Recomendações técnicas para produção de caprinos e ovinos

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Recomendações técnicas para produção de caprinos e ovinos
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
PARA PRODUÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS
Adriana Trindade Soares1
Jefferson Alves Viana2
Paula Fernanda Barbosa de Araújo Lemos1
1
Médica Veterinária, Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. - Emepa. Rua Eurípedes Tavares 210 - Tambiá - Caixa Postal 275.
CEP 58013 - 290 João Pessoa, PB. E-mail: [email protected]
2
Zootecnista, Emepa. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
N
o Nordeste, a maioria dos
rebanhos caprinos, por serem
explorados basicamente em
sistemas de produção tradicional,
apresenta baixa produtividade. Este
índice está atrelado ao baixo nível de
tecnologia empregado, que incorre em
índices reprodutivos baixos, elevada
mortalidade em todas as fases da
criação acarretando uma baixa
produtividade (Freitas et al., 2005).
Diversos trabalhos têm sido
desenvolvidos com o intuito de reverter
este quadro e incrementar os índices
produtivos dos rebanhos. Atualmente, a
introdução de novas raças
zootecnicamente selecionadas e a
geração ou adaptação de tecnologias
têm assegurado maior eficiência aos
sistemas produtivos. Neste sentido, o
melhoramento genético quando
associado às práticas de manejo
racionais, representa uma poderosa
ferramenta para o incremento dos
índices de produtividade.
Os principais produtos oriundos dos
caprinos e ovinos são: a carne, a pele e o
leite, todos dando origem a diversos
derivados após o processamento.
Apesar do crescimento da demanda
verificado nos últimos anos, a carne
ainda apresenta um baixo consumo per
capita no Brasil (Simplício et al.,
2003). A pele é a matéria-prima que
admite a mais elevada agregação de
valor em toda cadeia produtiva (Leite &
Vasconcelos, 2000). Na última década,
particularmente nos Estados da Paraíba
e do Rio Grande do Norte, foram
desenvolvidas algumas experiências
exitosas com produção de leite de cabra
em escala comercial. No entanto, as
quantidades produzidas ainda são
pequenas em relação às demandas,
sendo o mercado brasileiro altamente
comprador, embora o principal destino
do produto seja a merenda escolar,
através de subsídios governamentais
(Wander & Martins, 2005). O mercado
também disponibiliza a venda de
reprodutores e fêmeas de alta linhagem
genética, possibilitando, desta forma, a
otimização dos programas de
melhoramento genético e a
implementação de um sistema de
criação com base em tecnologias de
“ponta”.
O elo entre a exploração básica e a
produção final, direcionada a um
mercado de abastecimento contínuo,
com controle de qualidade, deve se
fundamentar na organização
associativista e no desenvolvimento
das atividades agroindustriais,
preservando a capacidade produtiva de
cada região, respeitando as condições
do ecossistema favoráveis à criação de
cada espécie animal, enfocando a
exploração, em função das aptidões das
diversas raças e/ou tipos raciais,
visando ao incremento no nível de
organização e de gestão na unidade
produtiva. A concretização de metas
suscitadas ao avanço técnico está
atrelada ao investimento da formação
de difusores e qualificação da mão-deobra básica, maior agregação de
produtores que adotem práticas de
manejo melhoradas e racionais, com
maior investimento financeiro inicial,
conferindo posteriormente uma maior
relação custo-benefício.
No semi-árido a irregularidade do
período chuvoso e as secas periódicas
impõem severas restrições ao
suprimento de forragens e,
conseqüentemente, à produtividade
dos pequenos ruminantes. Outros
fatores podem ser considerados
importantes no manejo de caprinos e
ovinos: a inexistência de um programa
sanitário preventivo, a falta de
adaptabilidade e sobrevivência das
crias ao meio ambiente adverso ao de
origem de sua espécie e raça e o não
atendimento aos problemas inerentes
ao tipo de exploração e suporte para a
manutenção do potencial biológico
exigido.
