Projeto - Perspectiva da AM Best sobre alavancagem operacional

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Projeto - Perspectiva da AM Best sobre alavancagem operacional
A.M. BEST METHODOLOGY
06 de outubro de 2015
Critérios – Universais
Projeto: Perspectiva da A.M. Best
sobre alavancagem operacional
Para formar uma opinião geral da solidez do balanço patrimonial de uma empresa, a A.M.
Best Co. estuda a alavancagem total da organização, que inclui a alavancagem financeira e a
alavancagem operacional. A alavancagem financeira, através de instrumentos de dívida ou
similares à dívida, pode criar uma convocação para a compra dos ganhos de uma seguradora
e dificultar seu fluxo de caixa. Além disso, a alavancagem excessiva na empresa operacional
ou na holding pode ocasionar a instabilidade financeira (Veja o relatório da A.M. Best sobre a
Classificação das Holding de Seguros e de Dívida).
A alavancagem operacional é definida amplamente como alavanca utilizada em operações
comerciais normais (de seguro ou fora do ramo de seguros) para apoiar a liquidez ou para
fornecer fontes adicionais de receita operacional com características de duração limitada ou
harmonização de fluxos de caixa. Essas atividades podem também ser específicas ao programa
(ou seja, margem de empréstimos) ou apoiar reservas não-econômicas (reservas por lei
superiores às reservas econômicas) com baixos níveis de risco de liquidez, risco de crédito e
risco de incompatibilidade de prazo. Independentemente da sua forma, a alavancagem pode
impactar a liquidez, o fluxo de caixa e o perfil operacional de uma seguradora e poderia
levar à instabilidade financeira, especialmente durante tempos de dificuldades sistêmicas do
mercado de capitais. A A.M. Best analisará detalhadamente todos os tipos de alavancagem no
nível de holding e de companhia operacional para determinar se a dívida será tratada como
alavancagem operacional ou financeira.
Contatos Analíticos
George Hansen, Oldwick
+1 (908) 439-2200 Ext. 5469
[email protected]
Rosemarie Mirabella, Oldwick
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[email protected]
Duncan McColl, CFA, Oldwick
+1 (908) 439-2200 Ext. 5826
[email protected]
SR-2011-M-354a
Este informe de criterios puede
encontrarse en www.ambest.
com/ratings/methodology
Para organizações com holdings emissoras de dívida, as principais fontes de serviço de
dívida serão analisadas. As empresas diversificadas que possuem operações significativas fora
do ramo de seguros, tais como financiamento ao consumidor, gestão de ativos, locação de
equipamentos e serviços bancários de hipotecas, podem precisar de financiamento adicional.
O financiamento de outras operações exclusivamente atendidos pelas empresas fora do ramo
de seguros pode ser considerado como alavancagem operacional em vez de alavancagem
financeira, se essas empresas não forem garantidas pela companhia líder de seguros, e a
dívida for tipicamente correspondida em financiamento com ativos correspondentes, tais
como pagamentos a receber de cartões de crédito ou hipotecas. A quantidade de crédito de
alavancagem operacional pode estar sujeita a níveis de tolerância, como discutido abaixo.
No entanto, para organizações com operações fora do ramo de seguros que são altamente
alavancadas, a A.M. Best considerará uma diferenciação extraordinária (ou seja, mais ampla)
dos títulos de dívida emitidos por holdings, bem como possível impacto na classificação da
companhia de seguros.
Para as organizações que emitem dívida ou instrumentos semelhantes à dívida diretamente
de uma companhia de seguros operacional, os montantes que podem ser tratados como
alavancagem operacional geralmente envolveriam casos em que o risco residual para a
seguradora é insignificante. Como os instrumentos financeiros podem ser emitidos por
holdings ou por empresas operacionais (ou por ambas), a A.M. Best aplicará tolerâncias
específicas em cada empresa operacional, bem como numa base consolidada. Se a tolerância
for excedida em uma empresa operacional em particular ou em um grupo, a A.M. Best
acompanharia de perto a predileção do emissor por outras formas de alavancagem. (Veja
o Passo 1 na página 7 para ver exemplos de empresa operacional.) Em última análise, as
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Critérios – Universais
obrigações de dívida consideradas pela A.M. Best como alavancagem operacional seriam
excluídas totalmente do cálculo da alavancagem financeira consolidada, a menos que o nível de
tolerância seja superado. (Consulte o Passo 2 na página 7 para uma visão consolidada.)
