desse problema”, destacou. 12 PEC 300 e 41 ou Greve Geral. Com forte pressão de policiais durante todo o dia, com deputados reclamando de intimidação e com bloqueio de acesso ao prédio do Congresso, a Câmara aprovou na noite de terça-feira, 02/03, o texto principal da proposta de mudança na Constituição que fixa um piso nacional provisório para os policiais civis, militares e para integrantes do corpo de bombeiros, no valor de R$ 3.500 para soldados e de R$ 7.000 para oficiais. Os deputados ainda votarão itens do projeto, o que permitirá mudanças no texto aprovado. O placar registrou 393 votos favoráveis e duas abstenções. Após a conclusão da votação em dois turnos na Câmara, a proposta seguirá para o Senado. Cerca de 120 policiais militares acompanharam a sessão nas galerias da Câmara. Além do valor provisório, o projeto estabelece que uma nova lei federal fixará um piso definitivo, no prazo de seis meses. Junto com a nova lei, será criado um fundo a ser bancado pela União para complementar o pagamento dos salários, atualmente de responsabilidade dos Estados. Os deputados não souberam especificar o impacto que o piso provocará nos orçamentos, por causa das diferenças nas tabelas salariais. De acordo com assessores técnicos da Câmara, que acompanharam a tramitação da proposta, a remuneração média da Polícia Militar (PM) da Bahia, por exemplo, é de R$ 1.412,32, no caso do soldado, e R$ 5.856,84, se for coronel. militares fizeram uma manifestação ocupando as seis pistas da Esplanada dos Ministérios no sentido do Congresso impedindo a circulação de carros. À tarde, bloquearam a passagem na pista de acesso ao Congresso. Antes da reclamação de Delgado, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), havia registrado no plenário a intimidação que alguns deputados estavam sofrendo pelos policiais. Policiais militares fizeram uma manifestação ocupando a Esplanada dos Ministérios No caso de São Paulo, a média salarial é maior: R$ 2.015,40 para o primeiro soldado e de R$ 7.979,82, para coronel. Policiais têm reivindicado a equiparação salarial com os seus equivalentes do Distrito Federal, cuja remuneração é a mais alta. Lá, um primeiro soldado recebe R$ 4.129,73 e o coronel, R$ 15.355,85. Pressão A votação foi polêmica. Diversos deputados questionaram a constitucionalidade da proposta e a pressão dos policiais. “Não podemos votar sitiados. Desde às 3 horas (15 horas do dia 02/03) estão fechando a entrada principal, impedindo que os carros circulem. Não podemos ter esse constrangimento. Há uma barreira militar na porta”, protestou no plenário o deputado Paulo Delgado (PT-MG). Ainda no dia 02/03 pela manhã, policiais Negociação O governo e o PT tentaram evitar a votação, com a proposta de uma negociação no texto do projeto. Porém, prevaleceu o texto apresentado pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). O senador foi até a reunião de líderes da Câmara com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para entregar o texto que os deputados haviam aprovado. Os deputados José Eduardo Cardozo (PTSP) e Arnaldo Madeira (PSDB-SP) estavam entre os parlamentares que questionaram o projeto. Segundo eles, a proposta acabará sendo discutida no Supremo Tribunal Federal (STF) porque contém uma série de inconstitucionalidades. Eles citaram, como exemplo, a criação, sem a devida competência para isso, de despesas para a União. Além disso, afirmaram que o piso poderá superar o limite estadual dos gastos com pessoal, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 13 Últimas Notícias sobre as PECs 300 e 41 A Emenda Aglutinativa das PECs 300 e 41 foi aprovada em 1º turno da Câmara de Deputados. Ao todo serão seis votações: 1) Primeiro turno na Câmara de Deputados (já aprovada) 2) Votação dos destaques que visam anular o conteúdo do projeto principal 3) Votação do 2º turno da Câmara dos Deputados; 4) Votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado; 5) Votação do 1º turno do Senado; 6) Votação do 2º turno do Senado. O Presidente da Câmara, Michel Temer, suspendeu por 20 dias as votações de todas as PECs. Para o Deputado Capitão Tadeu, “agora a luta é anular os quatro ‘destaques’ (as emendas da emenda ou mecanismo pelo qual os parlamentares podem subtrair parte da proposição) que ameaçam simplesmente ‘destruir’ a PEC. Esses famigerados ‘destaques’, apresentados pelas bancadas do PT e PSDB, querem tirar da proposta os valores de R$ 3.500 e 7.000; a criação do fundo nacional; o tempo de 6 meses para aplicabilidade e deixa a cargo do Governo Federal dizer quando nossos salários vão aumentar. Além do mais, para que alcancemos, de fato, avanços à classe policial, esta