A instalação de uma conduta
rotineira em submeter o rebanho a um
manejo correto e racional é o primeiro
passo para aumentar os índices de
produtividade (Sousa, 2000). O manejo
de um rebanho é a reunião de todos os
cuidados e tarefas do dia a dia, estando
estreitamente relacionado às
instalações da propriedade, à
alimentação, à sanidade, à reprodução e
ao melhoramento genético. Este
trabalho objetiva disponibilizar
recomendações tecnológicas para a
produção de caprinos e ovinos, e
relatar os resultados obtidos com o uso
da estação de monta por cobertura
natural e inseminação artificial em
pequenas Unidades de Produção,
localizadas nas microrregiões do Cariri
e Curimataú paraibanos, assistidas pelo
Programa Fome Zero por intermédio da
Emepa.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007
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MANEJO REPRODUTIVO DE
CAPRINOS E OVINOS
Para que o programa reprodutivo
funcione de forma eficiente e os
objetivos sejam alcançados, devem ser
obedecidos pré-requisitos nos manejos
sanitário e nutricional e escrituração
zootécnica. Portanto, temas como
estação de monta, características
reprodutivas das fêmeas caprinas e
ovinas submetidas à sincronização do
estro e ovulação, alimentação, manejo
nutricional ligado à reprodução,
sanidade
e instalações, merecem
destaque na organização dos sistemas
de produção.
Estação de Monta
Estação de monta é o período no
qual os animais são expostos ao
acasalamento. É recomendável que, ao
se fazer uma estação de monta pela
primeira vez, o período seja de 60 a 63
dias para cabras e 48 a 51 para ovelhas,
pois, durante este tempo, é possível
acompanhar a regularidade do ciclo
estral dos animais, ou seja, o intervalo
de tempo em que as fêmeas apresentam
cio. Nas cabras, este intervalo é, em
média, de 21 dias e nas ovelhas de 17
dias. Em regiões tropicais, onde a
luminosidade não sofre grandes
variações ao longo do ano, como no
Nordeste brasileiro, as cabras e as
ovelhas nativas apresentam estro e
ovulam ao longo de todos os meses,
estando a atividade reprodutiva mais
relacionada com a disponibilidade, a
qualidade das forragens e o estado
sanitário dos animais (Ribeiro, 1997).
O estabelecimento da estação de
monta deve ser feito com critérios que
deverão guardar estreita relação com os
objetivos da exploração. Portanto,
depende de uma série de fatores, como:
o estado reprodutivo das fêmeas e dos
machos; a disponibilidade de sêmen; o
período em que transcorrerá o terço
final da prenhez, em face de sua
importância para o peso da cria ao
nascer e sua sobrevivência; a época na
qual ocorrerão os partos, em virtude de
sua importância para a produção de
leite e conseqüente sobrevivência e
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desenvolvimento da cria e idade ou
peso em que as crias serão desmamadas
e comercializadas. Outro fator que deve
ser levado em consideração é que, em
criações leiteiras, dependendo da
demanda da região e do
comportamento reprodutivo das
fêmeas, deve-se manter, sempre que
possível 25% das cabras em lactação,
por trimestre ou em torno de 50% por
semestre, o que garantirá a oferta
constante de leite ao mercado. A
estação de monta é uma prática de
manejo de baixo custo e de aplicação
relativamente fácil. A sua adoção não
visa à obtenção de índices máximos de
fertilidade, mas o equilíbrio entre o
índice de fertilidade e de sobrevivência
que possibilite uma maior renda ao
sistema de produção (Freitas et al.,
2005).
Vantagens
Concentração de partos no mesmo
período; padronização dos produtos
nascidos; permite conhecer e
acompanhar o histórico reprodutivo
dos animais; possibilita a ocorrência de
três partos em dois anos; garante
produtos no mercado ao longo do ano;
através do contato diário com animais,
é possível detectar alguma doença
ainda na fase inicial; facilita o manejo
sanitário e facilita o manejo
reprodutivo.
Cuidados necessários antes da
estação de monta
- Seleção zootécnica das fêmeas
Selecionar as fêmeas com 65 a 70%
do peso do animal adulto; não utilizar
fêmeas com idade avançada; doentes;
com histórico de abortos ou com
irregularidade no aparecimento do cio;
não utilizar fêmeas com defeitos
hereditários: agnatismo, prognatismo,
hérnias; apresentarem escore corporal
no mínimo 2,0 e no máximo 4,0. O
escore 3,0 é o ideal. Uma boa
conformação corporal favorece o
aumento nas taxas de ovulação e
concepção, a sobrevivência
embrionária e, conseqüentemente, a
fertilidade ao parto.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1, n.2, p.45-51, dez. 2007
- Seleção zootécnica dos reprodutores
Inicialmente, deve ser levada em
consideração a demanda do mercado
consumidor – carne e/ou leite, para
definir o padrão zootécnico que deve
ser inserido ao rebanho. Os critérios
que devem ser considerados na escolha
de um reprodutor são os seguintes:
constatação da saúde geral;
integridade dos sistemas locomotor,
visual e digestivo; integridade dos
órgãos genitais (testículos e pênis);
manifestação da libido (desejo
sexual);ausência de defeitos
hereditários: agnatismo, prognatismo,
hérnias; eliminar os mochos de
nascença.