Requerimentos para Crédito de Alavancagem Operacional
A A.M. Best define o alavancamento operacional amplamente como dívida (ou instrumento
similar) utilizada para financiar uma carteira específica de ativos correspondentes, operações
financeiras que não são do ramo de seguros ou para financiar reservas não econômicas. Os
fluxos de caixa do conjunto de ativos devem ser suficientes para financiar o pagamento de
juros e de principal associados com as obrigações. Além disso, a seguradora deve possuir
capacidades sólidas de gestão de ativos/passivos e de gestão de risco de investimento, deve
aderir às tolerâncias de incompatibilidade de curto prazo, e manter risco de reembolso e de
liquidez insignificante relacionado a estas obrigações.
Para que o financiamento receba tratamento de alavancagem operacional, a A.M. Best deve
poder (1) analisar os ativos que sustentam estas emissões de dívida para avaliar o seu risco
de crédito, juntamente com qualquer risco de incompatibilidade ALM; (2) entender os
controles de gestão e a estrutura do mecanismo de financiamento; e (3) analisar as disposições
específicas relacionadas com os contratos de dívidas. Além disso, se a alavancagem fizer parte
de um programa baseado em spread, a empresa deve poder demonstrar spreads positivos.
Alguns exemplos de atividades que normalmente seriam vistas como alavancagem operacional são:
• Programas para empréstimo de títulos
• Acordos de recompra e de revenda (repos)
• Empréstimos do Federal Home Loan Bank (FHLB)
• Contratos de investimento garantido (GIC) e acordos de financiamento
• Programas de títulos respaldados com acordos de financiamento (FABS)
• Programas de títulos de varejo
• Operações de financiamento de prêmios utilizadas por seguradoras de ramos elementares
• Cartas de Crédito (LOC), dívida ou garantias de controladoras relacionadas com
securitizações do Regulamento XXX ou Diretrizes AXXX (XXX ou AXXX)
• Securitização de valor incorporado
• Outros passivos não incluídos no balanço
Dado que as soluções de financiamento do mercado de capitais continuarão a evoluir, esta lista
não pretende ser completa e a A.M. Best analisará novas formas de financiamento do mercado
de capitais individualmente para determinar o tratamento como alavancagem operacional ou
financeira com base na suas características subjacentes.
Geralmente, os programas de empréstimo de títulos mantêm investimentos líquidos
de alta qualidade com passivos/ativos de prazos estreitamente correspondidos e são
regidos por diretrizes formais de investimento que têm limites estabelecidos para taxas
de juros, reinvestimentos e riscos de contraparte. Dado que a indústria reduziu o alcance
e a complexidade destes programas, ao mesmo tempo em que aprimora as práticas de
governança da gestão de riscos, a A.M. Best continuará a permitir o tratamento de alavancagem
operacional. No entanto, caso uma seguradora demonstrar excessiva dependência em
empréstimos de títulos ou se tiver um histórico de perdas relacionadas com garantias, a A.M.
Best pode não permitir crédito de alavancagem operacional total.
Houve um aumento na alavancagem utilizada pelas seguradoras de bens/acidentes que
participam em empréstimos FHLB. Os programas FHLB proporcionam flexibilidade financeira
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para os membros das companhias de seguros e são uma fonte atraente de capital devido às
taxas favoráveis oferecidas em adiantamentos e nos dividendos das ações FHLB necessárias
para ser membro. Em geral, os programas FHLB mantêm investimentos líquidos de alta
qualidade com durações de ativos/passivos estreitamente correspondidos com limites
estabelecidos para a taxa de juros, a duração e o risco de crédito para os bens adquiridos, seja
com um adiantamento FHLB ou um acordo de financiamento FHLB. Estima-se que cerca de
metade dos empréstimos FHLB são acordos de financiamento essencialmente semelhantes
aos contratos de investimento garantido (GIC), e estes geralmente tem correspondência de
duração. Para se qualificar para programas FHLB, a seguradora deve ser membro do FHLB,
deve comprar ações no banco membro do FHLB e deve ter ativos que satisfazem a definição de
garantia aceitável do banco membro FHLB local.
