PRINCIPAIS DOENÇAS DAS AVES (fonte: U.F.de Viçosa) Principais

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PRINCIPAIS DOENÇAS DAS AVES (fonte: U.F.de Viçosa) Principais
PRINCIPAIS DOENÇAS DAS AVES (fonte: U.F.de Viçosa)
Principais VIROSES:
Doença de Newcastle: Altamente contagiosa, afeta aves em qualquer idade. O vírus pode pode
afetar e causar lesões no sistema digestivo, respiratório e nervoso, causando alta
mortalidade.Aves com a doença de Newcastle na forma respiratória reduzem o consumo de
alimentos e apresentam espirros, dificuldade em respirar, conjuntivite e, às vezes, inchaço da
cabeça.Aves em produção de ovos reduzem bruscamente a produção. Na forma digestiva a
doença pode provocar diarréia com presença de sangue e mortes repentinas sem nenhum sinal e
as lesões se concentram no sistema digestivo caracterizando-se, principalmente, por úlceras e
hemorragias.Na forma nervosa, que pode ou não estar associada à forma respiratória, observa-se
a paralisia de pernas e asas, incoordenação, torcicolo e opstótomo.As melhores maneiras de
controle consistem na VACINAÇÃO, isolamento dos casos e higiene impecável. Observação: o
vírus da Newcastle pode provocar conjuntivite no ser humano, portanto cuidado ao manusear
aves suspeitas, doentes ou vacinas.
Bronquite infecciosa: Doença que afeta somente galinhas e apresenta a forma respiratória em
aves jovens, apresentando mortalidade elevada e sinais respiratórios semelhantes à Newcastle.
Na galinha adulta em produção a forma preocupante é a genital, pois afeta postura tanto em
qualidade como em quantidade dos ovos que se apresentam com casca mole, sem casca, perda de
cor da gema e a clara mostra-se liquefeita. Também a vacinação é a melhor estratégia para
prevenir.
Bouba aviária: Também conhecida por epitelioma contagioso, varíola das aves, difteria,
"caroço", "pipoca"e "bexiga", afeta todas as aves e em qualquer idade, ocorrendo com maior
freqüência no verão devido à proliferação de mosquitos que disseminam o vírus de local para
local, picando e sugando as aves. Quando a bouba infecta a pele, aparecem os nódulos nas
regiões desprovidas de penas (crista, barbelas, em volta do bico e dos olhos). Quando afeta a
garganta (forma diftérica), há formação de placas que podem se alastrar causando dificuldades
para respirar, perda de apetite, prostação e mortalidade elevada. Também o melhor controle se
faz com a VACINA, que pode ser aplicada logo ao nascer.
Doença de Marek: É uma neoplasia de origem viral que afeta aves jovens, caracterizando-se
pela presença de tumores que podem ser encontrados nas vísceras das aves (Marek visceral), no
sistema nervoso central e periférico (Marek neural), na pele (Marek cutânea) e no globo ocular
(Marek ocular). Os sintomas de quase todas as formas levam a ave à prostação, paralisia e morte
elevada. A vacina também pode ser dada com 1dia de nascidos os pintos.
Leucose linfóide: Assemelhada à doença de Marek, apresenta tumores internos de tamanhos
variados e cor esbranquiçada, afetando aves adultas e com baixa mortalidade. É uma doença não
contagiosa, de característica genética, devendo o indivíduo portador ser eliminado como
reprodutor.
Encefalomielite aviária: Afeta e infecta aves adultas e jovens, mas somente as jovens, até 8
semanas de idade, desenvolvem a doença que é caracterizada por tremores e paralisia do pescoço
e cabeça. Nas aves em produção há queda brusca de postura. Existe a vacina, principalmente
para indivíduos destinados à reprodução.
PRINCIPAIS BACTERIOSES:
Colibacilose: Doença comum na avicultura, causando grandes prejuízos. A bactéria encontra-se
nos intestinos de aves e mamíferos, sendo eliminada com as fezes. Portanto higiene é
fundamental como sempre nos ambientes de criação.Os pintinhos podem nascer contaminados
devido à contaminação das cascas dos ovos ou ainda, contaminar-se no pinteiro. Os sintomas:
onfalite, aerosaculite, pericardite, perihepatite e peritonite.Os sintomas também podem estar
localizados nas articulações, causando artrite e ou no oviduto, causando salpingite.Pela gravidade
e difusão de sintomas, é doença que pode causar grande mortalidade. A higiene e desinfecção
periódica das instalações é a melhor maneira de prevenir esta doença.
