Certificação como ferramenta para a sustentabilidade
Transcrição
Certificação como ferramenta para a sustentabilidade
1ª Sessão de trabalho 21 Novembro 2012 - Castro Verde No âmbito do Projecto “Capacitação de explorações agrícolas para a certificação de sustentabilidade” Apresentação: A Certificação como Ferramenta para a Sustentabilidade Por: Raquel SanMartín APCER Promotor Financiamento A Certificação como Ferramenta para a Sustentabilidade Novembro 2012 Castro Verde Raquel Sanmartín Agenda 1. Tendências Globais 2. Enquadramento do Sector Primário em Portugal 3. A APCER Agro&Food 4. A Certificação no Sector Agroalimentar 16-01-2013 3 Tendências Globais Tendências Globais Aumento da procura de produtos alimentares Necessidade de produzir de forma mais eficiente “Hiperciência” – investigação em ciências agronómicas A inovação é determinante para o sucesso (produzir mais, melhor e mais barato) 16-01-2013 5 Tendências Globais (cont.) Inovação no sector das embalagens tem impacto nos produtos agrícolas Rastreabilidade dos produtos e sustentabilidade no modo de produção Energia – o papel da agricultura na diminuição da dependência do petróleo e gás natural Saúde - aumento da procura de alimentos saudáveis 16-01-2013 6 Tendências Globais (cont.) Relação Consumidor|Produtor mais estreita e direta Transformação geracional dos agricultores Regulamentação da rotulagem de produtos alimentares Parcerias estratégicas para o sucesso – fornecedores, produtores, distribuidores, consumidores 16-01-2013 7 Enquadramento do Sector Primário Enquadramento do Sector Primário Um sector em transformação Concentração - Diminui o nº de explorações de pequena dimensão - Aumenta o nº de explorações de maior dimensão - Aumenta a área por exploração 16-01-2013 Profissionalização - Aumenta a proporção de empresas agrícolas - Aumenta a mecanização - Aumenta a % de dirigentes com formação superior Eficiência - Diminui a UTA por unidade de superfície - Aumenta a SAU por tractor Fonte: Elaboração própria com base no Recenseamento Agrícola 2009. INE, 2010 9 Enquadramento do Sector Primário Como ter sucesso no contexto atual… Escala 16-01-2013 Diferenciação (Marca, Produto, Serviço) 10 A APCER Agro&Food A APCER Agro&Food Âmbito de atuação Unidade de negócio responsável pela prestação de serviços do Grupo APCER ao sector agroalimentar e sua cadeia de fornecimento (from farm to fork), reforçando a sua presença no sector primário e alimentar 16-01-2013 12 A APCER Agro&Food Âmbito de Actuação 16-01-2013 13 A APCER Agro&Food Missão, Visão e Valores Missão Prestar serviços do Grupo APCER ao sector agroalimentar, que promovam nos clientes melhorias de desempenho distintivas, duradouras e substanciais, criando relações de longo prazo mutuamente benéficas. Visão Ser a primeira escolha dos clientes do sector agroalimentar. Valores Orientação para o Cliente Criação de Valor Integridade Ser Parceiro Competência 16-01-2013 14 A Certificação no Sector Agroalimentar A Certificação no Sector Agroalimentar 16-01-2013 16 A Certificação no Sector Agroalimentar Modo de Produção Biológico A produção biológica é um sistema global de gestão das explorações agrícolas e de produção de géneros alimentícios que combina as melhores práticas ambientais, um elevado nível de biodiversidade e a preservação dos recursos naturais. A União Europeia definiu no Regulamento nº 834/2007 o quadro legal para todos os níveis de produção, distribuição, controlo e rotulagem de produtos biológicos que podem ser disponibilizados e comercializados na EU. Assim, os agricultores, transformadores e importadores biológicos, que desejem usar o rótulo ou logótipo da UE para a agricultura biológica nos seus produtos deverão cumprir este regulamento e demonstra-lo através de um processo de certificação externo. Os produtos biológicos, para além de serem mais benéficos para a saúde e promoverem métodos de cultivos amigos do ambiente, constituem portas de entrada para mercados e clientes mais exigentes, criando assim uma vantagem competitiva no operador certificado. 16-01-2013 17 A Certificação no Sector Agroalimentar Modo de Produção Biológico Alguns requisitos (não exaustivo): 4. Localização 5. Materiais de propagação 6. Solo 16-01-2013 Verificação em campo de potenciais focos de contaminação. Exploração distante de núcleos urbanos, vias de comunicação e potenciais focos de poluição. Só podem ser utilizados sementes ou material de propagação vegetativa produzidos através do modo de produção biológico. Foram produzidos sem recorrer a OGM's (organismos geneticamente modificados) e em conformidade com o regulamento durante pelo menos uma geração ou nos casos de culturas perenes, dois ciclos vegetativos (Regulamento nº 834 de 2007, artigo 12º) A plantação deverá ser orientada de acordo com as curvas de nível melhorando o aproveitamento de água e evitando a erosão do solo. 18 A Certificação no Sector Agroalimentar Produção Integrada A produção integrada é um sistema agrícola de produção de alimentos de alta qualidade e de outros produtos utilizando os recursos naturais e os mecanismos de regulação natural em substituição de factores de produção prejudiciais ao ambiente e de modo a assegurar, a longo prazo, uma agricultura viável. Os operadores que desejem comercializar os seus produtos com o logótipo da Produção Integrada devem iniciar um processo de certificação por uma entidade externa. As principais vantagens consistem numa maior facilidade de acesso ao mercado e a apoios comunitários das medidas Agro-Ambientais do ProDER. 