N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum
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N° 01 - Cardiovascular Sciences Forum
Volume 10 - Número 1 - Janeiro / Março 2015 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Vol 10 / Number 1 - January/March - 2015 EDITORIAL COORDINATION Henrique Cesar de Almeida Maia, Alexandre Ciappina Hueb, João Batista V. Carvalho, Melchior Luiz Lima, Osvaldo Sampaio Netto ASSOCIATED EDITORS Alfredo I. Fiorelli, Carlos Henrique Marques Santos, Marco Antônio Rodrigues Torres, Elias Kallás, José Carlos Dorsa V. Pontes, Sérgio Nunes Pereira EDITORIAL SECRETARY: Otoni Moreira Gomes Sponsored by: FUNDAÇÃO CARDIOVASCULAR SÃO FRANCISCO DE ASSIS VERDADE É JESUS SÃO FRANCISCO DE ASSIS TRUTH IS JESUS CARDIOVASCULAR FOUNDATION FUNDACIÓN CARDIOVASCULAR SAN FRANCISCO DE ASSIS JESUS ES LA VERDAD Coordination: Elaine Maria Gomes Freitas (OAB) Events Administration: Elton Silva Gomes Scientific Coordination: Otoni M. Gomes Clinic Director: Eros Silva Gomes International Scientific Board Alberto J. Crottogini (Argentina) Celina Morales (Argentina) Daniel Bia (Uruguay) Calogerino Diego B. Cuzumano (Venezuela) Diego A. Borzelino (Venezuela) Domingos S. R. Souza (Sweden) Eduardo Armentano (Uruguay) Eduardo R. Migliaro (Uruguay) Pierluca Lombardi (EE.UU) Michael Dashwood (England) Pascal Dohmen (Germany) Patrícia M. Laguens (Argentina) Pawan K. Singal (Canadá) Ricardo Gelpi (Argentina) Ruben P. Laguens (Argentina) Sylvain Chauvaud (França) Tofy Mussivand (Canadá) Tomas A. Salerno (EE.UU) Scientific Co-sponsorship by: International College of Cardiovascular Sciences, South American Section of the International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS - SAS), Department of Experimental Research of the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery (DEPEX - SBCCV), SBCCV Department of Extracorporeal Circulation and Mechanical Assisted Circulation (DECAM - SBCCV), SBCCV Department of Clinical Cardiology, Brazilian Association of Intensive Cardiology, Brazilian Academy of Cardiology for the Family, SBCEC Brazilian Society of Extracorporeal Circulation CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Volume 10 / Number 1 - January/March - 2015 International College of Cardiovascular Sciences SCIENTIFIC BOARD - BRAZIL Aguinaldo Coelho Silva (MG) Alcino Lázaro da Silva (MG) Alexandre Ciappina Hueb (SP) Alexandre Kallás (MG) Antônio Alves Coelho (DF) Antônio A. Ramalho Motta (MG) Antônio de Pádua Jazbik (RJ) Antônio S. Martins (SP) Bruno Botelho Pinheiro (GO) Carlos Henrique M. Santos (MS) Carlos Henrique V. Andrade (MG) Cláudio Pitanga M. Silva (RJ) Cristina Kallás Hueb (MG) Domingos J. Moraes (RJ) Edmo Atique Gabriel (SP) Eduardo Augusto Victor Rocha (MG) Eduardo Keller Saadi (RS) Elmiro Santos Resende (MG) Eduardo Sérgio Bastos (RJ) Eros Silva Gomes (MG) Evandro César V. Osterne (DF) Fábio B. Jatene (SP) Francisco Diniz Affonso Costa (PR) Francisco Gregori Jr. (PR) Geraldo Martins Ramalho (RJ) Geraldo Paulino S. Filho (GO) Gilberto V. Barbosa (RS) Jandir Ferreira Gomes Junior (MS) João Bosco Dupin (MG) João Carlos Ferreira Leal (SP) João Jackson Duarte (MS) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Dondici Filho (MG) José Ernesto Succi (SP) José Francisco Biscegli (SP) José Teles de Mendonça (SE) Juan Alberto C. Mejia (CE) Leonardo Andrade Mulinari (PR) Liberato S. Siqueira Souza (MG) Luiz Antonio Brasil (GO) Luiz Boro Puig (SP) Luis Carlos Vieira Matos (DF) Luiz Fernando Kubrusly (PR) Luiz Paulo Rangel Gomes Silva (PA) Mário Ricardo Amar (RJ) Marcelo Sávio Martins (RJ) Marcio Vinicius L. Barros (MG) Marcílio Faraj (MG) Mario Oswaldo V. Peredo (MG) Maria José Campagnole (MG) Mario Coli J. de Moraes (RJ) Melchior Luiz Lima (ES) Miguel Angel Maluf (SP) Neimar Gardenal (MS) Noedir A. G. Stolf (SP) Paulo de Lara Lavítola (SP) Paulo Rodrigues da Silva (RJ) Pedro Rocha Paniagua (DF) Osvaldo Sampaio Netto (DF) Pablo Maria A. Pomerantzeff (SP) Paulo Antônio M. Motta (DF) Rafael Haddad (GO) Rodrigo Mussi Milani (PR) Ronald Sousa Peixoto (RJ) Rika Kakuda Costa (SE) Roberto Hugo Costa Lins (RJ) Ronaldo D. Fontes (SP) Ronaldo M. Bueno (SP) Rubio Bombonato (SC) Rui Manuel S. A. Almeida (PR) Sérgio Luis da Silva (RJ) Sérgio Nunes Pereira (RS) Sinara Silva Cotrim (MG) Tânia Maria A. Rodrigues (SE) Victor Murad (ES) Walter José Gomes (SP) Walter Labanca Arantes (RJ) Wanewman Lins G. Andrade (BA) EDICOR Ltda. “Truth is Jesus of God” the Word John 1.1; 14.6; 17.17 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) EDITORIAL SECRETARY Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Verdade é Jesus R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica, Belo Horizonte / MG - Brazil CEP: 31.525-160 - Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 e-mail: [email protected] Site: www.servcor.com DATA PROCESSING CENTER Coordination: Elton Silva Gomes Lay-out/Editoring: Victor Hugo de Souza Araujo Webmaster: Bruno Sapore ADVERTISING Advertising inquiries should be addressed to ServCor - Division of Events, R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica Belo Horizonte / MG - Brazil - CEP: 31.525-160 Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 [email protected] Copyrights: EDICOR Ltda. “Truth is Jesus the Word of God” John 1.1; 14.6; 17.17 Home Page: www.servcor.com “Truth is Jesus of God” the Word John 1.1; 14.6; 17.17 ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): CARDIOVASC SCI FORUM - January/March - 2015; 10(1): CONTENTS EDITORIAL Memorial - XXIV Forum Científico - Congresso Internacional de Ciências Cardiovasculares Scientific Forum XXIV - International Congress of Cardiovascular Sciences Elaine Maria Gomes Freitas, Otoni Moreira Gomes, Victor Hugo de Souza Araújo,Ruana Freitas Marques Teixeira 08 FREE PAPERS REPORT TEMAS LIVRES Temas Livres no XXIV Forum Científico Free Papers Reports Scientific Forum XXIV 12 UPCOMING EVENTS 92 INSTRUCTIONS TO AUTHORS 96 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 7 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): EDITORIAL XXIV FORUM CIENTÍFICO CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS CARDIOVASCULARES O Elaine Maria Gomes Freitas, Otoni Moreira Gomes, Victor Hugo de Souza Araujo, Ruana Freitas Marques Teixeira XXIV Fórum Científico – Congresso Internacional de Ciências Cardiovasculares foi realizado no período de 13 a 15 de novembro de 2014 no Radisson Hotel Maceió de Maceió –AL, Brasil. O congresso reuniu conceituados convidados nacionais e internacionais que enriqueceram o evento com o ensino e resultados importantes de suas pesquisas e experiências profissionais para as ciências cardiovasculares, culminando na melhoria dos cuidados com nossos pacientes, bem como novas propostas de pesquisa emergindo de suas apresentações. Marcado pelo brilhantismo e dedicação da comissão organizadora, o sucesso do evento foi possível pelo destacado apoio do Ministério da Saúde, CAPES, Prefeitura da Cidade de Recife, FAPEAL, Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas. A Sessão de Abertura, organizada pela Dra. Elaine Maria Gomes de Freitas foi presidida pelo Prof. Dr. Elias Kallás com Prof. Dr. José Wanderley Neto e Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes. Após execução do Hino Nacional Brasileiro o Prof. Dr. Naranja S. Dhalla, proferiu conferência sobre “Marcos Mundias da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares”, em seguida o Prof. Dr. Naranjan S. Dhalla, fundador e Diretor Executivo da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares, presidiu a Cerimônia de Entrega dos Prêmios da IACS Gomes e Gelpi por excelência em Ciências Cardiovasculares aos Professores Martins Donato e Tânia Maria de Andrade Rodrigues. O Prof. Dr. Domingo Marcolino Braile, proferiu a conferência “A Ciência Cardiovascular no Brasil: Evolução e Desafios”, em seguida o Prof. Dr. Elias Kallás e Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes, encerraram solenemente a reunião com a entrega ao Prof. Dr. Ricardo J. Gelpi pelo Prof. Dr. Naranja S. Dhalla da Placa do Prêmio Internacional “Lifetime Awards Achievements” da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 8 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): D urante os três dias do Fórum participaram também ativamente estudantes e recém-formados nas diversas áreas do conhecimento; valorizando sobremaneira e estimulando a iniciação científica na formação acadêmica para a pesquisa, com palestras e trabalhos de contribuições em áreas clínicas e experimental, merecendo destaque o intercâmbio de informações nas distintas áreas e discussões com profissionais renomados em suas especialidades. O Simpósio da ABRECCV – Associação Brasileira dos Residentes de Cirurgia Cardiovascular- confirmou o sucesso do ano anterior. Sob coordenação do Dr. Francisco Siosney - Presidente, com Dr. Kleberth Tenório – Vice-presidente e Dr. Eduardo Valentim –Secretário, com cirurgiões de competência consagrada discutiram temas importantes da cirurgia cardiovascular, valorização do trabalho do médico e a formação do cirurgião cardíaco atual frente às novas tecnologias e necessidades nacionais de ampliação do atendimento da população. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 9 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): O Congresso da SBCEC – Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea, coordenado por sua Diretoria com os renomados Perfusionistas Sintya Tertuliano Chalegre-PE (Presidente), Edvaldo do Nascimento-PR (Vice-Presidente), Márcio Roberto do Carmo-SP (1°tesoureiro), Yohana Catharine Albrecht-SP (2° Tesoureiro), Robersi Andréia Rodrigues-SP (1°Secretária), Élio Barreto de Carvalho Filho-PI (2º Secretário), confirmou o tradicional sucesso, quando Perfusionistas de competência consagrada discutiram temas importantes da Circulação Extracorpórea como os avanços e exigências da ECMO e Circulação Assistida circula cirurgia cardiovascular, valorização do trabalho do médico e a formação do cirurgião cardíaco atual frente às novas tecnologias e necessidades nacionais de ampliação do atendimento da população. C onfirmaram o sucesso e prestígio do Forum Científico os Eventos tradicionais com o Forum da Seção Sul Americana da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares, XXX Encontro dos Discípulos do Professor E.J. Zerbini, o XVIII Simpósio Prof.Dr. Tomas A. Salerno, XVI Forum Ecumênico coordenado pelo Revdo. Padre Prof. Dr. Geraldo Guilherme da Silva. XIII Simpósio Prof.Dr. Domingos Junqueira de Morais, XII Simpósio Prof.Dr. Pawan K. Singal, X Simpósio Brasileiro de Angiologia, X Encontro Científico do Amigos do Prof.Dr. Domingos Marcolino Braile, X Simpósio Prof.Dr. Tofy Mussivand, IV Forum de Biomedicina Cardiovascular, IX Simpósio Prof.Dr. Domingos Sávio Souza, VII Simpósio Prof.Dr. Ricardo J. Gelpi, IV Simpósio da ABRECCV e o XII Congresso Brasileiro de Ligas Acadêmicas de Ciências Cardiovasculares. O XXIV Fórum Científico 2014 desenvolveu-se de fato com grande êxito prestigiado pela audiência internacional renomada, enriquecendo o Congresso com relevantes contribuições internacionais com as presenças notáveis de Prof. Dr. Andras Varró – Hungria, Prof. Dr. Enrique Castañeda Saldaña – Peru, Prof. Dr. Federico Benetti - Argentina, Prof. Dr. Michael Dashwood - United Kingdon, Prof. Dr. Martin Donato - Argentina, Prof. Dr. Naranjan S. Dhalla – Canadá, Prof. Dr. Péter P. Nánási – Hungría, Prof. Dr. Ricardo J. Gelpi – Argentina, Prof. Dr. Silvia F. Gelpi – Argentina, Prof. Dra. Veronica D’Annunzio - Argentina. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 10 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): O Fórum Científico já marca tradicionalmente o calendário científico mundial. Prova disto é que trinta e quatro países já estiveram representados neste que é hoje um dos maiores eventos internacionais em educação continuada na área das ciências cardiovasculares. O Fórum Científico carrega em seu currículo a parceria na organização do Congresso Mundial da International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS) do Canadá desde o ano de 2003. Os resultados destes eventos podem ser comprovados através de várias revistas e livros científicos publicados, dentre eles trabalhos inéditos, com teses de mestrado, doutorado e pós-doutorado reconhecidas internacionalmente também através deste evento. Renomados profissionais, amigos e empresas do setor são fundamentais e indispensáveis por tantos anos de atividade e possível contribuição no desenvolvimento científico, deste seleto e vital mundo das ciências cardiovasculares. Aos laboratórios, acadêmicos de medicina, perfusionistas, cirurgiões e profissionais da área de saúde, deixamos o nosso testemunho de gratidão, reconhecimento e importante contribuição que já estão caminhando na terceira década de trabalho. O Forum Científico que não seria possível sem o apoio incondicional e motivação competente e carinhosa de nossa equipe e família. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 11 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): FREE PAPERS REPORT TEMAS LIVRES 24º FORUM CIENTÍFICO SCIENTIFIC FORUM 24th FREE PAPERS REPORT TEMAS LIVRES PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DA ECTOPIA CORDIS Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos Ac. Nivea Maria Ribeiro de Oliveira, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues (Orientadora) Faculdade de Integrada Tiradentes Resumo: Introdução: ectopia cordis é uma anormalidade cardíaca congênita rara e apresenta alta mortalidade por infecção, insuficiência cardíaca ou hipoxemia. O diagnóstico é realizado durante o pré-natal, geralmente através da ecocardiografia fetal. Conforme a localização do coração, a ectopia cordis é classificada em cervical, torácica, toracoabdominal e abdominal. O tratamento se baseia em intervenção cirúrgica para recobrimento do coração no período neonatal. A atuação da enfermagem à criança no período pós-operatório é essencial para que a recuperação da criança ocorra sem complicações e obtenha êxito. Objetivo: expor a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados à criança no pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura envolvendo a análise de artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis, possui natureza qualitativa, descritiva, exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período de julho a setembro de 2014, pautado na base de dados Google Acadêmico e em três livros do acervo da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes. Durante a busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave “enfermagem e ectopia cordis”, “ectopia cordis”, sendo incluídos aqueles que demonstraram aproximação com o tema, no total foram selecionados três estudos. Resultados: observou-se a escassez de estudos acerca do tema abordado, não foi encontrada pesquisa que aborde de forma direta a assistência de enfermagem à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis, mostrando que o tema deve ser mais pesquisado visando colaborar com a atuação profissional qualificada do enfermeiro, desta maneira, a investigação acerca dos cuidados de enfermagem nesta anormalidade foi feita através da associação entre dados de livros de enfermagem e dos estudos selecionados. Conclusões: a atuação do enfermeiro à criança no período pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis consiste em sistematizar a assistência através da identificação de necessidades do paciente para realizar intervenções necessárias de acordo com o risco-benefício dos procedimentos. É necessário avaliar os desempenhos cardiovascular, respiratório, renal, neurológico e hematológico, além do balanço hídrico e cuidados relacionados à presença sondas e cateteres. Assim, a assistência de enfermagem contribui para que os riscos de complicações relacionadas ao pós-operatório de cirurgia da ectopia cordis sejam reduzidos, proporcionalmente, minimizando a mortalidade desta anormalidade. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 12 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ANGIOSSARCOMA CARDÍACO Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos Ac. Durval Lins de Oliveira Neto, Ac. Janaína Aparecida Almeida de Carvalho Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Luciana de Melo Mota Faculdade Integrada Tiradentes Resumo: Introdução: o angiossarcoma cardíaco é uma neoplasia maligna rara que possui, em geral, um desenvolvimento curto e letal. O diagnóstico é realizado através das manifestações clínicas, exames de imagem como ecocardiograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética do tórax cuja associação destes possui maior eficácia, e métodos invasivos como cateterismo cardíaco, estudo angiográfico cardiovascular e biópsia endovascular. Na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio devido os sinais e sintomas serem inespecíficos, sendo necessário realizar diagnóstico diferencial desta afecção e outras doenças que afetam o sistema cardiovascular através de exames complementares e invasivos. O tratamento abrange cirurgia, quimioterapia e radioterapia, sejam isolados ou combinados, preferencialmente é realizada intervenção cirúrgica, porém as condições locais do coração e outras áreas afetadas devem ser levadas em consideração, avaliando-se o risco e o benefício para o paciente. A atuação do enfermeiro é primordial para o método terapêutico, por meio da execução da anamnese e exame físico para elaboração do plano de cuidados, fornecendo ao paciente uma assistência qualificada e individualizada conforme suas necessidades, oferecendo-lhe uma melhor qualidade de vida. Objetivo: esta pesquisa objetiva analisar a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados aos pacientes com angiossarcoma cardíaco, para contribuir com a assistência de enfermagem adequada ao indivíduo acometido, proporcionando-o uma melhor qualidade de vida. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão envolvendo a análise de artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com angiossarcoma, possui natureza qualitativa, descritiva, exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período de maio a agosto de 2014, pautado na base de dados Scielo e em livros do acervo da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes, campus Maria Amélia Uchôa. Durante a busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave “tumor cardíaco”, “neoplasia cardíaca” e “angiossarcoma cardíaco”, sendo incluídos aqueles que demonstraram aproximação com o tema, no total foram selecionados 3 artigos. Resultados: percebeu-se a escassez de estudos acerca do tema abordado, não foi encontrado artigo que relate diretamente a assistência de enfermagem ao paciente com angiossarcoma cardíaco, demonstrando-se, desta forma, que devem ser realizadas mais pesquisas para contribuir com a atuação profissional adequada e qualificada do enfermeiro em relação ao paciente que possui este tumor, assim, a análise dos cuidados de enfermagem nesta doença foi realizada através da associação entre livros de enfermagem e conteúdo de artigos científicos. Conclusões: o diagnóstico do angiossarcoma cardíaco em si acarreta diversos problemas, sejam biológicos, psicológicos ou sociais, e assistência de enfermagem deve abordar tanto o paciente quanto a família deste fornecendo, além dos cuidados pós-operatórios em caso de cirurgia, apoio psicológico e educação em saúde minimizando problemas decorrentes do tumor cardíaco e evitando complicações. Caso o indivíduo seja um paciente fora das possibilidades terapêuticas, o enfermeiro deve reduzir desconfortos e possibilitar o controle da dor, fornecer líquidos e nutrição adequada, sobretudo, auxiliar o paciente a manter a dignidade e o autocuidado. Referências: IGLÉZIAS, J. C. R.; VELLOSO, L. G. C.; DALLAN, L. A.; BENVENUTI, L. A.; VERGINELLI, G.; STOLF, N. A. G. Angiossarcoma de átrio direito. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v.15, n.2, 2000. FILHO, J. D. F.; LUCCHESE, F. A.; LEÃS, P.; VALENTE, L. A.;VIEIRA, M. S.; BLACHER C. Angiossarcoma cardíaco primário. Um dilema terapêutico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v.78, n.6, 2002. LIMA, P. R. L.; CROTTI, P. R. L. Tumores cardíacos malignos. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v.19, n.1, 2004. TIMBY, B. K; SMITH, N. E. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8º Ed. São Paulo: PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO EXECUÇÃO DE RCP: UMA PREOCUPAÇÃO DA ENFERMAGEM. Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora). Faculdade CESMAC do Sertão. Introdução: O primeiro registro bíblico referente à reanimação foi a criação de Adão, havendo Deus “soprado em sua boca dando-lhe a vida”. Por muitos historiadores, considera como o primeiro relato de manobras de RCP. Em 1960, um novo conceito importante foi incluído na reanimação de emergência, pela observação de Kouwenhoven, Jude e Knickerbocker, sobre a compressão no terço inferior do esterno, promovia uma circulação artificial adequada, mantendo a vida dos indivíduos com parada cardíaca1. Sendo um procedimento complexo, importante salientar a competência da equipe multidisciplinar, fazendo-se necessária para uma efetiva Reanimação Cardiopulmonar (RCP)2. Aos pacientes críticos, os cuidados são redobrados, principalmente, os com deficiência na comunicação, a presença da família é fundamental, para ajudar na tarefa de re-equilibrar e re-harmonizar o doente3. Através de estratégias de promoção à saúde esses fatores podem ser modificados com a ajuda do profissional de enfermagem4. Objetivo: Descrever a importância do reconhecimento da Parada CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 13 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Cardiorrespiratória (PCR) e a atitude imediata para execução da RCP. Metodologia: Na identificação das fontes bibliográficas foram utilizadas quatro bases de dados: LILACS, BIREME, SCIELO e Google Acadêmico. Para compor esta Pesquisa Original de Revisão foram selecionados 10 artigos, com os descritores: Parada cardiorrespiratória. Cuidado de enfermagem. Equipe de enfermagem. Resultados: Observou-se que, todos os dias, diversas pessoas são acometidas por parada cardiorrespiratória, pelo encadeamento de situações clínicas e cirúrgicas, podendo associá-las à parada cardiopulmonar em cardiopatas com histórico familiar ou não5. O sedentarismo e a obesidade têm sido agravantes nesta patologia, tendo como consequência a formação de placas de ateroma, arritmias, infarto agudo do miocárdio e AVE. Em geral, as manifestações clínicas das Doenças Cardiovasculares têm início a partir da meia-idade6,7, sendo que a mudança do estilo de vida pode resolver as possíveis complicações precoces. Contudo, a enfermagem possui habilidade na identificação precoce de doenças cardiovasculares e através das estratégias sensibilizadoras da educação continuada, efetua o reconhecimento dos riscos da vida sedentária e maus hábitos alimentares 8. Conclusão: A imprevisibilidade da parada cardíaca desperta nos profissionais de saúde, principalmente na enfermagem, a busca da obtenção de conhecimento para boa conduta no cuidado com eficiência e eficácia na assistência prestada. É necessário no atendimento de RCP: prontidão, raciocínio rápido, tomada de decisão assertiva e bom condicionamento físico da equipe de atendimento, apesar desses profissionais confrontarem-se com limites, sofrimento e morte9. Ao passo que a detecção do diagnóstico da PCR é fundamental para a compreensão e avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso e esta atenção estabelece imediata terapêutica destinada a manter os órgãos vitais em funcionamento10. Descritores: Parada cardiorrespiratória. Cuidado de enfermagem. Equipe de enfermagem. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CORAÇÃO UNIVENTRICULAR Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos Ac. Deyse dos Santos Oliveira, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues (Orientadora) Faculdade Integrada Tiradentes Resumo: Introdução: coração univentricular é uma anomalia congênita rara caracterizada por ausência de ventrículo direito ou esquerdo. Podem ocorrer duas circunstâncias hemodinâmicas significativas, as quais são sem restrição anatômica ao fluxo pulmonar e obstrução pulmonar. O diagnóstico é embasado em manifestações clínicas e exames complementares tais como o ecocardiograma transtorácico (ETT) ou transesofágico (ETE), a ressonância magnética cardiovascular (RMC), a tomografia axial computadorizada (TAC). Os sinais e sintomas variam de acordo com as anomalias cardíacas associadas. Conforme a localização cardíaca acometida, existem restrições quanto ao estilo de vida e possibilidade de gravidez. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, sendo selecionado de acordo com avaliação específica. A assistência de enfermagem é muito relevante para o acompanhamento do paciente e prestação de cuidados para que haja melhora do quadro clínico do paciente, e, consequentemente, aumento da qualidade de vida e da sobrevida deste. Objetivo: expor a atuação do enfermeiro na prestação de cuidados aos pacientes com coração univentricular. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura envolvendo a análise de artigos científicos e livros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com coração univentricular, possui natureza qualitativa, descritiva, exploratória e bibliográfica, foi realizado durante o período de junho a setembro de 2014, pautado na base de dados Google Acadêmico e em três livros do acervo da biblioteca na Faculdade Integrada Tiradentes. Na busca de artigos foram utilizadas as palavras-chave “coração univentricular e enfermagem”, “coração com apenas um ventrículo” e “coração univentricular”, sendo incluídos aqueles que demonstraram aproximação com o tema, no total foi selecionado um estudo. Resultados: percebeu-se que há poucos de estudos acerca do tema abordado, não foi encontrada pesquisa que relate de maneira direta a assistência de enfermagem ao paciente com coração univentricular, expondo-se que o tema deve ser mais explorado para contribuir com a atuação profissional especializada e qualificada do enfermeiro, assim, a investigação acerca dos cuidados de enfermagem nesta anormalidade foi feita através da junção entre informações de livros de enfermagem e o estudo selecionado. Conclusões: a enfermagem tem papel primordial nos cuidados ao paciente com coração univentricular, desde o diagnóstico, através da observação de manifestações clínicas e interpretação de exames complementares, de acordo com a qualificação profissional, para identificar as necessidades do paciente e elaborar um plano de cuidados adequado que aborde tanto o indivíduo como sua família, tratando -os de forma integral, fornecendo orientações e aplicando intervenções quando é necessário. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 14 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DOS PACIENTES COM CARDIOMIOPATIAS NA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE Mayanna Machado Freitas, Ac. Lorenna Emília Sena Lopes, Ac. Gabrielle Dantas Menezes, Maria Eliane de Andrade, Ac. Felipe Torres de Oliveira, Prof. Daniela da Costa Maia (Orientadora). Universidade Tiradentes, Universidade Federal de Sergipe. Resumo: A Distrofia Muscular de Duchenne é a mais comum e mais grave das distrofias musculares. Seus sinais e sintomas são severos com evolução rápida, podendo o óbito ocorrer por volta da segunda ou terceira década de vidadevido aos comprometimentos cardiovasculares.A assistência multidisciplinar deve estar voltada para as complicações cardíacas, que apesar de assintomáticas na maioria das vezes, são negligenciadas, sendo a principal causa de óbito nesses pacientes. Objetivou-se apresentar a importância da assistência multidisciplinar nas cardiomiopatias dos pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne.Este trabalho consistiu em uma revisão de literatura, cuja estratégia de busca incluiu consulta à base de dados eletrônicas SciELO, PubMed, Science Direct e Bireme.Dados epidemiológicos apontam que 50% a 85% dos casos de Distrofia Muscular de Duchenne apresentam comprometimento cardíaco, tais como contratilidade ventricular, fibrose miocárdica focal localizada principalmente na parede ventricular esquerda e, eventualmente, taquicardia associada. Estudos relacionados a este tema demonstram a escassez de dados científicos que apresentem a prática da assistência multidisciplinar no tratamento dessa patologia. Esse determinante tem levado a não tomada de atitudes coerentes por parte dos poderes públicos e privados, bem como da equipe multidisciplinar. Dessa forma faz-se necessário a criação de uma linha de tratamento que amenize as consequências tardias, aumentando assim a sobrevida e qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chave: Distrofia Muscular de Duchenne. Doenças cardiovasculares. Cuidados para prolongar a vida. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO FATORES PREDISPONENTES A INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA EM CIRURGIA CARDÍACA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Juliana Andrade de Araújo, Dr. Arnaldo Mendes, Dr. José da Silva Leitão Neto, Prof. Dr.José Wanderley Neto (Orientador) 1. 2. 3. 4. Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Introdução:Infecção de ferida operatória é o processo de entrada, multiplicação e atividade metabólica de micro-organismos no sítio cirúrgico com consequentes alterações funcionais do tecido acometido. A cirurgia cardíaca, apesar de ser considerada uma cirurgia limpa, exige profilaxia antimicrobiana devido ao caráter da cirurgia, que envolve tempo prolongado e complexidade do processo cirúrgico; uso de materiais protéticos; uso de circulação extracorpórea, que altera a fisiologia imunológica humoral; hipotermia sistêmica do paciente; e a degradação dos fatores de coagulação durante a cirurgia, favorecendo sangramentos e consequentemente a infecção. Além desses, fatores individuais do paciente podem aumentar a chance de infecção, principalmente se na presença de comorbidades e na debilidade do paciente cardiopata.Objetivos:Avaliar os fatores que podem predispor a infecção de sítio cirúrgico em cirurgia cardíaca. Método: Revisão bibliográfica sistemática de 15 artigos científicos que atendiam ao tema, publicados nas bases de dados do Scielo ePubMed, de 2006 a 2014, utilizando como descritores: antibioticoprofilaxia, cirurgia torácica, Infecção da Ferida Operatória, mediastinite e revascularização miocárdica.Resultado: A infecção pode acometer sítio de safenectomia e ferida esternal, e os principais agentes são Staphylococcus aureus eestafilococos coagulase negativa.Em safenectomia pode acorrer celulite, deiscência de sutura, até fasceíte necrotizante (complicação rara, potencialmente letal, onde há necrose rápida e progressiva de gordura subcutânea e fáscia superficial); já em ferida esternal, pode ser superficial ou profunda, de início precoce ou tardio, e envolve abscesso subcutâneo, osteomielite, mediastinite(acometimento do tecido conjuntivo do mediastino e osteomielite do esterno). Os fatores predisponentesenvolvem os relacionados ao procedimento, como técnica, cirurgia de emergência, uso de balão intra-aórtico, politransfusões, aproximação inadequada das bordas da ferida, isquemia, uso de CEC, deixada de tecido necrótico e corpo estranho, assepsia e tempo de cirurgia; e fatores relacionados ao paciente, como colonização da pele, tempo de internamento pré e pós-operatório, obesidade, tabagismo, diabetes, principalmente insulino-dependente, infecções pré-existentes, doença renal e AVC prévio. Relacionados àsafenectomia, idade acima de 75 anos, sexo feminino, hiperlipidemia, doença aterosclerótica e vascular periférica são fatores de risco; em relação à infecção esternal, idade maior que 70 anos, sexo masculino, problemas ventilatórios, uso de duas artérias torácicas internas, sangramento pós-operatório, baixo débito cardíaco, reoperação e uso excessivo de cera de osso podem predispor a infecções. Conclusão: O processo infeccioso aumenta o tempo de internação do paciente e complicações clínicas futuras. Logo, o reconhecimento dos fatores predisponentes a infecção em cirurgia cardíaca se mostra importante para intervenção prévia. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 15 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO SÍNDROME DO DEDO AZUL ASSOCIADA À ANEURISMA DE AORTA TÓRACO-ABDOMINAL Geyse Maria Lima da Piedade, Maria Claudia Freire Bezerra, Lívia Lays Januário Nascimento, Narelle Maria Cavalcanti Couto , Rafaella Alves Barbosa , Gulherme Benjamin Brandão Pitta. A síndrome do dedo azul é uma das manifestações mais comuns de isquemia tecidual. A Cianose dos pododáctilos, decorrente da oclusão das artérias digitais, pode ter várias etiologias que variam de um trauma a doenças de tecido conjuntivo. Entretanto, a causa mais frequente de síndrome do dedo azul é a doença ateroembólica, seguida em menor freqüência pelos aneurismas. Dentre os aneurismas arteriais, destacam-se os aneurismas de artéria aorta, com uma incidência estimada em 5,9 casos por 100.000 pessoas/ano. Desses, apenas 10% dos casos descritos correspondem a aneurismas de aorta tóraco-abdominal. Sendo pouco freqüente essa localização aneurismática e rara a sua associação com a Síndrome do dedo azul. Justifica-se desse modo, a importância do presente relato de caso. Paciente do sexo masculino, 78 anos, renal crônico em hemodiálise, hipertenso, diabético e cardiopata, apresentou a queixa de dor latejante, progressiva e que se intensificava com o deambular no segundo pododáctilo esquerdo. Ao exame físico da admissão, apresentou mucosas conjuntivas hipocoradas (++/++++), e presença de massa pulsátil em região epigástrica à palpação abdominal, bem como cianose, edema e alteração de temperatura no segundo pododáctilo esquerdo. Nos membros superiores, todos os pulsos eram palpáveis, mas nos inferiores apresentavam-se filiformes com diminuição da perfusão capilar em extremidades. Os exames laboratoriais revelaram hemoglobina de 10,9 g/dl e hematócrito de 36%. As provas bioquímicas demonstraram um HDL de 36 mg/dl e triglicerídeo de 159 mg/dl. Durante a pesquisa de sua fonte embólica, foram realizados USG abdominal total, um USG com Doppler colorido dos membros inferiores e uma Angiotomografia computadorizada, que detectaram um aneurisma de aorta tóraco-abdominal, com diâmetro de 5 cm (Classificação III de Crawford), além de um aneurisma menor em artéria ilíaca esquerda, espessamento ateromatoso difuso nas artérias de MMII e estenose moderada e leve em artéria femoral comum e direita respectivamente. Foi instituído inicialmente o tratamento conservador e sintomático com o uso de medicamentos atiagregantes plaquetários, anticoagulantes e anti-hipertensivo, sendo posteriormente indicado a cirurgia endovascular, com a utilização de endoprótese para esse paciente. Acadêmico(a) de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL. Doutor em cirurgia vascular pela Unifesp e Professor Ajunto da Disciplina de Cirurgia Vascular da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL PESQUISA ORIGINAL RELATO DE EXPERIÊNCIA DO DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE Á HIPERTENSÃO ARTERIAL, UMA PARCERIA ENTRE A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA E A LIGA ACADÊMICA DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR, MACEIÓ, ALAGOAS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE. ABRIL DE 2014 Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa;Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo; Ac.Amanda Ferino Teixeira;Arnaldo Mendes; Mayra Holanda Veríssimo;José Wanderley Neto (Orientador) 1.Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2. Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas 3. Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Introdução: O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado no dia 26 de abril. A hipertensão arterial sistêmica é um mal silencioso e por ser, na maioria das vezes,oligossintomática dificulta o diagnóstico em fase inicial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a Hipertensão afeta aproximadamente 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e contribui com 9,4 milhões de mortes por doenças cardiovasculares a cada ano. Aumenta o risco de doenças como insuficiência renal, cegueira e é uma das causas mais constantes de doenças cardíacas e acidentes vasculares encefálicos, todas essas patologias juntas formam a principal causa mundial de morte e invalidez. Cerca de 25% da população brasileira, chegando a mais de 50% da terceira idade e a 5% das crianças e adolescentes sofrem com a doença. Tomando esses dados como de extrema importância para a população, a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Alagoas (SBC/AL), organizou um evento de promoção em saúde na orla de Maceió em parceria com a Liga Acadêmica de Cirurgia Cardiovascular (LACV), com o intuito de ressaltar medidas simples para reduzir o risco de hipertensão. Objetivo.Descrever a experiência como membro da LACV e estudante do curso de Medicina em um evento organizado pela SBC/AL. Metodologia. A estrutura física montada foi constituída por tendas, faixas de identificação e foi colocada próximo ao circuito da 30ª Corrida Tiradentes para atrair a população na orla de Maceió – Alagoas. O tema do evento Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Era, então, realizado breve inquérito sobre os antecedentes patológicos e hábitos de vida. Fez-se medição de glicemia, circunferência abdominal, peso e altura (calculando também o IMC). Após a coleta desses dados a pressão arterial era aferida, os resultados eram expostos aos indivíduos e estes foram orientados quanto aos cuidados que deveriam ser tomados. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 16 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): As orientações tinham a intenção de motivar mudanças benéficas nos hábitos de vida, principalmente alimentação e sedentarismo. Também foi aberto um espaço para as dúvidas dos participantes, sendo estas respondidas sob a orientação de médicos e colaboradores da SBC e da LACV.Discussão.Este evento foi de grande importância para a população, pois possibilitou um acesso à informação embasada cientificamente e a esclarecimentos de dúvidas sobre o assunto. Já os membros da LACV se beneficiaram do contato e da relação médico-paciente, se distanciando um pouco do ambiente da sala de aula, utilizando os conceitos adquiridos nesta para beneficiar a população. Conclusão. Foi perceptível que apesar do fácil acesso a informações que hoje é possibilitado pela globalização, grande parte da população atendida ainda apresenta conceitos deturpados e dúvidas simples sobre a saúde. A partir disso, se faz necessário campanhas como essa, porém de repercussão nacional e relacionando patologias variadas, para que assim a educação em saúde seja fortalecida cada vez mais. PESQUISA ORIGINAL A INTEGRAÇÃO ENTRE SERVIÇO-ENSINO-COMUNIDADE VIVENCIADA NO PET-SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ac Anna Paula Ferreira Ferro,Ac Clarissa Maria Leite Assis Ac Geyssyka Morganna Soares Guilermino,Ac Wanubia Santos Nascimento Prof. Maria Lucélia da Hora Sales( Orientadora). 1 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2 Docente estruturante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010, visa fomentar grupos de aprendizagem tutorial na Estratégia Saúde da Família, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, preconizado pelo Ministério da Educação¹. Uma vez que, as modalidades de ensino-pesquisa-extensão tornaram-se uma grande representação da formação acadêmica, sendo consideradas de extrema importância para o aprendizado dos estudantes por serem capazes de abranger uma questão mais ampla do que a sala de aula²,³. Com a proposta de contribuir para a formação de profissionais de saúde com perfil adequado às necessidades e às políticas de saúde do país permite facilitar durante a graduação o processo de integração entre serviço-ensino-comunidade na área da Atenção Básica¹. Onde essa integração apresenta-se como uma efetiva estratégia para interação teoria e prática e proporciona identificar as diferentes necessidades de saúde da população ao ampliar o foco da formação profissional para um paradigma de ensino-aprendizagem crítico e reflexivo, que possibilita ao monitor compreender a realidade do sistema de saúde onde está inserida sua futura prática profissional, explorar as diversas formas do cuidar, correlacionar os determinantes e os condicionantes do processo saúde-doença da comunidade para elaborar críticas e buscar soluções adequadas para os problemas de saúde encontrados4. Construindo assim, um conhecimento que articula teorias vistas em sala de aula com as experiências obtidas na comunidade e com os profissionais de saúde. Objetivou-se retratar a experiência vivenciada pelas estudantes no campo de atuação da Atenção Básica, com ênfase na integração entre o ensino-serviço-comunidade. Onde a relevância deste relato está no conhecimento e experiências adquiridas pelas integrantes do grupo, na área da Saúde da Família, da pesquisa, e das interações profissionais. Tais experiências foram alcançadas devido à inserção das monitoras no projeto Pet-Saúde da Família que possibilita a realização de atividades assistenciais, de ensino e de pesquisa na Unidade de Saúde e na comunidade, dentre elas, consultas de enfermagem, educação em saúde, visitas domiciliares, educação continuada, elaboração de projetos de pesquisa e intervenção, e vários outros mecanismos de atuação no processo saúde-doença que tem por finalidade alcançar a promoção da saúde, prevenção de doenças, reabilitação e atendimento integral, humanizado e acolhedor a população adscrita a Unidade Básica de Saúde- UBS5. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo. O período do estudo foi de maio de 2011 a março de 2012 na Unidade Básica de Saúde João Moreira da Silva localizada no Bairro do Jacintinho – Maceió/AL, sabendo que a prática proporcionada pelo PET-Saúde continua em andamento. As visitas à unidade de saúde acontecem uma vez por semana com carga horária de quatro horas. A equipe que relata a experiência foi composta por quatro estudantes do 3° ano do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, localizada em Maceió/AL. Onde as mesmas são monitoras do PET-Saúde da Família, tendo como orientadora a coordenadora da área de enfermagem do projeto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As atividades do Pet-Saúde da Família são divididas em assistenciais e de pesquisa, a primeira é realizada semanalmente na Unidade Básica de Saúde sob a supervisão da preceptora, enfermeira da UBS; e as atividades de pesquisa são supervisionadas pela tutora do projeto, professora da Universidade, e realizadas tanto na UBS quanto por meio de reuniões em grupo. Acompanhadas pelas enfermeiras e agentes comunitários de saúde, o primeiro contato entre as monitoras e a comunidade se deu pelas visitas ao território, o que possibilitou uma visão das monitoras a respeito da situação ambiental, econômica, social e de infraestrutura da comunidade; que em consonância aos dados do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) permitiu a elaboração de um diagnóstico situacional, onde o mesmo reflete a realidade da comunidade, servindo assim de subsídio para a elaboração do projeto de pesquisa e de intervenção realizados pelas acadêmicas com o objetivo de trazer benefícios científicos voltados para realidade da comunidade estudada. Posteriormente, foram iniciadas as atividades assistenciais dentro da UBS, dentre elas, ações de educação em saúde; atendimentos ginecológicos; visitas domiciliares; assistência à saúde do recém-nascido, da gestante, da criança; e entre outras atividades que serviram para aproximação dos acadêmicos com a realidade dos serviços de saúde e da própria comunidade. Essas práticas foram facilitadas pelo companheirismo adquirido entre as monitoras e as preceptoras, onde as mesmas foram prestativas e conscientes quanto aos limites das acadêmicas; formando assim uma parceria que promoveu o intercâmbio de experiências, como também, auxiliou no exercício do trabalho em equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A complexidade CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 17 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): relacionada à integração entre ensino-serviço-comunidade foi melhor apreendida com a participação no Pet-Saúde da Família pela inserção de instituições de ensino nas Unidades de Saúde. Proporcionando assim, várias oportunidades de interação entre estudantes, profissionais de ensino, profissionais da saúde e população. Sendo importante enfatizar a colaboração para uma formação profissional de maior qualidade na linha da integralidade da atenção e do cuidado, como também, no reconhecimento da autonomia dos usuários e na busca de soluções para os problemas identificados. As experiências de educação foram fortalecidas pela articulação objetiva e construtiva entre a universidade e a unidade saúde, atentando assim, sobre a necessidade de aproveitar as oportunidades vivenciadas e observadas nos serviços para refletir sobre a prática do cuidado vinculado a realidade assistencial do Sistema Único de Saúde. REFERÊNCIAS: 1. Brasil. Secretaria de Políticas de Previdência Social. Portaria Interministerial nº 1.802, de 26 de agosto de 2008. Institui o Programa de Educação pelo Trabalhador para a Saúde – PET-Saúde. Diário Oficial da União. Brasília, 27 de ago. 2008; Seção 1, p. 27. 2. Nascimento MS, Santos FPA, Rodrigues VP, Nery VAS. Oficinas pedagógicas: construindo estratégias para a ação docente- relato de experiência. Rev Saúde.Com. 2007; 3(1): 85-95. 3. Martins LM. Ensino-pesquisa-extensão como fundamento metodológico da construção do conhecimento na universidade. Acesso em 06 de mar de 2012. Disponível em: http://www.franca.unesp.br/oep/Eixo%202%20-%20Tema%203.pdf. 4. Garcia MAA. Saber, agir e educar: o ensino-aprendizagem em serviços de saúde. Interface Comun Saúde Educ. 2001; 5(8): 89-100. 5. CHIESA AM, Ferraro AA, Oliver FC, Oliveira MAC, Araujo ME, Vieira SE, et al. Acesso em 11 de mar de 2012.Disponível em: <http://www.fnepas.org. br/artigos_caderno/programa_educacao_pelo_trabalho_para_saude.pdf. DESCRITORES: Pet-Saúde; Integração serviço-ensino-comunidade; Atenção básica. PESQUISA ORIGINAL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE PORTADOR DE COREIA DE HUNTIGTON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Ac. HavanyThayany Pereira Ramalho,Ac. Leiliandy de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora). Instituições: 1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Resumo: Introdução: Este trabalho discorrerá sobre a fisiopatologia das alterações encontradas num determinado paciente durante uma consulta de rotina.A doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa, autossômica dominante. Foi descrita inicialmente no século 19 por George Huntington, que identificou as características clínicas da doença e o padrão de transmissão familiar, identificando uma expansão instável do tripleto CAG (citosina-adenina-guanina), na região codificante (exão1) do gene HD, que codifica a proteína huntingtina. A doença progride ao longo do tempo e torna-se fatal 15 a 20 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas. A média de idade no início da doença é de 40 anos.1 Os dois sexos são afetados em igual proporção.O diagnóstico pode ser realizado baseado na presença das manifestações clínicas de disfunção motora progressiva, envolvendo movimentos voluntários e involuntários, acompanhados de distúrbios mentais como déficit cognitivo, distúrbios afetivos e alterações de personalidade em pacientes que apresentam uma história familiar positiva. A confirmação do diagnóstico é feito utilizando a técnica de Reação em cadeia da Polimerase (PCR), que permite a contagem do número de expansões CAG presentes na porção 5’do gene IT15 no braço curto do cromossomo 4.2Objetivos:Realizar um relato de experiência sobre a situação patológica do paciente.Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, realizado no Hospital Geral do Estado- HGE, Maceió- AL, em 2014. As fontes de pesquisa utilizada foram livros, prontuário e dados coletados com o acompanhante. Resultados: A terapia farmacológica, com drogas bloqueadoras dos receptores dopaminérgicos, como as fenotiazinas ou o haloperidol, pode controlar a discinesia e alguns dos distúrbios comportamentais.2 A magnitude do quadro clínico determina notável redução da qualidade de vida dos doentes podendo também, abalar a estrutura familiar do paciente. A complexidade dos distúrbios apresentados na DH exige o emprego de abordagens terapêuticas abrangentes, sendo recomendado, além dos cuidados médicos, a utilização de terapias incluindo integração sensorial, ocupacional e física para o paciente e seus familiares.1Conclusão: O presente estudo ratificou a importância da assistência prestada para identificação de alguns riscos para o paciente. Possibilitou o conhecimento de patologias pouco comuns, como Coreia de Huntington. Permitiu, com isso, formular intervenções que pudessem ajuda-lo, ratificando o papel do enfermeiro enquanto gerenciador do cuidado. Referências: 1- REGO, Ana Cristina. Doença de Huntington: Uma Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos. 2010. Revisão - Centro de Neurociências e Biologia Celular, Universidade de Coimbra, Portugal, 2011. 2- ANTONELLO, Jerônimo. Doença de Huntington. 2000. Artigo - Departamento de ciências Morfológicas, Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2000. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 18 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀMULHER PORTADORA DE HIPERÊMESE GRAVÍDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Ac. HavanyThayany Pereira Ramalho,Ac. Leiliandy de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora). Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Relato de Experiência Resumo: Introdução: Trata-se de um trabalho realizado através de uma consulta a gestante numa maternidade de alto risco, devido a uma intercorrência.A paciente apresenta um quadro de Hiperêmese gravídica, que é uma complicação da gravidez onde as náuseas e vômitos ultrapassam o primeiro trimestre, tornando-se constantes e intensos, ocasionando desidratação, desnutrição e até mesmo distúrbios neurológicos quando agravada.1Objetivos:Realizar um relato de experiência sobre a situação patológica da paciente. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, do tipo relato de experiência, realizado na Maternidade Escola Santa Mônica- MESM, Maceió-AL, em 2014.As fontes de pesquisa utilizadasforam livros, artigos, prontuário da paciente e dados coletados com seu acompanhante. Resultados:No primeiro trimestre da gravidez 50% das mulheres apresentam náuseas e vômitos, que desaparecem no fim deste. Em poucos casos há complicações como “vômitos intratáveis e distúrbio nutricional” evoluindo para: “alterações no balanço hídrico, perda de peso de 5% ou mais, cetose e cetonuria, distúrbios neurológicos (encefalopatia de Wernicke), lesão hepática, lesão renal, hemorragia retiniana”, que é denominada hiperêmese gravídica. A mulher acometida deve ser hospitalizada para reestabelecer seu estado nutricional e o equilíbrio hidroeletrolítico.2 É importante fornecer um tratamento multidisciplinar e humanizado, proporcionando apoio psicológico, aconchegando-a em um ambiente tranquilo, onde possa se sentir amparada e segura. A hidratação deve ser reestabelecida imediatamente, pois há uma perda grande de líquido nos episódios de vômitos. Esta é realizada através de soro glicofisiológico, que hidrata e repõe calorias, podendo ser adicionada vitaminas do complexo B, a fim de suprir a deficiência estabelecida pelo quadro clinico.2 Para a estabilização do controle hidroeletrolítico, é necessário que se faça uma reposição de sódio e de potássio, até que o mesmo se normalize.Administrar medicamentos como sedativos, antieméticos e antihistamínicos, conforme manda prescrição médica é de suma importância para estabilização do quadro da paciente.1Conclusão: O presente estudo ratificou a importância da assistência prestada durante uma intercorrência no pré-natal para identificação precoce de alterações. Possibilitou o conhecimento de alterações pouco comuns na gestação, como Hiperêmese Gravídica e permitiu, com isso, formular intervenções que pudessem ajuda-la, ratificando o papel do enfermeiro enquanto gerenciador do cuidado.Referências: 1- Ministério da Saúde [homepage de internet]. Caderno da Atenção Básica- Pré-Natal de baixo risco. [Acesso em 17 de julho de 2013]. Disponível em: http:// portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf. 2- REZENDE, J. Obstetrícia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. PESQUISA ORIGINAL ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO: INDICADOR DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Ac. Edlla Cabral da Silva, Ac. João Victor Farias da Silva, Ac. Layne Farias da Silva Cavalcante, Prof.ª Ironaide Ribas Pessoa (Orientador). INSTIUIÇÃO: 1- Faculdade Integrada Tiradentes, 2 – Centro de Estudos Superiores de Maceió. Introdução: A mortalidade materna é considerada um indicador do desenvolvimento e da qualidade assistencial à saúde de uma nação, principalmente por se envolver óbitos que podem em sua maioria ser evitados. Mundialmente, são mais de meio milhão de mortes maternas associadas às complicações no parto, puerpério e no aborto. No Brasil, a patologia que mais acomete é a hipertensão arterial gestacional. Esta surge a partir da 20ª semana gestacional, no entanto, o desenvolvimento patológico ainda não é conhecido, mas podem ser observados edema e elevação da pressão arterial, por exemplo. Objetivos: Analisar os dados epidemiológicos das internações hospitalares no período da gravidez, parto e puerpério na cidade de Maceió – AL durante o período de 2010 a 2013 relacionando com a necessidade de intervenção na prevenção das complicações hipertensivas durante o período gestacional. Metodologia: Pesquisa original de revisão epidemiológica, descritiva e quantitativa, com utilização de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e de publicações no Scielo, na BVS e do Ministério da Saúde. Resultados: No ano de 2010, foram registradas no SIH/SUS 993 internações hospitalares devido a Edema, proteinúria e transtorno hipertensivo na gravidez, parto e puerpério na cidade de Maceió - AL. Já nos anos de 2011,2012 e 2013, foram registrados respectivamente: 1.121, 1.174, e 1.953 internações. Sabe-se que investigar a participação das complicações hipertensivas no período gestacional, por se tratar da principal causa de morte neste período, permite que seja analisada a situação assistencial nas diversas regiões do país. Em diversos estudos, evidencia-se que a adequada atuação e cobertura assistencial são capazes de reduzir consideravelmente o número de internações e de óbitos por transtornos hipertensivos na gestação. Conclusão: Mesmo não possuindo quadro etiológico conhecido, sabe-se da existência de diversos fatores de risco no desenvolvimento das patologias hipertensivas gestacionais. Por isso, associando a capacidade de ser prevenida e de possuir recursos humano e físico para a cobertura adequada às gestantes de baixo e alto risco, faz-se necessário investigar como as diversas patologias participam das maternidades e do cenário atual da saúde pública, influenciando negativamente nos indicadores de saúde. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 19 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO SEM A UTILIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA Ac. Igor Guthyerri Vieira Valencio, Ac. José Correia de Lima Neto, Ac. Wilson Rolim Neto, Ac. Samuel Lucas Brasil da Silva, Ac. Ítalo Barbosa Alves da Silva, Prof. Pedro Pereira Tenório (Orientador). Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico. Introdução: Nas últimas décadas observam-se a grande propagação de trabalhos que objetivam demonstrar os benefícios para utilização da revascularização do miocárdio (RM) sem acirculação extracorpórea (CEC). Tendo em vista resultados similares no que diz respeito à qualidade de vida pós-operatório,estes trabalhos vêm aperfeiçoando e apresentando técnicas que melhorem a qualidade de vida e diminuam a taxa de óbito a partir dos fatores pré-operatórios, intra-operatórios e pós-operatórios. Estas notáveis contribuições levaram a RM sem CEC, a qual o Brasil foi pioneiro na utilização. Onde a cada dia surgem novos procedimentos e tecnologias inovadoras para otimização da RM, ao mesmo passo que há intensa modernização em grandes centros de referência de tratamento cardíacos.Objetivo: Analisar a utilização da RM sem a CEC através da literatura pesquisada, visando à criação de hipótese que argumente a substituição da RM com CEC pela sem CEC. Metodologia:O métodoutilizado é o qualitativo-dedutivo, com formulação de hipóteses e discussão dasmesmas. O estudo basear-se-á em análises de artigos durante o período de 2010 a 2014 em bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Scielo, AcademicOneFile.Discussão: A partir da análise dos dados encontrados na literatura é demonstrado que a RM sem CEC em comparação com a RM com CEC é minimamente agressiva, invasiva, apresenta diminuição no tempo de internação, é economicamente vantajosa, diminuisignificativamenteaa mortalidade intra-hospitalar, bons resultados em pacientes idosos, diminuição no sangramento pós-operatório, consequentemente diminuição na necessidade de transfusão de concentrados de hemácias, diminuição da microembolia e do infarto perioperatório, reduz a mortalidade principalmente em pacientes de alto risco, reduz a fibrilação arterial e o choque hemorrágico, diminui as taxas de complicações, apresenta maior preservação da função pulmonar. Porém, é indicadoque seja feita uma análise de cada caso, para a escolha correta do procedimento a ser usado.Conclusão: Com base nos resultados obtidos conclui-se que a revascularização do miocárdio sem a circulação extracorpórea é uma técnica que trás a ótimos resultados e baixa mortalidade, diminuindo quantidades significantes de processos agressivos e complicações intra-operatória e pós-operatória, tudo isto com qualidade de vida e longevidade após o procedimento cirúrgico, sendo essa, um método eficaz suficientemente para substituir o método convencional na maioria dos casos. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA EM MULHERES GRÁVIDAS – REVISÃO DE LITERATURA Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. João Victor Macedo Silva,Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Prof. José Wanderley Neto(Orientador). 1. 2. 3. 4. Acadêmico da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgião Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Introdução: Na década de 50 surgiram os primeiros relatos de cirurgias cardíacas realizada em gestantes, neste período as cirurgias cardíacas ainda eram realizadas sem circulação extracorpórea (CEC). Com a utilização da CEC nas cirurgias cardíacas, observou-se quea mortalidade fetal nas cirurgias cardíacas em gestantes ocorria devido ao óbito fetal intraoperatório (hipóxia) e pela ocorrência do trabalho de parto prematuro. Quando a gestante não responde de forma satisfatória ao tratamento clínico/medicamentoso,a cirurgia cardíaca favorece o prognóstico materno, entretanto a sua realização oferece risco de malformação neurológica em decorrência da hipóxia intra uterina ou até mesmo o óbito fetal.Objetivo: Avaliar o resultado de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea durante a gestação tendo por base evidências científicas recentes.Metodologia: Estudo de revisão de 15 artigos obtidos nas bases de dados online, MEDLINE, SCIELO e LILACS, publicados entre os anos de 2007 a 2014, que atendiam ao tema. Resultados: A cardiopatia mais comum em gestantes é doença reumática mitral. As indicações da cirurgia cardíaca durante a gestação não diferem daquelas de pacientes não gestantes. Em gestantes que apresentam trombose da prótese valvar cardíaca, grande tumor cardíaco, endocardite infecciosa aguda com valvulopatia, progressão da insuficiência cardíaca, entre outros, o tratamento cirúrgico é o único método eficaz para salvar a vida da mãe e do feto. A cirurgia cardíaca em gestante permitiu sobrevida materna na absoluta maioria dos casos e também nascimento de crianças saudáveis das pacientes que apresentaram complicações cardíacas refratárias à terapêutica clínica. O pior prognóstico materno teve correlação com a cirurgia em caráter de emergência. A cirurgia cardíaca valvar em mulheres grávidas pode ter bons resultados, desde que o cuidado na circulação extracorpórea e de monitorização do feto sejam realizadas, pois se conhece as repercussões fetais da utilização da CEC.Embora a mortalidade materna seja baixa, além da CEC existem outros fatores de risco para mortalidade fetal como: anestesia geral e toracotomia.Conclusão:O inicio da cirurgia cardíaca em gestantes aumentou a sobrevida das mesmas assim como diminuiu o sofrimento fetal provocado pelas cardiopatias que não tinham melhora com o tratamento clínico otimizado. Pela sua importância, ainda se faz necessário maior número de diagnóstico e maior acesso dessa população aos centros de referência cirúrgicos. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 20 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ALTERAÇÕES DESENCADEADAS NO LEITO DO ENXERTO VENOSO UTILIZADO COMO PONTE NA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA–DE QUE FORMA OMODO DE PREPARO INTERFERE NO SUCESSO CIRÚRGICO? Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. Domingos Souza, Dr. Francisco Siosney, Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Amanda Ferino Teixeira4, Dr. José Wanderley Neto(Orientador) 1. 2. 3. 4. 5. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Cirurgião Cardiovascular no ÖrebroUniversity Hospital - Suécia Cirurgião Cardiovascular no Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Acadêmica de Medicina da UNCISAL Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Introdução:A veia safena (VS), enxerto venoso mais utilizado na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), foi introduzida nesse meio ao fim da década de 60, por Favaloro. Em 1968 publicações como as da Cleveland Clinic mostraram superioridade da Artéria Torácica Interna Esquerda (ATIE) como enxerto na CRM, quando comparada à VS. Entretanto, a veia segue sendo amplamente utilizada, e estudos recentes têm demonstrado que a técnica utilizada e o cuidado dedicado ao preparo da veia interferem diretamente nas alterações ocorridas em seu leito, e consequentemente, no sucesso cirúrgico.Objetivo: Revisar literatura de produção científica à cerca das alteraçõesdesencadeadas no leito do enxerto venoso utilizado como ponte na CRM, buscando analisar de que maneira o modo de preparo da veia pode interferir no sucesso cirúrgico.Métodos: Realizar levantamento e revisão da literatura dos últimos 10 anos (2003 - 2013) de produção científica na biblioteca eletrônica Scielo, nas bases de dados Medline e Lilacs, e em revistas científicas especializadas a respeito das técnicas utilizadas no preparo do enxerto venoso utilizado como ponte na CRM, e das alteraçõesdesencadeadas em seu leito. Descritores utilizados: veia safena, CRM, endotélio vascular, vasa vasorum e hiperplasia intimal. Foram selecionadas 37 publicações. Resultados: A literatura revisada evidencia que determinados cuidados no preparo da veia, como a mínima manipulação, a manutenção de um pedículo adiposo ao redor da veia e a sua não dilatação ou distensão longitudinal, propiciam diversos benefícios funcionais ao enxerto, como redução na degradação da matriz extracelular e das células da íntima, redução na proliferação da adventícia, aumentoda perviabilidade em curto e longo prazo; a manutenção de fatores hormonais, como eNOS, o qual é útil à patência do enxerto, devido ao seu poder vasodilatador e de bloqueador da agregação plaquetária, possibilitando proteção contra espasmo e contra formação de trombos.Além disso, há também demonstração de benefícios advindos da manutenção do tecido adiposo perivascular, através de sua função hormonal, com a liberação de substâncias vasodilatadoras, que agem em ação sinérgica ao óxido nítrico; e da manutenção do vasavasorum, o qual auxiliará na prevenção à hiperplasia intimal desse enxerto, pela nãomigração de células mioendoteliais à íntima, e na prevenção de neovascularização.Conclusão: O aprimoramento no preparo dos enxertos venosos para CRM possibilita maior qualidade do leito desse enxerto, através de uma maior integridade estrutural e funcional do mesmo, com menos dano endotelial, aumento da disponibilidade de óxido nítrico e de outros fatores hormonais, além de maior manutenção de vasa vasorum; fatores que, somados,contribuem para o sucesso cirúrgico. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO PRASUGREL VERSUS TICAGRELOR: AÇÃO E EFEITOS Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Rodrigo Barcellos de Almeida Igansi, Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha, Ac. Monique de França Dantas, Prof. João Klínio Cavalcante (Orientador). 1-Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas Introdução: Nos últimos anos têm surgido novos testes com agentes antiplaquetários, avaliando as ações e efeitos nas diferentes etapas de formação do trombo – inibição da adesão e agregação, liberação de substâncias vasoativas – objetivando a escolha de um fármaco adequado para tratar os eventos trombóticos. Dois deles estão sendo utilizados mais recentemente e ainda estão em fase de comparação: Prasugrel e Ticagrelor. Ambos são inibidores do receptor P2Y12 da superfície das plaquetas. Objetivo:Comparar a ação e efeitos do Prasugrel versus Ticagrelor. Metodologia: Foi realizada uma metanálise a partir de 49 artigos publicados nos últimos 5 anos e pesquisados em bases bibliográficas: MEDLINE, LILACS, NCBI, ELSEVIER, SCIELO, KARGER, CENTRAL, DARE, JOUNAL OF THE AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY, AMERICAN HEART ASSOCIATION, AMERICAN DIABETES ASSOCIATION e BRITISH JOURNAL OF PHARMACOLOGY. Resultados: Os aspectos analisados na comparação entre os dois fármacos foram: 1- Prevenção de trombose do Stent implantado: o Prasugrel apresentou enorme superioridade ao Ticagrelor. Na mesma linha de raciocínio, Prasugrel diminuiu o risco de trombose mais do que o Ticagrelor 2- Quanto à prevenção de eventos isquêmicos: o Prasugrel causa menos eventos isquêmicos recorrentes 3- Análise de eficácia na velocidade de ação: o Prasugrel tem ação mais rápida e maior meia-vida 4- Avaliação da eficácia na redução da reação plaquetária: a maioria relata que o Ticagrelor apresenta maior inibição plaquetária 5- Efeito das drogas em pacientes diabéticos: primeira linha de escolha é o uso do Prasugrel, visto que os pacientes apresentavam menos efeitos isquêmicos 6- Redução da morbimortalidade: a maioria refere que Prasugrel e Ticagrelor possuem o mesmo efeito redutor na morbimor- CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 21 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): talidade; porém alguns informaram que o Ticagrelor possui maior redução na morbimortalidade, por prevenir mais a ocorrência de infartos agudo do miocárdio e também ter menor sangramento nas revascularizações de miocárdio. Conclusões:Drogas antiagregantes são testadas todos os dias. Prasugrel e Ticagrelor são um dos mais recentes atualmente utilizados nos serviços de hemodinâmica. Vista com uma perspectiva comparativa e esclarecedora, essa revisão permitiu mostrar os efeitos de cada um em determinadas situações e qual droga escolher. Identificou-se que o Prasugrel é a terapia de escolha para prevenir trombose de Stent implantado e riscos de outras tromboses; tem menor risco de eventos isquêmicos recorrentes e possui ação e meia-vida maior que o Ticagrelor. Para a redução da reação plaquetária, o Ticagrelor foi superior que o Prasugrel na maioria dos estudos. Em pacientes diabéticos a melhor escolha é o Prasugrel. Referente à redução da morbimortalidade, conclui-se que as drogas são equivalentes, mas para algumas referências o Ticagrelor é superior ao Prasugrel. O desafio agora é realizar novas pesquisas que comprovem essas informações e que novos dados sejam publicados. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO O USO DE MECANISMOS EPIDEMIOLÓGICOS NA REDUÇÃO DO NÚMERO DE CASOS DEHIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Ac. Edlla Cabral da Silva, Ac. Andressa Lima Cavalcante, Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. João Victor Farias da Silva, Ac. Layne Farias da Silva Cavalcante, Prof.ª Ana Paula Rebelo de Aquino Rodrigues (Orientador) INSTIUIÇÃO: Faculdade Integrada Tiradentes, 2 –Centro de Estudos Superiores de Maceió Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são estudadas desde 1923 na América do Norte e, há muito tempo, tem destaque no cenário mundial. A população brasileira está envelhecendo mais e, por isso, os números de portadores de DCNT tendem a subir caso não sofram intervenção. A HAS faz parte deste grupo de doenças com alta prevalência e baixas taxas de controle, representando um desafio de saúde pública, principalmente quando surgem problemas secundários, como o IAM. Nos hipertensos, o Infarto Agudo do Miocárdio é uma grave complicação que pode ser prevenida. Este é causado pela falta de oxigenação prolongada nas células cardíacas devido a uma trombose e/ou vasoespasmo sobre a formação de ateroma. Uma pesquisa revela que aproximadamente 25% dos infartos em hipertensos poderiam ser evitados com uma adequada terapêutica. Objetivos: Investigar a epidemiologia de DCNT na cidade de Maceió/AL entre 2010 a 2013 correlacionando com medidas de prevenção primária e secundária no contexto, principalmente, das DCNT. Metodologia: Pesquisa original de revisão epidemiológico, descritivo e quantitativo, com utilização de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e de publicações no Scielo, na BVS e do Ministério da Saúde. Resultados: De acordo com dados do SIH/SUS referentes à morbidade, nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 foram registrados os respectivos valores referentes à quantidade de internações por IAM em Alagoas: 351, 438, 577, e 658. Destes, a maior parte corresponde à cidade de Maceió: 60,4% em 2010, 65,75% em 2011, 69,30% em 2012, e 69,45% em 2013. Sobre a faixa etária, a maior parte corresponde àqueles de 60 a 69 anos nos anos de 2010 e 2013, enquanto que nos anos de 2011 e 2012 foi na faixa etária de 50 a 59 anos. É importante relatar que houve aumento nos casos entre aqueles de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Outro fator relevante é que os gastos para estas ocorrências são elevados e só aumentam devido ao aumento no número de casos.Correspondendo a um total de 385 óbitos em apenas 04 anos por IAM que conseguiram receber tratamento hospitalar em Alagoas. Conclusões: É necessário investigar a participação do IAM no cenário da saúde pública, principalmente por poder ser prevenida. Os dados mostram o aumento do numero dos idosos, juntamente com o crescimento das DCNT e consequentemente os IAM. É importante a investigação das diversas doenças presentes nessa população para que sejam planejadas medidas de redução, principalmente, no que concernem as patologias que podem sofrer prevenção primária, no que diz respeito a mudanças nos hábitos de vida (tabagismo, estresse, etilismo, uso de drogas ilícitas) evitando o período patogênese e que evolua para incapacidades com sequelas, ou óbitos. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO Título: ASPECTOS GERAIS DA CARDIOPATIA CONGÊNITA DAS PONTES MIOCÁRDICAS. Autores: Ac. Victor Fellipe Bispo Macêdo, Dr. Carlos Adriano Silva dos Santos (Orientador), Ac. Milena Ramos do Espírito Santo, Ac. Aline Monte Sá, Ac. Dandara Lins Barros, Ac. Leonardo Coelho de Mendonça Silva Instituições: Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) Introdução: Inicialmente descrita em 1737 por Reyman, a ponte miocárdica (PM) é um anomalia congênita presente em uma parcela significativa da população, sendo caracterizada pelo percurso intramural do segmento de algum ramo do plexo coronário. Objetivos e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica para o melhor entendimento acerca da PM, reunindo informações de sua epidemiologia, causas, mecanismos de ação, características, consequências, diagnóstico e tratamento, a partir da coleta informações relevantes sobre o dado tema em publicações científicas e literaturas sobre o assunto nas plataformas Scielo, Pubmed, Bireme entre os meses de Julho e Agosto de 2014. Resultados: Apesar de ser um defeito anatômico presente desde o nascimento, os problemas decorrentes dele geralmente surgem a partir da terceira década de vida. Os indivíduos que têm essa variação podem apresentar doenças coronarianas, angina, isquemia do músculo cardíaco, infarto do miocárdio e morte súbita, de forma que a ocorrência desses sintomas e a intensidade deles dependem exclusivamente da anatomia cardíaca do indivíduo. Apesar disso, estudos mostram que o corpo tende a compensar a isquemia do miocárdio a partir da angiogênese em trechos proximais à PM, formando uma importante via de circulação colateral para a parte isquêmica, o que explicaria a falta de sintomas em alguns indivíduos com essa patologia. Características dos trechos tunelizados, como o baixo estresse de pressão, alta tensão de cisalhamento e diminuição do movimento do vaso, criam um ambiente favorável às funções normais das células endoteliais, tornando esses CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 22 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): trechos protegidos de placas de ateroma. Por outro lado, os trechos proximais a ponte parecem ter uma tendência maior à formação delas, por conta do alto índice de lesões ateroscleróticas decorrentes da ação da ponte. Os métodos por imagem só passaram a ser utilizados para o diagnóstico da PM em 1960, a partir do uso de radiografia por Portmann e Iwig. Desde então, houve um avanço significativo em termos de preservação física dos indivíduos e na qualidade das imagens, com o advento de angiografias e as tomografias computadorizadas, o que melhorou o prognóstico desses pacientes. A terapêutica das PM é preferencialmente medicamentosa, com a utilização de beta bloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio.Mas, em último caso, também pode ser por procedimentos cirúrgicos, como a colocação de stents, a miotomia do músculo da ponte e a revascularização do miocárdio. Conclusão: A partir das análises dos dados, percebeu-se que as PM são um problema comum na sociedade, mas ainda subdiagnosticada e com muitas incertezas. Assim, é preciso a realização de estudos mais aprofundados sobre essa patologia, trazendo um melhor prognóstico aos indivíduos acometidos por ela. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSOCIAÇÃO DA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA AO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO. COM DESTAQUE PARA O USO DA TROPONINA COMO MARCADOR BIOQUÍMICO ESPECÍFICO Ac. OLIVEIRA, Sammara Kriscia Sousa; Ac. OLIVEIRA, Stéphanny Sallomé Sousa; Ac. DIAS, Moane da Trindade; Ac. CASTRO, Cinthia Maelly lima; ARAUJO, Tiago Ferreira da Silva (orientador) 1Acadêmico do curso de Biomedicina da Faculdade Maurício de Nassau – Campina Grande – PB. 2Professor da Faculdade Maurício de Nassau – Campina Grande – PB. A síndrome coronariana aguda é uma isquemia que envolve o músculo cardíaco (miocárdio) e tem como principal característica a dor torácica extrema. Pode ser causada por microembolismoplaquetário, espasmos coronarianos, obstrução mecânica progressiva, inflamação e/ou infecção secundária e, como causa principal, um trombo não oclusivo em uma placa aterosclerótica pré-existente. Logo, a SCA tende a evoluir em curto prazo, para um infarto agudo do miocárdio, sendo necessário associar o eletrocardiograma a marcadores bioquímicos de necrose para um maior espectro do quadro clínico. Esse trabalho tem como objetivo mostrar a eficiência da troponina, na elucidação do diagnóstico da na síndrome coronariana aguda (SCA). Tratou-se de uma pesquisa original de revisão, a partir de periódicos encontrados nos bancos de dados Lilacs, Scielo e Google Acadêmico no período de 2006 a 2014. Com o desenvolvimento dos recentes métodos ultra-sensíveis para mensuração das troponinas cardíacas, tem sido possível detectar a lesão cardíaca no prazo de duas a três horas após a dor precordial, com pico de elevação entre 36 – 72 horas e são normalizadas na corrente sanguínea entre 5 e 14 dias após a lesão. As troponinas ultra-sensíveis são capazes de detectar quantidades de 10 a 100 vezes menores no sangue, reduzindo a necessidade de seriar outros marcadores bioquímicos. Tendo como base que a troponina é considerada padrão ouro no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, pacientes com níveis indetectáveis e eletrocardiograma sem sinais de isquemia podem ser liberados, tendo em vista que o risco de infarto em 30 dias é mínimo. Porém, apesar de todos os seus benefícios, não é recomendando o uso das troponinas caso haja a possibilidade de (re) infarto, já que seus níveis demoram a normalizar. Nesses casos, preconiza-se, que o marcador bioquímico de escolha seja o CK-MB MASSA, pois o mesmo tende a normalizar-se entre 48 e 72 horas após a lesão. Conclui-se, portanto, que a troponina cardíaca deve ser o biomarcador de escolha para o diagnóstico bioquímico de necrose, uma vez que é o mais sensível e específico de lesão miocárdica disponível. Portanto, conclui-se que a determinação laboratorial da troponina é de grande importância para o diagnóstico da síndrome coronariana aguda (SCA) já que eleva-se cerca de 2 horas após a dor precordial e detecta níveis míninos de necrose, sem a necessidade de seriar marcadores. Palavras chave: Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Infarto agudo do miocárdio. Troponina. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO UM ESTUDO SOBRE A CITILOGRAFIA DE PERFUSÃO DO MIOCÁRDIO EM DOENÇAS CORONARIANAS Autores: Antônio Victor Oliveira; AdriellySoyonara de Oliveira Silva; Debora Sobral Ponzi Costa; George Marinho Brasileiro Filho Prof. Pedro Tenório(Orientador). Instituição: 1- Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico Introdução: Uma das maiores causas de mortalidade no mundo tem sido a doença arterial coronária, mais conhecida por (DAC). O diagnóstico desta patologia é muito complexo devido à quantidade de exames a serem realizados, ressaltando também a grande dificuldade de integrar todos os resultados destes exames com as outras evidencias possíveis a (DAC). Na tentativa de diminuir e possibilitar resolução destas barreiras de diagnóstico relacionado a esta patologia as sociedades de cardiologia e diversos outros grupos de pesquisa tem estudado formalizar guias que viabilizem a interpretação destes exames e a integração dos resultados obtidos. As propostas são diversas disponibilizadas por estes gruposde estudo, dentre elas esta a cintilografia de perfusão do miocárdio, um método não invasivo bastante utilizado para detecção de coronariopatia obstrutiva, fator este muito frequente nos casos de DAC.A cintilografia de perfusão do miocárdio avalia se omiocárdio está recebendo sangue o suficiente, quando o paciente se submete a estresse, CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 23 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): por exemplo;verificando também se há risco de infarto, para que seja realizado algum tratamento que impeça sua ocorrência. Esse tratamento proporciona melhor qualidade de vida (QV) aos pacientes quando comparado com aqueles submetidos a outras formas de tratamento. Objetivo: Reunir dados sobre o uso da cintilografiade perfusão do miocárdio em doenças coronarianas, avaliando como ferramenta no prognóstico do individuo, como tambémassociar quando deve-serealizar exames de cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM), baseando-se eminformações objetivas obtidas do teste ergométrico e da análise dos fatores clínico-epidemiológicos para doença arterialcoronária (DAC). Metodologia:Foi realizado um levantamento na literatura em busca de artigos nos bancos de dados: pubmed, Sciencdirect, scielo, no período de 2009 a 2014 utilizando os seguintes termos: cintilografia de perfusão, miocárdio e doenças coronarianas. Resultados: Diante dos relatos colhidos e encontrados na literatura observou-se que,indivíduos submetidos à cintilografia do miocárdio apresentaram menor ocorrência de complicações clínicas, como também menor permanência na sala de terapia intensiva eno tempo de internação, gerando expetativas de melhor qualidade de vida. Outros pacientes apresentaram retorno precoce ao trabalho, semelhanças quanto à análise dos oito domíniostambém foram vistas, dentre elas: avaliação da dor, do estado geral de saúde, da vitalidade, do aspecto social, do aspecto emocional e da saúde mental.Conclusão:Conclui-se que a DAC se destaca como uma das principais Causas mortis,a utilização da cintilografia do miocárdio minimiza intercorrências para o paciente, desta formalevando a um prognóstico mais favorável no decorrer clínico desta doença. Atualmente outras modalidades de imagem utilizam a perfusão, mas ainda com um pequeno número de pacientes.Espera-se que a cintilografia de perfusão do miocárdio possa acrescentar valor diagnóstico e prognóstico, além dos já estabelecidos e estar disponível e utilizada em curto prazo, com custos baixospara o paciente. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ATUAÇÃODA ENFERMAGEMNA PREVENÇÃODA ENDOCARDITE BACTERIANA OCASIONADAPELA FALTA DE HIGIENIZAÇÃO BUCAL Ac. EDLLA CABRAL DA SILVA, Ac. ELLEN GOES DA SILVA, Ac. IASMIN DE ALMEIDA CALADO, Ac. JOÃO VICTOR FARIAS DA SILVA, Ac. MYLENA MARIA GITAI SOARES e Profª. ANA PAULA REBELO DE AQUINO RODRIGUES (ORIENTADOR) INSTITUIÇÃO: Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Integrada Tiradentes - Maceió/AL Enfermeira Docente – Faculdade Integrada Tiradentes – Maceió/AL Introdução: A Endocardite Infecciosa Bacteriana (EIB) caracteriza-se por ser uma patologia cardíaca grave que oferece elevado risco de vida e que tem seu processo fisiopatológico associado com a presença de bactérias no sangue. De forma geral, seus principais sintomas são: artrite, anemia, calafrios noturnos, confusão mental, febre alta, perda de apetite, perda de peso, insuficiência cardíaca e sopro cardíaco. Entende-se que essa bacteremia é extremamente perigosa e fatal para quem já possua problemacardíaco, pois se relaciona com uma patologia infecciosa no endocárdio, principalmente nas valvas cardíacas. Os principais fatores de risco da endocardite bacteriana são as lesões do endocárdio. OBJETIVOS: Este trabalho tem como objetivo definir a EIB assim como suas principais características e alterações, dando ênfase a intervenção da enfermagem dada a estes pacientes. Metodologia: Trata-se uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva analítica, em um estudo de revisão bibliográfica. Utilizou-se do banco de dados da biblioteca virtual scielo, lilacs e Biblioteca Virtual de saúde (BVS), referente aos anos de 2008 à 2012. Foram encontrados 233 artigos relacionados ao tema e selecionados 17 artigos, que melhor contribuíram. Resultados: A EIB é uma doença comum, que causa alto índice de mortalidade. Trata-se de uma infecção da parede interna do coração ou das válvulas do coração devido a uma complicação grave da periodontite. As bactérias instaladas nas bolsas periodontais podem disseminar-se na corrente sanguínea, alojando-se nas válvulas cardíacas e comprometendo a circulação do sangue e o funcionamento do coração, uma de suas causas é a má conservação dos dentes. Raramente, também pode ocorrer em pessoas com coração normal. Entretanto, pessoas que tem algum fator predisponente, há um maior risco de desenvolverem a EIB. Outro fator que aumenta as chances de desenvolver a doença é a presença de cáries. Conclusão: A EIB é responsável por grande índice de morbimortalidade apesar dos avanços a seu respeito. Os pacientes com doenças cardiovasculares devem ser rigorosamente observados, pois são a grande maior parte dos casos relacionados à EIB, causadas na grande maioria das vezes por bactérias. É de grande importância que todo profissional de saúde que atua diretamente ou indiretamente com procedimentos invasivos, desenvolva a educação em saúde, sendo, portanto, um trabalho multidisciplinar educativo, com o objetivo único de promover o bem estar do cliente. Uma anamnese criteriosa é uma das formas primarias na prevenção. Nós casos onde a EIB já exista, um diagnostico precoce é fundamental, contribuindo dessa maneira com a promoção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 24 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO FÍSTULA AORTO-ATRIAL DIREITA: DEFINIÇÃO, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo, Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa, Ac. Arisson Euclides da Silva, Dr. Laís Alves da Silva, Dr. Francisco Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL 2. Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Alagoas 3. Cirurgião cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas 4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Introdução: As fístulas aorto-atriais direitas são afecções raras. Etiologicamente, podem ser congênitas ou adquiridas. A elevada pressão intra-aórtica associada a uma deficiência de lâminas elásticas na túnica média forma uma dilatação tortuosa, de percurso extracardíaco, que aumenta gradualmente até a ruptura no interior do átrio direito, pela proximidade anatômica e reduzida pressão intracavitária, atuando como um shunt esquerdo-direito. O primeiro caso foi descrito em 1980 por Otero Coto e colaboradores em um homem de 25 anos. A maioria dos pacientes é assintomática, entretanto, sintomas como dispneia, palpitações e infecções recorrentes do trato respiratório podem estar presentes. Regurgitação aórtica, insuficiência cardíaca congestiva e endocardite bacteriana são alguns dos ricos associados à permanência em longo prazo dessa comunicação. No exame físico, é auscultado um sopro contínuo na borda esternal direita, no terceiro, quarto e quinto espaços intercostais. Dois exames complementares eficientes para o diagnóstico são a ecocardiografia bidimensional com Doppler e cateterismo cardíaco. As opções de tratamento variam de acordo com o tipo de fístula, calibre, tortuosidade e a relação dos seios coronários com a origem aórtica da fístula, e vão desde a embolização até o fechamento cirúrgico. Objetivo: Evidenciar a fístula aórtico-atrial direita, sua repercussão clínica, métodos diagnósticos e opções de tratamento.Métodos:Levantamento bibliográfico de 10 artigos publicados em periódicos das áreas de cardiologia, cirurgia cardiovascular, ecocardiografia e imagens cardiovasculares. Resultados: Essa conexão entre a aorta e o átrio direito pode surgir de qualquer um dos seios de Valsalva, com uma tendência de que as fístulas oriundas do seio direito sigam anteriormente, e as originadas do seio esquerdo sigam posteriormente em relação à aorta. Um achado clínico importante é o sopro contínuo na borda esternal direita, capaz de diferenciar essa fístula de outras anormalidades, como ruptura de aneurisma do seio de Valsalva. A ecocardiografia bidimensional com Doppler é capaz de identificar a fístula, e a aortografia retrógrada associada à angiografia podem demonstrar o curso da fístula e dos óstios coronários. Os tratamentos variam desde uma embolização ao ligamento da fístula. O ligamento da fístula deve ser realizado sob hipotensão controlada, após avaliação da sintopia do orifício da fístula comos óstios coronários. Pode-se também fechar o orifício atrial com a utilização de bypass cardiopulmonar. Conclusão: Pela sua baixa incidência e pelos riscos associados à permanência dessa comunicação em logo prazo, como insuficiência cardíaca e formação de aneurisma de Vasalva, é relevante o conhecimento da fístula aorto-atrial direita, sua repercussão clínica, diagnóstico e opções de tratamento. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO INCIDÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NAS RESIDÊNCIAS BRASILEIRAS DOS ANOS DE 2010 A 2012 Autores: Ac. Lorenna Emília Sena Lopes, Mayanna Machado Freitas, Ac. Gabrielle Dantas Menezes, Maria Eliane de Andrade, Ac. Felipe Torres de Oliveira, Prof. Daniela da Costa Maia (Orientadora). Instituições: 1 – Universidade Tiradentes, 2 – Universidade Federal de Sergipe. Introdução: As doenças do aparelho circulatório são consideradas a terceira causa de internação hospitalar, com 210.046 internações por doença isquêmica do coração e no Brasil, foram responsáveis por 29% das mortes, de um total de 1.133.761. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa isolada de morte mais comum em homens e mulheres, além disso, percebe-se o aumento da prevalência de alguns fatores de risco, como obesidade e diabete mellito. No ano de 2012, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 333.295 casos de óbitos por doenças do aparelho circulatório. As estratégias de tratamento da fase aguda do infarto do miocárdio, com ênfase na precocidade dos tratamentos, são fundamentais para a redução da morbimortalidade associada à doença isquêmica do miocárdio. Objetivo: Determinar a incidência do Infarto Agudo do Miocárdio nas residências brasileiras, durante os anos de 2010 a 2012. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo e exploratório, com embasamento nos dados disponíveis no departamento de Informação de saúde do SUS (DATASUS), especificamente no Sistema de Informações de mortalidade (SIM), de modo a determinar a incidência de mortalidade materna. Foram consideradas as notificações de óbitos maternas declaradas do estado de Sergipe nos períodos de 2010 a agosto de 2014. Para fundamentação teórica foram utilizados artigos científicos indexados na Literatura Latino- Americana em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: Segundo os dados do Sistema de Informação de Mortalidade, coletados na página eletrônica do DATASUS, do ano de 2010 a 2012 ocorreram 246.560 óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Brasil, destes 82.987 (33,6%) aconteceram nas residências. A região predominante é o Sudeste, que totaliza 33.574 óbitos, em seguida vem o Nordeste com 25.927. Conclusão: A epidemiologia mostra que a mortalidade por infarto agudo do miocárdio, mais especificamente nas residências, vem aumentando ao longo dos anos no Brasil. Considerando isto, é de fundamental importância que a população saiba reconhecer os sinais e sintomas desta patologia, a fim de prestar um atendimento precoce e assim contribuir para redução da morbimortalidade. PALAVRAS-CHAVE:Infarto do miocárdio; Mortalidade; Epidemiologia. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 25 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO CIRURGIA CARDIOVASCULAR COM A PRÁTICA DA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA: A IMPORTÂNCIA DA BIOCOMPATIBILIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS NOS PROCEDIMENTOS Ac. Wilson Rolim dos Santos Neto, Ac. José Correia de Lima Neto,Ac. Igor Guthyerri Vieira Valencio, Ac. Wellington Ricardo Amaral Barros, Ac. Ademar Francisco de Oliveira Filho, Prof. Pedro Pereira Tenório, (Orientador). Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico Introdução: As doenças cardiovasculares são as que mais causam mortes no mundo, com isso a cirurgia cardíaca vem se inovando, trazendo novas técnicas para auxilio de determinados procedimentos cirúrgicos. Os processos cirúrgicos mais invasivos, provavelmente irão ser necessários usar a técnica da circulação extracorpórea (CEC) para restaurar seu funcionamento normal criando possibilidades de cura para as doenças cardíacas. A CEC que é utilizada faz a função do coração e pulmão, desviando o sangue para um circuito externo mantendo o paciente em condições vitais. Durante a CEC o sangue entra em contanto com superfícies artificiais que fazem parte desse sistema, os materiais usados como filtros, oxigenadores e outros componentes, que são compostos por substâncias químicas na tentativa de melhorar a sua biocompatibilidade. Apesar de todo aparato tecnológico atual essa melhora ainda há insuficiências nas biocompatibilidades dos materiais. Objetivos: Identificar os mecanismos da CEC com um enfoque na insuficiência da biocompatibilidade nos materiais usado para esse processo. Metodologia: Revisão da literatura de artigos durante o período de 2009 a 2014 em bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Scielo. Resultados: A biocompatibilidade é definida pela afinidade de um determinado material com o tecido vivo, em especial o corpo humano que irá ter um contato íntimo e prolongado.Nos materiais para o desenvolvimento de construção dos aparelhos tem-se observados vários problemas na compatibilidade, seguindo criteriosamente um processo de escolha e de vários testes para que não possam ocorrer incidências no momento da utilização, como fraturas e reação química entre os componentes séricos.Os componentes do circuito extracorpóreo não tem nenhuma semelhança diante do ambiente da circulação cardiovascular,por tantoo contato não-endotelial irádesencadear uma serie de alterações,resultando por exemplo a coagulação. A falha de afinidade desses materiaiscom o contato sanguíneo está entre os principais fatores de reações inflamatórias e da ativação das células do sangue, provocando a liberação do fator de tecidual (FT).O contado do sangue com o pericárdio ou com os tecidos lesados com riquezas em FT seria um dos maiores estimuladores para a via extrínseca. Portanto é recomendado que o sangue que se acumula no pericárdio não seja misturado com a perfusão circulante. Osangue deve ser lavado e concentrado, fazendo com que somente as hemácias sigam a circulação. Conclusões:Conclui-se que ainda há limites na biocompatibilidade, causando certas morbidades em indivíduos pós-cirúrgico devido ao uso da CEC. Não deixando de lado sua imensa importância para a medicina. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO Cuidados de Enfermagem aos Pacientes com Alterações Hemodinâmicas. Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Lívia Juliana Barros da Silva, Ac. Orcélia Ferreira Gomes, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora) Instituição: 1- Faculdade CESMAC do Sertão Introdução: Hemodinâmica é o estudo dos movimentos do sangue e das forças que o impulsionam.1 O paciente com alterações hemodinâmicas tem comprometimento de seu sistema fisiológico, com perda de sua autorregulação, necessitando correção artificial dessas funções e assistência atuante da equipe de enfermagem.2 A importância de se reconhecer as limitações dos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca (IC) servem como guia no tratamento, realizando a avaliação hemodinâmica desses pacientes.3 A sistematização das orientações de enfermagem contribuem para a qualificação das ações de assistência à saúde, gerando conhecimento ao cliente sobre sua doença e terapias necessárias, ajudando no trabalho da equipe multidisciplinar.4 Contudo é importante a participação da família à situação vivenciada pelo paciente, cumprindo o seu papel de dar suporte a ele, recebendo orientações de enfermagem integrando-a na terapêutica.5 Objetivos: Identificar as necessidades da atuação de enfermagem no setor de hemodinâmica e Integrar familiares e equipe de enfermagem no tratamento. Metodologia: Na identificação das fontes bibliográficas foram utilizadas quatro bases de dados: LILACS, BIREME, SCIELO e Google Acadêmico. Para compor esta Pesquisa Original de Revisão foram selecionados 12 artigos, com os descritores: “Alterações hemodinâmicas”, “Comunicação de Enfermagem X Família”, “Atuação de Enfermagem”. Resultados: O enfermeiro, em sua rotina de atuação, conhece a história pregressa e evolução nos pré e trans operatórios de seu cliente, promovendo cuidados sempre que necessários no pós-operatório.6 Para isso, é vital sua qualificação na assistência a pacientes cardíacos, pois estes requerem cuidados específico, sistêmico e assistência humanizada.7 No cuidado multiprofissional, a enfermagem destaca-se em seu papel na recuperação da saúde e bem-estar desses pacientes, qualificando a equipe de enfermagem às demandas de cuidado.8 Faz-se necessário uma sistematização das informações imprescindíveis durante a comunicação entre enfermagem e família, reduzindo a ansiedade e estabelecendo a integração entre a equipe de enfermagem e o grupo familiar do paciente.9 Conclusão: É imprescindível à equipe de saúde ter domínio do conhecimento técnico-científico e intercorrências que possam surgir dos procedimentos hemodinâmicos.10 A intensidade crescente de complexidade do cuidado é avaliado pelo Sistema de Classificação de Pacientes que são: Estado Mental e Nível de Consciência, Oxigenação, Sinais Vitais, Nutrição e Hidratação, Motilidade, Locomoção, Cuidado Corporal, Eliminações, Terapêutica, Educação em saúde, Comportamento, Comunicação e Integridade Cutâneo-Mucosa.11 Sendo a monitoração hemodinâmica muito útil para essa avaliação cardíaca, determinando eficácia da terapia, estabelecendo um diagnóstico.12 Uma boa CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 26 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): comunicação entre a equipe de enfermagem e a família de pacientes críticos confere um melhor cuidado ao atendimento, contribuindo para a excelência da prática da Enfermagem.5 Descritores: Hemodinâmica; Comunicação em Saúde; Relações Profissional-Família e Cuidados de Enfermagem. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO CARDIOPATA Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Aldione da Silva Santos Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Tânia Maria Alves Bento(Orientadora) Faculdade Integrada Tiradentes Resumo: Introdução: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) são considerados idosos, nos países desenvolvidos, os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, e nos países em desenvolvimento, considera-sefaixa etária acima de 60 anos. Essa modificação no perfil demográfico vem crescendo com o passar dos anos por meio de mudanças sociais e na saúde o que proporcionou o aumento da expectativa de vida. As funções orgânicas declinam com o decorrer do tempo, produzindo inúmeras alterações cardíacas funcionais e estruturais, sendo o envelhecimento o principal fator de risco para patologias cardiovasculares, mortalidade e morbimortalidade, determinado por modificações individualizadas anátomo-funcionais.A atenção à saúde do idoso cardiopata é de fundamental importância do profissional de enfermagem colocando em prática medidas educativas, que proporcionem melhores condições de vida. Objetivo: expor o papel principal da enfermagem neste processo de envelhecimento e o seu comportamento em diversas alterações cardiológicas no idoso. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura sobre a atenção da saúde da pessoa idosa com cardiopatias. Foi realizada no período de março a abril de 2014, pautada na base de dados online da Sociedade Brasileira de Gerontologia e Geriatria e Google Acadêmico em fontes publicadas 2003-2013, as palavras-chave utilizados foram “envelhecimento”, “cardiologia” e “saúde do idoso”.Resultados: a enfermagem atua na promoção, proteção e recuperação prevenindo o desenvolvimento e aparecimento de diversos problemas, o sistema cardiovascular com o decorrer dos anos, sofre várias alterações, as quais são: arteriosclerose, comprometimento da condução cardíaca, diminuição da distensibilidade e na função barroceptora e os fatores de risco que contribuem para o aparecimento são: hipertensão, diabetes mellitus, fumo, dislipidemias, sedentarismo e obesidade, sendo necessárias mudanças de hábitos, havendo a pratica regular de exercícios físicos, dieta balanceada e regularidade de exames clínicos e laboratoriais.Conclusões:o processo de envelhecimento saudável e sem complicações é um direito do ser humano e deve ter atenção do profissional de saúde. A atuação eficaz e detalhada do profissional de enfermagem com a associação de diversos profissionais proporciona bem-estar social e físico tornando o envelhecimento revigorante por meio de medidas educativas e informativas. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ENVELHECIMENTO E INCLUSÃO DIGITAL Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira,Ac. João Victor Farias Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta,Prof. Tânia Maria Alves Bento(Orientadora) Faculdade Integrada Tiradentes Resumo: Introdução: o processo tecnológico vem crescendo ao longo dos anos, havendo uma ampliação da acessibilidade favorável a esses recursos, essa facilidade impulsionou a diversas iniciativas de inclusão digital, que favoreceu a introdução de uma nova faixa etária, a população idosa, as quais associam a utilização de novas tecnologias como opção para redução da sensação de isolamento e a utilização dessa tecnologia para uso profissional. Porém apesar de estarmos ao redor de diversos avanços tecnológicos a população idosa é muitas vezes excluída tanto do acesso quanto da adequação. Objetivo: expor a funcionalidade do idoso frente à tecnologia, a qualidade de vida e os benefícios proporcionados pelos avanços tecnológicos para esta população. Metodologia: trata-se de uma pesquisa original de revisão de literatura sobre envelhecimento e inclusão digital. Foi realizada uma procura por estudos que viabilizou indícios científicos por meio das bases de dados Google Acadêmico e Scielo, as palavras-chaves utilizadas foram “envelhecimento”, “assistência a idosos” e “capacitação de usuário de computador”, foi realizado no período de fevereiro a março de 2014, sendo incluídos os estudos que se aproximaram com o tema abordado, sendo selecionadas fontes publicadas entre 2006-2010. Posteriormente, foi feito um resumo englobando as informações disponibilizadas, possibilitando a conclusão do estudo com a explicitação da funcionalidade do idoso frente à tecnologia, a qualidade de vida e os benefícios proporcionados pelos avanços tecnológicos para esta população. Resultados: o avanço tecnológico traz benefícios que facilitam a comunicação e a informação, mas em sua maioria estas tecnologias não se apresentam como área de interação favorável ao cotidiano do idoso, essa evolução está CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 27 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): marcando constantemente a vida, pois é através da mesma que a busca pelo conhecimento e a capacitação profissional se tornam eficientes, dessa forma a criação de planos que englobem a participação da população idosa no âmbito tecnológico proporciona a possibilidade de novos conhecimentos, tornando esse idoso como um indivíduo ativo e participativo da sociedade. Conclusões: o envelhecimento não deve ser apenas associado ao processo de aposentadoria e nem ao declínio de suas potencialidades, mas a inclusão do mesmo no processo de inclusão digital fazendo de seu envelhecimento uma trajetória de vida. A informática no processo de aprendizado da população idosa é a busca pelo conhecimento, domínio e autonomia, fazendo com que esse idoso não fique isolado e deprimido, mediando à evolução dele juntamente com as futuras gerações, promovendo empregabilidade e proporcionando benefícios psicológicos, fisiológicos e socioeconômicos. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO CARDIOTOXICIDADE E QUIMIOTERÁPICOS: UMA ABORDAGEM PELA ENFERMAGEM Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Andressa Lima Cavalcante Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Nívea Maria Ribeiro de Oliveira Enf. Julia Pereira do Nascimento Neta, Prof. Aline Soraya de Carvalho(Orientadora) Faculdade Integrada Tiradentes Resumo Introdução: com o decorrer do tempo a utilização de terapêuticas oncológicas vêm crescendo significativamente, visto que, houve o surgimento de diversos esquemas terapêuticos para os variados tipos de cânceres, o que fez com que aumentasse a probabilidade de cura e redução das sequelas provenientes, proporcionado qualidade de vida e o bem-estar dessa população. Apesar dos benefícios propostos e o prognóstico efetivo a cardiotoxicidade é uma das consequências adversas mais relevantes do tratamento oncológico e pode apresentar-se como aguda, subaguda ou crônica, com altos riscos de morbimortalidade. A enfermagem atua avaliando e acompanhado esse indivíduo, com a finalidade na prevenção e diagnóstico precoce de efeitos adversos e no fornecimento de cuidados para uma melhora na situação clínica do paciente de modo consequente a qualidade de vida. Objetivo: expor os efeitos adversos de diversos fármacos quimioterápicos cardiotóxicos e o papel da enfermagem frente a essa situação. Metodologia:trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre cardiotoxicidade e quimioterápicos. Foi realizada uma procura por estudos que viabilizou indícios científicos por meio das bases de dados Google Acadêmico e Scielo em fontes publicadas entre 2007-2013. As palavras-chaves utilizadas foram “preparações farmacêuticas”, “cardiologia” e “oncologia”, no período de julho a agosto de 2014, sendo incluídos os estudos que se aproximaram com o tema abordado. Resultados: pacientes oncológicos necessitam da realização de análises iniciais através de achados clínicos, laboratoriais e radiológicos de IC (insuficiência cardíaca congestiva), anteriormente ao tratamento, às manifestações clínicas de insuficiência cardíaca são de grande relevância para o diagnóstico. Em indivíduos com fatores de risco para cardiotoxicidade ocorre a realização de frequentes eletrocardiogramas, sendo utilizados também, exames de biomarcadores, métodos de imagem e biópsia endomiocárdica. Conclusões: é preciso que haja uma assistência de enfermagem adequada para auxiliar o indivíduo a se adaptar as mudanças nesta fase da vida, proporcionando uma assistência competente e especializada, sendo de grande relevância na prevenção e no diagnóstico precoce de complicações e na preservação do conforto do paciente analisando rigorosamente e minuciosamente este indivíduo. É necessário um trabalho multiprofissional havendo interação entre médicos cardiologistas, oncologista e demais profissionais da saúde para que se tenha melhores resultados e o aumento da qualidade de vida. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DIMINUIÇÃO DOS DETERMINANTES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. Autores: Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Profª. Maria Regineide de Araújo (Orientadora). Instituições: 1- Faculdade CESMAC do Sertão, 2- Faculdade CESMAC do Sertão. Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são tidas como as principais causas de mortes em países desenvolvidos e subdesenvolvidos¹. Para reduzir esses índices é necessário o combate à gênese da doença, tendo em vista que o processo aterosclerótico inicia-se na infância, pelos hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, obesidade, tabagismo e etilismo precoce, dentre outros fatores, ocasionando um aumento lipoprotéico de baixa de densidade, resultando na diminuição dos níveis lipoproteína de alta densidade e elevação dos níveis de colesterol total. Podendo esses fatores ser modificados com a ajuda do profissional de enfermagem através de estratégias de promoção à saúde. Objetivos: Descrever os principais fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares na adolescência e discutir o papel do enfermeiro na diminuição dos riscos para doenças cardiovasculares na adolescência. Metodologia: Trata-se de um estudo original de revisão bibliográfica, utilizando-se 11 artigos, publicados entre os anos de 2001 a 2013, retirados de sites de pesquisas em ciências da saúde (SCIELO, BIREME, LILACS) e Google acadêmico. Resultados: Observou-se que os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares são a hipertensão arterial e o excesso de peso. Causados pelas mudanças nos hábitos dos adolescentes, os quais ficam restritos ao ambiente domiciliar, sendo sua principal diversão os meios eletrônicos, juntamente com alimentação rica em gorduras. Com isso, vem-se desde cedo o sedentarismo e o excesso de consumo calórico habituando à vida adulta. Além disso, o tabagismo e o etilismo precoce têm sido um agravante, tendo como consequência a formação de placas de ateroma, infarto agudo do miocárdio e AVE. Em geral, as manifestações clínicas das DCV têm início a partir da meia-idade. Frente a isso, entra o papel da enfermagem, com o objetivo de diminuir os casos de doenças CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 28 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): cardiovasculares precoces através de estratégias de sensibilização da comunidade jovem, utilizando-se da educação continuada, levando aos jovens conhecimentos sobre os riscos que uma vida sedentária e maus hábitos alimentares podem trazer em consequência para o futuro. Conclusão: A investigação dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares tem demonstrado que sua origem na infância e adolescência gera a necessidade do planejamento de intervenções cada vez mais precoces e efetivas sobre esses fatores, reduzindo no futuro a morbidade e mortalidade. Uma das estratégias para alcançar esse público é através do Programa Saúde na Escola – PSE, que é uma articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde, sendo uma alternativa em que a enfermagem contribui no planejamento de um programa individual e coletivo, promovendo a redução de fatores modificáveis, estimulando a reeducação dos hábitos e estilo de vida. Referências: 1-Lísia Marcílio Rabelo. Fatores de risco para doença aterosclerótica na adolescência, Jornal de Pediatria, 2001. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DURANTE A GESTAÇÃO DE CARDIOPATAS Ac. Alessandra Cristina Tenório Silva, Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Lívia Juliana Barros da Silva, Ac. Rhayllanne de Holanda Feitosa, Ac. Marcelo Anthony Oliveira Domingos, Profª. Ana Paula Ramos da Silva Duarte (Orientadora). Instituições: 1- Faculdade CESMAC do Sertão, 2- Faculdade CESMAC do Sertão. Introdução: As cardiopatias são tidas como a principal causa de morte no ciclo gravídico-puerperal, pois durante a gestação as alterações hemodinâmicas que ocorrem no corpo da mulher, como aumento da volemia, aumento da frequência cardíaca e consequentemente aumento do débito cardíaco, pode trazer complicações tanto ao organismo materno quanto ao concepto. Dentre as principais causas de cardiopatias em gestantes destaca-se a febre reumática, seguida por doença chagásica e doenças congênitas¹. Partindo desse principio é essencial o atendimento da gestante por uma equipe multidisciplinar, formada por diferentes especialidades médicas como obstetrícia, cardiologista, neonatologista, anestesista e a equipe de enfermagem. Objetivo: Descrever a participação da equipe multidisciplinar, enfatizando o papel de cada profissional na assistência prestada à gestante cardiopata. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original de revisão bibliográfica, na qual foram usados 12 artigos, retirados de sites de pesquisa da saúde, como SCIELO e LILACS, além do Google Acadêmico. Todos os artigos utilizados são advindos de revistas e periódicos reconhecidos nacionalmente. Resultados: A prioridade no atendimento multiprofissional é prevenir o surgimento de complicações graves². O papel do obstetra vai desde o acompanhamento pré-natal até o parto, onde o mesmo vai decidir o melhor tipo de parto, que vai depender da patologia que a gestante apresenta. O anestesista atua no controle da dor da gestante, mas para isso, é necessário que o mesmo venha acompanhando a evolução da doença durante a gravidez, além de atuar no monitoramento das funções vitais. Já o cardiologista deve fazer o acompanhamento da gestante durante seu pré-natal, juntamente com o obstetra, durante o parto e no período do puerpério deve monitorar rigorosamente a gestante devido às mudanças hemodinâmicas que acontecem no corpo durante o parto. A equipe de enfermagem atua sistematizando a assistência, que vai desde a anamnese até a implementação dos cuidados. Já a neonatologia inclui cuidados que vão desde o nascimento do neonato até os 28 dias de idade, visando proporcionar qualidade de vida tanto para mãe quanto para o filho. Conclusão: A integração da equipe multidisciplinar desenvolve um papel muito importante no acompanhamento da gestante. Tendo em vista que, essa equipe trabalhe de forma sintonizada para que assim a assistência a essa gestante seja de uma forma holística, pois envolvem ações que vão desde o planejamento familiar até a realização do pré-natal podendo assim ter um melhor prognóstico e a realização uma assistência humanizada. Referência: 1- Ernesto Antonio Figueiró Filho, Gabriel Cunha Bezerra, Luís Augusto Avansini Carnelos, Marcelo Santana Silveira, Milene da Silva Dantas, Rosemary de Araujo Martos. Cardiopatias e gravidez, 2007. 