É importante considerar que a
espermatogênese nos pequenos
ruminantes domésticos tem uma
duração aproximada de 52 dias, o que
suporta a recomendação de se dar início
à suplementação alimentar dos
reprodutores a partir de 6 a 8 semanas
antes do início da estação de monta.
- Preparação sanitária das fêmeas e
reprodutores
Vermifugações estratégicas contra
endo e ecto parasitas; vacinações
contra Raiva e Clostridiose; corte dos
cascos; submeter os animais a uma
suplementação alimentar.
Comportamento das fêmeas em
estro (cio): monta e aceitação para
montar por outras fêmeas; aceitação
espontânea à monta pelo reprodutor;
vulva edemaciada e presença de muco
cristalino; urina e balança a cauda com
freqüência.
Métodos para a manipulação do ciclo
estral
São métodos que possibilitam a
indução e sincronização do cio.
Método Natural – Efeito Macho
Consiste na introdução de machos
rufiões (que não possuem condições de
fertilizar uma fêmea), as quais estejam
isoladas de machos no mínimo de 3 a 4
semanas. As fêmeas apresentarão o
estro em cadeia no período de 5 a 10
dias, após a exposição aos rufiões. Este
fenômeno se deve à liberação do
ferormônio exalado pelo macho, que é
sentido pelas fêmeas através do seu
sistema olfatório. Tal efeito ocasionará
a liberação de substâncias endógenas
que irão desencadear os sinais de estro.
É aconselhável a utilização de rufiões
para detecção das fêmeas em estro e não
dos próprios reprodutores, para
promover um melhor aproveitamento
dos mesmos (Gonzalez et al., 2002).
Método Nutricional – flushing
alimentar
Consiste no aumento do plano
nutricional de pelo menos 30 dias antes
da estação de monta. Pode ser feito pelo
fornecimento de ração concentrada
balanceada, na quantidade diária de
500-800 g/animal. Este procedimento
deve ser associado à disponibilidade de
volumoso de boa qualidade, existente
em cada região. Este método não
sincroniza os estros, entretanto,
proporciona um aumento de 20 a 30%
na taxa de ovulação.
Métodos hormonais
Estes métodos hormonais permitem
a sincronização do aparecimento dos
sinais clínicos de estro de forma
sincronizada na maioria do rebanho
tratado. Porém, a administração de
gonadotrofina em associação com o
tratamento progesterônico tem
permitido índices de ovulação
satisfatórios, quando do uso individual
da progesterona ou prostaglandina.
Uso da PGF2alfa (prostaglandina) ou
seus análogos sintéticos.
Uso de Progesterona
?
eCG (gonadotrofina coriônica
eqüina) produtos liofilizados na
concentração de 5.000 UI.
ALIMENTAÇÃO
Uma das formas de aumentar a
capacidade de suporte da fazenda é
cultivar gramíneas, como: capimbuffel (Cenchrus ciliaris L.), capim
andropógon (Andropogon gayanus),
bem como leguminosas de porte
herbáceo, como cunhã (Clitoria
ternatea L.). Para o cultivo destas
espécies, recomenda-se reservar áreas
não marginais da propriedade, além de
formar capineiras em áreas de vazantes
com capim-elefante.
Animais nutricionalmente mais
carentes devem ter acesso à
suplementação com feno ou silagem de
leguminosas e/ou gramíneas, obtidas
do campo de produção de forragem das
áreas úmidas da propriedade. Deve ser
oferecida uma mistura de sal comum e
sal mineralizado, nos cochos,
colocados nos apriscos, à vontade,
durante o ano a previsão de consumo é
de 15 g por cabeça/dia (Cunha, 2000).
Uma ração de ramas forrageiras
e/ou capim picado deve ser oferecida
aos cabritos em amamentação, que
ficarem presos nos apriscos,
favorecendo, assim, o funcionamento
mais precoce do rúmen, que
normalmente tem seu início, de
maneira rudimentar, a partir da 3ª
semana de vida. É aconselhável
permanecerem no capril os cabritos
recém-nascidos, pelo menos nas quatro
primeiras semanas. É importante as
crias permanecerem com as mães nas
primeiras 72 horas de vida, devendo ser
assistidas nas primeiras 12 horas pósparto, para que se tenha certeza de que
ingeriram o colostro (Embrapa-CNPC,
1994).
processos fisiológicos que comandam
o desempenho reprodutivo são os
mesmos e sob condições nutricionais
inadequadas agem negativamente no
processo reprodutivo, afetando os
índices produtivos do rebanho.
