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Rua Raul Mesnier du Ponsard 7-D, 1750-148 Lisboa
tel. 214 089 033 - [email protected]
www.gbu.pt - facebook.com/gbuportugal
A NOSSA MISSÃO
O Grupo Bíblico Universitário (GBU) é uma associação cristã
que tem como objetivo viver, refletir e comunicar a mensagem
de Jesus Cristo nas Universidades em Portugal.
O QUE FAZEMOS
Estamos presentes em várias cidades universitárias através
dos Grupos Locais, os quais são geridos por estudantes. Cada
Grupo organiza atividades de acordo com as suas necessidades e interesses, contudo, os momentos de conversa, oração e
estudo da Bíblia são centrais.
Ao longo do ano letivo, preparamos também alguns eventos
nacionais dedicados à formação e convívio entre estudantes e
restantes membros do GBU (ver agenda em www.gbu.pt).
O GBU é ainda membro de uma rede internacional chamada
International Fellowship of Evangelical Students (IFES) e da
Aliança Evangélica Portuguesa. O trabalho em parceria com as
igrejas locais é um dos princípios base do GBU.
A Palavra em Ação
© Grupo Bíblico Universitário de Portugal, 1986.
Esta publicação pode ser impressa e fotocopiada. A utilização
de excertos do texto deve ser devidamente referenciada.
Capa & Paginação: Timóteo Marreiros
Foto: iStock/Steve Debenport
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 5
1. ESTUDAR A BÍBLIA - PORQUÊ? 7
2. MINI-GRUPOS - PORQUÊ? 11
3. SER LÍDER 15
4. PLANEAR UMA SÉRIE 17
5. PREPARAÇÃO PARA O ESTUDO BÍBLICO EM GRUPO 21
6. NA REUNIÃO 33
7. TRATAR DE PROBLEMAS 35
8. COMO CORRERAM AS COISAS? 37
9. ALGUMAS ABORDAGENS DIFERENTES 39
10. VIRADOS PARA FORA 43
11. PASSAGENS SUGERIDAS PARA ESTUDO 47
12. MATERIAL AUXILIAR 53
INTRODUÇÃO
Alguns líderes de estudos bíblicos destacam-se na nossa memória. Não foi tanto
o seu conhecimento das Escrituras que nos impressionou, mas especialmente o
seu desejo de serem orientados por Deus. Tinham o propósito de ver a Palavra de
Deus viva a controlar e a mudar as suas vidas - e as nossas também! Como líder
de um mini-grupo, terás a alegria de ver isto acontecer no teu grupo à medida que
os membros desenvolverem um a sólida apreensão do poder e da autoridade da
Bíblia nas suas vidas.
Mas também haverá momentos em que sentirás a pressão da liderança. A vida
exige muito de nós, e particularmente os líderes estão na linha de fogo do diabo.
Talvez possas pedir a um cristão mais velho, possivelmente da tua igreja local, que
ore por ti. Uma conversa/carta ocasional ou um telefonema será uma ajuda para o
manter informado e sempre atualizado.
É claro que há uma série de atividades de valor para te manter ocupado, mas não
deixes que elas te desviem do teu estudo pessoal da Bíblia e da oração. Paulo, não
desconhecedor das distrações de uma vida ocupada, insistiu na importância dos
líderes guardarem cuidadosamente as suas vidas espirituais.
Como líder de um mini-grupo de estudo bíblico, és uma das pessoas com mais
influência no teu grupo local: dás um exemplo (bom ou mau!) na maneira de manejar a Palavra de Deus. Compartilha o teu amor e respeito pelas Escrituras com
outros do teu grupo e toma a iniciativa de ser aberto e natural ao trazer a verdade
e a perspetiva bíblica para as vossas conversas uns com os outros.
Que o Senhor te possa abençoar em todos os teus esforços em Seu nome durante
o teu tempo de liderança, e que possa ser um tempo de crescimento espiritual
significativo tanto para ti como para aqueles que orientas!
Bem-vindo à leitura d’A Palavra em Ação. Se és um líder de um mini-grupo de
estudo bíblico – ou um membro com a responsabilidade de liderar de tempos a
tempos - então este livro é para ti.
Liderar um mini-grupo de estudo bíblico é uma tarefa interessante e exigente que
envolve trabalho árduo. Não penses que depois de ler este livro vais surgir como
um líder perfeito.
É uma arte que é aprendida pela prática mais que ensinada pela teoria. Em qualquer caso, A Palavra em Ação contém mais material do que pode ser absorvido
duma assentada. Pode ser bom lê-lo uma vez por semestre e de vez em quando
discutir com os outros algumas das ideias.
A PALAVRA EM ACÇÃO
1 ESTUDAR A BÍBLIA - PORQUÊ?
ABORDAR A BÍBLIA
“O estudo bíblico despedaçou a minha vida e refê-la.
É o mesmo que dizer que Deus o fez através da Sua
Palavra. Nos períodos mais negros da minha vida,
quando tudo parecia sem esperança, eu lutava nas
madrugadas cinzentas de muitos países longínquos
para agarrar as verdades básicas das passagens das
Escrituras. Não há expressões suficientemente majestosas que possam falar da glória que vi, ou da
maravilha de reconhecer que eu, um homem neurótico,
instável, já de meia idade, tenho os meus pés plantados
firmemente na eternidade e respiro o ar do céu.
E tudo isto veio até mim através de um cuidadoso
estudo da Bíblia.”
John White, in: “A Luta” (IVP), pp.54-55.
Uma das mais gloriosas verdades da fé cristã, é a de que Deus não se mantém
silenciosamente fechado no céu, mas fala e comunica connosco. Ouvi-lo é um
dos grandes privilégios dos cristãos. É também uma das nossas necessidades
mais profundas. Num mundo inundado de opiniões contraditórias de mulheres
e homens caídos, precisamos da revelação da verdade de Deus falada, a Sua
Palavra, que dá vida e tem autoridade (Isaías 55:8-11). E Deus dá o que precisamos; porque Ele nos ama, Ele falou connosco e continua a fazê-lo.
A Palavra de Deus é como:
»» LUZ - para revelar o carácter de Deus
(I Samuel 3:21) focado em Jesus Cristo
(II Coríntios 4:1-6)
»» ÓCULOS - para tornar clara a Sua maneira de ver
as coisas (Salmo 119:130)
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A PALAVRA EM ACÇÃO
»» MARCO - para nos mostrar para onde vamos e para onde devíamos ir (Salmo
119:105)
»» ESPADA - para demonstrar o que Deus vê em nós (Hebreus 4:12-13) e para
nos equipar para uma guerra espiritual (Efésios 6:17)
»» ESPELHO - para nos podermos ver tal como somos (Tiago 1:22-25)
»» TESOURO - para guardar e estimar (Salmo 19:10)
»» FOICE - para cortar e limpar do pecado (João 15:1-3)
»» SEMENTE - para espalhar e trazer vida nova (Lucas 8:15) e para se reproduzir para sempre (Isaías 40:8; I Pedro 1:23-25)
»» ALIMENTO - para nos fortalecer, nos curar e nos dar vida (Salmo 19:7;
Mateus 4:4; João 6:63)
»» REMÉDIO - para nos curar e nos proteger da doença do pecado (Salmo
107:20; Salmo 119:11)
»» CARNE - para nos fazer crescer e amadurecer como cristãos (Hebreus 5:1214; I pedro 2:2) tornando-a parte de nós mesmos (Colossenses 3:16)
A PALAVRA EM ACÇÃO
COMO É QUE DEUS FALA?
Deus revelou-Se-nos na Bíblia e fala-nos através dela. É o Seu livro. Ele trabalhou através dos cerca de 45 escritores dos livros do Velho
e Novo Testamento, usando as suas palavras e personalidades para nos dar os
escritos completos “inspirados por Deus” (II Timóteo 3:16).
“Deus escolheu a linguagem humana como veículo para
a Sua auto-revelação. Falando aos homens através
dos homens usou a linguagem dos homens. Como resultado,
ainda que a Bíblia seja diferente de todos os
outros livros ao ser a Palavra de Deus, é semelhante
a eles ao ser palavras de homens. Uma vez que é
única pois é divina, devemos estudá-Ia como a nenhum
outro livro, orando para que o Espírito Santo a ilumine.
Uma vez que é normal porque humana, devemos estudá-Ia
como qualquer outro livro, dando atenção às regras
comuns do vocabulário, gramática e sintaxe.”
John R.W. Stott, “Compreendendo a Bíblia”, p.2l9.
Mas como é que Deus nos fala? De muitas formas -por exemplo através de sermões e livros que nos ajudam pela “pré-digestão” da
Sua Palavra. Estes têm grande importância, mas não há nada que possa substituir
um estudo feito por nós próprios. Os cristãos devem aprender a procurar, preparar
e mastigar a carne da Palavra de Deus, mais do que contar apenas
em ser alimentado às colheradas (Hebreus 5:12-14).
Estás a fazer uma dieta equilibrada?
À medida que estudamos o que Deus quis que se escrevesse, o Espírito Santo
ajuda-nos a compreender e a aplicar isso às nossas vidas (João 14:26). Portanto,
nós estudamos na Sua dependência, em oração, procurando nova perspetiva e
direção.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Mas isto não significa que devemos pôr de parte as nossas mentes enquanto
estudamos a Bíblia. Paulo escreveu aos Romanos que cada um deveria ter opinião
bem definida em sua própria mente (Rom. 14:5), e a Timóteo foi dito: “Considera
o que digo” (II Tim. 2:7). À medida que estudamos o texto com corações reconfortados e mentes informadas, Deus fala connosco, ensina-nos, admoesta-nos,
corrige-nos e treina-nos em justiça (II Tim. 3:16).
