o papel da engenharia clínica nos programas de gerência de

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o papel da engenharia clínica nos programas de gerência de
Memorias II Congreso Latinoamericano de Ingeniería Biomédica, Habana 2001, Mayo 23 al 25, 2001, La Habana, Cuba
O PAPEL DA ENGENHARIA CLÍNICA NOS PROGRAMAS DE GERÊNCIA DE
EQUIPAMENTOS MÉDICOS: ESTUDO EM DUAS UNIDADES HOSPITALARES
L. Gomes, P. Dalcol
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Departamento de Engenharia Industrial
Rua Marquês de São Vicente, 225 Rio de Janeiro Brasil
[email protected]
RESUMO
As atividades da Engenharia Clínica estão auxiliando,
cada vez mais, a gerência dos equipamentos médicos nas
instituições de saúde. Através de programas que
compõem esta gerência, as unidades hospitalares podem
administrar seus recursos tecnológicos desde a aquisição
até o abandono, utilizando ao máximo sua capacidade.
O aumento da complexidade dos recursos tecnológicos
impõe o seu gerenciamento eficaz principalmente pela
sofisticada combinação de diversos componentes e
mecanismos que necessitam de controles, revisões e
manutenções periódicas e preventivas.
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados
da observação das atividades exercidas pela Engenharia
Clínica em duas unidades hospitalares selecionadas.
A partir de uma breve caracterização destas unidades e da
metodologia aplicada, serão descritos os aspectos
relevantes e a forma com que vêm sendo realizadas as
atividades da Engenharia Clínica nos programas de
gerência dos equipamentos médicos.
Palavras-chaves: engenharia clínica,
equipamentos médicos, terceirização.
gerência
•
Manutenção: continuidade e confiabilidade na
operação e
•
Resultado: avaliação do desempenho e da real
eficiência.
A relevância da Engenharia Clínica no gerenciamento dos
equipamentos, foi avaliada em duas unidades hospitalares,
através de estudos de casos, para identificação da forma
com que esta atividade está sendo efetivamente realizada
nas organizações de saúde.
PROGRAMAS DA GERÊNCIA DE
EQUIPAMENTOS MÉDICOS
AQUISIÇÃO
INSTALAÇÃO
TREINAMENTO
MANUTENÇÃO
de
RESULTADOS
1.
INTRODUÇÃO
A Engenharia Clínica, como parte de um sistema de
saúde, vem auxiliando à criação de um mercado mais
unificado e previsível para os equipamentos médicos,
provendo os profissionais de saúde com a garantia de
segurança, confiança e eficiência no uso de equipamentos
novos. Pode-se identificar, através desta atividade,
recursos ineficientes ou não adequados a determinada
instituição [3].
Além disto, a Engenharia Clínica pode induzir a uma
utilização mais apropriada de novos equipamentos
incorporados às unidades, assim como daqueles já
existentes e instalados, contribuindo de forma decisiva
para a gerência dos equipamentos médicos através de seus
programas apresentados na Fig. 1.
Uma definição resumida das atividades exercidas por
estes programas no que diz respeito aos equipamentos
pode ser [4]:
• Aquisição:
especificação,
viabilidade
e
planejamento para a aquisição;
• Instalação: layout e estrutura para o correto
funcionamento;
• Treinamento: capacitação de operadores para a
utilização;
Fig. 1. Programas da gerência de equipamentos médicos
2.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a obtenção de dados
envolveu a realização de visitas às unidades hospitalares,
onde foram realizadas entrevistas informais, além de
análise documental de material fornecido pelas próprias
unidades.
A seleção específica das unidades, denominadas neste
trabalho de “A” e “B” deveu-se, principalmente, ao fato
de apresentarem uma preocupação crescente com a
gerência dos equipamentos médico-hospitalares, além de
possuírem porte similar (quantidade de leitos e
atendimentos) e reconhecido nível de satisfação no
atendimento aos pacientes [2].