A alimentação é o principal fator do
comportamento reprodutivo e de
respostas aos tratamentos de
sincronização de estros em todas as
espécies animais. No semi-árido a
limitada disponibilidade de alimentos,
associada à escassez das chuvas, é
determinante no estado nutricional dos
rebanhos. Assim, em animais com
baixa condição corporal, o atraso e a
ausência de cio estão estreitamente
relacionados. A taxa de ovulação e a
fertilidade são altamente dependentes
da alimentação pré-cobertura,
enquanto em bom estado nutricional,
estes animais apresentam excelentes
respostas aos tratamentos hormonais.
As alternativas básicas para
fortalecer a alimentação nas regiões do
Cariri e Curimatu são: melhoramento
do suporte forrageiro com o auxílio das
forragens conservadas por processos de
fenação e ensilagem; manejo adequado
das pastagens com taxa de lotação
correta e pastoreio rotacionado e
suplementação alimentar na época
seca.
Alimentação segundo a categoria
animal
- Fase de crescimento: a partir do 3º
mês de vida, deve ser fornecido um
volumoso de boa qualidade e 300 g/dia
de um concentrado com 14% de
proteína bruta e uma mistura mineral
completa. A ração deve conter uma
relação cálcio e fósforo na proporção de
2:1 para evitar a formação de cálculo
renal, o qual é freqüente no macho
caprino.
Dispositivos vaginais
?
Esponjas de poliuretano impregnada
com 60 mg de progesterona sintética
ou 50 mg de fluogesterona;
?
CIDR (controulled internal drug
re l e a s e ) - i m p r e g n a d a c o m
progesterona natural na concentração
de 0,33 mg.
?
Uso de Gonadotrofina
MANEJO NUTRICIONAL
LIGADO À REPRODUÇÃO
O efeito do estado nutricional na
performance reprodutiva é muito
importante. Embora os tipos de fontes
nutricionais e os problemas de manejo
possam diferir entre regiões, os
- Fêmeas antes da estação de monta:
o período pré-acasalamento ou
inseminação artificial é muito
importante para que as fêmeas refaçam
suas reservas orgânicas perdidas na
gestação e lactação anterior. O
fundamento da prática do flushing é que
o choque alimentar estimula a taxa de
ovulação e, conseqüentemente,
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007
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maiores índices de fertilidade e
prolificidade. As fêmeas destinadas à
cobertura devem ser previamente
selecionadas e separadas do rebanho,
30 dias antes, remanejadas para um
local apropriado, para receberem
cuidados sanitários e nutricionais, com
dieta rica em fibra e maior valor
energético, devendo estas serem
mantidas até 30 dias após o
acasalamento, visando a fixação e
sobrevivência dos fetos.
Exemplos de rações para o flushing
alimentar:
Ração 1: milho triturado 60%, farelo
de soja 23%, torta de algodão 30%,
farelo de trigo 20%, sal mineral 2%,
uréia 2%.
Ração 2: milho triturado 78%, farelo
de soja 20%, caroço de algodão 30%,
farelo de trigo 20%, sal mineral 2%.
Ração 3: farelo de mandioca 74%,
farelo de soja 23%, sal mineral 2%,
uréia 2%
Para os exemplos de rações citados,
as quantidades a serem oferecidas aos
animais estão diretamente relacionadas
à qualidade do volumoso, entretanto, a
mesma deve representar, em média,
40% do consumo total da ração diária
nessa fase.
- Terço final de gestação: os animais
prenhes reduzem o consumo de
volumoso no terço final da gestação,
em função da compressão do rúmen
pelo desenvolvimento do feto. Nessa
fase, o animal precisa receber uma
suplementação concentrada: em torno
de 600 g de um concentrado com teor
protéico entre 20 e 24% de PB,
juntamente com volumoso e uma
mistura mineral de 3% na ração.