Deus revela-Se-nos pessoalmente quando estudamos a Sua Palavra. Mas indiretamente também nos ensina, através de outros cristãos. Os Colossenses foram
exortados a que “a palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a
sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros”
(Colossenses 3:16).
A PALAVRA EM ACÇÃO
2 MINI-GRUPOS - PORQUÊ?
MINI-GRUPOS NA BÍBLIA
O mini-grupo é um importante componente na história bíblica. Deus escolheu
demonstrar o Seu desejo pela justiça através da família de Noé (Génesis 7:1) e
continuou a revelar o Seu plano de aliança através destas mesmas pessoas e seus
descendentes (Génesis 9:8-9). Vemos também Deus a usar pequenos grupos a
nível pastoral e de ensino: depois da libertação de Israel do Egito, Moisés dividiu
a nação em milhares, centenas, meias-centenas e dezenas. Ele escolheu homens
justos encarregados destes grupos para ensinar ao povo as leis de Deus e lhe
mostrar a maneira de como deviam viver (Êxodo 18:18-26).
Observando o Novo Testamento, vemos que o número de crentes na igreja primitiva depressa se tornou muito grande para o ministério ser eficaz só através de
reuniões de todo o grupo. Foram então divididos em grupos mais pequenos, que
se reuniam nas casas. Não substituíam, mas completavam as reuniões do grupo
maior.
Estes grupos tinham 4 características, que são expressas em Atos 2:42-47:
1. Um estudo diligente das Escrituras,como ensinado pelos apóstolos, providenciava sustento espiritual à medida que acreditavam e juntos obedeciam.
2. A sua resposta à atividade de Deus entre eles conduziu-os a uma adoração
reverente, exuberante e sincera.
3. A comunidade de crentes experimentava comunhão na medida em que expressava as suas necessidades e as via satisfeitas pelos outros cristãos.
4. Em cumprimento da comissão de cristo, proclamavam-no como Salvador,
Senhor e Deus aos que não faziam parte da comunidade, quer no lugar onde
viviam quer, eventualmente, por todo o mundo.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
De que modo isto se aplica a nós, agora, fazendo parte do GBU?
MINI-GRUPOS E O GBU
Os alvos do GBU podem ser expressos pelas seguintes afirmações:
1. Apresentar as reivindicações de Jesus Cristo aos membros da faculdade ou da
Universidade.
2. Criar unidade entre estudantes cristãos, e através de oração e estudo bíblico
aprofundar as suas vidas espirituais.
3. Promover participação no trabalho de Deus em todo o mundo - tanto na igreja
local como ao nível mundial.
4. Erguer bem alto as verdades do Cristianismo.
Como os grupos locais podem ser grandes e parecer impessoais, pequenos grupos com cerca de 5 a 8 membros oferecem uma boa oportunidade para o cumprimento destes alvos dentro do grupo grande. Eles não o substituem, mas deviam
complementar o programa de ensino e evangelismo de todo o GBU.
Vejamos agora com mais pormenor o propósito de estudar a Bíblia reunidos em
mini-grupos. Dá-nos a possibilidade:
a) De nos encorajarmos uns aos outros, concretizando as implicações práticas do
que estudamos (Colossenses 3:16; Hebreus 10:24-25),
b) De nos afastarmos de erros e desequilíbrios e de os corrigir,
c) De refletir e elaborar em conjunto respostas a questões difíceis, compartilhando
pontos de vista e observações,
d) De nos ajudarmos uns aos outros no nosso estudo bíblico pessoal, usando um
esquema útil, especialmente para crentes novos.
A PALAVRA EM ACÇÃO
O estudo bíblico em grupo não devia ser uma palestra, com o líder tomando o
lugar de um pregador, mas um tempo para o grupo descobrir a verdade através de
reflexão sobre o texto e compartilhar ideias para benefício de todos.
Um bom estudo bíblico estimula o estudo real do texto, e não é simplesmente
uma discussão vaga, troca de opiniões ou tempo para compartilhar “pensamentos
abençoados”.
Boas relações dentro do grupo são essenciais se se quer que os membros compartilhem de forma honesta e trabalhem num bom clima. Inicialmente, quando nos
estamos a conhecer uns aos outros, as relações serão superficiais, e o compartilhar terá lugar apenas a um nível superficial. Isto é de esperar.
Mas, gradualmente, à medida que a confiança aumenta, as barreiras começarão a
desaparecer e daí resultará uma maior abertura. Haverá uma certa predisposição
para se ouvirem, e a dedicação no grupo crescerá. Isto tornar-se-á evidente, por
exemplo, no tipo de preparação que os membros do grupo concordarem em fazer
e na honestidade com que fizerem cada novo estudo. Acima de tudo devia resultar em aplicação prática, detalhada, da Bíblia aos problemas e necessidades dos
membros do grupo. Com mais confiança somos capazes de nos expor à espada
condenatória e ao poder criativo da Palavra de Deus.
Mas isto não sucederá se se permitir que relações cortadas ou imaturas persistam. Em Colossenses 3:12-17 vemos como nos devemos relacionar uns com os
outros.
O nosso contacto com Deus através da Sua Palavra e uns com os outros, à medida que juntos estudamos, é uma atividade dinâmica, sempre dependente em
absoluto do poder do Espírito Santo. O nosso estudo bíblico deve, portanto, estar
baseado na oração com expectativa da bênção de Deus. Lembrem a promessa do
Senhor Jesus: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu
no meio deles.” (Mateus 18:20).
Mas há mais...
À medida que crescemos no nosso conhecimento de Deus, concentrando-nos no
Seu carácter, na Sua atividade e Palavra, a nossa reação é adorar com corações
gratos, oferecendo as nossas vidas para Sua possessão e serviço (Romanos 12:1).
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A PALAVRA EM ACÇÃO
As nossas reuniões deviam dar-nos oportunidade para o expressar em louvor, talvez através de um hino ou cântico apropriado, e oração.
Quando partilhamos os nossos pensamentos no estudo e adoração em conjunto,
a nossa comunhão aprofunda-se. Poderemos reconhecer as nossas imperfeições
e orar uns pelos outros - talvez dois a dois - na medida em que procuramos aplicar
às nossas vidas as verdades que aprendemos. Quereremos apoiar-nos uns aos
outros de formas práticas e passar tempo juntos socialmente assim como nas
reuniões do grupo. Unir-nos-emos de uma maneira especial na obediência à comissão de Cristo expressa na quarta área da vida do grupo: missão...
Pois o nosso estudo bíblico devia dar-nos uma crescente visão e motivação para
partilharmos o evangelho com amigos e colegas. Mas não acaba aí. O nosso Deus
é o Senhor de toda a terra e chama-nos ao envolvimento na Sua obra em todo o
mundo. Isto significa estar comprometido a servir a Deus onde quer que Ele nos
envie no futuro. Entretanto, enquanto estudantes, podemos desenvolver o nosso
interesse em certas partes do Seu mundo e dar apoio em oração e financeiro a
pessoas específicas que conheçamos como grupo.
Um grupo eficaz não cai do céu; requer muito trabalho tanto por parte do líder
como dos membros. Não pode ser fabricado, mas tem de ser cultivado. Esse tipo
de cultivo envolve as inevitáveis dores de crescimento. O capítulo 7 aborda alguns
destes aspetos.
A PALAVRA EM ACÇÃO
3 SER LÍDER
ACERCA DA LIDERANÇA DE GRUPOS
Liderar um estudo bíblico em grupo tem mais que se lhe diga do que prepará-lo
numa hora e ir depois para a reunião. Que mais está envolvido?
Não precisas de ser perfeito, mas deverás pelo menos seguir na direção certa e
estar disposto a aprender. Estás a crescer nas seguintes áreas de relacionamento?
- Com o Senhor - tempo diário passado com Deus num estudo pessoal da Bíblia
e oração,
-Com o GBU - comprometido com os seus alvos e dando consistente apoio às
suas atividades e dirigentes; compartilhando as suas bases de fé;
-Com a igreja local -- também fazes parte dela!
-Com os teus estudos académicos;
-Com os membros do GBU - empenhado no seu crescimento como cristãos e
desejando ser seu servo por amor de Cristo, apesar do que isso te acarrete;
-Contigo mesmo - mantendo-te física e emocionalmente são, alimentando-te, dormindo e fazendo exercício regularmente; tendo tempo para descanso e distração.
Podes pensar que és incapaz de corresponder ao que é exigido para liderar, mesmo que seja um pequeno grupo. Não há mal nenhum nisso. É apenas quando reconhecemos a nossa fraqueza que Deus pode trabalhar em nós com poder. Paulo,
confessando-se “principal dos pecadores” (I Timóteo 1:15), era contudo capaz de
afirmar: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Filipenses 4:13).
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A PALAVRA EM ACÇÃO
O LÍDER DO MINI-GRUPO DE ESTUDO BÍBLICO
A tarefa tem dois aspetos:
a) ESTIMULAR Um bom líder estimula no grupo um sentimento de profunda expectativa de que Deus usará a Sua Palavra e lhes falará, quer individualmente quer
como grupo. Isto conduz o grupo a uma dependência ativa de Deus no seu estudo,
e isto é vital.
b) CATALIZAR O líder terá como alvo fazer com que os outros extraiam os pontos
mais importantes da passagem através de perguntas e comentários cuidadosamente trabalhados. Os líderes hábeis raramente falam, e dirigem o grupo quase
sem se fazerem notar. t um dom diferente de pregar, e algumas vezes aqueles de
quem menos se esperaria revelam-se bem aptos a liderar.
