saúde notícias 03 de abril 2016
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saúde notícias 03 de abril 2016
Jornal do Commercio - PE 03/04/2016 - 08:17 Voz do Leitor Insulina em falta Falta insulina Lantus, novamente, na Farmácia do Estado. Quando o paciente liga para o 3181-6413, informam que o remédio está em falta há mais de um mês e não há previsão de entrega, mandam ligar todo dia para saber. Por que perguntam nossos dados quando ligamos? Será que pode haver entrega seletiva (estão escolhendo alguns usuários para receber o medicamento)? João Guilherme de Pontes, por e-mail Jornal do Commercio - PE 03/04/2016 - 08:17 Reeleger Geraldo Julio é prioridade Em 2014, logo após a morte de Eduardo Campos, o prefeito Geraldo Julio (PSB) foi um dos socialistas que mais se empenharam na eleição de Paulo Câmara (PSB). O gestor municipal, inclusive, recebeu críticas da oposição, que o acusava de deixar de lado a administração da cidade para ajudar o aliado. Este ano, é a vez do governador retribuir a ajuda do colega de partido. Nessa tarefa, Paulo propôs entregar a Secretaria de Agricultura ao deputado Kaio Maniçoba, recém-filiado ao PMDB. Dessa maneira, o governador abre espaço para Luciano Bivar (PSC) na Câmara Federal e assim amarra o apoio do empresário a Geraldo. A convocação de Kaio está sendo vendida como a ampliação do espaço dos peemedebistas no Estado, mas é vista como uma jogada do governador para fortalecer o prefeito. Em outras duas articulações pró-Geraldo, Paulo não levou a melhor. Recentemente, ele se reuniu com o senador mineiro e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, para conquistar o apoio dos tucanos à reeleição do prefeito. Saiu do encontro sem uma resposta positiva e deverá ver o PSDB rivalizar com Geraldo com a candidatura do deputado federal Daniel Coelho. Paulo também conversou com o deputado federal e presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, mas não conseguiu reverter o lançamento da deputada estadual democrata Priscila Krause como pré-candidata à prefeitura. Depois desse episódio, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que o DEM deveria entregar a presidência do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe). Apesar da cobrança, o dirigente foi desautorizado pelo governador a falar em nome do Estado. "Enquanto a gente não tiver nenhum tipo de conversa e entendimento sobre o futuro, o DEM fica. Ele (o presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa) tem feito um bom trabalho. Eu e Mendonça Filho vamos ter a oportunidade de conversar em breve. É importante ter uma relação de transparência entre os dois partidos e isso vai ser colocado na mesa no momento certo e com os atores certos, que sou eu e Mendonça", falou recentemente. Folha de Pernambuco - PE 03/04/2016 - 07:32 Mamógrafo em 25 locais Caminhão da Prefeitura do Recife disponibiliza 80 fichas diárias para a realização dos exames Durante todo este mês, caminhão da Prefeitura do Recife equipado com mamógrafo passará por 25 localidades da Cidade. Em cada uma delas, PCR disponibiliza 80 fichas (40 por turno) para a realização dos exames. Mulheres com idade entre 50 e 69 anos faixa etária considerada de risco pelo Ministério da Saúde - podem fazer a mamografia. Amanhã, o local visitado será a vez da USF Paz e Amor, na rua Senador Pompeu, 40, no Ibura, Zona Sul do Recife. A lista completa com os locais visitado está disponível no Portal FolhaPE (www.folhape.com.br). É necessário que as interessadas na consulta apresentem Cartão do SUS, documento oficial e comprovante de residência. Em 2015, mais de 20 mil usuárias da rede municipal fizeram o exame no mamógrafo móvel digital. A cobertura de mamografias teve um aumento de 75% dos exames com a oferta desse serviço. A mamografia é um exame indispensável para chegar a um diagnóstico precoce do câncer de mama, já que ela ajuda o médico a identifica tumores que ainda estão pequenos demais para serem sentidos durante o exame de toque. Especialistas alertam que, quanto mais cedo o câncer de mama for descoberto, maiores são as chances de curá-lo. Folha de Pernambuco - PE 03/04/2016 - 07:32 Vírus H1N1 pode estar mais invasivo Nova possibilidade será provada com as alterações genéticas, segundo o secretário de Saúde de São Paulo O vírus H1N1 pode estar mais invasivo e com maior poder de transmissão. O alerta, ainda não comprovado nos estudo genéticos, foi feito na última sexta pelo secretário da Saúde do Estado de São Paulo, David Uip. “Parece que há uma mudança genotípica e sorotípica do vírus. Então parece que ele está mais invasivo e com maior poder de transmissibilidade” disse Uip, após participar em Campinas do anúncio para licitação de construção de 62 unidades básicas de saúde. O secretário disse que serão muitas as explicações para surto antecipado, classificado por ele como “inusitado”, mas que a nova possibilidade será provada com as alterações genéticas eventuais no vírus. A outras causas já apontada foram a baixa imunização nos últimos dois