Revista Segurança Eletrônica
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Revista Segurança Eletrônica
SI15.indb 1 TECNOLOGIA AUTOMAÇÃO Fechaduras eletrônicas e digitais avançam no segmento residencial a preços competitivos Sistema automatizado de iluminação proporciona economia de recursos e muita praticidade REVISTA TRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA /associacaoabese [email protected] www.abese.org.br Nº 15 | Ano V | Abr./Maio./Jun. – 2016 Desde sua fundação, em 1995, a ABESE cresce em importância como foro de debate sobre os interesses das empresas de sistemas eletrônicos de segurança Acesse o QR Code e veja a versão digital da revista DUAS DÉCADAS DE MUITO TRABALHO E DE RELEVANTES CONQUISTAS 06/05/16 14:37 SI15.indb 1 06/05/16 14:37 EDITORIAL VENHA VENCER DESAFIOS COM A ABESE SUMÁRIO Inflação crescente, contração da economia, taxa de juros e valor do dólar altos, muitos impostos, instabilidade econômica e política. Como sobreviver, ou melhor, vencer, em um cenário como esse? Reduzir custos, buscar produtividade, ser mais competitivo, fazer as melhores aplicações financeiras, minimizar estoques, diversificar produtos e serviços, se especializar... Tudo isso pode ser muito importante. Porém, não há uma fórmula que assegure a qualquer empreendedor que sua estratégia de negócios dará certo. Isso não ocorre nem em situações de estabilidade econômica, quem dirá numa situação de crise sem precedentes, como a que estamos vivendo, em nosso país. Por essa razão é que precisamos, por mais obstáculos que encontremos para desenvolver e dar continuidade aos nossos negócios, nos fortalecer, o que – acredito plenamente – é muito mais fácil, quando estamos juntos, organizados, associados, comprometidos com objetivos comuns. O elo de tudo isso e que nos leva ao fortalecimento, sem dúvida alguma, se chama “espírito associativo”. Pois, somente com a união para analisar, propor, discutir e encontrar soluções para os desafios que enfrentamos como empreendedores é que o nosso segmento de atividade ganhará cada vez mais relevância. Fazer parte de uma associação de classe significa compartilhar, participar ativamente do direcionamento que se deseja ao nosso mercado de atuação, respaldado pelos benefícios que a entidade lhe proporciona. Dessa forma, todos ganhamos, empresários, funcionários e consumidores de nossos produtos e serviços. Quanto mais associados, mais fortes seremos para vencer os desafios impostos pela crise. Por isso, convido você que ainda não é associado da ABESE, a juntar-se a nós, associando-se à nossa entidade e tendo a oportunidade de participar de ações imprescindíveis para o desenvolvimento e o crescimento das atividades do segmento de sistemas eletrônicos de segurança. Entre em contato conosco, veja o nosso site, saiba sobre todos os benefícios que a ABESE proporciona a seus associados, suas realizações e projetos para a valorização do segmento. Queremos que você também seja um protagonista dessa história de sucesso. Boa leitura! Selma Migliori Presidente da ABESE 4 Notas 6 Capa Em duas décadas de atividades, a ABESE registra uma trajetória de sucesso, grandes desafios e muitas conquistas”. 14 Entrevista Entrevista com Antônio Carlos Martins Santos, coordenador da Comissão de Estudos de Sistemas Eletrônicos de Segurança da ABNT e membro do COBEI. 6 18 Automação Novas soluções em sistemas de automação valorizam a simplicidade, inteligência, economia e sustentabilidade. 20 Tecnologia Cresce o mercado de fechaduras eletrônicas e digitais, que proporcionam segurança e muita praticidade. 14 20 SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 1 3 06/05/16 14:37 NOTAS 2016 SERÁ UM ANO DE CAPACITAÇÃO A ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, por meio do CCPA – Centro de Capacitação Profissional – ABESE, programou um calendário especial para 2016. Os próximos cursos programados são: Gestão de Projetos e Orçamentos em CFTV (20 de maio), e Vendas: Amplifique suas Vendas com Foco no Cliente, a ser realizado (10 de junho). Em 2016, afirma a presidente da ABESE, Selma Migliori, “nosso foco será voltado à capacitação profissional e empresarial e também à formação de consultores de sistemas eletrônicos de segurança. Presidente Nacional: Selma Crusco Migliori 1º Vice-presidente: Augustus von Sperling 2º Vice-presidente: Claudinei Freire Santos Diretor de Comunicação: Rony Carneiro Rodor Diretor de Comunicação Adjunto: Oswaldo Oggiam Diretor de Marketing: Wagner Luis Peres Diretor de Marketing Adjunto: Reginaldo Gallo Diretora Financeira: Denise Mury Rodrigues Diretor Financeiro Adjunto: Adroaldo Francisco Companhoni Diretor Secretário: Marcelo Mengatto Diretor Secretário Adjunto: Rogério Alberto dos Reis Diretor de Serviço de Apoio e Benefícios: Fernando Barbosa Mota Diretora de Fomento de Negócios: Cláudia Perlin Ferraro Diretor de Fomento de Negócios Adjunto: Flavio Aparecido Peres Diretor do CCPA: Benito Boldrini Diretor do CCPA Adjunto: Marco Zachello Diretora de Coordenação Sindical: Ivana Cristina de Oliveira Bezerra Diretor de Coordenação Sindical Adjunto: Espiridião Marques Gomes Diretor de Coordenação Setorial: Agnaldo Pereira dos Santos Diretor de Coordenação Setorial Adjunto: José Carlos Vasconcelos Conselheiro Fiscal 1: Rodrigo Pereira Jorge Conselheiro Fiscal 2: Paulo Parmigiani Conselheiro Fiscal 3: Cledson Reis Conselheiro Fiscal 4: Ruy Barbosa da Costa Jr. Conselheiro Fiscal 5: Denis Frate Coordenação Geral: Dalva Ferreira A revista Segurança Inteligente é o veículo de comunicação oficial da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança distribuída gratuitamente às empresas associadas, entidades de classe, instituições privadas, órgãos governamentais. Obs.: Os textos de artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. SIMPÓSIO DE MATO GROSSO DO SUL SERÁ REALIZADO DIA 30 DE JUNHO Já está definida a data e o local do Simpósio Regional ABESE – Mato Grosso do Sul. Será dia 30 de junho, em Campo Grande, no Novotel Campo Grande, localizado na Av. Mato Grosso, 5555. O evento será gratuito para os associados da ABESE, mas estará à disposição dos não associados, mediante pagamento de taxa de inscrição. Um dos painéis vai debater a “Aplicação das leis ao negócio”, com as seguintes palestras já definidas: • Qual o limite da responsabilidade • Impacto da periculosidade nos negócios • Recomendações tributárias para empresas optantes do Simples Nacional Todos os painéis serão encerrados com espaço para debate. 