aglutinativa precisa ser aprovada em 2º turno, também com mais de 308 votos na Câmara (sem nenhum destaque). E travar no Senado novas batalhas. Em síntese: vencemos uma importante batalha em prol da Segurança Pública brasileira, mas precisamos desse mesmo grau de mobilização para vencer a ‘guerra’, ressaltou. Junto com o Cap. Tadeu e o Observatório da Cidadania foram a Brasília a APPM (várias regionais), a Associação dos Praças do Oeste, o Sgt Joel e o Cb Tanure, entre outras lideranças. O que mostra que tão importante quanto a vigilância, a articulação com os parlamentares federais torna-se mais necessária. Observatório da Cidadania e Capitão Tadeu ESPAçO APPM - 4ª REGIONAL JEqUIé A APPM – Associação de Praças da Polícia Militar, 4ª Regional, com sede em Jequié foi fundada em 16/02/1998 com a missão de atender aos policiais militares associados oferecendo suporte necessário para o desempenho das suas funções, ao mesmo tempo buscando proporcionar lazer, e entretenimento aos seus associados. O ano de 2009 foi de vitórias, em especial a conquista do clube social, um sonho de todos os sócios, hoje realizado e a disposição de todos, o investimento foi alto, mais a recompensa veio no dia 20 de dezembro de 2009 com sua inauguração. O clube compreende uma área de 02 hectares de terra, bar, salão de eventos, jogos, campo de futebol, duas piscinas (adulto e infantil) guarita e estacionamento. Funcionando de terça a domingo e feriados. A nova sede situa-se a rua Damião Vieira, 157, centro – um amplo espaço com sala exclusiva para atendimento jurídico, que é realizado toda terça feira a partir das 14:00 hs, e para melhor atender aos sócios, disponibiliza diversos convênios em Jequié e região, como planos odontológicos, farmácia, vale gás, vale carne e material militar. Vale ressaltar o trabalho em assistência jurídica, auxiliando o sócio em ações contra o estado (diferença da Gap, retroativo do auxilio alimentação, férias não gozadas e outros) e ações pessoais, tanto na Comarca de Jequié e região quanto na comarca de salvador, tendo à frente os diretores: Gilson de Souza Santana - Diretor Executivo; Dilvan de Souza Santana – Diretor Jurídico; Agnaldo Almeida Pólvora – Diretor Social e Geraldo Santa Bárbara de Almeida – Diretor de Patrimônio. 14 Crescimento de uso do crack preocupa secretários Colegiado Nacional de Secretários O combate à utilização e ao comércio do crack foi um dos principais temas discutidos na XXXV Reunião do Colegiado Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), que aconteceu no dia 19 de março, no Hotel Catussaba. Vários questionamentos foram levantados com o objetivo de cercear a entrada de drogas no Brasil, em especial o crack, em decorrência do aumento do consumo desse tipo de tóxico e sua relação com o também crescente número de homicídios. De acordo com o presidente do Consesp, Gustavo Ferraz Gominho, a intensificação do combate nas fronteiras pode ser uma das ações com resposta em curto prazo. Já para o secretário da Segurança Pública, César Nunes, a prevenção e conscientização junto à sociedade sobre os problemas causados pelo uso da droga são o melhor caminho.”Temos que partir para a prevenção no caso específico do crack. Já constatamos que a repressão apenas não dá conta de resolver o problema”, explicou Nunes. Ao final da reunião, por sugestão do próprio Nunes e do secretário do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, foi constituída uma comissão para definir qual a estratégia a ser usada no combate ao tráfico e consumo do crack. A comissão será composta por representantes de cada secretaria da segurança pública, escolhido pelos seus titulares. Prevenção A criação de políticas públicas como meio de prevenção à utilização do crack foi outro debatido no evento. Declarações de familiares vítimas das mazelas trazidas pela droga e que são exibidas, diariamente, pelos meios de comunicação foram mostradas aos participantes. Os depoimentos fazem parte do programa “A Bahia na luta pela Paz”, idealizado pelo Governo do Estado. A iniciativa foi parabenizada pelo secretário Nacional da Segurança Pública, Ricardo Balestreri. “As peças estão excelentes por que mostram que as consequências da circulação do crack podem atingir a qualquer pessoa, independente se ela é usuária ou não”, afirmou. Fonte: Ascom/SSP-BA 15 Delegados discutem novos rumos das polícias civis A criação de um manual nacional de procedimentos de Polícia Judiciária e de uma carteira de identidade policial civil, foram algumas das propostas apresentadas no dia 19, durante a XXX Reunião Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), no Hotel Catussaba (Stella Mares), que