Salmonelose: Esta doença é uma das mais preocupantes pois pode representar problemas para o
ser humano, pois as salmonelas infectam tanto mamíferos quanto aves, apesar de haver
salmonelas específicas para cada caso, havendo entretanto, salmonelas consideradas não
específicas. As principais são a pulorose, que afeta aves jovens, e o tifo aviário, que afeta
principalmente aves adultas. As salmonelas não específicas causam o paratifo aviário. As
salmonelas são altamente patogênicas para mamíferos e aves, causando alta mortalidade. Seus
sintomas se confundem com com outras bacterioses, como a colibacilose e a diferenciação é feita
com o isolamento e identificação da bactéria. O controle mais uma vez envolve higiene rigorosa
e eliminação dos focos (aves portadoras da bactéria).
Micoplasmose: Altamente contagiosa, afeta aves de todas as idades apesar da baixa mortalidade.
Seus sintomas podem ser: artrite e espirros.Como sempre a higiene e eliminação dos portadores é
o controle eficaz.
Coriza infecciosa: Doença altamente contagiosa afeta aves em todas as idades, sendo a vacina a
forma mais efetiva de controle.Ataca principalmente as vias aéreas e seus sintomas são espirros,
conjuntivite, inchaço facial (sinusite). Evitar correntezas de ar e friagens pois costumam agravar
os sintomas.
Pausteurelose: Também conhecida como septicemia hemorrágica e cólera aviária, infecta aves
com mais de 6 semanas, provocando alta mortalidade. As carcaças de aves que morreram da
doença são são o principal meio de infecção pois os roedores e outros animais levam a bactéria e
a disseminam entre as criações. A bactéria pode permanecer na carcaça e no solo por até 3 meses.
Seus sintomas são: febre, sonolência, congestão ou cianose de cristas e barbelas e morte
repentina.O controle dessa doença baseia-se no combate aos ratos e roedores silvestres pois são
considerados seus vetores além da higiene e desinfecção periódica das instalações. Também as
vacinas aplicadas entre 10 / 16 semanas de idade (duas aplicações com intervalo de de 2 - 4
semanas) podem ajudar mas os resultados não são 100% garantidos, portanto mais uma vez a
prevenção consiste em muita higiene e controle de entrada de novos indivíduos no plantel
( quarentena).
Botulismo: Causado pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é muito
freqüente nas criações de fundo de quintal devido ao hábito de fornecer sobras de comida caseira
para as aves. As aves que ingerem a toxina existente na matéria orgânica em decomposição
apresentam um quadro de paralisia flácida e morte repentina. No controle da doença deve-se
evitar exatamente fornecer alimentação passível de desenvolver essas bactérias.
Estafilocose: A estafilocose aparece na forma difusa (septicemia) com mortalidade elevada, ou ,
na forma localizada, caracterizada por artrite e abscesso no coxim plantar, podendo afetar aves
em qualquer idade. Higiene e desinfecção são as formas de controle mais eficazes.
Borreliose: Doença transmitida por carrapatos comum em criações de aves caipira.Sintomas:
Palidez, anorexia, fezes esverdeadas e morte. O controle consiste em eliminar os ectoparasitas,
principalmente os carrapatos.
Ornitose: A mesma doença é chamada de psitacose quando afeta psitacídeos (papagais,etc),
clamidiose quando afeta o homeme ou outros mamíferos e de ornitose quando afeta aves não
psitacídeas.A doença é muito grave de diagnóstico e tratamento difícil. Sintomas: dificuldades
respiratórias, gastroenterite e morte. Exige o máximo de cuidados no manuseio dos cadáveres e
carcaças pois é altamente contagiosa. É útil nesses casos o crematório.
Tuberculose: Causada pelo Mycobacterium avium, afetando principalmente aves adultas,
principalmente as de criação caipira e de zoológico, sendo os suínos a fonte de contaminação
para as aves. Os sintomas são dificuldade respiratória, palidez e manqueira. Como os bacilos são
eliminados nas fezes e nos ovos, podem constituir um grave problema de saúde pública. As aves
positivas devem ser eliminadas e incineradas.
Aspergilose: Doença infecciosa das aves jovens em geral, provocada por fungos (môfo) e capaz
de causar grande mortalidade.A contaminação pode ocorrer durante a eclosão dos ovos, nos
ninhos, nas criadeiras ou até nas granjas (cama e alimentos). Deve ser controlada evitando-se
qualquer vestígio de fungos nas instalações e principalmente na sacaria de ração ou cereais de
alimentação. Procure sempre comprar ração dentro do prazo de validade indicado na sacaria e
armazene sempre em lugares isentos de umidade. Em caso de suspeita de contaminação, não
forneça a alimentação às aves.
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PRINCIPAIS PARASITOSES:
ARASITOSES
Coccidiose: É uma doença causada por parasitas que provocam lesões nos intestinos, podendo
variar desde pequenas irritações até lesões mais graves, com hemorragias e necrose, além de alta
mortalidade. Sintomas: perda de peso, despigmentação e diarréia com ou sem sangue. As aves se
contaminam ao ingerir ovos (oocistos) maduros através da cama, ração ou água contaminados.