O líder não é uma figura autoritária. Ele ou ela não está presente para dar as
respostas. Não tem o papel de treinador de equipa, mas mais propriamente o
trabalho de um capitão de equipa que tem que tomar algumas decisões para que
o jogo continue sem dificuldades enquanto ele também joga.
Muitos grupos têm um líder que delega então cada semana a tarefa de liderar a
outros membros do grupo. Não precisa de ser numa base rotativa. Àqueles que
lideram bem e gostam desta tarefa, pode-se-lhes fazer o pedido mais frequentemente. Alguns, que nunca serão muito bons a liderar, gostam de ter uma oportunidade ocasionalmente, o que é uma boa experiência para eles. Os recém-chegados
precisam primeiro de sentir o espírito do grupo e frequentemente gostam de ajuda
na preparação quando vão liderar pela primeira vez. De maneira geral é uma capacidade que se ganha pela experiência.
A PALAVRA EM ACÇÃO
4. PLANEAR UMA SÉRIE
OBTER UMA DIETA EQUILIBRADA
“Toda a Escritura,” escreveu Paulo a Timóteo, “é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de
Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa
obra.” (11 Tim. 3:16-17).
Como decidir o que se há de estudar?
Pensa e ora sobre o que irá ao encontro das necessidades práticas do grupo,
não esquecendo que o objetivo de um estudo bíblico não é simplesmente o de
obter mais informação religiosa, mas alimentar-se da Palavra de Deus para que
possamos escutá-lo e obedecer-lhe. Podes querer que os vossos estudos bíblicos
se encaixem no programa principal do GBU.
a) Nem todas as passagens são adequadas para estudo em grupo, tais como
partes de Levítico e Provérbios.
b) O que é que os membros do grupo precisam?
São, nomeadamente:
»» Novos crentes que precisam de aprender como se lê a Bíblia?
»» Caloiros, não habituados ao estudo bíblico em grupo?
»» Estudantes inseguros da sua fé em Cristo?
»» Finalistas, confusos acerca do futuro e precisando de ajuda?
»» Cristãos mais experientes querendo partilhar mais efetivamente a sua fé
com os seus amigos?
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A PALAVRA EM ACÇÃO
c) Pergunta ao grupo o que gostariam de estudar.
d) Em que parte estão do ano académico? Haverá possibilidade de novos elementos no grupo? Os exames irão interromper a série de estudos? Poderão usar
oportunidades, tais como o Natal ou a Páscoa para convidar alguns amigos não-crentes para um estudo evangelístico?
e) Não usem apenas as vossas passagens favoritas, mas sejam aventureiros e
alarguem os vossos horizontes. Aproveitem a oportunidade de conhecer livros da
Bíblia para que nunca tenham olhado antes.
f) A variedade no estudo é importante. Tentem não ocupar muito tempo com um
livro ou tópico.
A seguinte amostra de programa abarca um ano de estudos. Não precisas necessariamente de o copiar, mas pensa quais os temas mais apropriados para o teu
grupo.
1º período: CONHECENDO A DEUS
a) 3 a 4 Semanas de metáforas descrevendo a nossa relação com Deus:
... Como um filho conhece o pai (Lucas 15:11-32)
... Como uma ovelha conhece o pastor (João l0:l - l0;Luc 15:3 -7)
... Como um homem conhece um amigo (João 15:1-17)
... Como a noiva conhece o noivo (Efésios 5:21-33)
b) 1 a 2 Semanas sobre: “Que Natal” - um estudo bíblico evangelístico. (Vê o
capítulo 10.)
c) 4 a 5 Semanas de estudos em II Timóteo:
Conhecendo a Deus implica compartilhar o seu compromisso com o evangelho.
Tentem um capítulo por semana, dividindo o capítulo 2 em duas partes, até ao
versículo 14, se tiverem 5 semanas.
A PALAVRA EM ACÇÃO
2º período: O ENSINO BÍBLICO SOBRE A FÉ
a) 4 Semanas em Habacuque, uma figura do Velho Testamento:
»» 1:1-11 O seu grito de desespero e a resposta de Deus.
»» 1:12-2:4 Porque é que Deus usa os pagãos. A resposta de Deus.
»» 2:5-20 Profecias sobre o fim dos inimigos de Deus.
»» 3:1-19 Oração de Habacuque.
b) 3 a 4 Semanas sobre a fê em ação no Novo Testamento:
»» Atos 2:14-41 A igreja prega, principalmente a judeus.
»» 10:34-48 A igreja integra crentes não-judeus.
»» 17:16-34 Paulo prega a filósofos pagãos.
c) 1 a 2 Semanas sobre Fé pascal
Usa Lucas 23:26 -24:12, faz uma divisão no versículo 49 se tiverem 2 semanas.
Estes estudos podem ser estudos bíblicos evangelísticos (vê o capítulo 10).
3º período: ENCORAJAMENTO E ALEGRIA
a) 6 a 7 Semanas sobre o encorajamento de Paulo aos cristãos em Filipo:
»» Filipenses 1:1 -11
1:12 - 26
1:27 - 2:11
10 2:12 - 30
3:1 -11
3:12 - 4:1
4:1 - 23
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A PALAVRA EM ACÇÃO
b) 1 a 2 Semanas sobre louvor a Deus.
»» Salmo 55: Deus é maior que os nossos medos.
Salmo 66: Louvor pelo que Deus tem feito.
Durante o seu tempo como estudantes, os membros do GBU deveriam estudar
uma variedade de livros e temas do Velho e Novo Testamento, para poderem obter
uma boa perspetiva da Bíblia e do seu ensino.
A PALAVRA EM ACÇÃO
5 PREPARAÇÃO PARA O ESTUDO BÍBLICO EM
GRUPO
ANTES DE COMEÇAR
Para sermos eficazes no trabalho de Deus, devemos ser interiormente limpos e
abertos à Sua direção, reconhecendo a nossa dependência d’Ele para orientação
e poder. Enquanto te preparas, ora por ti e por todos aqueles que vais liderar (por
cada um individualmente, se possível), pedindo a Deus o dom espiritual de sabedoria e revelação, para que O possas conhecer melhor (Efésios 1:17). Sabedoria
significa a atitude certa de humildade e obediência perante Deus; revelação aponta para a ação misericordiosa do Espírito Santo em revelar a verdade às nossas
mentes e em a tornar parte das nossas vidas.
A preparação ocupa tempo, portanto põe de lado pelo menos 2 horas consecutivas alguns dias antes do estudo.
Não deixes tudo para a última! Procura ter ideias concretas sobre o que estás a
fazer enquanto te preparas.
Para cada passagem das Escrituras podemos ter em mente 3 perguntas:
Ponto 1
Observar na Sua Palavra o que Deus disse no passado.
Pergunta 1
O que diz a passagem realmente?
Pergunta de OBSERVAÇÃO
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Ponto 2
Interpretar qual o significado da Palavra de Deus para os seus primeiros leitores.
Pergunta 2
Qual o significado da passagem no seu contexto?
Pergunta de INTERPRETAÇÃO
Ponto 3
Obedecer ao que nos é ensinado na Palavra de Deus, na nossa situação diária.
Pergunta 3
O que é que isso significa para mim ou para nós aqui e agora?
Pergunta de APLICAÇÃO
ESTUDANDO O TEXTO
Lê toda a passagem várias vezes, usando, preferivelmente, mais do que uma
versão da Bíblia. Ocupa-te uns dias com a passagem e deixa que ela te ensope
completamente. Começa a absorver e a entusiasmar-te com a sua mensagem.
Não há nada como o entusiasmo para encorajar o grupo. Considera então as seguintes questões:
De que tipo de literatura se trata?
Ainda que como livro demonstre uma considerável unidade, a Bíblia é também
uma biblioteca, contendo uma variedade de tipos de literatura:
A PALAVRA EM ACÇÃO
narrativa histórica
p.ex. Génesis, Neemias
lei
Levítico, Deuteronómio
poesia
Salmos, Cantares de Salomão
literatura de sabedoria
Provérbios, Eclesiastes
profecia
Isaías, Amós
parábolas
nos Evangelhos
cartas
epístolas de Paulo
apocalíptico
Daniel, Apocalipse
evangelhos
A maneira como tratamos uma passagem dependerá da sua forma literária. Por
exemplo, a poesia hebraica usa frequentemente o paralelismo, repetindo os mesmos pensamentos, mas usando palavras diferentes. Considerando Jó 27:4, seria
incorreto querer atribuir um sentido especial a “os meus lábios não falarão” a
“nem a minha língua pronunciará”.
Qual o contexto da passagem?
Para compreender o verdadeiro significado da passagem, devemos estudá-la à luz
do seu contexto original. Isto é geralmente óbvio, mas algumas leituras de fundo
podem ser necessárias. Um dicionário bíblico ou um manual darão informação
acerca do autor, dos seus leitores e da situação que descreve ou a que se refere.
Há fatores históricos, culturais e geográficos a ter em mente? O que vem antes e
depois da passagem, e como é que se encaixa no livro como um todo?
Outras partes da Bíblia podem ajudar a dar o pano de fundo. Por exemplo, alguns dos Salmos compreendem-se mais facilmente contra o pano de fundo das
narrativas históricas da vida de David. E o livro de Atos dá também informação
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A PALAVRA EM ACÇÃO
importante a respeito de muitas das igrejas às quais Paulo escreveu.
O que diz a passagem?
Abaixo há algumas questões para te ajudar na abordagem do texto. Não são de
modo algum exaustivas, e sem dúvida que poderás pensar noutras.
»» Pode-se dividir a passagem em algumas partes?