Normalmente, os bancos FHLB exigem que os empréstimos sejam sobregarantidos até certo
grau com base no tipo de ativos depositados como garantia. Os ativos qualificáveis ​​variam
segundo o banco FHLB, mas geralmente compreendem bens imobiliários, do tesouro ou
respaldados por agências governamentais (ou seja, títulos com respaldo em hipotecas,
títulos respaldados em hipotecas comerciais, títulos garantidos por hipotecas, empréstimos
hipotecários, imóveis comerciais).
Para as seguradoras que utilizam empréstimos FHLB para atividades de aprimoramento
de spread (ou seja, similares ao empréstimos de títulos quanto ao seu objetivo), a A.M.
consideraria essas atividades como qualificadoras para o tratamento de alavancagem
operacional sempre que estejam presentes as seguintes características:
• Incompatibilidade de curta duração entre ativos e dívida
• A qualidade do crédito dos ativos adquiridos é alta
• Os ativos adquiridos têm baixo risco de liquidez, ou, alternativamente, a seguradora mantém
forte liquidez e/ou tem acesso a reservas adicionais de liquidez
• Geração de spread positiva
Para as seguradoras que investem os avanços de FHLB em seus principais negócios para o
capital, os propósitos corporativos em geral ou para financiar uma aquisição, no entanto, a A.M.
Best consideraria essas atividades como alavancagem financeira.
Para gerenciar os spreads, os programas de FHLB e as atividades de empréstimo de títulos
têm substituído os programas de financiamento de títulos respaldados por acordos de
financiamento (FAB) - programas de notas de varejo que às vezes são chamados programas
institucionais. Já que muitos destes programas estão sendo eliminados, eles vão ser
incorporados e, geralmente, receberão tratamento de alavancagem operacional. Com
relação à alavancagem operacional da empresa de seguros, a A.M. Best está mais confortável
ao operar atividades de alavancagem, tais como produtos de investimento institucionais,
FHLB, empréstimo de títulos, etc. que não superem 20% das reservas1 ao nível da empresa
operacional.
Outro tipo de obrigação de dívida que a A.M. Best já tratou como alavancagem operacional é
aquela que é um componente de uma securitização para financiar reservas não econômicas
XXX e AXXX. As primeiras versões destes veículos de financiamento utilizavam uma estrutura
de securitização, com a dívida emitida por um veículo de propósito especial (SPV) e os
ativos colocados em fideicomissos para o benefício dos segurados da seguradora cedente.
Projetava-se que os fluxos de caixa gerados seriam mais do que suficientes para financiar os
1 Reservas definidas da seguinte forma na declaração anual legal: Vida/Saúde: página 3, linhas 1-4; Saúde: página 3, linhas 1, 3-7;
Bens/Perdas: página 3, líneas 1 e 3.
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pagamentos da dívida, ou seja, a estrutura de securitização normalmente continha levemente
excessiva colateralização. As variações desta estrutura incluíram notas excedentes emitidas
para os investidores, com os rendimentos dirigidos à SPV e, em seguida, colocados em um
fideicomisso para o benefício da empresa cedente. Outras alterações podem incluir uma
solução denominada de financiamento coberto por uma garantia financeira, que também
utiliza uma estrutura SPV, mas, neste caso, os investidores de dívida recebem uma garantia não
da holding, mas a partir de um garante financeiro externo. Nos casos em que há recurso para a
holding por meio de uma garantia das obrigações da resseguradora cativa, a A.M. Best analisará
o distanciamento da caraterística do recurso para determinar a extensão da alavancagem
operacional que pode ser dada à dívida. Para transações sem recurso em que as obrigações
são da exclusiva responsabilidade da resseguradora cativa, A.M. Best geralmente considerará a
dívida como alavancagem operacional.
Com o tempo, as empresas começaram a emitir dívida sênior para financiar as reservas nãoeconômicas XXX e AXXX. Se uma holding emite dívida sênior sem recurso e sem seguro,
pode dar-se crédito total de alavancagem operacional à parte direcionada à cativa para
financiar as reservas não econômicas. No entanto, se a dívida é com recurso para a holding, o
montante de crédito de alavancagem operacional dependerá da avaliação da A.M. Best sobre o
distanciamento da caraterística de recurso. Tais características podem incluir disposições que
exigem postagens de garantias adicionais em caso de eventos creditícios adversos.
