Curso Avançado - Alimentação Natural II

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Curso Avançado - Alimentação Natural II
Parte integrante do livro “Curso Avançado de Alimentação
Natural Vol. II - 4ª Edição, Mário Sanchez
curso avançado
4ª edição
Alimentação
Natural - Vol II
REGIMES ALIMENTARES
Mário Sanchez
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Parte integrante do livro “Curso Avançado de Alimentação
Natural Vol. II - 4ª Edição, Mário Sanchez
Copyright © 2009 by:
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Biblioteca Municipal Marietta Telles Machado)
S194a
Sanchez, Mário
Alimentação natural / Mário Sanchez, Martina Sanchez - Goiânia
Ed. do Autor, 2009
3v.: il.
Conteúdo: Vol. 1. Curso avançado : fundamentos - Vol. 2. Curso
avançado : regimes e prevenção - Vol. 3. Curso avançado : cura e
regeneração.
ISBN VOL III : 978-85-61825-05-8
ISBN COLEÇÃO: 978-85-61825-03-4
1. Alimentação natural. 2. Naturismo. 3. Nutrição. 4. Dietas. 5.
Estudos de fisiologia genética. I. Sanchez, Martina II. Título.
CDU: 612.3
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e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei n 9610/98) é crime
estabelecido pelo artigo 48 do Código Penal.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2009
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Natural Vol. II - 4ª Edição, Mário Sanchez
ÍNDICE
Prefácio .............................................................................................................. 05
2 - Segunda Parte - Discussão dos Regimes Alimentares .................................. 07
2. Introdução ...................................................................................................... 07
2.1. Há confusão na dietética ............................................................................. 11
2.1.1. Cozedores ................................................................................................. 12
2.1.2. Crudívoros ................................................................................................ 12
2.1.3. Proteinômanos .......................................................................................... 14
2.1.4. Vegetarianos ............................................................................................. 15
2.1.5. Cerealistas ................................................................................................ 18
2.1.6. Frugívoros ................................................................................................ 18
2.1.7. Argumentos Comuns ................................................................................ 22
2.1.8. Resultados e Virtudes ............................................................................... 25
2.2. Regimes Onívoros e Carnívoros ................................................................. 28
2.2.1. Proteínas Superiores e Aminoácidos Essenciais ...................................... 33
2.2.2. A Troca Indispensável .............................................................................. 41
2.2.3. Sugestões para Transição ......................................................................... 44
2.2.3.1. Carnes, leites e outros derivados de soja .............................................. 44
2.2.3.2. Saladas Cruas ........................................................................................ 47
2.2.3.3. Culinária Vegetal ................................................................................... 48
2.2.3.4. Combinações e Choques de Alimentos ................................................. 49
2.3. As Monodietas ............................................................................................. 51
2.3-A. Dieta Rica em Proteínas .......................................................................... 54
2.3-B. Dieta de Farelos ...................................................................................... 56
2.3-C. Cereais Integrais - Frutas ........................................................................ 57
2.3-D. Dietas a Verduras Cozidas ...................................................................... 60
2.3-E. A Dieta de Hollywood ............................................................................. 61
2.4. Macrobióticos. Fanatismos e Mortes .......................................................... 62
2.4.1. A Macrobiótica ......................................................................................... 62
2.4.2. Fanatismos e Mortes ................................................................................ 66
2.4.3. Nossas Críticas ......................................................................................... 67
2.4.4. Exemplos de Cardápios Macrobióticos .................................................... 69
2.5. Lacto-Ovo-Vegetarianos, erros e perigos .................................................... 73
2.5.1. Lacto-Ovo-Vegetariano ............................................................................ 73
2.5.2. Erros e Perigos ......................................................................................... 75
2.5.3. O Uso do Mel substituindo o Açúcar ....................................................... 79
2.6.1. Vegetarianos Integrais .............................................................................. 81
2.6.2. Os Frutos Proibidos .................................................................................. 85
2.7. Frugivorismo ............................................................................................... 90
2.7.1. Dietistas Práticos ...................................................................................... 90
2.7.2. Antropologia e Biologia ......................................................................... 100
2.7.3. Preceitos Místicos .................................................................................. 101
2.7.4. Algumas frutas e seu Valor Terapêutico ................................................. 107
2.8. O Sistema Racêmico ................................................................................. 112
2.8-A. Tabela Prática ........................................................................................ 114
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2.8-B. Algumas Receitas Racêmicas ................................................................ 119
2.9. Conclusões Comparativas entre Regimes Alimentares ............................. 121
2.9.1. Nossas Sugestões Práticas ...................................................................... 122
2.10. Sete Degraus da Alimentação ................................................................. 126
2.10.1. 1º Degrau - Lacto-ovo-vegetariano ...................................................... 129
2.10.2. 2º Degrau - Vegetariano Integral .......................................................... 130
2.10.3. 3º Degrau - Horti-Frugívoro ................................................................ 132