16-01-2013 19 A Certificação no Sector Agroalimentar Produção Integrada Alguns requisitos: 5. Solo 10. Proteção culturas 10. Proteção culturas 16-01-2013 Culturas permanentes: A lenha de poda deverá ser triturada e deixada à superfície, exceto se existirem razões fitossanitárias comprovadas que justifiquem a sua remoção das A aplicação de produtos fitofarmacêuticos terá de estar devidamente justificada através da comprovação de ameaça da cultura das As embalagens dos produtos fitofarmacêuticos deverão ser corretamente tratadas de acordo com as indicações presentes no rótulo e encaminhadas para um sistema de gestão de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos. 20 A Certificação no Sector Agroalimentar GLOBALGAP GLOBALGAP é uma organização privada que estabelece normas voluntárias para a certificação de produtos agrícolas em todo o mundo. O objectivo é estabelecer uma norma de Boas Práticas Agrícolas (BPA em Inglês GAP), que inclui diferentes requerimentos para os diferentes produtos e que possa ser adaptada a toda a agricultura mundial. O referencial GLOBALGAP integra aplicações modulares para os diferentes grupos de produtos, incluindo entre outros a produção de frutas e vegetais e de animais, de materiais de propagação de plantas e de forragens compostas. 16-01-2013 21 A Certificação no Sector Agroalimentar GLOBALGAP O referencial permite a cada parceiro da cadeia de fornecimento a possibilidade de posicionar-se no mercado global e ao mesmo tempo respeitar as exigências dos consumidores. Procura-se assim uma maior confiança dos consumidores na qualidade e segurança dos produtos alimentares. Os produtores têm de demonstrar o seu compromisso com a: • Manutenção da confiança do consumidor na qualidade e segurança dos alimentos; • Minimização do impacto negativo no meio ambiente, com especiais preocupações com a natureza e os recursos bravios; • Redução no uso de agro-químicos; • Melhoria da utilização dos recursos naturais; • Prática de uma atitude responsável com a saúde e segurança dos trabalhadores. 16-01-2013 22 A Certificação no Sector Agroalimentar GLOBALGAP • É possível aplicar a explorações de forma individual (option 1): – Um produtor com uma exploração – Um produtor com varias explorações • É possível aplicar a grupos (option 2): – Um conjunto de produtores que formam um grupo LOCALGAP • A possibilidade de iniciar o processo de uma forma mais simples: – Certificação de grupo – Menos requisitos – Acompanhamento por parte de GlobalGap – Objectivo final: conseguir o GlobalGap 16-01-2013 23 A Certificação no Sector Agroalimentar GLOBALGAP Alguns requisitos: Identificação de Todos os resíduos e fontes de poluição devem ser identificados em resíduos e poluentes todas as áreas de atividades Impacto da agricultura O produtor deve ter um plano de conservação e gestão da vida no ambiente e selvagem para a unidade de exploração. biodiversidade Rastreabilidade 16-01-2013 Deve existir um mecanismo documento rastreabilidade até a unidade de produção. que garanta a 24 A Certificação no Sector Agroalimentar Tesco Nature’s Choice Todos os fornecedores da Tesco UK devem cumprir o Standard Tesco Nature’s Choice, criado pela cadeia de distribuição inglesa em 1993, embora a sua aplicação a nível mundial acontecesse apenas em 2004. É uma norma elaborada segundo a metodologia da NP EN 45011 com a aplicação do conceito da melhoria continua. É aplicável a todos os produtos frescos fornecidos à Tesco. Os agricultores que forneçam à Tesco, ou pretendam vir a faze-lo, devem ser auditados periodicamente. Em função da pontuação obtida na auditoria são classificados em três níveis diferentes: • Gold • Silver • Bronze 16-01-2013 25 A Certificação no Sector Agroalimentar Tesco Nature’s Choice Alguns requisitos: Pollution prevention All potential environmental pollutants in the production chain have to be identified and reduced. Rational use of crop inputs such as fertilisers and plant protection products Reducing inputs wherever possible to reduce environmental risk and ensure proper control. Only certain products, which pose the least risk to the environment and human health, are allowed for use. Health & Safety Ensures that all staff receive appropriate training for the work that they do, reducing the risks of accidents and ill health. Risks to health are identified and reduced wherever possible. 16-01-2013 26 A Certificação como Ferramenta para a Sustentabilidade Novembro 2012 Castro Verde [email protected] 92 637 49 96