Excelentíssima Reverenda Cornelia Füllkrug

Transcrição

Excelentíssima Reverenda Cornelia Füllkrug
Pressekonferenz zur Eröffnung der 55. Aktion Brot für die Welt
am 29.11.2013 in Bremen
Pronunciamento de Ernesto Cassinda
es gilt das gesprochene Wort
Excelentíssima Reverenda Cornelia Füllkrug-Weitzel, Presidente da Pão para o Mundo
Meus Senhores e Minhas Senhoras,
Quando em 1991 tivemos a 1ª paz, depois de 16 anos de guerra civil, todos estávamos
esperançosos de que finalmente nosso sofrimento iria terminar. Infelizmente em 1992 a
guerra voltou, provocando estragos como os que nunca antes tinham acontecido na história de
Angola!
Mais de 4 milhões de pessoas tinham abandonado suas casas a procura de segurança dentro
das cidades, outros milhares se refugiaram nos Países vizinhos, minas espalhados por todo
País, mortes e destruições de várias infraestruturas era o nosso quotidiano. Graças a ajuda
humanitária da comunidade internacional, milhares de vidas, incluindo a minha, foram salvas.
Por essa razão expressamos nossa gratidão pela solidariedade prestada!
Na comuna de Pambangala, graças ao apoio da Pão Para o Mundo, mais 8000 pessoas não
passam fome, têm excedentes agrícolas para vender e sementes para aumentar sua produção,
têm vestuário, utensílios de cozinha, mandam as crianças a escola, conseguem comprar outros
bens e satisfazer outras necessidades, graças ao projecto. Isso é uma grande mudança e estou
aqui para testemunhar e agradecer o vosso apoio.
Infelizmente, apesar dos 11 anos de Paz e num Pais tão rico como nosso, a maioria dos
angolanos não têm a mesma sorte que estas comunidades de Pambangala, que a ACM KS
apoia.
Angola continua a ter um desempenho extremamente fraco quando comparado com outros
Países da Africa Subsariana. No que diz respeito aos principais indicadores sociais ligados à
pobreza, apresenta taxas mais elevadas quanto à mortalidade infantil e materna, à esperança
de vida e ao acesso à saúde, educação e água ou saneamento,
E como se não bastasse, as liberdades fundamentais não são respeitadas e assistem-se
diariamente constantes violações dos direitos humanos, consubstanciados na repressão de
manifestações, autoritarismo do governo, prisões arbitrárias, assassinatos, raptos, demolições
de casas, expropriações de terras, falta de uma imprensa isenta, sistema judicial não
totalmente etc, o que está minar a jovem democracia, ameaçar a paz e adiar o
desenvolvimento do País.
Só com a solidariedade internacional, poderá se mudar este quadro, porquanto há indicações
de haver cada vez mais há menos liberdade. É preciso apoiar os esforços das organizações da
Sociedade Civil que atuam para melhoria dos meios de vida das populações mas também em
especial aquelas que atacam as estruturas que mantem pobres as populações de Angola.
Aquelas que defendem os direitos humanos e lutam pela construção de uma democracia
verdadeira e inclusiva.