4 SI15.indb 1 Conselho Editorial Rony Rodor, Wagner Peres, Selma Migliori, Augustus von Sperling e Claudinei Freire. Projeto Gráfico e Editorial Fazer Comunicação Integrada Editores: Joaquim Ferreira e Wanderley Oliveira Jornalista Responsável: Joaquim Ferreira (MTb 16.507) Reportagem e Redação: Jô Pasquatto Direção de Arte: Maurício Jarra Diagramação: Felipe Marques Periodicidade: trimestral Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição: Nacional Impressão: GRASS Industria Gráfica Contato com a redação: (11) 2858-0425 [email protected] [email protected] Contato comercial: [email protected] | www.abese.org.br Tel.: 11 3294-8033 SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:37 ABESE PROMOVE CONGRESSO E SIMPÓSIOS A ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança promoverá, em 2016, além de seu congresso anual, três simpósios regionais. O Congresso ABESE 2016 será realizado no Rio de Janeiro, a exemplo de 2015, quando reuniu mais de 150 empresários e gestores de empresas do segmento e surpreendeu pela qualificação do público e geração de novos negócios. Os simpósios regionais serão realizados nos estados de Mato Grosso do Sul (30 de junho), Rio Grande do Norte (16 de setembro) e no Distrito Federal (data a ser definida). E reunirão empresários e gestores do segmento de segurança eletrônica do Nordeste e do Centro-Oeste. Esses eventos têm o objetivo é propiciar atualização, troca de informações, networking e geração de novos negócios, promovendo ainda mais o desenvolvimento do mercado de segurança eletrônica nessas regiões. MONITORES INTERNOS E EXTERNOS TÊM A ATIVIDADE RECONHECIDA PELO CBO A ABESE conseguiu junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a inclusão das atividades de monitores internos e externos de sistemas eletrônicos de segurança na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A inclusão é resultado do trabalho que a ABESE desenvolveu desde o final de 2014, interagindo com o MTE por meio de diligências em Brasília, indicando empresas, funcionários e observadores que contribuíram com os trabalhos de análise desenvolvidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), responsável técnica pela CBO. Essa conquista foi um marco fundamental para o segmento de sistemas eletrônicos de segurança, conforme a presidente da ABESE, Selma Migliori. “Além de reconhecer o papel desses profissionais, essa inclusão representa ainda a distinção entre o segmento de segurança eletrônica e o de vigilância”, destaca a presidente. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE CONTINUA SUSPENSO SUA EMPRESA PODE SER ASSOCIADA À ABESE As empresas do segmento que ainda não se filiaram à ABESE têm até o fim de junho para aproveitar as facilidades proporcionadas pela associação. A promoção estará em vigor a partir deste mês de maio, na EXPOSEC. A ABESE está isentando a taxa de adesão e concedendo desconto de 20% nos planos anuais com parcelamento em 12 vezes sem juros no cartão de crédito. CÂMARAS SETORIAS DA ABESE ATUALIZAM GUIA DO CONSUMIDOR A ABESE, por meio do trabalho de suas Câmaras Setoriais, está lançando uma nova versão do Guia de Aquisição de Sistemas Eletrônicos de Segurança. Trata-se de uma cartilha destinada a instruir os consumidores sobre como adquirir sistemas eletrônicos de segurança. A publicação A Justiça Federal atendeu ao pedido da ABESE de nulidade da portaria 1.565 do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, que trata do adicional de periculosidade a trabalhadores que atuam com motocicletas e motonetas. Com a decisão da Justiça Federal, a aplicação da portaria foi suspensa até que o pedido da entidade seja julgado. mostra o passo a passo para a compra de serviços e produtos de segurança eletrônica de qualidade e que atendam às necessidades do consumidor. O guia já está disponível na versão digital, no site da ABESE: www.abese.org.br. SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 2 5 06/05/16 14:37 MATÉRIA DE CAPA ABESE FAZ 20 ANOS DE LUTAS E GLÓRIAS D esde 1995, anualmente, no fim de novembro ou início de dezembro, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) reúne os associados para comemorar as vitórias obtidas no período. A entidade tem tradição de enfrentar grandes batalhas e, quando o ano se encerra, chega o momento de colher os louros e encher de ânimo associados e diretores que se uniram aos esforços cotidianos da ABESE para defender os interesses do segmento. Esse evento anual é marcado por um jantar, quando também a entidade aproveita para apresentar as ações realizadas no ano, mas sempre em ritmo de festa. Em 2015, foi especial. A ABESE comemorou 20 anos de vida e de muito trabalho, com uma lista considerável de conquistas. No jantar de 20 anos, realizado em 11 de dezembro de 2015, no Bufet França, em São Paulo, a ABESE homenageou os fundadores, patrocinadores e parceiros e apresentou aos cerca de 150 associados presentes as realizações das últimas duas décadas. 6 SI15.indb 1 Expositores e visitantes conheceram novidades, tendências e fecharam bons negócios no evento mais importante de segurança eletrônica da América Latina. DINAMISMO E CRIATIVIDADE Uma das sócio-fundadoras da ABESE e atualmente no cargo de presidente, Selma Migliori recorda com orgulho a trajetória vitoriosa de duas décadas da entidade. “A história da ABESE, desde o início, em 1995, tem sido marcada por grandes desafios e conquistas”, afirma. “Nossa entidade começou com um pequeno grupo de empresários e, hoje, somos mais de 400 associados, construímos uma história reconhecida em todo o Brasil e também no exterior, e representamos um segmento SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 Entre os homenageados, destaque para os SIESEs. A partir da esq.: Rogerio Alberto dos Reis – SIESE-PR, Agnaldo Pereira dos Santos – SIESE-MG, Deoneida Lana Lübe – SIESE-MS, Jackson Ristow – SIESE-SC, Roberto Castelo Branco Gomes – SIESE-DF, Ivana Cristina de Oliveira Bezerra – SIESE-RN, Selma Migliori – presidente da ABESE, Denise Mury – SIESE-RJ e Rony Carneiro Rodor – SIESE-ES. A presidente da ABESE, Selma Migliori, enalteceu a trajetória vitoriosa da entidade em duas décadas e conclamou à participação do trabalho social, como a iniciativa Missão 500. Dalva recebeu homenagem da presidente Selma Migliori pela sua dedicação à gestão da ABESE. Outro destaque do evento foi a presença do deputado Arnaldo Faria de Sá, que parabenizou a ABESE e a presidente Selma pela firme atuação em defesa dos interesses do segmento. Depois das formalidades do cerimonial, a descontração ganhou espaço e os “hits” dançantes atraíram vários casais para a pista. SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 2 7 06/05/16 14:38 MATÉRIA DE CAPA que dia a dia vem crescendo em importância, colaborando com o desenvolvimento tecnológico, social e econômico do país. Sim, temos muito a comemorar”, resume Selma. Os inúmeros avanços técnicos e científicos ocorridos no período colaboraram para o progresso da ABESE, tornando a entidade uma referência obrigatória no segmento. “Todo o universo da segurança eletrônica se desenvolveu muito nos últimos 20 anos, alinhado à modernização das tecnologias de comunicação e de informação”, explica o diretor adjunto de marketing da ABESE, Oswaldo Oggiam. Ele recorda do tempo em que o custo de um sistema de segurança residencial era equivalente ao de um carro zero. “Hoje, o custo diminuiu muito, e foi o avanço da Tecnologia da Informação (TI) que permitiu o desenvolvimento de produtos e projetos a preços mais acessíveis”, afirma. Acompanhar o amadurecimento e as exigências do mercado ao longo de 20 anos exigiu da ABESE dinamismo e criatividade, pois a estagnação nunca foi uma das opções. Selma ressalta que de Tibães: “Política associativa, com a criação de Sindicatos Regionais, fortalece mais a ABESE”. 