A unidade “A” apresenta-se como uma unidade de 92
leitos, situada na cidade do Rio de Janeiro e reconhecida
por seu aprimoramento tecnológico, o que a levou a
receber, desde 1997, a certificação pelo sistema ISO
9002. Foi identificado um setor de Engenharia Clínica
terceirizado e responsável pela avaliação e controle dos
equipamentos existentes.
950-7132-57-5 (c) 2001, Sociedad Cubana de Bioingeniería, artículo 00131
A unidade “B” é também situada no Rio de Janeiro e sua
principal área de atuação é a cardiologia. Tendo passado
por um processo de expansão de seus serviços, possui
atualmente 83 leitos.
Aqui também pôde-se observar a questão da terceirização
de setores não sendo, no entanto, o caso do setor de
Engenharia Clínica.
3.
RESULTADOS
Em cada programa que compõe a gerência de
equipamentos médicos, foram identificados os
procedimentos realizados Engenharia Clínica nas
unidades visitadas.
• Programa de aquisição
A Engenharia Clínica apresenta maior participação no
processo de aquisição na unidade “A” do que na unidade
“B”. Uma de suas principais contribuições para este
programa foi o cadastro dos equipamentos existentes os
quais foram mapeados com todas as informações
necessárias para seu controle como valor de compra,
histórico, setor onde está localizado, defeitos e falhas
apresentados, quantidade de horas utilizadas, etc.
Todas as aquisições atualmente realizadas na unidade “A”
são gerenciadas pela Engenharia Clínica, a qual exige de
cada fornecedor relatórios de especificação para a análise
da decisão de compra. Estes relatórios devem conter:
•
Descrição detalhada do equipamento com todas
as informações sobre sua utilização, detalhes
técnicos, capacidade, consumo, garantia, condições
de manutenção do fornecedor, desempenho do
equipamento, etc.;
•
Justificativa da necessidade de compra para a
unidade;
•
Previsão de retorno esperado quanto ao custo e
•
Necessidade de obras para instalação do
equipamento.
A Engenharia Clínica, através deste “parecer técnico”
com todas as observações de cada fornecedor, especifica a
melhor condição de compra (aquisição, alienação,
leasing) e o melhor fornecedor.
Na unidade “B” identificou-se um processo semelhante de
avaliação de propostas, mas com menor nível de
intervenção no processo de aquisição.
O setor responsável pelo processo de substituição de
equipamentos danificados também é o de Engenharia
Clínica, por ser o mais capacitado para identificar
alternativas para o reparo dos equipamentos e o custo
destes reparos.
•
Programa de instalação
O programa de instalação foi reconhecido nas unidades
como de suma importância. Isto deve-se ao fato de que
uma instalação correta, obedecendo todas as normas
técnicas para seu perfeito funcionamento, aumenta
consideravelmente a vida útil do equipamento.
A sofisticação por que vêm passando os equipamentos no
setor médico-hospitalar, requer maior atenção no seu
sistema de instalação. Os equipamentos estão
transformando-se em complexas combinações de
componentes e sistemas, muitas vezes localizados em
ambientes diferentes e, em sua grande maioria,
monitorados por redes de computadores exigindo
acompanhamento freqüente por profissionais capacitados.
Identificou-se que maior preocupação com o sistema de
instalação trouxe melhorias significativas para a
manutenção dos equipamentos em ambas unidades
reduzindo, ao longo do tempo, o número de falhas ou
defeitos apresentados.
• Programa de treinamento
Os programas de treinamento são fundamentais para a
utilização correta dos equipamentos implantados, por ser
a má utilização um dos principais causadores de danos.
O programa de treinamento realizado na unidade “A”
abrange também campanhas educativas, reciclagens,
pesquisas e eventos, além de treinamento contínuo dos
operadores, através de programas de educação
continuada.
Outras atividades de treinamento são desenvolvidas pela
Engenharia Clínica nesta unidade, aparecendo como
balizador entre fornecedores e operadores e exigindo
treinamento avançado pelos fornecedores, além de
manuais de operações e serviços através de cláusulas
contratuais de pós-venda.