2.10.4. 4º Degrau - Fruti-Herbívoro ................................................................. 133
2.10.5. 5º Degrau - Frugívoro .......................................................................... 134
2.10.6. 6º Degrau - Suco-Jejum ....................................................................... 135
2.10.7. 7º Degrau - Hidro-Jejum ...................................................................... 137
2.10.8. Como mudar Hábito Alimentar ............................................................ 138
2.10.9. Como mudar rapidamente .................................................................... 141
2.10.10. Algumas receitas de compensação ..................................................... 143
2.11. Conclusões .............................................................................................. 146
3 - Terceira Parte - Prevenção .......................................................................... 151
3.1. Introdução ................................................................................................. 151
3.2.1. O que é doença ....................................................................................... 152
3.2.2. Diagnósticos de Doenças ....................................................................... 157
3.3. O Diagnóstico Dietético ............................................................................ 164
3.4. Diagnóstico Precoce .................................................................................. 168
3.5.1. A Química Biológica na Dietética Preventiva ....................................... 174
3.5.2. Espaçamento da Ingestão de Proteínas .................................................. 176
3.6.1. Metabolismo e Doenças ......................................................................... 181
3.6.2. Fatores Tóxicos dos Alimentos .............................................................. 182
3.6.3. Restrição Calórica .................................................................................. 187
3.6.4. Restrição Calórica Protêica .................................................................... 190
3.7. Tratar Sintomas ou Tratar Doentes? .......................................................... 192
3.8. Regimes Gerais da Prevenção ................................................................... 196
3.9. Regimes Especiais Preventivos ................................................................. 200
3.10. Envelhecimento Precoce ......................................................................... 204
3.11. Vulneráveis e Resistentes ........................................................................ 209
3.12. Cada Fruta Limpa um Órgão .................................................................. 213
3.13. Ervas Medicinais e Prevenção ................................................................ 216
3.14. Herança ou Hábito .................................................................................. 219
3.15.1. Somos todos Intoxicados ..................................................................... 231
3.15.2. Desequilíbrio, Antagonismo, Toxidez de Aminoácidos ....................... 233
3.15.3. Nossos Comentários ............................................................................. 237
3.16. Regeneração Racêmica ........................................................................... 240
3.17. Jejum Preventivo ..................................................................................... 245
3.18. Espíritos, Humores, Micróbios, AIDS .................................................... 251
3.19. Podemos Prevenir Contra Câncer ........................................................... 257
3.20. Conclusões de Profilaxia ......................................................................... 264
Diagnóstico pelo Pulso ..................................................................................... 268
Diagnóstico pelas Dores ................................................................................... 271
Regime Básico de Frutas e Saladas .................................................................. 273
Sobre o Autor ................................................................................................... 275
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PREFÁCIO
No volume I desta série nós apresentamos dois tipos de
dados:
a) A teoria científica que nos leva a entender o metabolismo
como fundamentação para a Ciência da Nutrição.
b) Uma amostra de OUTRAS TEORIAS fora das Ciências
Oficiais, com a Tese de Kervran sobre MUTAÇÕES NUCLEARES
de origem biológica. .
Na verdade, a Genética, que é a base deste trabalho, foi
por nós revirada de pernas para o ar a fim de conseguir descobrir,
nas enredadas fibras da molécula de DNA, os segredos da vida.
E, como todos os biólogos sabem, na Teoria
MOLECULAR se explica todo o processo bioquímico dos
fenômenos hereditários e do desenvolvimento dos seres vivos. Mas,
até o esgotamento dos informes do GEN não se encontrou a
EXPLICAÇÃO DA VIDA.
Só se achou, em definitivo, a perplexidade da conclusão:
O SEGREDO DA FENOMENOLOGIA VITAL ESTÁ MAIS
ALÉM DAS MOLÉCULAS E DOS ÁTOMOS.
Nosso Centro de Estudos Avançados continua reunindo
dados sobre outras áreas que podem trazer luz ao tema. Enquanto
isso ficou em confronto o assunto dos REGIMES ALIMENTARES.
É que, com o estudo dos fundamentos da dietética, temos
um critério para conferir os REGIMES, de modo claro e científico:
já sabemos o que é NATURAL para o corpo VIVO em
NUTRIÇÃO. Basta aplicar aos “regimes” esse critério. Essa é a
discussão que preenche este volume. Mas, é uma “discussão”
resumida aos pontos nevrálgicos em debate.
Também não pudemos resistir à tentação que a “crítica”
aos regimes contém em seu bojo. Este texto é um pouco mais
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literário e até humorístico, por isso.
Que os leitores perdoem alguma observação mais cáustica,
que não pudemos evitar. Pensamos que os termos candentes se
tornam necessários para enunciar certas verdades...
Isto posto, pedimos aos leitores que observem que este
volume contém a SEGUNDA PARTE com os Regimes e a
TERCEIRA PARTE de nossa obra de Medicina Nutricional, com
a Dietética Preventiva.
Fomos intercalando nestes textos as citações mais úteis
que achamos na ciência da NUTRIÇÃO em autores bastante
respeitados, para que se veja que nossos estudos conferem com os
das ciências oficiais.
A diferença específica de nosso trabalho é que nós
procuramos construir um TODO COERENTE onde os
FUNDAMENTOS e os Regimes tenham a continuidade que deve
haver entre duas peças do mesmo corpo de doutrina.
E, dado o fato de que o Corpo é feito de alimentos, a
conclusão cristalina de que PREVENIR doenças é da competência
da NUTRIÇÃO, deve ser parte deste livro.
Deixamos a parte Curativa para o Terceiro Volume.
Na 2ª edição já incluímos um apêndice sobre
PULSOLOGIA como forma de diagnóstico e outro sobre o
diagnóstico mais empírico de doenças detectadas pelas dores
reflexas nas regiões da cabeça.
