earth lodge - turistacidental.com

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sabi sabi
earth lodge
sabi sand, áfrica do sul
desenhado como complemento do espaço que o rodeia,
o lodge transporta os hóspedes para o espírito de África
O estilo desta arquitectura única inspirou-se na
Nas margens do rio Sabie,
uma simpática sul-africana,
“Earth Shelter Architecture”, em que os edifícios
numa área de 65 mil hecdá-nos as boas vindas e pedetares fica uma das mais
-nos para que a acompanheeram escavados nas montanhas e a areia e plantas
renomadas reservas privadas
mos. O edifício está tão bem
colocadas nos telhados. O resultado é, como muito
de África, Sabi Sand. Esta
inserido na paisagem que
reserva faz fronteira com
é virtualmente invisível.
bem foi descrito por um visitante conservacionista, “o
o Kruger e, como não há
Um misterioso corredor,
mais
ecológico
e
sensorial
designed
lodge
africano”
vedações, os animais circuentre o mato, convida-nos a
lam livremente entre os dois
seguir o caminho que parece
parques – é por isso possível
correr, serpenteante, até uma
observar ali os Big Five (leão, leopardo, rinoceronte, eleenorme porta de madeira aberta de par em par e que nos
fante e búfalo) em poucos dias, ou apenas em poucas horas.
revela o hotel. Entrámos num outro mundo, um mundo de
Outra das “vantagens” dos safaris em Sabi é o facto de
tranquilidade, um panorama onde a água corre suavemente
não haver caça no Parque há mais de 50 anos. Assim,
do tecto e a savana descansa entre o mato e as árvores.
os animais não consideram uma ameaça um jipe que
Se Tolkien vivesse neste século e visitasse o Earth Lodge,
se aproxime para os observar. O Parque tem uma série
certamente inspirar-se-ia ali para imaginar a sua aldeia dos
de concessões atribuídas a vários lodges, e é aqui que se
Hobbits, uma Shire africana do século XXI, onde viveriam
encontra Sabi Sabi Private Game Reserve.
Frodo Baggins, Samwise Gamgee e Meriadoc Brandybuck,
O nome Sabi Sabi tem origem na palavra tsave – que sigalguns dos heróis de “O Senhor dos Anéis”.
nifica “medo”, ou “perigo”, no dialecto Tsonga –, e deriva
Uma espaçosa recepção abre-se, assim, perante os nossos
do grande número de crocodilos e hipopótamos existenolhos, num espectacular foyer africano, como que esculpido
tes no rio Sabie. Mas essa palavra (medo, perigo) é, talvez,
directamente na natureza. À nossa espera estava Desirée
uma associação linguística difícil de fazer. Tente, em vez
Thomas, a marketing & sales manager dos Sabi Sabi, e Stephan
disso, tranquilidade ou serenidade, pois são as sensações que
Kritzinger, manager do lodge.
surgem ao conhecermos Sabi Sabi.
Tudo aqui parece sussurrar “Terra”, desde a textura das
Em 1979 foi constituída a actual companhia Sabi Sabi pela
paredes – feitas de uma mistura de cimento, palha, e pigfamília Hilton Loon, que iniciou a criação de lodges baseados
mentos naturais –, até às esculturas – feitas a partir de restos
num conceito único de passado, presente e futuro dos safari
de árvores. No chão, tijoleira em tom ocre. A parte norte,
lodges sul-africanos. O primeiro a ser construído foi Selati
completamente aberta, avista o vale do rio Sabie e o mato
Camp, depois o Bush Lodge; e, após a compra da fazenda
em redor.A sua arquitectura orgânica, com acabamentos
“Lisbon”, foi erguido o Earth Lodge; mais recentemente,
simples, tecidos naturais, e boa utilização de espaço e luz,
foi adquirido Little Bush. Earth Lodge é, sem dúvida, a jóia
combinam-se na perfeição, conjugando luxo e ambiente –
da coroa de Sabi Sabi. A sua construção foi pensada para se
talvez por isso se respire ali uma sensação de paz única.
