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IDENTIFICAÇÃO DOS POTENCIAIS BENS DE PATRIMÔNIO CULTURAL NO MUNICÍPIO DE PANAMBI/RS CECCHETTO, Carise Taciane1; CHRISTMANN, Samara Simon2; MELLO, Cláudio Renato de Camargo3; NOGUEIRA, Bárbara Tatiane Martins Vieira4; OLIVEIRA, Tarcísio Dorn de5; SCHWANZ, Angélica Kohls6. Resumo: A presente pesquisa delimita-se a identificar e comentar alguns dos potenciais bens culturais que manifestam maior relevância para o seu reconhecimento e preservação no município de Panambi/RS, através da pesquisa bibliográfica e de campo. Esta última, por meio de questionário, revelará em pequena proporção, o reconhecimento e percepção da comunidade panambiense pelos bens associados à memória local. Desta forma, percebe-se que todos os vinte e um bens descritos no estudo possuem significativa importância, mas tornam-se necessárias algumas diretrizes de planejamento inseridos na Lei do Plano Diretor, para garantir que o Patrimônio Cultural de Panambi e o seu potencial valor cultural seja divulgado e reconhecido pelos panambienses, além de serem estabelecidos mecanismos de recuperação e qualificação, visando a preservação da paisagem urbana, da memória histórica do município, e da identidade cultural desta população. Palavras-chave: Patrimônio Cultural. Identidade e Memória. Identificação. Preservação. Abstract: This research defines to identify and review some of the potential cultural objects show greater relevance to the recognition and preservation in the city of Panambi / RS, through literature and field research. The latter, through a questionnaire, reveal small proportion, recognition and perception of panambiense community for the goods associated with the local memory. Thus, it is clear that all the twenty-one assets described in the study have significant importance, but become necessary some planning guidelines inserted in the Master Plan Act, to ensure that the cultural heritage of Panambi and their potential cultural value is disclosed and recognized by panambienses, and are established recovery and identification mechanisms for the preservation of the urban landscape, the historical memory of the city, and the cultural identity of this population. Keywords: Cultural heritage. Identity and Memory. Identification. Preservation. 1 Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo pela UNICRUZ. E-mail: [email protected] Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo pela UNICRUZ. E-mail: [email protected] 3 Professor Mestre de Arquitetura e Urbanismo da UNICRUZ. E-mail: [email protected] 4 Professora Mestre de Arquitetura e Urbanismo da UNICRUZ e docente da disciplina de Projeto de Urbanismo III. E-mail: [email protected] 5 Professor Mestre de Arquitetura e Urbanismo da UNICRUZ. E-mail: [email protected] 6 Professora Mestre de Arquitetura e Urbanismo da UNICRUZ. E-mail: [email protected] 2 106 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 1. INTRODUÇÃO As cidades, no seu contexto geral, apresentam exemplares do patrimônio cultural que possuem grande relevância na identidade e memória da sociedade, e abrangem a diversidade de bens históricos, culturais e ambientais, tanto materiais quanto imateriais. Nesse sentido, O patrimônio cultural é uma construção social, que tem como premissa a preservação memorial da essência da comunidade. A paisagem, como reflexo da produção humana no espaço tem um caráter inato de patrimônio. Ela deve estar inserida nos programas de educação patrimonial, ação que tem por um de seus objetivos, valorizar o patrimônio cultural. Através da preservação e da valorização, há um desenvolvimento social, possibilitado pelo olhar crítico e holístico sobre o processo histórico desta comunidade (CÉSAR; DHEIN; UEZ, 2011, p. 468). Assim, compreende-se como paisagem cultural um “produto concreto e característico da interação complicada entre uma determinada comunidade humana, abrangendo certas preferências e potenciais culturais, e um conjunto particular de circunstâncias naturais” (COSTA, 2011, p. 21). No entanto, conforme destaca Mello e Saad (2012), os bens materiais e imateriais correm o risco de perder o seu reconhecimento pela sociedade devido à falta de conhecimento do valor dos mesmos, que impede até de zelar por sua preservação. E esta preservação do patrimônio cultural pode assegurar a continuidade da história, de forma a salvaguardar os costumes e tradições locais, além de estabelecer as bases de apoio a políticas de desenvolvimento sustentáveis. Desta forma, a identificação desses bens pela comunidade torna-se de significativa importância para direcionar a sua preservação