Outros veículos de financiamento para as reservas não-econômicas XXX e AXXX utilizaram
cartas de crédito (LOC). Algumas dessas cartas de crédito foram fornecidas pelos bancos,
quer com ou sem recurso. As estruturas sem recurso passaram a ser mais prevalentes desde
2010 e geralmente permitem uma diminuição da carta de crédito somente após os ativos de
reserva “econômicos” tenham sido esgotados. As estruturas de recurso de cartas de crédito
normalmente exigem que o garante (ou seja, a holding) pague os fundos da carta de crédito
que foram avançados e/ou exigem a postagem de garantias adicionais sob certas condições
adversas, ou contribuições de capital adicional para a cativa. Normalmente, as cartas de
crédito são emitidas para financiar reservas não-econômicas, mas não se antecipam saques das
cartas de crédito. Se as cartas de crédito estão disponíveis, mas sem saques, como geralmente
acontece, elas não serão tomadas em conta no cálculo operacional ou alavancagem financeira.
A A.M. Best analisará as seguradoras que utilizam estas estruturas para determinar se o
garante (ou seja, a holding) tem liquidez suficiente para sustentar um saque de crédito, no caso
improvável de uma deficiência material de reserva.
No caso improvável de um saque em uma carta de crédito e que seja necessário financiamento,
então o montante financiado será tratado como alavancagem financeira.
A partir de 2010, alguns estados começaram a permitir que as holdings emitissem garantias
de controladoras ao invés de financiamento externo, criando a solução mais rentável para
financiar reservas não-econômicas. As garantias da controladora que não tenham sido
desencadeadas não serão tomadas em conta para os cálculos de alavancagem operacionais
ou financeiras. No caso do acionamento de uma garantia de controladora (por exemplo, uma
pandemia que produz grandes perdas decorrentes da mortalidade ou por qualquer outro
motivo), então o financiamento da garantia será tratada como alavancagem financeira, já que
agora já houve um evento ou série de eventos que, de fato, fizeram uma chamada de capital na
controladora.
Com relação à monetizações de bloco fechado, a A.M. Best tenderia a não considerar a dívida
associada a essas operações como alavancagem operacional, especialmente se a dívida é
com recurso. A A.M. Best reconhece a natureza estável a longo prazo do passivo de bloco
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fechado e os ganhos estáveis ​​gerados pelos ativos de suporte ao negócio, juntamente com a
flexibilidade para reduzir dividendos futuros para atender às obrigações de bloco fechado.
O impacto no perfil de negócios de uma organização de eliminar ganhos futuros de bloco
fechado e distribuir os rendimentos da dívida em empresas de maior risco, maior retorno, serão
incorporados na avaliação global de solidez financeira. No entanto, a tolerância da A.M. Best
para a alavancagem financeira para essa empresa provavelmente aumentaria, dependendo das
características do bloco em vigor.
Ao longo dos últimos anos, a A.M. Best observou o aumento do uso de transações de valores
incorporados, onde um bloco de negócios em vigor foi monetizado através da emissão de
dívida a investidores externos respaldados por uma estrutura SPV. Se tais transações são
sem recurso para a holding, a A.M. Best geralmente tratará esses tipos de operações como a
alavancagem operacional. Essas transações que contêm algum nível de recurso para a holding
através de um acordo de apoio podem receber algum nível de alavancagem operacional
pendentes de revisão da A.M. Best das características de recurso. No entanto, se a holding é
obrigada a solucionar as deficiências (por qualquer motivo), todo financiamento necessário será
tratado como alavancagem financeira, dado que agora já houve um evento que possivelmente
Figura 1
Resumo das estruturas de financiamento XXX e AXXX
Mecanismo de Financiamento
Veículo de propósito especial (Special Purpose Vehicle, SPV)
Holding - Dívida sênior não garantida sem recurso
Holding - Dívida sênior não garantida com recurso
Financiado
Sim
Sim
Sim
Notas excedentes externas - sem recurso à holding
Notas excedentes externas - com recurso à holding
Sim
Sim
Carta de crédito ou aperfeiçoamento de crédito de
ressegurador*
Garantia de controladora*
Não
Tratamento de alavancagem
Alavancagem operacional
Alavancagem operacional
Avaliação do distanciamento da caraterística de
recurso determina o tratamento de alavancagem
Alavancagem operacional
Avaliação do distanciamento da caraterística de
recurso determina o tratamento de alavancagem
Excluídos dos cálculos de alavancagem
Não
Excluir dos cálculos de alavancagem
* Se as cartas de crédito, garantias da controladora ou outras garantias são acionadas, então os montantes financiados serão
tratados como alavancagem financeira.
faz uma chamada de capital na controladora. (Veja a Figura 1 para um resumo das estruturas
de financiamento XXX e AXXX).