anos e as viagens de pacientes aos EUA e Europa, onde houve registros da gripe. São Paulo vive um surto antecipado de gripe H1N1. Segundo o último boletim do governo, são 324 casos em todo o Estado, sendo 260 comprovadamente ligados ao vírus. Foram contabilizadas 38 mortes relacionadas ao H1N1. Jornal do Commercio - PE 03/04/2016 - 08:17 Sopro de esperança SOLIDARIEDADE Como o poder do amor de uma mãe pelos filhos está ajudando a reescrever a história de Mylene Por essas coincidências da vida, o documentarista norte-americano Erol Cichowski desembarcou no Recife no mesmo dia em que a história de Mylene Ferreira foi contada no Jornal do Commercio. Era um domingo. Dia 6 de março. Ele aproveitou uma viagem de negócios ao Rio de Janeiro para tirar uma semana e vir a Pernambuco com um propósito: fazer um documentário focado na vida de mulheres que tiveram bebês com microcefalia. Não buscava explicações científicas. Queria ouvir relatos, dar voz às mães. Elas, por elas. Quando leu sobre Mylene, não teve dúvida: era o que estava procurando. Durante sete dias, acompanhou a jovem em sua cruzada por ônibus e hospitais carregando nos braços o filho Davi, de 8 meses. De volta a Nova Iorque, onde mora, pretende finalizar o documentário nos próximos meses. “Já pensou sua história sendo vista nos Estados Unidos?” Mylene ainda não pensou. “Quando acontecer, vejo isso. Até lá, tenho tanta coisa para cuidar.” A forma serena como lida com a inusitada visibilidade diz muito sobre a jovem. Desde a publicação da reportagem, há cerca de um mês, Mylene viu a força de sua histó- ria fazer mais do que atrair lentes estrangeiras. Viu nascer em sua volta uma corrente solidária que não imaginava ser capaz de despertar. “Foram tantas ligações, tantas pessoas querendo ajudar. Queria conhecer a todos, agradecer um por um. Dizer que isso trouxe mais esperança para a minha vida”, afirma a menina de 22 anos, voz e firmeza de mulher. A esperança aqui não se traduz apenas pela enxurrada de doações que recebeu, mas por ter experimentado um sopro suave de humanidade. Por ter sido abraçada de forma carinhosa, acolhedora, por gente que sequer conhecia. Bem diferente dos dedos e olhares acusatórios que tantas vezes já a condenaram por ter um filho com microcefalia. Afago em vez de preconceito transforma vidas. No meio da sala da casa fincada no pé do morro, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, tanta generosidade deixou tudo mais divertido, colorido e muito, muito mais barulhento. Mylene monta junto com os filhos Miguel, 3 anos, e Rafael, 2, o tapete de borracha com recortes de bichos que ganhou. Sobre ele, vai espalhando brinquedos e mais brinquedos. Foram tantos que ela tem dificuldade para colocar ordem na brincadeira. “Quando penso que, até o mês passado, Davi não tinha nenhum, fico sem acreditar. Os meninos estão enlouquecidos. Mas já ensinei que não é para usar tudo de uma vez. Vou guardar uma parte, para eles irem abrindo aos poucos.” No quarto improvisado na cozinha da mãe, onde ela e os filhos dormem desde que a jovem se separou do ex-marido, mais flagrantes de solidariedade. Nas prateleiras, um amontoado de fraldas e latas de leite empilhadas. Cestas básicas num canto da parede garantem um amanhã sem tanta apreensão. “Com meus pais desempregados, não sabia até quando poderíamos comprar comida. Meu maior desespero é ver meus filhos pedindo um biscoito e eu não ter como dar. Por um tempo, esse receio está afastado. Ganhamos muitos alimentos”, agradece. Mas é o que não pode ser fotografado, mensurado, que faz Mylene ficar ainda mais comovida. Muitas pessoas a procuraram simplesmente para se doar, oferecer o melhor de si. Foi o caso de uma psicóloga que se dispôs a iniciar um acompanhamento com Miguel, o filho mais velho que, de tanto ver o pai bater na mãe, começou a reproduzir na sua fala de criança que mulher tem mesmo que apanhar de homem. A preferência do garoto por brincadeiras mais violentas também despertaram a preocupação de Mylene. “Ela se propôs a acompanhá-lo, vir aqui em casa. É um presente que, para mim, não tem preço.” A intenção de ajudar, além do imediatismo, se repetiu entre muitos que se sensibilizaram com a força da jovem mãe. Várias pessoas procuraram Mylene com o objetivo de acompanhar sua vida dali por diante e, de alguma forma, contribuir com um futuro mais promissor para ela e os filhos. O documentarista norte-americano faz parte dessa turma. Após a veiculação do documentário, ele pretende criar um fundo que será revertido para ajudar Mylene e outras mães de bebês com microcefalia. “Ela tem uma dignidade e carrega uma verdade muito grande, um amor profundo pelos filhos. Isso me deixou comovido e impressionado. Apesar de todas as dificuldades que já viveu, não se coloca na condição de vítima. Ela olha para a vida com alegria e coragem”, pontua Erol Cichowski. Para redesenhar esse novo futuro, um desafio. Encontrar uma escola para os dois filhos mais velhos de Mylene. Eles passam o dia em casa, enquanto a mãe enfrenta a