e conservação, construir as referências patrimoniais que podem configurar a compreensão da história local, e ampliar o seu potencial turístico. Neste contexto, percebe-se que o município de Panambi, situado no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, que se desenvolve expressivamente na área industrial, valoriza a cultura colonizadora alemã e a tradicionalista, o meio ambiente e o seu potencial educacional tecnólogo e superior, por conseguinte, demonstra um acervo de patrimônio cultural pouco explorado. O presente estudo pretende assim, identificar e comentar quais são os potenciais bens culturais de Panambi/RS que manifestam maior relevância para o seu reconhecimento e preservação, através da pesquisa bibliográfica e de campo. Esta última, por meio de 107 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 questionário, revelará em pequena proporção, o reconhecimento e percepção da comunidade panambiense pelos bens associados à memória social do local. Dessa forma, ao investigar o patrimônio cultural de uma determinada região, este deve, num primeiro momento, estar diretamente ligado à identidade do grupo, o qual representa. Nessa temática, ressaltamos o patrimônio cultural como inerente à memória coletiva, que garante a identidade do povo, assegurando a reprodução social agindo na construção cultural e na formação de uma imagem regional [...] (LENUR, 2012, p. 35). Portanto, ao considerar questões referentes à identidade e pertencimento, o tema abrange a educação patrimonial, de forma que se pretende com esta pesquisa contribuir para que as informações, a memória do passado e a construção do presente do município sejam valorizadas, visando preservar o seu contexto cultural. 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Patrimônio Pode-se dizer que Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam a história e formação de um povo e sua relação com o meio ambiente, cuja conservação seja de interesse público e expresse grande valor à memória da sociedade. Ou seja, é o legado que se transmitirá às gerações futuras. Estes bens, cujas noções emergiram efetivamente no Brasil na terceira década do século XX (CAMARGO, 2002, p.72), são relativos à identidade de uma dimensão das sociedades, que são produto do processo cultural, e propiciam à sociedade o conhecimento e a consciência do ambiente que o cerca, colaborando para melhorar a sua qualidade de vida e garantir a sua identidade cultural (BIONE, 2012). Pelegrini (2009, p.77) comenta que os bens culturais apresentam “estreitas articulações entre o grupo social onde são reverenciados e suas respectivas memórias”. E, Poulot (2009) descreve que cada vez mais, a sociedade evoca esses bens a serem conservados e transmitidos, relacionando-os a universos heterogêneos, como: A apreciação estética do cotidiano, mesmo que apenas de outrora; a indispensável manutenção do legado arquitetural; a preservação de habilidades artesanais, [...]; a expressão de costumes locais [...]. Fala-se de um patrimônio não só histórico, artístico ou arqueológico, mas ainda etnológico, biológico ou natural; não só material, mas imaterial; não só local, regional ou nacional, mas mundial (POULOT, 2009, p. 10). 108 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 O autor supracitado ainda acrescenta que o patrimônio define-se ao mesmo tempo pela realidade física de seus objetos, pelo valor estético, documental, ilustrativo, e inclusive de reconhecimento sentimental, “que lhes atribui o saber comum, enfim, por um estatuto específico, legal ou administrativo” (POULOT, 2009, p. 13). Assim, os símbolos, e elementos específicos de cada cultura acabam por originar a identidade de cada etnia, dando visibilidade e viabilizando sua transmissão via paisagens, arquitetura, gastronomia, vestuários típicos, enfim, códigos visíveis e não visíveis, responsáveis pela materialização da cultura no espaço e consequentemente, pela constituição dos lugares de memória e dos patrimônios culturais (MELLO; SAAD, p. 3, 2012). Mantero (2003) observa que o patrimônio de uma comunidade compreende a natureza e a cultura, do passado e do presente, em sua dimensão tangível e intangível, supondo não somente o percurso no espaço, mas também no tempo, fazendo do destino um lugar e com frequência um passado. Dessa forma, as sociedades, comumente, procuram deixar legados às gerações vindouras, através de monumentos que perpetuam pelo tempo os grandes feitos e as grandes conquistas, onde a ideia de patrimônio sempre esteve muito ligada a esta materialidade (CHOAY, 2006). O patrimônio pode ser material ou imaterial; o material tange os