Outras considerações
A A.M. Best vai empregar uma “abordagem de transparência” para passivos não incluídos
no balanço conforme divulgados nas notas de rodapé das demonstrações financeiras no seu
cálculo de tolerância de alavancagem operacional. Alguns exemplos específicos podem incluir
a venda de CDS (credit default swap, CDS) descobertos para obrigações de dívida corporativa
por uma holding. Embora estas operações não sejam amplamente utilizadas pelas seguradoras,
serão revistas e consideradas em uma base qualitativa. O objetivo desta revisão é o de olhar
apenas para o tipo de operações de CDS especulativas e excluir transações de CDS genuínas,
utilizadas para fins de gestão de investimento ou de gestão de riscos corporativos. Estes tipos
de transações poderiam também incluir a compra de CDS em investimentos de renda fixa para
mitigar o risco de crédito ou a venda de um CDS como parte da estratégia de investimento
replicado de uma seguradora (ou seja, para obter exposição de crédito a um emissor que não
está disponível no mercado à vista).
Outro tipo de passivo não incluído no balanço pode surgir de entidades de juros variáveis
(VIE), que são utilizadas para fins de investimento e gestão de ativos. As VIE podem ou não
ser consolidadas no balanço de uma seguradora, dependendo se a VIE é considerada como
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uma atividade de investimento do tipo passiva (ou seja, não consolidada) ou onde a empresa
é considerada beneficiária principal da VIE (ou seja, consolidada). Semelhante aos CDS
especulativos, as VIE no balanço de uma seguradora serão revistas qualitativamente em uma
avaliação da alavancagem operacional de uma seguradora. Se a VIE é consolidada e refletida
como dívida no balanço patrimonial da seguradora, será removida do cálculo da alavancagem
financeira e tratada como alavancagem operativa, supondo que a dívida é sem recurso para a
seguradora e o risco de perda é limitado ao investimento da seguradora na VIE.
Assim, a A.M. Best normalmente consideraria os financiamentos resultantes das atividades
acima mencionadas como alavancagem operacional se a seguradora possuir fortes habilidades
de gestão de ativos/passivos, liquidez e investimentos, e se a incompatibilidade de prazo for
mantida a um mínimo. Além disso, a dívida sem recurso seria vista mais favoravelmente ao
calcular a alavancagem financeira da empresa. Além disso, a A.M. Best considerará a possível
volatilidade dos ativos que suportam a dívida, bem como a provável alavancagem operacional
em todas as subsidiárias de seguros classificadas.
Limites de Alavancagem Operacional
A A.M. Best considera as atividades relacionadas com a alavancagem operacional como
razoáveis para empresas com diversas linhas de negócios, experiência considerável em
gestão de ativos/passivos e investimentos, e suficiente flexibilidade financeira. Com relação à
alavancagem operacional da empresa de seguros, a A.M. Best sente-se mais confortável quando
atividades de alavancagem operacional, tais como produtos de investimento institucionais e
margem de empréstimos, não constituem uma grande proporção de reservas.
A A.M. Best desenvolveu orientações específicas para cada companhia operacional de
seguros classificada por lei dentro de um grupo e para todas as companhias operacionais de
seguros combinadas (Veja o Passo 1 na Figura 2 na página 7). Em suma, a A.M. Best sentirse-ia desconfortável com uma entidade legal ou grupo, se a soma dos empréstimos para
passivos institucionais à base de margem de produtos, notas de varejo em circulação, passivos
para empréstimos de títulos e empréstimos FHLB for superior a 20% das “reservas”. Como
mencionado anteriormente, a A.M. Best acompanharia de perto a predileção do emissor
por estes produtos e contemplaria diminuir a classificação da entidade se as tendências de
crescimento variarem substancialmente das expectativas anteriores.