aconteceu em paralelo ao XXXV Encontro do Colégio Nacional de Secretários Estaduais de Segurança Pública (Consesp) e à XXIX Reunião do Conselho Nacional de Segurança do Nordeste (Consene). O encontro foi aberto pelo delegado geral da Polícia Civil da Bahia, Joselito Bispo da Silva, que desejou boas vindas aos participantes, seguido da palestra do delegado chefe da Polícia Civil de Minas Gerais e também presidente do CONCPC, Marco Antônio Monteiro Castro. O mineiro destacou a implantação, na Polícia Civil daquele estado, do Inquérito Policial Eletrônico, através do sistema chamado PCNet. Segundo ele a nova ferramenta vai facilitar o preenchimento de formulários durante a fase de elaboração do inquérito. A criação de um novo distintivo para as polícias civis, observando-se as reservas quanto às logomarcas e brasões de seus respectivos estados, e a padronização dos documentos produzidos no inquérito policial, também foram discutidos durante o encontro. Outra proposta sugerida foi a inserção, no CONCPC, de colegiados de Corregedorias, Inteligência e Academias de Polícia. A implementação do planejamento estratégico do CONCPC, com o objetivo de garantir a execução dos propósitos norteadores das ações das polícias civis, também fez parte da pauta de discussão. Os participantes do encontro discutiram, ainda, a elaboração de um Projeto de Lei visando à institucionalização do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia. Na segunda parte do encontro, o delegado Joselito Bispo, um dos palestrantes, falou sobre as prerrogativas do delegado de polícia como elemento de fortalecimento da garantia da investigação criminal. Fonte: Ascom/SSP-BA Delegado Geral Joselito Bispo 16 Violência contra as Mulheres A violência contra as mulheres ainda se apresenta como um sério problema para a sociedade e para os governos, além de ser uma violação dos direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) define violência contra a mulher como “qualquer ato de violência baseado na diferença de gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher; inclusive ameaças de tais atos, coerção e privação da liberdade sejam na vida pública ou privada”. – Conselho Social e Econômico (1992). Existem muitas formas de violência contra a mulher, dentre elas a violência psicológica, a física e a sexual. E todas essas formas de violência podem ter sérias implicações para a saúde sexual e reprodutiva da mulher. Violência contra a mulher também pode ser institucional, ou seja, quando os serviços oferecidos por uma instituição e sistemas públicos são prestados em condições inadequadas resultando em danos físicos e psicológicos (por exemplo: longas esperas para receber tratamento, intimidação, mau trato verbal, ameaças e falta de medicamentos). A violência contra a mulher pode ter tanto efeitos de longo prazo, quanto de curto prazo. Algumas vezes o resultado pode inclusive ser fatal. Mulheres que vivem com parceiros violentos podem não ter escolha no uso de métodos anticoncepcionais. Além disso, a violência pode ainda contribuir com abortos espontâneos, e o aumento do risco de infecções por doenças sexualmente transmissíveis como, por exemplo, o HIV/ AIDS. No Brasil, a violência contra a mulher é crime e a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, proíbe a violência doméstica e familiar contra as mulheres. Uma das grandes conquistas dessa Lei foi reconhecer que quando essas violências contra a mulher acontecem no ambiente doméstico ou são cometidas por pessoas que têm ou tiveram intimidade com a vítima, tais como maridos, noivos ou namorados (atuais ou ex), é preciso um olhar e uma atuação específica da polícia, da justiça e de um conjunto de órgãos governamentais. Além disso, a Lei Federal 10.778/2003 estabelece a notificação compulsória, no território nacional, dos casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos ou privados. A notificação é um importante instrumento para o planejamento de políticas públicas para eliminar a violência contra a mulher, tendo como base as informações coletadas pelos serviços de saúde, tais como: onde a violência aconteceu, que tipo de violência ocorre com mais frequência, quem comete a violência, qual é o perfil da mulher que sofre a violência, etc. Mesmo com os instrumentos legais que proíbem a violência contra a mulher as estimativas da Anistia Internacional e da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que uma em cada três já foi vítima de violência, que é a maior causa de morte entre mulheres de 16 a 44 anos. No Brasil, apesar de avanços com a Lei Maria da Penha, 15 em cada cem mulheres vivem ou já viveram situações de violência doméstica. Os