aspectos e as informações mais concretas da vida humana, tais como os monumentos, edifícios, sítios arqueológicos, mobiliários, utensílios, documentos, obras de arte, vestuário, etc. Já o patrimônio imaterial define-se como um conjunto de manifestações e expressões populares, locais dotados de expressivos valores para a história, assim como as paisagens, lendas, rituais e costumes, linguagens, tradições, folclore, modos de fazer, músicas, festas e danças. Sem esquecer que os bens chamados imateriais necessitam de uma materialidade para se manifestarem, por exemplo, a dança tradicionalista gaúcha se manifesta através do corpo e seus complementos da vestimenta. Assim, todos os bens materiais e imateriais de uma nação, região ou de uma comunidade se incluem como Patrimônio Cultural. No entanto, para a melhor compreensão da população panambiense e a realização da presente pesquisa, classificou-se cada bem pelo predomínio da relevância cultural, histórica ou ambiental, que são comentados nas subseções abaixo. 109 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 2.1.1 Patrimônio Cultural Constitui patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória reunida ao longo da vivência sócio histórica dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (BRASIL, 2000). De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, e Artigo 216, no patrimônio cultural se incluem: as formas de expressão (exemplos: literatura, música, danças, rituais, teatro, vestuário); os modos de criar, fazer e viver (exemplos: a culinária, o artesanato); as criações científicas, artísticas e tecnológicas (exemplos: o mapeamento do DNA, as obras de Aleijadinho, o 14 Bis de Santos Dumont); as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (BRASIL, 2011). 2.1.2 Patrimônio Histórico O patrimônio histórico constitui-se de bens que representam a história de uma determinada época e povo, sendo importante para compreender a identidade histórica, e para manter os usos e costumes populares de uma determinada sociedade (LENUR, 2012). Manifestam-se através de bens artísticos, documentais, científicos, estéticos, ecológico, religioso e social, tais como a arquitetura, mobiliário, utensílios, ferramentas, obras de arte, documentos, meios de transporte, acessórios, vestuário, etc. Portanto, a relevância do patrimônio histórico apresenta-se como forma de registrar os momentos de evolução da história, reconhecendo o seu passado, construindo e reconstruindo memórias individuais e coletivas (SOUZA, 2008). 2.1.3 Patrimônio Ambiental ou Natural O patrimônio ambiental caracteriza-se pela inter-relação do homem com tudo o que o envolve com o meio-ambiente, e pode ser constituído por bens naturais que não obtiveram a interferência humana, que apresentam valor econômico ou paisagístico. Citam-se as grutas, montanhas, rios, oceanos, manguezais, minerais, a fauna e flora, ecossistemas, etc. 3. MÉTODOS 110 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 A presente pesquisa é o resultado de um trabalho desenvolvido na disciplina de Projeto de Urbanismo III, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Cruz Alta. Nesta, dentre os mapas temáticos elaborados, um dos escolhidos para revisão e qualificação foi o mapeamento do patrimônio cultural do município de Panambi. Com este fim, inicialmente realizou-se uma pesquisa bibliográfica para proporcionar o embasamento teórico necessário sobre o tema e nortear o desenvolvimento do trabalho. Em seguida, com breves conversas com professores e com cidadãos do município, elegeram-se alguns bens com potenciais referências culturais que possuam grande relevância para Panambi/RS, além dos dois que já são tombados pelo município: o Castelinho e o Edifício Rudi Arnoldo Franke. Todos se encontram descritos no próximo tópico. Posteriormente elaborou-se uma pesquisa no acervo disponível no Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann (MAHP – Panambi), para sintetizar informações importantes acerca de cada bem elencado neste estudo. A partir desses dados, buscou-se a interação física e visitação na maioria dos bens, com o objetivo de visualizar e fotografar cada um deles, para inseri-los no Mapa de Patrimônio Cultural. Este mapa (Figura 1) consiste na localização de cada um dos bens em seu respectivo endereço (sobre o mapa base urbano do município), com uma fotografia correspondente. Figura 1. Mapa do Patrimônio Cultural de Panambi/RS. Fonte: Elaborado pelos autores, 2015. 