insetos do brasil - Le monde des phasmes
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insetos do brasil - Le monde des phasmes
DA COSTA LIMA Catedrático de Entomologia Agrícola da Escola Nacional de Agronomia Ex-Chefe de Laboratório do Instituto Oswaldo Cruz INSETOS DO BRASIL 1.º TOMO CAPÍTULO I - XXI ESCOLA NACIONAL DE AGRONOMIA SÉRIE DIDÁTICA N.º 2 - 1938 CAPÍTULO XI Ordem PHASMIDA 116. Caracteres. - I n s e t o s , e m s u a m a i o r i a , de f o r m a b a cilar, a p t e r o s o u a l a d o s , q u e se c o n f u n d e m , n u m a p e r f e i t a h o m o c r o m i a , c o m g a l h o s v e r d e s o u s e c o s . D a í a d e s i g n a ç ã o de bichos-páu pela qual são vulgarmente conhecidos em nosso p a í s . No B r a s i l n ã o h a a s c u r i o s a s f o r m a s d a f a m í l i a P h y l l i dae, o b s e r v a d a s n a s r e g i õ e s I n d o - M a l a i a e E t i o p i c a , de c o r p o deprimido e alargado, que se parecem extraordinariamente c o m f o l h a s . H a , t o d a v i a , a s e s p e c i e s d e Prisopus, que, p e l o asp e c t o e c o l o r a ç ã o , p o d e m s e r c o n f u n d i d a s c o m os l i q u e n s q u e vegetam sobre o tronco das arvores. É a e s t a o r d e m q u e p e r t e n c e m os i n s e t o s m a i s l o n g o s q u e se c o n h e c e . As n o s s a s m a i o r e s e s p e c i e s s ã o : B a c t r i d i u m grande R e h n , 1920, c u j o t i p o ( f e m e a ) t e m 265 rum., Otocrania aurita (Bruto., 1839), cuja femea pode apresentar até 245 mm., e P h i b a l o s o m a p h y l l i n u m ( G r a y , 1835) c o m f e m e a s q u e a t i n g e m a 220 r u m . de c o m p r i m e n t o . T o d a v i a , é n a r e g i ã o O r i e n t a l q u e v i v e m os v e r d a d e i r o s g i g a n t e s d e s t a o r d e m e a l i á s de t o d a a c l a s s e de i n s e t o s , c o m o s e j a m P h o b a e t i c u s kirbyi B r u n n e r & R e d t e n b a c h e r , 1907, e P h a r n a c i a serratipes ( G r a y , 1835) ambos de Borneo, que podem apresentar até 330 mm. de c o m p r i m e n t o . Se ha nesta ordem insetos tão grandes, encontram algumas especies relativamente nela tambem se pequenas, com 190 F i g . 89 - INSETOS DO BRASIL P h i b a l o s o m a p h y l l i n u m ( G r a y , 1835) ( s u b - f a m . P h i b a l o s o m i n a e ) , (foto J. Pinto). . PHASMIDA pouco mais de 1 cm. de comprimento, tambem da região Oriental. 191 do genero Abrosoma, 117. Anatomia externa. - Cabeça livre, obliquamente dirigida para baixo. Olhos ,em geral, bem desenvolvidos. Ocelos, quando presentes, em numero de 2 ou 3, Antenas filiformes ou setiformes, de 8 a 100 segmentos. Aparelho bucal de tipo mandibulado e conformado como nos demais insetos ortopteroides. Torax cilindrico, de superfície lisa, granulosa ou espinhosa. Protorax, em geral, pequeno, mais curto que a cabeça. Mesotorax, pelo menos 3 ou 4 vezes mais comprido que o protorax; em Anisomorpha e generos afins relativamente curto. Metatorax semelhante ao mesotorax, geralmente mais curto que este, em algumas especies, porém, mais longo. Tegminas atrofiadas ou ausentes na maioria das especies, mesmo nas que tem asas bem desenvolvidas. Entretanto, nas femeas de Phyllium tais orgãos são bem mais desenvolvidos que as asas e se apresentam com o aspecto de verdadeiras folhas. Nas especies de Prisopus, conquanto as tegminas não sejam tão desenvolvidas como em Phyllium, são relativamente alongadas e cobrem quasi completamente as asas, quando estas se acham dobradas. As asas dos Fasmideos, em repouso e como nos demais insetos ortopteroides, dobram-se radialmente e se dispõem sobre o abdomen, ficando apenas exposta a parte anterior, em relação com o bordo costal, aliás de estructura mais consistente que a do resto da asa. Geralmente as asas são hialinas; algumas especies, porém, apresentam-nas com areas ou maculas escuras, ou mesmo brilhantemente coloridas, como as asas das borboletas e mariposas. Quando numa especie um dos sexos é aptero e o