maridos ou companheiros são apontados como agressores por 87% das vítimas. De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), apesar das dificuldades encontradas na zona rural, o número de denúncias pela central de atendimento criada pelo governo vem crescendo continuamente. Em 2008, o número de mulheres que fizeram denúncias pelo número 180 chegou a 966. Em 2009, esse número aumentou e, hoje, as mulheres rurais representam 4% das denúncias. Em relação às mulheres residentes em áreas urbanas, a central telefônica 180 da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), em 2009, registrou 401.729 atendimentos, um aumento de 49% em relação ao ano anterior. A região Sudeste representa o maior número de denúncias e o campeão foi São Paulo, com 119.133 registros. Em segundo, ficou o Rio de Janeiro com 52.246 atendimentos, seguido de Minas Gerais, com 28.092 ligações. A luta pelos direitos da mulher avançou pouco, mas já produz resultados importantes contra a cultura machista, sexista e patriarcal, porém as políticas públicas ainda não se materializaram para muitas mulheres, adolescentes e crianças do sexo feminino. Desde as crianças excluídas da educação em razão do gênero até adolescentes que podem morrer em decorrência de problemas relacionados à gravidez e ao parto, ou que enfrentam violência e abuso sexual, a discriminação de gênero leva a violações de direitos que repercutirão em todo o ciclo de vida, por isso combater a violência contra a mulher é uma tarefa fundamental de governos e sociedade. Fonte: Prof. Paulo Willian 17 Descentralizado registro de queixas de assaltos a ônibus Três postos avançados de atendimento do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC) já estão em pleno funcionamento, para facilitar o registro de ocorrências referentes a assaltos a ônibus e, consequentemente, agilizar a captura de autores desse tipo de delito. A Prefeitura de Salvador, em parceria com o governo do Estado, instalou postos do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC) nas principais estações de ônibus da cidade. O objetivo foi prestar uma assistência melhor às vítimas de assaltos a ônibus, que não precisarão mais se deslocar para a Delegacia de Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal, único local onde anteriormente era registrado esse tipo de ocorrência. Além disso, a existência nas estações de um posto com policiais especializados nessa modalidade de crime contribuie para inibir a ação dos assaltantes e manter a ordem no local. Localizadas em áreas de maior incidência de assaltos, as estações da Lapa, Pirajá, Mussurunga e Iguatemi, os postos do GERRC funcionam como delegacias de pequeno porte, com delegado, escrivão e agente de polícia. Combate intensificado Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, as ações da Polícia Militar de combate a roubo a coletivos foram intensificadas, conforme lhe assegurou o comandante-geral da corporação, coronel Nilton Mascarenhas. Cada posto avançado do GERRC conta com quatro servidores da Polícia Civil – entre agentes, escrivães e auxiliares administrativos, além de computadores, rádios e viaturas, funcionando entre 10 e 22 horas. Outros dois postos avançados deverão ser implantados em Salvador, nos próximos meses. Os roubos em coletivos são uma típica modalidade criminosa característica das grandes cidades e incidem preferencialmente nos grandes corredores de tráfego e nos horários de pico, onde o transporte coletivo urbano é mais intenso. Nessas situações o roubo em coletivo costuma promover muitas consequências, pois, além da empresa permissionária, não raro, dezenas de pessoas são vítimas da ação dos marginais. Salvador possui uma frota de mais de 2,5 mil ônibus urbanos, além dos micro-ônibus e vans que, em 2006, sofreu uma média de quatro assaltos por dia. Em 2007, essa média variou para seis por dia e, em 2008, para quatro por dia. Até julho de 2009, uma média de 3,75 assaltos! 18 Capitão Samuel se afasta da Assomise O presidente da ASSOMISE - Associação dos Oficiais Militares de Sergipe. Capitão Samuel Alves Barreto da PM/ SE passou o cargo de presidente da associação para vice Adriano Reis, com a finalidade de dedicar todo o seu tempo aos movimentos dos policiais e bombeiros militares sergipanos concretizando a sua précandidatura a deputado estadual nas eleições de 2010. O afastamento se deu também da corporação, o capitão aproveitou férias atrasadas para ficar totalmente disponível para os interesses da categoria. Unificação ASPRASE e ASSPM A unificação entre a Associação de Praças e a Associação de Subtenentes e Sargentos está mais perto de se concretizar. Além do bom entendimento