- Reprodutores: especial atenção deve
ser dada a mineralização dos
reprodutores, especialmente na relação
cálcio:fósforo (2:1), uma vez que os
mesmos são mais susceptíveis ao
aparecimento de cálculos urinários,
quando ocorre a deficiência ou excesso
destes minerais. Quando não for
possível preparar uma mistura
adequada na propriedade, o produtor
deve procurar um produto especifico e
de boa qualidade. É recomendado que,
quando a mistura mineral for adquirida
no comércio, já pronta, deve-se ter os
seguintes cuidados: ausência de
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substâncias tóxicas; ter em média 50%
de sal comum; ter no mínimo 8% de
fósforo; ter a relação de cálcio:fósforo
de 2:1; preferir a mistura granulada,
pois em bloco o consumo é 10% menor.
Os reprodutores podem receber o
mesmo tipo de alimento das fêmeas,
necessitando adequar a quantidade ao
peso vivo. Para que os mesmos
mantenham um bom estado físico é
necessário além de boa alimentação, à
prática de exercícios diários. Quando a
pastagem é de boa qualidade e o animal
não está em serviço, pode ser
dispensada a ração concentrada,
fornecendo-se apenas uma boa
suplementação mineral. O teor de
proteína na dieta deve ficar entre 14 e
16%. Trinta dias antes e durante a
estação de cobertura é necessário
oferecer um suplemento protéico diário
na quantidade de 800 a 1.000 g além de
água em abundância e exercícios;
terminado o período de cobertura a
alimentação deve voltar ao normal
Suplementação mineral: o
fornecimento de suplemento mineral é
indispensável aos animais ao longo do
ano, além de ser colocado à disposição,
deve sempre ser adicionado ao
concentrado na proporção de 1% da
ração; a preparação e a dosagem dos
componentes devem ser rigorosas e
feitas com o máximo de cuidado. Os
adultos ingerem cerca de 15 g de
mistura mineral completa por dia.
Exemplo 1 de mistura mineral (kg):
Fosfato bicálcio (50,00), sulfato de
zinco (0,12), sulfato de cobre (0,30),
sulfato de cobalto (0,05), iodato de
potássio ( 0,015).
Exemplo 2 de mistura mineral (kg):
Farinha de ossos (50,00), sal comum
(48,00) e complexo mineral ( 2,00).
Quando a mistura mineral for
adquirida no comércio já pronta
devem-se ter os seguintes cuidados:
Idoneidade dos fabricantes; ausência
de substâncias tóxicas, ter em média
50% de sal comum; ter no mínimo 8%
de fósforo; a relação cálcio:fósforo
deve ser 2:1; Boa aceitação pelos
animais; preferir a mistura granulada,
pois em bloco o consumo é 10% menor.
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1, n.2, p.45-51, dez. 2007
SANIDADE
O desconhecimento sobre manejo
sanitário leva a perdas econômicas
irreparáveis. A utilização de medidas
profiláticas e curativas no controle das
principais doenças de caprinos e ovinos
é de fundamental importância para
aumentar a produtividade destas
espécies. A alta freqüência de doenças
em caprinos e ovinos é devida a falta de
acesso à orientação técnica adequada e
à carência de informações elementares
sobre manejo sanitário. As instituições
públicas governamentais são, de certa
forma, responsáveis pelas mudanças de
atitudes necessárias para que se
fortaleça a parceria e organização de
base que atuam no espaço rural,
visando à dinamização das ações
dentro dos sistemas de produção,
proporcionando o incremento dos
índices produtivos.
Seguem medidas profiláticas e
terapêuticas de algumas doenças que
geralmente acometem os pequenos
ruminantes, conforme Pinheiro et al.
(2003).
Endoparasitoses
Verminose - é a principal das afecções
que afetam o rebanho caprino, sendo
responsável pela alta taxa de
mortalidade, retardo do crescimento,
baixa produção de leite e baixa
fertilidade, causando grandes perdas
econômicas.
Quando a mucosa ocular está
esbranquiçada e a região abaixo do
queixo está inchada (edema
submandibular) é sinal que a verminose
já está em estado bem avançado,
devendo-se tratar imediatamente com
aplicação sistemática de vermífugo e
boa alimentação. É aconselhável não
soltar os animais no pasto e sim, deixálos confinados. Para o controle, fazer
três vermifugações no período seco e
uma no período chuvoso. A prática
freqüente de exames parasitológicos de
fezes como o Opg (contagem de ovos
por grama de fezes), ajuda muito no
controle da verminose, pois indica o
grau de infestação do rebanho.
Nos rebanhos onde se utiliza a
estação de monta, recomenda-se uma
vermifugação 30 dias antes do parto,
para evitar a contaminação dos cabritos
e das fêmeas no período pós-parto.