É que a prevenção de doenças pode recorrer assim ao
diagnóstico precoce. Este método é o utilizado por nós para poder
definir regimes personalizados.
Vejam no fim do livro o modelo de Regime Natural que
usamos como recomendação aos naturistas que queiram prevenirse de doenças em geral.
Passemos agora aos textos.
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2 - SEGUNDA PARTE
DISCUSSÃO DOS
REGIMES ALIMENTARES
2 - INTRODUÇÃO
Muito se tem escrito e se continuará escrevendo sobre
“regimes” e “dietas”.
O primeiro modelo que se propõe (ou se impõe) é o modelo
oficial, ou da liberdade dietética, ou do ONIVORISMO. É o que
chamamos de libertinagem da gula, liberdade da intoxicação,
direito ao suicídio pelo prazer do estômago, autogestão dos zumbis
alimentares e o mais que quisermos nomear.
Como vimos nos “Fundamentos Científicos da
Alimentação Natural”, o sistema oficial é aquele que favorece o
mercantilismo, sistema escravagista econômico e político, cujo
objetivo é manter um estado de coisas tal que os atuais detentores
dos bens materiais continuem sendo, CERTOS ou ERRADOS, os
donos desses bens, PARA SEMPRE.
Porém, os coitados mercantilistas caíram em seu próprio
laço e se enforcam sistematicamente em seus próprios erros.
COMO? Através da alimentação!
Se eles fossem apenas UM POUQUINHO SÓ...
INTELIGENTES, já teriam visto que seus ingredientes venenosos
não deviam ser dados, pelo menos, PELO MENOS A SEUS
FILHOS. Ou talvez o egoísmo mercantil deva ser respeitado em
sua burrice de matar seus filhos com os venenos comercializados?
(E EU ESTEJA AQUI DESOBEDECENDO A DEUS EM SUA
LEI APOCALÍPTICA DE VER OS PAIS ACABAR COM SUA
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PRÓPRIA RAÇA).
Admitindo essas hipóteses de manicômio terrestre global,
ainda devíamos admitir que os LOUCOS MERCANTIS, mesmo
querendo lançar ao mundo como mortos-vivos seus próprios filhos,
não fariam isso com seus próprios cérebros e estômagos...
Mas é essa a LOUCURA à qual assistimos: os próprios
envenenadores mercantis comem as suas refeições feitas com os
mesmos venenos que vendem!
Espero, supondo que sobre ainda algum MERCANTIL
INTELIGENTE, ESPERO QUE À LUZ DA CIÊNCIA
AVANÇADA, ADOTE A DIETA NATURAL.
Que resultaria daí?
1º) Aumentaria a procura, a proteção, a defesa, a produção
de FRUTAS AO NATURAL.
2º) Aumentaria o número de seres humanos com cérebro
aberto à GRANDE REALIDADE.
3º) Eles compreenderiam que o mundo seria bem melhor
para usar os bens materiais se não houvesse ao redor tantos doentes,
assassinos, ladrões, corruptos, maníacos, todos automáticos
multiplicadores de doentes, de assassinos e assassinados, ladrões
e roubados, corruptores e corruptos, em um eco repetitivo de imenso
túnel do tempo num pesadelo manicomial.
4º) Poderiam, nesse momento, ajudar a mudar tudo isso
com a VERDADE ALIMENTAR sendo ensinada, praticada,
financiada e aproveitada como objeto de suas atividades.
Esta seria a revolução mais completa e perfeita que o
homem poderia fazer. Nós já alcançamos o entendimento de tudo
isto e já estamos dando nossa contribuição para que a VERDADE
seja conhecida.
Esta segunda parte do Curso de Dietética vai mostrar, de
modo simples, o que é essa barafunda dos Sistemas ou Igrejas
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Dietéticas.
Vamos, no correr dos próximos capítulos, desmistificar os
interesses mercantis dos variados “slogans” dietéticos, que nada
mais são do que artes publicitárias de vender produtos lucrativos.
É aqui que vamos desfazer os mitos das proteínas, dos
equilíbrios, dos alternativos, dos farelos, dos integrais, dos
crudívoros, etc.
Dirão alguns: e o frugivorismo, não seria mais um
mercantilismo também?
É provável que haja mercadores de mangas dando ordens
de cortar mangueiras das ruas de Belém do Pará para ter lucros
sozinhos...
É provável que paguem aos Lúcios Costas e aos Niemeyers
para dizerem que o paisagismo de Brasília fica feio com frutas
caindo nas calçadas.
É provável que os garis queiram recolher só as folhas e
não frutas amassadas e apodrecendo na rua.
Mas, a VERDADE, a SAÚDE, a FELICIDADE, a PAZ,
são coisas que não podem ser VENDIDAS, nem IMPOSTAS, nem
propriedade, gosto ou autoria de quem quer que seja.
Elas são e serão sempre o objetivo único do homem sobre
a Terra, enquanto lhe sobrar qualquer resíduo de racionalidade.
Vamos começar pela verificação da confusão reinante em
dietas contraditórias, vamos ver algumas delas, mais em evidência,
para comparar e entender.
Vamos concluir, da seqüência histórica, sua seqüência como
DEGRAUS da volta ao natural.