A A.M. Best realiza também um teste no nível de holding consolidada (Veja o Passo 2 na Figura
2) para determinar o impacto total do tratamento de alavancagem operacional no coeficiente
dívida-capital publicado de uma organização. O crédito para alavancagem operacional será
reduzido se a soma das atividades que qualificam como alavancagem operacional (veja os
exemplos acima) supera 30% dos passivos (GAAP) consolidados, excluindo os passivos de
conta separada. Portanto, a dívida emitida como atividades de alavancagem operacional que
superar este coeficiente será tratada como alavancagem financeira nos cálculos da A.M. Best
para a relação divida-capital. O Passo 2, Exemplo 2, mostra que, quando os empréstimos
superam 30% do passivo GAAP, a alavancagem financeira ajustada pode aumentar.
Finalmente, para fins de análise, a A.M. Best considerará o impacto desta análise nos
coeficientes de cobertura de juros da organização. Se alavancagem operacional for material,
a cobertura de juros associada com a dívida pode ser removida ao determinar as taxas de
cobertura de carga fixa.
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Figura 2
Definições e exemplos de alavancagem operacional
ANÁLISE LEGAL de COMPANHIA OPERACIONAL - PASSO 1
Exemplo 2 -XYZ Life Insurance Co., Inc .:
Exemplo 1 -ABC PC Insurance Co., Inc .:
Produto
GIG
FABS
FA
Acordos de recompra
Títulos de varejo
Empréstimo de Títulos
Empréstimos FHLB
OCB total*
Perda e Reservas LAE (Declaração
Anual Pg 3 linhas 1,3)
Reservas OCB/GA
Quant. O/S ($ Milhões)
3.666
7.008
1.000
2.700
9.000
Produto
GIG
FABS
FA
Acordos de recompra
Títulos de varejo
Empréstimo de Títulos
Empréstimos FHLB
OCB total*
Perda e Reservas LAE (Declaração
Anual Pg 3 linhas 1,3)
Reservas OCB/GA
30%
*Este exemplo supera a tolerância de 20% da A.M. Best para uma entidade
legal. Consequentemente, a A.M. Best acompanharia de perto a predileção
da empresa por esses produtos e contemplaria diminuir a classificação independente do emissor, se as tendências de crescimento variarem das expectativas da A.M. Best.
Amt 0I/ S ($ Milhões)
400
500
200
950
0
400
1.800
10.000
18%
*Este exemplo não supera a tolerância de 20% da A.M. Best para uma entidade
legal.
A A.M. Best realiza uma revisão da holding para determinar o tratamento de
alavancagem financeira de qualquer dívida de empresa operadora ou empresa
operadora da dívida relacionada relatada na holding. (Passo 2 abaixo).
A A.M. Best realiza uma revisão da holding para determinar o tratamento de
alavancagem financeira de qualquer dívida da empresa operadora ou empresa operadora da dívida relacionada relatada na holding. (Passo 2 abaixo).
* Empréstimos Companhia Operacional (OCB) = Soma de Empréstimos Companhia Operacional (listas acima utilizadas apenas para fins exemplo).
* Empréstimos Companhia Operacional (OCB) = Soma de Empréstimos Companhia Operacional (listas acima utilizadas apenas para fins exemplo).
Exemplo 1 -ABC Holding Co., Inc .:
Balanço da Holding
Dívida de curto prazo
Dívida de longo prazo
Dívida relacionada com atividade de
empresa operacional. **
Dívida Total
Total do Patrimônio
Capital total
Total de Alavancagem do Balanço
Alavancagem Financeira (crédito total
para a dívida de empresa operacional).
Passivos GAAP
Tolerância (30% dos passivos GAAP)
Total de Empréstimos Ajustados
Empréstimos além da tolerância
Alavancagem Financeira Ajustada
GAAP CONSOLIDADO HOLDING COMPANY ANÁLISE - PASSO 2
Exemplo 2 - XYZ Life Holding Co, Inc.:
Quant. ($ Milhões)
600
1.500
1.000*
3.100
7.900
11.000
28%
21%
15.000
4.500
2.700
0
21%
Balanço da Holding
Quant. ($ Milhões)
Dívida de curto prazo
1.000
Dívida de longo prazo
2.000
Dívida relacionada com atividade de
2.200
empresa operacional. **
Dívida Total
5.200
Total do Patrimônio
7.800
Capital total
13.000
Total de Alavancagem do Balanço 40%
(5.200/13.000)
Alavancagem Financeira (crédito total
28%
(5.200-2.200)/(13.000para a dívida de empresa operacional).
