1 Conceituação de Eventos CONFERÊNCIA: do Latim conferre
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1 Conceituação de Eventos CONFERÊNCIA: do Latim conferre
1 Conceituação de Eventos CONFERÊNCIA: do Latim conferre, “trazer junto”, figurativamente “comparar, consultar, deliberar”, formado por com-, “junto”, mais ferre, “trazer, portar”. O sentido de “receber conselho, aprender sobre um assunto” se firmou, mas o de “fazer comparação, observar se algo está nos padrões” continua como antes. Enquanto evento geral, se aproxima muito do significado do congresso. No entanto, a conferência conota uma abordagem mais ampla do que o congresso, não partindo de uma entidade em particular, mas de todas as entidades de uma determinada área. A Conferência tende a ser um evento promovido dentro de uma certa periodicidade. Exemplo, a Conferência Brasileira de Educação, a CBE, evento convocado por várias entidades de educadores e que, até 1991, acontecia de dois em dois anos. Mas conferência é termo usado, num sentido mais restrito e mais conhecido, como sinônimo de palestra. Trata-se de uma palestra numa perspectiva mais solene! Essa atividade tem caráter bem amplo e geralmente se dá num contexto não informal. Trata-se da fala de um único expositor, geralmente figura de destaque na área e no contexto sociocultural. Nem sempre sua fala é seguida de debates, limitando-se à exposição de suas ideias. CONGRESSO: do Latim CONGRESSUS, que significava “encontro”, tanto hostil quanto amigável, de CONGREDI, “encontrar-se ou lutar com”, de COM-, “junto”, mais GRADI, “caminhar”, de GRADUS, “passo”. É uma reunião, um encontro para fins de discussão e debate de ideias, promovido, em geral, por entidades e associações de especialistas das várias áreas, interessados em acompanhar, disseminar e debater teses que expressam a evolução do conhecimento dessas áreas. Com esse tipo de debate parece ter-se desenvolvido antes no âmbito das associações políticas, registra-se a marca inicial de que o congresso era destinado apenas a delegados, especialmente indicados para dele participarem, levando posições previamente discutidas e eventualmente acertadas pelas entidades que se faziam representar. Hoje sua significação já se estendeu, abrangendo qualquer evento, de certa proporção, em que se debatem questões de interesse dos participantes. Resta ainda a marca de que os congressos são organizados e promovidos por entidades de classe ou então por associações científicas. 2 ENCONTRO: do Latim INCONTRARE, “encontro de adversários”, formado por IN-, “em”, CONTRA, “contra, oposto”. Dessa acepção agressiva o seu sentido se atenuou para o atual. Designa um evento de menor porte que um Congresso e mais abrangente do que uma simples reunião. Também se destina ao debate aberto de temas predeterminados, sob diversas formas de sessão. JORNADA: do Latim viaticum, “jornada”, originalmente “provisões para uma jornada”, derivado de via, “caminho, estrada” o que se faz em dias. Jornada é um encontro que faz referência a um certo tempo, em termos de dias. Mas é também tomada no sentido de Encontro. MESA REDONDA: Visa à apresentação de pontos de vista diferentes sobre uma mesma questão, mas a partir da exposição de um dos participantes. Em princípio, os demais participantes tomam conhecimento prévio do texto do expositor, apresentando, então, comentário crítico às suas posições. Após esses comentários, a palavra volta ao expositor, podendo ser aberta também aos assistentes. Dado esse formato da mesa-redonda, é conveniente que se limite a apenas dois o número de debatedores. OFICINAS E WORKSHOPS: Trata-se de reuniões mais restritas em termos de número de expositores e de participantes, destinadas a apresentação de trabalhos, de experiências, de pesquisas, propiciando oportunidade de divulgação e debate. Elas podem ocorrer tanto no âmbito de eventos mais amplos quanto como atividades