Template ALAP2012 - Associação Brasileira da Batata

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Influência da fonte de adubo potássico no desenvolvimento de plantas de batata
Oliveira1, Roberta C.; Luz1, José Magno Q.; Santos Junior1, Nilson Erito T.; Soares1, Johny
S., Almeida1, Ronei F.
UFU Universidade Federal de Uberlândia- ICIAG Instituto de Ciências Agrárias- Instituto de Ciências
Agrárias, Avenida Amazonas s/no – Bloco 2E Sala 01 - Bairro Umuarama Uberlândia/MG – CEP: 38400-902
- Caixa Postal: 593. [email protected], [email protected], [email protected].
INTRODUÇÃO
A batata (Solanum tuberosum) ocupa o terceiro lugar entre os alimentos mais consumidos
no mundo, ficando atrás somente do arroz e do trigo (EMBRAPA, 2011). O ciclo relativamente
curto e os altos rendimentos por área justificam a elevada exigência quanto à presença de
nutrientes na forma prontamente disponível na solução do solo (Fernandes, 2010).
A adubação potássica pode ser feita com a utilização de diversas fontes, com destaque
para o cloreto de potássio e o sulfato de potássio. Muitos produtores têm adotado o sulfato de
potássio como fonte de K, pois há o conceito de que sua utilização melhora a qualidade dos
tubérculos (Campora, 1994).O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento de plantas de
batata submetidos a duas fontes de potássio (KCl e K2SO4 -Kmag).
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no município de Perdizes-MG,entre maio a outubro de 2011,
utilizando a cultivar Asterix. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com nove
tratamentos e quatro repetições. Cada parcela era constituída por seis linhas, espaçadas em 0,75
cm entre linhas, com seis metros de comprimento.
Os tratamentos consistiram na combinação de duas fontes de adubo potássico (KCl e
K2SO4 -K-Mag) (Tabela 1). A quantidade de nutrientes (N, P e K) utilizada foi baseada na análise
física e química do solo e necessidade da cultura. Foram aplicados 90 kg de ha-1 de N, 180 kg ha-1
de K2O e 750 kg ha-1 P2O5 (55% do nitrogênio e do potássio foram adicionados ao solo no
momento do plantio e os 45% restantes, no momento em que foi realizado a amontoa, 24 dias
após o plantio - DAP).
Tabela 1. Porcentagem (%) das fontes de adubo potássico (KCl e K2SO4 -K-Mag) utilizados em
cada tratamento.
Tratamento
Plantio
Cobertura
KCl (%)
Kmag (%)
KCl (%)
Kmag (%)
1
100
0
100
0
2
0
100
0
100
3
100
0
0
100
4
0
100
100
0
5
87,5
12,5
87,5
12,5
6
75
25
75
25
7
50
50
50
50
8
25
75
25
75
9
12,5
87,5
12,5
87,5
Foram realizadas amostragens quinzenais, coletando uma planta (hastes, folhas e
tubérculos) de cada parcela experimental. Após coleta, as plantas foram destinadas a
Universidade Federal de Uberlândia onde foi quantificado o crescimento vegetativo das plantas:
comprimento da maior haste com auxilio de fita milimetrada, massa fresca da parte aerea através
de pesagem em balança eletrônica e contagem do número de hastes e tubérculos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
X X V C o n gr e s o d e l a A s o c i a c i ó n L a t i n o a m e r i c a n a d e l a P a p a - A L A P , 1 7/ 2 0 d e s e p t i e m b r e d e 2 0 12 , U b er l â n d i a , M G , B r az i l
A interação entre a combinação de KCl e K2SO4 -kmag e épocas de coleta foi significativa.
Em geral, a massa fresca da parte áerea (MFPA) foram maiores entre 56 e 86 DAP (dias após o
plantio), menores valores, certamente, referem-se ás fases inicial e final do desenvolvimento (26 e
116 DAP). Os tratamentos 6, 7 e 8 (Tabela 1) proporcionaram as maiores MFPA ao longo do
desenvolvimento (Tabela 2). Com relação a massa fresca de tubérculos (MFT), não houve
diferenças entre os tratamentos testados até 86 DAP. As maiores MFT foram obtidas aos 101 e
116 DAP. Aos 101 DAP os tratamentos 1,4 e 8 proporcionaram melhor resposta a produção de
tubérculos, já aos 116 DAP, os tratamentos que produziram menos foram 2,4, 5 e 8 (Tabela 2).