A unidade “B” utiliza apenas o treinamento realizado
pelos próprios fornecedores e a Engenharia Clínica, neste
caso, atua apenas como um agente “cobrador” deste
treinamento junto aos fornecedores.
• Programa de manutenção
O programa de manutenção é um programa amplo e
fundamental para o aumento da capacidade, vida útil e
aproveitamento integral dos equipamentos. Aqui também
a Engenharia Clínica contribui em muito, sendo a área
diretamente
responsável
pela
manutenção
dos
equipamentos nas duas unidades.
A implantação do sistema de manutenções preventivas
trouxe grandes contribuições para o bom desempenho dos
recursos tecnológicos, tendo sido identificados como
principais resultados deste processo:
• Redução comprovada de quebras;
• Economia
pela eliminação parcial das
manutenções fornecidas por fabricantes normalmente
onerosas e realizadas em períodos extensos e
• Diminuição dos sítios de infecções hospitalares
que ocorriam, em muito, pela ausência de limpeza
freqüente nos equipamentos.
Além dos itens citados, a manutenção preventiva reduziu
a necessidade da manutenção corretiva, podendo prever e
evitar danos futuros, por serem observadas falhas em
estágios iniciais. O desgaste crítico de peças específicas
dos equipamentos é, normalmente, indicado pelo próprio
fornecedor que orienta a realização freqüente de um
check-list.
Outro aspecto importante da manutenção é a calibração
dos equipamentos que utilizam medições, sendo
necessária uma revisão freqüente dos sistemas de
medidas. As unidades avaliadas têm mecanismos
específicos para a garantia destas calibrações. Algumas
pesquisas já identificaram, por exemplo, que metade dos
esfigmomanômetros existentes apresenta-se descalibrada
no Brasil. Maior atenção deve ser dada a este tipo de
manutenção na intenção de resguardar o paciente de
futuros danos à sua saúde.
• Programa de resultado
A Engenharia Clínica vem participando ativamente do
programa de resultados na unidade “A”, executando
relatórios mensais, por setores, onde são cadastradas todas
as ordens de serviços (OS) e analisadas as que foram
solucionadas internamente, as que necessitaram dos
fornecedores, os equipamentos que ficaram sem utilização
por falta de peças, os custos por equipamentos
(manutenções, contratos, peças) e o custo total por
setores.
Os dados obtidos são avaliados mês a mês para que se
possa identificar incidências de falhas e até mesmo
constatação de uso indevido, falta de treinamento ou
problemas de fabricação.
Este programa tem trazido aumento da vida útil dos
equipamentos por identificar, principalmente, as causas de
maior ocorrência das falhas apresentadas.
No caso específico da unidade “B” existe menor
envolvimento da Engenharia Clínica no programa de
resultado. Esta atividade tem sido realizada pelos próprios
setores como o Centro Cirúrgico, o Centro de Imagens e a
UTI Neonatal, como uma “prestação de contas” dos
gastos realizados.
4. DISCUSSÃO
Através da identificação da atuação da Engenharia Clínica
nas unidades selecionadas, pôde-se verificar o
desempenho das atividades exercidas por esta área no que
diz respeito ao gerenciamento dos equipamentos médicos.
O aspecto mais relevante observado foi uma crescente
tendência ao processo de terceirização identificado nas
unidades, principalmente quanto mais complexo e
sofisticado for o seu aparato tecnológico. Esta avaliação
foi possível no caso da unidade “A”, principalmente na
análise das contribuições do setor indicadas pelo corpo
clínico e que são:
•
Fornecimento de subsídios para compra de
equipamentos;
•
Vantagem de avaliação de problemas de ordem
técnica junto aos fornecedores;
•
Mapeamento dos equipamentos;
•
Agilização em processos de reparos;
•
Tranqüilidade do corpo clínico por haver uma
atividade que “zele” pela manutenção;
•
Resolução internamente de 80% das OS de
problemas apresentados;
•
Prazos pré-fixados para reparos e
•
Maior independência da unidade hospitalar com
fornecedores.