111 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Para uma melhor compreensão das dimensões simbólicas desses bens elencados no trabalho, houve a necessidade de interagir com os cidadãos panambienses para consultar e identificar quais manifestam maior importância no âmbito do patrimônio cultural do município, levando em conta a percepção individual, e tendo consciência que isso é fundamental para fortalecer e questionar a identificação da população com o patrimônio. Para isso, através da pesquisa de campo produziu-se um questionário (que segue em ANEXO) com o objetivo de coletar dados significantes sobre o assunto. Aplicaram-se 187 questionários no período de 4 a 22 de maio de 2015, e quando entregue, um dos autores explicava para cada cidadão como deveria proceder e procurava aguardar para sanar possíveis dúvidas. Os respondentes são os representantes diversos da população local de Panambi/RS. E, para auxiliar a memória de cada pessoa, montou-se um painel impresso com as fotografias disponíveis de cada um dos bens que se encontram no questionário, conforme representado na Figura 2. Figura 2. Painel de identificação dos potenciais bens de Patrimônio Cultural do município de Panambi/RS. Fonte: Elaborado pelos autores, 2015. Após a aplicação dos questionários, encaminha-se o estudo para a apresentação dos resultados obtidos através de gráficos e da análise dos mesmos, e posteriormente, finaliza-se o trabalho com as considerações finais e necessárias para o tema em estudo. 112 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Breve histórico do Município de Panambi Outrora pertencente à Cruz Alta, a colonização em Neu-Württemberg, atual município de Panambi, foi de iniciativa privada, através da compra de terras pelos sócios Dr. Herrmann Meyer e Carlos Dhein, sendo a primeira datada no ano de 1898. A sua formação deu-se a partir de fluxos migratórios, com povoação de origem portuguesa e a colonização, predominantemente de origem alemã. Assim, no início do século XX, constroem-se na área central as primeiras casas, próximas a área onde se encontra atualmente a Praça Engenheiro Walter Faulhaber. Quanto às denominações, o município recebeu a designação Elsenau em 1901, em 1938 passou a ser Pindorama, em 1944 de Tabapirã, e no mesmo ano passou para o atual nome, Panambi. A sua emancipação foi decretada em 15 de dezembro de 1954, porém sua instalação oficial ocorreu em 28 de fevereiro de 1955. Em relação ao seu traçado urbano, destaca-se que se desenvolveu conforme a topografia da cidade, caracterizada por morros e vales, com predomínio de vegetação, e cortando a cidade, há vários arroios e o Rio Fiúza. Acrescenta-se que o município de Panambi, que de acordo com o censo do IBGE de 2010 possui 38.058 habitantes, conta com dois bens de interesse local tombados pelo município, que serão descritos a seguir. Assim, os potenciais bens culturais foram divididos entre histórico, cultural e ambiental, e abaixo seguem brevemente descritos com a sua importância para Panambi. 4.2 Bens de relevância histórica 4.2.1 Castelinho A edificação, construída no ano de 1912 e projetada pelo alemão Johann Lindner, ficou conhecida como Castelinho devido a sua tipologia arquitetônica constituída de características ecléticas, em que ao longo do tempo realizaram-se alterações no projeto original. A sua construção original foi realizada com materiais locais, permanecendo com o uso residencial até o ano de 1989, quando passou a abrigar o Museu e Arquivo Histórico de Panambi. Nela realizaram-se muitas festas, casamentos, encontros de corais e até uma apresentação de teatro. Em 1992 ocorreu uma grande enchente, e devido a sua localização 113 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 próxima ao Rio Fiúza, o museu teve de ser transferido para outro prédio. Tombou-se o prédio por interesse histórico, arquitetônico e cultural, através da Lei Municipal nº 2.953/2010, e este se encontra no Inventário do Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul (WEHRMANN, 2015). Em seguida ao seu tombamento, a Prefeitura Municipal buscou investimentos para o seu restauro. No entanto, o Castelinho encontra-se em constante deterioração na Rua General Osório, bairro Centro. 4.2.2 Edifício Rudi Arnoldo Franke (Antiga Prefeitura) Projetado pelo Engº. Walter Faulhaber e construído em 1968 na gestão do prefeito Rudi Franke, esta edificação foi executada com a finalidade de abrigar a primeira sede própria do centro administrativo municipal. Esta permaneceu no prédio até o ano de 2000, situando-se na esquina entre a Rua Alfredo Brenner e a Avenida Sete de Setembro no bairro Centro. Tornou-se patrimônio histórico e arquitetônico através da lei 2.447/2005, e atualmente destina-se a outros usos públicos e municipais. 