outro alado, este é sempre o macho. P e r n a s do t i p o a m b u l a t o r i o , g e r a l m e n t e l o n g a s e r e l a t i v a m e n t e d e l g a d a s , p r i s m a t i c a s o u s u b - c i l i n d r i c a s , p r o v i d a s de dentes ou saliencias foliaceas, que mais contribuem para aumentar a semelhança destes insetos com galhos. Pernas post e r i o r e s do m e s m o t i p o d a s m e d i a s ; e x c e p c i o n a l m e n t e p o d e m apresentar os femures consideravelmente dilatados. Pernas anteriores tão ou mais longas que as outras, com os femures 192 INSETOS DO BRASIL Fig. 1906) 90 Acanthoderus 20-spinosus (Redtenbacher, (Subfam. Pygirhynchinae) (um pouco aumentado; tamanho natural: cerca de 70 mm.). PHASMIDA 193 fortemente arqueados na base, de tal modo que, estando o inseto em repouso, com as pernas estiradas para diante, podem esconder parcial ou totalmente a cabeça. Tarsos, em quasi todas as especies, de 5 artículos, o ultimo com 2 garras, e, e n t r e elas, u m a r o l i u m . Abdomen de 19 uromeros, geralmente cilindrico, com o primeiro tergito confundindo-se com o metanotum, formando o segmento mediano. Cércos geralmente curtos nas femeas, mais desenvolvidos e com a forma de forceps nos machos. Estes sem gonapodos. Femeas com o 8° esternito geralmente muito alo n g ad o e gonapofises c u r t a s . 118. Anatomia interna, - Tubo digestivo sem circonvoluções; glandulas salivares e ingluvia desenvolvidas; proventriculo rudimentar ou ausente, sem apendices quilificos (cégos gastricos); tubos de Malpighi numerosos e curtos. Sistema nervoso central com 3 ganglios toracicos e 5 a 7 abdominais. Testiculos alongados. Ovarios com numerosas bainhas ovaricas. Varios Fasmideos têm o habito de emitir, por orificios situados no protorax, um fluido leitoso e fetido (Anisomorphinae). 119. Reprodução. - O macho, em geral bemmenor que a femea, na copula fica sobre ela. A quem se interessar em saber como se processa, em seus minimos detalhes, a copula nestes insetos, recomendo a leitura das observações feitas pelo Abade FOUCHER (1916). Ha muito tempo que a atenção dos biologistas fôra despertada pelo que SINÉTY chama: "a aptidão dos Fasmideos para a reprodução partenogenetica". De fato, em varias especies, cujos machos são excessivamente raros, a reprodução agamica ocorre frequentemente e dos ovos partenogeneticos quasi sempre se originam femeas (parthenogenese telitoca). Os pesquizadores que estudaram tais especies observaram a reprodução virginal em duas, três ou mesmo quatro gerações sucessivas, com a produção de individuos do sexo feminino. Todavia, de quando em vez, apareciam alguns hermafroditas, monstruosos e incapazes de procrear, e um ou outro macho em perfeitas condições constitucionais. Assim, o ovo parte- 194 INSETOS DO BRASIL nogenetico dos Fasmideos tem a aptidão mesmo no sentido de uma ou de outra de evoluir sexualidade. por si 120. Postura. - Ensinam os manuais de entomologia que os Fasmideos são pouco prolificos. Entretanto LING ROTH (1916) verificou que o Carausius morosus, num periodo de postura de 225 dias, poz, em media, 480 ovos, tendo tambem o b s e r v a d o u m m a x i m o de 712 o v o s . No Rio de Janeiro o Sr. CARLOS ALBERTO SEABRA , tendo apanhado a 27 de Setembro, em postura, uma femea de Phi- Fig. 91 - Ovos de Fasmideos: 1, de Phibalosoma phyllinum, X 5; 2, de Pseudolcyphides tithonus (Gray, 1835) (sub-fab. Pseudophasminae), X 10; 3, de Prisopus ohrtmanni (Lichtenstein 1802), X 3,5 (subfam. Pseudophasminae). balosoma phyllinum e alimentando-a com folhas de Ficus, obteve da mesma 152 ovos. As primeiras formas jovens nasce- PHASMIDA rama 18 de Janeiro do ano seguinte. Por esta observação, rifica-se quão lento é o desenvolvimento embrionario nesta pecie (103 dias para os primeiros ovos colhidos). 