A empresa de Engenharia Clínica que presta serviços na
unidade “A” é composta por engenheiros biomédicos,
engenheiros elétricos e técnicos de equipamentos médicos
que realizam, entre outras atividades, a manutenção
constante dos equipamentos.
Já na unidade “B” é composto por apenas um engenheiro
que é funcionário da própria instituição.
Assim, as atividades normalmente atribuídas à
Engenharia Clínica [4] foram constatadas na unidade “A”.
Estas atividades são:
1. Avaliação
dos
equipamentos
comprados
e
planejamento para aquisição de novas unidades;
2. Gerenciamento dos custos dos equipamentos médicos,
calibração e manutenção;
3. Testes de segurança e desempenho de equipamentos;
4. Inspeção de todos os equipamentos que chegam à
unidade – tanto as novas aquisições como os que
retornam da manutenção;
5. Controle do inventário dos equipamentos;
6. Coordenação das manutenções internas e externas;
7. Treinamento do corpo clínico (operadores) em
segurança e uso eficiente dos equipamentos e
sistemas;
8. Fornecimento de informações para o projeto de
instalações onde a tecnologia médica é um
componente primordial como salas de cirurgia,
unidades de tratamento intensivo, etc. e
9. Desenvolvimento e implementação de protocolos
solicitados por órgãos regulamentadores externos.
Já na unidade “B”, nem todas estas atividades são
realizadas. Não foram constatados, por exemplo, os itens
3, 4, 7 e 9 acima.
Os maiores problemas identificados nesta unidade são a
falta de controle freqüente das manutenções realizadas, a
pequena participação no processo de aquisição e a
reduzida quantidade de funcionários – apenas um
engenheiro clínico. Ainda que seja reconhecida pelo seu
nível de atendimento aos pacientes, esta unidade tem
apresentado maior quantidade de falhas nos
equipamentos, sendo uma alternativa utilizada e bastante
onerosa a existência de equipamentos de stand by para
substituições (apenas nos casos de equipamentos de
menor porte).
Assim, a questão da terceirização do setor de Engenharia
Clínica, que vem sendo realizada em diversas instituições
hospitalares, apresenta-se como uma alternativa para as
unidades realizarem o gerenciamento de seus recursos
tecnológicos.
5. CONCLUSÕES
A estrutura organizacional dos hospitais tem se
modernizado, apresentando novas propostas onde é
freqüente a existência de setores com gerências
especializadas para análises das formas de administração
dos seus recursos tecnológicos e ações específicas.
Toda e qualquer aquisição de equipamento deve ser
planejada, evitando-se processos de incorporação
indiscriminada, onde alguns modelos podem não ser as
prioridades para uma determinada unidade hospitalar.
Além disto, a freqüente escassez de recursos financeiros
obriga que sejam feitas “escolhas tecnológicas”
prioritárias e racionais. Seria, assim, impossível não
concordar com o argumento de que a Engenharia Clínica
na área da saúde é um campo com enorme potencial de
expansão.
Pelo desenvolvimento que se tem acompanhado dos
equipamentos nesta área específica, onde procedimentos
que pareciam impossíveis de serem realizados são cada
vez mais freqüentes, o gerenciamento dos recursos
tecnológicos torna-se uma atividade de extrema
importância nas unidades hospitalares que assistem a uma
evolução da tecnologia não imaginada.
Assim, a Engenharia Clínica, através dos programas
específicos de gerenciamento, é a responsável pela
administração, controle e planejamento dos equipamentos
nas unidades hospitalares.
Pôde-se comprovar que este gerenciamento específico dos
equipamentos vem sendo uma preocupação crescente nas
instituições de saúde, principalmente pelo fato de que, em
função dos custos e complexidade destes, as instituições
devem realizar aquisições corretas e de forma planejada
para uma utilização mais racional de seus recursos
financeiros e tecnológicos.