4.2.3 Exemplares de arquitetura alemã – enxaimel O município, de colonização predominantemente alemã, possui alguns exemplares no estilo arquitetônico enxaimel, caracterizado pelo uso de toras de madeiras dispostas em sentido vertical, horizontal e inclinadas, cujos vãos são preenchidos com tijolos e posteriormente executado o reboco. Em algumas edificações as toras de madeira permanecem à vista, e em outras, não se percebe pois estão rebocadas. Por isso, destacam-se algumas residências que mantém as suas características principais, porém, a maioria sofreu adaptações do seu projeto original. 4.2.4 Farmácia Hisserich Na edificação que é conhecida como Farmácia Hisserich, fundou-se a farmácia no ano de 1926, pelo farmacêutico Georg Ludwig Hisserich, sendo a mais antiga que permanece em atividade até hoje no município, além de destinar-se a outros usos. Não foram encontrados registros precisos da sua data de construção, mas estima-se a sua execução entre os anos de 1915 a 1919 pelos irmãos fundadores da atual empresa Kepler Weber. Na edificação ocorreram alterações da construção original, mas em suma prevalece a tipologia colonial. 114 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 4.2.5 Igreja Batista Emanuel A comunidade desta igreja iniciou-se logo com a chegada dos colonizadores, no ano de 1901. E, em 1908 inaugurou-se o primeiro templo, situado na Rua Barão do Rio Branco, no alto de um morro. Porém, a atual igreja, que proporciona uma bela vista da Rua Hermann Meyer, estabeleceu-se no ano de 1948. Esta, juntamente com as outras duas igrejas citadas abaixo, trabalhou ativamente desde o início da Colonização no município. 4.2.6 Igreja Católica São João Batista A Igreja Católica São João Batista teve a sua primeira missa no ano de 1901. Com a doação de terrenos em 1911, construiu-se o primeiro prédio. E, em 1945 foi inaugurada a atual igreja, em que se destacam os seus vitrais e características góticas, sendo situada em frente à Praça Engenheiro Walter Faulhaber. 4.2.7 Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil O primeiro culto da comunidade também se realizou no ano de 1901. Em seguida, os seus cultos passaram a ser celebrados em um prédio escolar. Com a construção da igreja atual, projetada pelo arquiteto Seubert, inaugurou-se o templo no ano de 1923. Situada em um morro, na Rua Alfredo Brenner, ela possui características alemãs em estilo gótico, sinos provenientes da Alemanha, e o relógio da torre foi construído com peças de automóvel Ford. Por isso, a igreja é identificada pelos panambienses como a “Igreja do Relógio”. 4.2.8 Antiga Metalúrgica Faulhaber Fundada em 1933 pelos sócios Engº. Walter Faulhaber, Johannes Karl Klem e Erich Schild, e situada na Rua Hermann Faulhaber, bairro Centro, esta foi uma das empresas pioneiras do município que é conhecido até hoje como a "cidade das máquinas". Inicialmente a empresa era uma fábrica de conservas (WEHRMANN, 2015), mas com o avanço industrial, passou a fabricar equipamentos para apicultura, pulverizadores, nebulizadores e o desenvolvimento de produtos para a pecuária. Por isso, mudou-se a fábrica de local, e atualmente, o prédio possui outras atividades, mas conserva as suas características coloniais e industriais. 115 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 4.2.9 Moinho Velho Em 1903 iniciou-se a construção do moinho às margens do rio Fiúza. Este foi essencial para manufaturar a produção agrícola, que se tornou de extrema importância para o processo de colonização. O local teve muitos proprietários que valorizaram a área, sendo que o prédio transformou-se em um restaurante a partir da década de 70. Manifesta atualmente um ponto de visitação turística devido ao seu entorno natural, beleza e pelo seu valor históricocultural. 4.2.10 Monumento ao imigrante Construiu-se em 1974 o Monumento ao Imigrante, para homenagear os imigrantes que colonizaram e vieram a se instalar às margens do Rio Fiúza, que fizeram prosperar o município. Ele situa-se na Praça do Imigrante, voltado para uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Presidente Kennedy. 4.2.11 Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann (MAHP) Este museu surgiu através da iniciativa de um grupo de professores do Colégio Evangélico Panambi (CEP) em 1968. Ele tornou-se um órgão da Secretaria Municipal de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal de Panambi através da Lei Municipal nº 1.020, com o objetivo de assegurar a proteção e a preservação do patrimônio cultural, tais como as obras de arte, objetos de interesse arqueológico, etnográfico, cientifico ou tecnológico, e demais documentos e arquivos. Atualmente situa-se nas dependências do Parque Municipal Rudolfo Arno Goldhardt, e pretende manter viva na memória de Panambi o contexto econômico, cultural, religioso, social e politico. 