misturar na natureza. Desde a sua abertura, em 2001, Earth
Desenhado pelo arquitecto sul-africano Mohammed Hans,
Lodge marcou o seu espaço num novo género de game lodges:
com o apoio do renomado escultor sul-africano Geoffrey
desenhado como complemento do espaço que o rodeia,
Armstrong, o lodge reflecte a “África do Futuro”, onde até as
transporta os hóspedes para o espírito de África. A sua
árvores derrubadas pelos elefantes (o único animal, além do
construção integra materiais naturais e não foram poupaHomem, que destrói a natureza) são aproveitadas. O estilo
dos esforços para que os hóspedes experienciem o máximo
desta arquitectura única inspirou-se na “Earth Shelter Archiem luxo. O objectivo dos arquitectos foi construir um lodge
tecture”, em que os edifícios eram escavados nas montanhas
ultra-moderno, com linhas futuristas para o novo milénio.
e a areia e plantas colocadas nos telhados. O resultado é,
E é mesmo essa a sensação.
como muito bem foi descrito por um visitante conservacioQuando o Land Rover que nos trouxe parou e o motorista
nista, “o mais ecológico e sensorial designed lodge africano”.
exclamou: “Chegámos!”, olhámos à nossa volta. De relance,
É, de facto, espectacular! E esse aproveitamento dos elemenapenas mato, nenhum sinal do hotel, só árvores e capim.
tos naturais são o epítome de elegância, estilo e luxo. Tudo
De repente surge alguém, como que saído da terra. Carol,
recorda e sugere o ambiente que nos envolve: por exemplo,
No seu respeito pela terra e pela cultura locais, todo o staff do lodge acredita que – e em comunhão com a filosofia de
Sabi Sabi –, regressar à natureza é regressar a si próprio... ao amanhã, ao futuro
na sala de jantar e no bar,
as pernas das cadeiras
parecem galhos quebrados e chifres de gazelas;
na boma (espaço exterior
onde é servido o jantar),
as paredes são esculpidas em raízes de árvores
mortas. Para a esquerda
do lobby, uma pequena
piscina, num espaço
coberto pelo telhado contínuo do edifício principal, só com
uma abertura no tecto com a exacta medida da piscina. Entre
esta e a recepção, a água cai, suave e delicadamente pelas
pedras até um pequeno lago natural. Ao lado, um jardim
Zen parece capturar a sensação meditativa do lugar.
O mobiliário e a decoração são totalmente sul-africanos no
desenho e nos materiais, aproveitando, sempre que possível
a morfologia do lugar. O lodge integra ainda um restaurante, um bar, uma loja, uma paint station – espaço para
pintura onde os hóspedes encontram vários materiais para
libertarem a sua imaginação e criatividade –, uma biblioteca com vasto material sobre a fauna e flora sul-africanas,
uma adega com excelente colecção de vinhos sul-africanos,
e um meditation garden. Ainda, na parte central do edifício,
encontramos o Earth Nature Spa’s, pensado e criado para
descansar, relaxar e reviatlizar. Inclui salas de tratamento
equipadas para tratamentos faciais, manicure, pedicure e
uma vasta lista de massagens.
O lodge tem apenas doze suites – para além da Amber (a suite
Presidencial) –, todas construídas na encosta de uma elevação e separadas entre si, de tal forma que a única coisa que
vê do quarto é a natureza. A Amber Suite, procurada por
celebridades (Anna Kournikova foi a última das celebridades a ficar aqui), tem uma sala de estar e jantar e kitchenette.
Vistos de longe, os quartos parecem montes feitos por térmitas, integrando-se mais uma vez perfeitamente no ambiente
– as construções misturam-se e fundem-se realmente com a
natureza e a terra. À primeira vista, nada ou pouco se vê. Tal
como para a entrada do lodge, também se entra para os quartos por uma escada escavada no desnível da terra. Quando
abrimos a porta, deparamos com um imenso quarto, feito
na mesma arquitectura, texturas e linhas modernas da área
social do lodge. Com
excepção do branco
alvíssimo do edredon da
cama, tudo aqui tem
cores ocres e cinza,
acentuando bem a palavra “terra”. Portadas de
vidro abrem-se para um
jardim com uma mini
piscina – o lugar ideal
para nos refrescar-mos
após o game drive da manhã, quando o calor se começa a fazer
sentir – com vista para o mato que se estende em frente.