2- Eliane Cristina de Souza Soares, Carlos Othon Bastos, Maria Cecília Lessa Beloni. Anestesia na gestante cardiopata, 2009. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS PORTADORAS DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS Ac. José Ailton do Nascimento Filho, Ac. Orcélia Gomes Ferreira, Ac. Anderson Melo dos Santos, Ac. Louise Karoline Bispo Bezerra dos Santos, Profª. Ana Paula Ramos da Silva Duarte (Orientadora). Instituições: 1- Faculdade Cesmac do Sertão, 2- Faculdade Cesmac do Sertão. Introdução: Entende-se que cardiopatias congênitas são anormalidades observadas já ao nascimento, tanto na estrutura como na função cardiocirculatória infantis¹, em sua maioria, são originadas durante o desenvolvimento fetal. As principais causas de cardiopatias congênitas são: rubéola materna, desnutrição, diabetes maternas, dentre outros. Ressalta-se então a importância da enfermagem nos cuidados a pacientes cardiopatas, principalmente na atenção pré e pós-operatório. Objetivos: Descrever a importância do profissional de enfermagem nos cuidados oferecidos a pacientes pediátricos portadores de cardiopatias congênitas, sendo esses cuidados, em sua maioria em processos pré e pós-operatórios e discutir a melhor maneira para melhorar assistência prestada ao cliente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original de revisão bibliográfica e para tal realizou-se mapeamento sistemático de artigos de revistas e periódicos científicos publicados entre os anos de 2006 e 2013, nas seguintes bases de dados: SCIELO, LILACS e Google Acadêmico. Foram identificados 14 estudos, sendo treze nacionais e um internacional. Resultados: Devido a grande demanda de atividades exercidas pelo enfermeiro há a necessidade de sistematizar a assistência, possibilitando assim um melhor aproveitamento do tempo, melhora nos cuidados oferecidos ao paciente, podendo assim trata-lo de forma CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 29 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): holística e não somente o problema principal dele. No pré-operatório encontraram-se as seguintes funções do profissional de enfermagem: verificação de sinais vitais, limpeza e preparo do leito, realização de punção venosa para infusão de líquidos e medicamentos e orientação tanto o paciente quanto a família, juntamente com a equipe interdisciplinar, sobre os procedimentos que serão realizados. Já no pós-operatório a assistência de enfermagem é voltada para a recuperação, através de prescrições e orientações de enfermagem, verificação da evolução da cicatriz cirúrgica e promoção da recuperação pós-operatória, diminuindo a permanência do cliente no ambiente hospitalar, incorporando-o novamente ao convívio familiar e social¹. Conclusões: O enfermeiro possui um papel essencial na recuperação de pacientes com cardiopatia congênita, pois, além de coordenar a atuação dos membros da equipe de enfermagem, presta assistência direta ao paciente. Observando as características da atuação da enfermagem no pré, trans e pós-operatório, é visto a integração entre as equipes de cada setor. Junto a esta integração, a sistematização da assistência de enfermagem orienta a equipe à prevenção e diagnóstico precoce das complicações, favorecendo uma recuperação rápida da criança, diminuindo o tempo de permanência no âmbito hospitalar. Referência: 1- Dalvina Jansen; Karla Valéria P. T. Da Silva; Rosanna Novello; Tereza Cristina F. Guimarães; Valéria Gonçalves Da Silva. Assistência de enfermagem à criança portadora de cardiopatia. 2006. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE PORTADOR DE ESTENOSE DA ARTÉRIA RENAL POR ATEROSCLEROSE. Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Andressa Lima Cavalcante Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Nayara da Silva Barbosa Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos, Prof. Luciana de Melo Mota (orientador) Centro Universitário Tiradentes-UNIT Resumo: Introdução: A estenose da artéria renal (EAR) é um estreitamento que acomete geralmente a região proximal da artéria renal, consideradasignificativa quando oclui pelo menos 70% do lúmen do vaso. Estima-se que em até cinco anos de 12% a 40% das lesões com oclusão superior a 75% evoluem para obstrução total. A causa mais frequente de EAR é a aterosclerose (de 60% a 90%).A hipertensão arterial não está diretamente relacionada já que observam-se pacientes sem hipertensão. A estenose aterosclerótica é geralmente progressiva e acomete mais os idosos. O diagnóstico é dado através dos sinais e sintomas do paciente, exames laboratoriais como a obtenção de amostras de renina dos vasos renais, exames de imagem a exemplo da ultrassonografia, cintilografia renal e angiografia digital, e a arteriografia renal, método invasivo dito como padrão-ouro para detecção da EAR. O tratamento depende da etiologia e da extensão. Quando há hipertensão, usam-se os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) e betabloqueadores. Realiza-se ainda a revascularização com colocação de stente o Bypass. A atuação do enfermeiro é de suma importância no tratamento, ao realizar o exame físico e a anamnese é possível implementar a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e elaborar um plano de cuidados adequado às necessidades do paciente, proporcionando-lhe qualidade de vida e sucesso na terapia aplicada. Objetivo: esteestudo busca analisar os aspectos característicos da estenose da artéria renal, com enfoque na etiologia aterosclerótica, destacando a atuação do enfermeiro e sua importância no tratamento do paciente, a fim de proporcioná-lo vida com qualidade. Metodologia: a presente pesquisa trata-se de uma revisão original sobre a atuação do enfermeirona assistência ao paciente com estenose da artéria renal. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de agosto a setembro de 2014, pautada no acervo da biblioteca do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Maria Amélia Uchôa ena base de dados SciELO, os anos de publicação dos artigos foram de 2006 a 2013. Na busca de artigos foram usados os descritores: “aterosclerose da artéria renal”, “artéria renal” e “aterosclerose”, sendo incluídos os de maior associação ao foco da pesquisa, sendo selecionados 8 artigos e 1 livro. Resultados: a relaçãoda enfermagem com o paciente portador da EAR ainda é pouco relatada, ressaltando a importância da realização de novas pesquisas para melhor qualidade nos tratamentos e estudos futuros, sendo assim, os cuidados de enfermagem foram resultados deuma correlação entre os livros e os artigos analisados. Conclusão:modificações no estilo de vida, tratamento das condições associadas e o estabelecimento de metas de controle de pressão arterial são medidas adequadas para os pacientes com EAR. O enfermeiro está diretamente ligado a todas as fases supracitadas, sua atuação é indispensável na promoção de qualidade de vida do paciente. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 30 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHERES PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NA GRAVIDEZ. Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira, Ac. Andressa Lima Cavalcante Ac. Laíse Gabrielly Matias de Lima Santos, Ac. Nayara da Silva Barbosa Prof. AnaPaula Rebelo Aquino Rodrigues (orientador), Prof. Alba Maria Bomfim de França (orientador) Centro Universitário Tiradentes-UNIT. Resumo: Introdução: Na maioria da vezes a gestação progride de forma sadia, porém, em algumas podem ter agravos como a hipertensão arterial, pondo em risco a vida da mãe e do bebê. A hipertensão é uma das principais complicações na gravidez. Possui quatro classificações: 1.Hipertensão crônica: quando o aumento da pressão arterial (PA) já era presente antes da gestação.2. Hipertensão gestacional: quando a pressão arterial fica superior a 140x90 mmHg, diferencia-se da pré-eclâmpsia pela ausência da proteinúria. A pressão geralmente volta ao normal no pós-parto 3.Pré-eclâmpsia: observada após a 20ª semana de gestação com pressão sistólica e diastólica, respectivamente, superiores a 140 x 90 mmHg, além de edema e proteinúria. Afeta principalmente o sistema cardiovascular: o volume intravascular baixo reduz o rendimento cardíaco que tenta compensar com o aumento do volume sistólico e da frequência cardíaca. 4. Eclampsia: quando ocorrem as convulsões na mulher já portadora da pré-eclâmpsia. O diagnóstico é feito durante a consulta de enfermagem no pré-natal, através do exame físico. Nas duas primeiras classificações, hipertensão crônica e gestacional, o repouso é indicado, aliado à dieta hipossódica, controle da proteinúria e da PA e monitoramento fetal.Para as duas últimas, pré-eclâmpsia e eclampsia, o tratamento é também através do repouso, geralmente com internação hospitalar, administração do sulfato de magnésio para evitar ataques epiléticos, e interrupção da gravidez nos casos graves. Na farmacoterapia usa-se na grande maioria dos casos a Metildopa. A assistência de enfermagem é indispensável para que tenha-seo diagnóstico precoce e se possa realizar intervenções, proporcionando uma gestação com menos riscos. Objetivo: o presente estudo busca destacar a atuação do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e tratamento das gestanteshipertensas. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre a assistência de enfermagem às mulheres portadoras de hipertensão arterial no período gestacional. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Amélia Maria Uchôa e na base de dados SciELO, os anos de publicação dos artigos foram entre 2001 e 2011. Na busca foram usados osdescritores: “hipertensão arterial” “gravidez” “assistência de enfermagem”, sendo incluídos10 artigos e 1 livro. Resultados: percebeu-se a forte relação entre a assistência de enfermagem e a hipertensão arterial na gestação. A maioria dos estudos encontrados enfatizou o papel importante do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão em gestantes, sendo os resultados satisfatórios. Conclusão: a atuação do enfermeiro nos programas de pré-natal implica preparo e habilidades para detectar precocemente a hipertensão arterial no puerpério, a fim de prevenir danos e promover qualidade de vida às pacientes. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA A FAMILIA E AO PACIENTE INTERNADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CARDÍACA Ac. Nayara da Silva barbosa, Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos, Prof. Luciana de Melo Mota (orientador) Prof. Alba Maria Bomfim de França, 1Centro Universitário Tiradentes – UNIT Resumo: Introdução: Há tempo a Humanização na enfermagem e tema no meio acadêmico, entretanto, na prática, ela não tem se concretizado. A humanização tem como objetivo produzir e/ou melhorar a satisfação dos trabalhadores com enfoque aos clientes. Na atenção à saúde do paciente cardiopata, estas ações estão voltadas ao âmbito ambiental, tecnológico, nas inter-relações, nas atividades terapêuticas em si e em outros. No caso de pacientes em internação na Unidade de Terapia Intensiva a situação vivida estendeo sofrimento à família, tanto pelos possíveis riscos presentes, como pelo distanciamento do seu familiar. Na admissão de um paciente na UTI cardíaca, comumente requer uma rápida intervenção e muitas vezes, torna-se difícil um contato inicial com os familiares, o que contribui para o entendimento da UTI como um local em que predomina a frieza e a atuação desumana e distante. Por isso, é necessário que aequipe fique atenta aos acontecimentos à sua volta,ao que está ocorrendo com os familiares dos pacientes internados e suas diferentes manifestações, proporcionando-lhes atenção, oportunidade de dialogar e de esclarecer dúvidas. As orientações realizadas à família de pacientes internados na UTI, preferentemente já na internação, significam não apenas um elemento importante para o cuidado prestado, como também, um avanço no estabelecimento da relação interpessoal entre a equipe de enfermagem e o grupo familiar.Objetivo: compartilhar conhecimentos construídos na relação com pacientes, familiares e equipe de enfermagem, de modo a demonstrar a relevância da humanização do cuidado na Unidade de Terapia Intensiva a partir de publicações sobre o tema. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre a assistência de enfermagem humanizada a família e ao paciente internado na unidade de terapia intensiva cardíaca. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Amélia Maria Uchôa e na base de dados LILACS e SCIELO entre os anos de 2003 a 2010. Na busca de artigos foram usados os descritores: “Humanização.” “assistência de enfermagem” “paciente cardiopata” “Unidade de Terapia Intensiva”, no total de 7 artigos e 1 livro. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 31 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Resultados: percebeu-se com o desenvolvimento deste estudo que, quando a interação e a comunicação estabelecidas são consideradas como necessidade da equipe cuidadora, possibilitam a aproximação entre os envolvidos na relação, a qual é manifestada através do afeto e de palavras que se constituem em estímulos verbais. Conclusão: A família contribui muito para a recuperação do paciente, mas para que isso aconteça, ela precisa ser orientada sobre as rotinas da UTI e o que está acontecendo com o seu familiar, necessitando sentir-se acolhida, respeitada e, cuidada. Sua presença é importante para assegurar-lhe de que estamos ali para lhe ajudar a enfrentar esse momento difícil. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA. Ac. Nayara da Silva barbosa Ac. Isabella Fernanda Rocha de Oliveira Ac. Jackeline Cristhine Lima Santos Prof.Luciana de Melo Mota (orientador) Centro Universitário Tiradentes - UNIT Resumo: Introdução: Ao submeter-se a um evento cirúrgico de nível cardíaco, o paciente tem suas necessidades psicológicas e fisiológicas básicas alteradas, o que afeta o seu equilíbrio físico-emocional. Muitos pacientes expressam medo e apreensão frente à necessidade da cirurgia, frequentes entre aqueles indivíduos que seriam submetidos, pela primeira vez, a uma cirurgia cardíaca, por ser em um órgão que possui um significado cultural responsável por controlar a vida e a possível ameaça ao futuro e à reestruturação do cotidiano. Por isso a equipe de enfermagem é primordial no preparo do mesmo e da família no pré-operatório visando transmitir segurança, tranquilidade, empatia, esclarecimento de suas dúvidas, fornecendo as informações necessárias e explicando possíveis situações que venham a acontecer. Nessa perspectiva, planejar a assistência de enfermagem para pacientes que serão submetidos a cirurgia cardíaca requer da enfermeira habilidade e conhecimento a respeitodas possíveis alterações e reações emocionais que o pacientepode apresentar frente a esta situação. Para obter um melhor resultado na orientação pré-operatória, cada paciente deve ter suas necessidades individualmente avaliadas, sendo orientado acerca do que deseja conhecer em relação aos procedimentos e eventos relacionados ao processo cirúrgico cardíaco, oferecendo-lhe informações a serem desenvolvidas pela enfermagem e demais membros da equipe de maneira clara, objetiva e em vocabulário simples de acordo com sua capacidade de assimilar a informação. Objetivo: o presente estudo identifica a percepção do paciente cirúrgico cardíaco acerca das orientações pré-operatórias fornecidas pela enfermagem. Metodologia: este estudo trata-se de uma pesquisa original de revisão sobre o processo de orientação de enfermagem ao paciente em pré-operatório de cirurgia cardíaca. Possui natureza descritiva, exploratória e bibliográfica. Realizada no período de setembro de 2014, com consulta ao acervo bibliotecário do Centro Universitário Tiradentes-UNIT, campus Amélia Maria Uchôa e na base de dados LILACS entre os anos de 2001 a 2006. Na busca de artigos foram usados os descritores: “Cuidados pré-operatórios.” “assistência de enfermagem” “pré-operatório cardíaco”, sendo incluídos os de maior relação ao foco da pesquisa, no total de6 artigos e 1 livro. Resultados: percebeu-se com o desenvolvimento deste estudo que a orientação adequada sobre uma situação desconhecida que está por concretizar-se (neste caso, a cirurgia) torna o paciente mais tranquilo e encoraja-o a aceitar os fatos. Conclusão: às necessidades do paciente no período pré-operatório, sejam essas psicológicas ou científicas, devem ser supridas pois irá contribuir para uma melhor e mais rápida recuperação pós-operatória. A orientação permite o esclarecimento e a clarificação do evento aos indivíduos nele envolvidos diretamente. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO COR TRIATRIATUM – UMA REVISÃO DA LITERATURA. Ac. Cleide de Sousa Araújo, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Profa. Daniela Martins Lessa Barreto(Orientadora). Instituição: 1- Universidade Federal de Alagoas/Faculdade de Medicina. Introdução: Cor Triatriatum (CT) é uma malformação congênita rara, correspondendo a 0,1 – 0,4% das cardiopatias congênitas e decorre de falha na reabsorção da veia pulmonar comum resultando na permanência de uma membrana fibromuscular perfurada que bifurca o átrio esquerdo dividindo-o em uma câmara proximal ou acessória que recebe as veias pulmonares, e uma distal, onde se encontra o orifício do apêndice atrial e a valva mitral. Objetivo: Descrever e analisar as publicações existentes sobre CT. Metodologia: Revisão de literatura a partir da biblioteca eletrônica Scielo e das bases de dados Medline e Lilacs utilizando o descritor Cor Triatriatum. Foram incluídos os artigos com texto completo disponível, em todos os idiomas, resultando em 119 artigos publicados entre 1990 e 2014. Resultados: Dentre os artigos, 115 (96,7%) tratavam de relatos de caso. A análise possibilitou conhecer a fisiopatologia, diagnóstico, terapêutica e prognóstico do CT. Acometendo a câmara atrial (CA) esquerda, denomina-se Cor Triatriatum Sinistro; a CA direita, Cor Triatriatum Dexter, mais raro que o primeiro, relatado em 17 (14,8%) dos estudos analisados. Não raro, CT associa-se a outras malformações; sendo mais prevalente a Transposição das Grandes Artérias (4). A gravidade e idade de manifestação sintomática relacionam-se ao número e tamanho de fenestrações da membrana; sendo mais comum o diagnóstico na infância. O sintoma mais comum em crianças é a cianose; em sintomáticas não tratadas, a mortalidade é de 75%. Em adultos ocorre dispneia aos esforços, semelhante a quadros de estenose mitral. 27 (23,5%) dos casos foram relatados em adultos, variando entre a 2ª e a 8ª década de vida; estes eram assintomáticos e o diagnóstico foi incidental. Observou-se que alterações hemodinâmicas durante a gravidez podem resultar em descompensação cardiovascular em mulheres com CT. Dentre os casos, sete envolveram gestantes, das quais uma evoluiu com parada cardiorrespiratória e foi submetida à cesariana precoce; as demais foram acompanhadas seguindo terapêuCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 32 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): tica pós-parto sem complicações. A ecocardiografia transesofágica (ETE) foi o exame mais citado, sendo o de maior precisão anatômica para correção cirúrgica e/ou análise de outras lesões associadas. Quatro artigos tratavam de estudos retrospectivos acerca de pacientes tratados cirurgicamente através de ressecção da membrana fibromuscular por meio de esternotomia mediana. A correção do defeito levou à remissão de sintomas e aumento da sobrevida com baixo risco de intervenções adicionais. Um estudo relatou uso de técnica percutânea com balão para dilatação do orifício da membrana de comunicação com resultado satisfatório. Conclusões: Apesar de raro e potencialmente fatal, CT tem bom prognóstico quando há diagnóstico precoce e intervenção cirúrgica bem sucedida. Ressalta-se a necessidade de estudos de revisão a fim de integrar as informações dos diversos estudos de caso que são maioria preponderante entre as publicações sobre o tema. PESQUISA ORIGINAL Programação fetal induzida pela exposição materna à Dieta Básica Reginal (DBR) associado ao exercício físico na prole adulta: efeitos sobre os níveis pressóricos. Autores: Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Taciana Maria Pereira de Lima, Jonaina Fiorim, PhD Dalton Valentim Vassallo (Orientador), PhD Carlos Peres da Costa (Orientador ). Instituições: Laboratório de Fisiologia Cardiopulmonar, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE¹. Laboratório de Eletromecânica Cardíaca, Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES. Introdução: A desnutrição, durante o período perinatal, é uma das principais causas de várias alterações sistêmicas, caracterizando-se como um dos maiores problemas de saúde pública nos países subdesenvolvidos. Por outro lado, é bem estabelecido quão benéfico é a prática de atividade física para o sistema cardiovascular, uma vez que, atua principalmente, sobre a freqüência cardíaca, contratilidade do miocárdio e pressão arterial. Entretanto, não está bem elucidado de que maneira o exercício físico atua no sistema cardiovascular, principalmente em parâmetros como a Pressão Arterial, de animais que foram expostos à desnutrição durante a gestação. Utilizando um modelo experimental, que reproduz em ratos um tipo de má nutrição humana encontrada no Nordeste do Brasil, utilizamos uma dieta multideficiente hipoproteica e hipercalórica, a Dieta Básica Regional (DBR). Objetivo: avaliar a influência do treinamento físico sobre os níveis de pressão arterial de animais submetidos à desnutrição multicarenciada durante o período perinatal e o ganho ponderal, em ratos Wistar na fase adulta. Métodos: A má nutrição materna foi induzida durante o acasalamento, gestação e lactação através de uma dieta multicarenciada, denominada Dieta Básica Regional (DBR). Os animais foram gerados e amamentados por matrizes alimentadas com a dieta normoproteica ou multicarenciada (DBR). Inicialmente, foram formados dois grupos, o desnutrido (D), alimentado com a dieta multicarenciada e o controle (C), alimentado com a dieta normoproteica. Na sétima semana, de acordo com a realização ou não de atividade física, cada grupo foi subdividido em dois subgrupos, Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Desnutrido Sedentário (DS) e Desnutrido Treinado (DT). O treinamento foi realizado com exercício aeróbico moderado em esteira elétrica durante 8 semanas, 5 dias/semana, com a velocidade e o tempo aumentando progressivamente. A pressão arterial sistólica foi analisada, de forma indireta, pelo método de pletismografia de cauda. A análise estatística foi realizada através de ANOVA, duas vias, pós-teste Bonferroni, e teste t de Student não pareado (p < 0,05). Resultados: A PAS do grupo DS (152.49 ± 2.49, n = 10) mostrou-se elevada em relação à CT (133.42 ± 1.92, n = 12), CS (134.50 ± 1.96, n = 8) e DT (139.54 ± 2.28, n = 11) (p<0.001). Entretanto, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos controle (CS e CT). Em relação ao ganho ponderal, a desnutrição materna acarretou baixo peso ao nascimento (14.12 ± 0.39 vs. 8.34 ± 0.19, p <0.001), o que perdurou durante a lactação (43.78 ± 0.48 vs 15.69 ± 0.57, p <0.001). Os animais desnutridos, treinados ou sedentários, apresentaram, peso corporal menor que os sedentários controle no início do protocolo de treinamento (163.00 ± 5.75 vs 114.27 ± 3.29, p <0.001). Ao final do treinamento, os resultados demonstraram que os animais treinados apresentaram menor peso corporal em relação aos animais do grupo sedentário (244.91 ± 7.92 vs 282, 38 ± 10.38, p <0.01). Conclusão: O treinamento foi capaz de reduzir a pressão arterial dos animais desnutridos, provavelmente pelo envolvimento do sistema vascular através do aumento da liberação/biodisponibilidade do NO. Palavras-chave: desnutrição, exercício, PAS. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 33 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL EFEITOS DA IMUNODEPRESSÃO INDUZIDA COM UNCARIA TOMENTOSA E FK506 (TACROLIMUS) EM TRANSPLANTE DE PELE HETERÓLOGO EM COELHOS Autores:Ac. Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho; Ac.Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Ac. KeyfaneDelmondes Oliveira; Ac.NilianeMyrinkiStoppa Sotero; Ac. Diego Furtado da Cunha;Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: Os extratos de Uncaria tomentosa (planta amazônica) são referenciados como possuidores de atividade imunodepressora. O exato mecanismo ainda não é conhecido. Outra droga imunossupressora de amplo uso clínico é o FK506. Os efeitos imunodepressores do FK506 e bem estabelecido clinicamente em transplantes hepático, renal e de pâncreas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar a ação da Uncaria tomentosa como imunodepressor em transplante de órgãos, de forma isolada ou em combinação com o FK506 na prevenção da rejeição ao transplante de pele heterólogo em coelho. Metodologia: Utilizou-se 40 coelhos da raça Nova Zelândia sendo 20 doadores e 20 receptores submetidos a anestesia geral. Os animais receptores foram divididos em quatro grupos ( n = 5 ) : Grupo I ( controle ) - animais não-imunodeprimidos; Grupo II ( imunodeprimidos com extrato de Uncaria Tomentosa na dose de 5,0 mg/kg/dia ); Grupo III ( imunodepressão com FK506 na dose de 5,0 mg/kg/dia); Grupo IV ( imunodeprimidos com extrato de Uncaria tomentosa na dose de 5,0 mg/kg/dia associado ao FK506 na dose de 5,0 mg/kg/dia ). Foram realizados transplantes de pele heterólogo de 5,0 X 5,0 cm no dorso dos animais. Os medicamentos foram administrados através de cateter orogástrico, a partir do dia anterior ao transplante.Resultados: Observou-se uma maior sobrevida do enxerto cutâneo nos grupos II,III e IV sem diferença estatística significativa. Conclusão: Os resultados sugerem que o extrato de Uncaria tomentosa apresenta atividade imunodepressora de forma isolada ou associada ao FK506. PESQUISA ORIGINAL ESTUDO DA INCOMPETÊNCIA VALVULAR DAS VEIAS PERFURANTES DE COCKETT E SUA RELAÇÃO COM A OCORRÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICAAVANÇADA Autores: Ac.Niliane Mayrinki Stopa Sotero; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac. Marcus Vinícius Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA. Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: É relatado na literatura a relação da insuficiência das veias perfurantes com a ocorrência de quadros avançados de insuficiência venosa crônica e de varizes de membros inferiores. As valvas venosas das veias perfurantes quando insuficientes associam-se com quadro de refluxo, edema e alterações tróficas ( eczema, dermatite ocre e lipodermatoesclerose ). Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das valvas venosas das veias perfurantes de Cockett 1, 2 e 3 e a associação da presença de refluxo com alterações tróficas em pacientes com insuficiência venosa crônica. Métodologia: Estudou-se através de ecodoppler venoso vinte pacientes divididos em dois grupos. Grupo I ( n= 10 ) pacientes sem evidências de doença venosa ao exame clínico e Grupo II ( n=10) pacientes com insuficiência venosa crônica associada a varizes e alterações tróficas em membros inferiores e/ou edema.Estudou-se a ocorrência de refluxo nas veias perfurantes de Cockett 1, 2 e 3 e a associação com a ocorrência de alterações tróficas e ou edema de membros inferiores. Os resultados foram analisados pelos métodos CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 34 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): estatísticos t de student e Kruskall-Wallis com grau de significância de 0,05. Resultados: Observou-se associação de refluxo em veias de Cockett 1, 2 e 3 com a ocorrência de insuficiência venosa crônica, edema e alterações tróficas ( dermatite ocre, lipodermatoesclerose e eczema). Conclusão: Os resultados evidenciaram que a insuficiência das veias perfurantes de Cockett 1, 2 e 3 associam-se com graus mais avançados de insuficiência venosa crônica . O emprego de medidas terapêuticas para tratamento do refluxo têm-se mostrado efetivas no tratamento da incompetência valvar das veias perfurantes distais. PESQUISA ORIGINAL ESTUDO EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO DO ENXERTO VENOSO HETERÓLOGO EM DERIVAÇÃO DA VIA BILIAR Autores: Ac. Isadora Ribeiro Viana; Ac.Lucas Silva Barros; Ac. João Raphael Cabral; Ana Paula Ghisi ; Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: Os procedimentos de reconstrução das vias biliares com a utilização de próteses ouplastias com tecido da própria via biliar associam-se com complicações graves. A veia safena autógena tem sido utilizada como enxerto venoso para a substituição de segmentos arteriais de forma reversa no tratamento da insuficiência coronariana) e no trauma. Objetivo: O objetivo deste estudo foi a verificação da viabilidade da utilização de segmento venoso heterólogo para a derivação da via biliar estenosada e dilatada. Material e Método: Utilizamos vinte coelhos ( dez doadores do enxerto venoso-v. cava caudal – Grupo I ) e dez coelhos receptores ( Grupo II .) Os coelhos do Grupo I foram submetidos a cirurgias de ligadura do colédoco distal para determinar dilatação das vias biliares proximais. Após sete dias foram relaparotomizados e submetidos à derivação da via biliar dilatada com interposição de segmento venoso da veia cava caudal reverso entre a vesícula biliar e a 1ª porção do duodeno com anastomose T-L com prolene 70. Após quinze dias os coelhos receptores foram mortos e o segmento de veia autógena retirado em continuidade com a via biliar derivada para estudo histológico em HE. Resultados: Observou-se boa perviedade da via biliar principal após a reconstrução com segmento venoso e da icterícia. A microscopia revelou processo inflamatório e fibrose sem oclusão. Ocorreram fístulas em 30% dos animais que receberam o enxerto sem evidências de ruptura macroscópica. Conclusões: Este estudo sugere que a utilização de segmento venoso autógeno devalvulado pode ser um substituto da via biliar . PESQUISA ORIGINAL RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR COM SEGMENTOS PERITONEAIS DE COELHOS Autores: Ac. KeyfaneDelmondes Oliveira; Ac. NilianeMayrinkiStopaSotero, Ac. Diego Furtado da Cunha; Ac. Lucas Silva Barros; Ac. João Rapahel Cabral; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( Orientador) . Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: A utilização de segmentos peritoneiais de coelhos para substituição de segmentos arterectomizados ou em derivações fêmorofemorais curtas têm sido estudada com relação a deiscência, formação de pseudoaneurismas e rupturas secundárias assim como a endotelização do segmento implantado. Objetivo: Estudar o comportamento de enxertos peritoneais de coelhos na substituição de segmentos arteriais arterectomizados. Método: Utilizou-se 20-vinte coelhos sendo 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino.Os coelhos foram submetidos a anestesia geral.Através delaparotomia mediana no doadorretirou-se segmentos de peritônio de 10x10 cm quadrangulares que foram lavados com sorofisiológico e a seguir moldados para constitui neovaso.No receptor realizou-se inguinotomia esquerda vertical, dissecção da artéria CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 35 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): femoral,heparinização,arterectomia de 5,0 cm e reconstrução utilizando o neovaso com anastomose T-T deprolene 70 contínuo.Após 30 dias da cirurgia foi retirado o enxerto e submetido a exame macroscópico eanátomo-patológico com HE. Resultados: Observou-se trombose em 60 % dos enxertos.Em 40 % dos enxertos observou-se a patência.Em 30% dos enxertos trombosados ocorreu ruptura com formação de pseudoaneurismas. Conclusão:Apesar da alta prevalência de trombose, observou-se que em 40 % dos enxertos ainda encontravam-se patentes. Os segmentos peritoneais podem representar uma alternativa diante de situações complexas na ausência de outras opções para substituição arterial. PESQUISA ORIGINAL RESULTADOS EXPERIMENTAIS EM IMUNODEPRESSÃO COM EXTRATOS DE PLANTAS AMAZÔNICAS NO TRANSPLANTE CARDÍACO HETEROTOPICO EXPERIMENTAL DE COELHOS. Autores:Ac.Lucas Silva Barros; Ac. Fernanda de Oliveira Becci; Ac. Laryssa Gonçalves Vieira; Ac. André Cesário Dalsóquio; Ac. Vinícius Miranda Borges; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Autores: João Batista Vieira de Carvalho; Fernanda Moura; Karoline Pereira Reis Vieira de Carvalho; Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Thais Cristina Carvalho; Sarah Tucci de Biaso; Jessica Toledo Bonifácio Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG.Cirurgia Cardíaca. Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: A busca de imunossupressores com menores efeitos colaterais constitui linha de pesquisa em vários centros. Plantas amazônicas e seus extratos têm sido apontadas como portadoras de atividades imunodepressoras com possível ação em imunomodulação em transplantação. Objetivo: Estudar possíveis efeitos imunossupressores dos extratos das espécies Pteridonpubescens e Uncaria tomentosa (plantas amazônicas). Método: Utilizou-se o extrato das espécies Pteridonpubescens e Uncaria tomentosa que foram administrados via oral por gavage 10ml MID desde o pré-operatório e mantidos até a cessação dos batimentos cardíacos ou óbito dos animais.Utilizou-se anestesia geral e transplante cardíaco heterotópico no abdome dos animais conforme técnica descrita por PRIESTLEY et all(19933).Utilizou-se três grupos de 10 animais.GrupoI-controle; Grupo II-extrato de Pteridonpubescens e Grupo III-extrato de Uncaria tomentosa.Os animais foram observados no pós-operatório, pesados, verificado a presença de batimentos cardíacos e o estado clínico. Os corações explantados foram fixados em formol 10%, coloração com hematoxilina-eosina e estudo microspcópico. Resultados: Observou-se rejeição em todos os espécimes dos grupos tratados com extratos de Pteridonpubescens. O nível de rejeição prevalente foi o 2R conforme a classificação da rejeição da ISHLT.O animais tratados com o extrato de Uncaria tomentosa (Grupo II) apresentaram 60% de rejeição( graus 2R e 3).Em quatro animais não se observou sinais de rejeição(40%). Conclusão: Há evidências iniciais que o extrato de Uncaria tomentosa apresenta atividade imunodepressora .Estudos verificando o nível de pureza dos extratos e a dose terapêutica são necessários para verificar a real presença de atividade imunodepressora no extrato de Uncaria tomentosa. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 36 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL Presença do Alelo e4 de Apolipoproteína E Está Relacionado à Elevação dos Níveis de Triglicerídios, Diminuição de HDL-Colesterol e Diminuição da Sensibilidade à Insulina – Todos Considerados Fatores de Risco Cardiovascular Aterosclerótico Ac. LayseCiane Silveira Cirino de Britto Galvão, Ac. Kaique Leal Campos, Ac. Rayanne Mayara Silva de Oliveira Valgueiro de Andrade, Ac. Kelly Rayane Paiva Carvalho, Ac. Gessylene Suellen Ferreira de Souza Oliveira, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora). 1-Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Introdução: Apolipoproteína E (ApoE) é uma glicoproteína que pode influenciar no metabolismo dos lipídios, que se reflete em variações de seus níveis plasmáticos. ApoE provém comumente de três alelos (e2, e3, e4), que resultam em seis genótipos (E2/2,E2/3, E2/4, E3/3, E3/4, E4/4), sendo E3/3 considerado o tipo selvagem. Porém as variações lipídicas e lipoprotéicas podem apresentar-se divergentes dependendo da população estudada. Além disto, é possível que genótipos de ApoE estejam ligados à resposta do organismo ao hormônio insulina. Entretanto, muito pouco se tem estudado sobre esta possível relação. Objetivos: Investigar o efeito de genótipos de ApoE sobre lipídios e sobre o Índice de Checagem Quantitativo de Sensibilidade à Insulina (QUICKI).Metodologia:1.188 indivíduos, de ambos os sexos (média de idade 45 ± desvio padrão de 16 anos), provenientes do Estado de Pernambuco, foram selecionados de forma aleatória, após cálculo amostral realizado com o auxílio do programa estatístico EpiInfo e aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Amostras sanguíneas foram obtidas para a realização da genotipagem e para as determinações bioquímicas, após jejum de 12 horas. Genótipos foram identificados através de PCR-RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase-Polimorfismo por Tamanho do Fragmento de Restrição). QUICKI foi encontrado através da equação {1/[log insulina + log glicose]}, após determinação enzimática da glicemia e da insulinemia, através do ensaio imunoenzimático por micropartículas. Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e Triglicerídios (TG) foram determinados através de métodos enzimáticos, enquanto que LDL-colesterol e VLDL-colesterol foram acessados através da equação de Friedewald. Significâncias estatísticas (p<0,05) foram analisadas através de Análise de Variância e os resultados foram expressos em média±erro padrão da média.Resultados:Os genótipos encontrados foram: E2/3 (frequência=8,3%), E3/3 (69,5%) e E3/4 (22,2%). Indivíduos portadores do genótipo E3/3 apresentaram significativamente maiores níveis plasmáticos de CT (199,8±2,6mg/dL) e de LDL-colesterol (130,0±2,5mg/dL) quando comparados aos encontrados em portadores de E2/3 (CT=170,7±3,2mg/dL; LDLcolesterol=105,7±2,8mg/dL) e de E3/4 (CT=188,3±6,0mg/dL; LDL-colesterol=121,3±5,7mg/dL). Por sua vez, indivíduos com E3/4 apresentaram maiores níveis plasmáticos de VLDL-colesterol e de TG, quando comparados com os outros genótipos de ApoE. Indivíduos com E3/4 também tiveram os menores níveis de HDL-colesterol e os menores valores de QUICKI. Conclusão: Este estudo indica que o genótipo E3/4 de ApoE está relacionado a um perfil lipídico ligado a uma menor sensibilidade à insulina (elevação de TG e diminuição de HDL-colesterol), estando, desse modo, aumentada a probabilidade de eventos cardiovasculares, haja vista estas alterações serem consideradas importantes fatores de risco cardiovascular aterosclerótico. Apoio Financeiro: CAPES, FACEPE E CNPq. Pesquisa Original EFEITO VASORRELAXANTE DE AAL 195, UM INIBIDOR DE FOSFODIESTERASE 4, EM ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR DE RATOS Autores: Ac. Edla de Azevedo Herculano, Ac. Jessyka Carolina Galvão da Silva, Ac. Cintia Danieli Ferreira Costa, Prof. Dr. João Xavier de Araújo Júnior, Profª. Drª. Êurica Adélia Nogueira Ribeiro (Orientadora) Instituições: 1- Laboratório de Farmacologia Cardiovascular, ESENFAR-UFAL, 2- Instituto de Química e Biotecnologia, IQB-UFAL Introdução: As fosfodiesterases são enzimas que desempenham um importante papel na sinalização intracelular por promover a hidrólise do AMPc/GMPc e estão localizadas em diversos tecidos, dentre eles, o cardiovascular (LUGNIER, 2006). Inibidores dessas enzimas têm sido utilizados na prática clínica para o tratamento de doenças como a asma, a depressão, a disfunção erétil e a hipertensão arterial pulmonar. AAL 195 é um inibidor de fosfodiesterase 4, cujo substrato específico é o AMPc (KRIER et al, 2005). vObjetivo: Avaliar o efeito vasorrelaxante induzido por AAL 195 em anéis de artéria mesentérica superior de ratos. Metodologia: Ratos machos Wistar (250–300g) foram eutanaziados por ensanguinação sob anestesia e a artéria mesentérica superior foi removida e seccionada em anéis (1–2 mm), o qual foi montada em um banho para órgãos, contendo 5 mL de solução Tyrode à 37 °C e gaseificada com 95% O2 – 5% CO2. Para o registro da tensão isométrica, cada anel foi fixado num transdutor de força conectado a um sistema de aquisição de dados. O efeito vasorrelaxante foi avaliado após adição cumulativa das concentrações de AAL 195 em anéis pré-contraídos com fenilefrina (FEN) ou KCl 80 mM. Para avaliar se AAL 195 é capaz de inibir a mobilização de cálcio dos estoques intracelulares, anéis mesentéricos sem endotélio foram expostos à solução tyrode sem Ca2+ e 10 µM de FEN ou 20 mM de cafeína foram adicionados (HPÓLITO et al, 2011). Este procedimento foi repetido para obtenção de duas contrações transientes similares ao agonista e uma terceira contração foi obtida 30 min após a incubação de AAL 195 (10-9; 3x10-7; 10-6; 3x10-6 ou 10-5 M). Os valores obtidos foram expressos como média±e.p.m. Os dados foram analisados com o teste t de Student ou ANOVA “One-way” e foram considerados significantes quando p<0,05. Resultados: AAL 195 (10-9–10-5 M) promoveu vasorrelaxamento em anéis mesentéricos de ratos, pré contraídos com FEN, de maneira dependente de concentração (pD2=-6,43±0,04 M e Emáx=100,00±1,64 %). Após a retirada do endotélio esse efeito não foi alterado (pD2=-6,39±0,03 M e Emáx=97,70±2,87 %). Em anéis mesentéricos sem endotélio, pré-contraídos com CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 37 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): KCl 80 mM, AAL 195 (3x10-8–10-2 M) promoveu vasorrelaxamento dependente de concentração (pD2=-4,44±0,05 M e Emáx=100,62±1,19 %). No entanto, AAL 195 mostrou-se mais potente após pré-contração por FEN, sem alterar o efeito máximo. Em meio livre de Ca2+, a pré-incubação com AAL 195 atenuou significativamente as contrações transientes induzidas por FEN. Nas mesmas condições experimentais, apenas a concentração de 10-5 M de AAL 195 foi capaz de atenuar significativamente as contrações induzidas por 20 mM de CAF. Conclusão: AAL 195 é capaz de promover efeito vasorrelaxante, independente do endotélio, em anéis mesentéricos, e possui ação inespecífica. Ademais, AAL 195 parece inibir a mobilização de Ca2+ dos estoques intracelulares. Entretanto, são necessários mais estudos para melhor elucidar o mecanismo que envolve esse efeito. Forma de Apresentação: Mural Referências: - HIPÓLITO, U. V. et al. The semi-synthetic kaurane ent-16α-methoxykauran-19-oic acid induces vascular relaxation and hypotension in rats. Eur. J. Pharmacol. v. 660, p. 402–410, 2011. - KRIER, M. et al. Design of small-sized libraries by combinatorial assembly of linkers and functional groups to a given scaffold: application to the structure-based optimization of a phosphodiesterase 4 inhibitor. J. Med. Chem. v. 48, p. 3816-3822, 2005. - LUGNIER, C. Cyclic nucleotide phosphosdiesterase (PDE) superfamily: a new target for the development of specific therapeutic agents. Pharmacology & Therapeutics. v. 109, p. 366-398, 2006. PESQUISA ORIGINAL EFEITOS DA ASSOCIAÇÃO DO HORMÔNIO TIREOIDIANO E EXERCÍCIO FÌSICO NA RESPOSTA HIPERTRÓFICA DO CORAÇÃO DE RATOS Fernanda Rodrigues de Souza, Rafaella Chagas Nobre Rodrigues, Leandro Teixeira Paranhos Lopes, Marcelo Emílio Beletti, Elmiro Santos Resende Laboratório de medicina experimental do serviço de cardiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Fundamento: A hipertrofia cardíaca constitui um dos componentes do remodelamento cardíaco e ocorre em resposta ao aumento da atividade ou da sobrecarga funcional imposta ao coração. Objetivo: Comparar os efeitos da associação do hormônio tireoidiano edo exercício físicona resposta hipertrófica do coração de ratos. Método: Foram utilizados 37 ratos da linhagem Wistar, machos, adultos (>250g), distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle, hormônio, exercício, hormônio e exercício (H+E). O grupo controle não sofreu intervenção; o grupo hormônio recebeu diariamente levotiroxina sódica por gavagem, na dose de 20 μg de HT/100g de peso corporal; o grupo exercício realizou natação cinco vezes por semana, com peso adicional correspondente a 20% do peso corporal, durante seis semanas;no grupo H+E foram aplicados simultaneamente os tratamentos dos grupos hormônio e exercício. Para analisar a correlação entre o peso total do coração (PCor), peso do ventrículo esquerdo (PVE), diâmetro transversal dos cardiomiócitos (DTC) e porcentagem de colágeno foi utilizado o teste de correlação de Pearson, sendo significantes valores dep< 0,05. Resultados:Houve correlação positiva entre o PVE e PCor (r= 0,74; p<0,05)no grupo controle.As demais comparações neste grupo não mostraram significância.Aplicadas as mesmas análises ao grupo hormônio, encontrou-se correlação positiva apenas entre o DTC e PCor(r= 0,70; p<0,05). No grupo exercício houve correlação positiva entre o PVE e PCor (r= 0,67; p<0,05), e entre a percentagem de colágeno e PVE (r= 0,79; p<0,05) e correlação negativa entre DTC e PVE (r= 0,62; p<0,05) e entre a percentagem de colágeno e DTC (r= 0,67; p<0,05).No grupo H+E foi encontrada correlação positiva entre PVE e PCor (r=0,80; p<0,05) e entre o DTC e PVE (r= 0,71; p<0,05). (r=0,80; p<0,05) (r= 0,71; p<0,05) CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 38 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Conclusão: No grupo H+E, o aumento do PCor foi acompanhado pelo aumento do peso do VE, reproduzindo o padrão do controle. No mesmo grupo, o aumento do PVE foi diretamente proporcional ao aumento do DTC.A ausência de correlação entre o PVE e a percentagem de colágeno demonstra que o padrão hipertrófico não foi diretamente correlacionado ao grau de fibrose, embora o aumento de colágeno tenha sido observado no grupo H+E. PESQUISA ORIGINAL Os níveis séricos de paratormônio não se correlacionam com o índice de massa do ventrículo esquerdo em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Prof. Francisco de Assis Costa (orientador), Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dra. Ana Cely Santana Setton, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira, Ac. Matheus Lira Handro. 1. Acadêmico de medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2. Cardiologista no Hospital do Açúcar, Maceió-AL 3.Cardiologia no Harmony Cor, Maceió- AL Introdução: Há relatos de associação entre níveis séricos de paratormônio (PTH) e o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE), obtido pelo ecocardiograma (ECO). Este hormônio é importante na fisiopatologia de algumas das alterações cardiovasculares que ocorrem na doença renal crônica (DRC). Objetivo: Correlacionar os níveis séricos de PTH com o IMVE obtido pelo ECO. Métodos: Estudados 100 pacientes (p) com DRC em estágio 5 de todas as etiologias em hemodiálise (HD) há pelo menos seis meses. O PTH foi analisado segundo as normas do Ministério da Saúde para pacientes com DRC estágio 5. Considerou-se a média dos últimos seis meses. Foram considerados intervalo de confiança = 95% e p < 0,05 para se estabelecer significância estatística. Resultados: A amostra foi composta por 58 homens e 42 mulheres, com idade média de 46,2 ± 14 anos. Ao ECO, HVE foi detectada em 83 pacientes. A média do IMVE foi de 154,9 ± 57,3 g/m2. A média dos níveis séricos do PTH na amostra estudada foi de 481,7 ± 615,0 pg/ml. A correlação linear de Pearson entre IMVE e o PTH foi de r = 0,158 e teste t de Student revelou p = 0,236. Conclusão: Ao contrário de alguns relatos da literatura não houve associação significante entre os níveis de PTH e o IMVE na população estudada. PESQUISA ORIGINAL O ELETROCARDIOGRAMA NO DIAGNÓSTICO DE PADRÕES GEOMÉTRICOS DE HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Prof. Francisco de Assis Costa (orientador), Ac. Luana Freire Goes, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dra. Maria Alayde Mendonça da Silva, Dr. Rodrigo Montenegro do Amaral Costa, Ac. Matheus Lira Handro Instituições: 1 – Hospital do Açúcar, Maceió-AL, 2 - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas,3- Harmony Cor, Maceió-AL, 4 – Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maceió-AL, 5 – Santa Casa de Misericórdia, Maceió-AL, 6 – Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um forte e independente fator de risco cardiovascular quando diagnosticada seja por qual for o método propedêutico. Objetivo: Avaliar o poder de diagnóstico do eletrocardiograma (ECG) para identificar os dois padrões estabelecidos de HVE – concêntrico e excêntrico – por intermédio de diferentes critérios eletrocardiográficos de análise de sobrecarga ventricular esquerda. Metodologia: Foram analisados os traçados de ECG de 763 pacientes hipertensos com diagnóstico de HVE firmado pelo ecocardiograma transtorácico, segundo o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE). Oito critérios eletrocardiográficos foram utilizados no diagnóstico dos dois tipos de HVE. Resultados: Dos 763 pacientes, 326 (42,7%) apresentavam HVE concêntrica e 437 (57,3%) HVE excêntrica. A média de idade da população geral era de 59,5 ± 11,1 anos. De acordo com a sensibilidade dos critérios eletrocardiográficos estudados foram os seguintes os valores de p na identificação dos padrões concêntrico e excêntrico de HVE: [(S + R) X QRS]< 0,0001; Sokolow-Lyon = 0,0433; Cornell voltagem = 0,0172; Cornell duração = 0,1812; Romhilt-Estes = 0,0356; RaVL = 0,1203; Perúgia = 0,0020; strain = 0,0181. Conclusões: Com base nestes dados conclui-se que o ECG é uma ferramenta útil e com maior poder de diagnóstico quando a HVE é do padrão geométrico concêntrico. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 39 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL Estudo Ecológico dos Óbitos por Cardiopatia Isquêmica na Cidade de Maceió - AL entre 2001 e 2011 Autores: Ac. José Sharllon de Souza Silva; Ac. Shirlley de Sousa Silva; Ac. Stefany Karoline Teodoro Correia; Ac. João Victor Campos da Silva; Ac. Jocyellen Christyne da Silva Casado; Prof. Divanise Suruagy Correia (Orientadora) Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade Federal de Alagoas, 2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Resumo Introdução: As doenças cardiovasculares representam a causa mais frequente de morte ao redor do mundo, ultrapassando patologias como o câncer ou até mesmo eventos como os acidentes de trânsito. As cardiopatias isquêmicas (principalmente angina de peito e infarto do miocárdio) representam grande parcelas desses óbitos. Na fisiopatologia da cardiopatia isquêmica estão envolvidos dois fatores: a oferta e a demanda de oxigênio pelo miocárdio. A isquemia miocárdica ocorre quando há desequilíbrio na oferta e na demanda de oxigênio. Os fatores de risco para essa doença incluem tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, hiperlipidemia, diabetes melito e intolerância à glicose, resistência à insulina, obesidade, vida sedentária e estado hormonal (deficiência de estrógeno). Objetivos: Caracterizar da mortalidade por cardiopatia isquêmica na cidade de Maceió-AL durante o período de 2001 à 2011.Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, observacional, descritivo, transversal realizado a partir de dados secundários de óbitos por doenças isquêmicas cardíacas, ocorridos na cidade de Maceió - AL no período de 2001 a 2011.Os dados foram obtidos através do sistema TabNET do DataSUS. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, óbitos por ano de ocorrência. Resultados e Discussão: Durante o período do estudado a média da taxa de mortalidade em Maceió por doenças foi de 37,25 óbitos por 100.000 habitantes, sendo a taxa média superior nos homem (45,17 óbitos por 100.000 habitantes). Enquanto nas mulheres a taxa de mortalidade por cardiopatia isquêmica foi de 30,21 óbitos por 100.000 habitantes. A maior incidência de óbitos ocorreu na faixa etária dos 70 a 79 anos em todos os anos estudados. De 2001 a 2011 houve um aumento de 37,7% no número de óbitos por ano. Esse aumento da mortalidade foi acompanho pelo aumento nas prevalência de fatores de risco tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito, obesidade e alcoolismos. Dados semelhantes a esse foram encontrados em outros estudos. Conclusão: Este estudo parece reforçar a importância da associação entre o aumento da prevalência dos fatores de risco e aumento da taxa de mortalidade por cardiopatias isquêmicas. O perfil de mortalidade por doenças cardíacas isquêmicas na cidade de Maceió é semelhante ao encontrado em outras localidades. PESQUISA ORIGINAL O ELETROCARDIOGRAMA NO DIAGNÓSTICO DOS PADRÕES ECOCARDIOGRÁFICOS DE HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO 5 – Pesquisa Original Ac. Luana Freire Goes, Prof. Francisco de Assis, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dr. Ivan Romero Rivera Costa (orientador), Ac. Matheus Lira Handro, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2 – Hospital do Açúcar, Maceió-AL, 3- Harmony Cor, Maceió -AL, 4 – Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é um forte preditor de mortalidade em pacientes (p) com doença renal crônica (DRC). Objetivo: Correlacionar seis distintos critérios eletrocardiográficos de HVE com os dois padrões geométricos conhecidos de HVE pelo ecocardiograma (ECO): concêntrico e excêntrico. Metodologia: Estudo transversal com 83 p, todos com HVE, segundo o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) obtido pelo ECO, e DRC de quaisquer etiologias, há pelo menos seis meses em hemodiálise (HD). O eletrocardiograma (ECG) e o ECO foram realizados até uma hora após as sessões de HD. Foram considerados intervalos de confiança de 95% e p < 0,05. Resultados: Entre os 56 p com HVE concêntrica o IMVE foi de 178,2 ± 54,8 g/m2. Já entre os 27 com HVE excêntrica o IMVE foi de 152 ± 38,2 g/m2 (p = 0,028). Dos 83 p, 48 eram homens e 35 mulheres. Ver tabela 1 abaixo. Tabela 1 – Sensibilidade, especificidade e valores de p dos critérios eletrocardiográficos estudados, de acordo com os padrões de HVE. *p = não significante; HVE – hipertrofia ventricular esquerda; IC – intervalo de confiança. Conclusão: Nenhum dos métodos eletrocardiográficos estudados foi capaz de discriminar HVE, segundo seus padrões geométricos. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 40 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL ANEURISMA CHAGÁSICO DE VENTRÍCULO ESQUERDO: AVALIAÇÃO DO PERFIL DE PORTADORES SUBMETIDOS À CORREÇÃO EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM MACEIÓ – AL. Ac. Amanda Ferino Teixeira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Dra. Rafaela da Hora Sales, Dr. Francisco Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. 2. 3. 4. 5. Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgião Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Introdução:O aneurisma chagásico de ventrículo esquerdo (ACVE) foi descrito em 1916 por Carlos Chagas como um dos aspectos mais característicos da Doença de Chagas. A lesão consiste em um adelgaçamento da musculatura, comumente na ponta do VE, levando ao enfraquecimento da parede e na formação de um abaulamento sistólico (aneurisma) trazendo consequências para a contração. Sua presença é frequentemente relacionada à morte súbita, arritmias e tromboembolismo. Na correção cirúrgica,utiliza-se a circulação extracorpórea, é feita a ressecção do aneurisma e colocação de pericárdio bovino (quando necessário).Objetivo:Avaliar aspectos clínicos, epidemiológicos e cirúrgicos dos pacientes submetidos à correção do aneurisma de VE com etiologia chagásica. Metodologia:Estudo descritivo, transversal e observacional, que teve como fonte o sistema de prontuários informatizados da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Foram avaliadas as variáveis: sexo, idade, EUROSCORE, queixas clínicas, doenças crônicas(hipertensão arterial e diabetes), presença de marca-passo, procedimentos cirúrgicos, achados cirúrgicos, intercorrências e desfecho hospitalar. Foram excluídos os pacientes que não apresentavam dados para análise das variáveis. Resultados: Entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2014, 12 pacientes foram submetidos à cirurgia de correção, sendo sete do sexo masculino (58,3%). A idade média foi de 54,6 anos (41-81anos), a média do EUROSCORE foi 2% (0,87-7,26%). Os achados clínicos mais comuns foram precardialgia (25%), dispneia em repouso (25%), ritmo cardíaco irregular (RCI) (16,7%), palpitações (16,7%) e sopro sistólico em foco mitral (8,33%). Quatro pacientes referiram HAS (33,3%) e dois diabetes (16,7%), dois deles apresentando ambas as patologias. Uma paciente apresentava marca-passo DDD. O acesso para correção foi a esternotomia em 83,3% dos pacientes, nos restantes foi feita mini toracotomia pelo 4oEIC. A correções feitas foram: endoaneurismorrafia (33,3%), aneurismectomia de VE (33,3%) e aneurismorrafia com patch (33,3%).Em 10 pacienteso ACVE foi o único achado a ser corrigido cirurgicamente.Em um paciente foi feita revascularização do miocárdio (RM), um paciente foi submetida também à plastia de mitral. Foi feita a cauterização do colo do aneurisma em um paciente com relato de taquicardia ventricular no teste de esforço. Foram encontrados trombos em um paciente (8,33%). O pós-operatório imediato transcorreu sem intercorrências em 92% dos pacientes. Apenas a paciente submetida à RM evoluiu com hipotensão, dispneia aos mínimos esforços e RCI e posteriormente óbito. Houve um óbito, sete meses após o pós-operatório, por choque cardiogênico. Conclusão:O sexo masculino predominou, a idade média foi 54,6 anos. A correção cirúrgica éuma alternativa viável e de baixa mortalidade para diminuição da sintomatologia da cardiopatia chagásica, diminuindo também o risco de tromboembolismo e morte súbita. PESQUISA ORIGINAL CIRURGIA CARDÍACA EM TESTEMUNHA DE JEOVÁ: MANEJO PRÉ, TRANS E PÓS OPERATÓRIO PESQUISA ORIGINAL – SÉRIE DE CASOS Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dra. Maria Mônica Farias, Dr Francisco Siosney, Dra. Rafaela da Hora Sales, Ac. Laís Alves da Silva, Dr. José Wanderley Neto(Orientador) 1. 