Com esse trabalho todo, teremos melhor entendimento do
que é doença, do que seja tratamento de doenças, com seus
diagnósticos, suas compensações e as possíveis soluções, e em
especial a PREVENÇÃO.
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Com todos os dados que então tivermos reunido,
poderemos falar sobre o HOMEM SADIO, o estado de SAÚDE
REAL, a CURA ou volta ao Natural, como MILAGRE da
REGENERAÇÃO.
Serão os objetivos da 3ª e 4ª partes.
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2.1 - HÁ CONFUSÃO NA
DIETÉTICA
Quem hoje pretender escolher um regime alimentar
pensando em sair de um problema de saúde, vai deparar-se com
uma tremenda barafunda de princípios opostos que não lhe
permitirão entender como sair dela.
Acabará tão confuso com as contradições de cada sistema
dentro de si e em confronto com os outros, que é bem provável
que aceite a conclusão geral:
- Deixe ficar como está e não esquente a cabeça. Todos
morrem calados. Por que você vai chiar?
E a maioria vai continuar doente, morrendo pela boca, e
sem saber o por quê.
Vejam seis Sistemas que se opõem, mas, não são oposições
três a três - são em cruz!
1. Cozinhadores
6. Frugívoros
3. Proteinômanos
anti-cereais
anti-hidrocarbonetos
4. Vegetarianos
5. Anti-frutas
anti-carnes
Cerealistas
2. Crudívoros
Eis uma pequena apreciação de cada um:
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2.1.1 - COZEDORES
Como veremos adiante, o regime macrobiótico (e com ele
os pasteurizadores) preconiza que todo alimento deve passar por
aquecimento - uns garantem que estão destruindo micróbios, outros
informam que estão melhorando o paladar, outros dizem que estão
possibilitando a assimilação e melhorando a digestão.
2.1.2 - CRUDÍVOROS
Em extremo oposto temos os defensores do crudivorismo
dizendo que só devemos comer coisas cruas, pois é a vida tirando
seu alimento de coisas vivas. Isso é para eles “NATURISMO”.
Vamos repetir o que já dizíamos na Primeira Parte:
Aparentemente o fogo se justifica no processamento dos
“alimentos”, para facilitar sua digestão. Eis o mais dramático
engano da Dietética e da ciência oficial da nutrição.
Um simples raciocínio inicial destrói pela lógica a idéia
de que os alimentos melhoram pelo fogo; que outro animal usa o
fogo para preparar seu alimento? Como fica qualquer coisa
queimada? Que sobra no recipiente se evaporarmos água, sais
voláteis, gases e líquidos? Que utilidade terão os restos de um
vegetal após decompor suas vitaminas e seus sais pelo
aquecimento? É evidente que os poderes naturais de nutrição sejam
destruídos pelo fogo... Mas, então, por que passamos os alimentos
pelo fogo? - Ah! Eles ficam mais moles e mais GOSTOSOS!.
Sim?! Eram duros? Impróprios? Sem gosto excitante?
Deves ter perdido o juizo para desejares degustar coisas duras,
impróprias, que teu paladar recusa! E que gosto excitante acentuas?
Acentuaste gosto excitante! Sim? É isso mesmo que confessas: o
fogo é o processo de concentrar tóxicos, para aumentar o efeito
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desejado e reduzir reações iniciais desagradáveis.
A simples lógica da natureza nos diz que se um “alimento”
precisa ser amolecido, inchado, mudado de cor e de gosto e tornado
excitante é porque NÃO É ALIMENTO PRÓPRIO PARA O
HOMEM! Como ele está ao natural, ninguém consegue comê-lo.
É veneno! E o fogo, a deformá-lo, só pode concentrar o veneno!
Que diremos agora dos alimentos corretos (maçãs, tomate,
pepino, mamão, laranja, caju, abacaxi, pêssego, goiaba, etc.) se
melhoram ou pioram ao cozinhar? Que diremos dessas comidas já
semidestruídas pelo fogo, sendo requentadas para usar horas ou
dias depois de terem sido cozidas?
É assim que os experimentadores (Ereth, Morris Croock e
outros crudívoros e frugívoros) chegam à conclusão de que as
comidas passadas por aquecimentos, fervuras, frituras, torragens
e demais efeitos do fogo, perdem até metade do valor nutritivo. E
também concluem que as comidas requentadas voltam a perder
nova parcela do valor restante.
É assim que os sectários “Yin- Yanguistas” reconhecem
que o fogo muda o efeito específico de um alimento, mas, obtusos
como só eles, não admitem comer sem cozinhar! Que lhes adianta
então saber se é “yin” ou ‘yang” se o fogo vai mudar a qualidade
e é obrigatório fazer essa destruição?!
Outro ponto a ponderar é sobre a comida ser ingerida ainda
aquecida ou após esfriar. Claro está que os toxicômanos vão preferir
ainda fumegando - assim é o opiômano, o fumante (fumo ou
maconha), o cafeinômano, o carnívoro, o cerealista, etc. A
semelhança dos comportamentos está a atestar a natureza
semelhante dos processos bioquímicos e psicossomáticos que estão
ocorrendo.