Dentro, um living com sofás, uma mesa, alguns livros e revistas, e um mini-bar. Mais para lá, a cama, com uma cabeceira
original (mais um trabalho de Geoffrey Armstrong realizado
com um pedaço de árvore). A casa de banho é de linhas rústicas mas ultra-moderna. Na área principal, dois lavatórios e,
a um canto, uma banheira oval, lembrando um enorme ovo
de avestruz cortado pela metade. Do outro lado de parede
envidraçada um chuveiro. Aqui também se tem acesso para o
exterior, onde encontramos outro chuveiro, instalado dentro
de uma parede abobadada. A completar, vale a pena referir
que todas as suites, têm o seu butler privado.
Quanto às refeições, Sabi Sabi também não desaponta. O
regime aqui é all inclusive (excepto champagne) e a comida
é excelente. Durante o almoço, Desirée fala-nos com entusiasmo do sucesso de Sabi Sabi, que passa também pela sua
filosofia de conservação – baseada na necessidade de preservação das áreas por forma a manter um santuário de fauna
e flora –, e na crença de que este tipo de negócio deve ser
um exemplo para o eco-turismo, unindo efectivamente
turismo, conservação e comunidade. Talvez por isso, e pela
qualidade dos seus rangers e trackers, é extensa a lista de prémios turísticos e de protecção do ambiente que lhe são atribuídos.
O almoço decorreu no restaurante, um lugar sereno, aberto,
sem paredes, sugerindo uma imensa tela em cinemascope,
em que nada se ouve a não ser o suave barulho da água
e a brisa agitando suavemente o capim. Desirée informa-nos que daí a pouco será servido o chá, para depois partirmos no safari da tarde. Além de uma grande variedade
de tipos de chá, deparamos com café, sumos e uma série de
bolos e tartes. Enquanto nos deliciamos, cometendo sem o
menor problema de consciência, o pecado da gula, surge
o nosso ranger. Mais uma particularidade surpreendente
do Earth: o ranger é uma mulher. Chama-se Kelly, de seu
nome completo Kelly Verónica da Graça Caetano, neta de
madeirenses, 23 anos e uma enorme paixão por animais e
pela natureza. Ao ver-nos surpresos – por nos depararmos
com uma ranger “feminina” –, ri e exclama que uma ranger
mulher é muito melhor que um ranger homem, “porque são
mais sensíveis e cuidadosas com os hóspedes”. Começa por
dizer, calmamente, que nem sempre se conseguem ver os
“Big Five” num único safari. “Não vale a pena correr do
leão para o búfalo”, diz sorrindo. E continua: “em vez disso,
uma visão holística do que nos rodeia ensina-nos a apreciar pequenas criaturas, bem como as mais fortes e grandes”.
Ficámos, dessa forma, a ter conhecimento que em safari
também existem os “Little Five”: red billed buffalo weaver
(insecto), rhino beetle (insecto), elephant shraw (rato), ant
lion (insecto) e o leopard tortose (cágado). Não sei se os
little five foram invenção de uma mulher, mas realmente só
uma mulher para nos dizer e dar atenção a estes detalhes e
pequenos pormenores. Mas não foi por isso, também, que
deixámos de avistar leões, zebras, hienas e outros animais,
e de confirmar que Kelly é super profissional e de conhecedora da sua profissão.
www.sabisabi.com
Sabi Sabi Earth Lodge fica na reserva privada de Sabi Sand, perto do Kruger, na província de Mpumalanga e tem o seu aeroporto privado. A viagem desde o
aeroporto de Joanesburgo dura cerca de uma hora e vinte. De carro são cerca de 5 horas desde Joanesburgo (perto de 500 km). Há voos diários desde Joanesburgo
para o Kruger Mpumalanga International Airport com paragem no aeródromo de Sabi Sabi. Há, ainda, um shuttle diário desde Joanesburgo para o aeródromo
de Sabi Sabi

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