autônomas. Têm um caráter de uma realização participada, ou seja, com a preocupação de levar os participantes a vivenciarem experiências, projetos, programas etc. Igualmente vêm se tornando comuns, nos diversos encontros, as Apresentações de Pôsteres, que são apresentações de trabalhos via cartazes, com fotos, figuras, esquemas, quadros e textos concisos, referentes a alguma experiência, atividade ou proposta. Esses pôsteres ficam expostos ao público participante, o autor dos mesmos colocando-se à disposição para fornecer eventuais esclarecimentos que forem solicitados pelos observadores. É bom lembrar, que os trabalhos enviados para participação em eventos científicos, em geral, devem ser acompanhados de um resumo contendo em média de 200 a 300 palavras. As comissões organizadoras dos eventos informam previamente, através de suas circulares, as condições de participação e o formato dos trabalhos e resumos. 3 PAINEL: Painel – vem do Inglês panel, derivado do Francês panel, “almofada de sela, pedaço de pano”, do Latim pannellus, diminutivo de pannus, “trapo, pedaço de tecido”. Na época anglo-normanda, tinha o significado de “pedaço de pano com uma listagem de jurados”, de onde o seu outro sentido de “grupo de pessoas reunido para discussão ou estudo”. É a apresentação de trabalhos sobre um mesmo tema, abordado sob pontos de vista diferentes, todos expostos livremente, sem referência a colocação prévia de qualquer dos participantes, que podem ser três ou mais. O que caracteriza o painel é que ele abre espaço para um maior número de exposições, embora, com tempo reduzido para cada uma. PALESTRA: PALESTRA – Do Grego palaistra, “escola, local para exercícios”, de palaíein, “lutar”. Na Grécia antiga, esse era o nome dado a um local onde se fazia treinamento de lutas, em que os alunos recebiam orientações, instruções. A Palestra é uma conferência feita em condições menos solenes, inserida no contexto de um evento ou mesmo pronunciada isoladamente. Também pronunciada por um único expositor, sua fala pode ser seguida de debates com os ouvintes. REUNIÃO: UNIFICAR – de unus mais facere, “fazer, tornar”, ou seja, juntar diversos aspectos diferentes e torná-los um só, transformá-los numa unidade. reunir – aqui o unus está mais disfarçadinho, assim entre as outras letras. Mas se juntou ao prefixo RE-, “de novo”, para intensificar a idéia de “juntar”. Em princípio deveria designar um evento mais restrito; no entanto, às vezes é tomada como Encontro ou Congresso. 4 SEMINÁRIO: do Latim SEMINARIUM, “viveiro de plantas”, de SEMEN, “semente”, pois se trata de um local ou atividade onde são semeadas ideias. É uma reunião mais restrita, como se fosse um grupo de estudos, em que se discute um tema a partir da contribuição de todos os participantes. Em encontros de grande porte, realizam-se as Sessões de Comunicações, destinadas sobretudo, a que pesquisadores apresentem, de forma abreviada e sintética, resultados de pesquisas que vêm realizando. Tanto podem tratar de uma temática predeterminada (fala-se então de Sessão de Comunicação Coordenada), ou sobre temas variados (Fala-se de Sessão de Comunicações Orais). A comunicação relata estudos, resultados de pesquisa, experiências, de iniciativa pessoal. Trata-se de uma exposição mais sucinta, uma vez que, em geral, pouco tempo lhe é reservado nos encontros. SIMPÓSIO: do Grego SYMPOSION, “reunião para beber”, de SYN, “junto”, mais PINEIN, “beber”. No caso, sorver ideias. Em princípio, é uma reunião destinada apenas a especialistas, que se reúnem para discutir tema previamente determinado. Em geral versa sobre um único tema que vem sendo pesquisado por estudiosos, em instituições diferentes, que são convidados por uma entidade, para debatê-lo, numa perspectiva de troca de informações, de ideias e de conclusões. O debate é presidido por um coordenador. Fonte: SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2014.