2. 3. 4. Residente em Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Introdução: Alguns pacientes por convicção religiosa recusam-se a receber sangue heterólogo ou autólogo estocado. Quando precisam de CEC podem apresentar um problema sério de hemodiluição com risco de vida inerente a cirurgia. Este protocolo se destina aos pacientes que por convicção religiosa ou filosófica não desejam usar sangue ou hemocomponentes. Destina-se também aos portadores de anemia pré-operatória que não precisem de cirurgia de emergência.Objetivo: Mostrar a nossa experiência e o nosso protocolo clinico-cirúrgico pré, trans e pós-operatório.Metodologia: Protocolo desenvolvido no serviço de cirurgia cardíaca da Santa Casa de Maceió. Com os seguintes orientações: 1) Pré-operatória: Avaliação multidisciplinar de 4-6 semanas antes do procedimento; avaliar aceitação de hemocomponentes através de TCLE; suspender anticoagulantes; avaliar presença de anemia e coagulopatias; solicitar exames pré-operatórios; administrar eritropoietina 3 vezes por semana por 3 semanas com o objetivo de elevar o hematócrito em 10 pontos até o limite de 50%; administrar ainda ácido fólico, sulfato ferroso, vitamina B12, vitamina K e desmopressina em alguns casos. 2) Trans-operatória: Restringir infusão de cristaloides; hemodiluiçãonormovolemica aguda; iniciar com nível baixo no oxigenador da CEC; evitar hipotermia; antifibrinolíticos; controle rigoroso da PA; complexo CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 41 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): protrombínico; fator recombinante VIIa; sistema de coleta com autotransfusão intraoperatória. 3) Pós-operatória: controle rigoroso da PA; identificar e tratar precocemente sangramentos; reduzir o consumo e aumentar a oferta de O2; minimizar coleta de sangue para exames; manter normotermia; alta precoce da UTI.Resultados:Foram operados 4 pacientes testemunhas de Jeová no ano de 2012. Não tivemos mortalidade operatória neste período. Todos os pacientes saíram da CEC com Ht>30% e Hb>10. Tivemos apenas 1 paciente com trombose no pós-operatório dos enxertos coronarianos que segue em tratamento clinico para posterior reintervenção. Conclusão: A metodologia empregada permitiu a realização de cirurgia segura sem sangue, sem hemodiluição ou outros fatores que comprometessem o resultado seguro dos procedimentos cirúrgicos. PESQUISA ORIGINAL ASPECTOS CLÍNICO–CIRÚRGICO-EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA NO INSTITUTO DE DOENÇAS DO CORAÇÃO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2010 A 2014 Pesquisa Original Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. Francisco Siosney, Ac. Amanda Ferino Teixeira, Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. 2. 3. 4. 5. Acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas Residente em Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Alagoas Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Acadêmica de Medicina da UNCISAL Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Introdução: A cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) é uma das mais frequentes cirurgias realizadas no mundo. Baseia-se na premissa de que a morbimortalidade da aterosclerose coronariana relaciona-se às estenoses coronarianas, de modo que ao reconstruir o fluxo por intermédio de uma ponte, sendo a veia safena e a artéria torácica interna esquerda (ATIE) os vasos mais utilizados para esse fim, o suprimento miocárdico de sangue pode aliviar os sintomas e prolongar a expectativa de vida. Objetivo: Apresentar aspectos clínico-cirúrgico-epidemiológicos de pacientes submetidos à CRM no Instituto de Doenças do Coração-Alagoas (IDC-AL).Método: Estudo descritivo e transversal com pacientes submetidos à CRM no IDC-ALentre abril de 2010 e março de 2014, a partir da análise de 564prontuários. Variáveis analisadas: idade, sexo, intervençõescardíacas associadas, presença de stent nas coronárias, lesão de tronco esquerdo (LTE), cirurgia cardíaca prévia (CCP), EUROSCORE, número de enxertos por paciente, tipo de enxerto utilizado na DAe desfecho hospitalar(alta/óbito). Foram excluídosos pacientes com IRC prévia e os de cirurgia não-eletiva. Resultados: A idade média encontrada foi de 59,8 anos (31 - 86 anos). O sexo masculino teve frequência de 62,23% (n=351). Intervençõescardíacas associadas foram para corrigirCIA 0,18% (n=1), dupla lesão aórtica 0,18% (n=1), insuficiência mitral (IM) 5,85% (n=33), insuficiência aórtica (IAo) 1,95% (n=11), estenose aórtica (EAo) 1,06% (n=6), aneurisma de ventrículo esquerdo (AVEsq)8,69% (n=49), estenose pulmonar 0,35% (n=2), associação de IM e IAo 0,71% (n=4), de IM com AVEsq0,35% (n=2),e de EAo com estenose mitral 0,18% (n=1), totalizando 110 (19,5%) pacientes com intervenções para correção de outras patologias cardíacas associadas.Houve CCPem 12 (2,13%). Implante prévio de stentem 37 (6,56%). LTEem 37 (6,56%), sendo1(0,18%) associado à presença de stente 1 (0,18%) com CCP. O risco calculado pelo EUROSCORE teve média de 2,48%(0,21% - 16%). A média de enxertos por paciente foi de 2,65 (1-5). Anastomose em DA foi realizada em 386 (68,44%) pacientes, 342 com ATIE e 44 com enxerto de safena no-touch (SNT). Quanto à mortalidade intra-hospitalar, houve 33 óbitos (5,85%), sendo4pacientes comstent em coronária, 3 com LTE, 2 com CCP, 7 comIM (1 associado a IAo e 1com CCP) e 2 comEAo (1 associado a EMi). A média de EUROSCORE desses pacientes foi 3,41% (0,21 – 11,2), a idade média foi de 66,7 anos (45 – 86 anos); havia 20 homens. Nos pacientes exclusivamente coronarianos e sem CCV prévia, a mortalidade cai para 4,98%. Conclusão:O sexo masculino foi maioria, e a idade média foi59,8 anos. Houve aumento da mortalidadena associação àoutra intervenção cardíaca, implante prévio de stent, CCP,LTE, e idade e EUROSCORE elevados.Em pacientes exclusivamente coronarianos e sem CCV prévia, a mortalidade é de 4,98%. O número médio de enxertos por paciente foi de 2,65. ATIE foi maioria nas anastomoses para a DA. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 42 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HIPERTENSOS ACOMPANHADOS PELO SISTEMA HIPERDIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MACEIÓ - ALAGOAS, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2012 A ABRIL DE 2013 Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. João Victor Macedo Silva, Dr. José da Silva Leitão Neto, Dr. Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Prof. Dr.José Wanderley Neto(Orientador) 1. 2. 3. 4. Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Introdução:Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial muitas vezes associada a alterações metabólicas e funcionais de órgãos-alvo e envolvida na causa de outras doenças crônicas não transmissíveis.Aumento dos níveis pressóricos aliado a outras condições como Diabetes Mellitus (DM)favorece a complicações por doenças cardiovasculares e mortalidade. A Organização Mundial da Saúde estima que 1 a cada 3 adultos no mundo possui HAS, aumentando proporcionalmente com a idade. Porém, o risco de HAS e suas complicações pode serevitadopela conscientização de suas causas e intervenção sobre os fatores preveníveis.Objetivo: Traçar um perfil dos hipertensos acompanhados pelo Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia-SUS), de Janeiro de 2012 a Abril de 2013, na região Metropolitana de Maceió, descrevendo as complicações mais frequentes e o risco estratificado e quantificação prognóstica. Método: Estudo descritivo, quantitativo,transversal através de dados do Hiperdia, Ministério da Saúde. Os dados coletados foram divididos em dois grupos: grupo 1 referente a apenas HAS e grupo 2, referente a HAS associada a DM. As variáveis observadas foram: idade, sexo, sedentarismo, sobrepeso, tabagismo, IAM, outras coronariopatias, AVC, doença renal e o risco estratificado.Resultado: O total de pacientes cadastrados foi de 1077, sendo que o grupo 1 correspondia a 731 (67,87%) dos pacientes, e ogrupo 2 correspondia 25,44%. Quanto a faixa etária, no grupo 1 a proporção cresce com a idade, com pico em 50-55anos (13,27%), decrescendo lentamente após esta; no grupo 2 foram observados casos apartir de 25-30 anos, com pico em 60-65anos (17,15%). Em relação ao sexo, a proporção foi maior no sexo feminino (66,76% no grupo 1 e 70,10% no grupo 2). A presença das demais variáveis foi maior no grupo que associava HAS e DM. Tabagismo esteve presente em 16,96% do grupo 1 e 23,36% do grupo 2; sedentarismo em metade dos pacientes; o sobrepeso esteve presente em 32,8% no grupo 1 e 42,7% no grupo 2. Em relação às complicações decorrentes das doenças, IAM foi presente 1,50% do grupo 1 e 1,82% do grupo 2; outras coronariopatias correspondiam a 1,77% do grupo 1 e 3,28% do grupo 2; o AVC em 6,83% grupo 1 e 11,67% grupo 2; e a doença renal em 1,5% grupo 1 e 3,64%, grupo 2. Quanto ao risco estratificado, no grupo 1 a maior porcentagem é de risco médio (38,3%), seguido do risco não calculado (33,24% ) e risco baixo (11,63%); já no grupo 2, 50% estavam no grupo de alto risco, 36,5% não tiveram o risco calculado e 13,5% de risco muito alto.Conclusão: A HAS e DM são importantes fatores de risco cardiovascular que associados a outros fatores aumentam a chance de complicações clínicas. Estas, por sua vez, também interferem piorando o risco estratificadoe qualidade prognóstica. Ao conhecer o perfil epidemiológico desses pacientes, é possível orientar a adoção de estratégias de intervenção para melhor qualidade de vida. PESQUISA ORIGINAL MORBIDADE E MORTALIDADE HOSPITALAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR DOENÇAS HIPERTENSIVAS EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2008 A 2012 Ac. Imirá Machado Magalhães, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. João Victor Macedo Silva, Dra. Rafaela da Hora Sales, Dra. Maria Mônica de Farias Costa Tenório,Prof. Dr.José Wanderley Neto (Orientador). 1- 2- 3- 4- Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgiã Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Introdução: As Doenças Hipertensivas (DH) constituem hoje uma das principais causas de morbidade e mortalidade da população brasileira,com destaque no grupo de doenças cardiovasculares.Sua presença às vezes pode ser subestimada por estar associada à outra afecção que, por apresentar maior gravidade, ganha prioridade como causa básica. O estudo de sua frequência e mortalidade, seja isolada ou causa associada,direciona a mecanismosque possam traçar um perfil dos acometidos e criar medidas antecipatórias para diminuir o número de internações e consequências da doença. Objetivo:Descrever o perfil das internações por DH em unidades hospitalares conveniadas ao SUS em Alagoas, no período de 2008 a 2012, bem como a taxa de mortalidadeocorrida no período. Método: Estudo quantitativo, descritivo, de corte transversal a partir de dados obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.Foram considerados dados referentes a internações que tinham como causa básica a Hipertensão Primária (HP) e Outras doenças hipertensivas, segundo a lista de morbidade da CID-10. As variáveis estudadas foram: sexo, cor/raça, faixa etária, regime de internação (público e privado), caráter do atendimento (eletivo ou urgência), média de permanência e a taxa de mortalidade. Resultados:O total de internações do SUS, de 2008 a 2012, em Alagoas, por DH foram de 9531, sendo 61,46% por hipertensão primária(hp) e 38,54% por outras doenças hipertensivas. A relação dessas entre as instituições conveniadas ao SUS foi equivalente, sendo ligeiramente maior no regime privado (50,2%). Quanto ao caráter do atendimento, a maioria foi urgência, representando 95% do total dos atendimentos. Em relação ao sexo, a maior prevalência foi do sexo CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 43 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): feminino, com 61,28%. Em relação a cor/raça, não continha esta informação em 48,32%, seguido pela cor parda(46,49%), e branca (3,31%). Já na variávelda faixa etária, a proporção de internações cresce a partir de maiores de 01 ano, atingindo pico entre 60-69 anos, com 24,92%, decrescendo lentamente após esta. A média de permanência das internações no período foi de 4,3 dias para HP e 4 dias para Outras Doenças Hipertensivas. Em relação à taxa de mortalidade, esta foi de 2,15% para HP e 3,16% para Outras doenças hipertensivas, sendo maior entre o sexo masculino nas duas categorias. Os dados foram equivalentes entre as duas categorias de morbidade e entre os anos.Conclusão: Os dados doSIH, são um valioso instrumento para avaliação do perfil de morbimortalidade hospitalar, elaborando informações destinadas ao planejamento de políticas de saúde, aqui particularmente nas DH, importante causa de morte da população brasileira. Ressalta-se a importância de novos estudos que avaliem a DH associada a outras afecções com fator de morbimortalidade hospitalar. PESQUISA ORIGINAL CORRELAÇÃO ENTRE TAMANHO E VOLUME DO ÁTRIO ESQUERDO COM MASSA VENTRICULAR ESQUERDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ESTÁGIO 5 Prof. Dr. Francisco de Assis Costa (Orientador), Ac. Matheus Lira Handro, Dra. Margareth de Souza Lira Handro, Dr. Carlos Romero Costa Filho, Ac. Clarita Machado de Melo Santos, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira. 1- Hospital do Açúcar, Maceió-AL; - Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; - Harmony Cor, Maceió-AL. Fundamento: O tamanho e o volume atriais esquerdos, obtidos pelo ecocardiograma transtorácico, são importantes variáveis utilizadas no estudo da disfunção diastólica do ventrículo esquerdo presente em pacientes com doença renal crônica (DRC). Objetivo: Correlacionar estas duas variáveis ecocardiográficas com o índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) obtido pelo ecocardiograma. Métodos: Estudados 100 pacientes com DRC em estágio 5 de todas as etiologias em hemodiálise há pelo menos seis meses, conforme tabela 1. Ecocardiograma realizado até uma hora após o término das sessões de HD. Para significância estatística foram considerados intervalo de confiança = 95% e p < 0,05.Resultados: A amostra foi composta por 58 homens e 42 mulheres, com idade média de 46,2 ± 14,0 anos. Ao ecocardiograma, HVE foi detectada em 83 pacientes. A média do IMVE foi de 154,9 ± 57,3 g/m2. O tamanho médio do átrio esquerdo (AE) foi de 39,9 ± 5,9 mm, enquanto que o volume do AE foi de 55,2 ± 28,2 ml e o índice de volume do AE (volume corrigido pela superfície corpórea) foi de 33,3 ± 16,5 ml/m2. A correlação linear de Pearson entre IMVE e o tamanho do AE foi de r = 0,672 e o teste t de Student revelou p < 0,0001. Para a variável índice de volume do AE a correlação de Pearson entre esta e o IMVE foi também de r = 0,672, com p < 0,0001. Conclusão: Tamanho do AE e índice de volume do AE guardam estreita correlação com HVE em pacientes com DRC em hemodiálise. PESQUISA ORIGINAL PERCEPÇÃO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO NHU/UFMS EM CAMPO GRANDE/MS EM RELAÇÃO À DOENÇA Autores: Ac. Paulo Guilherme Cábia, Ac. Fernanda Persi Milanin, Ac. Karolina Gonçalves Vieira, Ac. Letícia Regina dos Santos, Profa. Dra. AndrelisaVendrami Parra (Orientadora). Instituição: 1- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Pesquisa Original – Forma de Apresentação Mural Introdução: Segundo Hess et al (2010), Insuficiência Cardíaca Crônica é uma lesão do músculo cardíaco, que causa perda da força muscular, impedindo a função contrátil normal do coração, levando ao comprometimento do enchimento ou ejeção do sangue do ventrículo esquerdo. Sabe-se que a morbidade está ligada principalmente aos indivíduos com as questões socioeconômicas afetadas, levando ao desconhecimento da doença e suas complicações, tornando-se mais vulneráveis. Objetivo: Caracterizar os pacientes com insuficiência cardíaca crônica atendidos no ambulatório do NHU/UFMS e avaliar a percepção dos mesmos sobre a doença. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa original descritiva exploratória, aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da UFMS, número 675.180 do dia 04/06/2014. Adotou-se como critério de inclusão pacientes que realizam acompanhamento no ambulatório de Cardiologia do NHU/UFMS em Campo Grande/MS, com diagnóstico de insuficiência cardíaca crônica, ambos os sexos e maiores de 18 anos, como critério de exclusão ser índigena, quilombola, não aceitar participar da pesquisa e ser menor de 18 anos. Foi utilizado variáveis epidemiológicas e um questionário com perguntas abertas que abordam questões sobre o conhecimento dos pacientes em relação a doença. Resultados: No total foram entrevistados 22 pacientes, sendo (50%) do sexo feminino e 50% masculino. 77,27% tinham o ensino fundamental incompleto, 4,54% com ensino fundamental completo, 13,63% eram analfabetos e 4,54% tinham ensino superior completo. Além da variável socioeconômica afetada os pacientes tinham comorbidades associadas, sendo que 95,4% eram tabagista e etilista, 36,36% eram hipertensos, 13,63% eram diabéticos e hipertensos, 9,54% tinham doença arterial coronariana, 4,54% eram diabéticos, hipertenso e tinham doença arterial coronariana, 4,54% eram diabéticos e 31,81% não tinham conhecimento a respeito. Em relação ao conhecimento sobre a doença, 4,5% dos pacientes tem conhecimento do seu diagnóstico e da doença, 40,9% não têm conhecimento do diagnóstico, mas tem percepção sobre a doença e 54,54% têm conhecimento do seu diagnóstico, porém não têm conhecimento sobre a doença. É fato que esses fatores estão diretamente envolvidos no processo saúde doença do cliente e CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 44 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): sabe-se que o reconhecimento dos sinais, sintomas e complicações da doença, hábitos saudáveis como atividade física, alimentação adequada e acompanhamento com a equipe médica, podem atenuar as complicações da doença. Com isso, infere-se a necessidade de educação permanente com os indivíduos sintomáticos e assintomáticos para a prevenção efetiva das complicações decorrentes da doença. Conclusão: Neste sentido, os profissionais de saúde devem esclarecer aos clientes e familiares sobre a doença e a importância da mudança do estilo vida, levando-as ter consciência crítica aos cuidados inerentes ao seu bem estar, controle da doença, promovendo melhor qualidade de vida. PESQUISA ORIGINAL ISOLAMENTO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS DO COGUMELO AGARICUS BLAZEI PARA O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL. Pesquisa Original – Experimental / Forma de apresentação: Mural Giovanni Naves Canta1, Elandia Aparecida Santos2, Wiliam Cesar Bento Regis2, Roberto Queiroga Lautner3 (Orientador) 1- Departamento de Medicina Veterinária – ICBS/PUC Minas; 2- Departamentos de Bioquímica e Imunologia – ICB/UFMG; 3- Departamento Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS/PUC Introdução:O Agaricus blazei é um cogumelo comestível de amplo uso popular no Japão. O fungo, de origem brasileira, é rico em alfa e beta glucanas. Vários trabalhos têm evidenciado o Agaricus blazei como antitumoral, antioxidante e imuno-potenciador. Estudo recente demonstrou efeito anti-hipertensivo. Os possíveis mecanismos anti-hipertensivos do Agaricus blazei e frações, todavia, permanecem desconhecidos. Objetivos: Avaliar os efeitos do cogumelo Agaricus blazei, extrato bruto e frações, na reatividade vascular em aortas isoladas de ratos - como possível alvo de ação para atividade anti-hipertensiva. Métodos: Avaliamos os efeitos do Agaricus blazei em aortas isoladas. Ratos Wistar machos foram sacrificados; sendo retirados segmentos da artéria aortapara o protocolo de reatividade vascular in vitro: pré-contração com fenilefrina (0,1 µM), adição acumulativa de três derivados do cogumelo Agaricus blazei (10-7 – 10-3 µg/L) em 3 grupos: a) vasos com endotélio; b) vasos sem endotélio; c) vasos com inibição da enzima Óxido Nítrico Sintase (NOS).Resultados: O extrato bruto do cogumelo (CaB-01)Agaricus blazei(CaB-01) apresentou atividade bifásica na reatividade vascular. Nas concentrações iniciais, mais baixas, os vasos apresentaram uma tendência vasodilatadora (Emax.: 19±3,5%) e nas últimas concentrações o comportamento foi nitidamente contrário (Emax.: -4±7,2%), sugerindo a presença de substâncias bioativas com ações opostas e com suas expressões moduladas pela concentração. Por outro lado, o extrato aquoso (CaB-03), com massa molecular ≤ 3000kD, apresentou pronunciado efeito vasodilatador (Emax: 52±5,2%).Observou-se, ainda, que os vasos sem endotelio não apresentaram efeito vasodilatador, caracterizando a importância das células endoteliais para o efeito do cogumelo. De de modo similar, o bloqueio da enzima óxido nítrico síntese atenuou significativamente o efeito vasodilatador, o que sugere a formação do óxido nítrico (NO) como possível via de ação do CaB-03 – já que a ação NOS é indispensável para a síntese de NO. Conclusão: Os dados encontrados demonstraram que o cogumelo Agaricus blazei, em pelo menos um dos seus extratos, CaB-03, apresentou importante efeito vasodilatador dependente do endotélio e da via do oxido nítrico, sugerindo, desta forma, um possível mecanismo de ação que justifique o uso do Agaricus como antihipertensivo. Por outro lado, a caracterização desta hipótese, depende da administração do extrato em ensaios in vivo – que será o escopo para etapas futuras. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 45 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO RABDOMIOMA MÚLTIPLO EM RECÉM NASCIDO. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO. Autores: Ac. Luciano Menezes dos Santos, Ac. Márcio Ighor Azevedo Silva de Mendonça Melânia, Ac. Evelyn Borges Tenório Galdino, Prof. Drª Maria Alayde Mendonça da Silva (Orientadora), Prof. Dr. José Maria Gonçalves Fernandes, Prof. Dr. Ivan Romero Rivera. Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2 – MedRadius – Clínica de Medicina Nuclear e Radiologia de Maceió. Introdução: Dentre os tumores primários benignos do coração, o rabdomioma é o mais comum no recém nascido. Quando múltiplo, está associado a Esclerose Tuberosa em aproximadamente 50 a 80% dos casos. A detecção de múltiplos tumores num recém-nascido sem história familiar pode ser suficiente para fazer o diagnóstico desta doença autossômica dominante. Relato de caso – Recém nascido do sexo masculino, 15 dias de vida, assintomático, foi encaminhado para realização de estudo ecocardiográfico por ausculta cardíaca de sopro sistólico suave no mesocárdio. O estudo mostrou situs solitus, concordância atrioventricular e ventrículo-arterial, septos interatrial e interventricular íntegros, câmaras cardíacas com dimensões e dinâmica normal e valvas atrioventriculares e semilunares normais. Múltilas massas tumorais foram observadas no interior dos ventrículos e do átrio direito, de aspecto nodular e ecogenicidade sugestiva de rabdomioma. Não havia na família nenhum sinal sugestivo de Esclerose Tuberosa, mas com o resultado do estudo, a doença foi suspeitada e aguarda realização de estudo genético dos pais para confirmação. Foi decidido tratamento clínico e acompanhamento ecocardiográfico. No momento, encontra-se assintomático, sem medicação. Conclusão:O rabdomioma é o tumor benigno mais comum do neonato e sua associação com Esclerose Tuberosa deve ser sempre lembrada quando a sua apresentação é múltipla. O acompanhamento clínico é indicado, pois em muitos casos existe regressão do número de tumores e/ou desaparecimento dos mesmos. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO ENDOCARMIOFIBROSE Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhães, Dra. Maria Mônica de Farias Costa Tenório, Dr. Alfredo Aurélio Marinho Rosa, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmica da Faculdade de Medicina – UNCISAL 2. Acadêmica da Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Alagoas 3.Cirurgia cardiovascular – Instituto de Doenças do Coração - Alagoas 4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Introdução: A endomiocardiofibrose (EMF) é uma doença progressiva de origem idiopática, caracterizada por fibrose do endocárdio apical ventricular, tendo uma maior incidência no ventrículo direito. As manifestações clínicas são, em grande parte relacionada com as consequências de enchimento ventricular restritiva, incluindo insuficiência cardíaca do lado esquerdo e direito.A proposta cirúrgica é a melhor forma de tratar os pacientes sintomáticos e esta indicação deve ser a mais precoce possível, pois a IC restritivade longa evolução leva a deterioração da função hepática e renal de seus portadores, piorando muito o prognóstico, tanto o clínico como o cirúrgico.Objetivo: Relatar um caso clínico sobre EMF em um paciente com hipertensão arterial sistêmica.Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal de relato de caso de paciente com EMF. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados:Paciente MSS, sexo feminino, 57 anos, hipertensa, passado de AVC há 6 meses com hemiparesia superior direita, classe funcional (NYHA) III, risco cirúrgico elevado (EuroSCORE de 3,5%), portadora de EMFbiventricular. Procurou o setor médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió com quadro de endocardiomiopatia dilatada. A paciente foi submetida a cinecoronariografia e ventriculografia esquerda apresentando uma imagem com aspecto de ocupação dos ápices ventriculares, mais acentuada a direita, sugestiva de EMF.Paciente não apresenta visceromegalias, edema de extremidades nem alterações no aparelho respiratório. Uma semana após internamento, foi submetida á endocardiectomia extensa de ambos os ventrículo, implante de prótese valvar mitrale anuloplastiatricúspide( a “De Vega”). No 1º dia de pós-operatório (PO) foi iniciado dopamina (20mL/h), por apresentar hipotensão, recebendo alta hospitalar no 12º dia de PO. A paciente evoluiu bem durante todo o PO havendo melhora considerável do quadro de ICC apresentando um NYHA II no momento da alta. Conclusão:A intervenção cirúrgica em pacientes sintomáticos com endocardiomiofibrose além de impedir o agravamento do quadro clínico intervindo na história natural da doença, promove melhora na qualidade de vida significante nesses pacientes. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 46 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO TRANSPLANTE CARDÍACO COM INCOMPATIBILIDADE DO SISTEMA ABO Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Ac. Bruna Gomes de Castro, Dr. José Leitão da Silva, Dra. Maria Mônica de Farias Costa Tenório, Dr. Francisco Siosney, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmica da Faculdade de Medicina – UNCISAL 2. Acadêmico da Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Alagoas 3. Residente em cirurgia cardiovascular do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió-AL 4. Cirurgia Cardiovascular Instituto de Doenças do Coração -AL 5. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Introdução: A compatibilidade do sistema ABO entre doador e receptor sempre foi um tabu no que diz respeito ao transplante de órgãos, por reduzir o risco de reação hiperaguda. Recentemente observou-se que incompatibilidades ABOmenores não afetam os resultados após um ano de transplante cardíaco. Isso pode facilitar a alocação de orgãos, diminuindo o tempo de espera. Objetivo: Relatar um caso clínico sobre transplante cardíaco com incompatibilidade ABO doador/receptor em um paciente com miocardiopatia chagásica dilatada. Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal de relato de caso de paciente com miocardiopatia dilatada submetido a transplante cardíaco com incompatibilidade do sistema ABO. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados: Paciente F.S.O, sexo masculino, 29 anos, A+, portador de miocardiopatia chagásica em uso de marcapassotranscutâneo, procurou o setor médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió com quadro de ICC descompensada. Sete meses depois, o paciente foi readmitido para realização de transplante cardíaco. No momento da admissão, ao exame físico, apresentava crepitações em bases pulmonares, ascite, hepatomegalia palpável há cinco 5,0 cm do rebordo costal direito e leve edema em membros inferiores (MMII). Sem nenhuma complicação perioperatória, foi realizado o transplante cardíaco ortotópicobicaval com coração do tipo sanguíneo O+. No 2° dia de pós-operatório (DPO) evoluiu com IRA não oligúrica que foi tratado conservadoramente e com redução gradual do diurético até suspensão. Foi submetido a biópsia epimiocárdicano 21° DPO que evidenciou apenas hipertrofia, sem sinais sugestivos de rejeição. Além disso, realizouse um ecocardiograma no 23° DPO, que mostrou importante aumento do AE, insuficiência mitral leve, leve aumento da raiz da aorta, hipertensão arterial pulmonar de grau moderado, derrame pericárdico posterior de grau leve, SIV com 10 mm e FE de 76%. No 36° PO, o paciente apresenta nódulos em face anterior de tíbia esquerda, sendo realizada biopsia com achados sugestivos de esclerodermia. Paciente recebeu alta no 63º dia e prescrito com ciclosporina 150 mg 12/12h, azatioprina 100 mg/d, predinisona 20 mg/dia, furosemida 40 mg/d e enalapril 100mg/d. Conclusão: A incompatibilidade do sistema ABO em transplante cardíaco recentemente foi superada não sendo mais contraindicação absoluta já que demonstrou não aumentar a mortalidade dos pacientes no seguimento de um ano. Dessa forma haverá diminuição no tempo de espera para transplantes cardíacos. PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM LESÃO DE BIFURCAÇÃO ENVOLVENDO TERÇO PROXIMAL DE ARTÉRIA DESCENDENTE ANTERIOR E RAMO DIAGONAL IMPORTANTE, COM IMPLANTE DE STENT ÚNICO POR ESTRATÉGIA PROVISIONAL Ac. Bruna Gomes de Castro¹, Dr. José Wanderley Neto², Dr. Amilson Pacheco³, Ac. Patrícia Carvalho Medrado4, Ac. Amanda Ferino Teixeira4, Dr. Antônio Leilton Luna³ (Orientador) 1. 2. 3. 4. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Cardiologista Intervencionista no Instituto de Doenças do Coração – Alagoas Acadêmica de Medicina - UNCISAL Introdução: A lesão em bifurcação caracteriza-se pelo acometimento aterosclerótico das coronárias no sítio de divisão do vaso proximal e de seus ramos distais. A taxa de sucesso da Intervenção Coronária Percutânea (ICP) nesses casos é relativamente baixa (<90%), principalmente por complicações imediatas e recorrência de lesão no ramo lateral da bifurcação. A técnica específica de implante de stent único por estratégia provisional consiste em implantá-lo no vaso principal com recruzamento de corda-guia para ramo lateral, possibilitando dilatação do mesmo. A técnica ainda permite cruzamento para stent duplo, se necessário. Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à ICP em lesão de bifurcação envolvendo terço proximal de artéria descendente anterior (DA) e ramo diagonal (Dg) importante, com implante de stent único por estratégia provisional.Métodos: Estudo descritivo, observacional, de relato de caso de paciente com estenose grave proximal de DA envolvendo bifurcação com ramo Dg importante com fluxo distal diminuído, submetido a implante de stent único por estratégia provisional.Resultados:Paciente WAR, sexo masculino, 42 anos de idade, atleta, professor de CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 47 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): MuayThai. Possui história familiar importante de morte súbita de genitor e de irmão, antes dos 50 anos de idade. Nega alergias, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e cirurgias prévias. Relata ser tabagista e etilista social. Assintomático até o episódio de precordialgia com irradiação para região mandibular, após prática de atividade física,com piora progressiva, que o fez buscar atendimento em serviço de Emergência. Cateterismo demonstrou estenose grave em bifurcação envolvendo DA proximal e ramo Dg importante. Lesão classificada como 1,1,1pela Classificação de Medina modificada.ECG no momento da dor revelou infra de ST importante em parede ântero -lateral. Ecocardiograma mostrou função contrátil global e segmentar do VE preservada, com uma fração de ejeção de 79%. TimiRiskScore calculado em 5%. GRACE SCORE calculado em 68 (0,3% mortalidade intra-hospitalar).Paciente foi submetido à angioplastia de DA e Dg com implante de stent único (3,0 mm de diâmetro x 18 mm de comprimento), farmacológico, por técnica em “Y” stenting provisionalpara ramo Dg; através da qual o stent é implantado no vaso principal e faz-se um recruzamento de corda-guia no ramo lateral, seguido de pós-dilatação com kissing-balão. O procedimento resultou em melhora do fluxo TIMI de ambos os vasos de 2 para 3.Optou-se por essa técnica devido ao baixo risco de comprometimento do segmento proximal do ramo Dg, após avaliação das características da lesão alvo em questão. Procedimento realizado com sucesso. Alta hospitalar no 6º dia após o procedimento.Conclusão: A técnica de implante de stent único por estratégia provisional possibilitou melhora no fluxo TIMI tanto do vaso principal, como do ramo lateral. Além de possibilitar o implante de stent em ramo lateral, caso necessário. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO REVASCULARIZAÇÃO DO EIXO AORTOILÍACO FEMORAL COM EMPREGO DE PROTESE DE DACRON Valter Suman Junior ¹; Lais Terem de Almeida¹; Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho (Orientador)² Médicos Residentes em Cirúrgia Geral Hospital Universitário Alzira Vellano ¹ Professor em Cirurgia Cardiovascular UNIFENAS Alfenas MG. Instituição: UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSARIO VELANO – UNIFENAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO – ALFENAS MG Introdução: As doenças arteriais oclusivas possuem grande prevalência na sociedade ocidental. Suas principais complicações descritas são os eventos isquêmicos relacionados a obstrução parcial ou total de artérias que nutrem órgãos críticos como o cérebro, coração, rins, extremidades e vísceras abdominais. A doença ateroscletóricaé a principal etiologia. O tratamento endovascular é uma opção atraente e com bons resultados porém o tratamento cirúrgico com cirurgia convencional através de by-pass ou derivações com desvio de fluxo e emprego de próteses sintéticas mostra-se uma opção viável com resultados satisfatórios . Objetivo: Relato de caso de paciente portador de doença arterial obstrutiva em região aórtica infra-renal sintomática,tratado por ponte aortofemoral sintética. Medotologia: Paciente I.R. S., do sexo masculino, 44 anos, tabagista ( um maço de cigarro ao dia ) durante 20 anos, portador de lesão arterial obstrutiva a nível de aorta infra-renal e segmento ilíacofemoral esquerdo com repercussão clínica com claudicação limitante emmembro inferior esquerdo (Fontaine IIB) documentado por angiotomografia. Indicada Revascularização do segmento aortoilíacofemoral esquerdo. Procedimento realizado sob anestesia geral + peridural, com incisão mediana xifopúbica abdominal, através de acesso retroperitoneal com dissecção e exposição de aorta infra-renal. Inguinotomia esquerda com dissecção de artéria femoral esquerda. Realizado by-pass aorto-femoral esquerda por meio de prótese Dacron com tunelização de prótese para região inguinal retro-peritonial com constatação de fluxo satisfatório no intraoperatório. Resultados: Pós -operatório imediato feito em unidade de terapia intensiva e posteriormente em enfermaria com boa evolução e acompanhamento com importante melhora clínica. Conclusão: O tratamento de oclusão arterial crônica de aorta infra-renal por meio de by-pass aortofemoral com emprego de prótese de Dacron ainda persiste com uma boa opção para revascularização de território aortoilíacofemoral crônica ou aguda. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Forma de apresentação desejada: Mural Ac. Clarita Machado de Melo Santos¹, Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira¹, Ac. Luciano Menezes dos Santos², Profa.Maria Alayde Mendonça da Silva³ (orientadora), Prof.Ivan Romero Rivera4 (orientador), Dr. Edvaldo Xavier Filho5. Ablação por cateter de Flutter Atrial no pós-operatório tardio de troca cirúrgica de prótese em posição tricúspide. Instituições: 1 - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; 2 - Universidade Federal de Alagoas; 3 – Professora de Cardiologia da Universidade Federal de Alagoas; 4 – Professor de Cardiologia da Universidade Federal de Alagoas e na Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas; 5 - Médico da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. RESUMO Introdução: A Estenose Tricúspide (ET) é uma valvopatia rara (9% das valvopatias), tendo como principal etiologia a doença reumática e é considerada importante quando a área valvar é menor que 1,0cm2 e o gradiente pressórico médio é maior que 5mmHg. O tratamento cirúrgico convencional é uma alternativa para pacientes com anatomia valvar desfavorável à intervenção percutânea e espera-se uma durabilidade média da prótese de 10 anos.A forma mais comum de flutter atrial ocorre no átrio direito, depende da condução em torno do anel da valva tricúspide e está relacionada ao aumento do tamanho do átrio direito. A ablação realizada entre o anel da tricúspide e a veia cava inferior CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 48 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): (istmo cavotricuspídeo) apresenta sucesso de 95%, com recorrência de 5%. Objetivo: Apresentar o resultado da ablaçãopor cateterde flutteratrialna manutenção do ritmo sinusal em paciente submetida à troca de prótese tricúspide. Metodologia: Paciente com 42 anos, sexo feminino, portadora de prótese biológica tricúspide há 5 anos (por estenose tricúspide), evoluiu com estenose grave da prótese (área de 0,9 cm2 e gradiente de 15 mmHg), insuficiência tricúspide moderada e quadro de insuficiência cardíaca direita de fácil descompensação apesar da medicação (diuréticos, betabloqueador). Foi indicada nova cirurgia de troca valvar tricúspide, da qual a paciente saiu em flutter atrial, recorrente, apesar das várias tentativas de manutenção do ritmo sinusal. Foi, então, indicada a ablação por cateter com energia de radiofrequência doFlutter Atrial, a qual foi realizada com sucesso na supressão do foco. Resultado:Após um ano do procedimento, a paciente mantém-se em ritmo sinusal, sem recorrências, em uso de betabloqueador, sem sintomas cardiovasculares. Conclusão:A ablação por cateter com sucesso do flutteratrial, em paciente com átrio direito de tamanho aumentado e após a segunda cirurgia de troca valvar tricúspide, e a manutenção da mesma em ritmo sinusal, tem permitido sua melhor evolução clínica, sem a necessidade da anticoagulação exigida pela presença da arritmia. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Título: ANOMALIA DE CORONÁRIA: RELATO DE CASO Ac. Rodrigo Cavalcanti Duarte Galvão¹; Ac. Carolina Chianca Dourado Lemos¹; Ac. Rafael Cavalcanti Duarte Galvão²; Dr. Ricardo Jorge de Queiroz e Silva¹ (Orientador) Instituição: 1 - Universidade Potiguar e 2 - Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC) Introdução: as anomalias de coronária são uma forma rara de mal formação congênita que afeta em torno de 1% da população, podendo estar ou não associadas a outras má formações cardíacas estruturais com maior ou menor grau de repercussão hemodinâmico. O portador de tal patologia pode se manter assintomático por muito tempo e abrir o quadro da doença com eventos súbito como infarto agudo do miocárdio e morte súbita, sendo considerada a segunda maior causa de morte súbita em jovens atletas que se submetem a estresse físico vigoroso. As anomalias podem ser classificadas em “minor” e maiores. Dentre as formas “minor”, a mais comum é a circunflexa se originando do seio coronário aórtico direito e a maior é a origem anômala da coronária esquerda da artéria pulmonar. Como padrão ouro para o diagnóstico, temos o cateterismo cardíaco que deve ser realizado em qualquer paciente com dor torácica e síncope. Objetivo: relatar um caso de anomalia congênita da coronária direita, que sofreu compressão pela pulmonar e discutir a necessidade de uma abordagem cirúrgica para esse caso. Método: trata- se um estudo de caso de uma paciente em segmento ambulatorial, através da coleta de dados do prontuário, que foi diagnosticada com anomalia anatômica da coronária direita auxiliado por exames de imagem para fechar o diagnóstico e acompanhamento do Pré, intra e pós-operatório. Resultados: durante a abordagem cirúrgica foi feita a revascularização do miocárdio, a qual consistiu de artéria mamária esquerda para a artéria coronária direita. A cirurgia, bem como o pós-operatório transcorreram sem anormalidades ou intercorrência. Conclusão: as anomalias congênitas de coronárias são a segunda maior causa de morte súbita. A abordagem cirúrgica mostrou-se satisfatória para o paciente, com boa evolução no pós-operatório e reperfusão do miocárdio, garantindo a chegada de nutrientes e oxigênio. Fontes: FAUCI, Anthony S.. HARRISON MEDICINA INTERNA. 17. ed. Rio de Janeiro: Amgh Editora Ltda, 2008. 2 v. MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 2013. Disponível em: <http://www.medicinadeemergencia.com.br/2013/>. Acesso em: 21 set. 2014 PFEIFFER, Dra. Maria Eulália Thebit. Anomalia Congênita de Coronária: Relevância Clínica, exercício e morte súbita. Rev. Derc, Rio de Janeiro, v. 4, n. 19, p.114-118, jun. 2013. Observação: apresentado no formato de mural. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 49 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO TAMPONAMENTO CARDÍACO TARDIO ASSOCIADO A FERIMENTO POR ARMA BRANCA Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Antônio Sérgio Martins, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos, Marcos Augusto de Moraes Silva Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP Introdução: Tamponamento cardíaco é o acúmulo de líquido no espaço pericárdico em quantidade suficiente para gerar uma restrição ao enchimento diastólico, principalmente de câmaras direitas. Tem várias etiologias: traumática, neoplásica, autoimune, infecciosa, entre outras. No entanto, tamponamento cardíaco tardio de etiologia traumática é condição rara, que na maioria das vezes aparece dias ou semanas após o evento traumático. Relata-se a seguir o caso de um paciente que apresentou tamponamento cardíaco 90 dias após evento traumático. Relato de Caso: Paciente de 18 anos de idade, sexo masculino, encaminhado com história de dispneia aos grandes esforços há seis dias. Sem comorbidades, negava doenças prévias. Histórico pessoal com ferimento por arma branca há cerca de três meses em hipocôndrio esquerdo que ia em direção à região precordial, porém sem perfuração de cavidades, sendo instituído tratamento conservador. Ao exame físico apresentava-se taquicárdico, taquipneico com esforço respitarório leve, PA: 120/70 mmHg; turgência jugular grau III, hipofonese de bulhas cardíacas e ausculta pulmonar abolida em bases bilateralmente. À radiografia de tórax apresentava aumento da área cardíaca e derrame pleural bilateral. Realizado drenagem torácica bilateral no serviço de origem, com drenagem de 300 ml líquido seroso à direita e 200 ml à esquerda Ao ecocardiograma apresentava tamponamento cardíaco, com restrição de enchimento de átrio e ventrículo direitos, estimando-se a presença de 500 ml de líquido em saco pericárdico. Transferido para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no dia seguinte para drenagem pericárdica, paciente ainda apresentava-se com quadro clínico semelhante e pulso paradoxal presente. Encaminhado para cirurgia de urgência, optou-se por esternotomia mediana e após pericardiotomia, houve a drenagem de 1400 ml de líquido sanguinolento, o qual foi enviado para análise laboratorial e o pericárdio apresenta-se espessado, sendo ressecada amostra para biópsia. Após inspeção exaustiva do coração, vasos da base e pericárdio, não se observaram lesões prévias, nem sangramento ativo. Realizada drenagem mediastinal e fechamento por planos. Paciente evoluiu satisfatoriamente no período pós-operatório, sendo extubado na UTI de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca 6 horas após admissão na mesma. Os drenos pleurais foram retirados no segundo dia de pós-operatório e o dreno mediastinal no quinto dia. A análise laboratorial do líquido pericárdico descartou etiologia neoplásica, infecciosa. Biópsia pericárdica com diagnóstico anatomopatológico de pericardite fibrino-leucocitária em fase de organização. Paciente obteve alta no sexto dia de pós-operatório em boas condições clínicas para seguimento ambulatorial. Conclusão: Tamponamento cardíaco tardio de etiologia traumática é condição rara, que se tratado adequadamente e em tempo hábil possui desfecho favorável na grande maioria dos casos. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO ORIGEM ABERRANTE DE RAMO SUPRA-AÓRTICO ASSOCIADA À DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA TIPO A Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Antônio Sérgio Martins, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos, Marcos Augusto de Moraes Silva Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP Apresentação: Mural Introdução: Aneurismas e dissecções da aorta são doenças que necessitam de tratamento cirúrgico complexo, por vezes com troca do arco aórtico e reimplante de seus ramos. A identificação anatômica dos ramos supra-aórticos é de extrema importância, pois em alguns pacientes podemos encontrar origem aberrante destes. Relata-se a seguir o caso de uma paciente com origem aberrante de artéria carótida comum esquerda com dissecção aguda de aorta tipo A. Relato de Caso: Paciente de 63 anos de idade, sexo feminino, negra, com queixa de dor torácica há 3 dias, tipo lancinante, de forte intensidade, com irradiação para dorso e membros superiores. História de hipertensão em tratamento clínico regular. Ao exame físico de positivo apresentava pressão arterial de 160x100 mmHg e sopro diastólico ++/6+ em foco aórtico. Radiografia de tórax com alargamento de mediastino. Angiotomografia de tórax evidenciou aorta ascendente de calibre aumentado e hematoma intramural aórtico agudo desde segmento ascendente até porção descendente distal, porém sem imagem de flap médio-intimal. Além destes achados, observou-se também que a artéria carótida comum esquerda originava-se do tronco braquiocefálico. Ecocardiograma transesofágico evidenciou dilatação importante da aorta ascendente com flaap de dissecção e falsa luz; arco aórtico e aorta descendente dilatados com trombo intramural. Indicado tratamento cirúrgic, paciente foi submetida à esternotomia mediana, onde se observou hematoma em aorta ascendente em grande extensão; realizada dissecção de ramos supra-aórticos, confirmando achado de apenas dois ramos, tronco braquicefálico (TBC) – o qual originava a ACCE – e artéria subclávia esquerda. Realizada canulação em TBC (devido possibilidade de reimplante de ramos supra-árticos e perfusão seletiva, sendo que neste caso ocorreria perfusão de ambas as carótidas somente com a canulação em TBC) e em átrio direito, entrada em circulação extracorpórea com hipotermia a 30°C. Aortotomia longitudinal com visualização de lesão na camada íntima à nível de junção sinotubular acima do folheto não coronariano e desabamento das cúspides da valvares. Realizado implante de tubo valvado em aorta ascendente e optado por preservação de arco e ramos supra-aórticos. Paciente foi encaminhada para a Unidade de Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca, onde obteve alta para enfermaria no 3° dia de pós-operatório (PO). A alta hospitalar ocorreu no 11° PO, após completar antibióticoterapia para pneumonia hospitalar e paciente encaminhada para acompanhamento ambulatorial. Conclusão: CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 50 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): A identificação de variações anatômicas nos ramos do arco aórtico é importante, principalmente quando relacionada à cirurgia de aorta, já que alguns pacientes podem apresentar este tipo de variações, o que pode mudar a estratégia cirúrgica, no que tange a sítio de canulação, perfusão seletiva e reimplante de ramos. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO TRAUMA INTESTINAL POR CINTO DE SEGUNRANÇA Autores: Prof. Dr João Bosco Dupin, Dr. Jaílson Tótola, Ac. Gustavo Henrique de Oliveira Teixeira, Ac. Breno Vianey Pinto Godinho, Ac. Pedro Henrique Cunha Andrade, Ac. Welington Rangel de Castro Faria, Ac. Thiago Miranda Moreira. Instituição: IMES/UNIVAÇO- Ipatinga MG Introdução: O uso do cinto de segurança diminuiu consideravelmente o número de acidentes fatais durante acidentes automobilísticos. Entretanto, publicações especializadas, chamam a atenção para as lesões graves que o cinto de segurança pode causar no abdômen. O trauma fechado ou interno provocado por esse dispositivo de segurança pode provocar lesões de vísceras maciças ou ocas que podem passar despercebidas e provocar sintomatologia tardia. Os autores relatam um caso de trauma de intestino delgado (íleo terminal) por cinto de segurança com manifestações clínicas tardias, simulando outras doenças do intestino delgado. Discutem aspectos relacionados à cinemática do trauma, manifestações clínicas tardias, diagnóstico e tratamento, enfatizando a resolução cirúrgica do caso.Objetivo: Relatar o caso de uma paciente vítima de trauma intestinal por cinto de segurança com manifestações clínicas tardias. Analisar a evolução clínica, diagnóstico e tratamento, ressaltando a importância da avaliação criteriosa as vítimas de acidentes automobilísticos. Método: A tomografia computadorizada do abdome e o transito intestinal de delgado (exames contrastados) mostraram estenose parcial do íleo terminal há mais ou menos 20 cm da válvula ileocecal com dilatação intestinal a montante sugerindo quadro de semi-oclusão intestinal, confirmado a seguir pela laparotomia exploradora. O tratamento cirúrgico constituiuse de ressecção de 40 cm do íleo terminal (enterectomia segmentar) e reconstrução do trânsito com anastomose término-terminal com grampeador linear. Resultado: A paciente evoluiu bem após o procedimento cirúrgico, com desaparecimento completo da dor, abolição definitiva dos vômitos e da distensão abdominal e recuperação de 8 kg do peso perdido no primeiro mês após a cirurgia. Não houve complicações relacionadas ao procedimento cirúrgico.Conclusão: Os autores relatam um caso de lesão intestinal por cinto de segurança com manifestações clínicas tardias. Chamam a atenção para as lesões silenciosas do intestino delgado e enfatizam aspectos da condução clínica, diagnóstico e tratamento. PESQUISA ORIGINAL- RELATO DE CASO RABDOMIOMA INTRACARDÍACO Ac. Rísia Edwiges de Oliveira Guimarães, Ac. Vanessa Aline Miranda Vieira, Ac. Marina Soares Vilela, Dra Flávia Santos Guimarães Machado , Dra Sheila Pedroso Parreira. 1-Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2- Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Introdução: O Rabdomioma é a causa mais comum de tumor cardíaco em crianças, particularmente naquelas com esclerose tuberosa, e pode ser diagnosticado antes do nascimento através da ecocardiografia fetal. Os rabdomiomas são frequentemente múltiplos e em grande parte dos casos há regressão espontânea do tumor após o nascimento. Diante de comprometimento da função cardíaca, terapia com digitálicos ou outros antiarrítmicos, por via oral materna ou por via intravenosa fetal (cordocentese), e o parto pré-termo terapêutico devem ser considerados. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa. Objetivo Discutir a importância do rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal e do ecocardiograma para diagnóstico e acompanhamento de tumores cardíacos. Relato de caso Recém-nascido (RN) de S.L.A., sexo feminino. RN nascido a termo, sem intercorrências. Tipo de parto: cesariana. O RN foi transferido estável para a UTI neonatal, onde permaneceu por 4 dias, apresentando apenas um sopro sistólico grau II à ausculta cardíaca. Avaliação neurológica sem alterações. Foi transferido para a enfermaria, onde permaneceu estável. Foi solicitado um ecocardiograma que evidenciou comunicação interatrial pequena; múltiplas massas no VD e VE; massa na posição basal do septo interventricular (SIV) projetando na via de saída do VE, causando obstrução importante; grande massa na porção tubular do SIV (1,7 x 0,98 cm); grande massa na parede livre do VD (1,9 e 1,98 cm) projetando na cavidade do VD; massa nas cordoalhas da valva mitral e muscular papilar, que confirmou a presença de tumores intracardíacos sugestivos de Rabdomioma. Discutido caso e optado por tratamento clínico. O RN teve alta da cardiologia e foi definido manter controle ambulatorial na cardiologia pediátrica. Discussão A avaliação funcional do coração fetal é importante para acompanhar evolutivamente o crescimento ou a regressão dos tumores, o grau de repercussão hemodinâmica e detectar as possíveis complicações decorrentes destas alterações. Uma vez que a maioria dos rabdomiomas cardíacos mostram regressão espontânea antes dos 6 anos de idade, o acompanhamento clínico conservador é o tratamento padrão em quase 80% dos casos. Conclusão Ressalta-se a importância da indicação do estudo ecocardiográfico em neonatos com achado clínico de sopros que simulam cardiopatias de discreta repercussão, diagnosticando, de modo não invasivo, os tumores intracardíacos no período neonatal. O reconhecimento precoce desta afecção possibilita seguimento pré-natal especializado e, quando indicada, terapêutica apropriada, contribuindo para a redução da morbimortalidade perinatal. Pode-se afirmar que o rastreamento ultrassonográfico morfológico fetal é a principal forma de detecção dos tumores cardíacos. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 51 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL- RELATO DE CASO PERFURAÇÃO DO FOLHETO ANTERIOR DA VALVA MITRAL POR ENDOCARDITE INFECCIOSA DA VALVA AÓRTICA Ac. Rísia Edwiges de Oliveira Guimarães, Ac. Vanessa Aline Miranda Vieira, Ac. Alice Andrade Gonçalves, Dra Flávia Santos Guimarães Machado, Dra Sheila Pedroso Parreira. 