»» Há uma orientação de pensamento progressiva para um clímax da ação ou
ensino?
»» Há algumas palavras, frases ou ideias repetidas, realçando o seu valor?
»» Há exemplos de reais ou potenciais relações de causa -efeito?
Numa passagem narrativa:
QUAL o resultado ação das personagens?
ONDE se passa a cena? A sua localização tem algum de significativo?Um atlas
bíblico pode ajudar.
QUANDO aconteceu? Que tem a ocasião de significativo?
Qual a AÇÃO CENTRAL?
Um milagre, uma batalha,
um diálogo, uma discussão?
COMO é que a ação se desenvolve?
Progride até a um clímax?
O que revela sobre as pessoas? Sobre Deus?
A PALAVRA EM ACÇÃO
QUEM são as personagens?
Quais as suas atitudes, o seu papel, as suas relações uns com os outros?
Numa epístola:
»» Quem a escreveu? A quem é dirigida? Porquê?
»» Qual a relação do escritor com os leitores?
»» Qual a ideia central? Como é que o seu autor lá chega?
»» Como é que a desenvolve?
»» Há evidências de que o autor deseja tratar algum problema específico?
»» (P.ex.: Paulo em Coríntios 1:1: “Quanto às coisas que me escrevestes...”)
Qual o significado da passagem?
É agora necessário explicar e referir o significado dos factos que observámos,
interpretando a passagem e tentando compreender o seu significado central.
Quais os factos mais importantes, e porquê? Como é que os outros se ajustam?
Usa outras versões da Bíblia, uma concordância e um dicionário bíblico para ajuda
de pontos mais difíceis (vê o capítulo 12). Antes de comparar as tuas notas com
quaisquer comentários, faz um breve resumo da passagem. vê se és capaz de
responder a estas perguntas básicas:
»» Quem diz ou faz o quê ...
»» Para quem ou com quem ...
»» Porque razão ...
»» Quais as implicações?
Depois verifica cuidadosamente se passaste por cima de alguma coisa. Podem ser
pontos que o grupo deixaria escapar facilmente a menos que os ajudes. Consulta
então um ou dois comentários, se possível (vê o capítulo 12). Geralmente lançam
mais luz sobre o assunto e são úteis para te assegurar de que estás no caminho
certo!
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A PALAVRA EM ACÇÃO
De que modo a passagem se aplica a mim?
O estudo bíblico não deve ser um exercício sem vida, puramente académico,
mas um meio de te encontrares com Deus. Portanto, espera que Ele fale! Porque,
à medida que estuda-mos a Bíblia, é como se ouvíssemos Deus falar aos Seus
primeiros leitores -- e depois compreendermos que Ele está também a falar-nos.
Mas lembra-te que o escritor não te tinha em mente quando estava a escrever, e
por isso a aplicação literal nem sempre é apropriada. Por exemplo: A solicitação
de Paulo a Timóteo da sua cela em Roma: “Procura vir antes do inverno,” (11
Tim.4:21) não é um mandamento bíblico para te comprometeres a visitar as prisões italianas em novembro!
As seguintes perguntas podem ajudar-te a chegar aos princípios subjacentes ao
texto, que podem ser aplicados agora. Mais uma vez, poderás provavelmente
pensar noutras, à medida que fores estudando o texto por ti mesmo.
»» Que aprendo de Deus que me leva a louvá-IO?
»» Existem aspetos da Sua grandeza pelos quais Lhe dar louvor?
»» Existe evidência da Sua atividade pela qual Lhe agradecer?
»» Existem factos novos a lembrar e implicações em que refletir?
»» Existem pecados para confessar e relações a pôr em ordem?
»» Há exemplos a seguir e mandamentos para obedecer?
»» Existem novos objetivos a estabelecer e erros a evitar?
Pede a Deus ajuda para obedecer antes de preparar o estudo para o resto do
grupo.
ABORDAR O ESTUDO EM GRUPO
O estudo pessoal da passagem dar-te-á uma boa base para preparar o estudo para
o grupo. Qual parece ser o principal ponto para aplicação? Escreve-o e mantêm-no
à tua frente enquanto preparas o estudo.
A PALAVRA EM ACÇÃO
Escreve uma breve introdução que dê uma informação de base e que estimule o
interesse. Talvez seja preciso explicar qualquer palavra ou frase difícil ou ambígua.
Isto é especialmente importante se o grupo tiver novos cristãos pouco familiarizados com a Bíblia.
Existe um sem número de maneiras de atrair a atenção do grupo para os pontos
principais da passagem. Provavelmente o melhor método é colocar perguntas que
ajudam o grupo a observar o texto e a compreender o seu significado e aplicação.
Colocar perguntas é uma técnica que Jesus usou frequentemente. Outros métodos são descritos no capítulo 9.
PREPARAR PERGUNTAS
Faz um esboço da passagem, usando o teu próprio resumo para dividir o texto
em parágrafos com os seus pontos e sub-pontos mais importantes. Se é uma
história contínua, refere 3 ou 4 pontos principais. Um bom esboço revelará uma
progressão natural para um clímax ou desafio.
Usando os pontos principais do teu esboço como base, prepara uma série de
perguntas com a intenção de fazer com que os membros do grupo observem o
que diz cada parte, descubram o seu significado e de que forma se aplica às suas
vidas. Tenta antecipar as possíveis respostas às tuas perguntas. são talvez muito
abruptas? Prepara algumas perguntas que levem a essas respostas. A pergunta
é demasiado vasta? Prepara algumas perguntas de investigação para incentivar
um estudo mais profundo do texto. Terás feito a mesma pergunta, embora doutra
maneira, duas vezes? Evita isso!
Tem em mente as três fases de estudo bíblico atrás referidas:
FAZ
PERGUNTAS DE OBSERVAÇÃO. Faz com que o grupo procure factos no texto. Não
dês pouco valor a esta fase - lembra-te que eles não estudaram a passagem tanto
como tu, e as coisas que te parecem óbvias, para eles podem não ser assim tão
claras.
PERGUNTAS DE INTERPRETAÇÃO. Ajuda-os a examinar os significados das palavras, frases, ações e versículos, e a relação entre um pensamento e o seguinte.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Encoraja-os a encadear as lições da passagem com o que já sabem acerca do
ensino bíblico.
PERGUNTAS DE APLICAÇÃO. Desafia-os a corresponder à verdade que aprenderam e a pensar com imaginação na aplicação a eles próprios.
Para pontos que não sejam imediatamente óbvios, constrói uma sequência de
investigação. Por exemplo, supõe que estão a estudar João 3 e queres realçar o
aspeto de Jesus ter compreendido Nicodemos. Poder-se-ia perguntar: “Como é
que Jesus mostrou o Seu profundo interesse em Nicodemos?”, mas isto é muito
vago. Seria melhor tentar uma sequência de perguntas:
a) O que é que Jesus sabia já acerca de Nicodemos? (obervação v.1O)
b) Vejam a resposta de Jesus à afirmação de Nicodemos no versículo 3.
Que pergunta disfarçada parecia Jesus ver? (interpretação)
c) Se Jesus podia compreender tão bem Nicodemos, que pode Ele compreender a nosso respeito hoje em dia? (aplicação)
O grupo pode saltar para o cerne do assunto antes que tenhas tempo de fazer as
tuas perguntas cuidadosamente preparadas. Prepara-te para isso - mas não os
deixes passar aos pontos de aplicação sem terem bases firmes na observação e
interpretação.
Quais são as características de UMA BOA PERGUNTA?
Deveria:
»» Chamar imediatamente a atenção
»» Ser breve e clara (Se uma pergunta é muito longa e complicada, divide-a numas tantas afirmações, seguidas duma pequena pergunta)
»» Não insultar a inteligência do grupo -- ninguém quer responder a: “Que idade
tinha Metusalém segundo o versículo 27?”
»» Não assumir muito conhecimento, especialmente “gíria bíblica”. Muitos
ficariam confundidos com: “O que é que esta passagem ensina acerca de
A PALAVRA EM ACÇÃO
soteriologia pré-milenialista?”
»» Apontar para a frente, sugerindo um interessante caminho a seguir, não um
beco sem saída!
As boas perguntas deveriam também estimular um exame do próprio texto, e
portanto deveriam:
»» Não pressupor a resposta. Evita: “Não acham que o versículo 3 é um bom exemplo de piedade?”
»» Não limitar as possíveis respostas. Se perguntares: “Que três aspetos sobre o amor são ensinados aqui?” podes
eliminar um possível quarto ponto.
»» Ter mais de duas respostas possíveis.
Perguntas a que se responda com sim/não ou outro monossílabo só são eficientes
se fazem avançar e são rapidamente seguidas de perguntas mais profundas.
O passo final é o fazer alguns apontamentos para te orientares à medida que
conduzes o estudo. Toma nota dos cabeçalhos da tua introdução e das principais
perguntas para cada secção. Nos dias que antecedem o estudo, continua a orar
pela bênção de Deus sobre o estudo. Revê outra vez a passagem num ensaio-geral mental, refinando as tuas perguntas e clarificando os teus pensamentos.
PREPARAÇÃO PELO GRUPO
Encoraja os membros do grupo a preparar também o estudo, lendo antecipadamente a passagem, procurando as informações de base e passando tempo em
meditação e oração. Será uma ajuda se puderes facultar aos membros algumas
perguntas em que baseiem a preparação, cujas respostas podem ser partilhadas
e desenvolvidas durante o vosso estudo em grupo. É evidente que nem todos o
vão preparar sempre, mas é bom ir criando o hábito.