O fogo é assim acentuador dos efeitos tóxicos excitantes,
piréticos, estimulantes, anestésicos, inibidores ou produtores de
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prazeres. E isto é válido para qualquer “alimento”. O trabalho do
aquecimento em química é conhecido pelos nomes de destilação,
sublimação, desidratação, carbonização, torrefação, enfim,
processos para produzir alcalóides, álcoois, concentrados,
cristalizados, refinados, sintéticos, etc. Na química culinária, será
que o bom Deus fez as leis físicas produzirem efeitos diferentes
das leis físicas que agem no laboratório? Jesus, ao curar doentes,
dizia-lhes: “Teus erros (pecados) te são perdoados (livrei-te dos
seus efeitos pelo poder espiritual). Vai e não erres de novo!”
A pasteurização, como já comentamos neste mesmo
capítulo é mais uma ilusão dos artifícios humanos do aquecimento.
É verdade que, em casos variados de epidemias, como episódios
históricos de peste na Europa, a queima de materiais contaminados
é um processo de erradicação válido. Porém, as medidas drásticas
não devem ser o processo de vida costumeiro, sob pena de impedir
o funcionamento normal de nossas defesas orgânicas.
O fogo é um elemento pernicioso no processamento dos
alimentos, o elemento decisivo na concentração do óxido de
deutério, enfim, na desvitalização do alimento.
Afinal de contas, não sejamos tão desentendidos antibiótico significa destruidor da vida e destrói a vida mesmo; o
fogo é o mais radical possível, a química da combustão tem seus
degraus e chega ao “zero absoluto” da vitalidade, a cinza! E os
sais são voláteis, em muitos casos.
2.1.3 - PROTEINÔMANOS
3º) PROTEINÔMANOS-Anti-Hidrocarbonetos
Diferentemente da discussão entre cozedores e crudívoros,
assistimos agora ao debate entre comedores de carne e vegetarianos.
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Veja-se a “Dieta Maravilhosa do Dr. Atkins” para entender
do que falamos. Este autor recomenda que se use muita proteína
animal para curar-se de qualquer doença, em particular a obesidade.
Ele condena todos os hidrocarbonetos (açúcares; amidos, glicoses,
etc.), portanto, farinhas, refrigerantes, grãos, cereais, raizes,
legumes, tubérculos. Com ele se parece também a campanha de
Dufty contra o açúcar refinado (sacarose) no livro “Sugar Blues”..
2.1.4 - VEGETARIANOS
4º) VEGETARIANOS - Anti-Carnívoros
A maior campanha de mudanças dietéticas feita no mundo
foi a dos vegetarianos, persuadindo milhões a deixarem de matar
para comer carnes. Onde não se usam argumentos bastante
científicos, pelo desconhecimento do metabolismo básico e da
síntese das proteínas nos seres vivos, usam argumentos místicos,
filosóficos e até sentimentais para obter adesões à libertação de
nosso corpo das carnes e de seus tóxicos.
Englobando sob o título “Produtos Animais” tudo aquilo
que deriva dos animais, da exploração de seus sistemas biológicos
até o consumo de seus cadáveres. É, portanto, uma escala muito
ampla de gradações variadas, indo desde o leite coalhado pelo
lacto-bacilo, até as carnes suínas botulizadas, como dois extremos,
em que o primeiro se confunde com glicose-levulose, e o último
se irmana com os mais terríveis venenos e agentes patogênicos.
Podemos afirmar, sem qualquer medo de errar, que
qualquer produto animal tem dentro de si a ação sêxtupla dos
TÓXICOS. A longo e médio prazos notamos todos os efeitos e a
superveniência da morte em conseqüência dos distúrbios causados
pela sua ingestão. A observação atenta nos diz:
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1 - Quem olha um ser humano comedor inveterado de
carnes, não pode deixar de notar sua “sonseira” bovino-suína, sua
agressividade de fera carnívora, sua lentidão de reações físicas,
sua lerdeza em reações mentais, como galinha, escondendo,
inibindo, impedindo as funções superiores em favor das inferiores
(sexo - gula - egoísmo - materialismo).
2 - Também notará logo a disfunção renal com papeiras
dos olhos, cheiros de uréia e de gases cadavéricos, pruridos de
pele, dores musculares, respiração irregular, tudo a indicar um meio
sanguíneo cheio de anticorpos prontos a explodir em pus, alergias
e demais reações protêicas de saturação.
3 - Verá depressa os acúmulos em banhas e tecidos
subcutâneos inúteis e pesados, dificultando andar, trabalhar, sentar,
dormir.
4 - Notará que o carnívoro precisa dormir mais e sua
temperatura sobe, na digestão principalmente, ocasião em que a
sonolência se prolonga e chega a parecer que não consegue acordar
jamais por completo.
5 - Se analisar a urina, fezes, suor e seborréia, verá tudo
cheio de materiais animais em decomposição, a atestar que o corpo
recusa esses venenos.
6 - Criança ainda, o ser humano sente náuseas desses
produtos e se recusa a consumi-los, pois nasceu naturalmente sem
mecanismos para seu processamento. Aí o pequeno candidato a
“robô” apanha e recebe castigos para passar ao vício do consumo
de produtos animais, até que o corpo cria mecanismos de entrada
e saída. Depois o viciado prossegue repetindo, gostando, exigindo,
tolerando, aumentando as doses até a destruição corporal total pelos
aspectos da degenerescência senil e da morte.