1-Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, 2- Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Introdução: A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do endocárdio ou de material protético do coração. As valvas cardíacas são as estruturas mais afetadas, e frequentemente ocorre em pacientes com anormalidades cardíacas pré-existentes. É, em sua maioria, resultado de uma infecção bacteriana. De 55% a 75% dos doentes com EI de valva nativa têm fatores predisponentes como doença reumática, cardiopatia congênita, prolapso da valva mitral e doença cardíaca degenerativa. Outras condições associadas com maior incidência de EI incluem má higiene dentária, hemodiálise e diabete melito. O sucesso terapêutico depende do diagnóstico precoce e preciso. O tratamento cirúrgico, em portadores de complicações de alto risco, proporciona uma sobrevida maior que o tratamento clínico isolado. Objetivo Discutir a importância da identificação, diagnóstico e tratamento adequado e precoce da EI. Relato de caso Paciente D.A.D.S., 27 anos, sexo masculino. Foi admitido com relato de há 1 mês ter iniciado quadro de dispnéia aos esforços com tosse oligoprodutiva com secreção “marrom” associada a febre e calafrios vespertinos. Procurou atendimento médico com diagnostico de Pneumonia e fez uso de Azitromicina por 5 dias sem melhora. Evoluiu com piora dos sintomas e foi encaminhado a UPA. Iniciado tratamento com Levofloxacin, porém evoluiu com piora respiratória e sinais de ICC (relato de EAP). Foi feito medidas anticongestivas e Ampicilina + Gentamicina por suspeita de Endocardite e transferido para SCBH. Na historia pregressa havia relato de tratamento dentário recente e sem diagnóstico de cardiopatia prévia. Foi realizado Ecocardiograma que mostrou imagem de vegetação na valva aórtica, com destruição de seus folhetos e insuficiência aórtica severa. Na valva mitral foi observado um ponto de ruptura do seu folheto anterior, com fluxo regurgitante de grau moderado para o átrio esquerdo através desta ruptura. Observou-se fluxo regurgitante de grau discreto para o átrio esquerdo através do ponto de coaptação dos folhetos da valva mitral. Feito diagnostico de Endocardite Bacteriana. Paciente foi submetido à troca de valva mitro aórtica e mantido antibioticoterapia por 6 semanas após cirurgia. Realizado orientações quanto a cuidados com higiene oral e anticoagulação tendo alta para controle ambulatorial. Discussão Por ser uma doença pouco frequente e com sintomas iniciais inespecíficos, o diagnóstico da EI pode ser postergado. Esse atraso no diagnóstico aumenta a morbi-mortalidade dessa doença e, por isso, o diagnóstico adequado deve ser enfatizado. Conclusão Apesar de ser uma doença relativamente rara, a EI é uma doença grave com alta morbidade e mortalidade, a qual deve ser sempre lembrada nos diagnósticos diferenciais de febre no pronto atendimento. Para seu diagnóstico é necessário anamnese e exame físico criterioso. Além disso, os exames laboratoriais e de imagem podem ser determinantes no seu diagnóstico e tratamento precoce, reduzindo as sequelas e mortalidade da EI. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ESTENOSE AÓRTICA SUPRAVALVAR EM ADULTO NÃO RELACIONADA À SÍNDROME DE WILLIAMS. Ac. Amanda Ferino Teixeira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Irwins Emanuel Feitoza Sousa, Rafaela da Hora Sales,Maria Mônica de Farias Costa Tenório, José Wanderley Neto (Orientador) 1. 2. 3. 4. 5. Faculdade de Medicina – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Residente de Cirurgia Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgiã Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Cirurgião Cardiovascular – Santa Casa de Misericórdia de Maceió Introdução: A estenose aórtica supravalvar (EAS) é a forma mais rara de obstrução da saída do ventrículo esquerdo. Corresponde a obstrução da aorta ascendente, especialmente na junção sinotubular. Devido às repercussões clínicas, essa malformação é diagnosticada comumente na infância por ser o principal defeito cardíaco da Síndrome de William, por isso, são raros os adultos portadores da EAS. A correção cirúrgica da EAS se dá com o alargamento daraiz aórtica na região correspondente ao seio não coronariano, com material protético. Objetivo:Relatar caso de paciente adulto submetido à cirurgia de correção de EAS através de uma incisão longitudinal única na aorta ascendente comimpantação de patch, sendo portanto uma variação da técnica de Doty, na qual a incisão é em Y . Métodos:Estudo descritivo, observacional, de relato de caso de paciente com Estenose aórtica supravalvar importante, diagnosticada na fase adulta, submetido à correção cirúrgica através da uma variação da técnica de Doty. Resultados: Homem, 25 anos, hipertenso, em uso domiciliar de Atenolol e clortalidona, referia dispneia aos esforços. À ausculta, sopro pansistólico predominante no foco aórtico. Radiografia torácica apresentou parênquima pulmonar, área cardíaca e mediastino normais. Ecodopplercardiogramaevidenciou importante hipertrofia concêntrica no ventrículo esquerdo, valvas mitral e aórtica normais sem refluxo, presença de EAS na junção sinotubular, insuficiência tricúspide leve e dilatação aneurismática do tronco da CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 52 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): artéria coronária esquerda e óstio da artéria coronária direita. Eletrocardiograma normal. Euroscore de 1%. Realizou-se abordagem supravalvar por esternotomia mediana e pericardiotomia. Utilizou-se circulação extracorpórea (CEC), canulação da aorta e do átrio direito, cardioplegia sanguínea e clampeamento da aorta. Foi realizada aortotomia longitudinal em direção ao seio de Valsalva não coronariano, verificando-se obstrução concêntrica com tecido fibroso após junção sinotubular. Ressecou-se parte da fibrose, houve ampliação da aorta com pericárdio bovino, calculada pelo orifício aórtico em 21 mm. Iniciou-se, então, aquecimento do paciente, as cânulas e a CEC foram retiradas. A aorta não apresentava mais o frêmito presente antes do procedimento.Conclusão:O diagnóstico tardio da EAS acarreta sintomatologia progressiva; neste paciente foi possível observar alterações nas coronárias, descritas por Peterson et al. como resultado da elevada pressão de pulso. Observou-se ainda que a incisão longitudinal simples foi uma intervenção satisfatória para o caso. PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO ANEURISMA DO SEIO DE VALSALVA COM FÍSTULA AORTA-ÁTRIO DIREITOCOM IMPORTANTE REPERCUSSÃO HEMODINÂMICA Ac. Arisson Euclides da Silva, Ac.Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo, Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. Francisco Siosney Almeida Pinto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL 2.Residente de Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió 3. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração – Alagoas 4. Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Introdução: O aneurisma do seio de Valsalva (ASV) é uma doença rara, freqüentemente de natureza congênita ou consequência de endocardite ou trauma. Acomete com maior frequência o seio coronariano direito, seguido do seio não coronariano e, mais raramente, o seio coronariano esquerdo. Durante a evolução da doença, o ASV pode se fistular ou romper-se para parede ou cavidades cardíacas. Dentre suas complicações estão a fístula com o pericárdio, resultando em tamponamento cardíaco e a associação com defeito do septo interventricular ou prolapso da valva aórtica.Objetivo: Relatar caso de paciente diagnosticado com aneurisma do seio de Valsalva comfístula aorta-átrio direito, submetido a cirurgia cardíaca para oclusão da fístula. Métodos: Estudo descritivo, observacional, de relato de caso de paciente com aneurisma do seio de Valsalva com fístula aorta-átrio direito. Foi feito o acompanhamento pré, trans e pós-operatório do paciente em questão.Resultados:Paciente RGS, sexo masculino, 20 anos de idade, com queixa de dispneia aos moderados esforços e palpitações pou¬co frequentes. Apresentava Classe Funcional NYHA II. Foi encaminhada ao nosso serviço com diagnóstico de aneurisma de seio de Valsalva com fistulização e drenagem para o interior do átrio direito, com dilatação moderada de átrio direito e relevante do ventrículo esquerdo; resultando em importante repercussão hemodinâmica ao ecocardiogramatranstorácico (ETT). O paciente, en¬tão, foi encaminhada para realizar o cateterismo cardí¬aco para avaliação précirúrgica. Durante o cateterismo cardíaco, observou-se um fluxo contínuo pelo seio de Valsalva não-coronariano para o átrio direito, confirmando o diag¬nóstico de fístula aortocameral, optan¬do-se pelo tratamento cirúrgico. Este tratamento foi realizado através da esternotomia mediana, seguido de pericardiotomia. Após a visualização da fístula aorta-átrio direito e do aneurisma do seio não coronariano, foi realizado o fechamento da fístula com fio Prolene 4-0 e pericárdio bovino.Conclusão: O fechamento cirúrgico da fístula aorta-átrio direi¬to é a melhor opção de tratamento para a maioria dos casos. O procedimento é seguro e eficaz, deven¬do ser realizado por equipe experiente, bem estabelecido na literatura. Nos diagnósticos ecocardiográficos difíceis e du-vidosos, a associação com estudo hemodinâmico pode contribuir para a elucidação do diagnóstico, além de detectar outras alterações anatô¬micas congênitas menos frequentes. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 53 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO CIRURGIA DE BENTALL – DE BONO ASSOCIADA À REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO EM PACIENTE PREVIAMENTE SUBMETIDO À CIRURGIA CARDÍACA Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Arisson Euclides da Silva, Drª. Rafaela da Hora Sales, Dr. Francisco Siosney Almeida Pinto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas 3. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió 4. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas 5. Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Introdução: A técnica descrita por Hugh Bentall e Antony De Bono, utilizando um tubo valvado no qual eram reimplantados os óstios das artérias coronárias, foi aprimorada com o passar do tempo e tornou-se o procedimento de escolha para o tratamento de doenças da valva aórtica associada ao acometimento da aorta ascendente.A técnica permite associação à revascularização miocárdica quando necessário, como no caso a ser relatado. Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à cirurgia de Bentall – De Bonoassociada à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Métodos: Estudo observacional, descritivo, de relato de caso de paciente com aneurisma de aorta ascendente associada à estenose de bioprótese aórtica e à doença coronariana obstrutiva, submetido à cirurgia de Bentall – De Bono associada àCRM. Resultados: Paciente PND, sexo masculino, 64 anos de idade, com história de dispnéia a esforços moderados e dor retroesternal em queimação com início há um ano.Passado cirúrgico para implante de valva aórtica e CRM com anastomose de artéria torácica interna esquerda (ATIE) para artéria descendente anterior (DA), há três anos. Paciente hipertenso. Nega diabetes mellitus, alergias medicamentosas edislipidemia.Nega história familiar de afecções cardíacas. NYHA III e risco calculado pelo EuroSCORE de 20,71%.EcoDopplerCardiograma mostrou estenose em bioprótese aórtica, importante aumento da raiz da aorta e aorta ascendente, aumento leve/moderado das câmeras esquerdas, hipocinesia septal e hipertensão arterial pulmonarmoderada. Cateterismo mostrou aorta com calibre aneurismático (>50mm), estenose grave em bioprótese aórtica, estenose grave de DA ao nível da anastomose em ponte de ATIE e seguimento distal de coronária direita (CD).A correção cirúrgica foiiniciada pelaaortotomia transversal e retirada da prótese aórtica disfuncional, seguida de isolamento dos óstios coronarianos e dissecção da aorta ascendente. Fez-se, então, o implante valvar aórtico com anastomose de tubo de Dacronproximal; seguido daanastomose de óstioesquerdo e direito coronarianos no Dacron,e anastomose do tubo com a aorta distal. A seguir, realizou-se a RM, com enxerto de safena “no-touch” (SNT) dotubo de Dacronpara a DA,comsequencial em “Y” de SNT para a CD.O procedimento foi realizado com sucesso. Conclusão: Acirurgia de Bentall – de Bono é uma técnica consagrada para correção de aneurisma de aorta ascendente e pode ser associada à RM em pacientes portadores de DAC com bons resultados. PESQUISA ORIGINAL - RELATO DE CASO CIRURGIA DE BENTALL – DE BONO EM PACIENTE COM ANEURISMA DE AORTA ASCENDENTE ASSOCIADO À INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Arisson Euclides da Silva, Ac. Irwins Emanuel Feitoza de Sousa, Dr. Francisco Siosney2, Dr. José da Silva Leitão Neto, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2. Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas 3. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió 4. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas Introdução: Há quase 40 anos, Hugh Bentall e Antony De Bono descreveram uma técnica para o tratamento combinado das doenças da valva aórtica e do segmento da aorta ascendente, utilizando um tubo valvulado no qual eram reimplantados os óstios das artérias coronárias. A técnica transformou-se no procedimento de escolha para o tratamento de doenças da valva aórtica associada ao acometimento da aorta ascendente. Resultados de estudos com seguimento a longo prazo de pacientes submetidos a esse procedimento evidenciam os bons resultados com a utilização da técnica. Por sua vez, aectasia ânulo-aórtica foi descrita como sendo uma dilatação idiopática da aorta ascendente e do anel aórtico com conseqüente disfunção valvar aórtica.Objetivo: Relatar caso de paciente submetido à cirurgia cardíaca com a técnica de Bentall – De Bono para correção de aneurisma de aorta ascendente associada à insuficiência aórtica (ectasia ânulo-aórtica). Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal de relato de caso de paciente com aneurisma de aorta ascendente associada à insuficiência aórtica, submetido à cirurgia cardíaca na qual se utilizou a técnica de Bentall – De Bono.Resultados:Paciente JAS, sexo masculino, 25 anos de idade que há alguns meses passou a apresentar dor precordial típica, cansaço e falta de ar progressivo que o fez procurar o serviço de emergência.Nega hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, alergias medicamentosas, dislipidemia e cirurgias prévias.Nega história familiar importante de afecções cardíacas. Relata ser tabagista e etilista social. NYHA II e EuroScore de 2%. Ecocardiograma mostrou importante aneurisma de aorta ascendente, insuficiência aórtica importante e aumento leve/ moderado das câmeras esquerdas. Cateterismo mostrou aorta dilatada CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 54 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): na porção ascendente com mais de 70mm no diâmetro horizontal e mais de 90mm na longitudinal.Paciente foi submetido a procedimento cirúrgico iniciado com esternotomia mediana transesternal com serra e bisturi elétricos, seguido de pericardiotomia. Presença de grande aneurisma que tomava grande parte do mediastino. Foi feito a incisão do aneurisma e isolamento dos ósteos coronarianos seguido de retirada da valva aórtica. Foi feito implante de tubo valvado de Dacron e prótese mecânica seguido de anastomoses dos ósteos coronarianos na aorta e anastomose do tubo com a aorta distal. O procedimento foi realizado com sucesso. Paciente teve alta hospitalar sete dias após o procedimento.Conclusão: A técnica cirúrgica de Bentall – De Bono com o tubo valvado de Dracon, associada ao implante de prótese mecânica aórtica, permitiu a resolução do quadro de ectasia ânulo-aórtica apresentada pelo paciente, caracterizada pelo aneurisma aórtico gigante e insuficiência aórtica severa. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO GESTAÇÃO EM PACIENTE COM ESTENOSE MITRAL CRÍTICA (ÁREA VALVAR 0,5 cm²): EVOLUÇÃO CLÍNICA PRÉ E PÓS – VALVULOPLASTIA COM BALÃO. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO. Ac. Luciano Menezes dos Santos, Ac. Tâmarly Caroline Cavalcante Gonçalves,Ac. Prof. DrªMaria Alayde Mendonça da Silva, Prof. Dr. Ivan Romero Rivera (Orientador), Dr. Edson de Oliveira Peixoto Filho, Dr. Amilson Martins Pacheco Filho. Instituições: 1 – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, – Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Introdução:A estenose valvar mitral (EM) é a causa mais frequente de morbi-mortalidade associada à doença cardíaca reumática na gravidez. O risco de descompensação materna em insuficiência cardíaca (IC) está associado ao grau de estenose, ocorrendo com maior frequência quando a área valvar encontra-se abaixo de 1,5 cm2, particularmente no 2o ou 3o trimestres, mesmo que a paciente fosse anteriormente assintomática. O risco para o feto (prematuridade, retardo no crescimento, morte fetal) eleva-se quando a mãe se encontra em classe funcional III/IV de IC. Relato de caso: 26 anos, natural e procedente de Maceió, do lar, GIIPI(prematuro)A0. Gestante com 28 semanas refere dispneia progressiva aos esforços iniciada no 1º trimestre, apresentando-se agora com dispneia aos mínimos esforços. REG, hipocorada, taquidispneica. PA=100 X 70 mmHg. FC=112 bpm. Ritmo cardíaco regular em 2(dois) tempos. Primeira bulha hiperfonética e Sopro diastólico, ambos em foco mitral. Estertores crepitantes em terço inferior de ambos os pulmões. Edema de membros inferiores ++/4+, até terço superior de ambas as pernas. ECG: ritmo sinusal; FC=104 bpm; eixo do QRS= +120o; sobrecarga atrial esquerda; sobrecarga ventricular direita. Ecocardiograma: Aorta/átrio esquerdo-23/53mm; DD/DS VE-41/29 mm; SIV/PP-7/7mm; Fração de ejeção do VE-55%. Grande aumento do átrio e do ventrículo direito. Estenose mitral grave (área 0,51 cm2, gradiente médio 25 mmHg, Escore de Wilkins 9). Medicação inicial: Furosemida 20 mg EV; Cedilanide 0,4 mg EV. Intervenção: Valvuloplastia mitral com balão, com sucesso. Ecocardiograma após: área valvar mitral 1,5 cm2. Paciente assintomática, sem medicação. Conclusão: Dada a grave restrição da área valvar mitral e da evolução precoce da mãe em Classe Funcional IV de Insuficiência Cardíaca, provavelmente sem a valvuloplastia haveria poucas chances de evolução materna e fetal isenta de complicações. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO GESTAÇÃO EM PACIENTE COM ESTENOSE IMPORTANTE DE VALVA PULMONAR. PESQUISA ORIGINAL: RELATO DE CASO. Autores: Ac. Elvis Coutinho de Paffer, Ac. Bruno Paulo Teles Chaves, Ac. Luciano Menezes dos Santos, Prof. Maria Alayde Mendonça da Silva (Orientadora), Prof. Ivan Romero Rivera, Prof. José Maria Gonçalves Fernandes. Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade federal de Alagoas (UFAL), 2- Universidade federal de Alagoas. Introdução: A estenose pulmonar congênita apresenta prevalência de aproximadamente 10% dentre as cardiopatias congênitas. Geralmente assintomática até a idade adulta, pode apresentar insuficiência cardíaca direita ou síncope quando importante, situação na qual deve ser sempre corrigida. Objetivo: Relatar um caso clínico de estenose importante de valva pulmonar em gestante, bem como mostrar sua evolução e os sintomas apresentados, tendo em vista a variação fisiológica de uma gestante. Metodologia: As informações obtidas nesse trabalho foram obtidas por meio de revisão de prontuário, entrevista com a paciente, registros fotográficos de métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido no atendimento do ambulatório de cardiologia do Hospital universitário professor Alberto Antunes (HUPAA), no mês de março de 2014, bem como revisão de literatura. Relato de caso: Paciente de sexo feminino, 23 anos de idade, refere dispneia aos grandes esforços, que progrediu para médios esforços com a gestação. No oitavo mês passou a apresentar edema de membros inferiores e cefaleia frequente, sendo orientada a fazer uso de Metildopa 250 mg, três vezes ao dia, com melhora do quadro clínico. Solicitada avaliação após o parto, foi auscultado ritmo cardíaco regular, em dois tempos, com sopro sistólico em foco pulmonar ++++/4. Discreto edema de membros inferiores e cianose perioral. Refere antecedente de sopro auscultado quando criança. Nega cianose. PA = 130 X 100 mm Hg; FC = 80 bpm. Ausculta pulmonar normal. O ECG mostrou SVD, com ÂQRS a 120o, a radiografia de tórax dilatação importante do tronco arterial pulmonar e o ecocardiograma, hipertrofia importante do ventrículo direito e valva pulmonar displásica, com gradiente sistólico de 170 mm Hg e shunt interatrial do átrio direito para o átrio esquerdo através de pequeno forame oval patente. Resultados: No pós-parto, paciente continuou apresentando sintomas, porém apresentou parto normal, sem intercorrências. Conclusões: Este é um caso atípico de evolução da estenose pulmonar congênita. Embora a paciente apresentasse estenose importante com hipertrofia do ventrículo direito e shunt interatrial, a gestação foi à termo, sem intercorrências. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 55 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO A VISÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O PROTOCOLO DE MANCHESTER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ac. Rafael Giulliano Sousa, Ac. Wanúbia Santos do Nascimento, Ac. Leylane de Araújo Melo,Ac. Gabriela Maria Tenório Lira de França, EnfªJaneuza Vaz de Medeiros, Enfª ProfªAlenilza Bezerra Costa (Orientador) Instituições: 1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Centro Universitário Cesmac, 3- Hospital Unimed Maceió. A superlotação nas urgências e emergências no Brasil é uma realidade na maioria das instituições de saúde, isso se agrava quando a organização se dá pela ordem de chegada. Ciente desse problema existente na atenção às urgências, em 2004, o Ministério da Saúde lançou a cartilha da Política Nacional de Humanização-PNH, na qual aponta o acolhimento com avaliação e classificação de risco, como dispositivo de mudança no trabalho da atenção e produção de saúde, em especial nos serviços de urgência e emergência. A classificação de risco é processo dinâmico de identificação de pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o seu potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de sofrimento, devendo o atendimento ser priorizado de acordo com a gravidade clínica do paciente, e não pela ordem de chegada ao serviço de saúde (1). Para realizar a função de triagem, o enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos pacientes que procuram os serviços de urgência, devendo ser orientado por um protocolo direcionador (2). Alguns modelos de triagem são consolidados, como o sistema de triagem de Manchester (1997), a escala de triagem canadense (1999), escala australiana de triagem (2000), escala Americana – EmergencySeverity Index (2000).OBJETIVOS: Em face do exposto o estudo objetivou retratar a experiência vivenciada por estudantes de enfermagem em um estágio extra-curricular, com ênfase na utilização do protocolo de Manchester em uma emergência, através das atividades realizadas nas práticas do estágio, nos treinamentos ofertados, entre outras ações desenvolvidas, visando, com isso relatar a percepção dos acadêmicos sobre a funcionalidade desse protocolo, e a importância dele para uma assistência qualificada.DESCRIÇAÕ METODOLOGICA: O presente estudo consiste em um relato de experiência de caráter descritivo, onde o período das vivências foi de junhode 2014 a setembro de 2014. Utilizou-se da seguinte etapa para a realização do relato: Levantamento da literatura sobre a classificação de risco e o protocolo de Manchester, e relato de experiência dos estagiários por meio das práticascomo enfermeirandos de uma emergência de alto fluxo, através do comprimento das escalas mensais.RESULTADOS:Espera-se, propagar a visão de acadêmicos de enfermagem sobre a triagem de um hospital de referência na cidade de Maceió, utilizando a Classificação de Risco de Manchester no serviço e suas vivências durante os estágios extracurriculares. CONCLUSÃO:Pode-se concluir quecom o estágio extracurricular utilizando a Classificação de Risco de Manchesteré de grande relevância, uma vez que amplia os horizontes dos acadêmicos participantes como também os deixam preparados para trabalhar com um instrumento de tamanha importância no âmbito da saúde e de serviços de urgência e emergência. Referencias: 1. Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção das Urgências. Brasilia (DF): Ministério da Saúde; 2006 2. Ministério da Saúde (BR). HumanizaSUS - acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO EPISÓDIOS DE EDEMA PULMONAR POR ISQUEMIA MIOCÁRDICA EM PACIENTE COM FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA NORMAL: RELATO DE CASO Ac. Sarah de Souza Lira Gameleira, Prof. Dr. Francisco de Assis Costa (orientador), Dr. Edécio Galindo de Albuquerque, Dr. José Carlos de Melo Xavier, Dra. Karina Magaly Fraga Silva Palmeira, Ac. Patrícia Carvalho Medrado. 1- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Hospital do Açúcar, Maceió – AL, 3- Harmony Cor, Maceió- AL Introdução: Sabe-se que a isquemia miocárdica pode causar falência aguda do ventrículo esquerdo (VE). A redução da contratilidade do eixo longitudinal do VE é um achado comum em casos de edema pulmonar (EP) com fração de ejeção (FE) do VE normal. Objetivo: Relatar caso de paciente que apresentou três episódios de EP por isquemia miocárdica, causada por obstrução severa do enxerto de mamária interna esquerda para a artéria descendente anterior esquerda (MIE-DA). Metodologia: MPS, 64 anos, mulher, hipertensa e diabética do tipo 2. Há 4 anos apresentou angina instável, tendo sido, na ocasião, submetida a angioplastia + implante de stent convencional no terço proximal de DA. Um ano após manifestou angina por reestenose proliferativa do stent, sendo indicada cirurgia cardíaca para implante de enxerto MIE-DA, realizada com sucesso e sem complicações. Dois anos após, a paciente evoluiu com insuficiência ventricular esquerda, apresentando três episódios de EP num intervalo de 60 dias. Nova cinecoronariografia revelou lesão suboclusiva (95%) do enxerto MIE-DA, pós-anastomose. Indicada, então, angioplastia + implante de stent farmacológico, tamanho 2,25 X 12 mm, feita com sucesso e sem intercorrências. Ecocardiograma na ocasião: VE = 42/27; AE = 34; Ao = 30; septo = 8; parede posterior = 8 mm; FE = 66%; sem outras alterações dignas de nota. Resultados: Já se CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 56 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): passam 24 meses após a última intervenção e a paciente encontra-se assintomática e apenas em uso regular de aspirina, bloqueador de receptor de angiotensina, diurético tiazídico e metformina. Conclusão: O implante de stents em enxertos de MIE-DA é um método seguro, eficaz e bem indicado em situações de disfunção do VE causada por isquemia miocárdica. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO VOLVO DE INTESTINO MÉDIO EM PACIENTE DE 15 ANOS: COMPLICAÇÃO TARDIA DE MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL Laís Terem de Almeida, Rodrigo Campos Ocáriz, Natanael Clarimundo Ramos, Vanessa Souza Brito, Lucas Fileni Baptistella, João Batista Vieira de Carvalho (orientador). 1 - Universidade José do Rosário Velano Introdução: A má rotação intestinal é uma condição na qual há rotação incompleta ou anormal do trato gastrointestinal e seu mesentério em torno da artéria mesentérica superior. Uma das formas de apresentação clínica desta anomalia congênita é o volvo de intestino médio, que ocorre em 30% dos casos na primeira semana de vida, 75% dos casos no primeiro mês e 90% dos casos no primeiro ano de vida, sendo raro em pacientes com mais de um ano de vida. O volvo pode apresentar-se de forma crônica, resultando em obstrução linfática e venosa e podendo associar-se a dores abdominais intermitentes. Objetivo: Relatar um caso de volvo de intestino médio como complicação tardia de uma má rotação intestinal em um paciente de 15 anos de idade. Métodos: Trata-se do caso de um paciente de 15 anos, do sexo masculino, que deu entrada no pronto socorro de clínica médica com queixa de dor abdominal difusa tipo cólica, de início súbito, intensidade 10/10, sem irradiação, com piora ao decúbito e alívio com a flexão anterior do tronco. Ao exame físico, estava consciente, desidratado, pálido, com náuseas, vômitos e sem distensão abdominal. Apresentava discreta leucocitose e a ultrassonografia de abdome não mostrou alterações. Durante a anamnese de admissão, o paciente referiu dor abdminal crônica e intermitente, semelhante à que estava sentindo no momento, no entanto, de menor intensidade. Na manhã seguinte, apresentava abdome em tábua, sendo então solicitada a avaliação da Cirurgia Geral, que indicou laparotomia. Resultados: No procedimento cirúrgico, foram vizualizadasalças de delgado enegrecidas e paréticas, associadas à importante dilatação venosa mesentérica. Foi identificado volvo do mesoà nível de artéria mesentérica superior. Realizada a ressecção de jejuno proximal até aproximadamente 10 cm da válvula íleocecal e anastomose jejunoileal. Atualmente o paciente encontra-se em nutrição parenteral total e foi encaminhado a um serviço ambulatorial especializado em Síndrome do Intestino Curto. Conclusão: Complicações relacionadas à má rotação intestinal na idade do paciente são extremamente raras e dificilmente estão entre os diagnósticos diferenciais na investigação clínica. É de suma importância a detecção precoce desta anomalia congênita para evitar potenciais complicações, como a do caso descrito. Recomendase, portanto, a investigação para má rotação intestinal em casos de crianças com dor abdominal crônica e intermitente. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO BY-PASS AORTO BIFEMORAL PARA O TRATAMENTO DA SÍNDROME DE LERICHE Autores: João Batista Vieira de Carvalho (orientador), Laís Terem de Almeida, Valter Suman Junior, Rodrigo Campos Ocáriz, Vanessa Souza Brito, Lucas Fileni Baptistella. 1 - Universidade José do Rosário Velano Introdução:A síndrome de Leriche, descrita em 1948 por Lericheet al., é uma condição rara caracterizada por uma série de sinais e sintomas causados pela oclusão crônica da bifurcação da aorta. O achado mais frequente associado à síndrome é a claudicação, embora outros sinais e sintomas possam ser observados, como a impotência sexual, diminuição dos pulsos femorais eatrofia da musculatura dos membros inferiores. Geralmente,acomente homens idosos em decorrência da aterosclerose. O tratamento da oclusão aórtica é a revascularização do seguimento acometido, seja por via endovascular ou por cirurgia aberta. Objetivo: Relatar o caso de um paciente diagnosticado com Síndrome de Leriche, o qual foi submetido à by-pass aortobifemoral. Métodos: Trata-se do caso de um paciente de 65 anos diagnosticado ambulatorialmente com Síndrome de Lerich, com confirmação arteriográfica de uma obstrução obliterante aortoilíaca bilateral. Paciente referia claudicação em menos de 40 metros percorridos, associada a dor (negava dor em repouso). Era tabagista em abstinência há 2 anos, tendo feito uso de cerca de 40 cigarros de papel por dia durante 40 anos. Negava hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e fazia uso de Sinvastatina, Ácido Acetilsalicílico e Cilostazol. Foi admitido ao serviço para realização de by-pass aortobifemoral eletivo para o tratamento da Síndrome de Lerich com classificação de Fontaine III - IV. No exame físico de entrada, apresentava ausência de pulsos femorais distais. Resultados: No dia seguinte à admissão, paciente foi submetido ao procedimento cirúrgicosob anestesia geral. Foi realizada Confecção de by-pass aortobifemoral com prótese de Dacron 14x7 mm bifurcada término lateral com suturas contínuas, feitas com fio prolene 3.0 cardiovacular em aorta infrarrenal e com fio prolene 4.0 cardiovascular em femorais. A aorta foi clampada por 10 minutos e a cirurgia foi realizada sem intercorrências. Após o procedimento, CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 57 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): o paciente foi conduzido ao CTI, onde ficou sob monitorização por 24 horas, recebendo alta, posteriormente, para a enfermaria. Durante os dias de internação na enfermaria, o paciente apresentou um íleo pós-operatório, sem complicações associadas, recebendo alta 4 dias depois (5º dia de pós operatório) com ácido acetilsalicílico, clopidogrel e omeprazol contínuos,cefadroxila 500 mg de 12 em 12 horas por 10 dias e analgesia com dipirona caso fosse necessário. Conclusão: Com o advento de opções terapêuticas menos invasivas, o by-pass aortobifemoral vem sendo indicado em casos mais complexos e a terapia endovascular utilizada mais frequentemente em casos mais simples, uma vez que a cirurgia aberta está relacionada com uma maior morbidade perioperatória e maior tempo de hospitalização. O alto nível de satisfação por parte dos pacientes e os ótimos resultados em longo prazo, no entanto, continuam sendo as principais vantagens da cirurgia aberta. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Linfoma não-Hodking com acometimento intracardíaco apresentando sucesso terapêutico: relato de caso Acad. Robert Lincoln Barros Melo ,Dr. Diogo Oliveira Barreto, Dr. Irving Gabriel Araújo Bispo , Dra. Ana Rita Burgos, Dr.Renato Baub, Dr. Enilton Sergio Tabosa do Egito ,Afiliações: 1.Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, Alagoas. Brasil 2. Residente de Cardiologia do Hospital do Coração - São Paulo, SP. Brasil 3. Oncologista do Hospital do Coração –São Paulo, SP Brasil. 4. Cardiologista do Hospital do Coração – São Paulo SP. Brasil Introdução: Os tumores cardíacos são entidades raras na prática médica. A literatura relata uma incidência de 0,05%. . Cerca de 75% são benignos, no entanto pode ter um comportamento desfavorável.. As neoplasias malignas representam 25% restantes; destes o linfoma é reconhecido como uma entidade raríssima que representa cerca de 0,25%. Apresentamos um caso de Linfoma não-Hodking, que apresentou diagnóstico precoce e tratamento adequado. Relato de Caso: Paciente AMG, 41 anos, refere ter iniciado quadro de epigastralgia e náuseas após alimentaçãohá cerca de 2 meses.Também relatou nessa época que apresentava dispneia ao deitar e notouperda de peso. Procurou o pronto atendimento por 3 ocasiões, sendo realizado exames de laboratório e radiografia de tórax, porém sendo liberado sem diagnóstico Devido aos sintomas gastrointestinais procurou um gastroenterologista, que durante sua consulta evidenciou um sopro em região cardíaca. sendo solicitado um ecocardiograma; ao realiza-lo foi evidenciado uma massa comprimindo o coração. Optado então por internação hospitalar para seguimento da investigação da massa. Realizado ressonância magnética de tórax com o seguinte achado: extensa massa em mediastino anterior com dimensões aproximadas de 16 x 14 x 9cm, estendendo-se desde a região paratraqueal esquerda superiormente até o ápice anterior do coração inferiormente, e envolvendo circunferencialmente a veia braquiocefálica esquerda, a porção proximal dos ramos do arco aórtico, o arco aórtico e a aorta ascendente.Paciente foi avaliado pela equipe de Oncologia, sendo indicado biópsia da massa. Laudo anatomopatológico mostrou Linfoma difuso de grandes células B (LDGC), com marcador imunohistoquímico CD 30 positivo. Então o mesmo foi submetido a esquema quimioterápico, com regressão da massa em 02 semanas. Discussão: As massas cardíacas são potencialmente letais, independentemente de serem benignas ou malignas. A metastatização é a forma maligna maisfrequente (10-12%) associada a mau prognóstico.O linfoma é a terceira causa de metastatização cardíaca, em termos absolutos, depois do câncer do pulmão e da mama; em termos relativos, ocupa o segundo lugar, depois do melanoma. O linfoma difuso de grandes células B (LDGC) é o mais comum dos linfomas não Hodgkin (31%), sendo rapidamente fatal quando não tratado.Tal caso mostra que a suspeita clínica associado a exames de imagem sofisticados podem alterar o prognóstico de patologias letais em curto prazo de tempo. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL (BAVT): RELATO DE CASO Enfa. Christefany Régia Braz Costa, Enfa. Tallita Veríssimo Leal, Enfa. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enfa. Lucicleide Barbosa da Silva, Enfa. Thaisa Remigio Fiqueiredo, Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra. Instituição: 1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE) Introdução: Os bloqueios de condução caracterizam-se por qualquer obstrução ou retardo do fluxo de eletricidade ao longo das vias de condução elétrica. Nesse contexto a estimulação cardíaca artificial, pelo uso dos marcapassos (MP), vem como uma alternativa na melhora do débito cardíaco e prevenção das mortes súbitas. Objetivo: Relatar caso de paciente com BAVT, bem como os diagnósticos e intervenções de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de um paciente admitido em julho de 2014 na emergência de um hospital de referência em cardiologia de Pernambuco. Os dados foram coletados dados através de anamnese, exame físico e prontuário. Para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem utilizou-se a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a Nursing Interventions Classification (NIC), respectivamente. Resultados: C. F. L., 52 anos, sexo masculino, procedente de Barreiros- PE, admitido com queixa de dor epigástrica, vômitos e síncope. Relatou fadiga constante, lipotimia e história de tabagismo e etilismo. Paciente portador de Miocardiopatia chagásica. Chegou com FC: 33 bpm e PA: 90x50mmHg. Foi realizado ECG com evidencia de BAVT. Ao exame: AP: MVU(+) s.r.a. em AHT; AC: RCR em 2T com bulhas hipofonéticas, sem sopros. MMSS e MMII sem edemas. Paciente encaminhado ao serviço de hemodinâmica para implante de MP provisório. Constatou-se ainda que paciente já havia sido avaliado para implante de MP definitivo porém não compareceu por medo do procedimento. Os diagnósticos e planos de cuidados relatados no trabalho foram direcionados CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 58 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): ao uso do MP provisório. Dentre os diagnósticos de enfermagem estão: Risco de débito diminuído, Risco de perfusão tissular ineficaz, Integridade da pele prejudicada e Risco de infecção. Entre os cuidados: ajustar parâmetros e manter o sistema de alarmes ativados no gerador do MP externo; monitorar FC, ritmo e a amplitude da curva de ECG continuamente, e comunicar as alterações detectadas; observar e comunicar presença de sinais e sintomas de débito cardíaco diminuído e perfusão tissular alterada; trocar curativo diariamente; comunicar presença de sinais flogísticos ou sangramento, manter repouso relativo com cabeceira elevada a 30º, se não houver instabilidade hemodinâmica; orientar o paciente e à família os objetivos terapêuticos do MP, as restrições de atividade, entre outros. O paciente respondeu bem a terapêutica proposta, realizou posteriormente o implante de MP definitivo e continuou com acompanhamento ambulatorial. Conclusões: O relato permitiu aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo hospitalar, contribuindo para a recuperação do paciente numa perspectiva de assistência individualizada, com práticas assistenciais cada vez mais fundamentadas cientificamente. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Derrame Pericárdico Severo decorrente de Lúpus Eritematoso Sistêmico: Relato de Caso de Clínico Autores: Ac. José Sharllon de Souza Silva; Ac. Anna Karoline Rocha de Sousa; Dr. Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Filho; Dra. Larissa Azevedo Lins; Prof. Manoel Correia de Araújo Sobrinho (Orientador) Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade Federal de Alagoas, - Hospital do Açúcar Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de etiologia desconhecida e de natureza autoimune. A manifestação cardíaca mais comum do LES é a pericardite. Geralmente o derrame pericárdico é pequeno e detectável apenas por ecocardiografia, raramente evoluindo para tamponamento cardíaco. Objetivo: Descrever um caso de derrame pericárdico severo em decorrência de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Metodologia: Trata-se de um relato de caso clínico realizado por meio da análise do prontuário e de exames complementares da paciente referente ao período em que a mesma esteve internada. Relato do Caso: DSS, sexo feminino, 26 anos, com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico, admitida na UTI Coronária do Hospital do Açúcar em Maceió - Alagoas, com quadro de dispneia associada à edema de membros inferiores. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral, com bulhas cardíacas hipofonéticas e sem presença de sopro audíveis, murmúrio vesicular reduzido em base esquerda, sem ruídos adventícios. Apresentando edema em membros superiores e inferiores. O ecocardiograma da paciente revelou derrame pericárdico severo, sem repercussão hemodinâmica. Realizou-se uma pericardiocentese subxifoidiana retirando 600 mL de líquido seroso. A paciente foi também submetida à pulsoterapia com metilprenisolona 100mg/dia por 3 dias consecutivos. Evoluiu com melhora dos sintomas, recebendo alta hospitalar 13 dias após sua internação. Discussão: O LES é uma doença que acomete o tecido conectivo, simultânea ou sucessivamente, e que pode afetar, estruturalmente, o tecido pericárdico, favorecendo assim as alterações cardíacas e sistêmicas. A pericardite por LES se exterioriza sob a forma de derrame pericárdico, na maioria das vezes de grau leve. A pulsoterapia com metilprednisolona é indicada para casos graves, em que se necessita de uma resposta mais rápida. O derrame pericárdico pode levar ao acúmulo de líquido no espaço pericárdico, em quantidade suficiente para causar obstrução grave à entrada de sangue nos ventrículos, o que pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada imediatamente. A pericardiocentese é necessária para aliviar o grave comprometimento hemodinâmico e obter uma amostra de líquido pericárdico, a fim de tentar chegar a um diagnóstico. Conclusão: Os pacientes portadores de LES devem ser orientados quanto às repercussões do abandono parcial ou total de seus tratamentos e também a procurar serviços médicos de urgência e emergência quando apresentarem dispneia ou quaisquer outros sintomas que possam sinalizar risco de vida imediato. Palavras-chave: Tamponamento cardíaco, Derrame pericárdico, Lúpus eritematoso sistêmico, Doença autoimune. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO CONDULTAS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE HIV E DOENÇAS OPORTUNISTAS: RELATO DE CASO. Autores: Ac. Anna Paula Ferreira Ferro, Ac. Andreza Maria Gomes, Ac. Geyssyka Morganna S. Guilhermino, Ac. Roberta Chrystynne Oliveira Lucio, Ac. Lizânia da Silva Melo, Prof. Antonio Carlos Ferreira Lima (Orientador). Instituições: 1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alago Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas as, 3- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 4- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 5- Universidade Estadual de Ciências da Saúde Alagoas, 6-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. Introdução: HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sangüínea e vertical. A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: infecção aguda, fase assintomática, também conhecida como latência clínica, fase sintomática inicial ou precoce e Aids. Uma vez instalada a aids, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas, tumores, alterações neurológicas induzidas pelo HIV. Objetivo: Elaborar um plano de cuidados com a sistematização da assistência de enfermagem delineado através da CIPE. Metodologia: Relato de caso, realizado na unidade semi-intenCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 59 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): siva de hospital de urgência e emergência na cidade de Maceió-AL. Foram utilizados dados colhidos durante o exame físico, cuidados de enfermagem e prontuário do paciente com diagnóstico médico de HIV positivo, pneumonia e infecção por pseudomonas aeruginosas em urina+úlceras. O paciente foi acompanhado do dia de 10 a 20 de julho de 2012, durante a realização das práticas curriculares da disciplina de Processo de Enfermagem III. Resultados: Após o exame físico e cuidados de enfermagem foi feito o sumário de situação e baseado nele os seguintes diagnósticos de enfermagem de acordo com a CIPE 2.0: Risco a úlcera por pressão e úlcera por pressão atual; Risco a infecção cruzada presente; Padrão respiratório comprometido; Pele seca atual; Abuso de álcool e tabaco presente. Intervenções: Promover a mobilidade no leito; Realizar limpeza de úlcera; ou eliminem os riscos de uma reinfecção e/ou transmissão para outras pessoas e minimize o sofrimento das doenças oportunistas. Conclusão: O HIV e doenças oportunistas estão com um aumento significativo dentre as causas de óbitos da população mundial. A realização deste trabalho permitiu reafirmar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada de forma individual e pautada em conhecimento científico, a fim de contribuir efetivamente no processo de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação do paciente. Referências: 1. POTTES, F.A. et.al. Aids e envelhecimento: características dos casos com idade igual ou maior que 50 anos em Pernambuco, de 1990 a 2000. Rev. bras. epidemiol. [online] 2007;10(3):338-351. 2. RIBEIRO, L.C.C, JESUS, M.C.N. Avaliando a incidência dos casos notificados de AIDS em idosos no estado de Minas Gerais no período de 1999 a 2004. Cogitare Enferm maio/ago 2006; 11(2): 113-116. 3. SEPKOWITZ, K.A. AIDS – The first 20 years. New England Journal of Medicine 2001; 23:1764-1772.. 4. SILVA, S.R.F. et al. Aids no Brasil: uma epidemia em transformação. Rev. bras. anal. Clin 2010; 42(3): 209-212. 5.VIEIRA, E.B. Manual de Gerontologia – um manual teórico-prático para profissionais, cuidadores e familiares. Rio de Janeiro, 2004. Editora Revinter. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA GRAVE E INDICAÇÃO DE TRANSPLANTE EM OBESO COM INDICAÇÃO DE GASTROPLASTIA. Bruno Paulo Teles Chaves, Elvis Coutinho de Paffer, Antonio Cavalcante Ramos Sobrinho, Maria Alayde Mendonça da Silva (orientadora),Ivan Romero Rivera, José Maria Gonçalves Fernandes. Instituição: 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. 2- Universidade Federal de Alagoas Introdução: A obesidade é considerada um fator de risco independente para a insuficiência cardíaca, entretanto, na avaliação sistemática de obesos com indicação de gastroplastia o diagnóstico de insuficiência cardíaca grave (Classe Funcional IV) não é usual e quando ocorre a doença arterial coronária e não a obesidade é a etiologia mais frequente. Objetivo: Observar a relação entre obesidade mórbida e insuficiência cardíaca grave com indicação de transplante em paciente com estes diagnósticos, atentando para a limitação decorrente da concomitância das patologias. Metodologia: Informações obtidas a partir da utilização de prontuário de paciente em acompanhamento no ambulatório de cardiologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas. Feita revisão da história clínica e organização de dados em ordem cronológica. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 28 anos, com IMC 40 Kg/m2, com história prévia de HAS, DM e dislipidemia, em tratamento com IECA, digitálico, betabloqueador, diuréticos, hipoglicemiante e hipolipemiante, foi encaminhado para avaliação cardiologica pré-operatória de gastroplastia. A história clínica e o exame físico evidenciaram insuficiência cardíaca congestiva em Classe Funcional IV, descompensada, com indicação de internação para controle do quadro. O ECG evidenciou sobrecarga ventricular esquerda, a radiografia de tórax evidenciou cardiomegalia global e congestão pulmonar, o ecocardiograma demonstrou dilatação importante das quatro câmaras com Fração de Ejeção de 22% e hipocontratilidade global de grau importante. Após compensação clínica o paciente foi submetido a cineangiocornariografia que mostrou coronárias sem obstrução. Resultados:Nos seis meses após a compensação clínica, o paciente foi reinternado várias vezes e foi enviado para a lista de transplantes. Sobreviveu 14 meses. Conclusão: Apesar de pouco frequente, a insuficiência cardíaca congestiva grave com indicação de transplante pode ocorrer em obesos mórbidos com indicação de gastroplastia, podendo inclusive impedir o paciente de beneficiar-se do procedimento. PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO SÍNDROME CORONARIANA AGUDA COM SUPRA DE ST EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO Autores: Ac. Rodrigo Cavalcanti Duarte Galvão; Ac. Carolina Chianca Dourado Lemos; Ac. Rafael Cavalcanti Duarte Galvão; Dr. Ricardo Jorge de Queiroz e Silva (Orientador) Instituição: 1 - Universidade Potiguar e 2 - Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC) Introdução: Síndrome coronariana aguda com supra de st é o quadro clínico composto por precordialgia de forte intensidade, em aperto, desencadeada pelo exercício ou estresse, que pode irradiar para membro superior esquerdo, mandíbula ou epigastro, aliviada com repouso ou nitrato, compatível com isquemia aguda do miocárdio. Além disso, deve haver elevação do segmento st em duas ou mais derivações contíguas acima de 1,0mV no eletrocardiograma. Tem como principal causa a doença aterosclerótica e o principal foco terapêutico é a Reperfusão das coronárias, além do uso convencional de AAS, nitrato, morfina, betabloqueador, clopidogrel, IECA, Heparina e estáticas. Apesar de ainda CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 60 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): apresentar uma alta morbimortalidade, esses números vêm diminuindo com a melhoria das novas drogas e novos estudos. Objetivo: Relatar um caso de síndrome coronariana aguda com supra de st em um paciente jovem para discussão de terapias alternativas e uma melhor abordagem biopsicossocial no que tange ao consumo de drogas. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso realizado através da coleta dados do prontuário de um paciente internado na enfermaria do Hospital Central Coronel Pedro Germano e sua evolução no decorrer da terapia empregada. Resultado: Após o diagnóstico de síndrome coronariana com supra de st, apresentando elevação do segmento st em DI, DII, V3, V4, V5 e V6. Após a administração da terapia com enoxaparina, sinvastatina, AAS, clopidogrel, isordil e atenolol, evoluiu com melhora do estado geral e resolução do quadro álgico. Após a alta, foi encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para que possa tratar a dependência química. Conclusão: Conclui-se que quando o caso de síndrome coronariana aguda com supra st é bem conduzido, podemos ter sucesso no tratamento empregado. Entretanto, o caso extrapola os limites da cardiologia e envolve fatores biopsicossociais que merecem a devida atenção. Fontes: MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências Clínicas: Abordagem Prática. 2013. Disponível em: <http://www.medicinadeemergencia.com.br/2013/>. Acesso em: 21 set. 2014. FAUCI, Anthony S.. HARRISON MEDICINA INTERNA. 17. ed. Rio de Janeiro: Amgh Editora Ltda, 2008. 2 v GOLDMAN, L; AUSIELLO D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 23ªEd. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2011 PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Carcinoma pulmonar de pequenas células com metástase cardíaca em mulher jovem não fumante: Relato de caso. Ac. Anna Karoline Rocha de Sousa; Ac. Guilherme Monteiro Constant; Ac. José Sharllon de Souza Silva; Prof. Manoel Correia de Araújo Sobrinho (Orientador). Instituições: 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2- Hospital do Açúcar. Resumo Introdução:As neoplasias pulmonares são classificadas em cânceres pulmonares de células não pequenas e cânceres pulmonares de pequenas células (CPPC). Este último corresponde a cerca de 20% dos casos, sendo mais comum em homens, com predomínio entre a 6ª ou 7ª décadas de vida, e com forte associação com o tabagismo. É marcado pelo comportamento altamente invasivo, comumente apresentando doença extensa já no momento do diagnóstico. A metástase cardíaca se dá em 15% dos casos de câncer de pulmão, enquanto que o acometimento pericárdico chega a 30% dos casos. Objetivo: Descrever um caso de metástase cardíaca por carcinoma pulmonar de pequenas células numa paciente fora do perfil epidemiológico tradicional. Metodologia: Análise de prontuário e exames complementares da paciente referente ao período de sua internação hospitalar. Relato de caso: JAS, sexo feminino, 47 anos. Deu entrada no serviço de emergência em maio de 2014 com quadro de dispneia aos mínimos esforços, edema em membros inferiores associados a tosse improdutiva persistente e dor infra-mamária. Referia evolução progressiva do quadro há 5 meses, com perda de peso. Negou tabagismo, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. À radiografia de tórax foram evidenciados derrame pleural bilateral e massa em hemitórax direito, gerando duas hipóteses etiológicas: pneumonia ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A paciente foi encaminhada para ser acompanhada, em regime de internação, pela equipe de cardiologia. O ecocardiograma evidenciou massa tumoral no interior do átrio direito com sinais de obstrução diastólica do anel valvar tricúspide. Suspeitou-se então de mixoma. À tomografia, foi evidenciada massa tumoral no hemitórax direito fazendo corpo com átrio direito. No interior deste visualizou-se massa tumoral, sendo levantadas as hipóteses de mixoma e rabdomiosarcoma. Biópsia revelou: quadro histológico consistente com neoplasia de células pequenas, provável carcinoma de vias aéreas, com disseminação para mediastino e átrio direito. Paciente foi encaminhada para radio e quimioterapia. Conclusão: O carcinoma pulmonar de pequenas células é diretamente ligado ao tabagismo, sendo especialmente prevalente em homens idosos. A ausência dessas características epidemiológicas e a sintomatologia ligada, sobretudo, ao acometimento cardíaco dificultam o diagnóstico clínico, retardando o curso de tratamento. PESQUISA ORIGINAL Mortalidade por Doença Isquêmica do Coração em Idosos Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Imirá Machado Magalhãe, Ac. Paulo Victor Vicentin Mata1, Ac. Ana Lívia Santos Barros, Ac. Patrícia Carvalho Medrado, Prof. João Klínio Cavalcante(Orientador). 1- 2- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução:Nos últimos anos ocorreram diversas alterações no processo saúde-doença no Brasil, com mudanças na morbimortalidade e aumento da expectativa de vida, através de políticas públicas voltadas ao saneamento básico e controle de doenças infectocontagiosas e crônico-degenerativas. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), a esperança de vida ao nascer era de aproximadamente 43 anos CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 61 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): em 1950 e chegou a 73,3 anos em 2010. Segundo o Censo Demográfico de 2010, a proporção de habitantes acima de 60 anos era de 10,8%. As doenças crônicas degenerativas passaram a ser as principais causas de adoecimento e morte da população, especialmente entre idosos. Dentre estas, as doenças do aparelho circulatório (DAC) assumem papel de destaque, sendo responsáveis por 28,22% dos óbitos no Brasil, em 2012, destacando-se as doenças isquêmicas do coração (DIC), totalizando mais de 30% dos óbitos por DAC. Objetivo:Descrever a distribuição dos óbitos por DIC ocorrida em idosos, residentes no Estado de Alagoas, no ano 2012. Metodologia: Estudo descritivo-documental, segundo dados disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) com causa básica de DIC em idosos no Estado de Alagoas, ocorridos em 2012. Considerou idoso aquele com idade maior ou igual a 60 anos, segundo Estatuto do Idoso. Dos dados constantes na declaração de óbito foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, sexo, cor/raça, estado civil, escolaridade, local de ocorrência do óbito. A variável idade foi categorizada em faixas etárias de 60-69 anos, 70-79 anos e acima de 80 anos. Resultados: O total de óbitos por DIC em idosos foi de 1013, representando 73,5% em 2012. A população masculina representou 52,7% dos óbitos. A faixa etária com maior número de óbitos foi 80 anos ou mais, com 34,5%. A cor parda representou 61,2% dos óbitos. Quanto ao estado civil, predominou casados com 36,8%, seguindo-se os viúvos com 26,1%. Quanto à escolaridade, predominou a categoria de nenhum ano de estudos com 38%, seguindo-se do percentual ignorado 28%. O hospital foi o principal local de ocorrência com 55,3%. A cor parda predominou em ambos os sexos. O maior percentual de óbitos femininos ocorreu no estado civil viúvo, com 37%, e com menor escolaridade; enquanto no sexo masculino ocorreu dentre os casados, com 49%, e com maior escolaridade. Os óbitos femininos aumentaram com a faixa etária, enquanto os masculinos diminuíram. O principal local de ocorrência dos óbitos foi o hospital para as faixas etárias de 60-69 anos e 70-79 anos, para a faixa etária de 80 anos ou mais ocorreram mais óbitos domiciliares. Conclusão: Os dados mostram que há um aumento na proporção dos óbitos femininos por DIC em idosos concomitante com o aumento da faixa etária, o que não ocorre com os óbitos masculinos. O estudo aponta para desigualdade s social, como a menor escolaridade entre os óbitos femininos, bem como a predominância da cor branca entre os óbitos nas faixas etárias mais elevadas. PESQUISA ORIGINAL As endotelinas como marcador do envelhecimento tissular de valvas cardíacas. Autores: Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac.João Paulo de Andrade Fonseca; Ac. Mateus Santana de Andrade; Ac. Williasmin Batista de Sousa; Profª. Tania Maria de Andrade Rodrigues(Orientadora). Grupo de Anatomia Molecular, Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe. Introdução: As endotelinas(ETs) são uma família formada por três isopeptídeos endógenos (ET-1, ET-2, ET-3) e dois receptores, ETrA e ETrB, os quais possuem ações opostas: enquanto ETrA leva à vasoconstricção e aumento do inotropismo, o ETrB leva à vasodilatação através da liberação de Óxido nítrico e prostaciclinas. A ET é dependente de cálcio extracelular, e está associada à resposta inflamatória encontrada no envelhecimento, quando ocorre substituição fibrosa e calcificação nas valvas mitral e aórtica. Objetivo: Avaliar o papel das Endotelinas como marcadores do envelhecimento de valvas cardíacas. Metodologia: Trata-se de um estudo experimental e randomizado. Foram coletadas dez valvas mitrais de indivíduos do Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju-SE que foram a óbito por morte violenta;aamostra foi composta de oito valvas de indivíduos idosos e duas valvas de jovens, sendo todos do sexo masculino. Inicialmente, foram feitas análise em cortes histológicos corados em Hematoxilina e Eosina (HE) e em seguida, análise Imunohistoquímica(IHQ). As valvas foram submetidas a cortes histológicos corados em HE e depois, à fixação em solução de formalina neutra a 10%, submetidas à descalcificação, embebidas em parafina e cortadas em micrótomo, com espessura de 4μm. A coloração da IHQ foi obtida através da utilização de anticorpos policlonais para ETrA e ETrB com diluição 1:100. Posteriormente, foi feito cruzamento entre a evidência de Ca2+ nos cortes histológicos corados em HE e a análise quantitativa da área expressa pela IHQ de cada receptor em relação à área total de cada lâmina através da utilização do softwereImage J®. A análise estatística foi feita através de Medidas de tendência central e desvio-padrão; e significância inferido através de p=0,05.Resultados: A análise dos cortes histológicos exibiu calcificação nas oito valvas idosas; não sendo exibida calcificação nas valvas jovens. Na análise quantitativa, das dez amostras, observou-se que a expressão IHQ positiva para ET-1 e receptores foi de 18,21 ± 14,96%. Para ETrA e ETrB, as áreas médias expressas foram respectivamente de 15,06 ± 13,13% e 9,20± 11,09%. A correlação entre os níveis de ET e a calcificação histológica foi fortemente positiva(R: 0,74; p:0,02). Conclusão: Os dados sugerem correlação positiva entre a calcificação valvar e os níveis altos de ET. Portanto, necessita-se de novos estudos para corroborar evidência de ET sérica como biomarcador da evolução do processo de envelhecimento. PESQUISA ORIGINAL Título: Estudo populacional da ocorrência de dislipidemia em crianças e adolescentes Autores:Ac. Mateus Santana de Andrade;Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac. Joventino Teodoro Moreira do Prado; Ac. Nilles Benjamin da Silva Dias; Prof. ª Tania Maria de Andrade Rodrigues (Orientadora). Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, BRASIL¹ Introdução: Dislipidemia é um distúrbio metabólico caracterizado por concentrações anormais de lipídios séricos, sendo determinada por fatores genéticos e ambientais, e sua principal implicação patológica é a doença arterial coronariana (DAC). A prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes varia no mundo entre 2,9 e 33%. No Brasil, essa prevalência se situa entre 28 e 40%. A classificação bioquímica considera os valores do colesterol total (CT), LDL ligado ao colesterol (LDL-C), triglicérides (TG) e HDL ligado ao colesterol (HDL-C) e compreende quatro tipos principais: hipercolesterolemia isolada (HCI), hipertrigliceridemia isolada (HTI), hiperlipidemia mista (HLM) e HDL-C baixo.ObjeCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 62 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): tivos: Analisar a ocorrência de dislipidemia em crianças e adolescentes Métodos: Este trabalho é um estudo analítico de 10731 lipidogramas, sendo 1316 de crianças e adolescentes, que foram divididos em dois grupos: 0 a 12 anos e 13 a 20 anos. Os lipidogramas foram coletados em laboratórios de análises clínicas da rede privada de saúde da cidade de Aracaju, Sergipe, no período de janeiro de 2012 a junho de 2013. O teste de regressão logística foi realizado através da ferramenta estatística GraphPadPrism versão 5.00, considerando significativo o valor de p<0.05. Resultados: Dos 1316 lipidogramas analisados, 39,6% foram do grupo de 0 a 12 anos (n=521) e 60,4%, do grupo de 13 a 20 anos (n=795). Na amostra total de crianças e adolescentes, 55,4% apresentaram dislipidemias, e as médias de concentração dos lípides foram: CT (167,6±36,2), HDL (47,5±10,5), LDL (101,6±30,5), VLDL (18,5±10,4), TG (92,4±51,9), LT (500,1±75,9). No grupo das crianças, a média de idade foi de 7,3±3,7 anos, a incidência relativa das dislipidemias foi: HDL-C baixo (41,84%), HCI (2,11%), HTI (8,06%), HLM (0,38%). No grupo dos adolescentes, a média de idade foi de 16,3±1,9 anos, a incidência relativa das dislipidemias foi: HDL-C baixo (42,52%), HCI (3,65%) e HTI (10,31%).Conclusão: As dislipidemias estão cada vez mais frequentes na infância e adolescência e a modificação do estilo de vida da população brasileira está-se refletindo nas condições de saúde infantil. Torna-se importante a melhoria em políticas públicas para que se possa evitar e combater cada vez mais cedo as doenças cardiovasculares, que, segundo a OMS, são a principal causa de morte no mundo. PESQUISA ORIGINAL Estudo quantitativo da expressão gênica da endotelina-1 na fisiologia do envelhecimento valvar. Autores: Ac. Manuela Sena de Freitas; Ac. Carlos Aurélio Santos Aragão; Ac. Silvio Henrique Vieira de Freitas; Ac. Manoela Pellegrini; Ac. Rafael Rocha de Araújo; Prof.ª Tania Maria de Andrade Rodrigues ; (Orientadora). ¹ Grupo de Anatomia Molecular, ²Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe. Introdução:O processo de envelhecimento vem sendo correlacionado com a ação do subtipo 1 de endotelina (ET-1) e de seus receptores (ETrA e ETrB). A ET é dependente de cálcio extracelular, e está associada à resposta inflamatória encontrada no envelhecimento, quando ocorre substituição fibrosa e calcificação nas valvas mitral e aórtica. Objetivo: Avaliar o papel das Endotelinas como marcadores do envelhecimento de valvas cardíacas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental e randomizado que pretende analisar, através do PCRreal time(reação de cadeia de polimerase em tempo real), a expressão gênica da ET-1em valvas mitrais de pacientes idosos (Acima de 60 anos) de ambos os sexos submetidos à troca valvar .Foram coletadas sete valvas mitrais em dois hospitais de Aracaju/SE. Cada valva sofreu fragmentação, originando três segmentos que foram submetidos à extração de RNA total. Em seguida, cada amostra de RNA total foi quantificada pela espectrofotometria. Através da reação de Transcriptase Reversa, foi obtido o cDNA total de cada amostra e a partir dele, realizou-se a técnica de amplificação do fragmento alvo por PCR em tempo real, com a quantificação de cada amostra.Análiseestatística:Os dados foram tabulados e analisados pelo programa do aparelho CFX96 Real Time System (BIORAD®), e os cálculos da expressão relativa foram realizados pelo método do Delta Ct. Resultados: As concentrações médias de ácido nucléico (RNA total) e de cDNAf oram respectivamente de 27,21±30,26 ng/ul e de 609,4±80,60ng/ul. Os valores médios de absorbância em 260 e 280nm foram respectivamente de 0,67±0,74 UA (A260) e de 0,33±0,36 UA (A280). Já a proporção A260/A280 foi de 1,91±0,20.Das sete amostras coletadas, observou-se a expressão de ET-1 em todas elas, sendo que quantitativamente, a expressão gênica média relativa para ET-1 foi de62,85±25,63%.Conclusões: A ET-1 está relacionada com a vasoconstricção e com processos inflamatórios presentes no envelhecimento valvar, portanto, sua expressão já era esperada, confirmando assim, o seu envolvimento na homeostase cardiovascular. PESQUISA ORIGINAL Programação fetal induzida pela exposição materna à Dieta Básica Reginal (DBR) associado ao exercício físico na prole adulta: efeitos sobre os níveis pressóricos. Autores:. Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Taciana Maria Pereira de Lima, Jonaina Fiorim, PhD Dalton Valentim Vassallo (Orientador, PhD Carlos Peres da Costa (Orientador ). Instituições: Laboratório de Fisiologia Cardiopulmonar, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE¹. Laboratório de Eletromecânica Cardíaca, Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES. Pesquisa Original Introdução: A desnutrição, durante o período perinatal, é uma das principais causas de várias alterações sistêmicas, caracterizando-se como um dos maiores problemas de saúde pública nos países subdesenvolvidos. Por outro lado, é bem estabelecido quão benéfico é a prática de atividade física para o sistema cardiovascular, uma vez que, atua principalmente, sobre a freqüência cardíaca, contratilidade do miocárdio e pressão arterial. Entretanto, não está bem elucidado de que maneira o exercício físico atua no sistema cardiovascular, principalmente em parâmetros como a Pressão Arterial, de animais que foram expostos à desnutrição durante a gestação. Utilizando um modelo experimental, que reproduz em ratos um tipo de má nutrição humana encontrada no Nordeste do Brasil, utilizamos uma dieta multideficiente hipoproteica e hipercalórica, a Dieta Básica Regional (DBR). Objetivo: avaliar a influência do treinamento físico sobre os níveis de pressão arterial de animais submetidos à desnutrição multicarenciada durante o período perinatal e o ganho ponderal, em ratos Wistar na fase adulta. Métodos: A má CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 63 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): nutrição materna foi induzida durante o acasalamento, gestação e lactação através de uma dieta multicarenciada, denominada Dieta Básica Regional (DBR). Os animais foram gerados e amamentados por matrizes alimentadas com a dieta normoproteica ou multicarenciada (DBR). Inicialmente, foram formados dois grupos, o desnutrido (D), alimentado com a dieta multicarenciada e o controle (C), alimentado com a dieta normoproteica. Na sétima semana, de acordo com a realização ou não de atividade física, cada grupo foi subdividido em dois subgrupos, Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Desnutrido Sedentário (DS) e Desnutrido Treinado (DT). O treinamento foi realizado com exercício aeróbico moderado em esteira elétrica durante 8 semanas, 5 dias/semana, com a velocidade e o tempo aumentando progressivamente. A pressão arterial sistólica foi analisada, de forma indireta, pelo método de pletismografia de cauda. A análise estatística foi realizada através de ANOVA, duas vias, pós-teste Bonferroni, e teste t de Student não pareado (p < 0,05). Resultados: A PAS do grupo DS (152.49 ± 2.49, n = 10) mostrou-se elevada em relação à CT (133.42 ± 1.92, n = 12), CS (134.50 ± 1.96, n = 8) e DT (139.54 ± 2.28, n = 11) (p<0.001). Entretanto, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos controle (CS e CT). Em relação ao ganho ponderal, a desnutrição materna acarretou baixo peso ao nascimento (14.12 ± 0.39 vs. 8.34 ± 0.19, p <0.001), o que perdurou durante a lactação (43.78 ± 0.48 vs 15.69 ± 0.57, p <0.001). Os animais desnutridos, treinados ou sedentários, apresentaram, peso corporal menor que os sedentários controle no início do protocolo de treinamento (163.00 ± 5.75 vs 114.27 ± 3.29, p <0.001). Ao final do treinamento, os resultados demonstraram que os animais treinados apresentaram menor peso corporal em relação aos animais do grupo sedentário (244.91 ± 7.92 vs 282, 38 ± 10.38, p <0.01). Conclusão: O treinamento foi capaz de reduzir a pressão arterial dos animais desnutridos, provavelmente pelo envolvimento do sistema vascular através do aumento da liberação/biodisponibilidade do NO. Palavras-chave: desnutrição, exercício, PAS. Pesquisa Original Perfil clínico em pacientes com Insuficência Cardíaca: resultados intra-hospitalares Autores:Acad. Robert Lincoln Barros Melo, Dr. Irving Gabriel Araújo BispoDra. Luiza Helena Miranda, Dr. Felix José Alvarez Ramires , Afiliações: 1.Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, Alagoas. Brasil 2. Residente de Cardiologia do Hospital do Coração - São Paulo, SP. Brasil 3. Cardiologista do Hospital do Coração – São Paulo SP. Brasil Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome prevalente, com potencial de progressão, com seus portadores na fase avançada apresentando alta morbimortalidade. Representa um importante e crescente problema de saúde pública na sociedade atual, afetando 2%-3% da população adulta dos países desenvolvidos. São poucas as análises sobre a qualidade do tratamento da IC no Brasil. Objetivo:Nosso objetivo foi avaliar a qualidade assistencial e o perfil clínico dos pacientes admitidos com IC no Hospital do Coração de São Paulo entre outubro de 2012 a janeiro de 2013. Métodologia: Dados coletados do programa de Insuficiência Cardíaca do Hospital do Coração no período de outubro de 2012 a janeiro de 2013 foram analisados de forma retrospectiva avaliando as variáveis clínicas, mortalidade e de reinternação. Foram incluídos no estudo 93 pacientes, das quais 54 pacientes eram reinternações e 39 considerados pacientes novos. Resultados: Com relação às etiologias da IC podemos observar que a causa isquêmica é a mais prevalente correspondendo a 70% dos pacientes que internaram neste período. Em segundo lugar a Miocardiopatia Dilatada idiopática representou 18% dos pacientes admitidos no mesmo período. O tempo médio de internação até a sua compensação e alta hospitalar variou de oito a vinte e quadro dias.Com relação ao tempo de reinternação observamos uma variação de cento e trinta dias até 48 dias, podemos notar na tabela acima que o tempo de reinternação possui uma associação direta com o tempo em que o paciente permaneceu internado. Observamos também queexiste uma subutilização de medicamentos para IC durante a admissão hospitalar. A porcentagem de pacientes admitidos com insuficiência cardíaca descompensada que faziam uso domiciliar de IECA e BRA variou de 28 a 45%, uso prévio de betabloqueadores variou de 50 a 80%e o uso de inibidores da aldosterona variou de50 a 56% .Conclusões: Analisando os resultados dos últimos quatro meses dos pacientes que internaram com insuficiência cardíaca em nosso hospital observamos através de uma análise retrospectiva que apesar da baixa mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca existe uma alta taxa de reinternação. A etiologia mais prevalente em nossa analise foi a causa isquêmica. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 64 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL ESTUDO ANATÔMICO DAS VÁLVAS VENOSAS DO SEGMENTO FÊMORO ILÍACO HUMANO Autores:Ac.Camila Vieira de Carvalho Pereira Reis; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac. Marcus Vinícius Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira ; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: É relatado na literatura a relação da insuficiência das valvas venosas do segmento fêmoro-ilíaco na gênese da insuficiência venosa crônica e de varizes de membros inferiores. As valvas venosas do segmento venoso fêmoro-ilíaco são descritas como semilunares porém sua caracterização anatômica e seu estudo ainda permanece como campo de pesquisa de interesse devido a possível relação com a doença venosa. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das valvas venosas do segmento venoso fêmoro-ilíaco em humanos.Métodologia Estudou-se no Serviço de Verificação de Óbito e Medicina Legal-Alfenas, MG a anatomia macro e microscópica das valvas do segmento venoso fêmoro-ilíaco em cinco cadáveres humanos necropsiados causa mortis natural com membros inferiores sem sinais patológicos sugestivos de insuficiência venosa crônica ( Grupo I-controle; n= 5) e em cinco humanos com sinais macroscópicos de insuficiência venosa crônica nos membros inferiores como dermatite ocre, varizes, eczema, dermatofibrose e úlcera de estase ( Grupo II; n=5). Após dissecção anatômica da região inguinocrural e laparotomiamediana foram retirados os segmentos venosos fêmoro-ilíacos. Observou-se o diâmetro da segmento venoso macroscopicamente com paquímetro 3 cm a jusante, no nível da valva e segmento inferior a montante das valvas. O número de valvas venosas e seu aspecto morfológico macroscópico no segmento venoso fêmoro-iliaco também foi avaliado.Analisou-se a microscopia óptica após através de fixação em formol 10%, inclusão em parafina e coloração com hematoxilina eosina as possíveis alterações microscópicas das valvas venosas nos pacientes de ambos os grupos. Os resultados foram analisados pelos métodos estatísticos t de student e Kruskall-Waliis com grau de significância de 0,05. Resultados Observou-se dilatação dos segmentos venoso nos segmentos venosos do Grupo II. O número médio de valvas venosas fêmoro-ilíacas foi de 2,6 no GrupoI e 2,4 no Grupo II.Á microscopia óptica observou-se nos segmentos venosos do Grupo II dissociação e ruptura das fibras musculares e colágenas da parede venosa associada a dilatação do segmento com afastamento das cúspides.As características macroscópicas das valvas do segmento venoso fêmoro-ilíaco foi de aparência semilunar das válvulas constituintes com presença de 2 cúspides em todos os segmentos. Conclusão Os resultados evidenciaram que a insuficiência das valvas do segmento venoso fêmoro-ilíaco associam-se com os quadros de insuficiência venosa crônica.e possivelmente associam-se com a etiologia desta patologia. PESQUISA ORIGINAL ESTUDO COMPARATIVO DA ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA EM SEGMENTOS DE AORTATORÁCICA ASCENDENTE, ARCO AÓRTICO, TORÁCICA DESCENDENTE E AORTAABDOMINAL INFRARRENAL EM PACIENTES COM ANEURISMA DE AORTA ROTOS Autores:Ac.Cristina Bastos Vieira ; Ac. Leandro Nogueira Giffoni do Amaral ; Ac. Jéssica Toledo Bonifácio Guimarães; Ac. Marcus Vinícius Caixeta Ferreira;Ac. João Ricardo Soares Moreira; Prof. João Batista Vieira de Carvalho( orientador). Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: É relatado na literatura a relação da diminuição da espessura da parede aórtica na etiologia de diversas patologias aórticas particularmente com aneurismas aórticos. A diminuição da espessura da cavidade média da aorta e sua associação com ocorrência de aneurismas aórticos é relatada na literatura. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a espessura da camada média da aorta em diversos segmentos da aorta de humano que faleceram de aneurisma aórticos abdominais infrarrenaisrotos.. Métodologia: Utilizou-se amostras de segmentos de aorta ascendente, croça aórtica, torácica descendente e aorta abdominal infrarrenal em cinco humanos submetidos a necropsia com diagnóstico de aneurisma aórtico abdominal roto que evoluíram para o óbito após tratamento cirúrgico.Foram estudadas as espessuras das camadas médias dos segmentos de aorta ascendente, croça aórtica, torácica descendente, abdominal infrarrenal através de fixação em formol 10%, CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 65 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): inclusão em parafina e coloração com hematoxilina eosina. A espessura da camada média dos segmentos foi comparada após análise morfométrica de sua espessura em micrometros à microscopia óptica.Os resultados foram analisados pelos métodos estatísticos t de student e Kruskall-Waliis com grau de significância de 0,05. Resultados:Observou-se uma menor espessura da camada média no segmento aórtico abdominal infrarrenalcom diferença estatística significativa em relação aos demais segmentos aórticos. Conclusão: Os resultados evidenciaram uma menor espessura do segmento aórtico infrarrenal nos pacientes que evoluíram para o óbito decorrente de rupturas de aneurismas aórticos infrarrenais o que sugere uma possível relação com a ocorrência de ruptura em doença aneurismática na aorta abdominal infrarrenal. PESQUISA ORIGINAL RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR COM NEOVASOS OBTIDOS DE SEGMENTOS DE DURA-MATER DE PORCOS Autores:Ac. Diego Furtado da Cunha ¹; Ac. Sarah Tucci de Biaso ¹; Ac. Ana Paula Ghisi ¹; Ac. Cristina Ribeiro Viana ¹; Ac. João Raphael Cabrla¹; Prof. João Batista Vieira de Carvalho¹ ( orientador) ². Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução:Os vasos autólogos nem sempre estão disponíveis para o emprego em reconstrução arterial. A busca de substituto vascular adequado com complicações mínimas persiste como linha de pesquisa mundial. Objetivo:Estudar o comportamento de neovaso obtido da dura-máter de porcos na substituição de segmentos vasculares. Métodologia:Utilizou-se 20-vinte porcos machos sendo 10 doadores e 10 receptores com peso médio de 35 kg que foram submetidos a anestesia geral. Nos porco doadores realizou-se craniotomia e retirada desegmentos de dura-máter de 10 x 10 cm quadrangulares moldados para constituir neovaso..Nos porcos receptores (n=10) através de inguinotomia esquerda vertical dissecou-se a artéria femoral superficial.Realizou-se heparinização com 1 ml de heparina solução Roche.Procedeu-se à arterectomia de 7,0 cm desta artéria após clampeamento vascular e a seguir implante do neovaso de dura-máter com anastomose T-T com prolene 50 contínuo.} e inguinorrafia.Após 30 dias de Pós-operatório foram retirados os enxertos e submetidos a exame macro e microscópico com HE.Resultados:Observou-se trombose em 30 % dos enxertos. Em 70 % dos enxertos observou-se a patência. Conclusões:Apesar da alta prevalência de trombose, observou-se que 70 % dos enxertos encontravam-se patentes. Os segmentos de dura-máter constituindo neovasos podem representar uma opção para substituição arterial. PESQUISA ORIGINAL RESULTADOS EXPERIMENTAIS DA SUBSTITUIÇÃO VASCULAR EM VASOS PERIFÉRICOS COM NEOVASOS OBTIDOS DE SEGMENTOS DE PERICÁRDIO BOVINO Autores:Ac. Ana Paula Ghisi ; Nathalia Costa Silva ; Ac. Camila Vilas Boas Anchieta ; Luiz Flávio Cozza Diniz ; Ac. Rafael Kimio S. Haraki ; Prof. João Batista Vieira de Carvalho ( orientador) . Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, MG.Membros da ANGIOLIGA.Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, UNIFENAS, Alfenas, MG. Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Transplante e Reperfusão de Órgãos, UNIFENAS, Alfenas, MG.TCBC MG. Cirurgia Cardíaca. Instituição:Grupo de Transplante e Reperfusão de Órgãos; Angioliga; Departamento de Cirurgia Cardiovascular e Angiologia e Cirurgia Vascular, Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS, Alfenas, MG. Introdução: A substituição vascular permanece uma questão de extrema importância nos pacientes com graves alterações patológicas vasculares associadas a oclusões arteriais e fenômenos isquêmicos agudos e crônicos. A morbimortalidade é alta. As próteses são extremamente suscetíveis de infecção.Os vasos autólogos nem sempre estão disponíveis para o emprego em procedimentos cirúrgicos. A busca de substituto vascular adequado sem complicações persiste como linha de pesquisa mundial.Objetivo: Estudar o comportamento de neovaso obtido de segmentos de pericárdio na substituição de segmentos vasculares periféricos. Método: Utilizou-se segmentos de pericárdio bovino de 10 x 10 cm quadrangulares como neovaso. Os coelhos receptores (n=10) foram operados através de inguinotomia esquerda com incisão vertical e dissecção da artéria femoral superficial. Realizou-se heparinização, arterectomia de 7,0 cm desta artéria e implante do neovaso de pericárdio bovino T-T com prolene 50.Após 30 dias da cirurgia retirou-se os enxertos que foram submetidos a exame anátomo-patológico com HE. Resultados:Observou-se trombose com semioclusão em 40 % dos enxertos. Em 60 % dos enxertos observou-se a patência.Não se observou CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 66 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): a formação de pseudoaneurismas. Conclusão: Apesar da alta prevalência de trombose, observou-se que 60 % dos enxertos encontravam-se patentes. Os segmentos de pericárdio bovino constituindo neovasos podem representar uma opção para a substituição arterial em vasos periféricos. PESQUISA ORIGINAL AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO TRATAMENTO DE UM NOVO DERIVADO TIAZOLÍDÍNICO SOBRE OS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RATOS DIABÉTICOS INDUZIDO POR ESTREPTOZOTOCINA Ac. Francine Iane Gomes de Sá, Maria Juliana Dantas de Paula Marques;Ivan da Rocha Pitta, Glória IsolinaBoente Pinto Duarte1(orientador). 1Laboratório de Fisiologia Cardiovascular, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE, 2Laboratório dePlanejamento e Síntese de Fármacos-Departamento de Antibióticos-UFPE. Pesquisa Original Introdução: Diabetes mellitus (DM) é uma doença sistêmica caracterizada pela regulação metabólica anormal de glicose e lipídeos, resultando em hiperglicemia causada pelo declínio acelerado na função de células beta e hiperlipidemia. Quando esta patologia cursa com a hipertensão, aumenta a severidade do quadro e eleva o risco de mortalidade. Avanços importantes ocorreram no estabelecimento de estratégias para o tratamento do DM tipo 2, entre eles o uso de tiazolidinadionas (TZDs). Entretanto, efeitos colaterais como retenção hídrica, ganho de peso, perda de massa óssea e doenças cardiovasculares têm sido notificados. Os mecanismos que levam ao infarto agudo do miocárdio, um dos eventos cardiovasculares associados aTZDs ainda não está esclarecido.Objetivo: Investigar a influência do tratamento com TZDs sobre as complicações decorrentes do DM, tais como, disfunção glicolipoprotéica. Métodos: O LPSF/GQ-11 foi obtido a partir a partir de uma reação de N-alquilação da TZD com haletos de alquila, seguida de Adição de Michael com intermediário de Cope. Para a avaliação bilógica foram utilizados Ratos Wistarcom dois meses de idade, pesando entre 200-250g. Os animais foram divididos em dois grupos: i) controle (n= 6) – normoglicêmico(tratado apenas com tampão citrato);ii)diabético (n = 36) - recebendo uma dose única de 42 mg/Kg de STZ (i.p). Após sete dias da indução do DM,este grupo foi subdividido em: grupo STZ+R (tratado com a droga padrãorosiglitazona (10mg/Kg/dia v.o)); grupo SZT+GQ(LPSF/GQ-11 (10mg/Kg/dia v.o)); grupo STZ (STZ+veículo). Durante o período experimental foram monitorados os consumos de água e ração, e ao final do experimento foram realizadas dosagens bioquímicas.Resultados:Houve um aumento no consumo de ração e água nos grupos diabéticos quando comparados com o grupo controle,confirmando assim o quadro de polifagia, porém após o tratamento com o LPSF/GQ-11 o consumo de ração retornou aos valores normais. Observamos ainda uma diminuição no consumo hídrico, porém esses níveis ainda permaneceram significativamente (p < 0,001) elevados quando comparados ao controle. Os níveis de glicose plasmática observados nos animais tratados com STZ (42 mg/Kg, i.p.) foram significativamente elevados (p < 0,001) quando comparado aos animais controle (387,9 ± 12,3vs 95,3 ± 1,8 mg/dL, respectivamente), configurando um quadro de hiperglicemia.O tratamento com o LPSF/GQ-11levou a uma melhora no quadro de hiperglicemia, normalizando assim os níveis de glicose plasmática. Conclusões: O tratamento com o LPSF/GQ-11 reduziu o quadro de polifagia, eos níveis de glicose e triglicerídeos plasmáticos, o que pode ser sugestivo de uma possível melhoria no risco vascular. Assim, mais estudos com outros modelos experimentais, como os de resistência à insulina, podem ser importantes para se definir o papel deste candidato à fármaco na terapia do diabetes. PESQUISA ORIGINAL CORRELAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E NÍVEIS DE INSULINA PLASMÁTICA Ac. Beth Águida Silva Pires, Ac. Jéssica Jakeline Batista Tavares da Silva, Ac. Tatiane de Souza Santos, Ac. Tiago Moura de Freitas, Ac. Victor Pereira de Oliveira Rocha, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora). 1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Forma de Apresentação: Oral Pesquisa Original Introdução: Por vezes a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) essencial tem sido considerada uma doença cardiovascular idiopática, mas que pode estar associada com o aumento da atividade simpática devido a doenças metabólicas, como Hiperinsulinemia/Resistência à Insulina (HI/RI). Há relatos de que HI induz uma maior ativação do sistema nervoso simpático, causando uma elevação nos níveis plasmáticos de norepinefrina, levando à vasoconstricção e antagonizando com o efeito vasodilatador da insulina, que já ocorre de forma prejudicada devido à RI. A presença de HI/RI também pode evocar uma hiperatividade simpática no músculo cardíaco e aumentar débito e frequência cardíaca, promovendo hipertrofia ventricular esquerda. Insulina e norepinefrina também apresentam um reconhecido papel na remodelação vascular, por estimular a proliferação muscular lisa, incluindo a dos vasos renais, ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Esta ativação acelera e mantém o desenvolvimento da HAS, promovendo retenção de água e sódio. Contudo, mais estudos são necessários, desde que ainda não está totalmente claro se estas desordens metabólicas estão correlacionadas e de que forma se correlacionam nas diferentes populações. Objetivos: Analisar a presença de HAS em uma popu- CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 67 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): lação urbana de Pernambuco e identificar os níveis de insulina em normotensos e hipertensos, para investigar possíveis diferenças entre os grupos e correlação entre HAS e níveis de insulina plasmática. Metodologia: Foram selecionados 183 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 81 anos (média de 46 ± erro padrão da média de 1,1), após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa, selecionados aleatoriamente em comunidades urbanas do Estado. Todos os indivíduos tiveram seus níveis de pressão arterial sistêmica aferidos conforme o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão. Amostras foram coletadas após jejum de 12h e processadas para determinação dos níveis plasmáticos de insulina, através de MEIA – Imunoensaio Enzimático por Micropartículas. Teste T desemparelhado e Correlação de Pearson foram acessados (p<0,05). Resultados: HAS esteve presente em 31% dos voluntários e mostraram os maiores níveis de insulina (14,1 ± 1,4 versus 9,9 ± 0,8; p=0,0097), quando comparados aos indivíduos normotensos. Também foi encontrado que os valores de Pressão Arterial Sistólica e de Pressão Arterial Diastólica correlacionaram-se de forma positiva e significativa com os valores de insulina plasmática. Conclusão: Este estudo sugere que a HAS pode ser muito mais do que uma doença cardiovascular idiopática e que HI/ RI pode apresentar um importante papel na sua fisiopatogênese. Assim a detecção clínico-laboratorial de HI/RI na HAS pode vir a contribuir para um melhor prognóstico do indivíduo. Apoio Financeiro:CAPES, CNPq, FACEPE. PESQUISA ORIGINAL EFEITO CONTRATIL E ANTIOXIDANTE DA DIOSMINA NA INJÚRIA DE ISQUEMIA/REPERFUSÃO CARDÍACA Autores: José Marden Mendes Neto, Grace Kelly Melo de Almeida, Itamar Couto Guedes de Jesus, Péligris Henrique dos Santos, Carla Maria Lins de Vasconcelos, Sandra Lauton Santos (Orientador). Instituições: ¹Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Fisiologia, Laboratório de Biofísica do Coração. Introdução: A reperfusão é uma intervenção utilizada em pacientes que sofrem infarto agudo do miocárdio, porém exacerba a lesãoisquêmica cardíaca que apresenta as seguintes características: a depressão da contratilidade cardíaca, o surgimento de arritmias graves, tais como: taquicardia e fibrilação ventricular e a formação de radicais livres, evidenciando o estresse oxidativo, esse processo é responsável pela degradação das membranas celulares, ou seja, lipoperoxidação.Objetivo Verificar o efeito da diosmina nos aspectos contráteis e redox no coração de ratos submetidos à isquemia/reperfusão.Metodologia Foram utilizados ratos Wistar (250-300g) divididos em quatro grupos: (1) Sham; (2) Isquemia+Reperfusão com veículo (IR + Veículo); (3) Isquemia + Reperfusão com diosmina (IR + Diosmina); (4) Isquemia + Reperfusão com NAC (IR +NAC). Os corações isolados foram montados em Langendorff. Foi feito isquemia global do miocárdio por 30 minutos e após este período, o fluxo foi restabelecido e mantido por um período de 60 minutos. Investigou-se a pressão ventricular esquerda (PVE), o índice de severidade da arritmia, a concentração de hidoperóxidos totais e a área de lesão. A estatística empregada foi análise de variância (ANOVA) de uma via e o pós-teste de Bonferroni- valor de p < 0,05.Resultados Os corações que sofreram isquemia e foram reperfundidos com diosmina evidenciaram aumento da PVE (1,10±0,08 cmHg,n= 4,p<0,05) similar ao controle positivo, grupo NAC (1,0±0,09cmHg, n=5), porém no grupo veículo (0,3±0,1cmHg,n=6,p<0,05), ocorreuredução da função contrátil em comparação ao grupo diosmina. No índice de severidade da arritmia (ASI), corações do grupo veículo evidenciaram maior número de arritmias (9,6± 0,9n= 6) em comparação com o grupo diosmina (3,3± 0,9n= 6, p< 0,05) que não mostrou diferença estatística com o grupo NAC(3,7 ± 0,6, n=7, p< 0,05). Na peroxidação lipídica, investigou-se a formação de hidroperóxidos totais, a diosmina reduz a formação dessas substâncias (3,4x10-6±0,69x10-6mol/L, n= 11, p< 0,05) e esse efeito se assemelha ao desencadeado pelo NAC (1,90 x 10-6 ± 0,38x10-6 mol/ L, n= 8, p< 0,05); já no grupo veículo, a formação de hidroperóxidos totais foi maior (9,5x10-6± 2,5x10-7mol/L,n = 7; p< 0,05) em comparação ao grupo sham (4,90 x 10-6 ±0, 93 x 10-6 mol/L (n= 13). Na demarcação da área de lesão,o grupo sham não apresentou área isquêmica (0,0±0,0; n= 4) quando se comparou essa resposta a demonstrada no grupo veículo (21,5±3,6n= 4p<0,05), identificou-se que houve aumento da lesão; já nos grupos diosmina e NAC, ocorreu redução da área de infarto (6,9±0,8 %e6,3±1,1% respectivamente, n= 4; n= 5, p< 0,05).Conclusão A Diosmina contribui para a recuperação cardíaca elevandoa PVE, reduzindo o número de arritmias e a degradação das membranas pelas espécies reativas de oxigênio, culminando na redução da área de lesão. Apresentação em mural – pesquisa original. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 68 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Pesquisa Original RELAÇÃO ENTRE TEMPO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORCÓPREA E VOLUME DE SANGRAMEMENTO PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES IDOSOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA. EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Andréia Cristina Passaroni, Aline Andréa Teodoro dos Santos, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP Introdução: Devido ao envelhecimento populacional, aumento da expectativa de vida e a melhora da qualidade de vida da população mundial, cada vez maior é o número de pacientes idosos submetidos à cirurgia cardíaca. Durante a circulação extracorpórea (CEC), vários são os fatores que contribuem para sangramento pós-operatório, como trauma e contato dos elementos figurados do sangue com os circuitos não endotelizados, hipotermia, hemodiluição, resposta inflamatória sistêmica, entre outros. Objetivo: Avaliar a relação entre tempo de CEC e volume de sangramento pós-operatório em pacientes idosos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado na disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu, onde foram incluídos pacientes com idade igual ou maior que 70 anos submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada com uso de circulação extracorpórea, durante o período de 2005 à 2013. Os critérios de exclusão foram: cirurgia de emergência, reoperações, pacientes com doença hepática, digestiva ou hematológica, insuficiência renal e paciente em vigência de choque cardiogênico, sendo que 84 pacientes foram incluídos neste estudo por obedecerem a tais critérios. As cirurgias foram realizadas por esternotomia mediana, hipotermia leve (32°C) e CEC com bomba de roletes. Em todos os pacientes foram administrados 4 gramas de ácido épsilon aminocapróico durante a CEC. Os grupos foram semelhantes em relação a fatores que pudessem influenciar no sangramento pós-operatório: peso, altura, provas de coagulação sanguínea e contagem de plaquetas. Foram avaliados o tempo de CEC e o volume de sangramento nas primeiras 48h de pós-operatório. Para análise estatística foi utilizado o teste de regressão linear simples. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 73,4 anos (±3,07 anos), sendo que 62% dos pacientes eram do sexo masculino. O tempo de CEC médio foi de 83,8 minutos (±24,2 min) e o volume de sangramento médio foi de 597,62 mililitros (±350,93 ml). Comparando-se tempo de CEC com volume de sangramento através de regressão linear simples (p=0,01, R2 ajustado: 11,16%) apenas 11,16% da variável dependente volume de sangramento é explicada pela variável independente tempo de CEC. Isso significa que outras variáveis estão envolvidas no aumento de sangramento no pós-operatório. Conclusão: O aumento no tempo de circulação extracorpórea não está relacionado ao aumento do volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório em pacientes idosos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Pesquisa Original COMPARAÇÃO ENTRE VOLUME DE SANGRAMEMENTO PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES ADULTOS JOVENS X IDOSOS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA Aline Andréa Teodoro dos Santos, Guilherme Viotto Rodrigues da Silva, Marcello Laneza Felicio, Andréia Cristina Passaroni, Rubens Ramos de Andrade, Nelson Leonardo Kerdahi Leite de Campos Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB/UNESP Introdução: A realização de cirurgia de revascularização do miocárdio em pacientes idosos vem se tornando cada vez mais frequente. Devido ao fato desta população apresentar maior fragilidade capilar, diminuição de reserva funcional de vários órgãos e sistemas, acometimento coronariano mais extenso (artérias rígidas, calcificadas), o risco de desenvolver complicações pós-operatórias é maior do que quando comparado a pacientes de menor idade. O sangramento excessivo no pós-operatório pode causar aumento da morbimortalidade cirúrgica, além do impacto negativa nos custos das internações, devido maior número de hemotransfusões, reoperações e na maioria das vezes, maior tempo de internação. Objetivo: Comparar o volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório em pacientes adultos jovens X idosos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Metodologia: Estudo retrospectivo, realizado na disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina de Botucatu, onde foram incluídos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada com uso de circulação extracorpórea, durante o período de 2005 à 2013. Os pacientes foram divididos em dois grupos: G1 – Idade > 70 anos – com 84 pacientes e Grupo 2 – Idade < 70 anos – com 178 pacientes. Os critérios de exclusão foram: cirurgia de emergência, reoperações, pacientes com doença hepática, digestiva ou hematológica, insuficiência renal e paciente em vigência de choque cardiogênico. As cirurgias foram realizadas por esternotomia mediana, hipotermia leve (32°C) e CEC com bomba de roletes. Em todos os pacientes foram administrados 4 gramas de ácido épsilon aminocapróico durante a CEC. Os grupos foram semelhantes em relação a fatores que pudessem influenciar no sangramento pós-operatório: peso, altura, provas de coagulação sanguínea e contagem de plaquetas. Foram avaliados o tempo de CEC e o volume de sangramento nas primeiras 48h de pós-operatório. Para análise estatística foi utilizado teste t de Student com p<0,05. Resultados: A média de idade dos pacientes do G1 foi de 73,4 anos (±3,07 anos) e do G2 57,4 anos (±7,47 anos). O tempo de CEC médio no G1 foi de 83,8 minutos (±24,2 min) e no G2 85,9 minutos (±33,8 min), p=0,705. O volume de sangramento médio no G1 foi de 597,62 mililitros (±350,93 ml) e no G2 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 69 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): 553,13 mililitros (±274,83 ml), p=0,373, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusão: Não há diferença estatisticamente significativa em relação a volume de sangramento nas primeiras 48 horas de pós-operatório quando comparados pacientes idosos X adultos jovens submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com uso de circulação extracorpórea. PESQUISA ORIGINAL Abordagem do átrio esquerdo por incisão transeptal oblíqua – Técnica de Dubost Especificação: Pesquisa Original – Experiência Inicial Forma de Apresentação: Mural Autores:Ac. Ellton Kim Cavalcanti dos Santos, Dr. Elióbas de Oliveira Nunes Filho3, Dr. Pablo César Lustosa Barros Bezerra3, Prof. Frederico Pires Vasconcelos, Prof. Ricardo de Carvalho Lima,Prof. Pedro Rafael Salerno, Instituições: 1- Universidade de Pernambuco (UPE), 2- Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FCM/UPE), 3- Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) Introdução: A necessidade de dupla abordagem das câmaras atriais em procedimentos valvares conjuntos ou no tratamento da fibrilação atrial crônica traz a tona o uso da técnica de Dubost proposta em 1966 em que há exposição biatrial e óstios atriais das veias pulmonares por incisão oblíqua única. O crescente número de reoperações para substituição de próteses valvares mitrais, sobretudo em idosos, está exigindo cada vez mais da capacidade técnica dos cirurgiões nos procedimentos de retirada de próteses antigas e implante de novas sob condições, muitas vezes, inadequadas. Essa técnica é factível e revela um campo de visão favorável na exposição do átrio esquerdo, sobretudo nos casos em que essa câmara encontra-se reduzida ou com tecidos friáveis na parede anterior, resultado de múltiplas abordagens, o que frequentemente provoca rupturas e lacerações em suturas. Objetivo:Mostrar as vantagens da abordagem conjunta ou isolada das câmaras atriais por incisão única oblíqua, proposta por Dubost, realizada acinco milímetros acima do sulco atrioventricular direito e estendida 15 mm no contorno anterior da veia pulmonar superior direita, com secção do septo interatrial, até 10 mm acima do anel da valva tricúspide. Essa técnica pode ser utilizada nos casos de reoperação da valva mitral em átrio esquerdo pequeno e nas insuficiências mitrais agudas; ressecção de mixomas aderidos ou não à face septal do átrio esquerdo e no tratamento conjunto da fibrilação atrial crônica associada à insuficiência mitral com indicação de troca ou plastia valvar. Metodologia: Levantamento de sete pacientes operados pela técnica de Dubost no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) – Universidade de Pernambuco (UPE). Dentre esses, dois pacientes (28,57%) apresentavam tumoração mixomatosa aderida à face septal do átrio esquerdo e cinco pacientes (71,43%) apresentavam patologias cardiovasculares associadas à comorbidadesvalvaresdentre essas, disfunção de biopróteses mitral e/ou tricúspide, refluxos peri-protéticos, insuficiência mitral, insuficiência aórtica. Também foram abordados dois casos não valvares, sendo um deles para o tratamento de fibrilação atrial crônica e outro para correção de fístula atrioventricular. Resultados: Seis pacientes (85,7%) eram do sexo feminino e um (14,3%) do sexo masculino; a idade variou entre 29 e 76 anos (média de 48,1 anos); o tempo de circulação extracorpórea variou de 55 a 210 min (média de 127,5 min); o tempo de anóxia variou de 30 a 162 min (média de 91,7 min); a temperatura esofágica durante a circulação extracorpórea variou entre 28 e 32°C (média de 29,1°C).Os resultados cirúrgicos imediatos dos pacientes submetidos à técnica de Dubost foram satisfatórios, a visualização da câmara atrial mostrou-se eficaz para troca, plastia e manipulação do aparelho valvar, nos casos de ressecção de tumoração mixomatosa não houve dificuldade de exposição da massa tumoral. Não ocorreram eventos de tromboembolismo no pós-operatório imediato e nenhum dos pacientes foi a óbito. Conclusões: A abordagem transeptal se mostrou como uma alternativa para exposição da câmara atrial esquerda e do aparelho valvar mitral. Tal técnica serve como alternativa valiosa para abordagens em situações de reoperação, em que aderências epicárdicas e pericárdicas dificultam o acesso convencional. Além disso, tal procedimento é vantajoso nos casos em que se faz necessário abordar o átrio esquerdo com tamanho reduzido, nos casos de insuficiência mitral aguda ou casos de endocardite. As vantagens também são evidentes em procedimentos conjuntos em que há necessidade de abordagem valvar tricúspide, nesses casos a valva tricúspide será abordada em um primeiro momento para posterior abordagem da valva mitral. Por fim, tal técnica nos permite inferir que sua utilização acarreta em um aperfeiçoamento cirúrgico nos casos em que é necessária a manipulação do septo atrial. PESQUISA ORIGINAL PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE DE VALVA AÓRTICA EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA CARDIOVASCULAR EM MACEIÓ-AL Ac. Ruldney Ray dos Santos Oliveira, Ac. Bruna Gomes de Castro, Ac. Arisson Euclides da Silva, Drª. Maria Mônica de Farias Costa, Dr. José Kleberth Tenório Filho, Dr. José Wanderley Neto (Orientador) 1. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas 2. Acadêmica da Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas 3. Cirurgiã Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas 4. Residente de Cirurgia Cardiovascular na Santa Casa de Misericórdia de Maceió 5. Chefe do serviço de Cardiologia do Instituto de Doenças do Coração - Alagoas CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 70 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Introdução:A valva aórtica (VAo) pode ser acometida por estenose, por insuficiência e por dupla lesão. A estenose aórtica (EAo) é a mais frequente, e leva ao estreitamento da via de saída do ventrículo esquerdo (VE), podendo evoluir para disfunção ventricular. Já a insuficiência aórtica (IAo) trata-se de uma lesão valvar regurgitante que geralmente evolui de forma lenta e insidiosa, mas que pode progredir para uma disfunção sistólica do VE e eventualmente insuficiência cardíaca. Diversas causas levam ao acometimento da VAo, como alterações congênitas, febre reumática, calcificação natural decorrente da idade, calcificação precoce decorrente de alterações congênitas, entre outras. Essas diferentes causas trazem um perfil epidemiológico variável dos pacientes submetidos à cirurgia valvar aórtica, visto que a idade de acometimento varia de acordo com as diversas etiologias; o que faz variar também o risco ao qual cada paciente está sujeito na cirurgia. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a implante de VAo no Instituto de Doenças do Coração - Alagoas, de setembro de 2011 a setembro de 2014. Métodos: Estudo descritivo, observacional e transversal, o qual teve como fonte o livro de registros das cirurgias do Centro Cirúrgico Cardíaco da presente instituição. Foram analisadas as variáveis: sexo, idade, EuroSCORE e afecção diagnóstica da valva aórtica. Foram excluídos os pacientes de re-operação e os que apresentavam alguma outra afecção cardíaca associada. Resultados: Entre setembro de 2011 e setembro de 2014, 92 pacientes foram submetidos à primeira cirurgia cardiovascular para exclusivo implante de VAo, sendo 65 do sexo masculino e 27 do sexo feminino. A média geral de idades foi de 51,92 anos, variando de 12 a 86 anos. Os pacientes foram divididos pela idade em três grupos: grupo A (de 12 a 39 anos) com 23 pacientes; grupo B (de 40 a 59 anos) com 28 pacientes; grupo C (a partir de 60 anos) com 41 pacientes. Quanto ao EuroSCORE, os pacientes também foram divididos em três grupos: grupo E1 (< 2%) com 77 pacientes; grupo E2 (2% - 5%) com 12 pacientes; grupo E3 (> 5%) com 3 pacientes. Quanto à afecção valvar aórtica, 43 pacientes foram diagnosticados com EAo, 30 com IAo e 19 com dupla lesão. A EAo foi a afecção mais prevalente em ambos os sexos: presente em 43,07% (n=28) dos casos no sexo masculino e em 55,55% (n=15) dos casos no sexo feminino. No grupo A, a afecção mais prevalente foi a IAo, presente em 73, 91% (n=17) dos casos; no grupo B, foi a EAo, presente em 46,42% (n=13) dos casos; no grupo C, foi estenose, presente em 65,85% (n=27) dos casos. Em todos os casos, o procedimento de escolha foi o implante de bioprótese aórtica. Conclusão: Percebe-se a predominância de afecções valvares aórticas em pacientes do sexo masculino, com idade superior aos 60 anos. Sendo a afecção mais prevalente no geral e em indivíduos de idade mais elevada, a EAo, conforme descrito na literatura. PESQUISA ORIGINAL Título: EFEITO ANTIOXIDANTE E PROTETOR DA DIOSMINA NO MÚSCULO CARDÍACO PÓS LESÃO DE REPERFUSÃO Autores: Jucilene Freitas dos Santos, Grace Kelly de Melo, Rodrigo Miguel dos Santos, Itamar Couto Guedes de Jesus, Thássio Ricardo Ribeiro Mesquita, Sandra Lauton Santos(Orientador). Instituição: Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Fisiologia, Laboratório de Biofísica do Coração. Introdução. O número de pessoas que vão a óbito devido ao infarto agudo do miocárdio (IAM), o que provoca isquemia, vem crescendo nos últimos anos no mundo. Entretanto a reperfusão exacerba a lesão tecidual. Em busca de intervenções complementares que minimizem os danos no músculo cardíaco, substâncias que sejam capazes de limitar os fatores que promovem a lesão como as espécies causadoras de danos oxidativos e a sobrecarga de cálcio são desejáveis. Objetivo. Avaliar os efeitos antioxidantes e protetor da diosmina na prevenção das lesões de reperfusão cardíaca. Metodologia. Este estudo foi aprovado pelo CEPA (#04/2013). Utilizou-se ratos Wistar machos(250 e 300 g), foram divididos em quatro grupos (n=7): (1) Sham; (2) Isquemia + Reperfusão com veículo (IR + Veículo); (3) Isquemia + Reperfusão com diosmina (IR + Diosmina); (4) Isquemia + Reperfusão com NAC (IR +NAC). Após a eutanásia, os corações foram montados em sistema Langendorff de pressão constante de perfusão. A indução da isquemia global foi realizada por 30 minutos pela interrupção da solução nutritiva e da oxigenação. Após este período, o fluxo foi restabelecido por 60 minutos. Quantificou-se a creatina quinase (CK), peroxidação lipídica (TBARS), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) e expressão de caspase-3. Análise de variância (ANOVA) e pós-teste Bonferroni foram utilizados. Resultados. A atividade da CK no grupo IR+Veículo foi 141,5±10,1 U/L, p<0,05, já, nos corações do grupo IR+Diosmina (77,9±5,2 U/L,p< 0,05) houve diminuição quando comparada ao grupo IR+Veículo. No grupo IR+Diosmina (5,4±0,5 nmol de MDA/mg de tecido, p<0,05) verificamos uma redução na concentração de MDA em relação ao grupo IR+Veículo. A atividade da SOD no grupo IR+Veículo foi 2,0±0,2 U/mg de proteína, p< 0,05 e foi reduzida de maneira significativa (0,2±0,1 U/ mg de proteína, , p<0,05) quando reperfundida com diosmina. A atividade da CAT no grupo IR+veículo foi 0,20±0,01 ΔE/min/mg de proteína, entretanto, o grupo IR+ Diosmina apresentou redução significativa (0,020 ± 0,004 ΔE/min/mg de proteína, p< 0,05) em relação ao grupo IR + Veículo. A atividade da GPx no grupo IR + Veículo foi 0,20 ± 0,02 nmol de NADPH/min/mg de proteína, Já no grupo IR + Diosmina foi evidenciada uma redução significativa (0,020 ± 0,009 nmol de NADPH/ min/mg de proteína, p< 0,05). A expressão de caspase-3 nos corações reperfundidos com veículo foi 3,5 ± 0,6, n= 4. Porém, essa expressão foi reduzida significativamente (p< 0,05) nos corações reperfundidos com diosmina (1,7 ± 0,2, n= 4). Em todos os ensaios foi observado que os corações reperfundidos com o controle-positivo (NAC) apresentou respostas semelhantes aos corações reperfundidos com diosmina.Conclusão. A reperfusão com a diosmina promove em coração isolado de rato pós-isquêmicos: Diminuição na formação de MDA; da atividade das enzimas antioxidantes SOD, Cat e GPx; do marcador de lesão celular CK e da expressão caspase -3. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 71 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL A CONSULTA DE ENFERMAGEM EM PUERICULTURA ATRELADA AOS PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Luciana da Conceição Silva, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora). Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Forma de apresentação: Oral Relato de experiência Resumo: Introdução: O termo puericultura, etimologicamente, quer dizer: Puer=criança e cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém. Este termo surgiu quando o médico Francês Caron percebeu que a internação de grande parte das crianças poderiam ser evitada se as mães recebessem informações sobre como cuidar e alimentar seus filhos1. A consulta de puericultura tem como objetivo principal promover o desenvolvimento da criança através do acompanhamento do seu desenvolvimento, vacinação e orientações às mães2. Além desses objetivos, a puericultura também se preocupa com a identificação de doenças e/ou sinais de alerta para tratamento, a fim de que a criança receba uma atenção apropriada. A puericultura é tida como umas das atribuições da equipe de enfermagem na atenção básica e uma das ferramentas utilizadas pela equipe para orientar suas ações é o Manual de Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). Este manual propõe uma abordagem à saúde da criança na atenção primária, sistematizando o atendimento clinico e integrando ações curativas com medidas preventivas e de promoção de saúde1,2. Objetivo: Relacionar a consulta de enfermagem em puericultura aos princípios da estratégia da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL durante a Atividade Prática Supervisionada (APS) em uma Unidade Básica de Saúde. Durante o estágio os acadêmicos realizaram anamnese, exame físico nas crianças e preencheram o formulário do AIDIPI. Além disso, orientaram os pais da criança sobre os cuidados que devem ter em relação à higiene, alimentação, sono, dentre outros. Resultados: Os acadêmicos perceberam que o AIDIPI é fundamental na consulta de puericultura, pois permitiu otimizar o tempo de consulta e garantir autonomia, já que há medicações protocoladas que o enfermeiro pode receitar. Foi observado também que os pais sentem mais segurança no trabalho do profissional quando recebem orientação completa, tratamento necessário para seu filho e até a consulta de retorno agendada. Conclusão: Torna-se essencial a abordagem do AIDPI como ferramenta norteadora para as ações da equipe de enfermagem nas consultas de puericultura, já que a mesma oferece subsídio para uma assistência de qualidade. A puericultura não deve ser entendida apenas como controle de criança saúde e higienista, e sim como momento de discussão dos fatores e determinantes do adoecer, da necessidade de se autocuidar e da participação da população no controle social da saúde pública. Referências: 1) UNA-SUS. Puericultura. São Paulo, SP. 2010. 2) Silva FSB. Implantar a consulta de puericultura para crianças de 0 a 2 anos na área do Pratius II - Pindoretama-CE. Fortaleza. Projeto de Interveção [Especialização em Práticas Clínicas em Saúde da Família] – Escola de Saúde Pública do Ceará, 2009. PESQUISA ORIGINAL DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E TERRITORIAIS: ÓBITOS POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ALAGOAS ENTRE 2003 E 2012. Ac. Cleide de Sousa Araújo, Ac. Bruna Gomes de Castro, Prof. Jairo Calado Cavalcante, Profa. Josineide Francisco Sampaio(Orientadora). Instituição: 1- Universidade Federal de Alagoas/Faculdade de Medicina. Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e representaram 28,6% dos óbitos no Brasil entre 2003 e 2012. Tais patologias são mais prevalentes em adultos e idosos e entre as doenças do aparelho circulatório, as maiores causadoras de óbitos são: insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico e infarto agudo do miocárdio. Objetivo: Delinear o perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares no Estado de Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com uso de dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS). Foram coletados dados referentes aos óbitos por doenças cardiovasculares em Alagoas entre 2003 e 2012, segundo as variáveis: sexo, idade, escolaridade, raça e estado civil. Os dados foram exportados para o Microsoft Excel para análise. Resultados: Entre 2003 e 2012 foram registrados no SIM 3.065.435 óbitos por doenças cardiovasculares na população com idade CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 72 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): superior a 20 anos no Brasil; destes, 748.561 (24,4%) no Nordeste, que conforme Censo de 2010 detém 53.081.950 (27,8%) da população do país. No último Censo Alagoas tinha 3.120.494 habitantes, 5,87% da população regional e 1,63% do total nacional, registrando no período 44.139 óbitos por doenças cardiovasculares, equivalente a 5,9% do total de óbitos do Nordeste e 1,4% do Brasil. A análise dos óbitos por doenças cardiovasculares em Alagoas segundo a variável raça, revela que 20.199 (45,7%) eram de raça parda e outros 12.706 (28,8%) tiveram a raça ignorada. Quanto à escolaridade, 11.394 (25,8%) não tinham nenhuma escolaridade e em 21.254 (48,1%) a informação foi ignorada. Na associação das variáveis, percebe-se que o maior número de óbitos foi registrado entre as pessoas pardas, com nenhuma escolaridade ou com escolaridade ignorada. O Censo de 2010 indica que 26,3% da população de raça parda em Alagoas com 15 anos ou mais de idade é analfabeta e entre aqueles com idade superior a 60 anos, esse percentual é de 59,6%. Quanto ao sexo, 22.791 (51,6%) eram homens e 21.347 (48,4%) mulheres. Entre os homens, o estado civil prevalente foi casado com 10.186 (44,7%), 5.239 (23%) ignorado, seguido por 4.152 (18,2%) solteiros; entre as mulheres, 5.935 (27,8%) eram viúvas, 5.352 (25%) casadas, 5.164 (24,2%) estado civil ignorado e solteiras 4.483 (21%) do total. A maioria dos óbitos, 32.397 (74,6%) concentrou-se na população com idade superior a 60 anos e o menor número registrado foi na de 20 a 29 anos com 602 (1,3%) do total. Conclusões: Delinear um perfil epidemiológico oferece subsídios para o planejamento e tomada de decisões visando a melhoria do serviço prestado à população, considerando que muitas doenças são evitáveis e podem estar relacionadas à variáveis sociodemográficas. Assim, faz-se necessário o preenchimento completo e adequado das fichas, superando a fragilidade identificada nessa análise. PESQUISA ORIGINAL PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA CIDADE DE ARAPIRACA NO ANO DE 2012 COMPARADO AO NORDESTE E BRASIL Ac. João Victor Macedo Silva1, Ac. Mayra Holanda Veríssimo1, Ac. Imirá Machado Magalhães1, Ac. Matheus Nascimento do Espírito Santo², Dr. Francisco Siosney Almeida Pinto³, Dr. José Wanderley Neto4 (Orientador). 1. 2. 3. 4. Faculdade de Medicina – Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Medicina - UNCISAL Cirurgião Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Chefe do serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Doenças do Coração de Alagoas Introdução:A insuficiência cardíaca (IC) é uma patologia decorrente da falência da bomba cardíaca. Seja a causa herdada ou adquirida, na estrutura ou na função, ela leva a hospitalizações frequentes e diminuição da qualidade e expectativa de vida.O aumento de sua prevalência nos últimos anos se deve a melhoria no tratamento de eventos agudos, como o infarto agudo do miocárdio (IAM). Além de ser a via final de algumas doenças crônicas como a hipertensão arterial sistêmica (HAS).Objetivo:Descrever o perfildas internações por IC no Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Arapiracano ano de 2012, comparando-as com a região nordeste eBrasil no mesmo ano.Método: Estudo quantitativo, descritivo, de corte transversal das internações por IC e doenças circulatórias, a partir do Capítulo e da Lista de Morbidade do CID-10, no município de Arapiraca, região nordeste e Brasil. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/ SUS), do Ministério da saúde,do ano de 2012. As variáveis estudadas foram: sexo, faixa etária, média de permanência e taxa de mortalidade. Resultados: Em 2012 houve, no Brasil, 1.060.493 internações por doenças do aparelho circulatório. Sendo que 244.413 foi o número de internações por IC. 51,2% foram do sexo masculino, 34,8% da cor/raça branca e a faixa etária que mais internou e com maior taxa de mortalidade (14,32%) foi a de 80 anos e mais. A média de permanência no hospital foi de 6,7 dias e a taxa de mortalidade por IC de 9,46%. Os homens possuíram a maior média de permanência no hospital, com 6,8 dias, e as mulheres a maior taxa de mortalidade (9,69%). No Nordesteos homens também foram os que mais se internaram e tiveram maior média de permanência, com 6,4 dias. No entanto, as mulheres, mais uma vez, foram o sexo com maior taxa de mortalidade (9,10%). Quanto à cor/raça, 47,9% não informaram, seguido da parda com 42,33%. A faixa etária que mais internou foi a de 80 anos em diante. Quem teve a maior média de permanência foi a faixa de 5 a 9 anos, com 10,6 dias. A taxa de mortalidade do nordeste é de 8,75%. A maior taxa foi da faixa etária menor de 1 ano com 13,12%. Em Arapiraca, mais uma vez o sexo masculino foi o maior número, porém a maior média de permanência no hospital foi do sexo feminino, com 5,7 dias. Seguindo a tendência nacional e regional a maior taxa de mortalidade, de 24,43%, foi das mulheres. A faixa etária mais acometida foi a de 80 anos e mais. A cor/raça que mais se internou por IC foi a parda com 88,8%. A amarela teve a maior média de permanência, 7 dias, e a maior mortalidade, com taxa de 50%.Conclusão: O estudo mostra que a IC é uma patologia que apresenta um perfil de internação semelhante dentro da mesma região e no território nacional. Além disso, estudando os dados disponíveis no SIH/SUS é possível perceber os grupos mais acometidos e tentar alinhar esse achado com as possíveis causas fisiopatológicas ou de exposição. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 73 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL Título: VALIDADE DO APARELHO WITHINGS BLOOD PRESSURE MONITOR, UM APLICATIVO DO IPHONE, PARA MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM COMPARAÇÃO COM UM ESGIMOMANÔMETRO DE MERCÚRIO. Autores: Ac. Ana Cristina Koneski Guimarães, Ac. Ana Carolina Sena Paiva, Ac. Carolina Mendonça de Goffredo Costa dos Santos, Prof. Leandro Duarte de Carvalho (Orientador). Instituições: 1- Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Introdução: Uma avaliação precisa da pressão arterial é de extrema importância. O método auscultatório com o esfigmomanômetro é considerado como padrão-ouro na medição da pressão arterial, porém, a técnica tem importantes limitações no contexto de estudos epidemiológicos e clínicos. Diferentes métodos de medida da pressão digitais surgiram recentemente, dentre eles o Withings BloodPressure Monitor, um aplicativo do iPhone. Esses novos métodos independem da presença do profissional de saúde e por isso são de grande relevância para o auto monitoramento da pressão arterial. A mensuração digital visa maior controle das doenças que envolvem alterações da pressão arterial, com uma diminuição do risco de morbimortalidade devido à doença cardiovascular. Tais dispositivos permitiriam a redução de diagnósticos falso -positivos, uma vez que a elevação da pressão arterial pela reação de alarme seria atenuada pela medida fora do ambiente hospitalar. Apesar da grande facilidade de uso dos monitores digitais em comparação com o método tradicional, é essencial estabelecer sua confiabilidade e validade.Objetivo: Avaliar a precisão do Withings BloodPressure Monitor, um dispositivo automático para medida da pressão arterial, quando comparado com o método padrão auscultatório com esfigmomanômetro de mercúrio, em um estudo transversal. Metodologia: Uma amostra de 96 pessoas, com idades entre 15 e 69 anos, foi dividida em cinco grupos de acordo com faixas etárias, já que a idade é uma importante variável na variabilidade da pressão.Todos foram pacientes do Ambulatório Silviano Brandão na cidade de Belo Horizonte, e tiveram a pressão arterial (PA) medida através de dois métodos diferentes. Cada paciente teve sua PA medida duas vezes, com cinco minutos de diferença entre cada medida, evitando a conestão. Resultados:Não houve diferença significativa nos valores medianos da pressão sistólica ao se comparar os dois métodos. Logo, não houve a presença de vício no aparelho digital nas medidas de pressão sistólica. Porém, houve diferença significativa nos valores medianos da pressão diastólica na comparação, com presença de vício no dispositivo, sendo que o aparelho tende a apresentar um menor resultado ao se comparar com o método padrão auscultatório. Conclusões: Em ambas as pressões houve uma tendência linear significativa entre os métodos, indicando consistência entre as duas diferentes formas de medir a pressão. Com 95% de confiança pode-se cometer um erro de ± 7,14×1,96 quando se mede a pressão sistólica utilizando o aparelho, e um erro de ± 9,65×1,96 para a diastólica. Assim, o dispositivo tem sua validade comprovada em relação aos valores da pressão sistólica, mas apresenta vício para aferição da pressão diastólica, revelando números inferiores ao do método padrão. Uma informação questionável já que os pesquisadores podem, ter superestimado a pressão diastólica, devido à dificuldade de auscultar o último batimento regular audível, que corresponde ao valor desta. PESQUISA ORIGINAL ANÁLISE DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES INFARTADOS ADMITIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM MACEIÓ, AL Ac. José Ayrton Macedo Guimarães de Oliveira1, Ac. Thalyta de Souza Rodrigues1, Profª. Daniela Marlins Lessa Barreto2 , Dr.Ricardo César Cavalcanti3 , Waleska Duarte Melo Albuquerque4. 1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2-Hospital do Coração de Alagoas. Introdução. As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte e também, de morbidade e incapacitação em todo o mundo. Há mais de três décadas foram estabelecidos os chamados fatores de risco (FR) associados ao desenvolvimento dessa doença, os quais deveriam conferir-lhe a possibilidade de uma prevenção efetiva. Objetivo. Analisar a prevalência dos FR para DCV em pacientes admitidos com episódio de infarto agudo do miocárdio (IAM) em um hospital de referência em Maceió-Al. Métodos. Estudo observacional, descritivo e transversal, através da análise de prontuários de 76 pacientes com o diagnóstico de IAM, admitidos numa unidade coronariana de referência, no período de 10 meses do ano de 2013. Sendo avaliados os FR modificáveis (dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica (HAS), etilismo, tabagismo, diabetes mellitus (DM) e obesidade) e não modificáveis (sexo, idade, história de infarto agudo prévio e antecedentes familiares). Os dados foram armazenados e analisados nos programas Microsoft Excel e Bioestat 5.0. Resultados. Dentre os indivíduos estudados, 53 (69,73%) eram do sexo masculino e 23 (30,26%) do sexo feminino, a faixa etária variou de 17 a 91 anos, sendo a mediana 66,6 anos. As prevalências dos FR foram: 81,57% de HAS; 39,47% de DM e dislipidemia; 26,31% de antecedentes familiares; 17,1% de tabagismo; 14,47% de etilismo; 10,5% de obesidade e IAM prévio. O etilismo mostrou-se mais prevalente entre os homens (p=0,0133). Conclusão. A elevada prevalência dos FR para DCV é um dado preocupante. Faz-se necessário a adoção de políticas públicas no âmbito da atenção primária, visando intensificar as estratégias de promoção e prevenção da saúde, na tentativa de reduzir os fatores de risco modificáveis. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 74 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA O EMPODERAMENTO DE PACIENTES SOB TERAPIA DE ANTICOAGULAÇÃO ORAL CRÔNICA AUTORES: Enf. Christefany Régia Braz Costa, Enf. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enf. Pollyana Patricia Rodrigues Silva, Enf. Thaisa Remigio Figueirêdo, Ma. Maria das Neves Dantas da Silveira Barros, Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra. INSTITUIÇÃO: 1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE) PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Introdução: O uso de anticoagulantes orais tem aumentado significativamente devido a sua eficácia na prevenção de fenômenos tromboembólicos. A manutenção de uma Razão Nomartizada Internacional (RNI) aos pacientes que fazem uso de Anticoagulantes Orais (ACO) depende de diversos fatores. Nesse contexto os ambulatórios de ACO ganham destaque no acompanhamento e orientação sobre os cuidados voltados ao uso dessas medicações, mediante a realização de ações educativas, através da atuação do profissional enfermeiro, que permitem a construção e veiculação de conhecimentos e práticas essenciais para o empoderamento e estímulo ao desenvolvimento de habilidades de autocuidado. Objetivo: Relatar a experiência do uso da Educação em saúde como estratégia para o empoderamento de pacientes em uso de ACO, acompanhados ambulatorialmente em um hospital de referência em Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência baseado na participação de atividades educativas desenvolvidas em um ambulatório de ACO. Este ambulatório é realizado semanalmente, às terças e quintas, na unidade hospitalar de referência, sendo responsável pelo atendimento de uma média de 100 pacientes por semana. Fazem parte do ambulatório profissionais Médicos e Enfermeiros, que contam, também, com a colaboração de acadêmicos e residentes de ambas as profissões. O enfermeiro realiza o acolhimento do pacientes em espaço coletivo e desenvolve atividade de educação em saúde em grupo. Os pacientes recebem orientações quanto a finalidade do uso da medicação, como encontrar na farmácia, como se tomar, os motivos que levam ao uso, tempo de uso, dose, faixa terapêutica ideal da RNI, principais complicações, periodicidade das consultas, alimentação, medicações que podem potencializar ou diminuir o efeito do fármaco, riscos ocupacionais, uso do álcool, realização de viagens, entre outros temas como gestação, cirurgias e procedimentos odontológicos. Após as orientações iniciam-se os atendimentos, que são organizados entre pacientes que estão na faixa terapêutica, pelos enfermeiros, e os que não estão, pelos médicos. Resultados: A atividade de educação em saúde tem respondido às expectativas, à medida observa-se uma diminuição do número de pacientes fora da faixa terapêutica da RNI, maior adesão ao uso das medicações, assiduidade dos pacientes e diminuição de complicações. Conclusões: Conclui-se que as atividades de educação em saúde representam uma valiosa ferramenta de empoderamento nos ambulatórios de ACO, uma vez que promove o acolhimento dos pacientes, informa e contribui para a sensibilização e mudança de comportamento, diminuindo riscos e agravos, estimulando a participação ativa dos pacientes. Além de funcionar como espaço onde têm-se desenvolvido pesquisas que dão visibilidade ao trabalho realizado, fortalecendo a parceria entre o serviço, os profissionais e os pacientes, tornando a experiência produtiva e enriquecedora para todos que fazem parte do processo. PESQUISA ORIGINAL ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE HÁBITOS DE HIGIENE EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ac. Ana Carolina Costa Moreira Nicolau1, Ac. Leiliandry de Araújo Melo ², Ac. Leylane de Araújo Melo², Ac. Mayara de Melo Bezerra³, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra², Prof. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora)4. Instituições: 1- Faculdade de Odontologia do Centro Universitário CESMAC, 2- Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 3- Faculdade de Biomedicina do Centro Universitário CESMAC, 4- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Forma de apresentação: Oral Relato de experiência Resumo: Introdução:AeducaçãoéumprocessoqueatualmentevemganhandoespaçonaáreadaSaúde.Aeducaçãoéuminstrumentodetransformaçãosocial,dereformulaçãodehábitos,aceitaçãodenovosvaloresequeestimulaacriatividade. Aeducação é definidacomoumprocessoricoeenriquecedor,poiscontém o germedacrítica,reflexão e consciência.A higiene corporalétratadacomocondiçãopara avidasaudável.Aaquisiçãodehábitosde higienecorporalteminícionainfância,destacando-seaimportânciadesuapráticasistemática.Asexperiênciasdefazerjuntocomacriançaosprocedimentospassíveisdeexecuçãonoambienteescolar,comolavagemdasmãosouescovaçãodosdentes,porexemplo,podemtersignificadoimportantenaaprendizagem.FoiapartirdessaperspectivaqueoprojetodeextensãoSaúdeeEducaçãoJuntosnaEscola(SEJE)realizouatividadesqueestimularamosalunosdaescolaaaderiraoshábitosdehigiene,paraqueassimelespossamterumavidamaissaudável. Objetivo:Relatar a experiência de acadêmicos durante a atividade educativa. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos durante uma atividade educativa no projeto de extensão Saúde e Educação juntos na Escola (SEJE).A atividade foi desenvolvidaemumaescolapública,localizadaemumbairroqueresidepopulaçãodebaixarenda,comalunosdo5ºanodeumaescolapública.Asatividadesforamrealizadasnomêsdeabrilde2012. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 75 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): Ascriançasforamreunidasnassalasdeaulasefoirealizadaumapeçaquefalavadaimportânciadahigienecorporalparaasaúdedoindivíduoeparaarelaçãodelecomoutraspessoas.Resultados:A atividade contou em média com 20 participantes. Sobre o conhecimento a cerca do tema, observa-se que existem muitas duvidas dos participantes em relação aos hábitos de higiene, o que mostra que há uma carência em relação ao tema.. Conclusão: Apartirdessasaçõesconcluiu-seoquãoaenfermagemcomociência,deveservalorizadaeestimuladanoprocessodepromoçãoàsaúdenosdiversosespaços,sejamelesnoâmbitoescolarouhospitalar.Equeessestrabalhosrealizadosnacomunidadeescolarterãoumdestinomultiplicador,poisquandoseaplicaconhecimento,cadaestudanteiráinfluenciaroconjuntoqueestáinserido,nasmaisdiversasformas de atuação. Referências: 1- Oliveira HM, Gonçalves MJF. Educação em saúde: uma experiência transformadora. Revista Brasileira de Enfermagem. 2004; 57(6). p.761-763. 2-Acioli SA. prática educativa como expressão do cuidado em SaúdePública. Revista Brasileira de Enfermagem. 2008; 61 (1). PESQUISA ORIGINAL CLAMPEAMENTO IMEDIATO DO CORDÃO UMBILICAL EM PARTOS CESÁREOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE CASO. AUTORES: Andreza Maria Gomes de Araujo; Anna Paula Ferreira Ferro; Lizânia da Silva Melo; Maria das Graças Lopes Lima; Maria Mayara Sthephanny Medeiros Freitas; Carla Cardoso de Oliveira Barbosa (Orientadora) Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)1; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)2; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)3; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)4; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)5; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)6. Resumo Introdução: A deficiência de ferro e a anemia constituem a carência nutricional mais severa e frequente no mundo. Além de afetar um número elevado de crianças e mulheres em países em desenvolvimento, é a única carência que também atinge estes grupos populacionais em países desenvolvidos. Depois das gestantes, as crianças menores de dois anos são as mais atingidas. Em crianças a anemia pode provocar diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit de crescimento, diminuição da força muscular e da atividade física, além de maior suscetibilidade a doenças infecciosas. Sabe-se também que os níveis de ferro na criança são fortemente influenciados pelo volume corpóreo total de ferro ao nascimento. As práticas obstétricas, particularmente o momento do clampeamento do cordão umbilical, podem afetar o volume de sangue transferido da placenta para o recém-nascido e consequentemente o volume total de ferro (VENANCIO et al,2008). Os fatores que determinam a deficiência de ferro na infância estão relacionados principalmente à velocidade de crescimento pós-natal e às reservas do mineral ao nascer. Esta, adquirida no último trimestre gestacional, é crucial para a manutenção do adequado estado nutricional de ferro nos seis primeiros meses de vida. O clampeamento tardio do cordão umbilical é recomendado como estratégia fácil e de baixo custo para melhorar os níveis de ferritina ao nascimento e prevenir a anemia na infância . O Ministério da Saúde (MS) em 2011 e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendou que o recém-nascido a termo, saudável e com boa vitalidade seja posicionado sobre o abdome da mãe ou ao nível da placenta por um a três minutos antes de clampear o cordão umbilical (OLIVEIRA et al, 2014). Objetivo: Diante do exposto, o objetivo do estudo é avaliar a conduta da equipe médica frente ao clampeamento imediato do cordão umbilical nos partos cesáreos em um campo de atividade prática supervionada. Metodologia: Trata-se de um relato experiência das discentes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), do 8º período, durante algumas atividades práticas supervisionadas no Centro Obstétrico de uma Maternidade de referência para gestante de alto risco inserida em um Hospital Universitário, localizada no município de Maceió, Alagoas. Resultados: Durante as atividades práticas supersivionadas realizadas no centro obstétrico, foi possível observar que imediatamente após o parto, em menos de um minuto o cordão umbilical era clampeado. Houveram alguns momentos em que os obstetras que estavam realizando a cirurgia perguntavam no momento do nascimento do recém nascido ao pediatra se deixava por alguns minutos o cordão sem clampear, o pediatra respondia que não concordava e que clampeassem imediatamente o cordão. Apesar de ainda existirem controvérsias em relação ao clampeamento imediato e tardio do cordão entre os profissionais, alguns estudos mostram que há sim resultados positivos para o recém nascido, como a diminuição das chances dessa criança vir a desenvolver nos seus primeiros meses de vida deficiência de ferro. O não clampeamento imediato do cordão umbilical, faz com que o binômio mãe e filho permaneçam mais tempos juntos no período do nascimento, aumentando assim o vinculo mãe-bebe, que infelizmente é quebrado na maioria das vezes nos partos cesáreos. Conclusão: As autoras concluem que apesar de ainda haver controvérsias em relação ao clampeamento imediato e ou tardio do cordão, alguns estudos mostram que existe benefícios para a criança, como a prevenção da diminuição de ferro nos primeiros meses de vida, onde essa diminuição de ferro pode levar a uma possível anemia, onde a mesma pode trazer inúmeros malefícios para a criança como diminuição da capacidade cognitiva, distúrbios comportamentais, falta de memória, baixa concentração mental, déficit de crescimento, dentre outras malefícios. Referências: VENANCIO, S.I. et al. Efeitos do clampeamento tardio do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina em lactentes aos três meses de vida. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, p. 323-331, 2008. OLIVEIRA, F.C.C. et al. Tempo de clampeamento e fatores associados à reserva de ferro de neonatos a termo. Rev Saúde Pública, v. 48, n. 1, p. 10-18, 2014. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 76 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIA ATIVA EM UMA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Ac. Ana Carolina Costa Moreira Nicolau, Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Mayara de Melo Bezerra, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Prof. Fabiana Ferreira Cunha(Orientadora). Instituições: 1- Faculdade de Odontologia do Centro Universitário CESMAC, 2- Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 3- Faculdade de Biomedicina do Centro Universitário CESMAC, 4- Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Forma de apresentação: Oral Relato de experiência Resumo: Introdução:As ações de educação em saúde na Atenção Básica são fundamentais para que o conhecimento seja difundido de forma integral, sendo assim, esse tipo de atividade constitui-se como uma das melhores ferramentas para se promover a qualidade de vida da população. Um dos papéis mais relevantes na Educação em Saúde e, por vezes, mais difícil, é a questão de transmissão de conhecimento. Esta transmissão na maioria das vezes choca-se com valores e crenças das pessoas, que acabam impedindo que as mudanças necessárias aconteçam¹. Na perspectiva da Educação e Saúde, asmetodologias ativas são processos interativos de conhecimento, análise de decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar solução para um determinado problema¹,². Um dos métodos mais utilizados na metodologia ativa é o da problematização, método este que se constitui como estratégia de ensino aprendizagem,que temo objetivode alcançaremotivaroeducando,pois diantedo problema,elesedetém,examina, reflete,relacionaasuahistóriaepassaa ressignificarsuasdescobertas¹.Objetivo: Relatar a experiência vivenciada pelas acadêmicas em um encontro educativo, através de metodologia ativa. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos durante umaatividade educativa no grupo Gesta Família, um grupo de gestante da Unidade de Saúde da Família Guaxuma. O tema discutido nessa atividade foi a preparação da mulher/família para o parto. Como metodologia ativa foi utilizada a dinâmica do curtir e não curtir, onde as acadêmicas realizavam alguns questionamentos a cerca do parto. A partir disso, o mediador questionava as gestantes e as mesmas emitiam sua opinião através de placas com o ícone de curtir ou não curtir. Ao decorrer das perguntas o mediador ia esclarecendo as duvidas e as relacionando com os achados. Resultados:A atividade contou em média com 20 participantes entre gestantes, sogras e pais. Sobre o conhecimento a cerca do tema, observa-se que existem muitas duvidas dos participantes em relação ao parto, principalmente em relação aos seus direitos. Conclusão: Aofinal daatividadefoipossívelperceberaimportânciadautilizaçãoda metodologia problematizadora,jáque amesma oportunizaaosujeitorefletirsobreo seu papel no processo ensino-aprendizagem. Esse tipo de metodologia,desperta osensocritico para a busca demudanças na relaçãocomocontextomais amplo, levando as gestantes arefletir sobreseupapelnessescontextos e,consequentemente,a transformar asuarealidade¹. Referências: 1- Brasil GB, Santos DKA. Metodologia ativa: uma ferramenta para a promoção do aleitamento materno exclusivo. In: Anais da VI Jornada de Pós Graduação da Faculdade Integrada Brasil Amazônia; 2013; Belém, BR. p. 77-85. 2. Mitre SM et al. Metodologiasativasdeensino-aprendizagemnaformação profissionalemsaúde:debatesatuais.Ciênc.saúdecoletiva. 2008; 13(2): 2133-2144. PESQUISA ORIGINAL QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO NHU/UFMS EM CAMPO GRANDE/MS Autores:Ac. Karolina Gonçalves Vieira,Ac. Letícia Regina dos Santos,Ac. Paulo Guilherme Cábia, Ac. Fernanda Persi Milanin, Prof. Dr.ª AndrelisaVendrami Parra¹ (Orientadora). Instituição: 1 – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Introdução:A Insuficiência Cardíaca (IC) está ligada a baixa qualidade de vida, piora da capacidade funcional e aumento da morbimortalidade. A New York Heart Association (NYHA) propôs uma classificação funcional para a IC, baseada na incapacitação desencadeada pela progressão dos sintomas, sendo estas: Classe I – ausência de sintomas; classe II – sintomas desencadeados por atividades diárias; classe III – sintomas desencadeados aos mínimos esforços e; classe IV – sintomas aparecem em repouso.Objetivo:Caracterizar everificar a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca atendidos no ambulatório do NHU/UFMS de Campo Grande/MS.Metodologia:Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 675.180, realizada com 22 pacientes portadores de insuficiência cardíaca, acompanhados no ambulatório de Cardiologia do NHU/UFMS em Campo Grande/MS, no período de junho a setembro de 2014. Foi aplicado um instrumento de coleta de dados semiestruturado, e, também, o questionário Minnesota Livingwith Heart FailureQuestionnaire (MLHFQ),“Vivendo com Insuficiência Cardíaca”, que demonstra que quanto maior o escore pontuado pior a qualidade de vida dos pacientes nas dimensões físicas e emocionais.Resultados:A amostra foi composta por 22 pacientes com idade média de 68±9 anos, sendo 50% do sexo feminino e 50% do sexo masculino. , 40% casados, 18% divorciados, 27% viúvos, 9% solteiros e 4%união estável. A maioria dos CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 77 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): pacientes (19) morava, em média, com 2±2 pessoas.81% possuíam ensino fundamental incompleto,13% eram analfabetose 4% possuíam ensino superior completo. Nenhum paciente era tabagista, e, somente 1 era etilista. Aproximadamente, 72% possuíam atividades de lazer, e 68% possuíam outras doenças correlacionadas.Quanto à classificação da NYHA, 9 pacientes encontravam-se em Classe I, , 7 em classe II, 5 em classe III e 1 em classeIV. No que se refere ao questionário “Vivendo com Insuficiência Cardíaca” os pacientes apresentaram os seguintes escores globais, de acordo com a NYHA: NYHA I,entre 0 e 9; NYHA II, entre 5 e 19; NYHA III,entre 25 e 47; NYHA IV, escore 44.Conclusão:Observou-se que a maior parte da amostra era composta por idosos casados, com ensino fundamental incompleto, praticavam atividades de lazer e apresentavam outras doenças, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Os pacientes com maior classe NYHA apresentaram significativa piora da qualidade de vida em relação aos pacientes com menor classe.Pode-se concluir então que, quanto maior a progressão da doença, mais afetada é a qualidade de vida do paciente. PESQUISA ORIGINAL PRÓ/PET-Saúde no Combate as Doenças Cardiovasculares Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Ana Lívia Santos Barros, Ac. Gustavo Ramos Teixeira, Ac. Ana Carolina Claudino Moura, Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Prof.ª Maria Edna Bezerra da Silva(Orientadora). 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas Introdução As doenças cardiovasculares são decorrentes de fatores potencialmente modificáveis - tabagismo, hipertensão, diabetes - e cabe a nós futuros profissionais da saúde evitar umas das principais causas de óbito na sociedade moderna. Objetivo Descrever as atividades de educação em saúde realizadas pelo PRÓ-PET SAÚDE da Universidade Federal de Alagoas junto ao Núcleo de saúde da família-NASF. Metodologia Relatar a experiência de acadêmicos da área da saúde sobre as atividades executadas pelo NASF e o PRÓ/PET-SAÚDE, um programa do governo federal que visa à integração ensino-serviço-comunidade. As ações ocorreram durante o segundo semestre de 2013 e o primeiro de 2014 na Unidade Básica de Saúde da Família Village Campestre I, Maceió-AL. Resultados Junto aos grupos de Educação Física e gestantes da UBS, ocorriam debates de temas pertinentes de forma educativa e didática, como o semáforo alimentar para ensinar sobre prevenção da hipertensão, tabagismo na gestação e rodas de conversa sobre diabetes. Além disso, sempre se fazia a aferição de pressão arterial dos interessados; no HIPERDIA ocorria uma caminhada seguida de um saudável café da manhã. Toda atividade executada se utilizava da educomunicação, trabalhando-se uma linguagem fácil, respeitando-se o conhecimento popular e fazendo do aprendizado para o usuário algo prazeroso. Conclusão:Ao integrar estudantes de diversos cursos da área da saúde da Universidade Federal de Alagoas, promovia-se o bem estar físico, social e mental dos usuários da Unidade de saúde da família do Village Campestre I. PESQUISA ORIGINAL IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO SETOR CORONARIANO PARA A FORMAÇÃO MÉDICA Ac. Paulo Victor Vicentin Mata, Ac. Anderson Mascarenhas Nicácio, Ac. Cleide de Souza Araújo, Ac. Monique de França Dantas, Dr. Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Filho (Orientador). 1- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, 2-Fundação Hospital da Agro-Indústria do Açúcar e do Álcool Introdução A formação médica é constituída pelos pilares de Conhecimento Básico, Atenção Primária à Saúde, Ambulatórios de Práticas e Aptidões Médicas e cirurgia. A medicina intensiva em alguns locais não está incluída na grade curricular das faculdades de medicina. Tal formação, merece atenção especial por contribuir na coesão do aprendizado nas ciências médicas, tornando o Acadêmico capaz de entender o doente crítico como uma realidade, o que muitas vezes se dá através dos estágios extracurriculares em hospitais públicos ou privados oferecem. Objetivo Relatar a experiência vivida de acadêmicos estagiários de uma UTI do setor coronariano, mostrando a evolução do aprendizado dos mesmos na área médica intensivista e também de doenças cardiovasculares, aprimorando a relação médico-paciente dos mesmos, e principalmente divulgando a importância desses estágios extracurriculares para a formação médica generalista. Metodologia Foi realizada uma prova de seleção para o estágio de uma UTI do setor coronariano de um Hospital Privado de Maceió. Os selecionados são acompanhados pelos médicos intensivistas para a realização da evolução clínica dos pacientes internados, auxiliam procedimentos e discussão de casos clínicos com os preceptores plantonistas. Resultados É cada vez maior a procura pelos estágios extracurriculares ofertados por Hospitais do Município de Maceió. Isso denota como é importante desenvolver práticas e habilidades médicas dentro do campo de estágio em UTI. Durante o desenvolvimento de suas atividades, o acadêmico de medicina aprende a reconhecer o doente crítico, suas principais complicações, manobras de ressuscitações, pensamento coerente frente causas e conseqüências de suas condutas, principais causas de patologias corriqueiras no âmbito do doente grave da UTI Cardíaca, postura frente ao paciente e a familiares durante boletim médico acompanhando o preceptor, dentre outras situações que o farão participar ativamente da Medicina Intensiva. Conclusões O estágio na UTI do setor coronariano proporcionou aos estudantes a capacidade de coesão dos conhecimentos Teóricos. O que desta forma, cria alicerces para CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 78 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): o bom desenvolvimento de sua prática médica. PESQUISA ORIGINAL SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE PACIENTES ATENDIDOS NUMA CLÍNICA ESCOLA DE NUTRIÇÃO MACEIÓ-AL Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Dayanne Honorio Diniz, Prof. Annelise Machado Gomes de Paiva ( Orientadora) Prof. Juliana Vasconcelos Lyra da Silva ( Co- Orientadora), Prof. Eliane Costa Souza. Instituições: 1 Centro Universitário Cesmac - CESMAC -2 Universidade Federal de Pernambuco UFPE-3 Universidade Federal de AlagoasUFAL ,E-mail: [email protected] Introdução: A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é definida como a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Nesse contexto, deve ser avaliado desde o direito de acesso ao alimento até as condições concreta desse acesso, onde este deve ter adequação, disponibilidade, estabilidade, acessibilidade alimentar e econômica. Lembrando que quando isso não acontece à população se encontra em insegurança alimentar, trazendo grandes prejuízos à saúde como a desnutrição do tipo energética proteica, que é um tipo de desnutrição causada pela deficiência de calorias e ingestão de proteínas, que contribui para diminuição da absorção de micronutrientes, como ferro iodo, vitamina A, o que caracteriza a “fome oculta”. Além disso, a insegurança alimentar passou a ser associada ao desenvolvimento de outras doenças como a obesidade que afeta a vida de milhões de pessoas que consiste em um desequilíbrio entre o consumo de alimentos altamente calóricos e gasto energético dos indivíduos acarretando em várias outras doenças como hipertensão, dislipidemia, resistência a insulina, diabetes, síndrome metabólica. Segundo a organização mundial da saúde (OMS) a obesidade e hipertensão arterial correspondem aos dois principais fatores de risco responsáveis pela maioria de mortes causadas por doenças.Objetivo Geral: avaliar a segurança e insegurança alimentar dos pacientes atendidos em uma clínica escola de Maceió-AL. Metodologia: Foi realizou um estudo observacional com deliamento transversal com 53 indivíduos de ambos os gêneros todos maiores de 18 anos. Posteriormente foram coletados dados sociedemograficos, socioeconômicos, antropométricos. Para avaliação da situação de (in) segurança alimentar foi utilizado a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) que consiste em um questionário com 15 questões relativas à segurança alimentar familiar no qual as somatórias de respostas positivas configuram um escore de segurança/insegurança para cada individuo após isso, todos os dados obtidos foram transcritos para planilha do Microsoft Office Excel® e convertidos em tabela para análise e tabulação. Resultados: A amostra foi composta por 53 indivíduos dos quais 17% (n=7) gênero masculino, 83% (n=46) do gênero feminino, com faixa etária média de 31,42 ± 14,03anos. Quanto a analise das profissões 34% (n=18) foram de estudantes, 19% ( n=10) donas de casa,13%(n=7) autônomo 9,43(n=5), professor, 24,57(n=13)outros. Em relação aos índices antropométricos dos pacientes atendidos 41,5% (n=22) apresentam obesidade, 34% (n=18) estão com sobrepeso, 20,75% (n=11) com eutrofia e 3,75% (n=2) possuem magreza. Na avaliação da segurança e insegurança alimentar e nutricional foram encontrado os seguintes resultados 49% (n=26) se encontra em segurança alimentar, 47,2% (n=25) em insegurança alimentar leve e 1,9% (n=1) em insegurança moderada e insegurança grave 1,9%, (n=1). Conclusão: A segurança alimentar e nutricional é uma das maiores preocupação que se tem atualmente em relação alimentação pois através da oferta adequada de nutrientes várias doenças podem ser evitadas como obesidade, desnutrição, diabetes, hipertensão com a presente pesquisa conclui-se que a maioria da população estudada se encontra em segurança alimentar. PALAVRAS-CHAVE: Segurança Alimentar. Insegurança Alimentar. EBIA PESQUISA ORIGINAL CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 79 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): COMIDA DE RUA: DIAGNÓSTICO SOCIAL, ECONÔMICO E ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO SANITÁRIA Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Karwhory Wallas Lins da Silva, Ac. Isaura Cariolando Santos da Silva, Ac. Mirley Claisa da Silva Freire, Prof. Eliane Costa Souza, (Orientadora) Prof. Thiago José Matos Rocha (Co-orientador). Instituições:1 - Centro Universitário Cesmac – CESMAC 2 - Universidade Federal de Alagoas – UFAL 3- Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. E-mail: [email protected] Introdução: Ao longo dos anos o comércio de alimentos por ambulantes se constitui uma alternativa para os consumidores, este comércio constitui relevante fonte de renda, sendo favorecido pelos elevados índices de desemprego, baixo poder aquisitivo da população, acesso limitado à educação e ao mercado de trabalho formal, além das migrações da zona rural para a urbana, em virtude da degradação das condições de vida no campo. No entanto, os alimentos comercializados pelos ambulantes são produtos de preparo rápido e vendidos nas ruas. É visível que somente o fato de manipular tais alimentos nesses locais já traz importantes riscos à saúde dos consumidores. Isso se justifica uma vez que o processamento destes alimentos é realizado de forma artesanal, ou seja, não existem controles específicos, não dispõem de uma infraestrutura apropriada e, na grande maioria das vezes as pessoas que comercializam não tem conhecimentos específicos no tocante à manipulação segura dos alimentos. Objetivo geral: Contribuir para a melhoria da qualidade do segmento de comida de rua, a partir de um diagnóstico social, econômico e estratégias de intervenção sanitária. Metodologia: Foi aplicado um questionário que identificou o perfil dos indivíduos que trabalham no comercio informal de comida de rua e nível de conhecimento quanto ao seu papel na veiculação de doenças de origem alimentar. Posteriormente se realizou um levantamento das condições higiênicossanitárias onde se observou aspectos higiênicos dos manipuladores, bem como as condições sanitárias dos equipamentos (higiene ambiental: arredores; e condições de armazenamento e exposição dos ambulantes). Esse levantamento de dados se deu através de visitas informais onde foi aplicada uma lista para a verificação das boas praticas de manipulação para ambulantes baseado na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004. Os dados obtidos foram transcritos para planilha do Microsoft Office Excel® e convertidos em tabela para análise e tabulação. resultados: A amostra foi composta por 28 indivíduos dos quais 60,70% do gênero feminino e 39,30% do gênero masculino. Em relação à escolaridade 30,5% possuem o ensino fundamental incompleto; 17,3% ensino fundamental completo; 30,5% ensino médio incompleto; e 21,7% ensino médio completo. Quanto às condições higiênicas dos equipamentos foi constatado que 52,4% eram de fácil limpeza e que 47,6% de difícil limpeza. 90,48% dos locais observados não possui reservatório para tratamento de água. Também foi evidenciado que apenas 16,7% possuem boas higienização das mãos, enquanto que 83,3% da população possuíam com higiene inadequada. Em relação ao conhecimento dos ambulantes sobre Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) 93,46% dos indivíduos responderam que os alimentos quando não manipulados adequadamente trazem riscos para a saúde. Conclusão: Conclui-se que o nível de escolaridade é um fator que estar associado com a escolha da profissão, e que as condições de trabalho são inadequadas para a manipulação dos alimentos, sendo necessária uma intervenção social que possa contribuir para a melhoria das condições higiênicas sanitárias dos alimentos vendidos. PALAVRAS-CHAVE: Ambulantes. Contaminação. Boas Práticas. PESQUISA ORIGINAL CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE MACEIÓ Autores: Ac. Edilene Maria de Oliveira, Ac. Cristiany Cláudia Ventura da Fonseca , Prof. Mariellena de Andrade Cardoso Fragoso, (Orientadora) Prof. Waléria Dantas Pereira(Co- Orientadora), Prof. Eliane Costa Souza. Instituições: 1- Centro Universitário Cesmac - CESMAC 2- Universidade Federal de Alagoas - UFAL E-mail: [email protected] Introdução: O sobrepeso e obesidade vêm crescendo assustadoramente a cada dia que passa afetando inúmeras faixas etárias e grupos sociais estão intimamente relacionada as mudanças nos hábitos alimentares, comportamentais e o estilo de vida. O Sobrepeso ele é um estado que antecede a obesidade é por isso deve ser tratado o mais sedo possível para que não ocorram danos severos a saúde do individuo que se encontra nesse estado; no caso o surgimento da obesidade que é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo excesso de tecido adiposo que vem atingindo com maior prevalência crianças e adolescentes no mundo inteiro tornando-se atualmente uma epidemia global. São vários os fatores contribuem para o surgimento dessa enfermidade com menor em pacto os genéticos, que representam apenas 7 a 9% dos casos, seguidos pelos de origem endógenas ou seja, quando a uma falha no comando dos feedbacks positivos e negativos , com maior proporção os exógenos que estar relacionados com aumento do consumo de alimentos altamente calóricos de baixo valor nutritivo, associados com menor baixo gasto energético fazendo com esse excesso de energia seja armazenada na forma de gordura ocasionando a obesidade. E consequentemente outras patologias que podem ser desenvolvidas em associação com obesidade como resistência a insulina, diabetes, hipertensão, dislipidemia, síndrome metabólica, apneia, Osteoartrite, depressão, ansiedade. Objetivo geral: Avaliar o consumo alimentar de crianças e adolescentes atendidos na clinica escola de uma instituição privada de Maceió Alagoas. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um estudo analítico transversal e observacional na clinica escola de uma instituição de ensino superior privada de Maceió Alagoas CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 80 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): com crianças e adolescentes de 5 a 19 que estavam com sobrepeso e obesidade onde se coletou dados antropométricos, antecedentes familiares, patológicos, foi aplicado um questionário de frequência alimentar de crianças adolescentes com 58 perguntas sobre a frequência de alimentos consumidos por essa população. Além disso, foi avaliada a ingestão dietética dos mesmos através da aplicação e analise do recordatório 24 horas onde se observou a ingestão calórica, dos macronutrientes carboidrato, proteína, lipídios, micronutrientes entre eles cálcio, zinco, ferro, vitaminas A, C, fibras os dados obtidos foram transcritos para planilha do Microsoft Excel e convertidos em tabela para análise e tabulação. Resultados: A amostra foi composta por 15 crianças e adolescentes de ambos os gêneros das quais 67% (n=10) corresponde a população masculina enquanto que 33% (n=5) representa a população feminina com faixa etária media de 11,08 ± 3,76. Desses 67% (n=10) se encontravam obesas enquanto que 33%(n=5) estavam com sobrepeso em relação a circunferência da cintura (CC) 60% (n=9) possuem (CC) <p90 por outro lado 40%(n=6) >p90 ou seja, possuem correlação para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Quanto ao consumo alimentar foi detectada ingestão inadequada de cálcio, zinco, vitaminas A e C, ferro, fibras, frutas, legumes e verduras. Conclusão: Conclui-se que os indivíduos estudados possuem uma alimentação deficiente em micronutrientes, verduras, frutas legumes, que fazem consumo abusivo de alimentos altamente calóricos, que hábito alimentares adequados exerce grande influencia na prevenção e tratamento da obesidade sendo de suma importância inserir tais hábitos alimentares nos primeiros meses de vida das crianças e adolescentes que consequentemente se tornarão adultos que possuirão uma melhor qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Sobrepeso e Obesidade. Consumo alimentar. Crianças e adolescentes. Pesquisa Original PERFIL DA TERAPIA MEDICAMENTOSA EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO ESTADO DE ALAGOAS. Autores: Ac. Bruna Maria Pedrosa da Silva Jambo, Ac. Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha, Ac. Amanda Priscila de Melo Souza, Ac. Célia Régis Ferreira da Silva, Prof. Hermann Nogueira Hastenreiter Júnior (Orientador). Instituições: 1- Centro Universitário Cesmac, 2- Universidade Federal de Alagoas. Introdução: O processo de envelhecimento faz parte da vida de qualquer ser humano, sendo natural e inevitável. Houve um grande aumento da expectativa de vida da população, devido às ações de saúde pública e os avanços médico-tecnológicos, assim como, o consumo aumentado de medicamentos prescritos e não-prescritos, o que é necessário uma observação aprofundada da utilização destes medicamentos. Objetivo: O tratamento medicamentoso tem como objetivo a redução da incidência de infarto do miocárdio, trombose coronariana, acidente vascular encefálico, entre outras, devido a hipertensões moderadas e severas é necessário à utilização de terapia medicamentosa, com isso avaliar os medicamentos mais utilizados e identificar as condições de saúde dos idosos que frequentam a unidade básica de saúde é fundamental. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, por amostragem, utilizando dados de clientes que frequentam a Unidade básica de saúde. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 30 homens e mulheres, com prevalência de homens com média de idade entre 40 a 60 anos, onde 90% estavam na faixa entre 55 – 65 anos, moravam com a cônjuge, aposentados e viviam com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Referiram de uma a duas morbidades, sendo a hipertensão arterial a mais frequente. Conclusão: O presente estudo da população hipertensa de uma unidade de saúde de Alagoas, teve como finalidade fazer um levantamento dos medicamentos mais utilizados pela população com ênfase em interações medicamentosas, no qual foi observado que os medicamentos utilizados seguem o preconizado pelas Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, onde para a escolha do medicamento deverá ser observado as doenças associadas, as características de cada indivíduo e as condições sócio-econômicas. Palavras-chave: Saúde do Idoso. Hipertensão Arterial. Medicamentos. PESQUISA ORIGINAL Qual o papel da Obesidade Abdominal sobre Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares Relacionados á Síndrome Metabólica X em Pernambuco, Brasil? Ac. Abdias Pereira Diniz Neto, Ac. Caroline Bezerra Trajano dos Santos, Ac.Rosana Silva Batista, Ac. Rayassa Batista da Silva, Ac. Ruana Manso Porfírio dos Santos,Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientador). 1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Introdução: Os distúrbios associados à Síndrome Metabólica X (SMX) são importantes causas de mortalidade mundial, pois são graves fatores de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV). Dentre esses distúrbios, um que tem se tornado um grave problema de saúde pública, para a atualidade e para os anos futuros, é a obesidade abdominal, e por vezes tem sido colocada no cerne da fisiopatologia da SMX e considerada um dos principais riscos para DCV.Objetivos: Investigar o papel da obesidade abdominal sobre os fatores de risco para DCV relacionados à CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 81 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): SMX, como hiperglicemia, hipertrigliceridemia, níveis diminuídos de HDL-colesterol, hipertensão, além de hiperinsulinemia, bem como investigar a prevalência de obesidade abdominal e da síndrome como um todo nessa população. Metodologia: Os fatores de risco para DCV relacionados à SMX foram investigados de acordo com a I Diretriz Brasileira Sobre SMX, com exceção de hipersinsulinemia, que foi avaliada conformeo Grupo Europeu de Resistência à Insulina. Índice de Cintura/Quadril (ICQ) foi utilizado para acessar obesidade abdominal, conforme a Organização Mundial de Saúde. Amostras sanguíneas foram coletadas, parâmetros antropométricos e níveis pressóricos foram aferidos de 203 voluntários do Estado de Pernambuco, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Os indivíduos eram de ambos os sexos e tinham idade superior a 18 anos. Testes enzimáticos foram utilizados para a determinação bioquímica de glicose plasmática e níveis séricos de colesterol total, triglicerídios e HDL-colesterol. Imunoensaio Enzimático por Micropartículas foi realizado para acessar níveis plasmáticos de insulina. Testes estatísticos de χ2, razão de prevalência, teste t desemparelhado e Correlação de Pearson foram acessados para análise estatística dos dados (p<0,05). Resultados: A prevalência de obesidade abdominal foi de 67,5%. SMX foi encontrada em 25,6%, representando um número de 52 indivíduos, dos quais 49 tiveram obesidade abdominal. A razão da taxa de prevalência (obesos abdominais/não obesos) foi igual a 4,3. Dos 151 indivíduos restantes, apenas 35 não apresentaram nenhum dos fatores de risco cardiovascular relacionados à SMX. 116 apresentaram uma ou duas anormalidades, das quais obesidade abdominal esteve presente em 85. O grupo com obesidade abdominal teve significativamente maiores valores de pressão arterial, triglicerídios, insulina e glicose; e todas essas variáveis se correlacionaram positivamente com os valores de ICQ. Obesos abdominais também apresentaram menores níveis de HDL-colesterol, com correlação negativa com ICQ.Conclusão:Obesidade abdominal é a principal anormalidade metabólica envolvida na fisiopatogênese de fatores de risco para DCV relacionados à SMX, na população do estudo, com uma chance de mais de 4 vezes de se esperar algum comprometimento cardiovascular nos indivíduos com obesidade abdominal. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE. PESQUISA ORIGINAL SINAIS E SINTOMAS PREVALENTES NA VELHICE COMO FATOR QUE DIFICULTA O DIAGNÓTICO DE AIDS NA POPULAÇÃO IDOSA: PESQUISA ORIGINAL AUTORES: Ac. Anna Paula Ferreira Ferro, Ac. Andreza Maria Gomes, Ac. Geyssyka Morganna S. Guilhermino, Ac. Roberta Chrystynne Oliveira Lucio, Ac. Maria Mayara Sthephanne de Medeiros Freitas, Prof. Antonio Carlos Ferreira Lima (Orientador). Instituições: 1-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alago Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas as, 3- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 4- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 5- Universidade Estadual de Ciências da Saúde Alagoas, 6-Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é uma doença infecciosa que vem se disseminando pelo mundo desde a década de 80, e constitui um comportamento pandêmico e de alta gravidade que vem sofrendo mudanças significativas em seu perfil, dentre elas, o aumento do número de casos dessa infecção em pessoas com 60 anos ou mais de idade (SILVA et.al, 2010). O avanço da AIDS nos idosos é rodeado de visões estigmatizadas e equivocadas, que representam tabus não só para a população, como também para profissionais de saúde, que nem sempre leva em consideração em seus atendimentos a vida sexual dos pacientes de faixas etárias mais elevadas, deixam de abordar questões sobre medidas preventivas a respeito não só da AIDS como também de outras doenças sexualmente transmissíveis, muitos não solicitam o teste HIV nos exames de rotina, ocasionando muitas vezes em um diagnóstico tardio da doença, aumentando ainda mais a vulnerabilidade desse grupo frente a contaminações (SEPKOWITZ, 2001) Esse aumento surge como um desafio para o nosso país, fazendo-se necessário o estabelecimento de políticas publicas e estratégias que possam garantir qualidade de vida a essas pessoas. Essas questões atentam para necessidade de um maior aprofundamento das campanhas educativas sobre prevenção da AIDS voltadas para esse grupo, que tanto quanto os outros apresentam comportamentos de risco e desejos sexuais ativos (POTTES et.al, 2007) uma vez que o fim da idade não significa o fim do desejo sexual. A mudança do perfil epidemiológico da AIDS e a observação do aumento do número de casos acima dos 60 anos de idade nos fazem repensar sobre a maneira com que é tratada a doença nessa faixa etária, questão essa que ainda é pouco abordada diante de tamanha necessidade, uma vez que a realidade nos mostra que esse grupo vem apresentando comportamentos de risco para adquiri-la, porém as campanhas preventivas e o incentivo ao uso do preservativo não acompanharam essas mudanças (RIBEIRO,JESUS, 2006). Objetivo: Esse estudo tem como objetivo alertar os profissionais de saúde para os sinais presentes na velhice que podem estar relacionados à AIDS, facilitando assim, um diagnóstico precoce. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo descritivo, quantitativo retrospectivo, conduzido no Hospital Escola Dr. Helvio Auto. A amostra censitária que inclui todos os casos de AIDS em idosos, notificados na instituição, entre 1º de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2011, totalizando 47 sujeitos da pesquisa. Os dados foram coletados por meio de analise das Fichas de Notificação de AIDS dos idosos, sendo consultados aqueles que se enquadraram nos critérios de inclusão, ou seja, os casos de AIDS em pessoas com 60 anos ou mais de idade, notificados na instituição entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2011. Sendo considerados também, aqueles casos que evoluíram para óbitos por AIDS, por outras causas, como também os casos cujo causa de óbito foi ignorado. A tabulação dos dados será realizada por meio do programa Microsoft Office Excel 2007. Tendo aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da UNCISAL com o protocolo N° 1804. Resultados: No período de 1° de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2011, foram registrados 49 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 82 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): casos de HIV/AIDS em idosos notificados no Hospital Escola Dr. Helvio Auto. Onde a análise da tabela revelou que a faixa etária mais acometida é aquela que abrange os indivíduos com 63 anos, totalizando 8 casos (16,3%). No período considerado, foram notificados 49 indivíduos com mais de 60 anos com diagnóstico confirmado para HIV/AIDS. Contudo, é importante esclarecer que essa amostra é relacionada ao hospital em estudo, e não expressa o número real de infectados do estado de Alagoas. Estudos observam que a maioria dos casos de AIDS nos pacientes desta faixa etária pode ser atribuída ao contato sexual ou ao uso de drogas, porém ao chegar ao serviço de saúde, a maioria dos profissionais, abordam esses pacientes como se não estivessem dentro dessa prática de vida, que esses comportamentos só estão relacionados à população jovem (VIEIRA, 2004). Quanto aos critérios de definição dos casos de AIDS (sinais, sintomas e doenças), os que estavam mais presentes entre os notificados foram Astenia maior ou igual há um mês, Diarreia igual ou maior a 10%, Anemia e/ou linfopenia e/ou trombocitopenia, Caquexia ou perda de peso maior que 10% , Candidose oral ou leucoplasia, Tosse persistente ou qualquer pneumonia, Febre maior ou igual a 38ºC em 17(34,7%). Conclusão: As evidências científicas confirmam hipótese da pesquisa acreditando nas mudanças do perfil epidemiológico da AIDS, que vem crescendo ao longo dos anos nos indivíduos da terceira idade. Dados mostram que as doenças que são comuns na velhice são as mais prevalentes nos critérios de definição dos casos de AIDS. Justificando assim, a necessidade de intensificar as ações de educação em saúde para prevenção da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis nesta faixa etária e a orientação dos profissionais da saúde para levar em conta a vida sexual ativa desses pacientes com mais de 60 anos, incluindo a solicitação de teste anti-HIV nos exames de rotina, a fim de diagnosticar precocemente essa doença na população idosa. Referencia: 1. POTTES, F.A. et.al. Aids e envelhecimento: características dos casos com idade igual ou maior que 50 anos em Pernambuco, de 1990 a 2000. Rev. bras. epidemiol. [online] 2007;10(3):338-351. 2. RIBEIRO, L.C.C, JESUS, M.C.N. Avaliando a incidência dos casos notificados de AIDS em idosos no estado de Minas Gerais no período de 1999 a 2004. Cogitare Enferm maio/ago 2006; 11(2): 113-116. 3. SEPKOWITZ, K.A. AIDS – The first 20 years. New England Journal of Medicine 2001; 23:1764-1772.. 4. SILVA, S.R.F. et al. Aids no Brasil: uma epidemia em transformação. Rev. bras. anal. Clin 2010; 42(3): 209-212. 5.VIEIRA, E.B. Manual de Gerontologia – um manual teórico-prático para profissionais, cuidadores e familiares. Rio de Janeiro, 2004. Editora Revinter. PESQUISA ORIGINAL Título:Troca Valvar Aórtica por Mini-esternotomia – Experiência Inicial Autores:Ac. Ellton Kim Cavalcanti dos Santos,Dr. Rodrigo Renda de Escobar, Dr. Alexandre Magno Macário Nunes Soares, Dr. Elióbas de Oliveira Nunes Filho, Dr. Mozart Augusto Soares deEscobar, Prof. Ricardo de Carvalho Lima.(Orientador) Instituições: 1- Universidade de Pernambuco (UPE), 2- Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FCM/UPE), 3- Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), 4- Unidade de Cirurgia Cardiotorácica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco (UNITÓRAX/RHP). Introdução: O padrão ouro de abordagem cirúrgica para plastia e troca valvar cardíaca é a esternotomia mediana. Ao longo dos últimos anos as técnicas minimamente invasivas estão em franca ascensão no âmbito da cirurgia cardiovascular e inúmeros trabalhos mostram maneiras de intervenção com técnicas particulares de exposição e acesso. A abordagem minimamente invasiva está relacionada a menores incisões, menor risco de morbidade cirúrgica, menor incidência de dor no pós-operatório, menor trauma cirúrgico, menores eventos de sangramento, retomada precoce das atividades pelo paciente, além de menor permanência hospitalar e redução dos custos aos serviços de saúde. Por todos esses fatores positivos, as técnicas minimamente invasivas vêm tomando espaço e reconhecimento na prática médica, sobretudo nos procedimentos cardiovasculares. Objetivo:Mostrar a técnica cirúrgica por mini-esternotomia no procedimento de troca valvar aórtica, bem como sua segurança e eficácia na exposição minimamente invasiva da raiz da aorta. Demonstrar os benefícios dessa técnica na abordagem da aorta ascendente com uma exposição mínima, gerando menores incisões, menores cicatrizes, preservação dos mecanismos anatômicos e fisiológicos da caixa torácica, bem como menor dano mecânico ao esterno,se comparada com a cirurgia de troca valvar aórtica por acesso convencional, esternotomia mediana.Metodologia:Levantamento dos dados obtidos no intra e pós-operatóriosde cinco pacientes submetidos à troca valvar aórtica por técnica minimamente invasiva a fim de comprovar os benefícios oriundos desse procedimento. Foram levados em consideração os parâmetros da circulação extracorpórea (CEC), a técnica de cardioplegia e proteção miocárdica, o tempo de permanência hospitalar e as informações técnicas do procedimento cirúrgico, como localização e tamanho da incisão, posicionamento do afastador na cavidade torácica e do clamp aórtico. Resultados:Três pacientes (60%) eram do sexo masculino; a idade variou entre 45 e 78 anos (média de 62,6 anos); a superfície corporal dos pacientes variou entre 1,58 e 1,82 m2 (média de 1,704 m²); o tempo de circulação extracorpórea variou de 75 a 115 min (média de 126,2 min); o tempo de anóxia variou de 60 a 130 min (média de 95,6 min); a temperatura esofágica durante a circulação extracorpórea foi mantida em 32°C em todos os procedimentos. Os diagnósticos mais frequentes foram estenose aórtica severa e insuficiência aórtica, sendo submetidos a troca valvar aórtica, com biopróteses de n° 21(40%) e de n° 23 (60%) , através de mini-esternotomia. Foram dissecadas artéria e veia femural direita para instalação do sistema de perfusão em Mini-CEC da Maquet®, o Custodiol® foi utilizado como solução cardioplégica fria com infusão contínua nos óstios coronarianos. Em todos os casos a saída de CEC se estabeleceucom ritmo cardíaco sinusal, sem uso de drogas vasoativas. O tempo de internação variou entre dois e nove dias (média de quatro dias). Conclusões:A abordagem da raiz da aorta e exposição do aparelho valvar por mini-esternotomia é um procedimento seguro e eficaz, além de proporciar uma visualização adequada e diminuir os danos a estrutura óssea do esterno. Os procedimentos minimamente invasivos vem com CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 83 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): uma proposta de melhorar os aspectos estéticos da cicatriz cirúrgica, minimizar manipulação da cavidade mediastinal, diminuir a resposta inflamatória, reduzir o tempo de internação hospitalar e proporcionar ao paciente uma recuperação mais rápida e consequente retorno precoce as suas atividades. PESQUISA ORIGINAL Obesidade Abdominal e Sua Associação com Alterações no Perfil Lipídico/Lipoprotéico e Índices Lipídicos de RiscoCardiovascular Aterosclerótico em Indivíduos Hipertensos do Estado de Pernambuco Ac. Antônio Henrique Amorim Soares, Ac. Eliezio de Oliveira Maia Júnior, Ac. Juliana Guedes Silva, Ac. Matheus Carneiro da Cunha Costa1, Ac. Matheus Soares de Araújo, Profa. Dra. Bianka Santana dos Santos (Orientadora). 1 – Curso de Medicina, Centro Acadêmico do Agreste – CAA, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Introdução:O tecido adiposo participa de diversas funções no organismo, desde controle ponderal até a homeostase córtico-suprarrenal. Porém, seu excesso, principalmente na região abdominal, pode provocar uma série de anormalidades no metabolismo dos lipídios e lipoproteínas, contribuindo para elevação de suas concentrações circulantes e consequentemente gerando um maior risco de desenvolvimento de doença cardiovascular aterosclerótica, hipertensão arterial e dislipidemias.Objetivos:Investigar a associação entre obesidade abdominal e dislipidemias em indivíduos hipertensos no Estado de Pernambuco.Metodologia: Foi realizado um estudo de corte transversal, no qual foram selecionados aleatoriamente 486 indivíduos hipertensos provenientes do Estado de Pernambuco, com idade superior a 18 anos e de ambos os sexos, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Hipertensão foi avaliada segundo o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão eobesidade abdominal foi investigada por meio do Índice de Cintura/Quadril (ICQ), conforme a Organização Mundial de Saúde, surgindo dois grupos – um de hipertensos com e outro sem obesidade abdominal. Amostras sanguíneas em jejum foram obtidase houve a quantificação bioquímica dos níveis séricos de Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e de Trgilicerídios, por métodos enzimáticos, e de VLDL-colesterol e LDL-colesterol, através da equação de Friedewald.Foram construídos índices lipídicos de risco cardiovascular aterosclerótico (RCVA), CT/HDL-colesterol e LDL-colesterol/HDL-colesterol. Teste t desemparelhado de Student (p<0,05) foi utilizado para análise dos dados. Resultados:Obesidade abdominal esteve presente em 79,6% dos hipertensos, os quais apresentaram siginificativamente maiores valores de CT, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídios, bem como dos índices lipídicos de RCVA, quando comparados a hipertensos sem obesidade. Os valores de pressão arterial sistólica (PAS) bem como da diastólica (PAD) também foram significativamente maiores nos hipertensos com obesidade abdominal quando comparados com os valores dos hipertensos não obesos (PAS = 151,2 ± 1,1mmHg versus 140,5 ± 2mmHg; e PAD = 98,2 ± 0,6 versus 94,2 ± 1mmHg). Não foi encontrada diferença significativa entre os níveis de HDL-colesterol dos grupos.Conclusão:A obesidade abdominal é uma epidemia em curso em hipertensos do Estado de Pernambuco, haja vista cerca de 80% desses indivíduos a terem apresentado. O excesso de tecido adiposo abdominal influenciou significativamente alterações no perfil lipídico/lipoprotéico dos hipertensos, incluindo altos Índices lipídicos de RCVA, o que representa um maior risco de desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares nessa população, demonstrando a necessidade de se desenvolver medidas preventivas de saúde pública destinadas à prevenção e controle de todas as alterações oriundas da obesidade abdominal. Apoio Financeiro:CAPES, CNPq, FACEPE. PESQUISA ORIGINAL A IMPÔRTANCIA DO BRINCAR PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: RELATO DE CASO. AUTORES: Andreza Maria Gomes de Araujo; Anna Paula Ferreira Ferro; Lizânia da Silva Melo; Maria das Graças Lopes Lima; Maria Mayara Stephanne de Medeiros Freitas; Carla Cardoso de Oliveira Barbosa (Orientadora). Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)1; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)2; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)3; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)4; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)5; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)6. Introdução: A hospitalização traz transtornos em todas as fases da vida, que, particularmente na infância, são evidentes, com manifestações de insatisfação momentânea ou prejuízos que permanecem mesmo após a alta hospitalar. Na fase pré-escolar esses efeitos são mais intensos, independente da presença ou não da mãe, em virtude da etapa do desenvolvimento, onde a fantasia está presente em tudo. A rotina hospitalar contribui em muito para as dificuldades encontradas pelas crianças em vivenciar os dias de internação já que, muitas vezes, estão privadas da companhia materna, e as mudanças de funcionários a cada turno, que nem sempre estão fixos para o cuidado das mesmas crianças, dificultam ainda mais a formação de vínculo entre ambos. Em virtude do seu pensamento fantasioso e egocêntrico, as crianças têm dificuldades na compreensão dos fatos e situações vivenciadas, podendo achar que a doença e/ou hospitalização é uma punição por mau comportamento ou algum erro. Um fator essencial para o desenvolvimento da criança é, sem dúvida, o brincar. Ele está presente em todas as fases da vida e favorece, além da diversão, a expressão de sentimentos e emoções pelos quais o indivíduo passa. No ambiente hospitalar, o CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 84 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): brincar tende a transformar o ambiente das enfermarias em um local prazeroso e que permita uma adaptação melhor às novas condições que as crianças encontram e têm de enfrentar (LEITE; SHIMO, 2007). O brinquedo terapêutico proporciona à criança hospitalizada a oportunidade de reorganizar a sua vida, seus sentimentos e diminuir a ansiedade, podendo também ser utilizado para ajudá-la a reconhecer seus sentimentos, assimilar novas situações, compreender o que se passa no hospital e esclarecer conceitos errôneos (RODRIGUEZ, 2010). O Projeto Acolher é um projeto filantrópico de extensão universitária e de iniciação científica fundado em 2010, que atua nas unidades pediátricas do Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela (HGE). Os objetivos deste projeto são: trabalhar com atividades teatrais, dinâmicas, brincadeiras diversas, apresentações artísticas, educação em saúde, contar histórias e realização de oficinas de recreação para as crianças; desenvolver atividades diretamente relacionadas à grade curricular dos membros do projeto, visando seu crescimento acadêmico no âmbito hospitalar; fornecer apoio aos acompanhantes sobre o quadro clínico da criança, procurando assim diminuir a tensão imposta pelo ambiente hospitalar. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo relatar as experiências vividas pelas acadêmicas de enfermagem dentro do Projeto Acolher. Metodologia: Trata-se de um de relato de experiência das discentes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), do 8º período, durante as visitas realizadas quinzenalmente pelo Projeto Acolher a pediatria do Hospital Geral do Estado (HGE). Resultados: Ao decorrer das visitas realizadas na pediatria do HGE, juntamente com os demais participantes, conseguimos colocar em prática os objetivos do projeto e observar o seu proposito para as crianças, pais, acompanhantes, integrantes da equipe de saúde e membros do acolher. Em todas as visitas são realizadas previamente apresentações teatrais, brincadeiras, escolha de histórias infantis e é disponibilizado material para pintura. Esses recursos conseguem envolver e fazer uma ótima interação entre a criança e os que assistem esta, isso é de extrema importância pois a mesma que esta hospitalizada encontra-se em um ambiente totalmente diferente e desconhecido. O uso de brincadeiras no ambiente hospitalar prepara-os para lidar com esse tipo de experiência, minimizando os danos que esse processo pode gerar, e preservar a sua saúde emocional. O apoio aos acompanhantes que geralmente são os pais também é de extrema importância para o processo de recuperação, pois os pais precisam esta bem tanto psicologicamente como fisicamente para poder ajudar e dar apoio as crianças que ali se encontram. A ludoterapia é uma forma de diminuir o estresse da criança e consequentemente melhora no quadro clinico. Conclusão: Acreditando na influência da ludoterapia no tratamento de crianças hospitalizadas, conclui-se a importância das brincadeiras e brinquedos no aspecto fundamental de suas vidas. O brincar favorece, além da diversão, a expressão dos sentimentos e emoções pelo quais o indivíduo passa. E é brincando que a criança desenvolve o equilíbrio e a reciclagem das emoções vividas, da necessidade de conhecer e reinventar a realidade, desenvolvendo ao mesmo tempo a atenção, concentração e outras habilidades. Referências: LEITE, T.M.C; SHIMO, A.K.K. O brinquedo no hospital: uma análise da produção acadêmica dos enfermeiros brasileiros. Anna Nery Rev. Enfermagem. v. 11, n. 2, p. 318-324, 2007. RODRIGUES, A.R. et al. Benefícios do Brinquedo Terapêutico no Cuidado de Enfermagem à Criança Hospitalizada. Netsaber artigos. 2010. PESQUISA ORIGINAL ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS EM SALA DE ESPERA SOBRE INSUFICIENCIA CARDÍACA (IC) E CUIDADOS COM O MARCAPASSO DEFINITIVO (MPD) EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO AUTORES: Enfa. Christefany Régia Braz Costa, Enfa. Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Enfa. Tallita Veríssimo Leal, Enfa. Izabel Cristina Accioly Teles Campello, Enfa. Thaisa Remigio Figueirêdo, Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra INSTITUIÇÃO: 1- Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares- Universidade de Pernambuco (PROCAPE-UPE) PESQUISA ORIGINAL – RELATO DE CASO Introdução: A IC tornou-se um problema de saúde pública com incidência e prevalência elevadas na última década. Esta entidade patológica, em muitas circunstâncias leva a necessidade de utilização do recurso para estimulação cardíaca artificial, sendo indicado o uso de MPD. A enfermagem, tendo em vista seu papel educativo e presença significativa nos estabelecimentos de saúde, possui grandes ferramentas na assistência e orientação a essa demanda de pacientes. Neste contexto, as salas de espera dos serviços públicos têm sido utilizadas como espaços educativos dinâmicos para profissionais de saúde desenvolver as mais diversas atividades, apresentando-se como uma forma produtiva de ocupar um tempo ocioso, que muitas vezes geram sentimentos negativos em torno do atendimento, além de estimular a participação dos pacientes nas consultas e atividades propostas. Objetivo: Relatar a experiência de atividades educativas em sala de espera sobre IC e cuidados com o MPD em ambulatório especializado em cardiologia de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência baseado na participação em atividade educativas desenvolvidas em um ambulatório especializado que atende pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC), Doenças de Chagas e em uso de MPD. As atividades foram desenvolvidas em sala de espera, com organização do grupo em círculo, facilitada por enfermeiro, e dividida em três momentos principais: 1º) Apresentação do grupo e o tema proposto na atividade e identificação dos pacientes com crachá em forma de coração; 2º) Desenvolvimento da atividade com estratégia proposta de orientação aos pacientes; e 3º) Fechamento das atividades com avaliação do pacientes e sugestões para os próximos encontros, com distribuição de cartilha informativa. Entre os temas propostos estavam “Insuficiência cardíaca’’ e “Uso do MPD”. As estratégias utilizadas foram “Jogo de perguntas e repostas com uso do álbum seriado sobre IC”, “Jogo de perguntas e respostas em pequeno baú com uso de placas vermelhas e verdes” e o “Varal do CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 85 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): coração”. Foram abordados temas como: funcionamento do coração normal, com IC e os que precisam de MPD; sinais, sintomas, causas e tratamento de IC; orientações sobre ingesta hídrica e alimentar; funcionamento do MPD; cuidados pré e pós operatórios; medicações, fumo, álcool, atividade física, vida sexual; e cuidados com o MPD no ambiente social e doméstico. resultados: As metodologias ativas e participativas possibilitaram o levantamento de questionamentos e problematizações da vivência do pacientes com total participação, trazendo experiências da sua própria saúde, desmistificando situações e dúvidas. Conclusões: As intervenções desenvolvidas pelo enfermeiro na sala de espera, orientando-se por uma postura dialógica e participativa, e ainda, levando em conta o aprendizado a partir da realidade, constituem uma valiosa ferramenta na promoção da saúde através de ações de educação em saúde permitindo o estímulo à tomada de decisão e autocuidado. PESQUISA ORIGINAL Título: CONSTRUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO RECURSO PARA APRENDIZAGEM: UM RELATO DE CASO Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Marinho da Silva Correia, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora). Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Introdução: Os mapas conceituais são diagramas usados para representar conceitos e suas relações entre si. Traduzem o significado e as relações significativas, sem contudo determinar uma sequência ou hierarquização, sendo isso o que os diferencia de diagramas de fluxos e orgonogramas1. A teoria cognitiva da aprendizagem de David Ausubel é que fundamenta teoricamente os mapas conceituais. Para a aprendizagem usando esse recurso ser significativa, precisa que os novos conceitos sejam ancorados nos significados preexistentes do indivíduo1,2. Essas novas informações vão interagindo e se diferenciando progressivamente. Atualmente, os mapas conceituais estão sendo utilizados como recurso para aprendizagem por esses motivos: permitem que o estudante represente o que aprendeu, não importando se está certo ou errado, mas se existe evidências de que o aluno aprendeu significativamente o conteúdo2. Desta forma, o professor deve procurar interpretar a informação dada pelo aluno naquele mapa conceitual, procurando encontrar se há relação entre os conceitos expostos 1. A matriz curricular dos novos cursos, inclusive os da área da saúde, tem incorporado a teoria cognitiva de aprendizagem como recurso para avaliar o conhecimento do aluno. Objetivo: Caracterizar a construção de mapas conceituais como recurso para aprendizagem. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL durante atividade realizada em uma disciplina da matriz curricular. O professor da disciplina deixou que cada grupo escolhesse um tema sobre o qual os alunos iriam formar novos significados e montar o mapa conceitual. O tema escolhido foi o uso indevido do jaleco. Assim, artigos científicos foram selecionados para embasar teoricamente a formação desses conceitos. Para indicação das relações existentes, foram utilizadas setas. Resultados: O grupo encontrou um pouco de dificuldade para retirar dos artigos os conceitos necessários, pois era a primeira vez que os alunos se depararam com tal atividade. Porém, a construção do mapa conceitual trouxe nova oportunidade de aprendizado para os alunos que puderam conhecer a relação do uso indevido do jaleco com o processo saúde-doença, a origem da biossegurança, a relação dos EPIs com o risco biológico, e claro, as medidas de segurança para o trabalhador usuário deste jaleco. Conclusões: A construção dos mapas conceituais permite aos indivíduos conhecer todos os conceitos que se relacionam com o assunto estudado, podendo explorar os aspectos desde a sua origem, sendo esta uma forma de ampliar a aprendizagem. Referências: 1)Moreira MA. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Revista Chilena de Educação Científica. 2005; 4(2): 38-44. 2) Tavares R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição. 2007; 12: 72-85. PESQUISA ORIGINAL ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM COMO RECURSO DIDÁTICO: USO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: UM RELATO DE CASO Autores: Ac. Havany Thayany Pereira Ramalho, Ac. Leiliandry de Araújo Melo, Ac. Leylane de Araújo Melo, Ac. Morgana Valesca de Melo Bezerra, Ac. Thalita Marques de Mesquita, Profª. Fabiana Ferreira Cunha (Orientadora). Instituições: 1 – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2 – Curso Técnico de Enfermagem Nova Dimensão. Forma de apresentação: Oral Relato de experiência Resumo: Introdução: A problematização tem sua origem nos trabalhos de Paulo Freire que enfatizou a necessidade dos estudos serem baseados nos problemas reais. Esses problemas trazem variadas contradições e com isso exigem do indivíduo uma investigação e análise crítica da situação1. Dentro desse modelo construtivista da educação, a Metodologia da Problematização (MP) utiliza o método do arco para destrinchar um problema. Este método é composto de cinco etapas: observação da realidade, caracterização dos pontos chaves, teorização, hipótese de soCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 86 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): lução e aplicação na prática. Esta técnica permite ao indivíduo identificar um problema a partir da observação da realidade e propor soluções para ele, diferente de outros métodos que elencam para a pessoa qual o problema, esperando do aluno o planejamento2. Atualmente, na busca para formar profissionais cada vez mais críticos, algumas disciplinas na graduação já adotam a MP. Elas buscam desenvolver o potencial humano aproveitando o conhecimento prévio que ele possui. Deseja ainda, definir como os estudantes devem aprender e que habilidade cognitivas e afetivas precisam ser adquiridas1,2. Objetivo: Caracterizar o uso da metodologia da problematização como recurso didático de ensino-aprendizagem.. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL durante atividade realizada em uma disciplina da matriz curricular. O professor da disciplina deixou que cada grupo escolhesse um tema sobre o qual os alunos iriam problematizar. Foi sugerida a utilização do método do arco para nortear a construção do problema. Resultados: A MP exigiu que o aluno buscasse a essência do problema, procurando nas suas raízes respostas, instigando-o a exercer sua reflexão crítica e transformadora da realidade. Para construção do trabalho, o grupo precisou discutir as opiniões divergentes e chegar a um consenso. Isso, além de contribuir para formação crítica do indivíduo, ajudou no processo de análise de pontos de vistas diferentes. O que é fundamental para formação de opiniões. Conclusões: A Metodologia da Problematização garante um meio para que o indivíduo desenvolva sua reflexão crítica e capacite seu potencial humano. Referências: 1) Cyrino EG, Pereira MLT. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Cad. Saúde Pública. 2004; 20(3):780-788. 2) Silva WB, Delizoicov D. Problemas e problematizações: implicações para o ensino dos profissionais da saúde. Ensino, Saúde e Ambiente. 2008; 1(2): 4-28. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA Luana Tainá Melo Santos, Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Thaiany Fernandes da Silva, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução:A maioria das Malformações Cardíacas Congênitas surge devido aembriogênese defeituosa durante o período gestacional da terceira semana até a oitava semana, fase em que estão desenvolvendo as estruturas cardiovasculares. As Malformações mais graves podem ser incompatíveis com a sobrevida intra-uterina e outras detectadas após o nascimento. Constituem exemplos deste grupo de cardiopatias a comunicação interventricular (CIV), o defeito septal atrioventricular, a comunicação interatrial (CIA) e a persistência do canal arterial. Podem ser consideradas de apresentação “tardia”, como a tetralogia de Fallot e as estenoses aórtica ou pulmonar não críticas (Zielinsky, 1997). Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes acometidos por cardiopatias congênitas, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde se realizou uma busca na BDENF. Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos, em busca da temática de interesse. Foram considerados artigos relacionados, todos que relacionassem a assistência de enfermagem no tratamento de pacientes com cardiopatias congênitas. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados:Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 10 artigos na BDENF, onde se seguiu a leitura dos mesmos. Com produto das leituras, pudemos identificar que 60% dos artigos estavam relacionados à assistência direta de enfermagem, enquanto 40% estava relacionado ao papel do enfermeiro na condução da assistência às crianças portadoras de cardiopatias congênitas pelos pais e/ ou responsáveis. Também pudemos identificar os principais diagnósticos de enfermagem encontrados nos artigos, como se segue: Déficit no autocuidado, déficit do conhecimento sobre a doença, rompimento no vínculo familiar, risco para alteração da temperatura, FC, PA e ritmo cardíaco, risco para alteração no padrão respiratório, risco para aspiração, risco para infecção, risco para diminuição do débito cardíaco, risco para alteração do padrão urinário, risco para alteração do padrão intestinal, risco para alteração da integridade da pele e risco para alteração no metabolismo da glicose.Conclusões:A assistência de enfermagem à criança cardiopata deve ser planejada e implementada da forma mais precoce possível, já que possui elevado risco de complicações que possam resultar em óbito. Esta assistência deve contemplar as crianças cardiopatas do ambiente hospitalar ao ambiente familiar. Desta maneira é essencial que o enfermeiro possua ferramentas com base nas mais recentes evidências científicas, como facilitadoras de seu trabalho para que possa contribuir qualitativamente na condição de saúde e quantitativamente na diminuição da mortalidade neonatal e infantil. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 87 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CHOQUE HIPOVOLÊMICO Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Luana Tainá Melo Santos, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução: Segundo Martins et al. (2012), choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecidos, levando à disfunção orgânica. A redução na oferta de oxigênio pode ser relativa ou absoluta, desencadeando metabolismo anaeróbio. Sendo assim, choque não deve ser entendido apenas por hipotensão arterial, e sim por uma inadequada perfusão tecidual (SILVA, GARRIDO E ASSUNÇÃO, 2001). Marsonet al. (1998), diz que ocorre ativação do sistema nervoso simpático, com aumento da frequência e contratilidade cardíaca, liberação de catecolaminas, vasopressinas e angiotensina; direcionando o fluxo sanguíneo para o cérebro e coração. Marsonet al. (1998), descreve choque hipovolêmico como o tipo mais comum em pacientes vítimas de traumas. Podendo estar associado à história de hematêmese, melena, diarréia e vômitos (FELICE et al., 2011). O diagnóstico precoce do choque e a instituição de terapêutica interferem na morbi-mortalidade dos pacientes (MARSON et al. 1998). Objetivo:Categorizar a produção científica da enfermagem relacionada ao choque hipovolêmico em artigos publicados no Brasil em periódicos entre os anos de 2000 a 2014.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onderealizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS, Medlinee BDENF. Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores: “Choque”, “Hipovolêmico” e “Enfermagem”. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados:Considerando os critérios da primeira fase, foram selecionados para a leitura, 171 resumos no MEDLINE, 08 na LILACS, 05 no BDENF.Destacamos que após a aplicação dos critérios de exclusão, mesmo com a definição de um marco de tempo de 14 anos, restaram apenas 02 artigos com condutas atualizadas, onde realizamos leitura extremamente criteriosa para obter o objetivo traçado. Foram condutas consideradas importantes no trabalho do enfermeiro diante de um paciente em choque hipovolêmico: Avaliação de temperatura e cor da pele, avaliação de frequência cardíaca e ritmo cardíaco, avaliação de pressão arterial e pulso, observação de tempo de enchimento capilar, monitorização da perfusão de órgãos alvo, estímulo a conduta laboratorial e monitorização hemodinâmica. Conclusões: Destacamos a importância do profissional enfermeiro na atuação diante do choque hipovolêmico, em função de sua habilidade observacional e capacidade de sistematizar o cuidado ao paciente, inclusive em situações de urgência e emergência. Nosso estudo contribuiu, sobretudo, como um alerta a comunidade científica na enfermagem, que não está produzindo cientificamente uma atuação baseada em evidências científicas recentes, restringindo suas condutas a conhecimentos antigos e/ou embasados em protocolos realizados por outros profissionais da saúde. Limitando a possibilidade de novas descobertas na assistência de enfermagem, com suas características e ciência própria. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO CARDIOMIOPATIA PERIPARTO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Enf. ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Enf. Thaiany Fernandes da Silva, Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- 4- 5- Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco. Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução:A cardiomiopatia periparto é um tipo de doença cardíaca idiopática que leva à insuficiência cardíaca durante o período periparto, geralmente em mulheres jovens, previamente saudáveis, caracterizada por dilatação e distúrbio da contratilidade ventricular. Trata-se de condição rara, por ocorrer no intervalo de 1:3.000 a 1:15.000 gestações (Santos, 2004).Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura que aponte as mais novas evidências científicas sobre a cardiomiopatia periparto, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo científico, com o propósito geral reunir conhecimentos sobre um tópico, ajudando nas fundações de um estudo significativo para as áreas da saúde, tarefa crucial para os pesquisadores (Carvalho, Silva e Souza, 2010). Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical LiteratureAnalysisandRetrievalSistem on-line (Medline).Na primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores: “Cardiomiopatia”, “Periparto”. E suas combinações em inglês, espanhol e português, entre 2004 e 2014. Resultados: No cruzamento dos descritores, encontramos 27 artigos no LILACS e 37 artigos no Medline. Na aplicação dos critérios de inclusão, chegamos a 19 artigos no todo, onde procedemos com a fase da leitura dos mesCARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 88 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): mos: 03 na língua portuguesa, 02 na língua espanhola e 14 na língua inglesa. Destacamos que dos artigos selecionados, 47,36% eram estudos de caso. Categorizamos os achados em: Novos Diagnósticos Utilizados e Novos Tratamentos Utilizados. No quesito diagnóstico: Atualmente são utilizadas como ferramentas diagnósticas: Ressonância nuclear magnética cardíaca, tomografia computadorizada, monitorização cardíaca não invasiva, biópsia (para diagnóstico post-mortem) e ecocardiografia, sendo este último, o mais importante, sendo reportado em 52,63% dos artigos. No quesito tratamento: Há sucessos comprovados com bloqueio neuro-hormonal, redução da pré e pós carga cardíaca, suporte inotrópico, inserção de desfibrilador cardioversor implantável, transplante cardíaco e mais frequentemente citado a terapêutica trombolítica. Conclusões:Consideramos a grade relevância deste estudo para a prática multiprofissional dos profissionais de emergência, cardiologia e obstetrícia, por oferecer subsídios atualizados para o diagnóstico e tratamento de pacientes portadoras de cardiomiopatia periparto. Em virtude de ser uma patologia rara, com informação restrita em nossa literatura. Destacamos a necessidade do estudo aprofundado destes casos no Brasil, principalmente no tocante ao diagnóstico precoce, causas e manifestações clínicas características e seus fatores associados, ainda pouco descritos na literatura estudada. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO DESENVOLVIMENTO DO AUTOCUIDADO EM PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA (2004-2014). Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, apesar de todo o avanço clínico e tecnológico alcançado nas últimas décadas, advindos de um melhor conhecimento fisiopatológico (Nascimento et. al., 2013). Verifica-se que os números de internações continuam a crescer, aumentando assim os custos hospitalares com as pessoas acometidas por esta enfermidade (ALITI et. al. 2006). Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento de uma assistência focada no autocuidado direcionada a pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva, nos últimos 10 anos. Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), nos últimos 10 anos.Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos, em busca da temática de interesse. Foram considerados como objeto de estudo, todos os artigos que relacionassem o tratamento ao paciente portador de insuficiência cardíaca com a atuação direta dos profissionais de saúde na prática do autocuidado. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva. Resultados: Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 16 artigos na LILACS, e 01 no BDENF, totalizando: 17 artigos. O produto das leituras foi categorizado por categorias profissionais, onde em 100% dos artigos apontavam a atuação do enfermeiro nas técnicas de estímulo ao autocuidado, inclusive com escalas de mensuração. Somente 20% dos artigos relacionaram a prática do médico. E os demais profissionais de saúde, definidos na metodologia, não foram citados como profissionais que desenvolvem técnicas que norteiam o autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Conclusões: Considerando que a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica, caracterizada por alta mortalidade, frequente hospitalização, déficit de qualidade de vida e exige de seus portadores um rigoroso regime terapêutico. Identificamos nesta revisão, que estas problemáticas provocam nos portadores da patologia uma gradual perda da capacidade de se cuidar. E que principalmente os enfermeiros, vem desenvolvendo com evidências científicas as melhores estratégias de estímulo as práticas do autocuidado, destacando-se na comunidade científica, como categoria que mais produz cientificamente sobre o assunto e garantindo uma melhor qualidade de vida a estes pacientes. Contribuímos com esta pesquisa com uma sinalização de que estudos que envolvam esta temática, sejam ainda mais aprofundados por enfermeiros, e ainda mais por outras categorias da saúde, que apareceram pouco ou foram inexistentes, em em todo nosso processo metodológico. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 89 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO MIOCARDITE EM PACIENTES COM HIV/AIDS Thaiany Fernandes da Silva, Luana Tainá Melo Santos, Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo, Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- 4- Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiras. Pós-graduandas em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em Gestão de UTIdo IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução: As miocardites são importantes causas de morte súbita e inesperada em adultos com menos de 40 anos de idade. Têm etiologia diversa e sua fisiopatologia envolve a ativação prolongada das imunidades celular e humoral. Seu curso geralmente é assintomático ou insidioso, havendo considerável dificuldade no estabelecimento do diagnóstico, devido à inespecificidade de seu quadro clínico e à baixa sensibilidade dos exames complementares. O tratamento é basicamente suportivo e direcionado às possíveis complicações ou às causas de base. Possuem prognóstico variável, dependendo da causa-base, sendo pior nas doenças sistêmicas e na infecção pelo HIV (Figueiredo et. al. 2005).Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada aprevalência de casos de miocardites em pacientes com HIV/ AIDS, nos últimos 10 anos.Métodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS e Medline.Na primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores: “Miocardite”, “HIV” e “Prevalência”. E suas combinações em inglês, espanhol e português, entre 2004 e 2014. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados: No cruzamento dos descritores, apenas 01 artigo estava em português, os demais em inglês. Identificamos as correlações do evento de interesse em artigos publicados na Inglaterra, Polônia, África do Sul, Índia, Itália e Estados Unidos. Em estudo realizado na Itália, a miocardite foi identificada em 40-52% pacientes autopsiados que morreram de AIDS, sem tratamento prévio com TARV. Dos pacientes que apresentavam alguma miocardiopatia, 83% tiveram a miocardite identificada em estudos histológicos. Na coorte da África do Sul, foi identificado que a miocardite aguda estava presente em 21% dos casos de cardiomiopatia associada ao HIV. O estudo polonês associa a miocardite a diversos agentes oportunistas no HIV: fungos, bactérias e toxoplasma. Além disso, relacionam a hipovitaminose como causadora da endocardite trombótica. Na Índia, A introdução de regimes de TARV, ao impedir infecções oportunistas, reduziu incidência de miocardite associada ao HIV em cerca de 30%. Nos Estados Unidos, a zidovudina está associada com a inibição da replicação do DNA mitocondrial que pode contribuir para a disfunção das células do miocárdio. Estudos no Brasil e na Inglaterra, chamam a atenção para a incidência de miocardites na associação de pacientes com HIV/Aidsco-infectados com Doença de Chagas. Conclusões:Em todo o mundo, os estudos das manifestações cardíacas em pacientes com HIV/Aids, ganham destaque na comunidade científica, por elevar a mortalidade desse grupo de pacientes. Além de apontarem os principais agentes etiológicos responsáveis pelas infecções oportunistas de tecido cardíaco e dos efeitos colaterais no sistema cardiovascular causados pelo uso da TARV (terapia antirretroviral). PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) Enf. Marcela Vieira Merencio Ramos,Enf. Lidiane Ferreira Santos Figueredo, Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf.ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- 4- Enfermeira. Pós-graduanda em UTI Geral com Ênfase em UTI do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco. Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução:O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das doenças mais comuns nos serviços de emergência, corresponde a uma das três principais causas de mortalidade no mundo. Somente nos EUA e é responsável por um custo médio de 19 bilhões de dólares/ano no que diz respeito a perda de produtividade e despesas médicas secundárias a sua morbidade (Braga, Alvarenga e Neto, 2013). Objetivo:Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento dasistematização da assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes acometidos por acidente vascular encefálico, nos últimos 10 anos. Metodologia:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de Enfermagem (BDENF).Na primeira fase da metodologia, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores na língua portuguesa: “cuidados de Enfermagem” e “Acidente Vascular Cerebral”.Ou “cuidados de enfermagem” e “AVC”. Nos últimos 10 anos.Após a seleção dos artigos, realizamos a leitura direta de todos os produtos científicos, no intuito de categorizar os resultados. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.resultados:Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados, 13 artigos na LILACS, e 16 no BDENF, totalizando: 19 artigos.Realizamos a leitura de todos os artigose o produto das leituras foi CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 90 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): categorizado por tipo de cuidado realizado por enfermeiro frente ao AVE: 63,15% estava relacionado ao cuidado domiciliar, 10,52% a cuidados preventivos, 10,52% a Sistematização da Assistência de Enfermagem e 15,78% identificação de sintomatologia apresentada por pacientes com AVE.Conclusões:Considerando que a reabilitação é uma das mais importantes funções dos profissionais de enfermagem, identificamos que a maior parte dos estudos relacionados ao acidente vascular cerebral direciona para o cuidado do paciente sequelado do acidente vascular encefálico. Entretanto, ao realizarmos esta pesquisa integrativa, destacamos a necessidade de mais estudos da práxis do enfermeiro de forma sistematizada para o tratamento hospitalar dos pacientes com AVCI, AVCH e dos portadores de patologias que possam desencadear este fenômeno. PESQUISA ORIGINAL DE REVISÃO SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA: CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA PARA O DIRECIONAMENTO DO CUIDADO. Enf. Ícaro Rafael Sampaio Omena Costa, Enf. Rafaella Souza de Lima Teófilo,ThacyanaMichely Gomes da Silva, Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior,Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- Enfermeiros. Pós-graduandos em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Pós-graduando do MBA em serviços de saúde e Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco. Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. Introdução: O avanço na cirurgia cardíaca ampliou o desenvolvimento dos cuidados de enfermagem para os pacientes com doenças cardiovasculares, uma vez que a assistência de enfermagem possui papel fundamental na recuperação desses pacientes, em todos os períodos, com destaque para o pós-operatório, quando intervém objetivando prevenir ou tratar complicações para o paciente, fundamentando-se num processo sistematicamente planejado do cuidar (Galdeano e Rossi, 2002; Rocha, Maia e Silva LF, 2006).Por tais motivos, resta demonstrar o quão imprescindível é a implantação da Assistência de Enfermagem (SAE), regulamentada na Resolução COFEN nº 358/2009, nas instituições de saúde, já que colabora para a organização do cuidado, tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem, e dessa forma, um cuidado mais seguro ao paciente (Malucelli, 2010; Fonseca e Penich, 2009).Objetivo: Apresentar uma revisão integrativa da literatura relacionada a práxis do desenvolvimento dasistematização da assistência de enfermagem (SAE), direcionada a pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, nos últimos 10 anos. Métodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, ondese realizou uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS e BDENF. Os descritores usados foram:“Cirurgia Cardíaca” e “Enfermagem”, para artigos publicados e indexados nos nos últimos 10 anos.Após a seleção dos artigos, devido aos descritores terem tornado a pesquisa muito genérica, foi necessário incrementá-la com mais um descritor: “sistematização”. A análise dos estudos selecionados, em relação ao delineamento de pesquisa, pautou-se em Polit, onde a análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.Resultados: Foram selecionados185 artigos. Nesta fase, para especificar ainda mais a pesquisa, acrescemos o descritor “sistematização”, os quais foram selecionados para leitura, com o máximo rigor de direcionamento. O produto das leituras foi categorizado por estratégias de sucesso na criação e aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Todos os artigos (de 2001 à 2008), foram de natureza descritiva e exploratória e apontaram, entre os mais importantes pontos de uma sistematização da assistência de enfermagem direcionada especificamente aos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca a comunicação entre o enfermeiro e o paciente no período perioperatório.Conclusões: Considerando que pacientes que se submetem a cirurgia cardíaca necessitam de cuidados cada vez mais específicos em virtude da complexidade do procedimento ao qual se submeteram, identificamos que a produção científica a cerca do assunto, não deve limitar-se a identificar pontos de fácil compreensão na prática profissional e sim encontrar meios para aprofundar o conhecimento das reais necessidades dos pacientes nestas condições para que a segurança durante os períodos de pré, trans e pós operatórios seja garantida com uma prática baseada em evidências científicas. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 91 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): MANIFESTAÇÕES VISUAIS NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO (SHG): UMA REVISÃO INTEGRATIVA (2000 à 2014) Enf. Synesio Brandão de Miranda Junior, Enf. Thaiany Fernandes da Silva, Enf. Luana Tainá Melo Santos, Ana Caroline Lopes Macedo Veríssimo, Prof. José Gilmar Costa de Souza Júnior (Orientador) 1- 2- 3- 4- Enfermeiro do Hospital da Visão de Pernambuco. Discente do MBA em serviços de saúde e Gestão Hospitalar da Universidade de Pernambuco. Enfermeira. Pós-graduanda em Saúde da Mulher do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiras. Pós-graduandas em Cardiologia e Hemodinâmica do IDE Cursos/Faculdade Redentor Enfermeiro. Especialista em Saúde da Mulher. Mestrando em Saúde Pública do CPqAM/FIOCRUZ. INTRODUÇÃO: No acompanhamento da mulher no ciclo gravídico-puerperal no Brasil, devem-se direcionar as atenções em especial às síndromes hipertensivas relacionadas à gestação, por ser um indicador determinante para a qualidade da assistência a saúde da mulher e por possuir forte relação com a incidência em morte materna, que varia de acordo com a região do país (Assis, Viana e Rassi, 2008).É mister identificar determinadas manifestações que estão relacionadas a doenças pré-existentes, pois estas podem vir a serem acentuadas nestas condições. As manifestações visuais são indicativas de complicações relacionadas às síndromes hipertensivas na gestação, em especial a pré-eclâmpsia, tornando-se de grande relevância para o diagnóstico precoce e diminuição da mortalidade materna por hipertensão (NHBPE, 2000).OBJETIVO: Apresentar a relevância que as manifestações visuais desempenham em artigos publicados no Brasil em periódicos entre os anos de 2000 a 2014, que abordam as síndromes hipertensivas na gestação. MÉTODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF.Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritorese suas combinações nas línguas portuguesa: “Síndromes”, “Hipertensivas”, “Gestação”. Em seguida aplicamos critérios de inclusão e exclusão. Após a seleção dos artigos, foi iniciada uma segunda fase, onde houve leitura direta de todos os produtos científicos. A análise e síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma descritiva.RESULTADOS: Considerando os critérios de inclusão, foram selecionados para a leitura, 48 artigos na LILACS, 06 da MEDLINE e 06 no BDENF, totalizando: 60 artigos. Em seguida, considerando os critérios de inclusão e exclusão, restaram 39. O produto das leituras foi categorizado de acordo com a citação das manifestações, que estavam relacionadas à complicações da pré-eclâmpsia e iminência de eclâmpsia: 02 artigos relacionaram escótomas, 01 relacionou fósfenas, 01 artigo a visão embassada, 01 artigo relacionou amaurose e 03 artigos relacionaram a manifestações visuais em geral. CONCLUSÕES: Em todos os artigos selecionados, as manifestações visuais se mostraram presentes em complicações das síndromes hipertensivas da gestação. Em especial à pre-eclâmpsia e iminência de eclampsia, devendo ser uma manifestação utilizada como critério diagnóstico para estes quadros patológicos. Esta pesquisa integrativa, que se configura como o método mais fidedigno de revisão bibliográfica, embasa em evidências científicas a prática assistencial, contribuindo nos campos da cardiologia, oftalmologia, enfermagem e obstetrícia. Destacamos por fim, a necessidade da ampliação dos estudos que relacionem as manifestações visuais com as SHG, em especial os ensaios clínicos randomizados, para uma prática assistencial cada vez mais segura aos pacientes. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 92 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): UPCOMING EVENTS EVENTOS CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 93 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 94 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 95 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 96 Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(1): INSTRUCTIONS TO AUTHORS 1 - Objectives: The Cardiovascular Sciences Forum aims to serve all the Cardiovascular Sciences fields of investigation to hold together multiprofessional experience to optimize the generation of new ideas, improving mankind resources in the prevention and treatment of cardiovascular diseases. 2 - Advertising: Cardiovascular Sciences Forum does not hold itself responsible for statements made by any authors. Statements or opinions expressed in Cardiovascular Sciences Forum of the authors(s) and do not represent official policy of the Sponsor Institutions unless so especified. 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Although all advertising material published in Cardiovascular Sciences Forum is expected to conform to ethical (medical) standards, inclusion in this publication does not constitute a guarantee or endorsement by it’s Sponsor Institutions or the Publisher of the quality or value of such product or of the claim made by its manufacture. 3 - Papers sent for publication in Cardiovascular Sciences Forum (Editorials, original articles, conferences, case reports, actualizations brief communications) should be related to cardiovascular sciences and unpublished. 4 - Although the stem language of the Archives, happens to be English, articles may also be published in spanish or portuguese. When published in spanish or portuguese for original reports an abstract version in english must be included. 5 - They should be typed in double spacing on foolscap paper, with 3 cm margins all around and in 3.5” diskettes, Word 6.0 or superior. Illustrations do not need to be printed in diskettes. 6 - Manuscripts should be arranged as follow: a) title page consisting of concise and informative title, full name of authors, b) The Service or Institution name should be displayed in the bottom of the first page. Folowing that, the name of the corresponding author, together with the address, phone, fax and e-mail. c) abstract not exceeding 250 words and three key words that can be called in www.decsbvs.br and/or www.nlmnih.gov/ mesh, d) Introduction, e) material and methods, f) results, g) comments, h) conclusions, i) bibliographic references, j) name of the Service or Institution where the study was performed, k) address for correspondence. 7 - All articles should be sent together with a Submission Letter, mentioning the Section in wich the article is to be part of (see list above), statement from the author and co-authors to the fact that all are in agreement with the contents mentioned in the material, making it clear presence or not of conflict of interest and the absence of ethical problem related. That letter must by all means be sent by fax (55 - 31.3452.6514) or by mail. 8 - Illustrations and Tables should be printed in separated pages, with their numbers and legends. 9 - The Cardiovascular Sciences Forum adopt the Vancouver Norms (www.icmje.org). 10 - Bibliographic references: listed in the order in which they are first mentioned in the text. Identify references in text in arabic numerals within parenthesis marks. Titles of journals are abbreviated according to the Index Medicus / Medline. References should be numbered sequentially, as per appearance in the text, References cannot have indented paragraphs, but lined up on the left. Personal communications and data that have not been published, should not be included in the list of references, but just mentioned in the text and in the footnotes on the page where mentioned. 10.1 1 - Journals: Author (s) name (s) based on rule explained in item 10.1) - Article title. Journal title (see item 10.1). year; Volume: first page - last page. 10.2 2 - Books: Authors (s) name (s) - Title. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: Number of pages (or that specific for reference). 10.3 3 - Chapter in a book: Author (s) name (s) of the chapter. Title of the chapter. In: Author (s) name (s) of the book, eds. Title of the book. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: first and last pages of the referred chapter. 10.4 4 - Thesis: Autor’s Name, Title (Thesis degree), City, University, Year. 10.5 5 - Annals of Congress: Name of the author (s) - Title of the paper published. In: Annals of the... name of the Congress. City: Promoter Society of Institution, Year: page. 11 - “Unpublished observations” and “personnal communications” should not be used as references. They are included in the text, within parenthesis marks, or, if extensive, appear as footnotes. Include among references: papers accepted but not yet published, designating the journal and adding “In press” (within parenthesis marks). CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM 97