Os oocistos são introduzidos na criação por equipamentos, homem, animais e insetos. O controle
consiste em higiene e desinfecção e uso de drogas coccidiostáticas(normalmente já presentes em
rações de boa qualidade).
Entero-hepatite: A doença é também chamada de cabeça negra dos perus ou histomoníase.
Afeta principalmente perus jovens causando lesões necróticas nos cecos e fígado, com
mortalidade elevada. Apesar de ser doença dos perus é importante estar alerta no caso de haver
contato com essas aves e o plantel de galinhas.
Verminoses e ectoparasitoses: As verminoses são provocadas por diferentes formas de vida
(parasitas) que usam os seus hospedeiros para retirar deles o seu sustento, afetando o
desenvolvimento e a produção e levá-los até a morte.As ectoparasitoses mais frequentes são
causadas por dermanissos, ornitonissos, sarna, carrapatos, percevejos, moscas e mosquitos. A
Ectoparasitose pode debilitar as aves e predispô-las a outras doenças, portanto um controle
efetivo deve ser feito pulverizando-se as instalações com inseticidas que tenham boa ação
residual, evitando-se também a superpopulação de aves. Um programa de vermifugação deve ser
instituído periodicamente e, no caso de dúvidas, encaminhar as fezes ou o parasita para
identificação.
DOENÇAS DE ORIGEM NUTRICIONAL OU METABÓLICA
Diátese exsudativa: As aves mostram-se com edemas e hemorragia de tecido subcutâneo nas
regiões baixas do corpo. A doença está relacionada com com deficiência de vitamina E e selênio.
Pode ser controlada adicionando-se antioxidante às raçôes e a reposição desseselementos.
Encefalomalácia nutricional: As aves afetadas mostram-se com incoordenação motora,
prostração e morte.As lesões se encontram principalmente no cerebelo, que pode estar
aumentado de tamanho e com hemorragia.A principal causa é a deficiência de vitamina E que
deve ser adicionada à água de beber e melhorar a qualidade de alimentação fornecida.
Raquitismo: É uma doença carencial causada por deficiência de cálcio, fósforo ou vitamina D,
podendo afetar o esqueleto como um todo, apresentando deformidades e consistência de
borracha.Suplementos minerais além de boa alimentação evitam esses sintomas. O sol também
ajuda na recuperação e prevenção do raquitismo.
Micotoxicoses: São doenças causadaspor ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas.
A principal fonte de micotoxina para a ave é o milho e/ou a ração.As micotoxinas são produzidas
por fungos, portanto qualquer aparência de contaminação (porções azuladas ou mofadas) no
milho ou ração devem ser imediatamente descartadas. As aves apresentam sintomas de palidez,
pouco crescimento, diarréia, hemorragia, alteração nos ovos e morte.
Ascite: A ascite caracteriza-se por acúmulo de líquido na cavidade abdominal, relacionada com
lesões hepáticas, cardíacas ou pulmonares.Os quadros de ascite nas criações caipiras ou aves
silvestres estão associados com processos neoplásicos (doença de Marek ou leucose linfóide) ou
com lesões de fígado por micitoxina.
MÉTODOS DE CONTROLE DAS DOENÇAS AVIÁRIAS
Isolamento: O isolamento tem como finalidade impedir que os agentes infecciosos penetrem no
ambiente das aves.Esse isolamento deve ser uma preocupação por ocasião da construção dos
aviários, recomendando-se que sejam isolados de ouros criatórios e que se controle o acesso de
homens e animais. Outras instalações que devem ser pensadas são os locais para a quarentena,
onde os novos indivíduos adquiridos ou de fora possam ser alojados por um período máximo de
10 dias para observação e até vacinação preventiva, antes de manterem contato com as aves já
presentes no plantel.
Higiene: A higiene tem como finalidade prevenir doenças e preservar a saúde. Podemos observar
que quase todas as doenças dependem de higiene para não se desenvolverem. Por tudo o que foi
escrito e lido achamos que este é o ponto mais importante para quem quiser ter sucesso na sua
criação. A higiene não está restrita apenas aos ambientes mas a todos os utensílios, comedouros,
bebedouros, poleiros etc..e deve ser feita de 15 em 15 dias ou menos com água e creolina a 2%.
Também a caiação dá bons resultados: 20 litros de água + 1.5kgs. de cal extinta e 100ml de
creolina. Pulverizações com formol ou Lysoform bruto também são úteis.
Vacinação: Apresentamos a tabela logo no início deste tema por acharmos de importância
crucial na sobrevivência de nossas aves, tendo em vista o tráfego que as aves de competição e
exposição realizam. Além do que,as aves vacinadas passam para os pintos os anti-corpos para os
primeiros dias de vida. Os métodos de vacinação e suas peculiaridades estão na tabela no início
desta matéria. Esperamos que todos dêem a máxima importância a tudo que foi exposto e
conduzam suas atividades dentro destes critérios que só irão valorizar as criações e credenciar os
criadores.

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