8 SI15.indb 3 2011 a 2015, a média de crescimento anual do segmento girou em torno de 9%, atingindo um faturamento de R$ 5,4 bilhões em 2015. “Nosso segmento tem cerca de 22 mil empresas atuando no país, gera em torno de 220 mil empregos diretos e aproximadamente dois milhões de empregos indiretos”, completa. CRESCIMENTO COM CREDIBILIDADE O fortalecimento da entidade como um canal que, de fato, traduz as necessidades dos seus associados e promove oportunidades para mudanças foi e ainda é um dos desafios da ABESE, avalia Marco Antonio Tibães, um de seus fundadores e consultor empresarial do segmento de sistemas de segurança eletrônica. “Em um mercado tão pulverizado, em um país com as dimensões continentais do Brasil, somente por meio de uma entidade de classe devidamente organizada e ciente de suas responsabilidades é possível buscar as soluções apropriadas para as questões que afetam direta e indiretamente este segmento”, diz Tibães. Na biografia da jovem entidade, Tibães destaca algumas fases marcantes. “Nesses 20 anos, diversas etapas foram vividas e inúmeros desafios superados. Poderíamos resumir em quatro fases: a primeira é a fundação da entidade e a definição dos pontos a serem priorizados; a segunda, a consolidação da entidade e a criação da EXPOSEC; a terceira, o projeto de criação de ferramentas e benefícios aos associados (como suporte jurídico, por exemplo); e finalmente, a quarta fase, que é a da consolidação política e associativa por meio da criação de Sindicatos Regionais e Jurisprudências”, descreve Tibães. Um resumo dessa breve história conta o êxito da entidade e sua vocação, avalia Oggiam. “Vimos a ABESE ser fundada e o papel para o qual foi desenhada ser alcançado: ser uma associação de classe verdadeiramente representativa do segmento privado de segurança eletrônica”, afirma. Segundo Oggiam, as dificuldades por conta da alta fragmentação do segmento, a luta por uma legislação específica e o desenvolvimento tecnológico constante fazem parte dessa narrativa. SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 “Não é só vender câmeras de segurança, como se dizia há 20 anos. É agregar os desagregados, as pequenas empresas, é crescer num mercado sem fronteiras, com uma tecnologia que avança sempre.” Lázaro: “Respeito conquistado em todo o país por ideias e ações bem executadas”. IMAGEM CONSOLIDADA Para o advogado José Lázaro de Sá, assessor jurídico da entidade, a consolidação de uma imagem forte e respeitada em todo o território nacional, como a conquistada pela ABESE, é fruto de ideias e ações bem desenvolvidas e executadas. “Em meio a uma cultura pouco colaborativa no que tange à representação de classe, e com poucos recursos financeiros, a ABESE cativou empresários e autoridades públicas no sentido de esclarecer ao mercado sobre as nuances da segurança eletrônica, e hoje, após 20 anos, esse mercado é percebido com razoável naturalidade”, conta Lázaro. O reconhecimento da categoria, dos associados e de profissionais especializados é um fator determinante na busca de novidades e melhorias, acredita Lázaro. “Esse segmento se transforma diariamente e por essa razão a entidade investe e continuará investindo tempo e energia em projetos de interesse dos associados”. Ele lembra que, entre as principais realizações da entidade está a criação dos SIESEs – Sindicatos das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, entidades representativas regionais que levam o conceito de eficiência da ABESE às distintas realidades estaduais, necessidade própria de um país muito grande como o Brasil. EXPOSEC, PRINCIPAL EVENTO DE SEGURANÇA ELETRÔNICA DA AMÉRICA LATINA Entre as conquistas e avanços promovidos pela entidade, Selma Migliori destaca a realização da EXPOSEC – International Security Fair, evento que está entre as grandes feiras mundiais na área de sistemas de segurança. Organizado pelo Grupo Cipa Fiera Milano em parceria com a ABESE, o encontro anual chega em 2016 em sua 19ª edição, de 10 a 12 de maio próximo. “A EXPOSEC tornou-se o mais importante evento de segurança eletrônica da América Latina e, atualmente, é a maior vitrine tecnológica do segmento”, afirma Selma. Ela ressalta que a em 2015, a feira reuniu mais de 700 expositores e 38 mil visitantes. A previsão para este ano, de acordo com estimativa do diretor comercial da Cipa Fiera Milano, Rimantas Sipas, é de reunir um público de 42 mil pessoas e ter mais de 800 empresas expositoras. “O que se viu ao longo dos anos foi a consolidação da EXPOSEC como principal centro gerador de negócios para o segmento e ponto de encontro dos profissionais de todo País”, garante Rimantas. Também relevantes na agenda da ABESE são os simpósios regionais e o Congresso Anual, já em sua 11ª edição. O evento, em novembro de 2015, no Rio de Janeiro (RJ), discutiu a “Economia Brasileira: Desafios e Oportunidades”, com quatro painéis de debate - Projetos Integrados de Sistemas Eletrônicos de Segurança: Novas Tecnologias Disponíveis; Inovação e Tendências nos Serviços SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 4 9 06/05/16 14:38 MATÉRIA DE CAPA Rimantas: “A EXPOSEC se consolida como principal centro gerador de negócios para o segmento.” de Monitoramento; Aplicação das Leis ao Negócio; e Segurança Cibernética. “Reunimos mais de 150 gestores e empresários que tiveram a oportunidade de se atualizar sobre as perspectivas econômicas do segmento, tecnologias, legislação, fazer networking e gerar novos negócios”, conta Selma. CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS Diante da necessidade de atualização e normalização das atividades do segmento, a ABESE trabalha desde 2009 com Câmaras Setoriais. “A entidade reúne profissionais e empresas mais ativas para, juntos, aprimorar o saber e fomentar o aperfeiçoamento do mercado”, diz Selma. As primeiras câmaras