Tenta comunicar a importância de cada membro vir ao grupo pronto e disposto a
aprender de Deus através uns dos outros. Encoraja uma atitude humilde e interessada pelo teu próprio exemplo.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
EXEMPLO DE UM ESTUDO DO EVANGELHO DE JOÃO
João 4:1 - 42
1. FAZ UM ESBOÇO
1-6 [versículos] O contexto – a viagem de Jesus e a sua motivação.
7-15 Jesus encontra a mulher Samaritana – diálogo inicial
16-25 Antes que a sua sede espiritual possa ser saciada, ela tem de se arrepender.
26 Jesus confronta-a – acabar com os subterfúgios!
31-38 Jesus extrai lições para os discípulos.
28-30 e 39-42 A mulher aponta Jesus a outros.
2. CONSULTA LIVROS DE REFERÊNCIA
O Novo Comentário da Bíblia dá dados sobre Samaritanos, Monte Gerizim e poço
de Jacó. The Lion Handbook to the Bible tem uma foto do poço, ilustra a atitude dos judeus
para com as mulheres e mostra a situação geográfica de Sicar.
3. REGISTA OS PONTOS PRINCIPAIS
a) Jesus não aceitou barreiras de preconceitos, judeu/samaritano, homem/mulher.
b) Começou onde ela estava e ofereceu satisfação espiritual.
c) A verdadeira satisfação envolve arrependimento do mal.
d) A natureza de Deus e como adorá-lo.
e) Os efeitos dum testemunho pessoal de Jesus.
A PALAVRA EM ACÇÃO
4. PREPARA AS PERGUNTAS
Introdução
Como este é um capítulo longo e há muitos outros pontos,
o líder decide desenvolver a cena e responder as perguntas Quando? e Onde? com
uma introdução de 2 minutos incluindo:
»» acontecimentos anteriores e posteriores,
»» a viagem de Jesus (com mapa),
»» a humanidade de Jesus --o Seu cansaço.
Vers. 7 – 15 – Começo da conversa
Que preconceitos Jesus ultrapassou ao falar com esta mulher? Se a resposta for
puramente factual, partindo do v.9, continua perguntando porque é que os judeus
não se comunicavam com os samaritanos, e pergunta acerca da Sua atitude para
com as mulheres. Deves estar preparado para fornecer informação de base aqui,
se o grupo não estiver a par disto.
Nota como Jesus abriu a conversa. Porque é que Ele.
a começou aqui? Há várias respostas possíveis. Encoraja mais do que uma participação. A medida que a discussão prosseguir, continua com perguntas tais como:
“Como é que Jesus começou a falar de coisas espirituais?”
“O que quis dizer com ‘dom de Deus’ e ‘água viva’?”
“Como é que a mulher reagiu a Jesus?”
“Como é que a sua atitude para com Jesus muda à medida que a narrativa segue?”
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Perguntas de aplicação
Nesta altura, a aplicação já pode ter sido tirada, mas, se não, o líder tem algumas
perguntas preparadas:
“Jesus ignorou preconceitos. Mostramo-los nós quando escolhemos os nossos
amigos?”
“[C] o que é que aprendemos sobre o falar com ‘estranhos’ em assuntos
espirituais?”
“Em que sentido um cristão devia ‘nunca ter sede’?”
Vers. 16 – 42 – Encontro com Cristo e desafio pessoal
Um padrão semelhante de perguntas principais, perguntas de reserva e perguntas
de aplicação estão preparadas para o resto da passagem. Se seguiste as instruções até aqui, tenta por ti mesmo!
5. CONCLUSÃO
O líder prepara algumas frases acerca da figura de Cristo que emerge deste capítulo e decide a melhor forma de dirigir o grupo em oração.
A PALAVRA EM ACÇÃO
6 NA REUNIÃO
UM PADRÃO BÁSICO A SEGUIR
Faz uma grande diferença se o líder chega cedo e dá as boas vindas a cada um à
medida que chegam. Fazer com que todos se sintam à vontade, cria desde o início
uma atmosfera positiva. O comportamento do grupo será um reflexo da tua atitude como líder. Se estiveres descontraído, esperançoso, aberto e entusiasmado,
eles também estarão. Ora para que os frutos do amor, gozo e paz sejam vistos em
ti enquanto lideras.
1. Arruma as cadeiras de tal forma que cada membro possa ver, se não todos, pelo
menos uma grande parte dos outros membros. Garante um adequado fornecimento de ar, calor e luz, e tenta evitar quaisquer distrações potenciais.
2. Começa pontualmente.
3. Dá as boas vindas a novos membros e apresenta-os ao grupo. Explica o propósito e a forma da reunião -e qual a sua duração.
4. Procura que cada pessoa tenha uma boa Bíblia. É bom ter à mão alguns exemplares a mais. Será uma ajuda todos usarem uma tradução atualizada.
5. Abre a reunião com um breve ato de louvor em conjunto uma vez que canalizam a atenção no Deus que fala ao Seu povo pela Sua palavra. Ora por uma atitude
de humilde obediência enquanto abordam juntos o texto. Peçam ao Espírito Santo
que vos una em amor uns pelos outros e vos guie à verdade que Ele vos preparou.
Lidera tu esta parte ou então pede antecipadamente a alguém que o faça.
6. Leiam a passagem em voz alta. Pede a alguém que leia bem para o fazer, ou
indica algumas pessoas para lerem um parágrafo cada, de preferência da mesma
tradução. Se é passagem narrativa, pessoas diferentes podiam ler as partes das
várias personagens.
7. Faz os teus comentários introdutórios para enquadrar a cena. Ao fazer isto,
não dês a impressão de que és um perito. As pessoas ficarão desencorajadas se
sentirem que tu já conheces todas as respostas.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
8. Prossegue com as perguntas que planeaste e conduz o grupo a discussão.
Flexibilidade e algo vital -- não julgues que te deves cingir ao teu esboço, custe o
que custar.
LIDERAR A DISCUSSÃO
a) Cada pessoa precisa de sentir que a sua contribuição, ainda que pequena, é
apreciada. Aceita o que é dito, mas não penses que precisas de repetir ou juntar
algo a tudo o que os outros dizem. Se tiveres sempre uma forte reação, darás a
ideia de ser um sabichão. Geralmente vale a pena ficar um pouco na expectativa
e permitir que outra pessoa venha com uma resposta ao último interveniente.
Se o próximo a falar o fizer de uma forma crítica ou se desviar do assunto, está
preparado para intervir e voltar de novo ao assunto.
b) Sê exemplo de um bom ouvinte. Já aprendeste da passagem enquanto a preparavas, mas resiste à tentação de seres tu a referir os melhores pontos. Se
alguém surgir com uma das tuas “joias”, podes então ter a certeza de que pelo
menos duas pessoas compreenderam! Não há melhor maneira de desmotivar um
membro do grupo do que olhar para ele com uma expressão de pena, dizendo: “Na
realidade, esse era o meu ponto seguinte”.
c) Se discordares de uma intervenção, não te apresses a interromper e corrigir.
Como líder, terás muitas oportunidades de mostrar mais tarde um melhor ponto de
vista. Entretanto, tenta ver o que é que a pessoa que fala está realmente a dizer.
Pode haver uma área de incompreensão mais importante, para além da aparência.
d) Sê honesto. Se não compreendes alguma parte da passagem, ou durante a
discussão descobres que não a compreendeste bem, não tentes esconder. A
verdade de Deus é muito mais importante que o teu ego.
e) Se a tua pergunta for respondida com silêncio, não dês a resposta, mas tenta
tornar a pergunta mais clara. Dá tempo às pessoas para pensar. Não tenhas medo
de “silêncios de criatividade”. (Podes encontrar outros problemas ao orientar uma
discussão. Alguns destes são examinados no capítulo 7.)
9. Deixa tempo para um resumo. Esta pode ser a parte mais proveitosa, pois são
feitas aplicações finais, ou as pessoas compartilham de forma breve os pontos
A PALAVRA EM ACÇÃO
mais significativos para elas.
10. Reserva algum tempo no final para oração. Se a maior parte do grupo são
estranhos, um período de silêncio seguido de uma breve oração final, pode ser
o mais apropriado. Mas à medida que a comunhão se aprofunda, orem juntos
acerca do que aprenderam (encoraja os membros a manter as Bíblias abertas),
e lembrem as necessidades específicas uns dos outros, à medida que procuram
pôr em ação a Palavra de Deus. Façam orações breves em voz alta, centradas em
Cristo e com a participação de todos (mesmo que alguns não orem em voz alta).
11. Acabem à hora marcada, por mais interessante que o estudo esteja a ser
para a maior parte, pois pode haver alguém que fique seriamente aborrecido se
continuarem. No fim, anuncia a hora, lugar e assunto da próxima reunião. Os anúncios devem ser breves e diretos ao assunto. Estarás a perder o teu tempo se não
fizeres os anúncios com entusiasmo. Poderá acontecer que alguns tenham que
sair nesta altura, mas outros podem querer continuar uma discussão informal.
7. TRATAR DE PROBLEMAS
O que acontece se todos se calam? O que fazer se alguém monopoliza toda a reunião? A maior parte dos grupos sadios e em crescimento têm alguns problemas
destes.
1. Como encorajar aqueles que nunca falam? Este não é um simples problema,
mas requer muito cuidado e sensibilidade. Alguns membros podem ser simplesmente tímidos - procura oportunidades para os encorajar quando te parecer que
têm algo a dizer. Podes pedir a uma pessoa assim para ler uma referência da
passagem e dizer-lhe: “Gostarias de pôr tudo isto em palavras tuas?” Poderás
algumas vezes dizer: “Pensem um pouco no versículo 7, e depois peço-vos o
que pensaram.” Depois dirige-te a alguém e pede para partilhar as suas ideias.