Ectoparasitoses
Piolho e Sarna - deve ser feita inspeção
periódica dos animais. Não se
recomenda introduzir animais na
propriedade sem antes proceder a um
exame minucioso ou submetê-los a
uma quarentena. Os animais infestados
devem ser tratados mediante banhos de
aspersão com produtos fosforados ou
piretróides, repetindo-se o tratamento
após dez dias. No caso de sarna, o
procedimento é feito através da limpeza
da região afetada e utilização de
acaricidas em solução oleosa, na
diluição de 1:3.
Miíase (bicheira) - são causadas por
larvas de moscas, vulgarmente
varejeira. As miíases são mais comuns
nos orifícios naturais, como: narinas,
cavidade nasal, vulva e lesões recentes
na pele, cordão umbilical dos recémnascidos e abscessos rompidos, pois a
mosca tem predileção por tecidos
vivos. Recomenda-se tratar os animais
com repelentes sempre que se
realizarem práticas de manejo como:
brincagem, castração, descorna, corte
do umbigo. Lembrar que o produto não
deve ser aplicado sobre o ferimento, e
sim, ao redor. Para os animais
portadores de bicheira, limpar a área
infestada, retirar as larvas e colocar
substâncias larvicidas e repelentes para
matar as larvas.
Pododermatite (mal-do-casco) - para
o controle da pododermatite,
recomenda-se o corte e a limpeza
periódica dos cascos de todos os
animais do rebanho, principalmente no
período seco. Evitar que os animais
permaneçam em locais úmidos.
Proceder a passagem dos animais em
pedilúvio com solução desinfetante à
base de formol a 5% (50 mL) e água (1
litro), ou solução de cal virgem (3,6 kg)
e água (1 litro), duas vezes ao dia,
iniciando-se 30 dias antes e
permanecendo durante todo o período
chuvoso. Os animais afetados devem
ser isolados, mantidos em locais secos e
limpos, procedendo-se a limpeza e a
desinfecção diária dos cascos. Nos
casos graves, estas medidas devem ser
associadas à aplicação de antibióticos
sistêmicos.
Linfadenite caseosa (mal-do-caroço) é uma enfermidade infecto-contagiosa,
crônica e debilitante que acomete
caprinos e ovinos, podendo atingir o
homem, causada pela bactéria
Corynebacterium pseudotuberculosis.
Caracteriza-se pelo aumento dos
linfonodos e formação de abscessos,
contendo material purulento de cor
amarelo-esverdeada, nos linfonodos
superficiais, uni ou bilateral, viscerais e
nos órgãos, principalmente pulmões,
fígado, baço e rins. Após a penetração
do microorganismo, este pode
permanecer em forma latente no corpo
do animal por longos períodos, não
desenvolvendo a formação de
abscesso, e após uma diminuição das
defesas orgânicas dos animais
acometidos, ocorre o aparecimento de
abscesso superficial, com maior
incidência em animais com mais de um
ano de idade.
Por ser uma doença de fácil
disseminação, recomenda-se evitar a
aquisição de animais com sintomas
externos (abscessos/caroços). Para
tanto, deve-se proceder a inspeção
periódica do rebanho. Se constatada a
presença de abscessos, isolar o animal
e, quando oportuno, efetuar a abertura
dos abscessos antes que se rompam
espontaneamente e contaminem o
ambiente. Para tanto, deve-se preparar
a área, por meio de lavagem com água e
sabão, cortar os pêlos e desinfetar com
álcool iodado. Em seguida, faz-se um
corte no sentido vertical, de tamanho
adequado à retirada de todo o conteúdo
purulento e procede-se a escarificação
da ferida e a sua desinfecção com
solução de iodo a 10%. O material
retirado deve ser queimado e enterrado.
Animais que apresentarem
reincidência por três vezes devem ser
eliminados do rebanho. O
microorganismo infectante é capaz de
sobreviver e persistir no meio ambiente
por longo tempo, constituindo-se numa
constante fonte de infecção. Condições
de ambiente como umidade, matéria
orgânica, concentração de animais,
falta de higienização nas instalações,
práticas de manejo inadequadas
favorecem a persistência da C.
pseudotuberculosis. Não há evidências
de que o microganismo possa se
multiplicar no solo, porém em solos
ricos, úmidos e de baixas temperaturas,
a bactéria consegue sobreviver por até
oito meses sendo, portanto, uma
constante fonte de infecção para
animais sadios.