195 vees- As femeas, em geral, não escolhem um lugar especial para a postura; como se acham quasi sempre pousadas sobre as plantas, deixam cair os ovos no solo. Ha mesmo algumas. especies que os projetam a alguns metros de distancia. Os ovos dos Fasmideos são os que me parecem mais curiosos, lembrando sempre uma produção vegetal. Assim os ovos de Phyllium bioculatum Gray, 1832, da região O r i e n t a l , s e g u n d o HENNEGUY, t ê m a f o r m a d e u m a q u e nio de Umbelifera. Em geral, porém, sâo muito semelhantes a sementes, apresentando, além do operculo num dos pólos, por onde sae a forma joven, uma depressão lateral analoga a uma micropila. O interessante é que, em alguns desses ovos, a estructura do corium, observada ao microscopio, tambem o f e r e c e g r a n d e s e m e l h a n ç a c o m a de u m t e c i d o v e g e t a l , " d e t e l l e s o r t e q u e le m i m e t i s m e si i n t e r e s s a n t de l ' i n s e c t a d u l t e e t de s o n o e u f se r e t r o u v e d a n s l a s t r u c t u r e m ê m e de l ' e n v e l o p p e de c e t o e u f " (HENNEGUY, 1904). As formas singulares de alguns desses ovos podem ser apreciadas no trabalho de KAUP (1871). Das especies brasileiras este autor apenas descreveu os ovos de Phibalosoma p h y l l i n u m , de H e r p u n a n e p t u n u s ( K a u p , 1871) e de P r i s o p u s s p i n i c e p s B u r m , 1839. M a i s t a r d e GOELDI (1886) d e s c r e v e u e figurou os ovos de Phibalosoma phyllinum e de Ceroys perfoliatus ( G r a y , 1835). H a t e m p o s t i v e o e n s e j o de a p r e s e n t a r os d e s e n h o s q u e a q u i r e p r o d u z o , f e i t o s p o r C. LACERDA, d e ovos de P h i b a l o s o m a p h y l l i n u m , de P s e u d o l c y p h i d e s t i t h o n u s ( G r a y , 1835) e d e Prisopus o h r t m a n n i ( L i c h t e n s t e i n , 1802). Os o v o s d e s t a u l t i m a especie s ã o i n t e r e s s a n t i s s i m o s , pois, a o c o n t r a r i o do q u e s u c e d e c o m os d e m a i s F a s m i d e o s , s ã o colados, e m serie l i n e a r , num suporte qualquer. 121. ginam-se Desenvolvimento post-embrionario. - Dos ovos oriformas jovens semelhantes ás adultas, realisando- 196 INSETOS DO BRASIL se o desenvolvimento por paurometabolia. Ao sairem do ovo, os jovens Fasmideos distendem consideravelmente o corpo. Daí apresentarem, quando observados pouco tempo depois do nascimento, um porte que não está em relação com a capacidade do ovo de onde sairam. Vê-se isto muito bem com as formas jovens de P. phyllinum. O fato já fôra observado em 1843 por GOUDOT, numa especie de Autolyca da Colombia, cujos jovens, logo após o nascimento, apresentam 11 mm. de comprimento, isto é, cerca de 4 vezes o diametro do ovo. Os jovens de P. phyllinum e de outros Fasmideos no l° estadio andam com o abdomen voltado para cima. Bem pouco se sabe relativamente á duração do ciclo evolutivo das nossas especies. Conheço, apenas a seguinte observação, feita pelo Eng. Agr. Aristoteles Silva, referente a um Prisopus que determinei como P. ohrtmanni. "A 5 de Julho do ano passado recebi do Sr. Clarindo Alves Lage, um Fasmideo, apanhado sobre Eucalyptus citriodora do Horto Florestal (Rio de Janeiro). O referido inseto, denominado vulgarmente bicho-páu, tem a coloração identica á dum liquem, mimetisando assim os galhos sobre os quais seu corpo, que é concavo na parte ventral, se adapta perfeitamente. Os femures dos 3 pares de patas são muito dilatados e apresentam-se achatados, justamente para melhor se adaptarem e confundirem com o tronco ou ramo. O dito Fasmideo foi colocado numa de nossas caixas de criação do Serviço Florestal, tendo diariamente dado folhas novas da especie de Eucalyptus sobre o qual foi encontrado. Seis dias depois de capturado, nosso Fasmideo, que era uma femea, fez sobre a tela de arame da caixa uma postura de 6 ovos, colocados em fila, um ao lado do outro, presos á tela e entre si. No dia 23 de Julho realizou nova postura de 7 ovos, tarobem presa á tela da caixa e disposta como a primeira postura. Um dia depois poz 3 ovos, reunidos uns aos outros pelas partes anterior e posterior, como os das 2 posturas anteriores. Quando