Apesar do reconhecimento da relevância de todos os
programas que compõem o gerenciamento dos
equipamentos médicos, alguns foram identificados como
sendo mais importantes como o de aquisição e o de
manutenção.
A importância do programa de aquisição é que, através da
especificação da melhor compra a ser efetuada, diversos
fatores são contemplados e “cobrados” dos fornecedores
como manuais, garantias e manutenções obrigatórias. Já o
programa de manutenção, que inclui as manutenções
corretivas, preventivas e de calibrações, apresentou-se
como sendo o que necessita de maior atenção por trazer
grandes benefícios como utilização integral dos
equipamentos e maior segurança aos pacientes.
O programa de resultado vem se fortalecendo por
apresentar dados estatísticos que possibilitam avaliações
do desempenho e do custo-benefício das tecnologias.
Tal é a importância da Engenharia Clínica que as
unidades estão contratando este serviço sob a forma de
terceirização. O processo de terceirização destes serviços
tem se tornado uma prática crescente, pelos motivos
expostos no item 4 deste trabalho, sendo possível a
identificação de empresas específicas para esta finalidade
(como foi visto no caso da unidade “A”) percebendo-se,
assim, uma tendência das organizações hospitalares neste
sentido.
As principais justificativas apresentadas pelas instituições
para a relevância do papel da Engenharia Clínica foram:
§
Maior visão e preparo dos engenheiros para estas
atividades, relativamente à formação dos médicos;
§
Ausência muitas vezes de estrutura e tempo das
organizações e dos profissionais de saúde para
implantação de um setor interno para o exercício
destas atividades e
§
O custo da implantação desta estrutura.
Aliar equipamentos modernos da medicina às técnicas de
engenharia demonstram como a interdisciplinaridade das
áreas de pesquisa [1] podem oferecer melhoria contínua
dos serviços oferecidos aos pacientes, principalmente
através da Engenharia Clínica, que é o agente balizador
entre equipamento, corpo clínico e paciente.
A expansão da indústria de equipamentos para o setor de
saúde tem apresentado um acelerado crescimento, o que
torna fundamental o controle e a gerência das
necessidades prioritárias das instituições para aquisições
relevantes que tragam benefícios efetivos aos pacientes.
Estudos devem ser desenvolvidos para uma melhoria
constante das atividades exercidas pela Engenharia
Clínica, na tentativa de se obter as melhores formas de
gerenciamento nas instituições de saúde, no que se refere
à questão dos equipamentos e incorporação de recursos
tecnológicos nestas unidades
REFERÊNCIAS
[1]
[2]
[3]
[4]
E. Geisler, “Mapping the knowledge-base of management
of medical technology”, International Journal Healthcare
Technology and Management, v.1, 1999.
L. C. N. Gomes, Gestão Tecnológica em Unidades
Hospitalares: Um Estudo sobre a Gerência de
Equipamentos Médicos, Dissertação de mestrado, Rio de
Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, 2000.
V. L. N. House, et al., “The future of clinical engineer in
the 1990s”, Journal of Clinical Engineering, v. 16, 1989.
J. N. Rufca, Contribuição à Implantação de
Departamentos de Engenharia Clínica em Instituições de
Saúde, Dissertação de mestrado, São Paulo: Universidade
de São Paulo, 1996.
THE ROLE OF THE CLINICAL ENGINEERING IN THE
MANAGEMENT OF MEDICAL EQUIPMENT PROGRAMS:
STUDY IN TWO HOSPITAL UNITS
ABSTRACT
The Clinical Engineering activities have been increasingly helping the management of medical equipment in hospital
units. Through its programs these units can administrate the technological resources since its acquisition to its
abandonment, using all of its capacity. The growth of the technological resources complexity imposes an efficient
management due to the sophisticated combination of various components and mechanisms that need control, revision
and periodic preventive maintenance. The aim of this study is to present the results of the observation of the Clinical
Engineering activities in two selected hospital units. Since a short characterization of these units and the description of
the applied methodology are done, the relevant aspects and the way that the Clinical Engineering activities are been
done in the management of medical equipment programs will be described.

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