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Ecologia Vegetal
Introdução à disciplina
Conceitos gerais
Vegetação
Docentes:
Natasha Ribeiro
Valério Macandza
Aniceto Chaúque
• OIKOS (=onde se vive) + LOGOS (=estudo).
• lugar
=> Pode ser definida como:
a) Estudo científico das interações que determinam a
distribuição e abundância dos organismos (Krebs, 1972).
b) Ciência que estuda os seres vivos e o meio ambiente que os
rodeia, bem como as relações entre estes.
c) Ciência das interrelações dos organismos dentro e para o
seu ambiente completo.
Importância da ecologia?
• encontra-se dividida em vários ramos
– De acordo com o ambiente:
• ecologia terrestre,
• ecologia marinha
– De acordo com a classe de organismos ou espécies em
causa:
•
•
•
•
•
Ecologia dos insectos,
ecologia florestal,
ecologia vegetal,
ecologia do bambú
etc
Âmbito da ecologia
• Descritivo: da estrutura, composição e distribuição dos
organismos num determinado meio num determinado
período de tempo.
• Explicativo: procura dar explicação das variações das
formas vegetais, tentando identificar factores (solos, clima,
efeitos de outros organismos, fogos, inundações,
desbravamentos) que explicam o porquê de tais diferenças
estruturais nas formações vegetais.
• Preditivo: procura formas de prever a situação futura de
espécies atravéz do conhecimento das condições óptimas
da sua ocorrência usando modelos de previsão.
Conceito de ecossistema: unidade
básica da ecologia
Eco = ambiente e sistema =
conjunto de diferentes
componentes que funcionam
em conjunto.
Eco = C. biótica + C. abiótica
Espécie -> populações ->
-> comunidade
Vegetação
• Conjunto de plantas num determinado local;
• Podem ser simples ou complexos dependendo de vários factores
• existem quatro atributos principais para a presença de um ser vivo na
terra:
a) O ser nutre-se: assegura a possibilidade de viver;
b) Reproduz-se: permite perpetuar-se através de seus
descendentes e faz com que a espécie permaneça ao longo do tempo;
c) Cresce: permite desenvolver estruturas de suporte e de
nutrição, isto é, permite que o ser tenha a sua expressão e presença;
d) Evolui: permite variar e transmitir esta variação aos seus
descendentes.
História Evolucionária das espécies
a primeira grande
diversificação ocorreu no
período geológico cambriano
(> 500 mya)
Eucariotas 2 bya
Bactérias 3.8 mya;
História Evolucionária das espécies
Nutrição
processo fotossintético
absorção radicular
Reprodução
i) R. Sexuada: Óvulo + Pólen = Semente
Ciclo reprodutivo
Dinâmica do banco de sementes
Reprodução
ii) R. assexuada (vegetativa):
•
•
Através de uma componente vegetativa de
uma planta adulta
Uma das melhores formas de resistência às
perturbações ambientais
Crescimento
• É o resultado da actividade dos meristemas (divisão
celular) que promove a distenção dos tecidos:
– Em altura e comprimento das raízes: através do
meristema primário
– Em diâmetro das raízes, tronco e ramos: através
do meristema secundário ou câmbio (para as
dicotiledóneas e gimnospermas).
• tem duas funções:
– estabelecer as estruturas de suporte e nutrição, e
– desenvolvimento das estruturas fotossintéticas e de
diferenciação das células reprodutivas.
Classificação
• Existem actualmente cerca de 450 mil espécies
vegetais (bactérias e algas até árvores)
=> necessidade de agrupá-las – TAXONOMIA ou
BOTÂNICA SISTEMÁTICA
• Agrupam-se os indivíduos com características
semelhantes até não haver mais diferenças
significativas (nível de espécie)
Classificação
De acordo com o princípio taxonómico o reino vegetal classifica-se em:
i) Traqueófitas (plantas vasculares): plantas com diferenciação morfológica e
anatómica. Estas incluem:
1. Fanerógamas (plantas com flôr) que por sua vez são compostas
por:
- Angiospérmicas (monocotiledóneas e dicotiledóneas)
- Gimnopspérmicas (como os pinheiros)
2. Pteridófitas (fetos e outros vegetais que se reproduzem por
esporas)
ii) Plantas sem diferenciação anatómica que incluem:
3. Briófitas (musgos) e as
4. Talófitas (bactérias, líquens, algas, fungos)
Classificação ecológica
• Agrupa tipos característicos de vegetação de
acordo com o lugar da sua ocorrência, da
expressão (fisionomia), fenologia e composição
=> formações vegetais (floresta, mata, pradaria,
etc)
• Critérios de classificação:
– solos (formações edáficas),
– clima (formações climáticas),
– Topografia (formações de relevo)
Tipos de classificações
• Classificação geográfico-climática:
– Baseada nas grandes regiões do planeta e o clima
associado
Utilidade do critério geográfico-climático?
Classificação fisionómico-estrutural
•
Baseia-se na estrutura fisionómica da vegetação, ou seja, na sua expressão
característica.
•
Os factores a considerar nesta classificação são :
– o tipo de vegetação: se é arbórea, arbustiva ou herbácea ou uma mistura
destes;
– A altura e a densidade de plantas bem como as proporções em caso de
misturas;
– A fenologia da vegetação predominante (a caducidade foliar).
•
É necessário referir que neste tipo de classificação os factores climáticos e
edáficos estão inteiramente correlacionados, já que são estes os maiores
influenciadores desta "expressao" da vegetação . Ex. Classificação de Yamgambi.
•
Yangambi é a base de classificação de Moçambique; Gomes e Sousa (1967), Atlas
Geográfico de Moçambique (MEC, 1979), (Saket, 1994), Marzoli (2007)
Classificação Florística
• Baseia-se na composição florística de cada uma das regiões.
• Pressuposto: Na natureza existem algumas tendências de
agrupação entre espécies para conformar uma estrutura
característica que pode ser reconhecida como uma formação
vegetal.
• Aplicável aos casos onde não há muita complexidade na vegetação
e as espécies podem ser facilmente reconhecíveis, ou em áreas
relativamente pequenas. Ex. A savana de mopane ou o miombo na
Africa Austral.
Formações vegetais em Moçambique
MEC,1979
The vegetation map of Mozambique (Marzoli, 2007)
Dense forests
Open forests
Mosaic
agriculture and
forest
Agriculture