Broncopneumonia - dada a
vulnerabilidade dos caprinos à
pneumonia, recomenda-se proceder a
limpeza e desinfecção periódica das
instalações. Evitar expor os animais à
umidade e correntes de ar excessivas,
mediante instalações e lotações
adequadas. Os animais já afetados
devem ser isolados e tratados com
antibióticos de amplo espectro.
Ectima contagioso (boqueira) - as
lesões são comumente observadas nos
lábios. Nos casos graves, a infecção se
estende até as gengivas, narinas, olhos,
úbere, língua, espaços interdigitais e
coroas dos cascos. Os animais
acometidos devem ser isolados
imediatamente por 2 a 3 semanas. As
lesões devem ser tratadas com a
retirada das crostas e com aplicação de
uma mistura de iodo a 10% e glicerina,
na proporção de 1:1. Nos casos mais
graves, aconselha-se administração de
antibióticos para prevenir infecções
secundárias.
Enterite (diarréia) - é uma doença
muito comum, principalmente em
animais jovens. O tratamento se faz
com medicamentos à base de sulfa.
Recomenda-se, também, desinfetar as
instalações com produtos à base de
creosol a 2%. Como medicação de
suporte, utilizar solução rehidratante
(soroterapia)
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1., n.2, p.45-51, dez. 2007
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INSTALAÇÕES
Componentes de um Centro de
Manejo
Aprisco (capril e/ou ovil) - Na
construção das instalações devem ser
considerados: condições ambientais,
material disponível na região,
qualidade dos animais; devendo as
mesmas ser simples, funcionais e
econômicas. Tais instalações podem
ser construídas preferencialmente em
locais secos, altos e pouco inclinados;
protegidos dos ventos fortes e em solo
compactado e ensolarado; próximo a
uma fonte de água e de fácil acesso. Nas
regiões nordestinas onde as
precipitações excedem 700 mm, os
abrigos devem situar-se
preferencialmente na direção NorteSul, no alto de pequenas elevações para
que haja boa ventilação. Nas regiões de
menor precipitação pluvial,
recomenda-se sua construção no
sentido Leste-Oeste.
Aconselha-se a higienização
semanal das instalações. A limpeza
deve ser intensificada durante a maior
ocorrência de parição e no período das
chuvas. O esterco deve ser estocado
fora do alcance dos animais, devendo
ser utilizado nas áreas cultivadas, desde
que bem curtido.
Os tipos mais comuns de aprisco,
segundo Brito & Cunha (2002) são:
Chão batido – constituído de uma área
aberta cercada de madeira, com uma
parte coberta, podendo ter plataforma
elevada com cerca de 30 a 50 cm de
altura, de modo que as baias ocupem
1/3 da superfície do galpão.
Piso suspenso – utilizado para animais
em sistema de confinamento e semiconfinamento; apresenta melhores
condições de manejo e higiene para os
animais. O pé direito deve ser de 2,50m,
o piso deve estar elevado a uma altura
de 0,80 m do solo, utilizando na sua
construção ripões de 3 cm de largura,
distanciado de 1 cm para as áreas de
cabrito e de 1,5 cm para as matrizes. As
vigas que suportam os ripões devem ser
espaçadas de aproximadamente 9,60m.
As rampas de acesso com largura
mínima de 1,20 m devem ser pouco
50
inclinadas para facilitar a subida dos
animais devendo possuir proteção nos
lados para evitar a queda das crias.
Cochos - Os cochos são utilizados para
arraçoar os animais com ração
volumosa e/ou concentrada. Devem
ficar localizados do lado de fora das
instalações, evitando o desperdício e a
contaminação por fezes e urina, além
de facilitar o abastecimento; devem
apresentar as seguintes dimensões: 3040 cm de altura do solo, 20 cm de
profundidade e 30 cm de largura.
Cabriteiro - Alojamento destinado às
crias, situado no interior do aprisco,
protegido contra ventos fortes,
umidade e chuvas; devem apresentar
boas condições de higiene. O espaço
2
recomendado é de 1 m /animal
Maternidade - Deve ser localizada
próxima à instalação formada por baias
especiais num mesmo galpão, podendo
ser individual ou coletiva, dependendo
do tamanho do rebanho. Na ausência da
maternidade, pode ser usado um
piquete com área desmatada e plantada
com capim de pisoteio, boas condições
de água e sombreamento onde as
fêmeas poderão parir em condições de
conforto. Para a construção das baias
maternidade a área coberta deve ter 1,5
a 2,0 m2/animal.