entre os presidentes das duas entidades (Sgt Prado, ASSPM, e Sgt Araújo, Asprase), as duas diretorias devem aprovar um Termo de Cooperação, através do qual as associações passarão a trabalhar com maior aproximação entre suas diretorias e seus associados. Apesar dos tramites burocráticos, a pretensão é de que a unificação da ASSPM com a ASPRASE possa ser definida no mais curto prazo possível. Delegados revoltados Definitivamente, as relações entre o governo do Estado e a força policial sergipana não são das melhores. Basta recordar o clima “azedo” que se estabeleceu entre os policiais militares e a administração estadual durante as negociações por reajustes salariais, quando até ameaça de aquartelamento foi colocada pelos representantes dos PMs. Agora, são os delegados de polícia que se dizem prejudicados e passando por um processo de desvalorização salarial porque o governador Marcelo Déda não está reconhecendo valor que a categoria merece. Os delegados argumentam que no início de 2007 figuravam em primeiro lugar nas regiões Norte e Nordeste, em termos salariais, e no quinto lugar no Brasil. Hoje, afirmam, estão em 16º no Brasil e o 6º no Norte/Nordeste. Afirmam que não estão sendo bem tratados pelo governo do Estado, mas ressalvam que até mesmo o secretário de Segurança está se esforçando para convencer ao governador sobre a necessidade da valorização do delegado da Polícia Civil. Outra reclamação: a falta de uma resposta do governo do Estado a respeito de um projeto encaminhado por eles no final do mês de janeiro. Para os delegados, ainda existe outra dificuldade: o prazo para que essa questão seja resolvida, conforme a lei eleitoral e de responsabilidade fiscal, é até o final desse mês. É preciso que as reivindicações dos delegados sejam atendidas ou que o governo estadual apresente uma contraproposta de melhoramento salarial. Fonte: Correio de Sergipe PMs cobram instauração da Comissão de Segurança da Assembléia Representantes da Caixa Beneficente da Polícia Militar de Sergipe estiveram nas galerias da Assembléia Legislativa no dia 15. O objetivo foi cobrar dos deputados, a implantação da Comissão de Segurança Pública, aprovada ano passado na Casa. Segundo o diretor da Caixa Beneficente, Edgard Pereira, a Comissão ainda não foi instaurada. “Desde o ano passado que a gente aguarda a divulgação dos nomes que comporão a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, mas até agora nada”, enfatiza. Ele disse ainda que até que os policiais comparecerão à Assembléia até que os deputados se posicionem. “Todas as segundasfeiras nós estaremos aqui para pressionar os parlamentares a colocar os trabalhos da Comissão em Prática. Precisamos discutir tudo o que for referencial à Segurança Pública, pois atualmente não temos com quem discutir e é aqui que as leis são aprovadas”, entende Edgard Pereira destacando que a categoria está aguardando o início das discussões em torno da carga horária dos policiais e a questão do nível superior. Policiais cobram componentes da Comissão de Segurança 19 Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil divulga números A produção cartorária das unidades policiais de Sergipe vem sendo divulgada mês a mês, através da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil, com o intuito de melhorar os serviços prestados pela Polícia Civil. Além dos inquéritos policiais, são divulgado também o número de boletins de ocorrência, autos de investigação de ato infracional e os termos de ocorrências circunstanciadas registrados, entre outras informações. De acordo com o superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista S. Júnior, os números servem para diagnosticar os problemas e construir um planejamento mais eficiente. “Foi fechado um ciclo de acompanhamento cartorário. Os números servirão para aperfeiçoar e melhorar os setores deficitários da Polícia Civil, bem como manter o ritmo das unidades que estão tendo um bom desempenho”, destacou Batista. A delegacia regional de Itabaiana foi o grande destaque no mês de janeiro, figurando pela primeira vez na primeira colocação no número de procedimentos enviados para a Justiça, entre as unidades do interior. Foram encaminhados 63 inquéritos policiais. A unidade policial do município de Laranjeiras remeteu 34 inquéritos, enquanto a delegacia de Lagarto enviou 28 procedimentos. “Houve uma reunião, onde decidimos uma meta mensal. Vamos procurar remeter pelo menos 40 procedimentos por mês”, salientou o delegado regional Marcelo Hercos. De acordo com o delegado Osvaldo Rezende, o bom trabalho passa pela determinação da superintendência. “É meta da superintendência uma intensificação dos