O capítulo 9 tem algumas sugestões que poderás usar para facilitar uma maior
contribuição por parte dos elementos mais calados, -grupos de investigação ou
núcleos de discussão, por exemplo.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Mas lembra-te também quo algumas pessoas podem gaguejar ou ter uma personalidade muito nervosa. Para estes, falar num grupo pode ser uma prova muito
difícil. Evita, a todo o custo, ridicularizá-los ou protegê-los em demasia.
2. Pode haver um “ditador” no grupo que se mete e responde a todas as perguntas, como se ele fosse a autoridade final, dominando a discussão. Ele precisa
ver que os outros aproveitariam mais do estudo se expressassem eles próprios
a verdade. Ele deve ser chamado à atenção - podes ser tão firme quanto queiras
se o fizeres a sorrir: Podes mencionar alguém para responder às perguntas ou
especificar: “Vamos pedir a alguém que ainda não falou para nos responder à
próxima pergunta...” Se necessário, fala com ele em particular antes da próxima
reunião e pede-lhe para se conter até que todos tenham tido uma oportunidade.
Aproveita-o para te ajudar a fazer falar os membros mais calados.
3. Talvez haja no grupo alguém com muito conhecimento de referências paralelas,
enredos doutrinários e citações. Isto pode ser um bom recurso para o grupo mas deixará de o ser se a pessoa estiver constantemente a exibir-se. Ajuda-o
a encontrar novos ensinos no texto em estudo e a ser específico e prático. Não
permitas que o grupo se sinta intimidado pela presença de estudantes de teologia.
Apesar de eles por vezes se poderem sentir frustrados pela superficialidade de
parte da discussão, podem dar uma contribuição valiosa sobre o texto e o pano
de fundo bíblico. Quando se chega à aplicação e obediência, todos partilhamos da
necessidade de nos sujeitarmos à Palavra de Deus com humildade.
4. O que fazer com os que “desviam o assunto”? Alguns dos seus comentários devem ser, educadamente, ignorados. Outros podem ser deixados para a discussão
mais tarde. Se prometeres durante a reunião que esses assuntos serão discutidos
mais tarde, deverás ter a responsabilidade de depois os trazer de novo à discussão. Doutros, podes tirar um bom partido dando-lhes resposta como Cristo fez em
João 4:19-25.
5. Algumas pessoas parecem incapazes de ficar em concentração para o estudo
e distraem o grupo, mudando subitamente de assunto ou vindo com uma torrente
de comentários pouco úteis. Não hesites em controlar isto. “Onde é que isso
está?” É uma pergunta útil. Pergunta-te a ti mesmo o que podes fazer para ajudar
um indivíduo assim a sentir-se mais seguro no grupo.
A PALAVRA EM ACÇÃO
6. Pode haver alguém que se concentra mais em assuntos secundários controversos que nos principais pontos da passagem. Timóteo teve obviamente o mesmo
problema; vê como Paulo o aconselhou em I Tim. 1:3-7; 4:7; 6:2-5. Recusa-te a ser
arrastado, e em vez disso oferece-te para discutir esses assuntos noutra altura.
7. Controvérsia? Não tenhas uma política de evitar assuntos difíceis. Esta atitude
apenas despertará frustração no grupo. Alguns vão tentar suavizar potenciais
conflitos que deviam ser trazidos a lume. Reconhece isto e permite que sejam
escutados diferentes pontos de vista. Se as coisas começam a tornar-se excessivamente quentes, a tua tarefa não é tomar partido, mas concluir a discussão
resumindo os pontos de vista em choque. Depois avança - firmemente!
8. Tem cuidado - algumas vezes os grupos afastam-se do assunto porque os
membros estão tão ocupados a compor maravilhosas respostas que não escutam
o que os outros têm a dizer. Dá tu mesmo o exemplo, demonstrando o teu apreço
por cada intervenção feita.
8 COMO CORRERAM AS COISAS?
Temos dado ênfase a que a liderança é principalmente aprendida pela experiência, mas normalmente pouco se aprende desta forma, a menos que quem está
a aprender pare um pouco e faça uma avaliação honesta. Faz isto com oração,
lembrando-te de agradecer a Deus a Sua ajuda na reunião.
AVALIAÇÃO DA TUA FORMA DE LIDERAR
»» Estiveste alegre, encorajador, entusiasmado?
»» Foste cortês e agiste com tato?
»» Falaste muito pouco? Ou demais?
»» Estimulaste todos a participar?
»» Estavas bem preparado?
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A PALAVRA EM ACÇÃO
»» As tuas perguntas foram de ajuda para o grupo?
»» A discussão foi controlada? Intervieste nos momentos certos?
»» Os pontos principais foram cobertos?
»» Resumiste de vez em quando para que o grupo pudesse manter-se a par do
que tinha sido dito?
»» Houve uma aplicação prática a tirar?
»» Começaram e terminaram a horas?
AVALIAÇÃO DO GRUPO
»» Quem esteve presente? Os que faltaram deviam ser contactados? Os que
vieram pela primeira vez foram bem recebidos?
»» Quem gostou evidentemente do estudo e participou bem?
»» Alguém pareceu estar aborrecido?
»» Alguém ficou ofendido por algo dito por outro membro do grupo?
»» Houve alguém com um problema doutrinário que ficou por resolver?
»» Alguém partilhou uma necessidade pessoal? Além de orar por ele, há algo
mais que eu deva fazer?
»» Existem pessoas que pareceram estar a esconder as suas opiniões reais?
Seria útil uma conversa pessoal com eles?
»» Há algum potencial líder de grupo? Como posso encorajá-lo(s) para o futuro?
AVALIAÇÃO DO RESULTADO
»» Aprendemos algo novo? Ou novos aspetos de verdades já bem conhecidas?
»» Cristo está a ser apresentado de uma forma clara aos que de entre o grupo
procuram algo?
»» Os membros compreendem o que para eles como indivíduos significa uma
entrega a Cristo?
»» Os membros cresceram no seu conhecimento de como estudar a Bíblia
A PALAVRA EM ACÇÃO
sozinhos?
»» Foi a oração uma resposta alegre e natural à Palavra de Deus?
»» Estaremos todos ansiosos pela próxima reunião?
9 ALGUMAS ABORDAGENS DIFERENTES
Fazer perguntas com um prelúdio da discussão por todo o grupo não é a única
forma de abordar o estudo bíblico. Aqui estão mais algumas ideias que podes usar
de vez em quando.
PREPARAÇÃO DOS MEMBROS
Pede aos membros que se preparem para os estudos, embora seja muito otimista
esperar que todos o façam. A vantagem desta preparação é que algum do trabalho minucioso e preliminar da observação e interpretação pode ser feito antes da
reunião, permitindo ter mais tempo para discutir a aplicação.
GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO
Faz a introdução do estudo e divide os membros em sub-grupos de 3 ou 4 elementos cada. Cada grupo tomará conta de um parágrafo ou aspeto da passagem
e apresentará um relatório depois de 20 minutos de discussão. Para isto, precisas
de preparar previamente algumas perguntas para cada grupo, escrevendo-as de
forma clara.
Providencia papel e caneta para o porta-voz de cada grupo. Como líder, ou podes
juntar-te a um grupo ou podes andar entre eles. Lembra-te que, se apenas estiverem 2 grupos na mesma sala, cada um estará consciente do que se passa no
outro. O burburinho de 3 ou 4 grupos é muito menos distrativo.
Cerca de 20 minutos depois, reúne os grupos para partilharem as suas conclusões e sondarem as perguntas sem resposta. Faz com que cada representante
apresente. um relatório breve, de modo a haver tempo para discussão por todo o
grupo. Depois conclui, resumindo e orando juntos.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
Exemplo do material para os grupos de investigação
O CUSTO DO DISCIPULADO: Lucas 9:57-62
Grupo 1: versículos 57-58
“
2:
59-60
“
3:
61-62
“
4: os mesmos que o grupo 1, etc.
Neste caso, cada grupo pode ter as mesmas 3 perguntas:
a) Qual pensam ter sido a atitude deste provável discípulo?
b) O que é que Jesus lhe ensinou?
c) Enumerem algumas situações correspondentes dos nossos dias!
Quando os grupos tiverem apresentado a sua parte, faze-los resumir o que foi dito
sobre:
O que implica ser um discípulo de Jesus nos nossos dias?
NÚCLEOS DE DISCUSSÃO
Estes são pequenos grupos de investigação de 2 ou 3 elementos, discutindo
apenas uma pergunta durante 5-10 minutos antes de relatarem a todo o grupo
as conclusões a que chegaram. Isto ajuda a assegurar que todos têm uma oportunidade para dar a sua contribuição e possibilita-te tratar rapidamente assuntos
que doutra forma levariam muito tempo. Providenciando uma pausa no estudo
contribuem para a concentração.
Um núcleo de discussão pode discutir perguntas de interpretação e aplicação
seguindo observações do texto.
A PALAVRA EM ACÇÃO
Exemplo:
“Em Efésios 4:3, como pode Paulo dizer que guardemos a unidade, como se ela
existisse, embora vejamos centenas de divisões na igreja?”
Ou pode ser uma forma de trocar opiniões em assuntos nos quais os cristãos
têm legitimamente diferentes pontos de vista. e onde uma demorada discussão
os afastaria dos pontos mais importantes da passagem. Quando os núcleos se
juntarem para dar as conclusões, permite que cada um individualmente, ou um
representante de cada grupo, fale cerca de 1 minuto. Uma discussão mais ampla
pode ter lugar mais tarde.