4.2.12 Portal das Colonizações Situado na parte sul da Praça Engenheiro Walter Faulhaber, construiu-se o Portal das colonizações em 2012. Este é formado por pórticos, e elencou-se nesta lista de bens por demonstrar através de dois murais e de sua descrição, os marcos de desenvolvimento da história e cultura não só do município, mas também da região. 4.2.13 Praça Engenheiro Walter Faulhaber Ponto central, bem arborizada, de referência para o município e estabelecida com o princípio da colonização, a Praça Eng.º Walter Faulhaber é sede de eventos, de lazer e 116 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 recreação. Nela encontram-se o Palanque Oficial, a Kaufhaus (Casa do Artesanato), o Portal das Colonizações, o Monumento à Bíblia e o busto do engenheiro Walter Faulhaber. 4.2.14 Vista do Sul da Praça Engenheiro Walter Faulhaber para o Morro da IECLB Esta vista destaca-se como paisagem cultural devido às fotografias existentes que acompanham a história de colonização e evolução do município, e por apresentar uma identidade visual importante para Panambi, destacando-se nesta a Praça Engenheiro Walter Faulhaber, o Edifício Rudi Arnoldo Franke e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Igreja do Relógio). 4.3 Bens de relevância cultural 4.3.1 Centro Cultural 25 de Julho A data de registro da inauguração do Centro Cultural 25 de Julho é do ano de 1951. Situado próximo ao centro de Panambi, o local tem como finalidade congregar os sócios, familiares e a comunidade panambiense para atividades sociais e culturais, para cultivar a cultura originária dos costumes, valores e tradições trazidos pela colonização e pelos imigrantes. 4.3.2 CTG Tropeiro Velho As primeiras manifestações tradicionalistas da cidade datam-se da década de 60. Portanto, adicionou-se o Centro de Tradições Gaúchas Tropeiro Velho de Panambi, por este deparar-se com a forte evolução cultural gaúcha da comunidade. O atual CTG fundou-se em 1973, e apresenta atividades nas diversas idades e envolve o canto, a dança e eventos tradicionalistas. 4.3.3 Modo de fazer Käsekuchen (bolo de requeijão) Escuta-se pelos visitantes que experimentam a Käsekuchen de Panambi, a dificuldade de se encontrar em outro lugar da região um bolo de requeijão tão saboroso como os elaborados pelas padarias e confeitarias do município. Esta receita sem dúvida é destaque da originária gastronomia alemã, e inclusive já se realizaram concursos para eleger a melhor Käsekuchen panambiense. 117 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 4.3.4 Parque Municipal Rudolfo Arno Goldhardt O Parque Municipal de Panambi, conhecido também como “ginasião” abrange uma grande parte da área central do município. Apesar de sua grande relevância ambiental, considerou-se como relevância cultural devido ao fato da maior parte dos eventos e até o encontro da sociedade ocorrer neste espaço, que, além disso, destina-se a preservação da história, cultura, paisagem, lazer, recreação e esportes. O parque limita-se às margens do Rio Fiúza e apresenta uma harmoniosa relação com a natureza. 4.4 Bens de relevância ambiental 4.3.5 Borboleta Azul A borboleta azul apresenta-se entre os bens de patrimônio cultural pelo fato da cidade ser conhecida também pelo codinome “vale das borboletas azuis”. Isso se explica, pois segundo a história de Panambi, a origem do seu nome, na língua tupi-guarani, significa borboleta, tendo em vista que na época da escolha, sobrevoavam borboletas sobre o vale e sobre o Rio Fiúza, destacando-se a borboleta azul. Infelizmente, com a urbanização não se visualizam tantas a sobrevoar na cidade. 4.3.6 Rio Fiúza De grande importância para o desenvolvimento da colonização do município, o Rio Fiúza corta o traçado urbano. O rio tem sua nascente no território de Santa Bárbara do Sul e sua foz no Rio Palmeira. Destaca-se que nele ocorre a captação da água para se distribuir à população. 4.3.7 Cascata do Rio Caxambú Situada a cerca de 25 quilômetros do centro de Panambi, na divisa com os municípios de Ijuí e Pejuçara, a cascata do Rio Caxambú apresenta queda de aproximadamente 11 metros. A paisagem é exuberante, e o local, transformado pelo homem, expõe espaços de lazer e recreação. 