trabalhos investigativos e cartorários, em especial, na cidade de Itabaiana, o que resultou num aumento do número de inquéritos encaminhados ao fórum com autoria definida. Todos os setores da Delegacia Regional têm buscado sempre aumentar este número”, destacou Resende. Já na Grande Aracaju, a 5ª Delegacia Metropolitana destacou-se entre as outras unidades com o envio de 28 inquéritos policiais ao Poder Judiciário. A 2ª DM vem logo atrás com 26 procedimentos encaminhados. Já a 12ª Delegacia Metropolitana remeteu 20 inquéritos. Entre as unidades especializadas, destacam-se a Delegacia da Mulher de Aracaju, com 29 procedimentos enviados, seguida do Departamento de Narcóticos (Denarc) com 18 procedimentos encaminhados e a Delegacia Especial de Delitos de Trânsito com 17 inquéritos remetidos. A delegada da Delegacia da Mulher de Aracaju, Renata Aboim, destacou o empenho dos servidores. “Eu e a delegada Érica Farias contamos com o empenho de todos que trabalham aqui na Delegacia, principalmente dos escrivães, que sempre emitem os inquéritos no prazo. Este é um dever que cumprimos, pois tratamos de casos de violência doméstica, logo necessita de agilidade, já que na maioria das vezes a vítima mora com seu próprio agressor ou se vêem frequentemente. “Temos em torno de 30 a 35 inquéritos mensais, nossa meta Belª Renata Aboim é a cada mês poder superar este número, afinal a vítima precisa de um retorno imediato”, finalizou Aboim. Fonte: Correio de Sergipe 20 Congresso da ONU debate superlotação nos presídios Só no Brasil existem 470 mil homens e mulheres em presídios designados para abrigar 299 mil pessoas, uma superpopulação de 57%; representante no Brasil e Cone Sul da Fundação Internacional Penal e Penitenciária diz que a superpopulação leva à corrupção no sistema carcerário. A superlotação nos presídios da América Latina foi um dos temas centrais da agenda do 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal que aconteceu em Salvador. O assunto foi debatido em painel sobre o tratamento dado a prisioneiros no sistema carcerário, que teve a participação do relator especial da ONU sobre Tortura, Manfred Nowak, e do presidente nomeado do Supremo Tribunal Federal brasileiro, STF, ministro Cezar Peluso. Corrupção Segundo a ONG Conectas, que tem status consultivo no Conselho de Direitos Humanos da ONU, só no Brasil existem 470 mil homens e mulheres em presídios designados para abrigar 299 mil pessoas, uma superpopulação de 57%. O representante no Brasil e Cone Sul da Fundação Internacional Penal e Penitenciária, Edmundo Oliveira, disse à Rádio ONU, de Salvador, que o excesso de presos nas celas está relacionado a outro problema: a corrupção dentro das penitenciárias. “Os presos na América Latina hoje usam celular das prisões. E porque isso acontece? Entra celular na prisão porque tem corrupção. Outro ponto fundamental é a falta de higiene. Não há sistema de saúde no sistema penitenciário”, afirmou. Chip Edmundo Oliveira propõe a criação de pequenas penitenciárias regionais nos municípios do interior brasileiro como solução para a superpopulação carcerária. Ele também defende a aplicação de penas alternativas, como o trabalho comunitário, como forma de aliviar o problema. Oliveira cita ainda a importância do monitoramento eletrônico e diz que um sistema de chip implementado no braço dos presos está sendo testado na Europa. Fonte: Rádio Onu Multa ou advertência? Não pague multa... Você sabia? No caso de multa por infração de trânsito, leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada. Código de trânsito Brasileiro “Art. 267 – Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.” Polêmico Projeto de lei prevê requalificação das barracas de praia O cerco aos barraqueiros da orla de Porto Seguro, acusados de fazer construções irregulares, aumenta a cada dia. E com a proposta de demolições de 16 barracas, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), em ações civis públicas, a situação levou preocupação às autoridades locais, que estão buscando uma solução para evitar as demolições e preservar empregos dos trabalhadores e o turismo, principal economia da cidade. Ano passado foram movidas ações contra 60 barracas, algumas se regularizaram. As que sofreram ação agora são as que resistiram ou demoraram em se regularizar. Muitas delas são acusadas pelo MPF de ocuparem privativamente estreita faixa de areia, delimitada entre o Oceano Atlântico e a BR-367, compreendendo área de patrimônio da União, de domínio público e de preservação permanente. Além disso, elas teriam sido construídas sem autorização e dentro do perímetro não edificável de 60 metros, contados a partir do