Isso ocorre com carnes, ovos, laticínios, SEM OUTROS
VENENOS neles inclusos hoje, como as bactérias de sua
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decomposição em açougues, supermercados, armazéns, frigoríficos,
mais os antibióticos, hormônios, vacinas, que o animal havia
recebido antes, mais os conservantes, corantes, aditivos e
condimentos químicos que recebe na industrialização e depois
novamente redestruídos pelo fogo e temperos das receitas culinárias.
Esse é o quadro aterrador dos “alimentos” provenientes
dos animais. Não estranhemos o desastre humano superveniente.
Estes são tóxicos considerados “menores”, quase sem
importância, até pelos naturistas, vegetarianos, etc. Já se vê que
até estes combatentes dos vícios já caíram na rede legalizante dos
venenos, que, no caso dos produtos animais, de cujo consumo
deveríamos ter vergonha, hoje são ARTIGOS DE CONSUMO
OBRIGATÓRIO.
Além do valor tóxico material dos alimentos animais, além
dos tóxicos adicionais que o homem lhes junta, além da acentuação
de seus valores destrutivos pelo fogo, além de tudo isso, os produtos
animais levam as baixas vibrações dos baixos instintos dos brutos
gravados em sua essência. E nosso corpo, nossa mente, entram em
sintonia com elas, e passam a vibrar no mesmo tom, como as cordas
de um violão que vibram, embora levemente, quando perto delas
se toca outras cordas ou sons de mesmas notas.
Carne, ovos, leite e seus derivados, não constroem nada
em nosso corpo, exceto por períodos curtos, à custa de grande
dispêndio de energia, quando nossos mecanismos anabólicos e
catabólicos se ajustaram a seu processamento através do corpo.
Esses ajustes são na realidade desajustes, disfunções. Por isso há
inibições de funções prejudicadas a favor do sistema monstrificante
biológico. Por isso ocorre a dependência. Por isso cresce a
tolerância com a repetição. E também cresce a reação com o desuso.
Lembre-se que alergias, choques de soro, choques anafiláticos,
são reações a proteínas, principalmente animais.
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Da análise imparcial da nossa situação como comedores
de produtos animais teremos que concluir: OS PRODUTOS
ANIMAIS SÃO ANIMALIZANTES, AGEM COMO
QUALQUER VENENO, SÃO CHEQUES SEM FUNDOS QUE
NOS DESFALCAM MAIS QUE NÃO COMER, POIS O
“BANCO” CÓSMICO TAMBÉM COBRA PELO MAU USO.
2.1.5 - CEREALISTAS
5º) CEREALISTA - Antifrutas
Outra espécie da fauna dos milagreiros dos regimes
salvadores é o adepto de cereais e grãos contra as frutas. Não são
somente os macrobióticos que defendem o cereal como alimento
básico para o homem. A classe mercantilista de todos os quadrantes
da Terra, de todas as religiões, de todas as tendências ideológicas
são comodistamente uníssonos na defesa de seu “pão nosso”, “arroz
divino”, “milho dos deuses”.
2.1.6 - FRUGÍVOROS
6º) FRUGÍVOROS - Anti-Cereais
Em oposição frontal ao cerealista, desponta o frugívoro
para dizer que só a fruta é o alimento correto. Demonstra-se que
os cereais são causas de quase todos os males humanos. Mostrase a máquina mercantil interessada no comércio, no lucro e no
embrutecimento dos consumidores de cereais. Fermentos e
conservantes são usados com grãos e amidos, carnes e leites com
seus derivados.
Um pouco menos violentos, porém tão temíveis quanto os
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fermentos e conservantes, são os cereais e as sementes. Ao mesmo
nível colocamos as frutas feitas refrigerantes MESMO SEM
ADITIVOS.
Já comentamos a escalada dos tóxicos como tendo
começado com o FRUTO PROIBIDO, que é, a nosso ver, a semente
comestível, como nozes, amêndoas, cocos, castanhas, as quais são
frutos confundidos nas sementes, pois suas polpas adocicadas
podem ser consumidas cruas como frutos e seu efeito já decorre
dos venenos com que a Natureza envolveu o germe vital reprodutor.
Nas mais terríveis armadilhas germinativas a Natureza colocou
coisas como o cianeto de potássio (na semente da nêspera, por
exemplo), a estricnina (no broto da batata inglesa), mas na maioria
deixou ácidos aminados (castanha-do-pará) ou graxos (coco) ou
taninos (romã, goiaba, jabuticaba, etc.).
O passo seguinte da escalada foi prosseguir por outras
sementes como o grão-de-bico, ervilha, milho, amendoim, e
semelhantes, verdadeiros frutos-sementes que se pode ingerir crus
ou verdes sem graves reações imediatas para o pequeno consumo.
Destas sementes se passou aos cereais - milho seco, trigo,
arroz, cevada, centeio, feijão, soja, etc. E, pela dificuldade em
digerir, passou a moer, molhar, secar ao sol, esquentar, cozer, assar,
estourar no fogo, requeimar, etc. Dessas manipulações passou o
homem a fazer o mesmo com polpas e sucos, criando pelas
fermentações naturais, os sucos, vinhos, bebidas e refrigerantes.
Toda semente contém venenos. Todo veneno é um tóxico
que ataca nosso corpo, causando reações (excitação, inibição, etc.)
as quais vão sendo reduzidas pela repetição e, pela mecanização
do processo assimilativo-eliminativo, criam um canal de circulação
que exige ser abastecido - TOLERÂNCIA e DEPENDÊNCIA se
formam em conjugação com o prazer das reações experimentadas.