2.200)
Passivos GAAP
10.000
Tolerância (30% dos passivos GAAP)
3.000
(0,30 x 10.000)
Total de Empréstimos Ajustados
4.000
(1.800 empresa operacional + 2.200 holding)
Empréstimos além da tolerância
1.000
[Máx(4.000-3.000),0)]
(3.100 / 11.000)
(3.100-1.000) /
(11.000-1.000)
(0,30 x 15.000)
(2.700 empresa
operacional)
[Máx (2.7004.500,0)]
(O mesmo que
a alavancagem
financeira)
Alavancagem Financeira Ajustada
** Para este exemplo, a holding registrou US $ 1 bilhão em dívida para empréstimos FHLB da empresa operacional (também relatado em empresa operacional). Para efeitos analíticos, o coeficiente de alavancagem financeira deste
grupo refletirá crédito total de $1 bilhão em alavancagem operacional (supondo-se que as condições estabelecidas nos critérios sejam alcançadas).
34%
(5.200-2.200+1.000)/
(13.000-2.200+1.000)
** Para este exemplo, a holding emitiu 2,2 bilhões dólares de dívida para financiar reservas XXX cedidos pela empresa operacional. Para fins de análise, o
coeficiente de alavancagem financeira deste grupo irá refletir crédito parcial de
US $ 1,2 bilhões em alavancagem operacional (supondo-se que as condições
estabelecidas em critérios sejam atendidas).
Alavancagem total do balanço = Coeficiente dívida a capital social do balanço consolidado
Alavancagem Financeira = coeficiente dívida a capital social assumindo crédito de alavancagem operacional completo
Tolerância = limite máximo de endividamento para receber crédito completo alavancagem operacional
Total de empréstimos ajustado = empréstimos de empresa operacional + dívida de empresa operacional relacionada com a holding (excluindo a dívida realizada na
empresa operacional).
Alavancagem Financeira Ajustada = Alavancagem Financeira ajustada para empréstimos acima da tolerância
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Publicado pela A.M. Best Company
Metodologia
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VICE PRESIDENTE EXECUTIVO Paul C. Tinnirello
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Matthew C. Mosher, Rita L. Tedesco
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A classificação de solidez financeira da Best é uma opinião independente da solidez
financeira de um segurador e da sua capacidade de satisfazer suas obrigações de apólices
de seguros e de contratos. Tem base em uma avaliação abrangente quantitativa e qualitativa da solidez no balanço patrimonial da empresa, do desempenho operativo e do perfil
empresarial. A classificação de solidez financeira diz respeito à capacidade relativa de um
segurador de satisfazer suas obrigações de apólices de seguros e de contratos. Estas
classificações não representam uma garantia da capacidade atual ou futura do segurador
de que vai satisfazer suas obrigações contratuais. A classificação não é atribuída a apólices
específicas de seguro ou contratos e não trata de nenhum outro risco, inclusive e não limitado às políticas ou procedimentos de pagamento do segurador em relação com as reclamações; a capacidade do segurador de disputar ou negar qualquer pagamento de disputa
ou reclamação com base a uma falsa representação ou fraude, ou qualquer responsabilidade civil contratual do segurado ou de quem tem o contrato. A classificação de solidez
financeira não constitui uma recomendação de compra, de manter ou terminar uma apólice
de seguro, contrato nem qualquer outra obrigação financeira emitida por um segurador,
nem trata da adequação de uma apólice particular ou contrato para um propósito ou comprador específico.
A Classificação de crédito de dívida/emissor da Best é uma opinião sobre o risco de
crédito futuro de uma entidade, um compromisso de crédito ou uma dívida ou título similar.
Tem base em uma avaliação abrangente quantitativa e qualitativa da solidez no balanço
patrimonial da empresa, do desempenho operativo e do perfil empresarial, e quando corresponde, da natureza específica e dos detalhes de um título de dívida classificado. O risco
de crédito é o risco de que uma entidade pode não satisfazer usas obrigações contratuais
financeiras quando vencem. Esta classificação de créditos não trata de nenhum outro risco,
incluindo mas não limitado ao risco de liquidez, risco do valor do mercado ou da volatilidade
de preços dos títulos classificados. A classificação não constitui uma recomendação de
compra, venda, de manter qualquer título, apólices de seguro, contrato nem qualquer outra
obrigação financeira, nem trata da adequação de uma qualquer obrigação financeira particular ou propósito ou comprador específico.
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