terreno de marinha ou praia. A Prefeitura de Porto Seguro, também acionada na ação, bem como a União, argumenta que essa medida de 60 metros possa valer para os dias de hoje. Segundo a arquiteta e urbanista Mariana Poli, coordenadora do Projeto Orla e lotada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a medida é de uma lei antiga e estaria defasada. Para ela, deveria ser feita outra medida por especialistas, com base na realidade atual. O MPF pede à Justiça Federal que conceda liminar determinando que os proprietários das barracas de praia sejam obrigados a não realizar novas construções nos locais dos empreendimentos e a demolir todas as estruturas que ocupam área não edificável. O deputado Carlos Gaban defende a permanência barracas dizendo que elas são o principal segmento turístico de Porto Seguro e um diferencial em todo o Nordeste. Segundo ele, a derrubada das barracas pode gerar um grande prejuízo à economia da cidade. “É preciso mobilizar toda a sociedade: os lojistas, taxistas, mototaxistas, hoteleiros, Lions, Rotary, enfim, todos, porque é o futuro de Porto Seguro que está em jogo. Este assunto é muito mais abrangente do que vocês pensam”, salienta o deputado Gaban. tamanho máximo de 300 m² para as barracas A secretaria municipal de Meio Ambiente de Porto Seguro apresentou o Projeto Orla, que tem por objetivo requalificar as barracas de praia da orla do município, cuja legalidade é questionada pelo Ministério Público Federal, Iphan e Ibama. O Projeto Orla, apresentado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é de que o tamanho das barracas fique entre 200 m² e 300 m², o que desagrada alguns proprietários, como o advogado Humberto Nascimento, o Beto Axé Moi, dono do Axé Moi. “Teria de ser feito uma redução drástica na minha barraca”, reclama. O empresário Olacir Miola, presidente da Associação de Barracas de Praia Orla Norte e proprietário da Barraca do Gaúcho , instalada há 20 anos na praia de Taperapuan, oferecendo hoje 44 empregos diretos e mais de 1 mil indiretos, diz que não concorda com essa adequação que o Ministério Público quer imprimir de uma maneira radical. “Isso requer um estudo detalhado e várias negociações”, disse. Olacir disse também que essa decisão de reduzir o espaço físico da barracas vai afetar o turismo de uma maneira profunda, atingindo desde os taxistas aos Índios Pataxós, que vendem seu artesanato na praia. “Essas barracas que eles querem reduzir de tamanho já estão aí há mais de 25 anos proporcionando lazer para o turista e emprego e renda para a população”. O promotor do MPF Fernando Zelada assegura que a proposta da prefeitura não influirá no curso das ações. A discussão está só começando. Ainda vai passar pelos conselhos afins e chegar na Câmara Municipal, onde deverá se tornar uma grande polêmica. E ainda tem a posição do Ministério Público Federal que precisa avaliar a viabilidade da proposta da Prefeitura. Porto Seguro 21 22 Funcionalismo estadual continua firme na luta pelo pagamento da URV Os servidores públicos baianos continuam firmes na luta pelo pagamento da URV. As entidades representativas das categorias do funcionalismo estadual filiadas à FETRAB, bem como a Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia – AFEPB – não abrem mão do direito, já reconhecido para outros segmentos do serviço público (poderes judiciário e legislativo e do Ministério Público), referendado no processo movido pela AFPEB, o qual tem servido de parâmetro na luta dos servidores. A mobilização das entidades, a exemplo do SINDSAÚDE-BA, que obteve ganho de causa junto ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, em julgamento de recurso realizado no dia 17 de setembro, endossa a decisão de negociação política da URV junto ao governo do estado, defendida pelo Movimento pela Negociação da URV. Em reunião realizada no último dia 03/12, a coordenação da FETRAB declarou que aceita um sistema de negociação em parcelas, desde que a diferença seja repartida para o conjunto dos trabalhadores, ativos e aposentados. Segundo dados divulgados pelo próprio governo, através da SAEB, a diferença corrigida da URV, levando em consideração a ação mais antiga (da AFPEB) é de R$ 2 bilhões e R$ 244 milhões, com juros acumulados de R$ 780 milhões, para os servidores ativos, que perfazem um total de 270 mil trabalhadores. Para os aposentados, a diferença perfaz R$ 628 milhões, mais R$ 270 milhões de juros. No total, o montante chega a R$ 3,8 bi. Fonte: Fetrab e AFPEB Policiais baianos são elogiados Policiais que atuaram nas investigações que culminaram na prisão do crimoso Gessé Silva dos Santos e que mediaram os conflitos agrários envolvendo