DRAMATIZANDO
Desempenhando o papel dos intervenientes num episódio, pode ajudar alguns
grupos a aprofundar certos incidentes. O grupo pega num acontecimento bíblico
e escolhe alguns membros para representar as personagens. Os ‘atores’ deixam
a sala para planear os seus papéis durante 3 min. Esta deverá ser uma representação não ensaiada: à medida que os membros se identificam com a maneira de
sentir e pensar das personagens, o grupo será ajudado a sentir empatia com elas.
Quando o assunto foi apresentado de forma clara, e enquanto o interesse é ainda
elevado, o líder corta a cena para permitir ao grupo discutir o que aconteceu. O
líder pode perguntar aos atores:
“O que é que aprenderam?”, “Como é que se sentiram quanto a...?” Uma outra
forma de abordar o assunto é rescrever a passagem em prosa narrativa na linguagem dos nossos dias, como um poema ou canção, na forma de uma entrevista ou
um noticiário radiofónico, etc. Usa-os como base para a discussão dos principais
assuntos que surjam, tendo o cuidado de voltar ao texto.
MÉTODO SUECO
Este método é particularmente apropriado para parábolas, salmos e partes das
epístolas. Dá a cada membro um cartão desenhado como o que está abaixo:
Leiam a passagem em conjunto e faz uma breve introdução. Depois, pede a cada
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A PALAVRA EM ACÇÃO
pessoa que escreva 5 correspondentes aos 5 símbolos - algo que descobriu sobre
Deus (seta que aponta para cima), algo aí natureza humana (seta que aponta
para baixo), 1 conhecimento (vela), algo que não compreendeu interrogação) e
um mandamento para obedecer (seta horizontal). Depois de cerca de 10 minutos, pede membro do grupo para partilhar pelo menos um dos cinco pontos e
abre a discussão geral, começa perguntas de observação. Encoraja os membros
ajudarem-se uns aos outros nos versículos que compreendem, e a aplicar em
conjunto as verdades No fim, faz um pequeno resumo da sessão.
ESTUDAR UM ASSUNTO EM VEZ DE UMA PASSAGEM
Há alturas em que o grupo quer obter uma perspetiva bíblica de um certo assunto.
Pode ser um tema tal como ‘oração’ ou um assunto corrente como o Estado’. O
êxito depende da escolha do assunto e da capacidade do grupo de o tratar como
um estudo bíblico e não como uma mera discussão. Ao ver versículos diferentes
partes da Bíblia, há um grande perigo de citar as Escrituras fora do contexto e assim chegar conclusões erradas. Por esta razão, liderar um estudo de um assunto
requer muito mais habilidade do que um que se limita apenas a uma passagem.
Até que adquiras experiência, usa uma das seguintes opções:
a) Escolhe um assunto que possa ser coberto por apenas uma ou duas passagens,
por exemplo:
Direção de Deus
Salmo 25 e Provérbios 3:1-20
O crente e o Estado
Rom.13:1-l0 e Mateus 22:15-22
Renascimento
João 3:1-21 e I pedro 1:22-2:3
Oração
Lucas 11:1-13 e Lucas 18:1-8
Os métodos 3 e 7 podem ser úteis para este tipo de estudo.
b) Usa um guia já preparado na tua preparação (vê secção 4, capítulo 12).
c) Consulta um crente mais experiente e convida-o(a) até, talvez, para liderar o
estudo em teu lugar.
A PALAVRA EM ACÇÃO
USANDO UM ORADOR
Ocasionalmente podes convidar um orador para falar brevemente sobre o ponto
fulcral da passagem assim estimular a discussão. Com uma boa intervenção, o
grupo pode rapidamente chegar ao ponto central da passagem ou assunto. Mas
precisas de ser capaz de garantir que o orador escolhido acabará ao fim de 10
minutos e não dominará o que deve ser uma discussão em grupo.
DIVIDIDOS
Quando um grupo é demasiado grande, torna-se muito difícil os membros tímidos
darem a sua participação.
Em vez disso, dividam-se permanentemente em 2 grupos ou arranjem duas pessoas que se preparem para liderar. Juntem-se num lugar, dividam-se em 2 grupos
para o estudo e voltem a reunir-se mais tarde para terminarem juntos.
IDEIAS PARA UMA REUNIÃO DIFERENTE
a) Se muitos dos membros têm estado a ler o mesmo livro (cristão ou secular),
podem fazer um estudo para discutir as suas implicações sob o ponto de vista
cristão.
b) No fim do período, a última reunião pode ser usada para discutir a fundo 2 ou
3 assuntos que surgiram nas semanas anteriores. Pode ser uma ajuda pedir a um
crente mais experiente, talvez a um pastor local ou a um obreiro, para vir dar a
sua ajuda.
10 VIRADOS PARA FORA
ESTUDO BÍBLICO EVANGELÍSTICO
Há muitas maneiras pelas quais o mini-grupo pode envolver-se na evangelização
e complementar o evangelismo pessoal dos seus membros. Jantares-convívio,
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A PALAVRA EM ACÇÃO
grupos de discussão, bancas de livros e visitação de porta em porta são algumas
das que podem experimentar em conjunto.
Mas o que se faz quando se dá o testemunho e se compartilhou algo daquilo em
que se crê, e os não-crentes contactados, ainda que interessados, permanecem
sem se convencer?
É importante o que dizemos da nossa própria experiência e compreensão - mas a
verdade objetiva de Deus revelada nas Escrituras tem mais poder do que as nossas formas limitadas e subjetivas de a comunicar. Em resumo, o estudo bíblico não
precisa de ser só para crentes. Um dos autores deste livro converteu-se enquanto
tentava provar a falsidade da Bíblia. Não o conseguiu fazer!
Se fores sensível na tua abordagem e as pessoas contactadas tiverem um interesse genuíno, pode muito bem ter cabimento o grupo organizar um estudo bíblico
evangelístico.
Preparação inicial
Tal empreendimento tem de ter o apoio ativo de todo o grupo: cada membro tem
um papel crucia1 em 1) convidar amigos não-crentes para os estudos e 2) orar
por eles.
Não importa quão entusiasmados estejam - é impossível um estudo bíblico evangelístico sem não-crentes, e improdutivo sem oração. Delega em 2 ou 3 membros
do grupo a liderança do estudo e o providenciar uma quota-parte cristã. Tem como
objetivo ter uma maior proporção de não-crentes no grupo - doutra forma a atmosfera pode tornar-se-lhes ameaçadora.
A preparação para um estudo bíblico evangelístico é semelhante à que se faz para
os outros (vê capítulo 5).
O que estudar
Grande parte dos não-crentes têm um conhecimento de Jesus Cristo muito diminuto, demasiado limitado para chegar a conclusões razoáveis acerca da fé cristã.
A PALAVRA EM ACÇÃO
Por isso é importante que os estudos se foquem n’Ele. Como este é o propósito
definido de Lucas e João nos seus Evangelhos (vê Lucas 1:1-4 e João 20:31),
estes são bons para começar.
Escolhe passagens que mostrem quem é Cristo, o que Ele faz e o efeito que tem
nos outros. Vários dos opúsculos de estudo bíblico editados pelo GBU são bons
para este tipo de grupo. Não precisam de encaixar “todo o conselho de Deus”
em cada estudo: tenham como objetivo uma série bem cuidada e escolhida.
Lembrem-se que lhes estão a apresentar uma pessoa viva e real, não um conceito
teológico.
PARTIDA...
1. Organizem uma reunião especial para começar - não esperem que as pessoas
se comprometam a toda uma série, antes de terem uma ideia daquilo em que se
vão meter.
2. Mantenham a reunião breve - 30 a 45 minutos deveriam ser o vosso objetivo.
Alguns podem querer falar mais, mas outros poderão apenas ser capazes de receber pequenas doses.
3. O vosso objetivo é uma honesta descoberta da pessoa de Cristo na Bíblia. Os
vossos amigos não precisam de crer que as Escrituras são a Palavra de Deus, mas
precisam de concordar em usar a Bíblia como base da vossa discussão. Guardem
outros assuntos para mais tarde.
4. Fiquem na passagem que foi escolhida e, como regra geral, evitem referências
paralelas. Vocês podem considerá-las esplêndidas, mas para os que não estão
familiarizados com a Bíblia, andar aos saltos é confuso.
5. Tenham cuidado com a linguagem. Reduzam termos técnicos tais como expiação, justificação, etc., a um mínimo e estejam preparados para explicar algum
termo que usem.
6. Tentem não ser dogmáticos. Os factos no texto falarão claramente por si próprios (provavelmente sem se darem conta), e vocês estarão a impedir o processo
se estiverem sempre a bater no mesmo.
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A PALAVRA EM ACÇÃO
7. Estejam abertos à possibilidade de também aprenderem alguma coisa: os
não-crentes têm quase sempre algo de novo a dizer. Admitir que não sabem a
resposta a uma pergunta difícil levantada durante a reunião, é vital na medida
em que vos dá oportunidade para mostrar que, embora cristãos, continuam a ser
humanos. Ofereçam-se para investigar o assunto e voltar à questão numa outra
altura.
8. Sejam honestas testemunhas da verdade e de como ela trabalha na vossa vida.
Deus não é honrado pelo exagero, e o reconhecimento da vossa ‘normalidade’ é
poderoso.
9. Não condenem outros pontos de vista. Levem a discussão de novo a Cristo e
deixem que a verdade fale por si.
10. Orientem sempre o estudo para uma boa conclusão: Os pontos mais importantes destacaram-se, surgindo naturalmente do texto?