maratona de terapias, exames e assistências para Davi. Diante da dificuldade de conseguir uma vaga de educação infantil na rede pública, o documentarista se propôs a financiar parte desses estudos. “Seria ótimo se outras pessoas pudessem ajudar. Garantir uma educação de qualidade para essas crianças desde já é fundamental”, propõe. Quase em silêncio, Mylene alimenta o sonho. Deseja um amanhã diferente do hoje para seus meninos. “Quero que eles cresçam sabendo da importância dos estudos”, diz, imaginando ela mesma, o dia em que conseguirá cursar uma faculdade. Jornal do Commercio - PE 03/04/2016 - 08:17 Em defesa do recém-nascido BANCO DE LEITE Entidade quer arrecadar potes de vidro de café solúvel e repassálos a unidades de saúde que armazenam produto Você sabia que o Brasil tem a maior rede de bancos de leite materno do mundo? Ainda assim, o País só atende 60% da demanda dos bebês que precisam de doação de leite. Atenta ao quadro, uma organização sem fins lucrativos pernambucana, a Associação Meio Ambiente Preservar e Educar (Amape), pede ajuda para desenvolver projeto que, há seis anos, mescla reciclagem e solidariedade, a fim de auxiliar bancos de leite do Estado a prover o alimento vital para os recém-nascidos. Com o projeto Café com Leite, a Amape arrecada e destina potes de vidro de café solúvel para instituições que contam com banco de leite em suas UTIs neonatais, como o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), por exemplo. O compartimento é específico para armazenar o leite doado, pois o vidro desses potes possui um revestimento de borosilicato, material resistente às altas temperaturas do processo de pasteurização do leite. O diretor-executivo da Amape, Sérgio Nascimento, acredita que a ação deve envolver toda sociedade. "Queremos sensibilizar o consumidor, empreendedores, indústrias de vidro, ONGs e governo. A ideia é criar uma rede que incentive o cidadão a interagir com um problema social, que é o das mães que não puderem amamentar seus filhos. Vimos que os bancos de leite têm dificuldade para conseguir os potes de vidro de café solúvel, portanto, resolvemos ajudar. O pote é o instrumento que permite à mãe doar em segurança, para que, em seguida, o banco de leite proceda com a alimentação destinada aos recém-nascidos, especialmente os prematuros", ressalta. Um problema comum para parte desses prematuros é a impossibilidade do consumo do leite materno via amamentação, já que ainda não estão aptos a sugar o alimento direto do peito da mãe. Por conta disso, permanecem em incubadoras, dependentes das doações. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, apontou que, anualmente, pelo menos 12% dos bebês no Brasil nascem prematuramente. Segundo Sérgio, em 2015, a Amape recebeu cerca de 2 mil potes. "A expectativa é de que o número se repita este ano. Desde o início de março, foram recebidos por volta de 100 frascos", conta o diretor. A arrecadação dos potes é feita diretamente na associação, que fica na Estrada do Arraial, s/n, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. O telefone da associação é o (81) 3266-4873. Jornal do Commercio - PE 03/04/2016 - 08:17 Butatã reforça produção de vacina H1N1 Em meio ao surto antecipado da doença, instituto responsável por produzir as vacinas passou a adotar turnos extras de trabalho As mortes por gripe H1N1 no Estado de São Paulo chegaram a 55, considerando os dados até o dia 29 de março. O número é cinco vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando dez pessoas morreram. Em meio ao surto antecipado da doença, o Instituto Butantã, responsável por produzir as vacinas contra a gripe oferecidas na rede pública, passou a adotar turnos extras de trabalho, com jornadas até de madrugada, para conseguir antecipar a entrega de parte das doses. O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde revela que, além dos 55 óbitos, foram registrados 372 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo H1N1 no Estado, ante 33 em 2015. No balanço divulgado na segunda-feira, eram 260 casos e 38 mortes. O surto fora de época fez a secretaria antecipar o início da vacinação para o dia 11 na capital e na Grande São Paulo – no restante do Estado, assim como em todo o País, a campanha ocorrerá a partir do dia 30, conforme o agendamento original do Ministério da Saúde. Fazem parte do público-alvo da campanha idosos, crianças entre 6 meses e5anos, gestantes, profissionais de saúde, puérperas, doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas, detentos e funcionários do sistema prisional. Serão imunizados a partir do dia 11 deste mês somente os três primeiros grupos. As primeiras doses antecipadas foram entregues pelo Butantã na quinta, 31, de acordo com Jorge Kalil, diretor do instituto. Por contrato, o laboratório deve enviar ao ministério neste ano cerca de 49 milhões de doses entre abril e maio. Com a produção acelerada, o instituto já finalizou e entregou 16 milhões delas. Em condições normais, esse volume ficaria pronto duas semanas depois.