4.4 Aplicação dos questionários 118 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Após a aplicação dos questionários, elaboraram-se alguns gráficos que representam os dados coletados do conjunto dos cidadãos panambienses que o responderam. Basicamente, nele pediu-se que os bens culturais fossem enumerados por tópico e de forma decrescente (do bem que expressa maior relevância para o menor). Já no Gráfico 1 percebe-se que nem todas as pessoas enumeraram a totalidade dos bens, tendo em vista que não consideravam a todos como potenciais representantes do patrimônio cultural panambiense. Gráfico 1. Porcentagem de bens culturais enumerados e não enumerados. Fonte: Autores, maio de 2015. A compilação dos dados foi feita de forma que atribuiu-se uma pontuação decrescente conforme a quantidade de bens por tópico (de relevância histórica, cultural e ambiental). Assim, realizaram-se três gráficos que expressam aqueles potenciais bens de patrimônio cultural que destacam-se entre os demais. Observa-se no Gráfico 2, que entre os bens de maior relevância do ponto de vista histórico estão a Praça Engº. Walter Faulhaber, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Igreja do Relógio), o Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann, o Edifício Rudi Arnoldo Franke (patrimônio tombado e antiga Prefeitura Municipal) e o Moinho Velho. Constatou-se que o outro bem tombado, o Castelinho, não ficou entre os mais bem pontuados, provavelmente pela falta de conhecimento da sua importância histórica, e devido a sua difícil visualização das vias durante algum tempo, ocasionado pela falta de limpeza e desobstrução da vegetação das fachadas. Ainda, entre os bens de menor reconhecimento deste gráfico, verificam-se a Farmácia Hisserich, o Monumento ao Imigrante e a antiga Metalúrgica Faulhaber, possivelmente pela falta de conhecimento destes por parte da população. 119 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Gráfico 2. Porcentagem de pontuação decrescente dos bens de relevância histórica. Fonte: Autores, maio de 2015. Através do Gráfico 3, nota-se que entre os bens de relevância cultural sobresaiu-se o Parque Municipal Rudolfo Arno Goldhardt (conhecido também como “ginasião”), por seu potencial valor cultural e natural que valorizam o município e pelo seu uso intenso. Os demais bens, permanecem com uma porcentagem aproximada. Gráfico 3. Porcentagem de pontuação decrescente dos bens de relevância cultural. Fonte: Autores, maio de 2015. Em relação aos bens de relevância ambiental, do ponto de vista dos panambienses, e como esperado pelos autores, ressaltou-se expressivamente o Rio Fiúza, possível de visualizar-se no Gráfico 4. Entre os outros dois bens, a borboleta azul demonstrou uma menor porcentagem de importância para o município se comparado com a Cascata do Rio Caxambú. 120 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Gráfico 4. Porcentagem de pontuação decrescente dos bens de relevância ambiental. Fonte: Autores, maio de 2015. Os demais gráficos, que se dispõem abaixo, representam na primeira coluna o total de cidadãos que reponderam cada um dos tópicos. As demais colunas, identificam de forma descrescente o número de votos que cada potencial bem cultural recebeu como o “primeiro” enumerado, ou seja, de maior importância para o município em relação aos demais. No Gráfico 5, da relevância dos bens históricos, salientam-se entre os mais memoráveis a Praça Engº. Walter Faulhaber, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Igreja do Relógio), o Edifício Rudi Arnoldo Franke, o Castelinho e o Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann. Novamente, nota-se que a Farmácia Hisserich, a Metalúrgica Faulhaber e o Monumento ao Imigrante estão entre os menos enumerados, e considerados com a menor relevância do ponto de vista histórico para o município de Panambi. Gráfico 5. Número de votos para cada potencial bem de relevância histórica (enumerado no questionário como o mais importante). 121 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Fonte: Autores, maio de 2015. O Gráfico 6 demonstra a mesma situação decrescente ocorrente no Gráfico 3, descrito anteriormente. Mas neste, o Parque Municipal significativamente foi marcado em um número bem maior de vezes como o bem cultural de maior relevância entre todos os disponíveis. Gráfico 6. Número de votos para cada potencial bem de relevância cultural (enumerado no questionário como o mais importante). Fonte: Autores, maio de 2015. Entre os bens de relevância do patrimônio ambiental, conforme o Gráfico 7, novamente destacou-se o Rio Fiúza. No entanto, percebe-se neste que a borboleta azul recebeu um maior número de enumerações como o “mais importante” , se comparado com a Cascata do Rio Caxambú, isso do ponto de vista dos cidadãos. Situação esta que reflete o inverso do Gráfico 4 já apresentado. 