trabalhadores rurais sem terra, levando mais segurança a zona rural, foram alvos de elogios do Secretário de Segurança Pública César Nunes, mediante portarias publicadas no Diário Oficial do Estado. Por meio da PORTARIA Nº 762 de 20.11.2009. O SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA, no uso de suas atribuições legais, RESOLVE: ELOGIAR, os servidores policiais, responsáveis pelas investigações que culminaram na prisão de Gessé Silva dos Santos, autor de vários crimes de estupro e roubo nesta capital, ressaltando o comprometimento e a dedicação no desempenho das missões a eles confiadas, constituindo um exemplo digno a ser seguido por seus pares: Delegada de Polícia, CARMEN DOLORES BRITO VIEIRA BRITO BITTENCOURT FERNANDEZ; Investigadores de Polícia ANDRÉ LUIZ SÁ OLIVEIRA FRANCO; ADENILSON DA SILVA FONSECA; JORGE LUIZ DA SILVA BORGES e JORGE BISPO DE CRISTO. Registrem-se os presentes elogios para que constem de seus assentamentos funcionais e sirva de paradigma aos demais servidores. PORTARIA Nº 796 de 01.12.2009. - O SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA, no uso de suas atribuições l e g a i s , RESOLVE: ELOGIAR os servidores policiais, por proposta do Ouvidor Agrário Nacional – Ministério da Justiça, Desembargador Gercino José da Silva Filho, em agradecimento ao excelente trabalho na solução dos conflitos agrários envolvendo trabalhadores rurais sem terra no Estado da Bahia, que contribuiu para manutenção da paz na zona rural e diminuição da violência no campo nesta Unidade da Federação. Delegada de Polícia, GIOVANNA DE ANDRADE BOMFIM; Investigadores de Polícia, OSNI GRACINDO; SCHEBINA RAMATIS LIMA DE MARINHO DÓRIA LACERDA; UBALDO LIMA DA SILVA; Escrivão de Polícia NAILSON MAURICIO LOUREIRO. Registrem-se os presentes elogios para que constem de seus assentamentos funcionais e sirva de paradigma aos demais servidores. 23 Falta atenção à saúde mental de policiais Apenas 29,8% dos programas de saúde oferecidos a policiais e bombeiros buscam prevenir problemas psicológicos, afirma pesquisa Programas de saúde voltados para policiais e bombeiros dão pouca atenção ao estado psicológico dos profissionais. Pesquisa promovida pela SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) detectou que, apesar de os profissionais lidarem com tarefas de alto estresse, as unidades de Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros não previnem problemas. Apenas 29,8% oferecem prevenção em saúde mental, embora existam equipes de atendimento psicológico em de 82,5% das unidades. Os resultados as pesquisa serão usados na criação do Programa Nacional de Qualidade de Vida para as Instituições de Segurança Pública, que vai destinar R$ 13 milhões para os Estados. A atenção à saúde mental é menor que à saúde física. As equipes de atendimento psicológico são pequenas e os poucos funcionários não dão conta da demanda. Na média dos 19 Estados pesquisados, há 7,5 psicólogos por unidade, um quarto do número de médicos para atender o mesmo efetivo. Apenas 36,84% dos locais pesquisados possuíam espaço delimitado para clínicas psicológicas. “É um atendimento precário, faltam profissionais”, diz Tatiana Vasconcelos, coordenadora da pesquisa no Ministério da Justiça. Além disso, Tatiana destaca que os programas dificilmente buscam a prevenção de doenças psicológicas ou a melhoria da qualidade de vida, oferecendo apenas um tratamento posterior ao surgimento de problemas. Só 10,53% tinham núcleos bem estruturados numa área chamada de assistência biopsicossocial, que corresponde a uma integração de ações em diferentes áreas e é considerada pelos pesquisadores como o formato ideal. Outras carências A insuficiência de funcionários em todas as áreas de saúde foi a principal dificuldade apontada pelos responsáveis do atendimento de saúde em cada localidade. Em 80,7% dos casos, essa foi a maior reclamação. Além disso, ausência de espaço físico e de equipamentos foi apontada por 75,44%. Em nenhum dos Estados havia programas que concentrassem atividades em todas as áreas da saúde, segundo Tatiana. A Polícia Militar de São Paulo era a unidade de maior efetivo dentre as pesquisadas e a que tinha maior número de ações regularizadas. A Polícia Civil de Roraima, no momento da pesquisa, não apresentava nenhuma atividade na área de saúde. A ausência de programas em prol do lazer e da prática de atividade física também foi detectada pelos pesquisadores. Em apenas 19,3% das unidades, havia iniciativas do tipo. O Ministério da Justiça, diz Tatiana, pretende usar as informações reunidas para orientar o trabalho dos Estados e direcionar os investimentos na área. DAYANNE SOUSA da PrimaPagina 24