foram as de “monitoramento”, “integradores” e “fabricantes” (tecnologia), que trabalharam na definição de normas para a condução de atividades. Nessa linha, a ABESE participa da construção de normas técnicas junto a ABNT/Cobei, que atua com grupos de trabalho de alarmes, CFTV e controle de acesso. Selma reforça a importância das câmaras ao 10 SI15.indb 5 abrir espaço para as ações dos grupos de trabalho na EXPOSEC, como a validação das certificações em uso pelo mercado. E, antecipando alguns dos desafios para 2016, Selma acredita que o trabalho da entidade deve caminhar também no sentido da capacitação profissional e empresarial. “Em especial, vamos direcionar esforços para a formação de consultores de sistemas eletrônicos de segurança, por meio do nosso CCPA - Centro de Capacitação Profissional ABESE”, afirma. Anualmente, o CCPA oferece cursos técnicos, comerciais e de gestão, muitos deles em parceria com outras entidades, como o SENAI. E a profissionalização do mercado, proporcionada por iniciativas como essa, reverte-se em benefício do segmento e também do consumidor final. A experiência positiva das câmaras setoriais, por exemplo, demonstra que a necessidade da profissionalização é uma realidade, avalia Tibães. “Trata-se de uma prática que poderá gerar excelentes resultados, desde que tenha acompanhamento e controle efetivos, pois, para dar bons resultados, o trabalho exige firmeza e perseverança”, afirma. SELO DE QUALIDADE, GARANTIA PARA O CONSUMIDOR Outra ação estratégica da entidade é o Selo de Qualidade ABESE. Criado com o objetivo de ser uma ferramenta de gestão profissional para empresas de sistemas eletrônicos de segurança, o selo dá ao consumidor maior segurança em relação à empresa e aos produtos. “Nasceu para diferenciar as companhias que primam pelo atendimento profissional em relação à padronização de serviços, atendimento e satisfação dos seus clientes”, explica Selma. Ao criar o selo, um dos objetivos da ABESE foi trabalhar para a eliminação de produtos não autênticos, que geram concorrência desleal e prejuízo ao consumidor e à sociedade. Marco Antonio Tibães corrobora: “A ABESE deve prestigiar estas empresas em todas as oportunidades, pois o selo demonstra a intenção do empresário em manter seu padrão de qualidade”, analisa. A ABESE deve informar o SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 EXPOSEC SE RENOVA A CADA ANO Em sua 19ª edição, de 10 a 12 de maio de 2016, a EXPOSEC – Internaional Security Fair está consolidada como uma das grandes feiras mundiais na área de sistemas eletrônicos de segurança e a maior do segmento na América Laina. Desde a sua inauguração, em 1997, o grau de exigência e soisicação de serviços e produtos oferecidos durante a feira só avançou a cada ano. A cada nova edição, as perspecivas de crescimento da EXPOSEC se conirmam, com números posiivos que indicam o êxito da parceira entre a Grupo Cipa Fiera Milano e a ABESE. “A parceria surgiu como forma de esimular o desenvolvimento da indústria, oimizando os resultados da EXPOSEC e dos expositores ao longo de todo o ano”, diz o diretor comercial do grupo Cipa Fiera Milano, Rimantas Sipas. A esimaiva de público para os três dias da EXPOSEC 2016 é de 42 mil pessoas, contra 39 mil visitantes da edição anterior. A área de exposição deverá ser ampliada para 42 mil m² e reunir 800 empresas, pelo menos 100 a mais do que em 2015. “Um ambiente adequado para a realização de negócios, troca de experiências, networking e atualização proissional”, ressalta Rimantas. NOVIDADES Entre as novidades da EXPOSEC 2016, Rimantas destaca a “Ilha da Segurança da Informação”, que reunirá empresas em um mesmo local para apresentarem produtos e serviços de forma dinâmica e personalizada aos visitantes, e a “1ª Paricipação EXPOSEC”, um programa de relacionamento que visa oferecer atendimento personalizado, de acordo com o porte do interessado em expor seus produtos e serviços. “Muitas vezes, o que o expositor precisa é de suporte e infraestrutura para fazer parte de uma feira com grandes dimensões como a EXPOSEC, em especial o pequeno empresário”, airma Rimantas, sobre o programa de relacionamento. Ele cita ainda, como parte especial da programação, o “EXPOSHOW”, série de palestras para promover a troca de informações e tecnologias, fortalecendo o intercâmbio entre empresas, proissionais e visitantes de diversos países. PARCERIA QUE DEU CERTO Na avaliação do execuivo, a capacidade de mobilização da ABESE, que garante a presença de empresas representaivas de todo o segmento, aliada a uma das principais promotoras de feiras de negócios do mundo, a Cipa Fiera Milano, resulta em um evento de excelência de exposição e qualidade de visitação. “Em nossa parceria, não medimos esforços para que o evento tenha resultados posiivos, o que impacta todo o segmento”, airma. Além de ações estratégicas para ampliar negócios no Brasil, considerado um dos mercados prioritários, a Cipa Fiera Milano visa fortalecer eventos consolidados e líderes no segmento, como a EXPOSEC. “As parcerias nos ajudam a fomentar as iniciaivas do segmento de segurança e se estendem às associações, sindicatos, enidades, publicações especializadas do mercado”, explica Rimantas. Com sede em Milão, na Itália, a Cipa Fiera Milano é líder de mercado nos segmentos de feiras e congressos, tanto em número de visitantes e expositores, quanto na excelência das exposições. Com escritórios em oito países, a empresa possui um porfólio que se destaca das demais promotoras de feiras em termos de setores econômicos representados e qualidade dos eventos. A cada ano, em média, suas exposições atraem mais de 30 mil expositores e cinco milhões de visitantes. SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 6 11 06/05/16 14:38 MATÉRIA DE CAPA mercado consumidor desse diferencial e enaltecer o trabalho dessas empresas certificadas”, completa. O Selo ABESE é uma garantia para o consumidor de que as empresas seguirão sempre as normas de qualidade do segmento. Tão importante quanto o diferencial competitivo que o Selo proporciona é o fato de ter prazo de validade de um ano, o que exige constantemente das empresas certificadas a revisão de seus processos internos. AMPLIAR FRONTEIRAS REGIONAIS E INTERNACIONAIS Entre as iniciativas para expandir a sua representatividade política, a ABESE ajudou a criar os Sindicatos das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, os SIESEs, órgãos de defesa dos interesses das empresas do segmento em todas as regiões do país. “Também destaco a criação da Federação Interestadual das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança - FENABESE, ratificada em 2015, e que eu considero uma das maiores conquistas do segmento neste ano”, diz Selma. Atualmente, quase todos os estados possuem um SIESE, que atua na mesma linha que a ABESE nas questões federais, regionais e municipais. A fundação dos SIESEs, os órgãos estaduais que compõem a base da FENABESE, foi imprescindível para dar voz ativa à entidade, sendo um suporte importante para a representação do empresariado junto aos órgãos governamentais, bem como para a defesa de uma legislação específica para o As missões internacionais proporcionam acesso a novos conhecimentos e novas tecnologias, além de mostrar aos investidores estrangeiros o potencial do mercado brasileiro. O próximo destino já está definido: Londres, de 19 a 25 de junho. 