Fica bem patente e visível que as operações alternadas de
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aquecimento e fermentação de cereais e que introduziram o resto
da escalada - álcoois destilados, cafés e ervas torradas, sementes e
sucos de papoula torrados, - processos estes dos laboratórios
extraírem também os refinadíssimos produtos chamados
DROGAS.
Basta-nos que entendamos bem corno se passa de cereais
a álcool, de requeimar sementes a ópio, café, fumo, etc.
Concluímos este parágrafo:
Toda semente é naturalmente tóxica. O uso médico de
tóxicos para fins curativos não é natural - sementes de mamão e
abóbora destroem vermes intestinais; sementes de mamona ou linho
são purgantes; Pitágoras condenava os feijões; Ereth descobriu
que os amidos (de sementes) são a base das bactérias crescerem
dentro do corpo; a Macrobiótica, que aconselha os cereais,
reconhece que as Grandes Civilizações - impérios de autômatos
em manadas cresceram ao redor dos cereais (trigo, arroz, milho),
Nós sabemos que também é ao redor dos cereais que cresceram
grandes grupos de leprosos, degenerados, criminosos, ditadores,
deformados físicos e mentais da espécie humana.
Isso se explica pela fuga da naturalidade que o cereal
propicia - para plantar derruba-se a vegetação natural; colhido,
pode ser levado longe e por longo tempo por exércitos em
marcha ou caravanas de salteadores; usado sempre, embrutece
exércitos de descerebrados prontos para morrer em briga por
estarem anormalmente excitados e já mortos em pé desde o
berço. A excitação sensual permanente acarreta freqüentes
atos lúbricos e criação de camundongos humanos, sem afeto
e sem pais responsáveis, a aumentar populações de órfãos,
candidatos a renovar os exércitos de mortos-viventes que
tombarão antes de poder acordar. Isto se repete num eco sem
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nexo lógico, muito logicamente encadeado na loucura humana
- à qual os cínicos chamam de Civilização. Sim! Civilização
dos Cereais!
E os cerealista ainda têm a ousadia de condenar frutas,
com seus rótulos preconceituosos sem qualquer explicação
racional. Nenhum “macrobiótico” vive mais que a era do
octogenário. Os jejuadores, crudívoros, frugívoros, Hunzas,
são de até 150 anos, (sem chegar a 80% de frugivorismo!)
Nossos leitores perceberam que, na luta entre crus e
cozidos, condenamos os cozidos sem defender TODOS os
crus. Na luta entre frutas e cereais atacamos os cereais.
Qualquer leigo desinformado fica tão confuso diante
desses sistemas que não concordam em nada, e fica
predisposto a usar o que gosta, sem saber se faz bem ou mal.
Nós pedimos que nos acompanhem no estudo e vejam
um a um os regimes que catalogamos em sete grupos, para
concluir que há razões aceitáveis em todos eles e há erros a
corrigir em todos os regimes.
Mui recentemente surgiu outra dieta (a de Hollywood,
ou Beverly Hills) querendo ensinar mais uma religião
culinária, contra todas as dietas, ensinando (sem qualquer
fundamentação) que podemos comer de tudo, desde que seja
feito um preparo, a frutas, do nosso corpo, e sejam usadas
quaisquer iguarias, em menor volume do que nossos desejos
impelem. Nossos comentários se resumem a lembrar aos
leitores que isso é aceitar a gula como guia, submetendo-se a
todas as destruições alimentares que o mercantilismo oferece!
A autora desse engenhoso método de brincar com a morte à
beira do precipício está, implicitamente concordando com o
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estado de coisas vigente, nada sabe sobre o homem, nem sobre
seus alimentos. Foi muito promovida e aceita porque, não
dizendo a VERDADE, não ofende a ninguém e todos
continuam aprovados como fazedores e comedores de
venenos: “é só adiar um pouquinho mais para comer o prato
que você gosta - ele não vai ser exilado do planeta amanhã...”.
Perderam a autora, e os leitores, a oportunidade de
ver a VERDADE sendo dita.
2.1.7 - ARGUMENTOS COMUNS
Vamos ver mais genericamente a análise dos
argumentos comuns a todos esses fanatismos alimentares:
1º) Alegam o poder curativo de suas dietas.
É interessante anotar este fato, pois nenhum divulgador
de dietas maravilhosas explica nutrição, nem os efeitos
construtivos, destrutivos ou energéticos de seus regimes. Se
são regimes alimentares, deveriam enfatizar as características
nutritivas dos alimentos propostos e deveriam fazer suas
observações, críticas, confirmações dos efeitos metabólicos,
inibidores ou excitantes, regenerativos ou energéticos. Pois
não é isso que eles alegam - alegam CURAS de doenças!
Este diapasão geral dos regimes atesta que todos sabem que a
comida NÃO É NUTRIÇÃO: É PRAZER e É MORTAL, ou no
mínimo ENFERMANTE.
2º) Alegam ter experimentado em si e em amigos, clientes,
leitores, etc.
Este é o processo mercantil de vender seus venenos - “Já é
usado por milhões! Você não é uma cobaia!”.