Aprisco para reprodutores - Os
abrigos destinados aos reprodutores
devem ter 3 m2/animal com cocho para
forragem e concentrado, sal mineral e
água, além do solário.
Saleiro - Outra instalação de grande
importância e de baixo custo, que deve
ser fixado sob a área coberta do curral.
RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Os resultados da Tabela 1 são
referentes ao número de fêmeas
cobertas, taxas de parição e
prolificidade de cabras e ovelhas SPRD
(Sem Padrão de Raça Definida)
submetidas à monta natural controlada
com reprodutores caprinos das raças
Anglo Nubiana, Boer, Savana e Parda
Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.1, n.2, p.45-51, dez. 2007
Alpina; e ovino das raças Dâmara e
Santa Inês, em pequenas Unidades de
Produção no Cariri Paraibano, no ano
de 2004. Para caprinos, a taxa de
parição foi de 87% e prolificidade de
1,2; para ovinos foi de 87% e
prolificidade de 1,1.
Tabela 1
Taxa de parição de cabras e ovelhas
SPRD submetidas à monta natural
controlada com reprodutores caprinos
das raças Anglo Nubiana, Boer, Savana e
Parda Alpina; e ovino das raças Dâmara e
Santa Inês, em Unidades de Produção no
Cariri Paraibano, no ano de 2004.
Espécie
Nº de
fêmeas
cobertas
Taxa de
parição
(%)
Prolif
Caprinos
Ovinos
116
80
83,0
87,0
1,2
1,1
Prolif - Prolificidade
A taxa de parição de 197 cabras
SPRD (Sem Padrão de Raça Definida)
submetidas à inseminação artificial
com sêmen fresco de reprodutores das
raças Boer e Anglo Nubiana, em
pequenas Unidades de Produção
localizadas nas regiões do Cariri e
Curimataú Paraibanos, foi de 65,99%
(130/197), com uma prolificidade de
1,5.
Na Tabela 2, observa-se que os
machos das raças Savanna e Parda
Alpina foram mais pesados, ao
nascimento, do que as fêmeas nas
Unidades de Produção localizadas na
região do Cariri e Curimataú, no ano de
2004. Enquanto isto, as fêmeas das
raças Anglo Nubiana e Boer foram mais
pesadas do que os machos, ao nascer.
De um modo geral, as crias da raça
Parda Alpina são mais leves, ao
nascimento, do que os das raças Anglo
Nubiana, Boer e Savanna.
Com relação aos ovinos, as fêmeas
da raça Dâmara com peso, ao nascer, de
6,20 kg superaram os machos em 2,5
kg. Enquanto isto os machos da raça
Santa Inês foram mais pesados, ao
nascer, do que as fêmeas, com uma
diferença de 0,11 kg.
Tabela 2
Pesos ao nascer dos produtos de cabras
e ovelhas SPRD submetidas à monta
natural controlada com reprodutores
caprinos e ovinos, em pequenas
Unidades de Produção no Cariri e
Curimataú Paraibanos, no ano de 2004.
Raça do
reprodutor
GONZALEZ, C.I.; SOARES, A.T.;
CUNHA, M.das G.G.; SOUSA, W.H.
de. Reprodução assistida em
caprinos: inseminação artificial.
João Pessoa: EMEPA-PB, 2002. 42p.
il. (EMEPA-PB. Documentos, 39).
Sexo da cria
Machos Fêmeas
D
Caprinos
Anglo Nubiana
Boer
Savana
Parda Alpina
4,84
5,30
4,97
3,22
4,92
5,60
3,82
3,08
Ovinos
Dâmara
Santa Inês
3,80
5,04
6,20
4,93
A: Produto de cabra SPRD x reprodutor
Savana, Soledade, PB
B: Produto de cabra SPRD x reprodutor
Dâmara, Soledade, PB
C: Produto de cabra SPRD x reprodutor
Boer, Riachão, PB
D: Produtos de ovelhas SPRD x
reprodutor Santa Inês, Soledade, PB
REFERÊNCIAS
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CUNHA, M. das G. Nutrição e manejo
alimentar de caprinos e ovinos: In:
SOUSA, W.H.; SANTOS, E.S. dos.
Criação de caprinos leiteiros: uma
alternativa para o semi-árido. 2 ed. João
Pessoa: SEBRAE, EMEPA-PB, 2000.
p.57-58.
B
C
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