12 SI15.indb 7 segmento, entre outras questões. “Foi um grande aprendizado montar os sindicatos e entender como funciona o processo legislativo, na Câmara dos Deputados, em Brasília”, explica Oggiam. “E esse ganho federativo começou com o trabalho em cada estado, em cada sindicato, foi uma batalha até a criação da FENABESE”, relembra. Além de potencializar o trabalho nos estados, a ABESE busca disseminar sua atuação no exterior por meio das missões empresariais internacionais, um apoio aos associados que buscam novos mercados e tecnologias, além da troca de experiência. A importância dessa iniciativa, conforme Selma, se estende à interação com tecnologias e práticas do mercado externo. “A ABESE está convencida de que todos ganham com este projeto, principalmente o consumidor final, com produtos e serviços de maior qualidade”, avalia. Ao se dedicar a esse trabalho, a ABESE investe em mais uma de suas bandeiras: favorecer e estimular a ampliação do conhecimento sobre o mercado global. “As missões internacionais são uma excelente oportunidade para fomentar negócios, ter contato com novas tecnologias, expandir o relacionamento com fornecedores, distribuidores e fabricantes internacionais”, considera Selma. “As missões são também uma oportunidade para demonstrar aos investidores estrangeiros o desenvolvimento e o potencial de crescimento do mercado de segurança eletrônica no Brasil.” O próximo destino já está definido: Londres, de 19 a 25 de junho. SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 NOVAS FILIAÇÕES NO RADAR A expansão do quadro de associados e a participação efetiva dos seus membros também estão no radar da entidade. A ABESE sabe que suas ações ajudam as empresas e despertam adesões. Seu papel é conscientizar sobre o associativismo e aperfeiçoar os serviços oferecidos, tornando os resultados mais efetivos. “A evolução do quadro associativo vem ocorrendo de forma gradativa”, pontua Selma. E destaca, além de todos os avanços e conquistas já citados, que a entidade oferece assessoria nas áreas jurídica e contábil aos associados. Entre os atrativos para novos filiados, Oggiam cita a EXPOSEC, que considera a grande vitrine do segmento, aberta a associados e não associados e a capacitação técnica oferecida pelas câmaras setoriais. Ele admite que o processo de levar as melhores práticas aos associados pode demorar a apresentar resultados, mas considera que a capacitação agrega valor, cria opções de serviço e consolida a ABESE como referência idônea no mercado. “Hoje, por todo o trabalho realizado nesses 20 anos, podemos afirmar que reconhecemos a paternidade da ABESE no DNA do segmento de segurança eletrônica”, diz Oggiam. REGULAMENTAÇÃO ESTÁ ENTRE OS DESAFIOS DE 2016 Apesar de celebrar os inúmeros avanços obtidos ao longo dos últimos 20 anos, Selma é enfática ao retomar o debate sobre um tema que é um dos desafios políticos da entidade em 2016: a regulamentação do segmento. “Sob o aspecto das relações políticas, é importante salientar que a ABESE tem realizado um trabalho permanente junto ao poder legislativo no sentido de regulamentar a atividade de segurança eletrônica e posicioná-la adequadamente no texto do Projeto de Lei 4.238/12, que institui o Estatuto da Segurança Privada e está para votação na Câmara dos Deputados”, afirma Selma. Entre os diversos tópicos abordados no texto, o Estatuto prevê regulamentar a atuação das Oggiam: “A ABESE pode ser vista claramente no DNA do segmento de segurança eletrônica”. empresas do segmento de segurança eletrônica e penalizar os grupos que oferecem serviços e produtos sem licença, não regulamentados. “Daremos continuidade às nossas ações políticas para a profissionalização, reconhecimento e regulamentação do nosso segmento e, de uma forma ou de outra, todas as atividades que promovemos convergem para este fim”, garante Selma. “A regulamentação é um dos objetivos da ABESE, que vem trabalhando para isso intensamente ao longo de sua história.” O ano de 2016 será de muitos desafios para a ABESE, para a área de segurança eletrônica e para a economia brasileira em geral, destaca Selma, já acostumada aos cenários adversos. Ela destaca a consciência empresarial sobre o associativismo como fator preponderante para a entidade avançar em seus propósitos de representação e defesa dos interesses do segmento. FONTES: ABESE e Cipa Fiera Milano SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 8 13 06/05/16 14:38 ENTREVISTA NORMALIZAÇÃO ANTONIO CARLOS MARTINS SANTOS As vantagens da normalização no ambiente de trabalho, ainda que não sejam visíveis, são amplamente percebidas. Mesmo sem se dar conta, todo mundo é beneficiado pela padronização de normas que regulam uma atividade, serviço ou produto. E no mercado dos sistemas eletrônicos de segurança não é diferente. Para a ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, a normalização é um dos itens prioritários para a evolução do segmento. E, por meio das suas Câmaras Setoriais, a entidade participa ativamente das discussões sobre o tema. Saiba mais detalhes a respeito de normalização nesta entrevista com o engenheiro de automação e controle do grupo Legrand Brasil, Antônio Carlos Martins Santos, coordenador da Comissão de Estudos de Sistemas Eletrônicos de Segurança da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, membro do COBEI – Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações e da Câmara Setorial de Especificação e Certificações de Tecnologias da ABESE. Garantia de desempenho e EFICIÊNCIA 14 SI15.indb 1 SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE AJUDA A COMPOR UMA COMUNIDADE TÉCNICA PERMANENTE E DÁ CREDIBILIDADE E REPRESENTATIVIDADE AO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS. Qual é a importância da normalização para o segmento de sistemas eletrônicos de segurança? Antonio Carlos Martins Santos – Sua relevância está muito bem explicada no site da ABNT: “A normalização é o processo de formulação e aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. No estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento para estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança”. E, nas atividades da CE79, na elaboração das normas técnicas do segmento de segurança eletrônica, temos como premissa aplicar esses conceitos fundamentais que são de reconhecimento internacional e de aplicabilidade transversal, ou seja, cabe em qualquer segmento que se queira normalizar. O que é a CE79 e qual é a sua atribuição? É a abreviação da denominação “Comissão de Estudos n° 79 da ABNT”, responsável pela elaboração das normas técnicas de Sistemas Eletrônicos de Segurança e desenvolve suas atividades no âmbito do CB 03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade, da ABNT, que é o único fórum oficial do país responsável pela publicação das normas técnicas brasileiras. A gestão econômicoadministrativa do CB 03 é feita pelo COBEI. A CE79 foi reativada em agosto de 2013 e naquela oportunidade fui incumbido de ser o novo coordenador dessa comissão de estudos, o que para mim tem sido uma grande satisfação e um desafio como normalizador. A ABESE é uma das entidades de classe que tiveram importante papel na reativação da CE79 da ABNT. Como é composta uma comissão de estudos da ABNT? No Brasil, as atividades das CEs são regidas pelo Estatuto da ABNT. A participação é composta por membros neutros (universidades, laboratórios, associações de classe, instituições de pesquisas etc.), membros Produtores (empresas) e membros Consumidores (entidades de defesa do consumidor, tomadores de serviços etc.). Essa participação da sociedade compõe uma comunidade técnica permanente e dá credibilidade e representatividade ao processo de elaboração das normas técnicas brasileiras que deve ser realizado por uma comissão de estudos. Qual a relação entre a Câmara Setorial da ABESE e a CE79 da ABNT? É importante entender que se tratam de dois fóruns completamente independentes, mas que podem interagir entre si. A CE79 da ABNT, com suas atribuições de único fórum oficial do país, é soberana e tem a responsabilidade de elaborar as normas técnicas brasileiras pautada nos conceitos fundamentais de desempenho, segurança e meio ambiente. A Câmara Setorial é caracterizada como um fórum setorial da entidade de classe, com propósitos e atividades de caráter de discussão de mercado. Conceitualmente, a CE79 não pode ser confundida com a atividade de nenhuma entidade de classe, porém, seu coordenador ou seus integrantes podem ser convocados para participar e colaborar, como comissão de estudos, dentro de suas atribuições em discussões correlatas em qualquer SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 2 15 06/05/16 14:38 entidade de classe, inclusive na ABESE. Aproveito para parabenizar a Câmara Setorial de Especificação e Certificação de Tecnologias da ABESE pelo trabalho que vem desenvolvendo e reforço que a CE79 está à disposição para colaborar nas discussões do segmento no âmbito das normas técnicas. A ABESE tem participado ativamente nas atividades da CE79. Quais melhorias obtidas podem ser destacadas? As futuras normas trarão a metodologia e o procedimento do “como fazer”. No estágio atual, o que temos percebido é a grande quantidade de terminologias e termos técnicos específicos das normas do segmento de segurança eletrônica. O maior trabalho tem sido definir o nome característico-conceitual, seja de um tipo de dispositivo do sistema, seja de uma função específica de um dispositivo. Por exemplo, no GT2-Alarmes, a norma trata o termo “alarme” como uma função; foi sinalizado na comissão de estudo que no Brasil o nome “alarme” é o produto. Trata-se, portanto, de AS CÂMARAS SETORIAIS SÃO CARACTERIZADAS COMO UM FÓRUM DAS ENTIDADES DE CLASSE, COM PROPÓSITOS E ATIVIDADES DE CARÁTER DE DISCUSSÃO DE MERCADO. um paradigma a ser quebrado na aplicação da norma no desenvolvimento do produto final, mas que comercialmente pode continuar a ser chamado de alarme ou de central de alarme. Outro aspecto marcante é que os profissionais desse mercado fazem uso dos termos estrangeiros o que é compreensível para um segmento que ainda não está normalizado por meio da publicação das suas normas técnicas específicas no país. Na medida do possível, esses termos devem ser traduzidos para o português e isso deve ser feito por uma comissão de estudos da ABNT. O que ainda precisa ser feito, ou melhorado, nas atividades da CE79? O processo de normalização contribui com o desenvolvimento tecnológico do ENTIDADES DE CLASSE COMO A ABESE TÊM IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL NA INTEGRAÇÃO DE NOVOS PARTICIPANTES E NAS NOVAS DEMANDAS DE TRABALHO DAS COMISSÕES DE ESTUDO. 16 SI15.indb 3 país por meio de documentos elaborados e publicados pelos segmentos oficiais brasileiros. E nesse segmento tão complexo, como é o caso dos sistemas eletrônicos de segurança, o desafio é fazer com que os futuros profissionais desse mercado possam colher os frutos do nosso trabalho, que ainda está em fase inicial comparado a outras CEs ativas há décadas na ABNT. O processo pode parecer lento, mas é porque dá trabalho mesmo! Daí a importância de mobilizarmos a participação cada vez maior de alguns players importantes e que ainda não fazem parte da CE79. Entidades de classe como a ABESE têm importância fundamental nesse processo de integração de novos participantes e de novas demandas de trabalho. Uma das funções de uma CE é prestar suporte técnico-normativo às demandas da sociedade e esse tipo de atividade pode contribuir para identificar a necessidade de se elaborar uma nova norma técnica para o segmento. FONTE: Legrand Brasil SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 SI15.indb 1 06/05/16 14:38 AUTOMAÇÃO Controle de luz, EFICIÊNCIA E PRATICIDADE Novas soluções em sistemas de automação propõem economizar tempo e recursos e ainda valorizar a saúde Simples, inteligente, econômico e sustentável. Essas são algumas características que não podem faltar a um sistema de iluminação automatizado, seja ele destinado ao cliente residencial ou ao corporativo. E, para atender aos desejos do consumidor, que além de tudo é cada vez mais atraído por novidades, as empresas do segmento buscam oferecer soluções flexíveis de automação e gerenciamento nos sistemas de iluminação, ampliando o conforto do usuário. “Esse tipo de solução é muito dinâmica, pois está interligada diretamente à tecnologia, ou seja, a cada equipamento eletrônico novo apresentado no mercado, aparece a possibilidade de integrar a automação e transformar o dia a dia das pessoas”, diz Celeste Silva, coordenadora de marketing da Legrand Brasil. O Grupo Legrand, uma multinacional de origem francesa, é especialista mundial em sistemas elétricos e digitais para infraestruturas