11. Não sejam impacientes - Roma não foi construída num só dia: Não podem
forçar ninguém a tomar um compromisso e, por muito que vos custe a reconhecer, são apenas um elo numa longa corrente. Consultar isto nos arquivos do céu
ocupar-nos-á um dia!
12. Por outro lado, podem ter o privilégio e a alegria de alguns serem a resposta
às vossas orações e levá-los à fé em Cristo. Estejam preparados para isto e para
a subsequente responsabilidade de alimentar um novo crente.
Concluindo
Anseiem por ver Deus usar-vos como um canal para a Sua Palavra. Podem estar
confiantes de que Ele o fará se:
a) Se prepararem o melhor que puderem.
b) Orarem e dependerem d’Ele.
c) Se lembrarem que o mesmo Espírito Santo que inspirou em primeiro lugar as
Escrituras, fala hoje através delas com o mesmo poder e eficácia.
A PALAVRA EM ACÇÃO
d) Tiverem em mente que para Deus ninguém é um caso perdido.
“Demos louvores a Deus, o qual, pela força que nos concede, tem poder para realizar
muito mais do que aquilo que nós pedimos ou somos capazes de imaginar. Demos-lhe
louvores por meio da Igreja e de Jesus Cristo, para sempre. Ámen.” (Efésios3:20-21)
11 PASSAGENS SUGERIDAS PARA ESTUDO
1.Deus e o homem
Salmo 8
Salmo 90
Salmo 96
Lucas 24:13-35
2.Pecado
Salmo 32
Salmo 51
Isaías 6:1-8
LucaS15:11-24
Lucas 18:9-14
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A PALAVRA EM ACÇÃO
3.O que Jesus oferece
Isaías 55:1-11
Mateus 9:1-13
Marcos 10:45-52
João 10:1-18
4. A cruz e o perdão
Salmo 22:1-18
Isaías 53
Mateus 27:32-56
João 3:19-21
Rom. 3:20-28
Rom. 5:1-1
Efésios 2:1-10
I João 1
5.Salvação
Lucas 19:1-10
João 3:1-16
Atos 9:1-22
A PALAVRA EM ACÇÃO
II Cor. 5:14 -6:2
6. Fé e vitória
Salmo 27
Mateus 4:1-11
Mateus 14:22-33
Romanos 6:1-14
Efésios 6:10-20
Filipenses. 4:4-19
Hebreus 11:32-12:2
I Pedro 1:1-9
7. Segurança e crescimento
I João 5:1-15
Lucas 8:4-15
Filipenses. 3:7-16
II Timóteo 2:1-13
8. Calcular o custo
II Reis 5:1-14
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Lucas 9:57-63
Lucas 14:25-33
II Cor.6:3 -7:1
Apocalipse. 3:14-22
9. Permanecer em Cristo
Salmo 23
João 15:1-17
Romanos 8:1-17
I João 3:1-12
10. Servir a Cristo
João 21:15-23
Atos 20:17-35
Atos 8:26-39
Romanos 12
II Coríntios 4:1-10
11. Oração
A PALAVRA EM ACÇÃO
I Samuel1 1:9-28
I Crónicas 29:10-20
Mateus 6:5-15
Mateus 7:7-12
Marcos 14:32-42
Lucas 11:1-13
João 17:1-5
João 17:6-19
João 17:20-26
Atos 12:1-7
Efésios 1:15-23
Efésios 3:14-21
12. Testemunho
Mateus 5:1-16
I Coríntios 13
Gálatas 5:13 -6:10
Efésios 5:1-21
I Tessalonicenses 2:3-12
I Tessalonicenses 5:9-28
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13. A Bíblia
Salmo 19
Salmo 119 (selecionar)
14. Humildade
Filipenses 2:1-13
I Pedro 5:1-11
15. Tentação
Efésios 6:10-20
Tiago 1:2-15
16. Consagração
Romanos 12:1-8
II Timóteo. 2:14-26
17. Passagens devocionais
Josué 1:1-9
Salmo 34
A PALAVRA EM ACÇÃO
Salmo 103:1-18
Provérbios 3:1-12
Romanos 8:28-39
Colossenses 3:5-17
12 MATERIAL AUXILIAR
Como líder de um mini-grupo de estudo bíblico, será uma grande vantagem se
tiveres acesso aos seguintes livros enquanto te preparas:
A BÍBLIA
A maior parte de nós não tem um conhecimento funcional do hebraico ou grego
dos documentos originais, e em vez disso confiamos em traduções. É útil ter várias versões diferentes para comparação, particularmente quando o sentido de
uma passagem não é totalmente claro. Além de usar a versão tradicional de João
Ferreira de Almeida, será muitas vezes útil comparar com “A Boa Nova para Toda
a Gente” (Sociedade Bíblica) e “O Livro” (Publicações Europa-América).
LIVROS DE BASE E REFERENCIA
Um bom dicionário (p.ex. O Novo Dicionário da Bíblia, Edições Vida Nova) contém
uma abundância de informações históricas e culturais pertinentes à Bíblia e observa tópicos individuais à luz de toda a Escritura. Contém também artigos sobre
todas as personagens da Bíblia, sobre todos os livros da Bíblia, em suma: trata de
qualquer assunto relacionado com a Bíblia.
É, realmente, uma ajuda quase indispensável para qualquer crente que queira
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A PALAVRA EM ACÇÃO
estudar a Bíblia a sério.
Uma concordância é um dicionário das palavras da Bíblia que regista os versículos
nos quais cada palavra ocorre. Ver de que modo uma palavra ou frase é usada em
contextos diferentes, pode ajudar-te a compreendê-la melhor. Uma concordância
é também a melhor ajuda para localizar versículos e frases meio esquecidos.
COMENTÁRIOS
Estes deveriam ser usados para complementar o teu próprio estudo do texto, não
para te fazer todo o trabalho. Um bom comentador trabalha na base de exegese,
queremos dizer com isto que ele tenta tirar conclusões e analisar as suas ideias
a partir do texto em vez de lhe inculcar uma leitura. O Novo Comentário da Bíblia
(Edições Vida Nova) é um bom comentário de 1 volume que abrange toda a Bíblia.
Poderão ser encontrados mais pormenores nas várias séries de comentários que
existem no mercado, p.ex. a Série Cultura Bíblica (Editora Mundo Cristão/Edições
Vida Nova) que abrange a maior parte do NT e vários dos livros do AT.
Outros comentários são também de natureza expositiva, procurando não apenas
extrair o sentido do texto, mas também aplicá-lo à vida contemporânea. A série
de A Bíblia Fala Hoje (ABU Editora) faz isso.
GUIAS DE ESTUDO BÍBLICO EM GRUPO
Algumas organizações e editoras cristãs, incluindo o GBU, publicam guias de estudo bíblico em grupo com informação de base e sugestões de perguntas. Eles
podem fornecer-te ideias novas e ajudar-te quando estiveres a planear uma série
de estudos. Mas há algumas coisas importantes a não esquecer:
a) Nem todos os guias convêm para o vosso grupo
Alguns são designados tendo em mente grupos específicos: grupos na vizinhança,
grupos de jovens, crentes novos, etc.
Assegura-te de que usam um guia apropriado.
b) Um guia não é substituto para a preparação
A PALAVRA EM ACÇÃO
Se estás a usar um guia:
-Tal como com os comentários, não os consultes antes de tu mesmo teres trabalhado com a passagem.
- Vê as sugestões do guia e, se são convenientes, integra-as no teu esquema.
Precisarás de dar o teu próprio estilo a quaisquer perguntas que uses: ler uma
pergunta diretamente do guia soa muitas vezes a algo artificial.
c) Quando um estudo tem muitas referências
Alguns guias contêm estudos sobre temas e assuntos referidos em toda a Bíblia e
podem dar uma lista de textos a ser consultados.
Podem ser usados de várias maneiras:
»» Ter um tempo de estudo privado durante a reunião em que os membros
podem procurar as referências e tomar apontamentos.
»» Atribuir os versículos escolhidos a núcleos de discussão de modo que cada
pessoa pense cuidadosamente sobre uma passagem com um breve relance
pelas outras na altura em partilharem as conclusões.
»» Selecionar apenas uma ou duas das referências dadas, permitindo que todo
o grupo as analise.
»» Fazer as tuas próprias perguntas para algumas das referências e usando
uma referencia de cada vez.
d) Algumas sugestões quanto a guias para mini-grupos
O GBU está a publicar guias que abrangem estudos sobre livros do Antigo e do
Novo Testamento, sobre vários temas bíblicos e estudos bíblicos evangelísticos.
Uma lista com todos os guias pode ser pedida ao GBU -R. Rebelo da Silva, 45-1Q
- 1000 Lisboa -Telef. 21 578036.
O NÚCLEO está a publicar uma série de guias de estudo sobre vários livros do
Novo Testamento. Nas livrarias evangélicas também se vendem vários bons guias
editados pela ABU Editora, Brasil.
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MAIS IDEIAS E CONSELHOS PARA O FUNCIONAMENTO DOS
MINI-GRUPOS
Os seguintes livros contêm ajuda preciosa para qualquer líder de um mini-grupo:
»» El Estudio Bíblico Creativo, Ada Lum e Ruth Siemens, Ediciones Certeza,
Buenos Aires. (Na biblioteca do GBU.)
»» Creative Bible Study, Ada Lum e Ruth Siemens, IFES, London. (Na biblioteca
do GBU.)
»» Small Group Leaders’ Handbook, Ron Nicholas (ed.), InterVarsity Press, EUA.
(Na biblioteca do GBU.)
A PALAVRA EM AÇÃO
GUIA PRÁTICO SOBRE LIDERANÇA DE ESTUDOS BÍBLICOS