122 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 Gráfico 7. Número de votos para cada potencial bem de relevância ambiental (enumerado no questionário como o mais importante) Fonte: Autores, maio de 2015. Ainda no questionário havia um tópico para sugestões de outros potenciais bens de patrimônio cultural de Panambi que não foram contemplados no trabalho. Entre eles destacase principalmente o Evento da Oktoberfest, uma festa típica alemã de repercussão local e regional, que acontece desde o ano de 2001. Além desse, citaram-se outros como a Trilha Ecológica, o Arroio Moinho, a antiga estação de trem Linha Belizário, o Museu Militar Brasileiro (situado na BR 285 em Panambi) e a Cascata do Rio Palmeira. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a elaboração desta pesquisa, pode-se perceber e compreender a definição de patrimônio cultural, um breve histórico dos potenciais bens culturais de Panambi/RS, e a identificação de quais bens expressam maior importância para preservar a memória do município, através de uma análise quantitativa e interpretação dos dados dos questionários elaborados e aplicados para uma pequena parcela da população panambiense. Nota-se que todos os bens descritos no estudo possuem significativa importância, embora a aplicação dos questionários revele que alguns com mais intensidade e outros com menos. Por isso, espera-se que o presente trabalho possa auxiliar em um processo de valorização e preservação da paisagem urbana e da memória histórica do município, visando manter a identidade cultural desta população. Desta forma, podem ser estabelecidas algumas diretrizes de planejamento, tendo em vista que a Lei do Plano Diretor participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi RS do ano de 2008 tem como objetivo proteger, preservar e recuperar o patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico e utilizá-lo como meio de desenvolvimento sustentável. O inventário, um instrumento a serviço da preservação, poderia ser produzido para que os bens verificados cumpram o seu papel no município, defendendo a memória histórica, 123 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 os costumes, a identidade cultural, as riquezas artísticas, arquitetônicas, as reservas ambientais e todos aqueles bens materiais e imateriais que sejam de interesse público. Além disso, também se torna extremamente importante que o Patrimônio Cultural de Panambi e o seu potencial valor cultural seja divulgado, e consequentemente, reconhecido pelos panambienses, através de ações educativas, além de recuperado e qualificado, pois durante a pesquisa constatou-se que muitos cidadãos conhecem pouco ou não têm conhecimento da existência ou da história de alguns dos bens que foram aqui salientados. REFERÊNCIAS BIONE, Marcelo M. O que é bem cultural? No que consiste o valor cultural de um bem? nov. 2012. 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Panambi: Emgrapan, 2015. 125 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2 ANEXO QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DOS POTENCIAIS BENS DE PATRIMÔNIO CULTURAL NO MUNICÍPIO DE PANAMBI/RS Pode-se dizer que Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam a história de um povo e sua relação com o meio ambiente, cuja conservação seja de interesse público e expresse grande valor à memória da sociedade. É o legado que se transmitirá às gerações futuras. Desta forma, enumere de forma decrescente numérica (o maior número para o mais importante) e por tópico, aqueles bens que você considera de grande relevância para salvaguardar no município de Panambi/RS: Patrimônio de relevância Histórica (14 bens): [ ] Castelinho [ ] Edifício Rudi Arnoldo Franke (Antiga Prefeitura) [ ] Exemplares de arquitetura alemã (enxaimel) [ ] Farmácia Hisserich [ ] Igreja Batista Emanuel [ ] Igreja Católica Matriz São João Batista [ ] Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Igreja do Relógio) [ ] Antiga Metalúrgica Faulhaber [ ] Moinho Velho [ ] Monumento ao imigrante [ ] Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann [ ] Portal das colonizações [ ] Praça Engenheiro Walter Faulhaber [ ] Vista Sul da Praça Engenheiro Walter Faulhaber para o Morro da IECLB Patrimônio de relevância Cultural (4 bens): [....] Centro Cultural 25 de Julho [....] CTG Troupeiro Velho [ ] Modo de fazer Käsekuchen (bolo de requeijão) [ ] Parque Municipal Rudolfo Arno Goldhardt Patrimônio de relevância Ambiental (3 bens): [....] Borboleta azul [....] Rio Fiúza [....] Cascata do Rio Caxambú Sugestões: [ ] [ ] [ ] 126 _______________________________________ REVISTA DI@LOGUS ISSN 2316-4034 – Volume 4 nº 2