prediais. Atualmente, destaca Celeste, toda a automação pode ser controlada, local ou remotamente, por comandos de paredes 18 SI15.indb 1 instalados no ambiente, displays touch screen, smartphone e tablets. “Podemos ter automação para iluminação On/Of ou Dimmer, inclusive para lâmpadas LED, persianas, ar-condicionado, som ambiente, alarme de intrusão, videoporteiro, câmeras de CFTV, áudio e vídeo de uma sala de cinema ou uma sala comum, projetores, entre outros.” INTERNET DAS COISAS Na avaliação de Rogério Garcia Ribeiro, chefe de produto de BMS e KNX da Schneider Electric, empresa especialista global em gestão de energia e automação, também de origem francesa, há uma forte orientação no sentido de que as soluções de automação em iluminação se aproximem cada vez mais da chamada “Internet das Coisas” ou IoT, do inglês Internet of Things), que prevê a existência de quase tudo conectado à rede de computadores. “A tendência para a iluminação é ter cada ponto de iluminação conectado em uma rede de comunicação, o wifi, por exemplo”, afirma Ribeiro. “Vemos, hoje, algumas empresas fabricantes de lâmpadas LED com uma tecnologia que permite, através do cabo de rede, levar a energia e o controle para a lâmpada. É uma convergência entre os dois meios, e está cada vez mais presente, tanto em ambiente residencial quanto em corporativo”, completa. UMA LUZ PARA CADA MOMENTO Como qualquer outro segmento da economia brasileira, o da SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 automação de sistemas de iluminação não é imune à crise, que é contornada com algum ajuste. “Houve uma redução na procura, mas na maioria dos casos existe uma adaptação ao tipo e tamanho de instalação”, explica Celeste. Ela enumera diversos benefícios, do conforto à sustentabilidade, sem esquecer da segurança. “O ambiente pode ser conigurado para deixar a situação mais confortável no momento de leitura, de assisir a TV, de jantar com a família ou de receber amigos. A iluminação dimerizada dá opções de ajustar em níveis, não é só o convencional luz ligada ou desligada. É o uso racional da iluminação”, diz Celeste. “Além desses beneícios, ainda temos a questão de segurança, que ica em segundo plano, mas não é menos importante”, lembra Celeste. Com acesso remoto por aplicaivo, é possível transformar um ambiente corporaivo ou residencial em um ambiente habitado: acender/apagar luzes, ligar som e ainda acessar imagens via câmeras IP para saber se está tudo bem. Na linha de automação sem io, um dos destaques da Legrand é o Wi Connect. Segundo Celeste, entre as principais vantagens, o produto não demanda intervenções estruturais de grande porte para ser instalado e permite criar sistemas elétricos avançados de fácil gerenciamento, por meio de smartphone e tablet, com aplicaivos. Pode ser usado para iluminação On/Of e dimmer, automação de persianas, áudio e vídeo e ar condicionado, entre outros, e criação de cenários. Os controles podem ser local ou remoto. ENERGIA E SAÚDE A redução de gastos com energia também é prioridade nos sistemas de automação oferecidos pela Schneider Electric. Com sensores que medem a quantidade de luz, o sistema controla reatores dimerizáveis para manter um nível de luminosidade ideal, no trabalho ou na residência. “Também incorporamos um sistema de medição para monitorar se o sistema de controle está sendo eficiente e economizando energia”, destaca Ribeiro. Além do aproveitamento da iluminação natural e da criação de cenários que permitem alterar a percepção do local, como destacar uma obra de arte, por exemplo, a automação traz outro beneício. A temperatura da iluminação, mais amarela ou mais branca, destaca Ribeiro, inluencia diretamente no estado de atenção da pessoa e na produção de hormônios do ciclo circadiano, que fornece a base para o ciclo biológico do ser humano, inluenciado pela luz solar. Ribeiro: “A tendência é a automação da iluminação se conectar à rede, na chamada internet das coisas, ou IoT”. MERCADO EM CRESCIMENTO Na avaliação de Ribeiro, o segmento foi afetado pela crise, mas manteve o equilíbrio por conta do aumento de projetos de reformas. Ele destaca, no entanto, que o mercado da automação ainda é tímido, restrito aos profissionais que conhecem esse tipo de solução. “O potencial de crescimento é enorme, pois mesmo nos momentos de crises podemos oferecer algo para a redução de despesas fixas e mostrar um retorno interessante desse investimento”, afirma. Para atender à demanda diversiicada do mercado, a Schneider Electric lançou o Orion, uma linha de tomadas e interruptores com dimerizador para lâmpadas LED. Esse ipo de iluminação, caracterizado por seu baixo consumo de energia e maior tempo de vida úil, agora pode ter variações de luminosidades controladas. São duas opções de dimmer: rotaivo e digital, que podem ser uilizados também em lâmpadas convencionais. FONTES: Legrand Brasil e Schneider Electric SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 2 19 06/05/16 14:38 TECNOLOGIA Conveniência e preços acessíveis fazem crescer mercado de fechaduras eletrônicas e digitais no segmento residencial. SEGURANÇA NA ponta dos dedos O avanço tecnológico na área de segurança já faz parte do cotidiano de um grande número de pessoas, seja nas empresas, seja nas casas. Para aqueles que esquecem ou perdem as chaves com alguma frequência, trocar a fechadura tradicional por fechaduras eletrônicas e digitais facilita o simples ato de abrir e fechar portas. O conceito de substituir a fechadura tradicional, por dispositivos que usam cartões, senhas ou biometria já existe 20 SI15.indb 1 no Brasil há cerca de 20 anos. A complexidade da fechadura, seja do tipo eletrônica ou do tipo digital, vai depender de quão sofisticado é o sistema informatizado de controle de acesso ao qual está conectada. As mais simples podem até ser montadas na fechadura tradicional já existente, alterandose apenas o modo de abertura e de fechamento. COMO FUNCIONA Presentes nas portas de quartos de hotel, as fechaduras que utilizam cartões talvez sejam as mais conhecidas dos usuários: basta inserir ou deslizar o cartão magnético para abrir a porta. Já aquelas que utilizam senha, dispensam chaves e cartões e a abertura da porta ocorre por meio da digitação de um grupo de números pré-escolhidos. No caso da biometria, o sistema identifica características físicas do usuário: leitura das digitais, da íris ou das veias para abrir a porta. SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 MERCADO EM EXPANSÃO Segundo diretor de vendas da HID Global do Brasil, Rogério Coradini, há uma grande variedade de tipos de fechaduras além das tradicionais mecânicas. “Podemos destacar as eletromecânicas simples, as eletromecânicas motorizadas e as