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A experimentação, desde Francis Bacon, é o método
consagrado como científico, porém, não nos basta que algo tenha
se repetido muitas vezes para estar certo. As guerras, os crimes, os
incêndios, os acidentes automobilísticos se repetem
ininterruptamente na vida humana e isso não lhes dá o atestado de
serem BONS nem inibe os homens de bom senso a combatê-los. É
preciso ir mais ao fundo do que dados de repetição. No caso se
trata de que os autores dos regimes perceberam que certos efeitos
acompanharam na maioria dos casos o uso de certos alimentos.
Daí concluíram que “tais alimentos curam tais sintomas”. Seguiram
o mesmo método dos laboratórios farmacêuticos, desconhecendo,
escondendo ou fraudando a causa ou os efeitos paralelos. Como
exemplo falaremos à frente do efeito curativo do arroz integral
mastigado cru e usado só ele. Os macrobióticos atribuem ao arroz
o poder de curar. Nós observamos os efeitos e fizemos a
comparação com tratamento feito com suco de limão (o extremo
oposto) obtendo a mesma cura! E daí? Seria algo que temos no
arroz e também no limão? Não! Os míopes viram apenas o que o
doente comeu - nós vimos o que o doente DEIXOU DE COMER,
e que era a causa da doença... suprimida a causa, morre o efeito...
Essa balela não nos ilude - experimentação dietética é arte
mercantil para vender produtos que assim caem em moda: há pouco
tempo o NABO pulou de Cr$ 200, o quilo para Cz$ 5.000 por ter
sido indicado, por um dietista em evidência, para curar todos os
problemas de doenças terráqueas...
3º) Todos concordam humildemente que suas dietas falham
em alguns pacientes.
Por exemplo, a macrobiótica aceita que não cura 40% dos
doentes.
Pelo menos nisto há uma dose de honestidade, pois sabem
de experiência própria que nem sempre conseguem acertar.
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Ao estudarmos os diversos regimes, isto nos deixou
bastante tranqüilos - se todos eles falham em muitos casos, pode
ser que TODOS OS REGIMES TENHAM ALGUMA
VALIDADE! Somos pesquisador honesto e por isso não recusamos
a nenhum deles o exame de suas teses. É o que veremos adiante.
4º) Alegam que estão contestando preconceitos, vícios e
erros estabelecidos anteriormente.
Esta alegação contestatória faz dos regimes alimentares
sempre movimentos da moda, da juventude, dos sem nada, dos
revoltados, daqueles que hoje estão por baixo e amanhã podem
galgar o poder e aí seus regimes ou são renegados ou se tornam o
sistema oficial, a exigir amanhã nova contestação. Como vimos
observando, isso se repete na história humana como um eco sem
fim de contestações sem que ninguém procure saber a VERDADE.
Parece que o único interesse não é resolver - é contestar.
Para nós essa característica não nos move a nada. Contestar,
principalmente o que os nossos antecessores e opositores possuem
de certo, não é nosso objetivo. O que desejamos é estabelecer qual
é o CORRETO.
5º) Todos os regimes acusam seus opositores de “radicais”.
Não nos impressionaremos com essa palavrinha, pois no
decorrer do CURSO vamos radicalizar de uma vez por todas até o
fim, até a VERDADE, e vamos saber sem subterfúgios que o único
ser sobre a Terra que foi realmente radical chamou-se JESUS
CRISTO.
6º) Todos eles garantem que conhecem tudo em
alimentação e... todos os “papas” dietéticos morrem com doença
alimentar.
Essa pretensão não a temos. Desejamos continuar coletando
informações que nos faltam a fim de, um dia, poder preencher o
imenso arcabouço dos conhecimentos que vemos no Sistema que
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governa o mundo, dentro do qual se localiza a Nutrição, inclusive
os errôneos regimes que conhecemos.
Quanto aos erros alimentares, há muito desistimos de evitálos na sua totalidade, pois com tanto veneno e poluição, não
escaparíamos dos erros senão pela porta da morte. Até jejuando a
ar-água-luz entraria poluição por todos os lados. Então sabemos
que nossa luta terá resultados somente por aproximação no mundo
físico. A alimentação perfeita pode ser CONHECIDA, praticada
com APROXIMAÇÃO, respeitada sem deixar dúvidas, mas para
ser atingida, só por milagre super-humano. Sabemos que o dia em
que nosso corpo falhar e tivermos que trocá-lo na escalada cósmica,
terá sido por ERROS ALIMENTARES que isso acontecerá.
2.1.8 - RESULTADOS E VIRTUDES
Por outro ângulo, vamos reconhecer que todos eles
possuem algumas virtudes:
a) São sistemas coerentes com seus postulados. A
preocupação com a coerência chega a ser doentia e chega a parecer
mais fanatismo do que conhecimento, mais crença e teimosia do
que fé ou confiança nas próprias propostas.
b) De fato apresentam suas curas, seus beneficiados por
bastantes experimentos. Geralmente partiram da observação ou
necessidade. Nós também começamos assim. Porém, como
precisávamos de um regime com muita urgência, tivemos que
experimentar em cima da experimentação dos outros para conferir
resultados e, para submeter-nos às experiências oferecidas
possuíamos limites muito perigosos. Tivemos que estudar antes
para depois usar o que mais se aproximasse de um padrão ideal. A
busca desse padrão precedeu em nosso caso a experimentação e
nos casos gerais a experimentação foi a dirigente do estudo e só a
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