faltavam 2 dias sómente, para completar um mês que mantínhamos este Fasmideo em cativeiro, isto é, a 3 de Agosto, encontrei-o morto. No dia 1º de Novembro notei que os ovos haviam-se tornado mais escuros, o que antes não se verificara. Finalmente, a 19 de Novembro saíram PHASMIDA 197 as 3 primeiras formas jovens. No dia seguinte saíram outras, bem como 2 dias depois. As formas jovens conservaram-se vivas por alguns dias, porém, depois, foram sucessivamente morrendo, até ficar uma só, que continúa a se alimentar e c r e s c e r a t é a p r e s e n t e d a t a (7 de M a r ç o de 1 9 3 2 ) " 122. Habitos. - Os Fasmideos vivem sobre as plantas e se alimentam exclusivamente de folhas e brotos. As formas apteras deslocam-se lentamente; as aladas voam mal, funcionando as asas principalmente como para-quédas. É interessante ver as atitudes cas, que alguns Fasmideos apteros ou prestes a se mover. curiosas exibem, e ás vezes grotesquando em repouso Habitualmente ficam, horas a fio, completamente imoveis, com as pernas dianteiras projetadas para diante, cobrindo a cabeça e as antenas, e as outras pernas distendidas para trás. E mesmo quando elevam o corpo sobre as pernas, podem fazer movimentos, ou assumir atitudes, que ás vezes os tornam irreconhecíveis no meio em que se acham. Ainda como especies que se confundem perfeitamente com o local em que se assestam, devo citar especialmente os nossos Prisopi, dificilmente descobertos quando pousam num tronco revestido de liquens. Estes insetos, dizem alguns tratadistas, são aquaticos, pelo menos em parte. Esta noção se originou da informação contida num trabalho de MURRAY (Ann. Mag. Nat. Hist., 1866) sobre os habitos aquaticos de Prisopus flabelliformis (Stoll, 1815). A informação foi comunicada a MURRAY por FRY, que, por sua vez, a colhera de uma pessoa que observara o inseto, durante o dia, mergulhado e agarrado á pedras de um riacho, numa montanha do Brasil. Bem que tal observação nunca mais fosse confirmada, pois os Prisopi apanhados desde então têm sido sempre encontrados sobre o tronco das arvores, adquiriu, entretanto, fóros de verdade cientifica. GAHAN (1912), porém, demonstrou não haver o menor fundamento cientifico para se acreditar em habitos tão extranhos desses Fasmideos. Convem ler-se a respeito o recente trabalho de UVAROV (1935). 198 INSETOS DO BRASIL Ainda co m o f e n o m e n o s curiosos a assi nal ar, relativos á biologia dos Fasmideos, d e v e m ser r e f e r i d a s a a u t o t o m i a e a a u t o f a g i a e c o n s e q u e n t e r e g e n e r a ç ã o h i p o t i p i c a dos segmentos ou a p e n d i c e s a m p u t a d o s , f e n o m e n o s estes b e m e s t u d a d o s p o r BORDAGE (1910). Deve ser t a m b e m l e m b r a d a a c a t a l e p s i a observada em algumas especies por PIÉRON (1913), SCHMIDT (1913), e o u t r o s . 123. Importancia economica. - Sendo os Fasmideos g r a n d e s d ev or a dor es de folhas, t o r n a r - s e - i a m p r a g a s se proliferassem em m a i o r a b u n d a n c i a . F e l i z m e n t e , porém , r a r a m e n t e a p a r e c e m nas a r eas cultivadas, e n c o n t r a n d o - s e - o s e m m a i o r q u a n t i d a d e n a s m a t a s de v e g e t a ç ã o l u x u r i a n t e . Talvez s e j a m os m i c r o i m e n o p t e r o s p a r a s i t o s dos ovos que mais contribuam para reduzir consideravelmente a proliferação destes insetos. Ha tempos descrevi um CrysidideoDuckeia cyanea, n. g., n. sp., que se cria em ovos de Prisopus ohrtmanni. 