Tabela 2. Massa fresca de folhas e tubérculos de batata ao longo do ciclo de desenvolvimento.
trat
1
2
3
4
5
6
7
8
9
261
71.04 aD2
69.15 aD
68.40 aD
104.74 aC
71.60 aC
105.38 aC
61.52 aC
103.36 aC
82.55 aC
41
387.10 bC
422.49 bB
448.51 bB
399.71 bB
344.68 bB
595.93 aA
506.58 aB
477.86 aA
371.18 bB
1
2
3
4
5
6
7
8
9
----------------------------------------------
----------------------------------------------
Massa fresca de folhas (g)
56
71
86
800.15 aA
478.28 bB
495.79 bB
613.37 bA
433.66 bB
372.26 bB
596.45 bA
501.44 bB
676.92 aA
416.00 cB
625.61 aA
433.96 bB
715.35 aA
372.71 bB
424.46 bB
616.47 bA
626.68 bB
687.54 aA
713.30 aA
492.11 bB
552.30 aB
567.30 bA
623.87 aA
502.60 bA
550.20 bA
489.30 bA
627.25 aA
Massa fresca de tubérculos (g)
381,76 aB
299,21 aB
276,66 aB
343,75 aB
389,53 aB
389,56 aB
339,50 aC
382,51 aC
397,39 aC
102,58 aB
511,05 aB
311,50 aB
352,02 aB
380,27 aB
259,82 aB
332,63 aC
436,50 aC
337,99 aC
302,84 aC
378,78 aC
270,07 aC
277,25 aB
460,93 aB
301,58 aB
277,71 aC
442,04 aC
297,01 aC
101
561.56 aB
363.50 bB
500.75 aB
431.72 bB
277.57 bB
467.17 aB
470.21 aB
602.86 aA
422.13 bB
116
293.37 bC
260.41 bC
265.75 bC
356.85 bB
405.61 aB
482.57aB
475.10 aB
332.76 bB
388.14 aB
1674,7 aA
1222,8 bA
1243,6 bB
1943,1 aA
1375,4 bA
1457,4 bB
1356,5 bB
1672,8 aA
1277,4 bB
1846,3 aA
1234,7 bA
2008,5 aA
1646,2 bA
1712,5 bA
2180,1 aA
2050,5 aA
1466,8 bA
2215,4 aA
1
DAP (dias após plantio da batata). 2 Médias seguidas de mesma letra, minuscula na coluna e maiuscula na linha, não
diferem entre si pelo Teste de Scott-knott a 5%.
Em trabalho com a cultivar Asterix, Fernandes (2010) observou que a partir de 69 DAP
ocorre senescência e queda de folhas, a qual reflete na redução de MFPA ao final do ciclo.
CONCLUSÃO
Em geral, a aplicação de combinações de KCl e K2SO4 -KMag (6, 7 e 8) proporcionaram as
maiores MFPA, a maioria dos tratamentos apresentaram crescimento máximo aos 56 DAP. Os
fotoassimilados produzidos pelas plantas durante todo o ciclo foram carreados para os tubérculos
gerando máxima MFT aos 101 e 116 DAP. Entre os tratamentos que apresentaram maior MFT
aos 101 DAP, estão o 4 e 8, os quais apresentaram menores MFT na quinzena seguinte.
AGRADECIMENTOS
Á CAPES e FAPEMIG pelo apoio financeiro, ao grupo Rocheto por ceder a área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPORA PS. 1994. Importância da adubação na qualidade dos produtos agrícolas. São Paulo:
Ícone, 373 p.
EMBRAPA. 2011. Produção de Batata no Rio Grande do Sul. Sistemas de Produção 19. Versão
Eletrônica.
FERNANDES A. M. Crescimento, produtividade, acúmulo e exportação de nutrientes em
cultivares de batata (Solanum tuberosum L.). 2010. Dissertação (Mestrado em Agronomia) –
UNESP, Botucatu. 144f.

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