eletrônicas, estas com opções de identificação: senha, cartão ou chaveiro de proximidade e biometria”, explica Coradini. Ele destaca que, recentemente, a Assa Abloy e a HID Global começaram a comercializar fechaduras que podem ser acionadas e abertas por smartphones (mobile access). Com preços entre R$ 200,00 e R$ 5.000,00, dependendo da tecnologia e nível de complexidade da aplicação, Coradini prevê crescimento. “Existe o mercado corporativo, já consolidado e que cresce na mesma proporção que o mercado imobiliário, e o residencial, segmento que apesar de novo está em franca expansão”, avalia o executivo. PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO MESMO NA CRISE Para o gerente de Segmento de Fechaduras e Identificação e Controle da Intelbras, Kledir Nunes, a tendência também é de crescimento para 2016. Empresa 100% brasileira, com sede em Santa Catarina, a Intelbras atua nas áreas de segurança, Telecom e redes, e exporta para 15 países da América Latina e da África. “Para entendermos o potencial da tecnologia de fechaduras digitais, na Coreia do Sul, por exemplo, são Coradini: “O mercado corporativo, já consolidado, cresce na mesma proporção que os mercados imobiliário e residencial”. comercializadas 1,5 milhão de unidades por ano, apenas para uso na própria Coreia”, conta Nunes. O execuivo lembra que os primeiros modelos de fechaduras digitais surgiram no Brasil em 2000. “Mas somente a parir de 2010, com o avanço tecnológico e o lançamento de modelos mais baratos, o mercado começou a crescer”, explica. O público-alvo da empresa é o segmento residencial, mas empresas também utilizam a ferramenta. “Esimamos em cerca de 70 mil unidades comercializadas no Brasil em 2015 e estamos projetando um crescimento do mercado de 35% para os próximos 3 anos”, calcula Nunes. VARIEDADE E COMODIDADE Escolher o modelo mais adequado requer uma avaliação atenta. “Os mais populares utilizam apenas senha, ou senha + RFID, ou senha + biometria, ou RFID + biometria”, explica Nunes. As versões com biometria, no entanto, devem ter sempre um segundo método de identificação, visto que nem todos conseguem cadastrar suas digitais, destaca o executivo. A RFID é a identificação por radiofrequência, que permite identificar com alguns metros de distância e em movimento, como a utilizada nos pedágios, por exemplo. Segundo Nunes, os preços variam: a partir de R$ 649,00, para modelos de sobrepor com identificação por senha ou RFID; a partir de R$ 1,1 mil para modelos de embutir com identificação por senha ou RFID; e a partir de R$ 2 mil, para fechaduras de embutir com identificação biométrica. Ele lembra que existe também a possibilidade de integração da automação residencial com fechaduras digitais, permitindo gerenciar alarme, CFTV, iluminação etc., tudo por meio de um smartphone, gerando mais comodidade. CONEXÃO DE SERVIÇOS “Ainda há pouca disponibilidade de empresas e de produtos que oferecem essa integração, contudo, acreditamos que nos próximos anos a oferta irá aumentar”, afirma Nunes. Segundo Coradini, da HID, a combinação de serviços que está disponível para os usuários, como a integração de alarmes e iluminação aos sistemas de fechaduras eletrônicas e digitais já faz parte do cotidiano das pessoas. “Sim, isso existe nos modelos mais completos das fechaduras”, concorda. No mercado corporativo é comum a necessidade de comunicação entre as fechaduras, possibilitando controles mais SEGURANÇA INTELIGENTE SI15.indb 2 21 06/05/16 14:38 TECNOLOGIA rígidos e a emissão de relatórios e alarmes em tempo real, através de um sistema de controle de acesso, ressalta Coradini. “Quando olhamos para o mercado residencial a realidade é bem diferente, usando em sua maioria produtos standalone, unidades independentes sem qualquer tipo de comunicação com sistemas de controle de acesso”, explica. “A diferença básica está na arquitetura da solução.” Nunes: “Vai aumentar a oferta de integração entre automação residencial e fechaduras digitais, gerenciáveis por smartphone”. VANTAGENS Entre as diferenças básicas listadas por Coradini estão a tecnologia de identificação (senha, biometria, smartphone, cartão de proximidade) e o tipo de fechadura (mecânica, eletromecânica, eletromecânica motorizada e eletrônica). Os modelos mais sofisticados, segundo Coradini, oferecem uma vantagem adicional: o controle do acesso de prestadores de serviço (empregadas domésticas, motoristas etc.) criando uma tabela de horário com as permissões de acesso (dias e horários) desses prestadores. Já, para o executivo da Intelbras, a segurança é uma das maiores vantagens do sistema de fechaduras digitais oferecido pela empresa. “A fechadura comum pode ser aberta por qualquer chaveiro em menos de 10 segundos”, alerta Nunes. Entre outros benefícios, Nunes destaca que o usuário nunca vai esquecer a porta aberta, pois a maioria dos modelos possuem opção de fechamento automático. Outra vantagem é a facilidade na mudança do segredo da fechadura. Para isso basta bloquear a chave, ou seja, descadastrar o acesso da pessoa que 22 SI15.indb 3 não deve mais entrar na residência, como um ex-funcionário, por exemplo. Da mesma forma, se um parente chegou e não tem ninguém em casa para recebê-lo, basta enviar a senha para permitir o acesso. ASSISTÊNCIA TÉCNICA GARANTIDA Em relação ao índice de manutenção dos produtos, Nunes destaca que é muito baixo, já que não são ligados à rede elétrica e é necessário apenas a troca anual de pilhas. “De qualquer forma, para fabricantes nacionais como a Intelbras, a manutenção é realizada pela rede de assistência técnica ou direto com a fabricante.” Os produtos Intelbras são vendidos por profissionais especializados e também em lojas de varejo. Entre os principais fornecedores dos produtos estão a Intelbras, a Yalle e a Samsung. Nas fechaduras desenvolvidas pela HID Global, a maioria dos problemas está relacionada ao desgaste mecânico das peças internas, porém são pendências de fácil manutenção, assegura Coradini. “Nossos produtos seguem a garantia estabelecida na legislação brasileira e nosso serviço de manutenção é realizada por uma rede de assistências técnicas autorizadas”, afirma. Entre os principais fornecedores estão a Assa Abloy (com as marcas La Fonte, Yale e Abloy), HID Global, Dorma-Kaba, Intelbras e HDL. FONTES: HID Global e Intelbras SEGURANÇA INTELIGENTE 06/05/16 14:38 ESPERAMOS POR VOCÊ NA 20ª EDIÇÃO DA MAIOR FEIRA DE SEGURANÇA DA AMÉRICA LATINA! 23 - 25 DE MAIO DE 2017 S ÃO P AULO E XPO E XHIBITION & C ONVENTION C ENTER R ODOVIA DOS I MIGRANTES, KM 1,5 – SÃO PAULO – BRASIL WWW.EXPOSEC.COM.BR /EXPOSEC.BRASIL T EL : +55 (11) 5585-4355 / 3159-1010 COMERCIAL @ FIERAMILANO . COM . 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