124. Classificação. - Ha nesta ordem cerca de 2.300 especies descritas, das quais perto de 800 pertencem á região neotropica. De acôrdo com o sistema proposto por KARNY (1923) com as devidas modificações feitas por HEBARD, a ordem Phasmida compreende 2 grandes familias (elevadas por alguns autores a categoria de superfamilias): Phyniidae (Areolatae Redt., superfam. Phasmatoidea Brues & Melander) e Phasmidae (AnareoIatae Redt., superfam. Bacterioidea). família Phyniidae compreende as seguintes subfamiBacillinae, Therameninae (Obriminae), Pygirhynchinae, Aschiphasminae (Aschiphasmatinae), Anisomorphinae, Pseudophasminae (Phasminae, Phasmatinae, Prisopinae), Heteropteryginae e Phylliinae. A familia Phasmidae compreende as seguintes subfamilias: Pachymorphinae (Clitumninae), Prisomerinae (Lonchodinae), H eteroneminae (Diapheromerinae, Bacunculinae), Phibalosominae ( Bacteriinae, Cladoxerinae ), Phasminae (Acrophyllinae) e Necrosciinae. A lias: PHASMIDA 199 Na chave seguinte serão consideradas exclusivamente as subfamilias que t ê m representantes na região neotropica. Fig. 92 - O inseto alado da esquerda é o Prisopus ohrtmanni (Licht., 1802), o aptero da direita é a Paradoxomorpha crassa (Blanchard, 1852) (subfam. Anisomorphinae) e o do meio o Pseudolcyphides tithonus (Gray, 1835) (foto J. Pinto). 200 INSETOS DO BRASIL As 4 tibias posteriores com uma area triangular no apice, (lado inferior) ............................................................................... Phylliidae 84 2 As 4 tibias posteriores sem area triangular no apice (lado, inferior) .......................................................................................... Phasmidae 85 4 1 1' 2(1) Segmento mediano distinto do metanotum, geralmente mais curto que este; especies sempre apteras ............................... ............................................................................................... Pygirhynchinae 86 2' Segmento mediano tão ou mais longo que o metanotum; especies frequentemente aladas, com as tegminas reduzidas .................................................................................................................... 3 3 (2') 6º segmento abdominal quadrado (macho) ou transverso (femea), raramente alongado; pernas inermes, femures nem comprimidos, nem com dilatações foliaceas; especies apteras .............................................................................. Anisomorphinae 87 6° segmento abdominal mais alongado, muito mais longo que (macho) ou quadrado (femea); femures anteriores comprimidos ou com dilatações foliaceas ..................................................... .................................................................................................. Pseudophasminae 3' Segmento mediano curto, transverso ou apenas um pouco mais longo que largo, muito mais curto que o metanotum; especies apteras ................................................................... Heteroneminae 88 Segmento mediano tão ou mais longo que o metanotum, pelo menos muito mais longo que largo; especies frequentemente aladas .............................................................. Phibalosominae 89 4(1') 4' Na figura 92, á direita, vê-se a Paradoxomorpha crassa (Blanchard, 1852), da subfamilia Anisomorphinae, que não se encontra no Brasil. O exemplar foi-me enviado de Jujuy, para determinação pelo Prof. SALVADOR MAZZA, Rep. Argent i n a . S e g u n d o PORTER ( 1 9 2 8 ) , e s t e i n s e t o s e c r e t a u m f l u i d o que, mesmo a uma certa distancia, produz forte ardor na vista, semelhante ao que se experimenta com emanações de f o r m o l ( v e r á r e s p e i t o o t r a b a l h o d e SCHNEIDER ( 1 9 3 4 ) ) . 84 85 86 87 88 89 Gr. Gr. Gr. Gr. Gr. Gr phyllon, folha. phasma, espectro. pyge, podice, parte posterior do anisos, desigual; morphe, forma. heteros, outro; hema, fio. phibalos, figo; soma, corpo. corpo, rhyneos, tromba. PHASMIDA 125. 201 Bibliografia. GERAL BONET, F. 1932 - S o b r e la s t r u c t u r a d e l m e s é n t e r o n e n los F a s m i d o s . Eos, 8: 93-114, 3 e s t s . BO R D A G E . E. 1910 - BORDAS, L. 1896 - CAMERON, M. 1912 - y sus apéndices tubuliformes Phénomènes histologiques de régénération dos t o t o m i s é s c h e z los O r t h o p t é r e s P e n t a m é r e s B u l l . Sci. F r . B e l g . , 49: 199-235, 13 f i g s . Considérations genérales sur l'appareil B u l l . M u s . 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